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Psoríase , Dermatoses Eritematopapulares - PART-1

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Introdução. 
Doença hiperproliferativa 
inflamatória da pele, 
relativamente comum, 
caracterizada pelo surgimento de 
pápulas eritematoescamosas que 
confluem formando placas, de 
aspecto bem característico que 
geralmente não causa problema 
para o diagnóstico. em alguns 
casos está associada a uma doença 
articular soronegativa, artrite 
psoriásica. 
 
• Epidemiologia e fatores de risco. 
em torno de 2% da população é 
cometida por psoríase, isso 
acontece em ambos os sexos 
independentemente da idade. 
embora o principal pico de 
incidência seja entre 20 e 30 
anos. 
aceita-se uma pré-disposição 
genética, com herança multi 
gênica, mas que requer fatores 
ambientais para sua expressão. 
existe uma correlação da forma 
vulgar (forma mais comum) com 
antígenos HLA-Cw6, B13e B1, 
enquanto as formas artropática e 
pustulosa estão mais relacionadas 
ao HLA-B27(um importante 
marcador genético das 
espongiloarticulopatias 
soronegativas) . 
 
• Fatores desencadeantes. 
existem fatores desencadeantes 
que podem exacerbar o quadro de 
psoríase; 
• estresse emocional 
• alguns medicamentos, como os 
beta bloqueadores, os anti-
malaricos, sais de lítio, 
indometacina, e inibidores de 
IECA. 
• Infecções, como a estreptococcia 
por S. Pyogenes (psoríase 
gutata) e a infecção pelo HIV 
(forma generalizada de psoríase) 
• Fatores físicos- traumas cutâneos, 
e outras dermatites provocando o 
fenômeno de KOEBNER. 
 
 
• Patogenia e patologia 
a psoríase é uma doença que 
cursa com atividade inflamatória 
da derme papilar (o que justifica 
o eritema) e hiperproliferação da 
epiderme (o que justifica o 
espessamento e a descamação). 
na epiderme o ciclo celular dos 
queratinócitos está bastante 
encurtado. A interação entre os 
queratinócitos, e as células de 
langhans e linfócitos T parece der 
fundamental para o 
desenvolvimento da doença. 
 
• A histopatológia é característica, 
tendo os seguintes achados: 
• Paraceratose- aparecimento de 
núcleos nas células da camada 
córnea. 
• ausência da camada granulosa 
• acantose - espessamento da 
camada espinhosa. 
• atrofia das áreas suprapapilares 
• Papilomatose - projeção das 
papilas dérmicas sobre a epiderme 
• infiltrado inflamatório misto na 
derme papilar 
• acúmulo de neutrófilos dentro do 
estrato córneo (microabcesso de 
munro), e formam as coleções na 
epiderme. 
 
 
• Clínica 
As lesões típicas são placas 
eritematoescamosas, bem 
delimitadas (envoltas por pele 
normal), de tamanho variável. 
 
 
 
 
 
 
 
• As escamas são grandes e de 
tonalidade prateada (escamas 
psoriasiforme). Em relação à 
distribuição tamanho e morfologia 
das lesões podemos definir 
psoríase vulgar (forma mais 
comum com lesões típicas.). E as 
formas mais variantes de 
psoríase: numular, girata, anular, 
pustulosa e entre outras. 
• na maioria das vezes, as lesões 
são assintomáticas, embora uma 
minoria de pacientes refira 
prurido e sensação de queimação, 
especialmente nas lesões palmo 
plantares e intertrignosas. 
• Algumas lesões de psoríase 
apresentam um halo hipocromico 
ao redor das lesões conhecidas 
como halo de WORONOFF 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sinal de Auspitz 
(Sinal do orvalho sanguíneo) 
É característico e utilizado como 
auxílio no diagnóstico de psoríase: 
após curetagem e remoção mecânica 
das escamas, brotam depois de 
alguns segundos gotas de sangue na 
lesão. este processo é denominado 
curetagem metódica de brocq; numa 
primeira etapa há o destacamento 
da escama (sinal da vela) e 
posteriormente é observado o 
aparecimento de uma membrana 
opaca-translúcida chamada 
(membrana de Duncan) 
 
 
 
 
 
 
 
• O fenômeno de Koebner. 
É característico da psoríase e 
do líquen plano. é o 
surgimento de uma lesão típica 
da doença em áreas de trauma 
cutâneo (cicatrizes) de vários 
tipos (abrasoes, incisões, 
queimaduras, contusões, 
escoriações, raspagem, 
depilação, tatuagem fricção e 
fita adesiva.), irritantes 
químicos e outras dermatites. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Psoríase vulgar ou psoríase em 
placas (forma crônica 
estacionária) 
é a forma mais comum e uma 
das mais benignas. os locais 
mais frequentes são por ordem 
decrescente: 
 
• Couro cabeludo, com placas bem 
delimitadas e seus bordos 
aparecem nos limites do escalpo e 
na região Retro auricular 
 
 
 
 
• Face extensora dos cotovelos e 
flexora dos joelhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Região lombos-sacral e 
periumbilical 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pavilhão auricular e dorso das 
mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 face flexora dos joelhos. 
Figura 2 face extensora dos cotovelos. 
 
