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EXERCÍCIOS BRASIL REPÚBLICA

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EXERCÍCIOS BRASIL REPUBLICANO ÍTALO
Unidade 1
1. Leia e analise o trecho abaixo:
​​​​​​​​​​​​​"Da análise dessas vivências emerge o retrato de uma classe senhorial prepotente e frequentemente arbitrária, mais sobretudo ardilosa: uma classe que brande a força e o favor para prender o cativo na armadilha de seus próprios anseios. Dentro de certos limites, os senhores estumulam a formação de laços de parentesco entre seus escravos e instituem, junto com a ameaça e a coação, um sistema diferencial de incentivos - no intuito de tornar cativos dependentes e reféns de suas próprias solidariedades e projetos domésticos." (SLENES, 1997, p. 236)
A partir de 1850, com a abolição do tráfico, medidas abolicionistas foram tomadas pelo governo imperial. Qual alternativa analisa de maneira correta o excerto dentro desse contexto?​​​​​​​
Trabalha a complexidade das relações humanas dentro do contexto do abolicionismo, haja vista que a assinatura da Lei Áurea não significou a absorção dos negros na sociedade.
2.  Boris Fausto, ao abordar a queda da monarquia, diz:
​​​​​​​"Não devemos esquecer ainda fatores humanos, às vezes esquecidos, como se a História não fosse feita por gente de carne e osso. A doença do imperador, atacado de diabetes, tirou do centro das disputas um importante elemento estabilizador." (FAUSTO, 1995, p. 235)
No trecho, o autor afirma que D. Pedro II era considerado uma figura mediadora dentre os diversos poderes que formavam o governo. Porém, a decadência ocorreu em decorrência de diversos fatores.
Assinale a alternativa que elenque corretamente os fatores que pesaram para a Proclamação da República.
A formação dos Partidos Republicanos e a liderança do Exército foram os fatores que influenciaram diretamente na tomada de poder ocorrida em novembro de 1889. 
Tanto a burguesia cafeeira representada no Partido Republicano Paulista quanto o Exército tiveram papéis-chave na Proclamação da República. O primeiro balizava a economia do Brasil, enquanto o segundo tomou as rédeas práticas e tomou o Congresso. 
A Guerra do Paraguai (1865-1870) foi um evento circunstancial que ajudou no estabelecimento da posição do Exército como opositor ao regime. A Igreja, por sua vez, tinha o peso popular, mas não foi fundamental na queda do Imperador. O mesmo ocorreu com as leis abolicionistas, que transformaram a situação legal dos negros escravizados, mas não mudou o status quo e nem pesou no processo de tomada de poder.
3. Veja o trecho abaixo:
​​​​​​​"O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o centro da vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A proclamação da República é a melhor demonstração desta afirmação. Campos Sales já percebia, como propagandista, que a falta de coesão do Partido Republicano na corte era o principal obstáculo ao desenvolvimento da ideia republicana. E a proclamação, afinal, resultou de um motim de soldados com o apoio de grupos políticos da capital." (CARVALHO, 1987, p. 13)
No excerto, é discutido o fato de o Movimento Republicano, nascido em solo urbano, não ter sido o protagonista da proclamação.
Assinale a alternativa que corrobora essa afirmação:​​​​​​​
O papel do Rio de Janeiro como centro cultural do país foi importante para a discussão das ideias republicanas. Foi lá, também, que a proclamação foi gritada, mas quem protagonizou o processo foram as Forças Armadas. 
O Rio de Janeiro espelhou os casos francês e americano, onde as discussões acerca do republicanismo se iniciaram em grandes cidades. Contudo, o próprio trecho aborda a pluralidade de pensamentos acerca do tema. Dessa forma, quem tomou as rédeas do processo foram as Forças Armadas, que deram o golpe e finalizaram com a Monarquia.
