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cervicalgia e lesão chicote

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Cervicalgia
-A cervicalgia, também conhecida como torcicolo, é uma síndrome caracterizada por dor e rigidez transitórias na região posterior ou lateral do pescoço.
A cervicalgia está́ relacionada a: movimentos bruscos do pescoço; longa permanência em posição forçada; excesso de sobrecarga dos membros superiores.
-Podem ser classificadas quanto à sua duração em aguda (<1 mês), se resolvem sem tratamento, subaguda (entre 1 a 3meses) e a crônica (>3meses) 
Epidemiologia
-Segundo a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), anualmente a cervicalgia afeta entre 30% e 50% da população em geral, e 55% dos brasileiros terão cervicalgia em algum momento da vida. Destes, 12% das mulheres e 9% dos homens terão cervicalgia crônica. Os sintomas clínicos associados com a dor cervical são: dor e rigidez do pescoço, dor de cabeça, tonturas e dor que se propaga aos ombros e às extremidades superiores.
Lesão chicote
-é causada por rápida flexão e extensão do pescoço, geralmente em acidentes automobilísticos. Até 50% das pessoas que relatam lesão em chicote aguda têm dor persistente no pescoço até 1 ano mais tarde.
Hernia de disco cervical
-A doença degenerativa de disco cervical é muito comum e costuma ser assintomática. Uma herniação de disco cervical inferior é uma causa comum de dor ou formigamento no pescoço, no ombro, no braço e na mão. Dor no pescoço, rigidez e limitação da amplitude dos movimentos pela dor são as manifestações habituais. 
-A hérnia de disco cervical é responsável por aproximadamente 25% das radiculopatias cervicais. A extensão e a rotação lateral do pescoço estreitam o forame intervertebral ipsilateral e podem reproduzir os sintomas radiculares (sinal de Spurling).
Espondilose cervical
-A espondilose cervical é a degeneração dos ossos do pescoço (vértebras) e dos discos entre elas, exercendo pressão (compressão) sobre a medula espinhal no nível do pescoço. A osteoartrite é a causa mais comum de espondilose cervical.
-A osteoartrite da coluna cervical pode provocar dor no pescoço que se irradia para a nuca, os ombros ou os braços, ou pode ser a origem de cefaleias na região occipital posterior. As raízes mais comumente acometidas são C7 e C6.
- Conforme as pessoas envelhecem, a osteoartrite se torna mais comum. Faz as vértebras do pescoço se degenerarem. Quando o osso nas vértebras tenta se reparar, cresce demais, produzindo resultados anormais do osso e estreitando o canal espinhal no pescoço. (O canal espinhal é a passagem que leva até o centro da espinha e contém a medula espinhal). Os discos entre as vértebras também degeneram, reduzindo o revestimento que antes protegia a medula espinhal. Essas alterações podem resultar em compressão da medula espinhal, causando disfunção. Uma vez que o tecido é danificado, é mais suscetível a lesão. Por exemplo, pequenos traumas no pescoço devido à queda ou contusão podem gravemente danificar a medula espinhal.
-Frequentemente são assintomáticos, mas pode levar a radiculopatia
-Quando a medula espinhal se encontra comprimida, o 1° sinal costuma ser a alteração da marcha. As pernas movimentam-se em sacudidelas (movimentos espásticos) e a torna instável. A sensação abaixo do pescoço pode ficar diminuída. O pescoço pode ficar dolorido e perder um pouco a flexibilidade. Os reflexos nas pernas, geralmente, tornam-se exagerados, por vezes causando contrações involuntárias dos músculos (chamados espasmos). Tossir, espirrar e outros movimentos do pescoço podem piorar os sintomas. 
Síndromes do desfiladeiro torácico 
-As síndromes do desfiladeiro torácico compreendem um grupo de distúrbios causados pela pressão nos nervos, artérias ou veias grandes conforme passam entre o pescoço e o tórax. Quando a pressão é exercida nos nervos, há dor e sensação de formigamento (parestesias) na mão, no pescoço, no ombro e no braço. Quando a pressão é exercida nas artérias, os braços ficam pálidos e frios. Quando a pressão é exercida nas veias, os braços incham e a pele adjacente pode adquirir um aspecto azulado. 
-O desfiladeiro torácico é o espaço entre o pescoço e o tórax pelo qual passam os principais vasos sanguíneos e numerosos nervos que levam até o braço. Uma vez que essa passagem está bastante preenchida, os vasos sanguíneos ou os nervos que se dirigem até o braço podem ficar comprimidos entre estruturas (como uma costela, a clavícula ou um músculo contíguo), causando problemas. A causa exata dos distúrbios do desfiladeiro torácico geralmente não é clara.
-As síndromes do desfiladeiro torácico são mais comuns entre as mulheres e, geralmente, se desenvolvem entre os 35 e 55 anos.
 Tratamento
Dor cervical sem radiculopatia
-Melhora espontânea para a dor cervical aguda.
-Costuma ser tratada com uma combinação de AINEs, paracetamol, bolsa de gelo ou calor enquanto se aguarda pela recuperação espontânea. Para os pacientes que perdem o sono devido aos sintomas, a ciclobenzaprina (5-10 mg) à noite pode ajudar a aliviar o espasmo muscular e causa sonolência. Para pacientes com dor cervical não associada a traumatismo, o exercício supervisionado, com ou sem mobilização, parece ser efetivo. E a massagem pode produzir alívio temporário da dor.
-A evidência a favor de tratamentos não cirúrgicos para distúrbios associados à lesão em chicote geralmente é de limitada qualidade e não confirma nem refuta os tratamentos comuns usados para o alívio da dor.
-Para pacientes com dor cervical crônica, os programas de exercícios supervisionados podem fornecer alívio dos sintomas e melhora da função. A acupuntura forneceu benefício em curto prazo para alguns pacientes
Dor cervical com radiculopatia
-Muitos pacientes melhoram sem terapia específica. Embora não haja ensaios clínicos randomizados sobre os AINEs na dor cervical, um curso com AINEs, paracetamol ou ambos, com ou sem miorrelaxantes, além de evitar atividades que desencadeiem dor, pode ser uma terapia inicial razoável.
-Um curso breve de dose alta de glicocorticoides orais com redução gradual rápida, ou a administração epidural de esteroides com orientação por exame de imagem, podem ser efetivos na radiculopatia cervical aguda ou subaguda relacionada a doença discal.
-Os analgésicos opioides podem ser usados no setor de emergência e por prazos curtos em nível ambulatorial. Os colares cervicais flexíveis podem ter alguma utilidade, porque limitam os movimentos cervicais espontâneos e reflexos que exacerbam a dor; os colares duros não costumam ser tolerados.
-O tratamento cirúrgico pode proporcionar alívio rápido da dor, embora não esteja claro se os desfechos em longo prazo são melhores do que com a terapia não cirúrgica.
 Não farmacológico
-Terapias alternativas (massagem e acupuntura) para alívio das dores agudas apresenta pouca evidência de benefício, logo, devemos esperar 3 semanas antes de optar por elas;
- Se o repouso alivia a dor, ele deve ser orientado nos primeiros 3 dias.
-Fisioterapia com alongamento da musculatura paravertebral e fortalecimento de musculatura cervical deve ser iniciada após fase aguda, pois previne recorrências;
Resumo
- A causa mais comum de dor cervical aguda e crônica em adultos são as alterações degenerativas da coluna cervical. Fala do diagnostico diferencial, do exame físico e os testes provocativos. Fala que o exame de imagem é pouco utilizado naqueles pacientes que tem dor cervical não traumática.

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