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CONTROLE DE SISTEMAS DE MANUFATURA DISTRIBUÍDOS NO CONTEXTO DA INDÚSTRIA 4.0 Jackson Tavares Veiga, jackson.veiga@usp.br 1 Diolino J. dos Santos Filho, diolinos@usp.br 1 Marcosiris A. O. Pessoa, marcosiris@usp.br 1 Paulo E. Miyagi, pemiyagi@usp.br 1 1Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Av. Prof. Luciano Gualberto, 380 - Butantã, São Paulo - SP, 05508- 010. Resumo: As mudanças constantes e as incertezas do mercado discutidas no contexto da Indústria 4.0 exigem sistemas de controle produtivos mais flexíveis e modulares, pois os sistemas de controle hierárquicos em camadas isoladas usados atualmente já não respondem de forma eficiente, visto que o planejamento de fabricação de um determinado produto é feito em função do tempo e as arquiteturas de controle atuais são modeladas em eventos. Além disso, para que empresas possam responder prontamente a essas mudanças, os sistemas produtivos distribuídos devem estar integrados e adotando modelos que garantam maior cooperação entre si. Para integrar esses ambientes heterogêneos, aproximando os sistemas de fabricação real ao plano de fabricação de produtos - os quais orquestram sua produção -, este artigo propõe um método de controle de sistemas produtivos usando a arquitetura para Indústria RAMI 4.0 combinada com arquiteturas de sistemas multiagentes (SMA) baseadas em hôlons (HMS) e orientadas a serviços (SOA). Os modelos representarão a estrutura dinâmica de como esses sistemas se integram e serão demonstrados através de um exemplo prático de fabricação. Palavras-chave: Sistemas Multiagentes (SMA), Sistemas produtivos distribuídos, Sistemas de Manufatura Hôlonicos (HMS), RAMI 4.0. 1. INTRODUÇÃO Vivemos no tempo da quarta revolução industrial, que está associada a rápidas mudanças nas operações de produção. A abordagem CPS descentraliza a produção, tornando os sistemas de produção autônomos, flexíveis e adaptáveis. Os sistemas de controle de manufatura tradicionais (legados) são concebidos especialmente para atender suas necessidades, onde as arquiteturas de sistemas atuais proporcionam uma visão isolada de aplicações especificas e estudos de casos. Desta forma este artigo tem como objetivo fornece informações significativas sobre a implementação e integração de sistemas reais de manufatura com suas interfaces e protocolos heterogêneos por meio da abordagem de componentes I4.0 (Assent Administration Shell -AAS) em um caso de uso real de fabricação. 1.1. Contribuição para Automação Industrial Este artigo visa fornecer aos estudantes, engenheros e automatizadores da indústria um melhorar entendimento sobre os padrões existentes de arquiteturas de Sistemas Cyber-Fisicos (Cyber-Physical Systems – CPS) e automação usados para aplicações reais no que diz respeito a comunicação e integração dos diferentes níveis hierárquicos de automação (nível baixo/alto). 1.2. Questões e hipóteses de Pesquisa Em aspectos reais no universo de controle de sistemas de manufatura, ainda existe uma grande resistência por parte das pessoas para mudança e adoção de novos modelos, por esse motivo são predominantes nesta área arquiteturas de controle centralizado e hierárquico (classicas) tendo como elemento principal os controladores lógicos programáveis (CLPs) e suas respectivas linguagens de programação, seguindo a norma IEC-61131-3 (Trunzer, 2019). Acredita-se que para os sistemas de manufatura atuais alcancem os critérios exigidos por este novo cenário da indústria, deve-se mudar o conceito de controle tradicional, equipando os equipamentos, máquinas e sistemas com ferramentas tecnologias, abilitando assim uma abordagem para digitalização e integração, aproximando estes sistemas com uso de arquiteturas orientada a serviços (Service-oriented Architecture - SOA) (Ye, 2018). J. Veiga, J. dos Santos Filho e M. Pessoa Controle de Sistemas de Manufatura Distribuídos para I4.0. Sendo assim, este artigo tem por finalidade apresentar os padrões existentes em torno dos novos sistemas de controle de sistemas de manufatura para I4.0, usando como pilares os três trabalhos publicados abaixo, integrando