4. Leia o texto abaixo:
​​​​​​​"Seja porém como fôr: saiba-se que desde que nos proposemos a consagrar ao Brazil as nossas vigilias, para, no esclarecido reinado de Pedro II, e mediante o seu alto e valioso apoio, escrever, com certa unidade de fôrma e com a dos princípios que professamos, uma conscienciosa historia geral da civilisaçâo do nosso paiz, padrão de cultura nacional, que outras nações civilisadas só ao cabo de séculos de independência chegaram a possuir (...)". 
Francisco Adolfo Varnhagen (1816-1878) foi um dos principais historiadores do século XIX, símbolo de uma geração de intelectuais formada pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
No texto acima, o autor discute:
A exaltação do que o Brasil se tornou sob o comando do imperador
Varnhagen ficou conhecido por construir uma historiografia embasada na exaltação dos feitos da monarquia brasileira. Era contrário aos ideais republicanos que surgiam com força na década de 1870, quando publica essa obra.
5. Na Lei nº 3.270, de 28 de setembro de 1885, foi outorgado, dentre outros, tal prática:
"A quem libertar ou tiver libertado, a título gratuito, algum escravo, fica remitida qualquer dívida à Fazenda Pública por impostos referentes ao mesmo escravo."
O processo de abolição foi paulatino. Assinale a alternativa correta sobre qual é a lei exemplificada e que elenque corretamente uma das características descritas:
A lei descrita é a Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei dos Sexagenários, na qual foi outorgada a indenização aos senhores de escravos que decidissem alforriá-los. 
A Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei dos Sexagenários, de 1885, além de libertar os escravos acima de 60 anos perdoava as dívidas dos senhores de escravos que os alforriassem e os indenizariam. Essa foi uma das características mais importantes do processo abolicionista brasileiro, que foi o ressarcimento da classe escravagista em detrimento dos próprios negros escravizados.
A Lei do Ventre foi assinada em 1871 e libertada os nascidos a partir do dia 28 de setembro de 1871. A Lei Eusébio de Queirós foi aprovada em 1850 e proibia o tráfico de escravos. Já a Lei Nabuco de Araújo, de 1854, punia os governos que fizessem vista grossa ao contrabando de escravos que ainda ocorria. 
Unidade 2
1. De acordo com alguns autores, a doutrina conhecida como Positivismo encontra-se atualmente no “museu das ideologias do século XIX” (LÖWY, 1994). Entretanto, no início do século XX, as ideias positivistas fizeram grande sucesso no Brasil, especialmente nos círculos militares, políticos e intelectuais. Nestes últimos, muitos historiadores foram influenciados pela filosofia de Auguste Comte, fato que refletiu em suas obras.
Considerando esse cenário, em que setores diferentes da sociedade brasileira foram afetados pelo Positivismo, qual característica principal do pensamento brasileiro naquele momento está conectada ao ideário positivista?​​​​​​​
Resposta correta.
C. A construção da nação.
No início do século XX, já no período republicano, houve uma mobilização entre militares, políticos e pensadores no sentido de se compreender o que de fato era o Brasil e assim proceder-se com a construção de um ideal de nação. O Positivismo influenciou esse processo, inclusive na criação de símbolos nacionais, como a bandeira brasileira. Portanto, a questão da abolição da escravidão já não mais se colocava, e o tópico das liberdades civis não estava no centro dos debates, havendo inclusive divergências dentro do meio positivista. O protopositivismo, como o nome indica, ocorreu antes da influência da doutrina sobre a filosofia, estando restrita às ciências exatas. O Positivismo criou uma espécie de religião, a Religião da Humanidade, que substituía o catolicismo.
2. Embora os especialistas ainda discutam qual a verdadeira dimensão dos impactos do Positivismo sobre a historiografia brasileira, o fato é que historiadores como Capistrano deAbreu, ao menos em seus primeiros trabalhos, sofreram influências da doutrina positivista. A obra de Abreu tem sido considerada uma ruptura em relação ao que a historiografia brasileira vinha produzindo. Esse ponto de vista é defendido pelos pesquisadores que dividem a historiografia brasileira entre o século XIX e o início do século XX em três fases.
Considerando que as fases anteriores a Capistrano de Abreu são denominadas “Arcadismo” e “Romantismo”, qual o nome da fase posterior na qual o autor se encontra?​​​​​​​
Você acertou!
