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Doenças Eritêmato-Descamativas

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Gabriel Calegari Dias
Doenças Eritêmato-descamativas
Objetivos:
1. Descrever o que é psoríase e caracterizar as principais formas clínicas.
2. Citar os diagnósticos diferenciais da psoríase (pitiríase rósea e dermatite
seborreica).
3. Explicar como é feito o diagnóstico da psoríase (Curetagem metódica de Brocq e diagnóstico sindrômico das formas clínicas).
4. Reconhecer os principais fatores de patogenia da psoríase.
5. Descrever a conduta recomendada pelo Consenso para tratamento.
6. Relacionar os tipos de conduta aos diferentes tipos de psoríase.
· Por definição, psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e articulações, autoimune, de base genética, com grande polimorfismo de expressão clínica.
· Epidemiologia e Genética: A psoríase acomete igualmente ambos os sexos, pode aparecer em qualquer idade, sendo mais frequente na terceira e quarta década de vida.
- Aspectos ambientais, geográficos e étnicos podem interferir na sua manifestação.
- O início da psoríase antes dos 15 anos de idade está correlacionado com histórico familiar da doença (pais que desenvolveram).
· Patogenia: Causa desconhecida. A predisposição à doença é geneticamente determinada, mas estudos indicam que seu modo de herança é multifatorial.
· Fatores implicados no desencadeamento ou na piora da psoríase:
1) Traumas cutâneo de diversas naturezas.
2) Luz Solar: agravamento via fenômeno de Köbner se houver exposição solar em excesso.
3) Infecções.
4) HIV: aumento na atividade da doença.
5) Medicamentos: lítio, betabloqueadores (propranolol), antimaláricos e anti-inflamatórios não esteroides, agravam a psoríase.
6) Fatores Emocionais: aumento na intensidade da doença com estresse psicológico e emocional.
7) Tabagismo.
8) Álcool.
9) Fatores endócrinos: como alterações hormonais.
· Tipos de manifestações clínicas:
1) Psoríase em placas (psoríase vulgar): é a forma mais comum, observada em quase 90% dos doentes. Manifesta-se em placas Eritêmato-escamosas bem delimitadas, de tamanho variados.
2) Psoríase invertida: quando a descamação se torna menos evidente por conta da sudorese. Acomete as áreas semimucosas genitais ou dos lábios.
3) Psoríase em gotas (gotada): mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens. Manifesta-se pelo aparecimento de pequenas pápulas Eritêmato-Descamativas de até 1cm de diâmetro.
 
- Em geral a psoríase em gota é precedida por uma infecção estreptocócica, comumente de vias aéreas superiores.
- As lesões podem persistir, aumentar de tamanho, tomando as características da psoríase em placas.
4) Psoríase eritrodérmica: eritema intenso, de caráter universal, acompanhado de descamação discreta. A eritrodermia pode ocorrer no curso evolutivo da doença. Mais frequentemente, é desencadeada por terapias intempestivas, por administração e posterior interrupção de corticoide sistêmico, podendo corresponder à exacerbação da doença em pacientes imunossuprimidos.
- Pela vasodilatação generalizada, há perda excessiva de calor, levando a quadros de hipotermia.
- Nos casos de longa evolução, pode ocorrer diminuição do débito cardíaco e até mesmo comprometimento das funções hepática e renal.
 
5) Psoríase pustulosa generalizada: é a forma grave com sinais e sintomas sistêmicos. Manifesta-se por meio de placas eritêmato-escamosas e pústulas generalizadas, e é conhecida como psoríase do tipo Von Zumbusch.
- Pode ser desencadeada, em paciente com psoríase em placas, por interrupção do corticoide sistêmico, por infecções, cirurgias queimaduras, irritantes locais ou pode ocorrer de forma idiopática, por vezes sendo a primeira manifestação da psoríase.
- Mutações do gene IL36RN: uma mutação homozigota ou heterozigota no gene codificador IL36RN pode ser relacionada à psoríase pustulosa generalizada em certos pacientes
- Pode acometer gestantes também.
6) Psoríase pustulosa palmoplantar (mãos e pés): quadro crônico limitado às palmas e/ou plantas de pústulas estéreis que ocorre em adultos, mais habitualmente no sexo feminino.
 