aspectos positivos de cada um deles para enfim apresentar um estudo de caso que possa ser implementado na indústria em sistemas legados (tradicionais) em termos de comunicação e integração: a) Arquitetura de referencia (Reference Architecture Manufacturing Industry 4.0 - RAMI 4.0): Publicações recentes da Associação Alemã de Fabricantes Eletro-eletrônicos de Manufatura (Zentralverband Elektrotechnik- und Elektronikindustrie - ZWEI), que traz uma abordagem detalhada sobre a estrutura de adiministração dos ativos - AAS, conhecido como a componente da I4.0 (Industry 4.0 Componente – I4.0C) (Bader, 2019); b) Arquiteturas para aplicações na I4.0: Estudo sobre arquiteturas PERFoRM, IMPROVE, Basy4.0 que introduz uma arquiteteura genérica possibilitanto uma mudança gradual nos sistemas de controle de manufatura existentes (Trunzer, 2019); c) Estado da arte sobre sistemas de controle flexíveis com base em Sistemas Multiagentes (Mult-agent Systens - MAS) (Foehr, 2017). 1.3. Metodologia utilizada Este artigo se baseia em um caso de uso relacionado aos assuntos teóricos que fundamentam a pesquisa. Será considerada uma implementação dos métodos utilizados para comunicação de sistemas de controle indústrias de manufatura. Este trabalho está estruturado em três sessões, além da introdução e metodologia utilizada. Na segunda sessão, são apresentado os trabalhos correlatados que serviram de base para realização deste trabalho. Posteriormente a seção três apresenta um caso de uso de fabricação com controle de sistemas distribuídos para I4.0 dando enfáse na integração e comunicação dos ativos via AAS. Por fim na sessão quatro são apresentados os resultados encontrados neste artigo. 2. TRABALHOS CORRELATOS 2.1. Arquiteturas e tecnologias emergentes para sistemas de automação: Em Foehr M., et al. (2017)”, são apresentadas comparações entre arquiteturas de sistemas de automação e seus principais requisitos para desenvolvimento sistemas de controle distribuidos. Estas arquiteturas possuem como referência desde modelos baseados em sistemas multiagentes SMA e arquitetura orientada a serviços SOA (Tab.1). Tabela 1. Comparação de arquiteturas e tecnologias para sistemas de automação. Observou-se na Tabela 1 que as arquiteturas SOCRADES e IMC-AESOP apresentam melhor desempenho com relação as tecnologias discutidas, sendo estas arquiteturas em camadas orientada a serviços SOA utilizando gatways e mediadores para integração de dispositivos legados. Estes projetos mostram uma transformação da arquitetura centralizada em um sistema de controle distribuído usando diferentes tecnologias. Arquiteturas que consideram sistemas multiagentes, são ideias para controle onde é necessário maior autonomia e cooperação dos componentes. Os serviços web facilitam a interoperabilidade e o acoplamento flexível entre os sistemas. Além disso, a descoberta de serviços e sua orquestração desempenham um papel importante “Trunzer, E., at al. (2018). da Silva, R. M., et al. (2014) apresenta um método para design de sistems flexiveis reconfiguráveis de manufatura com base em modelos de controle hôlonicos (HCS) para integração de modelos heterogêneos. Os HCS se unem a uma rede inteligente distribuída de componentes (agentes) para reconfiguração automática dos elementos (hólons). Sistemas holônicos são utilizados como modelos teóricos para implementeção de MAS. XI Congresso Nacional de Engenharia Mecânica 02 a 06 de Agosto de 2020, Teresina-Pi, Brasil 2.2. Arquiteturas para aplicação da Indústria 4.0: Em “Trunzer, E., at al. (2018) é apresentado a arquitetura RAMI 4.0 como uma descrição estruturada dos requisitos fundamentais do sistema, sendo que a consolidação deste modelo é feita atravésdo componente I4.0C, sendo este um caso específico de componente dos CPS no contexto I4.0. O principal recurso do I4.0C é a combinação de objetos do mundo físico e da informação, oferencendo funcionalidades dedicadas e serviços flexíveis. O I4.0C deve ser único, identificável e apropriado com habilidade de comunicação. Geralmente um I4.0C pode ser um módulo, um dispositivo ou mesmo um sistema inteiro. Em termo de estrutura um