D. Cientificismo.
Capistrano de Abreu esteve ligado ao cientificismo, tendência filosófica conectada ao Positivismo, em que a ciência é considerada a forma mais perfeita de aquisição do conhecimento. Modernismo e Humanismo não podem ser considerados modelos historiográficos. Capistrano de Abreu tampouco foi um historiador marxista nem pós-modernista, corrente que ainda não existia à sua época.
3. A historiografia política acerca da Era Vargas é vasta e diversificada. Devido à importância que o período em que Getúlio Vargas governou o país pela primeira vez (1930-1945) possui na história brasileira – com impactos que perduram ainda nos dias de hoje –, é evidente que o tema seja objeto de estudo de muitos historiadores. A historiografia brasileira criou ao longo do tempo diversas categorias explicativas da realidade política nacional. A noção de “corporativismo”, por exemplo, é uma delas, comumente aplicada ao governo Vargas.
Tendo em vista esse cenário, qual outra categoria explicativa é utilizada para a interpretação do período em que Getúlio esteve no poder?​​​​​​​
Resposta correta.
A. Universalismo de procedimentos.
O Governo Vargas foi responsável por uma modernização conservadora do país. Ou seja, implementou processos que modernizaram a economia e a administração pública; contudo, sem alterar as estruturas sociais. Nesse contexto, a criação do DASP tornou mais transparente a ocupação de cargos públicos, por meio de concursos. Essa mudança ficou conhecida na historiografia como universalismo de procedimentos, já que assim a entrada ao serviço público diminuía o apadrinhamento e tornava viável, em tese, a qualquer cidadão tornar-se funcionário do Estado. Portanto, o clientelismo, que é uma prática de troca de favores existente desde o Império, e o insulamento burocrático (conquista do Estado por burocratas) não se aplicam especificamente à Era Vargas. A nomenclatura Golpe Civil-Midiático-Militar se refere ao regime instaurado em 1964, e revisionismo histórico à reescrita da história atendendo a objetivos de determinados grupos.
4. Do ponto de vista da historiografia política, o Golpe de 1964 e a posterior Ditadura Civil-Militar têm produzido inúmeras obras ao longo dos anos. No entanto, quando buscamos produções sobre os aspectos econômicos do período não encontramos a mesma disponibilidade de materiais. Isso significa que, embora a economia seja um dos principais elementos a explicar uma época, os historiadores, de maneira geral, não têm demonstrado interesse pelo tema no período do regime militar.
Considerando essa situação, qual é uma das possíveis explicações para a escassez de trabalhos de história econômica sobre o período?​​​​​​​
Resposta correta.
B. O predomínio de perspectivas pós-modernistas.
Nas últimas décadas, os programas de pós-graduação em História experimentaram um avanço das tendências pós-modernistas e culturalistas, fato que impactou sobre as formas mais tradicionais de história política e econômica. Dessa forma, este seria um dos motivos pelos quais a produção historiográfica sobre a economia no regime militar seja tão baixa. Existem muitas fontes à disposição, bem como facilidade de acesso a acervos. Além disso, o objeto merece estudos mais profundos, já que houve grandes diferenças da economia da ditadura em relação aos períodos anteriores, sendo um tema relevante até hoje para a compreensão de um período importante da história do Brasil.
5. Na nova historiografia cultural brasileira, desenvolvida a partir do processo de redemocratização iniciado em 1985, diversos temas pouco ou nunca estudados passaram a ser objeto dos historiadores. Um destes temas é a história das cidades.
Considerando esse tipo de abordagem que, com frequência, trata do advento de novas sociabilidades no país, qual conexão é possível estabelecer entre o surgimento desses modelos historiográficos e a realidade concreta nacional?​​​​​​​
Você acertou!
E. A ampliação constante dos ambientes urbanos.
O Brasil é um país em que a maior parte das pessoas vive nas cidades. Além disso, as regiões metropolitanas (nomenclatura criada durante o regime militar) expandem-se constantemente, implicando a formação de diferentes sociabilidades urbanas que, contudo, não provocam o fim da cultura do campo. O acesso às fontes no ambiente urbano é facilitado, porém não é o fator determinante para essa nova historiografia.
