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Resumo - Psoríase

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Dermatologia
Resumo
G a b r i e l B a g a r o l o P e t r o n i l h o 
Introdução 
A psoríase é uma dermatose inflamatória 
eritêmato-descamativa crônica, não contagiosa. 
Ela possui alta associação com doenças 
sistêmicas. 
Na psor íase , ocorre uma desregu lação 
inflamatória que leva a uma aceleração do ciclo 
germinativo epidérmico. 
Epidemiologia 
Segundo a SBD, ela é uma doença relativamente 
comum e de característica universal. 
Possui início, frequentemente, dos 20 aos 40 
anos, sendo 75% antes dos 45 anos. 
Acomete homens e mulheres em igual proporção 
e, nos EUA é responsável por acometer cerca de 
2% da população total. 
As taxas de desenvolvimento da psoríase 
relacionadas à hereditariedade são : 1
- 4% de chance quando não há histórico familiar; 
- 28% de chance quando um dos pais possui; 
- 65% de chance quando ambos os pais possuem. 
Fatores de Risco 
Alguns principais fatores de risco para a psoríase 
são: 
- Abuso do álcool 
- Sobrepeso e obesidade 
- Tabagismo 
- Dermatose ou infecção no ano anterior 
- AIDS não controlada 
- M e d i c a m e n t o s - b e t a b l o q u e a d o r e s , 
indometacina, tetraciclina e cloroquina. 
Condições Associadas 
Cerca de 25% dos pacientes com psoríase podem 
desenvolver artrite psoriásica/psoríase 
artropática, entre meses ou anos após os início 
das lesões de pele. Ela ocorre, principalmente, nas 
mãos e nos pés. 
Além disso, podem ocorrer miopatia e alterações 
mentais, como depressão (podendo chegar em 
60% dos pacientes), ideação suicida, ansiedade, 
baixa auto-estima e disfunção sexual. 
Algumas condições sistêmicas também podem 
estar associadas no pacientes com psoríase, as 
mais comuns são: 
- Síndrome metabólica 
- IAM 
- AVC 
- Diabetes 
- Doenças renal crônica 
- Doenças de Crohn em adulto 
- Colite ulcerativa 
- Linfoma 
Sendo as 4 primeiras, as mais observadas. 
Fisiopatologia 
A etiologia da psoríase é desconhecida, porém, 
sabe-se que ela é mediada por mecanismos 
imunológicos. 
Antígenos indeterminados são processados por 
células apresentados de antígenos, dando início à 
resposta imunológica. 
Então, linfócitos T de memória, já ativados, 
liberam linfocinas (TNF-𝛂 e IL-2) que causarão a 
proliferação e retardo da maturação de 
queratinócitos, levando a uma rapidez do seu 
ciclo evolutivo, com consequente grande produção 
de escamas devido à imaturidade das células. 
Esse ciclo faz com que ambas as células mortas 
não consigam ser eliminadas eficientemente, 
formando manchas espessas e escamosas na pele. 
 Risco na Suécia (Arch Dermatol 2007 Dec; 143 (12):1559). 1
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
PSORÍASEp s o r í a s e
Clínica 
O paciente apresenta placas eritêmato-
escamosas (90% dos casos - comum), bem 
delimitadas e de tamanho variados. 
São manchas vermelhas com escamas secas e 
esbranquiçadas. 
Pode haver coceira, queimação e dor. 
As principais áreas acometidas, geralmente, são 
joelhos, cotovelos, couro cabeludo, região 
sacral e área genital, esse último menos comum. 
As escamas são branco-prateadas, aderentes e 
estratificadas. 
Tratando-se de uma doença crônica, apresenta 
períodos de remissão e exacerbação. 
Na curetagem metódica de Brocq há evidência 
de 2 sinais: 
- Sinal da Vela (escamas micáceas) → 
estratificação e soltura das escamas 
- Sinal de Auspitz (Orvalho sangrante) → 
superfície vermelho-vivo com gotículas de 
sangue 
Tipos 
Psoríase Gutata 
É caracterizada por pequenas feridas, em forma 
de ‘gotas’ - 0,5 a 1cm - , geralmente no tronco. 