• Uma vez instaladas, as lesões 
tendem a surgir com um curso 
crônico e flutuante, ocorrendo 
períodos de remissão em cerca de 
30% dos casos, seguidos por 
períodos de exacerbação, de 
intervalo variável e imprevisível. 
 
subtipos da psoríase vulgar. 
 
• Psoríase vulgar generalizada. 
as placas são de tamanho 
maior e acometem diversas 
áreas do corpo, incluindo couro 
cabeludo, tronco e membros. 
 
 
• Psoríase girata e anular 
Na psoríase girata, as placas são 
confluentes e circinadas; na 
psoríase anular, as placas 
apresentam clareamento central e 
parecem mapas geográficos. 
 
 
 
• Psoríase invertida 
Placas eritematosas crônicas com 
pouca ou nenhuma descamação, 
localizadas nas régios 
intertrignosas (axilas, região 
ingnal, genitália e pescoço). 
Costumam apresentar prurido. 
 
 
 
 
• Psoríase ungueal 
Figura 3 psoríase anular. 
As unhas estão comprometidas 
em 35 a 50% dos casos, sendo 
uma importante característica da 
doença. geralmente, os pacientes 
também possuem lesões cutâneas 
da psoríase, embora existam casos 
de envolvimento ungueal isolado. 
As principais alterações ungueais 
de psoríase são: 
1. Depressões puntiformes 
(pitting) 
2. Manchas amarelas abaixo da 
lâmina ungueal 
3. Fissuras longitudinais 
4. Ceratose subungueal 
5. Onicodistrofia grave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Psoríase pustulosa generalizada 
Também chamada de psoríase 
pustulosa de von zumbusch, é 
uma forma de evolução 
hiperaguda e episódica, associada a 
sinais e sintomas sistémicos. o 
principal fator desencadeante é a 
suspensão abrupta de corticoides 
sistêmicos, usados erradamente 
para tratar outras formas de p 
psoríase ou qualquer outra 
doença. Pode também ocorrer 
seguindo uma fármacodermia 
exantematosa, tem o início 
súbito, com febre alta, mal-
estar, fraqueza, leucocitose 
neutrofilica, aumento do VHS e 
hipocalcemia. A erupção pustulosa 
para esse logo após a febre e vem 
com surtos que duram vários 
dias. a psoríase pustulosa 
disseminada na gravidez é 
conhecida como impetigo 
herpetiforme. 
 
 
 
 
• As pústulas são múltiplas, 
pequenas medindo entre 2 a 3 
mm, apresentando halo 
eritematoso e que se distribui em 
Figura 4impetigo herpetiforme 
simetricamente pelo tronco e 
extremidades proximais. as placas 
eritematosas tendem a 
confluência, gerando grandes áreas 
de eritema contendo pústulas. 
 
 
 
 
• Psoríase pustulosa localizada. 
existem 3 formas: 
1. psoríase pustulosa palmo 
plantar. 
2. Acrodermatite contínua de 
Hallopeau. Pápulas nos 
quirodáctilos e artelhos 
3. Impetigo herpetiforme (forma 
generalizada que ocorre 
durante a gravidez, com febre 
e sintomatologia geral grave, 
podendo evoluir com 
abortamento. 
 
 
• Psoríase eritrodérmica 
É uma forma generalizada de 
psoríase que se manifesta com ele 
tema e descamação por quase 
todo o tecido epitelial, com 
alterações na Termoregulação, 
hemodinâmica e no equilíbrio 
hidrossalino. faz diagnóstico 
diferencial com outras causas de 
eritrodermica difusa, como as 
fármacodermias dermatite atopica 
micose fungoide com síndrome de 
Sézary 
 
 
• Psoríase guttata 
É uma forma benignas de início 
abrupto, com lesões arredondadas 
pequenas entre 0,5 a 1,5 cm 
esparsas predominando no tronco 
superior extremidades proximais. 
crianças ou adultos jovens dias 
após uma estreptococcia do tratorespiratório superior. 
 