I4.0C apresenta dois elementos básicos: o ativo e o “shell” de adimistração. Figura 1. (a) Formato troca de dados AAS (RAMI4.0) e (b) Estrutura geral de um AAS. Trunzer, E., at al. (2018) faz uma comparação entre arquiteturas emergentes para sistemas de manufatura unindo os requisitos de três projetos no campo de sistemas técnicos para I4.0 e a partir destes é derivada uma arquitetura genérica para sistemas legados combinando os pontos fortes das abordagens: PERFoRM – visa aumentar a flexibilidade e reconfigurabilidade de sistemas de fabricação. Seu principal objetivo é transformar os sistemas de automação existentes com diferentes setores. IMPROVE- Tem por finalidade a criação da fábrica virtual através do desenvolvimento e validação de modelos dos sistemas (APS). BaSys4.0: Este projeto desenvolve uma plataforma (middleware) virtual e gêmeos digitais modularizado usados para abstração dos processos para otmização e tomada de decisão. 2.3. Implementação de Controle de sistemas de manufatura: Dias, J., et al. (2017), apresenta em seu trabalho um protótipo industrial com uso de sistema SMA baseado na arquitetura PERFoRM, pois estes fornecem recursos adequados para sistemas de controle reconfiguráveis que suporte sistemas dinâmicos e reconfiguração “on-the-fly” em uma célula de produção com vários processos modulares diferentes. Xun, Ye., et al. (2018), leva em consideração a arquitetura de referência RAMI 4.0 condensada em quatro camadas: Real (equipamentos de campo), Digital (Comunicação, Informação e Empresa) para aplicação experimental de um sistema de manufatura. O trabalho detalha os componentes de softwares e protocolos utilizados e tem um foco na camada de comunicação para integração de sistemas com AML e OPC-UA. Xun, Ye., et al. (2018), em seu segundo trabalho implementa um sistema de controle da produção integrando AutomationML e OPC-UA. Neste trabalho ele sintetiza a arquitetura RAMI 4.0 em três camadas: camada de campo, camada de comunicação e camada empresa. O foco está na demonstração de desempenho do sistema experimental mas não demonstra detalhes de aplicação do AAS. Pessoa, M., et al. (2018), apresenta em seu trabalho uma caso aplicado para conectar dispositivos legados dispersos geograficamente, utilizando aplicações em Nuvem com OPC-UA publicando via MQTT em aplicações Web em tempo real entre dois continentes. 3. CASO DE USO DE FABRICAÇÃO Um sistema composto por estações de trabalho (WSs) será utilizado para aplicação de conceitos relacionados discutidos neste trabalho com foco na comunicação e integração dos ativos “Fig.2-a”. Este sistema tem como objetivo produzir peças com variações de sub-produtos “Fig. 2-b”: i) corpo do cilindro, ii) pistão, iii) mola e iv) tampa. J. Veiga, J. dos Santos Filho e M. Pessoa Controle de Sistemas de Manufatura Distribuídos para I4.0. O sistema é distribuído com controles dedicados em cada uma das WSs, estas através de sua AAS pode ser encontrada pelo sistema de controle superior, este estabelece as funcionalidades necessárias de acordo com as receitas de produção. As estações de trabalho (WS) disponíveis neste experimento são: distribuição (D-WS), teste (Te-WS), manuseio (H-WS), montagem (A-WS) e Robô (R-WS) “Fig.2.a”. Figura 2. a) Estações WS b) Sub-produtos. No item 2.2 “Fig.1-b” foram mencionados os submodelos que compõem um AAS em específico, para cada caso serão desenvolvidos AAS considerando os ativos a seguir do sistema de fabricação para implementação da proposta, sendo estes: (AAS - aplicações Web), (AAS – Gateway), (AAS -Raspberry pi), (AAS – Produto) e os (AAS – WS). Nota-se que são necessários cinco tipos de AAS para nove componentes I4.0. Essa será a estrutura de rede AAS incluindo os ativos e os caminhos de troca de dados definidos para implementação da proposta aplicada a um caso real de controle do sistema de manufatura I4.0 “Fig.3”. O ativo PC será responsável por alocar o Eclipse BaseX baseado em Java que suportará as regras do sistema (MAS) para orquestração dos AAS. O ativo (Gat.ioT) é empregado para conectar os protocolos de campo heterogêneos via OPC-UA e conectar todos os ativos a aplicação (AAS – Web). No (Gat.ioT) fica alocado o servidor OPC-UA que contém o modelo AutoML. Os demais ativos compõem o sistema real com controles (legados) da indústria, estes possuem serviços OPC e comunicam-se com o Gateway via EthernetTCP/IP. Estes ativos são digitalizados através do (AAS) das estações de trabalho (WS). Para atender requisitos de reconfigurabilidade foi adicionado ao sistema o ativo Produto. A comunicação dos (AAS - Produto) e (AAS – Raspberry) é estabelecida com uso de RFIDs ativos, a Raspberry fica responsável por fornecer o serviço OPC-UA e também armazenar as listas de plano de trabalho atualizada da aplicação para os Produtos. Figura 3. Rede de comunicação do sistema I4.0. XI Congresso Nacional de Engenharia Mecânica 02 a 06 de Agosto de 2020, Teresina-Pi, Brasil A “Figura 4” mostra a arquitetura de implantação proposta, referenciada na arquitetura RAMI 4.0 com implementação de softwares para sistema de controle (legados) da Indústria integrados com novos sistemas de Informação que habilitarão arquiteturas (MAS) na orquestração de novos modelos de controle com integração entre sistemas. Nesta nova arquitetura o sistema foi separado em três níveis, sendo de esquerda para direita: Figura 4. Diagrama proposta do sistema. I) EclipsebaseX é utilizado aqui para definição das regras de controle utilizando as arquiteturas SMA discutidas no item 2.1, essas regras são então transferidas via OPC-UA aos AAS correspondentes modelados em AutomationML, este escreve as regras atualizadas em seus ativos correspondentes que participam do loop de controle, os parametros são então escritos via OPC-UA, para que o sistema existente executem as ações, se necessário ativos retornam com informação atualizada para que o sistema redefina as regras (Pessoa, 2018 e Ye, 2018). II) Implementação de AAS com base em AutomationML e OPC-UA, na literatura encontram-se vários métodos técnicos que podem ser usados para realizar modelos de (AAS) (Bader, 2019; Ye, 2019; Ye,2018). Sendo assim, aqui pode-se utilizar AutoML para representar e implementar o modelo de informações UML para cada ativo. O AutomationML contém um módulo apropriado para instanciar objetos individuais, podendo ser ativos físicos ou virtuais como elementos internos (IEs), assim sendo o AutoML pode ser usado para implementar os submodelos (Ye, 2018). III) A comunicação e troca desses dados entre os Ativos deve ser estabelecida e normalizada, para isso criou-se uma interface compatível com I4.0, usando o OPC-UA, que entende-se como um mecânismo máquina-máquina (M2M) independente de plataforma que pode fornecer interfaces para troca de dados entre dispositivos e sistemas indústriais. O OPC-UA apresenta um padrão cliente-servidor que pode ser usado como uma interface de comunicação dos AAS (Ye, 2018). Neste caso de uso de fabricação, a iteração dos AAS é mostrada como um diagrama de sequência na “Fig.5”. Este diagrama expressa o fluxo dinâmico de informações através da rede digitalizada de AASs. Primeiro, o servidor OPC UA relacionado ao AutomationML precisa ser inicializado, então as sessões OPC-UA podem ser criadas com diferentes clientes. O Fluxo de Controle é gerado pelo (AAS - Web PC) e são passados então para os AAS dos dispositivos de campo.Aqui, as tarefas de produção são executadas de acordo com a estratégia de controle. Os paramêtros de feedback são eventualmente carregados de volta no banco de dados do (AAS –Web). Assim o sistema de manufatura opera em um loop constante. Importante ressaltar que o sistema de controle (legado) da sistema real de manufatura pode utilizar métodos de checagem de determinismo, seguindo modelos de batimento cardiaco (Profanter, 2019). Figura 5. Diagrama de sequencia de comunicação. J. Veiga, J. dos Santos Filho e M. Pessoa Controle de Sistemas de Manufatura Distribuídos para I4.0. O sistema de controle com AAS é adicionado para garantir requisitos de reconfigurabilidade do sistema real, de forma a melhorar a eficiência do sistema em aspectos de melhor usabilidade dos recursos físicos em campo, onde foi adicionado o (AAS-produto) como um agente do sistema inteligente estabelecido com SMA. Conforme visto em Trunzer at. al, (2019) o controle tradicional operará conforme sua programação local em caso de falta de comunicação no sistema de administração dos ativos. 