As feridas são recobertas por uma finas escama, 
diferentes das placas de psoríase, porém, elas 
podem desaparecer ou transformar-se em 
placas. 
Acomete crianças, adolescentes e adultos jovens. 
Geralmente, é precedida por infecção de vias 
aéreas superiores. 
Psoríase Eritrodérmica 
É o tipo menos comum de psoríase. 
Ocorre um eritema universal e intenso com 
descamação discreta. 
Pode haver ainda hipotermia, bacteremia, 
desidratação, prurido e ardência. 
À longo prazo, pode levar à manifestações 
sistêmicas, como redução do débito cardíaco e 
insuficiências hepática e renal. 
Esse tipo pode ser desencadeado por queimaduras 
ou, principalmente, uso intempestivo de 
corticoide sistêmico. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Psoríase Pustulosa 
Caracterizada por lesões pustulosas com fundo 
eritematoso ou eritêmato-escamosas com 
pústulas, localizadas ou generalizadas. 
Quando generalizada pode causar febre, 
calafrios, coceira, fadiga e leucocitose. 
Ela ocorre devido a gatilhos, como interrupção de 
coetcioides sistêmico, infecção e hipocalcemia. 
Quando as pústulas são localizas, geralmente na 
palmas e nas mãos é chamada de psoríase palmo-
plantar caracterizada pela acrodermite contínua 
de Hallopeau na extremidade dos dedos - imagem 
à esquerda. 
A psoríase pustulosa pode regredir em algumas 
semanas ao estado anterior ou evoluir para 
eritrodérmica. 
Psoríase Artropática 
Essa manifestação acontece mais comumente em 
pacientes com a doença disseminada, cerca de 
25% desses. 
Pode haver mono ou oligoarterite assimétrica, 
particularmente interfalangianas próximas ou 
distais e é acompanhada de fortes dores. 
Ao exame laboratorial nota-se aumento do VHS 
e fator reumatoide (FR) ausente. 
Nos pacientes idosos, ela ocorre de forma 
discreta, com eritema e descamação em MMII. 
Psoríase Ungueal 
Ocorre em 50% dos pacientes e pode preceder 
em anos o aparecimento da psoríase comum. 
O paciente apresenta onicólise (descolamento da 
unha do leito ungueal), onicorrexe (fissuras 
longitudinais), hiperqueratose subungueal, unhas 
em dedal e estriações transversais. 
Psoríase do Couro Cabeludo 
Surgem áreas avermelhadas com escamas 
espessas branco-prateadas, principalmente após 
coçar. O paciente pode perceber os flocos de pele 
morta em seus cabelos ou em seus ombros, 
especialmente depois de coçar o couro cabeludo. 
Assemelha-se à caspa, porém, as escamas são 
mais aderidas ao fio quando se desprendem do 
couro cabeludo, ou seja, quase não se vê ‘caídas’ 
pelo ombro, roupa, etc. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Queratodermia Palmo-Plantar 
Segundo Azulay, queratodermia que surge em 
adultos é, em geral, uma forma de psoríase. 
Há presença de lesões em outros locais e o 
comprometimento das unhas fecham o 
diagnóstico. 
Diagnóstico 
O diagnóstico de psoríase é eminentemente 
clínico, de acordo com o aspecto de distribuição 
e apresentação das lesões. 
Pode ser realizada a curetagem metódica de 
Brocq para evidenciar os 2 sinais presentes na 
psoríase e a histologia pode auxiliar com diversos 
achados sugestivos. 
O diagnóstico diferencial na psoríase pode ser: 
- Eczema seborreico → áreas seborreicas e 
escamas bem menos espessas 
- Pitiríase rósea → é autolimitada (8 semanas) 
com lesões em forma de ‘medalhão’ 
- Sífilis 
- Outras 
Tratamento 
É importante esclarecer que a psoríase é de 
natureza não contagiosa com curso crônico, de 
evolução até certo ponto e imprevisível. 
Além disso, não deve haver comprometimento 
sistêmico e o tratamento possibilita o seu 
controle. 
A escolha do tratamento varia de acordo com a 
forma clínica, extensão, idade, capacidade de 
compreensão, condição socioeconômica e 
condições gerais de saúde. 