UNIDADE 3
1. 
Após a proclamação da República, foi formado um governo provisório que colocou na presidência o marechal Deodoro da Fonseca e, como vice-presidente, o marechal Floriano Peixoto. Mais tarde, em 25 de fevereiro de 1891, Deodoro e Floriano foram eleitos presidente e vice- presidente pela Assembleia Constituinte. Durante seu governo, teve início uma das mais graves crises econômicas da República, que sofreu com falta de moeda corrente no mercado interno, desvalorização cambial e aumento da inflação e do endividamento do Governo Federal.
Diante desse contexto, analise as alternativas a seguir e assinale a que corresponde à política adotada pelo Governo Deodoro para solucionar tal crise econômica.
Você acertou!
A. 
O governo de Deodoro implementou a política econômica que ficou conhecida como “encilhamento”, caracterizada pelo fortalecimento do sistema bancário estadual e central com a emissão de moeda sem lastro econômico e pelo incentivo a algumas empresas estratégicas que se encontravam em situação debilitada.
A política econômica implementada por Deodoro e seu ministro da Fazenda, Rui Barbosa, conhecida como "encilhamento", foi inspirada no modelo norte-americano e baseou-se no estabelecimento da política de emissão de moedas com lastro constituído apenas por títulos da dívida pública, e não por reservas de capital ou ouro. O objetivo principal era a emissão de moedas, a ampliação do crédito e o financiamento de novas empresas, e para isso o sistema bancário nacional foi fortalecido com a criação de bancos nacionais e regionais. A receita econômica adotada pelo Governo Deodoro não teve nenhum cuidado com a austeridade dos gastos públicos, com a captação de recursos estrangeiros produtivos e com a diversificação da base econômica do país via fortalecimento da indústria, e o Estado não assumiu o protagonismo no desenvolvimento das atividades econômicas e do saneamento fiscal. O resultado dessa política foi o agravamento da crise, pois houve uma febre de criação de empresas e negócios, em boa parte artificiais, para a realização de especulação financeira, provocando uma grande desvalorização da moeda nacional, que beneficiou apenas o setor agroexportador cafeeiro.
2. 
A promulgação da República, em 1889, representou, ao mesmo tempo, para o grupo dominante republicano, a vitória sobre as forças políticas vinculadas ao regime monárquico e também a necessidade de superar os desafios políticos e econômicos que se apresentaram logo em seguida. No âmbito político, as disputas internas no grupo dominante republicano pela hegemonia política no poder, as ameaças das forças monarquistas em ressuscitar o regime e a necessidade de obtenção de reconhecimento internacional em relação à nova situação política do país fizeram com que a promulgação de uma nova Constituição republicana fosse considerada como a garantia da estabilidade política no Brasil. Diante disso, os diferentes grupos dominantes republicanos empenharam esforços na realização da nova Constituição, que foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891.
Considerando o texto acima, no que se refere às principais característicasda primeira Constituição republicana do Brasil, analise as assertivas a seguir:
I. A Constituição republicana de 1891 estabeleceu o sistema parlamentarista de governo com restrita autonomia para os Estados e a participação dos pobres, das mulheres e dos mendigos no processo eleitoral.
II. A Constituição de 1891 estabeleceu a centralização do sistema tributário nacional no Governo Federal, que ficou com a competência da instituição e da arrecadação de tributos e repasse aos Estados e Municípios, de maneira a proporcionar a capacidade arrecadatória de cada ente.
III. A Constituição republicana estabeleceu a forma federativa de organização dos entes administrativos nacionais, com significativa autonomia estadual e municipal, e o sistema presidencialista de governo.
Assinale a alternativa correta.
Você acertou!
E. 
Apenas III está correta.