4. RESULTADOS Neste estudo de aplicação foi apresentado meios para comunicação entre estações de trabalho distribuidas com sistema legado, onde foram estudadas propostas de modelos de arquiteturas I4.0 para comunicação e integração afim de fazer uma abordagem atual para uso das componentes AAS da arquitetura RAMI4.0. Levando em conta os sistemas de controle existentes, este estudo de aplicação teve como objetivo fornecer um camingo de migração das arquiteturas atuais da Indústria, para isso foram apresentadas tecnologias relacionadas a I4.0 como OPC-UA e AutomationML que habilitam a aproximação de diferentes componentes, interconectando estes sistemas de forma horizontal e vertical, adicionando equipamentos de campo e produto na tomada de decisão de regras que venham a ser modeladas em níveis superiores de informação. Os diferentes padrões de comunicação existentes na indústria: EthernetTCP/IP, RFID, OPC, foram padronizados por meio do protocolo OPC-UA que permite a integração desses ativos. Por fim um diagrama de sequencia de execução demonstra como a integração entre camadas e troca de informação entre ativos. Em trabalhos futuros pode ser detalhado as regras de controle no nível superior de informação deste sistema com uso de SMA e arquiteturas holônicas por exemplo. O modelamento se dará em Eclipse onde este via OPC-UA comunicará com os AAS que também devem ser concebidos no AutomationML. 5. REFERÊNCIAS da Silva, R. M., Junqueira, F., dos Santos Filho, D. J., and Miyagi, P. E., 2014, "A method to design a manufacturing control system considering flexible reconfiguration". 12th IEEE International Conference on Industrial Informatics (INDIN), Porto Alegre, pp. 82-87. doi: 10.1109/INDIN.2014.6945488 Cruz Salazar, L.A., Ryashentseva, D., Lüder, A. et al., 2019, “Cyber-physical production systems architecture based on multi-agent’s design pattern-comparison of selected approaches mapping four agent patterns”. Int J Adv Manuf Technol 105, 4005–4034. Bader, S., Barnstedt, E., Bedenbender, H., Billman, M., Boss, B., Braunmandl, A., 2019, “Details of the Asset Administration Shell Part 1 - The exchange of information between partners in the value chain of Industrie 4.0 (Version 2.0)”. 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RESPONSABILIDADE AUTORAL CONTROL OF DISTRIBUTED MANUFACTURING SYSTEMS IN THE CONTEXT OF INDUSTRIE 4.0 Jackson Tavares Veiga, jackson.veiga@usp.br 1 Diolino J. dos Santos Filho, diolinos@usp.br 1 Marcosiris A. O. Pessoa, marcosiris@usp.br 1 Paulo E. Miyagi, pemiyagi@usp.br 1 1Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Av. Prof. Luciano Gualberto, 380 - Butantã, São Paulo - SP, 05508-010. Abstract. The constant changes and market uncertainties discussed in the context of Industry 4.0 require more flexible and modular production control systems, because the hierarchical control systems in isolated layers currently used are no longer responding efficiently, since the planning of manufacturing of a particular product is made as a function of time and current control architectures are modeled on events. In addition, for companies to be able to respond promptly to these changes, distributed production systems must be integrated and adopting models that guarantee greater cooperation with each other. To integrate these heterogeneous environments, bringing real manufacturing systems closer to the product manufacturing plan - which orchestrate their production -, this article proposes a method of controlling productive systems using the architecture for Industry RAMI 4.0 combined with multi-agent systems architectures (MAS) based on holons (HMS) and service oriented (SOA). The models will represent the dynamic structure of how these systems integrate and will be demonstrated through a practical example of manufacturing. Keywords: Multi-agent systems (MAS), distributed productive systems, Hôlons (HMS), RAMI 4.0.
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