Estudos têm demonstrado que a exposição do 
paciente à luz solar possui efeito terapêutico na 
psoríase, por meio do auxílio da regeneração da 
pele e controle da doença. 
● Corticoides Tópicos → não é a melhor linha 
terapêutica devido à taquifilaxia (adquirição de 
resistência com doses consecutivas). Ele pode 
ainda causar uma atrofia (afinamento) da pele e 
formação vasculares superfíciais (telangectasias). 
Além disso, se utilizado em áreas extensas pode 
causas até mesmo a exacerbação e expansão da 
psoríase. Entretanto, Não São Proibidos De 
Utilizar. Somente Contraindicados. 
● Coaltar → Pomadas com 2-5% que auxiliam na 
diminuição das lesões. 
●Antralina ou Ditranol →ditranol penetra mais 
em pele não sã - 30 minutos - do que em pele 
intacta - várias horas. Devido a isto, 
preparações de longo contato (0.1% - 0.5%) são 
ap l icadas pe lo per íodo da no ite , mas 
preparações mais fortes de curto contato 
(1%-3%) são aplicadas durante o dia durante um 
máximo de 30 minutos. Pode ser irritante em 
certas áreas do corpo e causa pigmentação 
temporária da pele. Deve-se tomar cuidado 
também pois ela pode exacerbar a psoríase. O 
médico deve possuir muito conhecimento sobre 
o medicamento. 
●Análogos da Vitamina D → Calcitriol e 
Calcipotriol; podem causar fotossensibilidade, 
irrtação na face. Possuem efeitos semelhantes 
aos corticoides e podem ser utilizados em 
associação com betametasona. 
●Fototerapia → UVB - narrow band (311nm) é o 
mais eficaz para tratamento da psoríase; PUVA 
- psoraleno + UVA; A fototerapia possui 
efeito anti-proliferativo, é altamente eficaz e 
deve ser feita de 2-3x na semana com 
observação de um médico. 
●Metotrexato → é antagonista do ácido fólico, 
utilizado em casos extensos e resistentes à 
t r a t a m e n t o s a n t e r i o r e s - p s o r í a s e 
eritrodérmica, artropática e pustulosa 
generalizada. Pode ser utilizado até 15mg/
semana em 3 tomadas semanais. Deve ser 
realizado exames laboratoriais para início de 
dose teste, devido hepatotoxicidade do 
medicamento. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
●Ciclosporina A → é altamente eficaz no 
controle da psoríase e a melhor opção para 
casos de psoríase eritrodérmica devido a 
inibição dos l infócitos T. Deve-se ter 
acompanhamento pois ela é nefrotóxico e pode 
causa hipertesão arterial e favorecimento de 
infecção e neoplasias. 
●Acitretina → é um retinóide com indicação para 
psoríase pustulosa, em placas, generalizadas e 
eritrodérmica. Possui alta teratogenicidade - 
a t é 3 a n o s a p ó s s u a i n t e r r u p ç ã o - , 
potencialmente hepatotóxico e aumento de 
lipídeos em 50% dos casos. Pode ser associada 
ao UVB ou PUVA. 
Tratamento com Imunobiológicos 
Em casos de resistência, não acesso à fototerapia 
ou contra indicação do metotrexato e outras 
drogas, podemos utilizar o tratamento com 
imunobiológicos. Porém, são medicamentos de alto 
custo e não fazem parte da utilização oficial do 
SUS - precisa de medida judicial. 
Os principais são os anti-TNF-𝛂 e anti-
interleucina. 
As drogas que possuem esses componentes são: 
infliximabe, adalimumabe, eternacept e 
ustequinumabe. 
Deve haver acompanhamento do paciente devido 
favorecimento de tuberculose, linfomas, 
doenças desmielinizantes e insuficiência 
cardíaca. 
Prognóstico 
O paciente com psoríase grave possui um grande 
aumento da mortalidade quando comparado à 
mortalidade geral. Cerca de 21 a cada 1000 
pessoas/ano (com psoríase), contra 12 a cada 
1000 pessoas/ano (mortalidade geral). 
A redução na expectativa de vida para os homens 
é de 3,5 anos e para mulheres de 4,4 anos. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG

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