A Constituição republicana do Brasil de 1891 consagrou o princípio federativo, o sistema presidencialista de governo e ampliou a participação popular no processo eleitoral. A Constituição deu respaldo jurídico para a descentralização política desejada pela classe agroexportadora cafeeira paulista, que comandava o país, e ampliou a autonomia dos Estados e Municípios para contrair empréstimos no exterior, organizar sua própria força militar e criar impostos interestaduais e de exportação. Ao Poder Executivo ficou estabelecida a competência para a instituição do imposto de importação, o direito de criar bancos emissores de moedas, a organização das forças armadas, a faculdade de intervir nos Estados para restabelecer a ordem e manter a forma republicana federativa, entre outras competências. A CF ampliou a participação democrática popular no processo eleitoral, mas não a tornou universal, pois apenas extinguiu o voto censitário, mantendo a proibição de voto para as mulheres, os analfabetos e os mendigos.
3. 
Os primeiros anos após a proclamação da República foram marcados por grande instabilidade política entre os grupos dominantes da República e os oposicionistas do regime. Incapaz de solucionar a crise política, Deodoro renunciou antes de terminar seu mandato, quando assumiu a presidência o vice Floriano Peixoto. Apesar da continuidade da instabilidade política, Floriano conseguiu articular-se politicamente para concluir seu mandato e transmitiu a presidência ao primeiro presidente civil da República, Prudente de Morais.
Considerando o texto acima, no que se refere à estratégia política de Floriano Peixoto para concluir seu mandato, analise as assertivas a seguir:
I. Floriano Peixoto aliou-se aos grandes proprietários agroexportadores de café de São Paulo, reunidos no PRP, e apoiou a eleição dos representantes desse setor para a presidência da Câmara e do Senado, o que garantiu a sobrevivência do regime republicano.
II. Floriano Peixoto sustentou seu governo até o final, devido à aliança realizada com o setor rival do Exército, que lhe deu condições de governar com mãos de ferro, eliminando todos os opositores e implementando políticas centralizadoras positivistas no âmbito nacional e regional.
III. Floriano Peixoto fez um grande acordo nacional, que envolveu as diferentes correntes do Exército e da Marinha e os grandes produtores agroexportadores de café do centro do país e do Rio Grande do Sul, com o objetivo de pacificar as disputas políticas e promover a industrialização do país.
Assinale a alternativa correta.
Você acertou!
D. 
Apenas I está correta.
Apesar da instabilidade política do governo de Floriano Peixoto, ele conseguiu concluir seu mandato devido à formação de uma aliança com o Partido Republicano Paulista (PRP) e à hegemonia política de seu grupo militar no interior do Exército. Floriano Peixoto viu nos grandes produtores rurais de São Paulo a base de apoio político necessário para efetivar suas medidas de governo, e estes viram em Floriano e sua ala militar o único meio de afastar a ameaça de retorno ao poder das forças políticas monarquistas. A aliança se concretizou com o apoio de Floriano aos políticos do PRP, para que assumissem a Presidência da Câmara e do Senado e também o Ministério da Fazenda, em troca do apoio econômico e político para a implementação das medidas do governo. A base militar da aliança se formou com a ala militar de Floriano, oriunda dos oficiais formados na Escola Militar do Rio de Janeiro, que se tornou hegemônica politicamente sobre a ala militar de Deodoro, ocupando importantes cargos no governo, afastando os militares da Marinha simpáticos ao regime monarquista do núcleo do poder. Com tal base de apoio, Floriano pôde afastar a influência política dos fazendeiros do Rio Grande do Sul e promover a consolidação do sistema agroexportador mercantil do café como a principal base econômica do país.
4. 
As primeiras décadas do período republicano brasileiro foram marcadas por intensas disputas políticas, tanto no âmbito federal, entre republicanos e monarquistas e entre os diferentes grupos adeptos do republicanismo, quanto no âmbito estadual/regional, entre os diferentes grupos sociais dominantes em cada Estado. A Revolta Federalista ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul, em 1893, é um exemplo das disputas desse período e foi um dos conflitos mais sangrentos na história do país.
Analise as afirmativas a seguir, que abordam as características da Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F).