7) Psoríase Ungueal: aspecto mais comum é a existência de depressões gotadas, cupuliformes (unhas em dedal). Estriações transversais, onicorrexe, hiperqueratose subungueal são outras alterações das unhas psoriásicas.
 
· Comorbidades: A associação maior de psoríase com obesidade, síndrome metabólica, distúrbios cardiovasculares e doença inflamatória intestinal pode ser comprovada em adultos e crianças. O conjunto de fatores de risco para doença cardiovascular, incluindo obesidade abdominal, dislipidemia, hipertensão arterial e intolerância à glicose, tem alta prevalência nos pacientes com psoríase, particularmente nos com a forma moderada e grave.
· Diagnóstico: É baseada na história, quadro clínico e, nos quadros menos típicos, no exame histopatológico. A identificação da psoríase é eminentemente clínica em face do tipo e da distribuição das lesões. 
- A psoríase no couro cabeludo costuma se manifestar por placas bem delimitadas, o que as diferenciam das lesões de Dermatite seborreica. A delimitação das lesões é também critério para diferenciar a dermatite seborreica da psoríase invertida. 
- A pitiríase rósea de Gilbert pode, em regra, ser excluída pelos dois tipos de lesões e pela evolução para a cura em 8 semanas.
- Curetagem Metódica de Brocq consiste na raspagem da lesão, fornece dois importantes sinais clínicos: 
1) Sinal de vela: pela raspagem da lesão, destacam-se escamas esbranquiçadas, semelhantes à raspagem da parafina de uma vela.
2) Sinal do orvalho sangrento ou de Auspitz: quando, pela continuação da raspagem, após a retirada das escamas, surge uma superfície vermelho brilhante com pontos hemorrágicos.
· Tratamento: As características da doença devem sempre ser esclarecidas ao enfermo.
- Doença cutânea crônica, recorrente e não contagiosa;
- Possibilidade de comprometimento articular;
- Necessidade de exames laboratoriais prévios para identificação de
- O objetivo do tratamento é o controle clínico da doença e a melhora da qualidade de vida do paciente. 
· A terapêutica deve:
1. Ser acessível, tanto em relação à disponibilidade quanto ao custo;
2. Ser de fácil administração e conveniente ao doente;
3. Causar efeitos colaterais mínimos;
4. Não induzir taquifilaxia;
5. Proporcionar remissões prolongadas;
6. Permitir uso prolongado nos casos de difícil controle.
· Dermatite Seborreica – Descrição: Doença inflamatória crônica. Ocorre em determinados indivíduos portadores da disposição constitucional denominada diátese seborreica. Predileção pelas áreas ricas em glândulas sebáceas. Muitas vezes associada a indivíduos alérgicos (asma, rinite, sinusite ou eczema).
- Etiologia: Possui etiologia desconhecida, mas pode estar associada com doença de Parkinson, epilepsia, paralisia, lesão do gânglio trigeminal, poliomielite e estresse.
- Tratamento:
Aplicação tópica de imidazólicos em forma de loções ou xampus e Corticosteroides tópicos.
- Dermatite seborreica é uma das dermatoses mais comumente associadas com o HIV.
- Manifestação Clinica: Acomete principalmente homens. Possui pico de incidência após os 40 anos de idade. Cursa com presença de escamas aderentes de coloração esbranquiçada ou amarelada em áreas como o couro cabeludo, rosto (região de sobrancelha e nariz) e peitoral. Essas lesões podem causar prurido local.
· Pitiríase Rósea – Descrição: Erupção cutânea aguda com evolução
autolimitada e característica. Possui duração máxima de 8 semanas.
- Etiologia: Desconhecida. Suspeita-se de ser causada pelo Herpes vírus 7.
- Tratamento:
Anti-histamínicos e Corticosteroides tópicos
Fototerapia.
Manifestação Clínica: Prurido de intensidade variável, inicia-se com uma lesão que aumenta de tamanho durante 15 dias até o abrupto surgimento de várias novas lesões no tronco. Lesões de forma ovalada, fino contorno interno à borda eritematosa e distribuição no tronco (áreas não expostas) dão segurança diagnóstica da doença.

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