 
 
 
 
• Artrite psoriásica. 
Lesão articular que ocorre em 5 a 
20% dos pacientes com psoríase, 
sendo caracterizada por uma 
artropatia crônica inflamatória 
soronegativo (fator reumatoide 
negativo), relacionada ao HLAB27 
espondilite e sacroloide. e LHA B37e 
B38 (artrite periférica) 
 
 
 
• Diagnóstico 
às vezes é clínico, pelo aspecto e 
distribuição das lesões e pela 
presença do sinal de AUSPITZ na 
dúvida podemos confirmá-lo com 
biópsia. 
 
• Tratamento 
não existe um tratamento 
definitivo para psoríase sendo seu 
objetivo o controle clínico da 
doença, utilizando fármacos 
tópicos e/ou sistêmicos compro 
piedades anti-proliferativas e 
anti-inflamatórias. 
• Como a psoríase é uma doença 
crônica, pode durar muitos anos, 
é importante avaliar o paciente 
de forma cuidadosa para fazer um 
bom planejamento de 
tratamento. 
 
• Tratamento tópico 
 
É usado para as formas localizadas 
(psoríase leve a moderada) várias 
são as opções, corticoides tópicos: 
• Betametasona 0,005% 
• Anatralina (ditranol)0,1-0,5% + 
ácido salicílico 1-2%- aplicado 
1x/dia ou 1-3% em veiculo 
aquoso, aplicar por 20-30mim e 
retirar ( terapia de contato 
curto) 
• Calcipotriol ( análogo a vitD) a 
0,005% 1x/dia 
• Tazaroteno (retinoide) em gel 
0,01*% , existem tópicos para 
psoríase sobre outros veículos 
também, como: xampu, pomada e 
creme. 
 
 
• Fototerapia. 
É uma opção para terapia da 
doença mais extensa ou 
recalcitrante as medidas tópicas. 
a fototerapia utiliza a aplicação 
da radiação ultravioleta nas lesões 
psoriásica. existem 2 métodos: 
1. PUVA (psoraleno+UVA). 
Consiste na aplicação de doses 
progressivas entre 2 a 3 vezes 
por semana da radiação UVA, 
após 2 horas da ingestão do 
metoxipsoraleno (MOP), uma 
substância fotossensibilizante. a 
combinação do psoraleno com 
os raios UVA inibe a síntese do 
DNA da lesão, determinando 
progressivamente a regressão. 
após cada aplicação, é 
fundamental a proteção contra 
a luz solar por 24 horas sendo 
necessário o uso de óculos 
escuros nesse período. além 
dos efeitos colaterais 
imediatos, geralmente leves, 
múltiplas seções de PUVA 
podem aumentar o risco de 
envelhecimento cutâneo e de 
carcinoma Espinocelular da pele 
2. Método de Goekerman 
(coaltar + UVB)- uma pomada 
de coaltar é aplicada em todas 
as lesões do paciente que é 
submetido a doses diárias de 
UVB. possui eficácia 
semelhante ao PUVA. 
 
 
• Terapia sistêmica 
indicada nos casos graves e extensos 
de psoríase particularmente a 
psoríase eritrodérmica e forma 
pustulosa generalizada, bem como na 
forma artropática. 
• Acitretina: derivado do ácido 
transretinóico substitui o 
etretinato na terapia da 
psoríase, por ter meia vida 
mais curta e, portanto, 
melhor risco de teratogênia em 
mulheres. Sua principal 
indicação é na psoríase 
pustulosa generalizada, na qual 
age rapidamente, a dose é de 
0,5 a 1,0mg/kg/dia por 3-4 
meses, pode ser usado em 
conjunto com PUVA. 
• Metotrexate: agente 
citotóxico inibidor da síntese 
de DNA. é a droga de primeira 
linha para psoríase 
eritrodérmica e outras formas 
graves da doença. é feito na 
dose de 15mg/semana (5 mg 
12/12 h por 3 tomadas). A 
dose cumulativa do 
metotrexate deverá sempre ser 
calculada já que a partir de 1,5 
g, deverá ser considerado a 
realização de biópsia hepática 
para prevenir a grave 
hepatotoxicidade (cirrose 
hepática). outros efeitos 
adversos são: leucopenia, 
mucosite, intolerância é 
gastrointestinal. 
• Ciclosporina imunossupressor 
que inibe a produção de IL-2 
pelos linfócitos T. pode ser 
usado no lugar do 
metotrexate. A dose inicial é 
de 2,5-3 Mg/kg/dia. a função 
renal deve ser monitorizada e 
a droga suspensa 
imediatamente se houver o 
aumento de mais de 50% da 
creatina. 
• Devemos salientar que o uso 
de corticoide sistêmico pode 
levar ao rebote da psoríase se 
não usado adequadamente, 
sendo em geral evitado. só 
seria recomendado em casos de 
emergência em que não se 
disponha de outro recurso 
devendo ser acompanhado de 
medicações que permitam a 
sua retirada gradualmente.

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