(  ) Os grupos políticos que participaram da Revolta Federalista foram os republicanos e os liberais, que, respectivamente, defendiam o governo centralizado no Executivo e um governo parlamentar.
(  ) Os setores sociais que representavam os republicanos e os liberais eram, respectivamente, os proprietários rurais, comerciantes e profissionais liberais, oriundos da emigração europeia e situados geograficamente na região litorânea e serrana, e os estancieiros tradicionais, situados na região da Campanha gaúcha.
(  ) Durante a revolta, as tropas liberais tiveram o apoio maciço do Exército federal de Floriano Peixoto, o que foi decisivo para a vitória na disputa militar.
(  ) Um dos fatores causadores da revolta foi o desejo dos liberais em alterar a Constituição gaúcha, para impossibilitar a reeleição de forma ilimitada do presidente da Província.
(  ) O apoio da Marinha às forças republicanas gaúchas foi um fator fundamental para a vitória dos republicanos no confronto.
Assinale a alternativa com a sequência correta.
Você acertou!
D. 
V – V – F – V – F.
A disputa entre as duas forças políticas na Revolta foi decorrente da divergência sobre a forma como o Estado e o País deveriam ser governados. Para os republicanos, o sistema de governo ideal era o presidencialismo centralizado, e para os liberais/federalistas, o parlamentarismo. Em função disso, a revogação da Constituição gaúcha foi um dos motivos que levaram os liberais ao confronto. Enquanto os liberais aglutinavam suas bases de apoio político e militar entre os estancieiros da região da Campanha e os militares da Marinha, os republicanos arregimentaram suas forças entre os produtores rurais, comerciantes e profissionais liberais oriundos da emigração europeia e o Governo Federal de Floriano Peixoto, que, com o apoio militar do Exército e o suporte econômico dos agroexportadores paulistas integrantes do Partido Republicano Paulista, conduziram os republicanos gaúchos à vitória no confronto.
5. 
A proclamação da República no Brasil, em 15 de novembro de 1889, ocorreu num contexto em que se processavam profundas transformações sociais, políticas e econômicas. A tradição monárquica, escravocrata, rural e agroexportadora passou a dividir a cena histórica com grupos sociais e políticos que representavam uma nova concepção de sociedade, baseada no regime republicano, na vida urbana e industrial e no trabalho livre assalariado. As classes dominantes do Brasil passaram a defender diferentes projetos de nação. A Proclamação da República alçou ao poder um novo grupo político e econômico, que foi responsável pela realização dos ajustes políticos paraa consolidação do regime.
Em vista disso, analise as alternativas a seguir e assinale a correta caracterização do cenário de disputas políticas entre o grupo dominante republicano, após a proclamação da República.
Você acertou!
C. 
O grupo dominante da República era formado pelos grandes proprietários rurais do café de São Paulo e Minas Gerais, pelos fazendeiros do Rio Grande do Sul, que controlavam os partidos republicanos regionais, e pelos militares do Exército e Marinha. Disputavam visões diferentes sobre o funcionamento da República.
A classe dominante da República era formada pelos grandes proprietários rurais das províncias de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e pelos militares do Exército e da Marinha. Havia divergências internas em cada um desses setores. Entre os políticos republicanos, como os paulistas e os mineiros, havia aqueles que defendiam a consolidação de uma República Federativa, com significativo grau de autonomia às unidades regionais. Os republicanos do Rio Grande do Sul eram positivistas e almejavam a centralização do poder. Entre os militares, também havia dissonâncias, pois o Exército apoiava a República e, na Marinha, havia setores que apoiavam a República e outros com forte simpatia e influência pelos ideais monarquistas. Para os militares republicanos, o poder deveria funcionar de forma centralizada, ao contrário do que a Constituição de 1891 e o modelo de inspiração constitucional norte-americano previam. O pacto político entre os grupos dominantes não permitiu a inserção de outros grupos emergentes econômica e politicamente ao núcleo do poder. Nesse momento, os produtores de borracha do Norte do Brasil, os industriais de São Paulo e os trabalhadores organizados das indústrias não tiveram forças para impor seus interesses frente aos setores dominantes.

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