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Piometra Considerações gerais e patofisiologia É uma doença polissistêmica que potencialmente ameaça a vida; Ocorre durante o diestro das cadelas e gatas; Existe uma menor incidência em gatas devido as particularidades do ciclo estral; Está associada a hiperplasia endometrial cística; O útero é colonizado por bactérias (Escherichia coli em cerca de 65 a 85% dos casos); O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico (as condições de saúde do animal podem contra-indicar o tratamento clínico). Piometra Considerações gerais e patofisiologia Progesterona Endógena (corpo lúteo) ou exógena útero Aumento da secreção das glândulas uterinas; Inibição da contratilidade do miométrio; Oclusão da cérvix Baixa resposta leucocitária. Hiperplasia endometrial cística Presença de bactérias PIOMETRA Piometra Considerações gerais e patofisiologia Organismos mais comumente cultivados de cães com piometra: Escherichia coli (possui afinidade pelo endométrio e miométrio) Staphylococus aureus Streptococus spp Pseudomonas spp Proteus spp Pasteurella spp Klebsiella spp Haemophilus spp Serratia spp Moraxella spp Piometra Considerações gerais e patofisiologia A cérvix fechada está associada a um quadro clínico mais grave; É comum a presença de endotoxemia, sepse e peritonite (ruptura uterina ou derramamento de secreção na cavidade); Hipoglicemia (depleção dos estoques de glicogênio – sepse e síndrome da resposta inflamatória sistêmica); Hiperglicemia transitória (liberação de catecolaminas e glucagon) Hiperglicemia persistente (progesterona liberação de hormônio do crescimento); Piometra Considerações gerais e patofisiologia Disfunção renal (azotemia pré-renal, doença glomerular primária, redução na capacidade de concentração urinária, doença tubular intersticial, redução da filtração glomerular e doença renal concorrente); Injúria hepatocelular (devido a colestase, toxicidade da sepse e endotoxemia e baixa perfusão); Anemia (supressão da eritropoiese pela inflamação crônica e perda de hemácia para a luz do útero); Déficits de coagulação (pouco frequente), arritmias cardíacas, choque, desequilíbrio hidro-eletrolítico e acidose também podem ser observados. Piometra Histórico e apresentação clínica: Cadelas e gatas velhas (média de 9 anos); Cadelas nulíparas parecem apresentar risco moderadamento maior que as primíparas e multíparas; Ocorre geralmente de 4 a 8 semanas após o estro (cães), em gatas (1 a 4 semanas); Pode estar relacionada ao uso de estrógeno (cães) e progestágenos (gatas) exógenos; Piometra Histórico e apresentação clínica: O animal é apresentado com secreção vaginal purulenta (algumas vezes sanguinolenta); Distensão abdominal; Febre (pouco frequente); Anorexia ou hiporexia; Letargia; Poliúria, polidipsia e desidratação; Vômitos e diarréia (principalmente com cérvix fechada). Piometra Piometra Piometra Exames laboratoriais: Hemograma: neutrofilia com desvio à esquerda, monocitose e evidência de neutrófilos tóxicos; Leucocitose excedendo os 30.000 em piometras fechadas; Leucopenia (secundário ao sequestro de leucócitos pelo útero ou em casos de infecções graves e sepse); Anemia pode ocorrer (normocítica, normocrômica não- regenerativa); Anormalidades de coagulação e CID (casos graves). Piometra Piometra Piometra Exames laboratoriais: Anormalidades na bioquímica sérica: Azotemia; Hiperproteinemia (hipergamaglobulinemia); Desequilíbrio hido-eletrolítico (aumento de K+ e diminuição de Na+); Aumento ou diminuição da TGP/ALT, aumento da FA; Hiper/hipoglicemia; Urinálise (isostenúria, proteinúria e bacteriúria); Piometra Piometra Exames de imagem: Raio- x: usado para descartar a possibilidade de gestação (calcificação do esqueleto fetal após 42 dias); Ultrassom: Estruturas fetais identificadas a partir de 23 dias após o pico do HL; Avalia viabilidade fetal após 24 a 30 dias de gestação; Piometra Piometra Piometra Tratamento: clínico: Terapia com prostaglandina (PGF 2α) 0,1 a 0,25mg/kg SC sid ou bid por 3 a 5 dias Complicações – ruptura uterina, salivação, emese, defecação, urinar, midríase, animal fica ofegante, aninhado, tenesmo, lordose, vocalização e auto-limpeza, altas doses conduzem a ataxia, colapso, choque hipovolêmico, dificuldade respiratória e morte; Terapia com antibióticos Cefazolina, cefoxetina, amoxicilina+clavulanato, ampicilina, trimetropim+sulfadiazina e enrofloxacina; Piometra Tratamento: Cirúrgico: É o tratamento de escolha; Avaliar cuidadosamente o animal antes da cirurgia; Estabilizar o paciente no pré-cirúrgico (utilização de fluido, antibióticos, corticóides ou flunexina meglumina (endotoxemia); monitorar débito urinário, etc Utilizar protocolo anestésico que seja melhor indicado para o paciente. Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Cuidados pós-operatórios: Uso de analgésicos; Monitoramento para sepse, choque, desidratação e desequilíbrios eletrolíticos (24 a 48 h); Transfusão sanguínea ou plasma (anemia grave e hipoproteinemia); Fluidoterapia até o animal estar alimentando e bebendo espontaneamente; Uso de antibióticos (10 a 14 dias); Piometra Complicações pós-cirúrgicas e prognóstico: As mesmas relacionadas a OVH (hemorragia, estro recorrente, piometra de coto uterino, trajetos fistulosos, ligadura acidental do ureter, incontinência urinária e obesidade); Septicemia; Endotoxemia; Peritonite; Outras (anorexia, letargia, anemia, pirexia, vômitos, icterícia, doença hepática, doença renal e doenças tromboembólicas) As complicações resolvem-se dentro de 2 semanas pós-cirurgia; Taxa de mortalidade de 5 a 8%, nos casos de peritonite (57%). Piometra Obrigado!!!
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