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O Direito Como Ciencia e Seu Objeto de Estudo- Dissertacao P.J

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
NOTURNO, TURMA 31
DIREITO
LORENNA VICTÓRIA
O Direito Como Ciência e Seu Objeto de Estudo
DISSERTAÇÃO
Maringá
2022
LORENNA VICTÓRIA
O Direito Como Ciência e Seu Objeto de Estudo
Dissertação apresentada à Graduação em Di-
reito, da Universidade Estadual de Maringá,
como atividade da matéria de Pesquisa Jurí-
dica, ministrada pela Professora Valéria Silva
Galdino Cardin.
Maringá
2022
Partindo da concepção geral de o que é ciência, e tendo como resultado que é o tipo
de conhecimento que explica os fenômenos, seguindo a leis que foram analisadas por
métodos experimentais de forma a ser baseada na estabilidade, no prognóstico e na
administração plena de fenômenos que podem ser observados, por analogia, o Direito é
considerado ciência, seja devido ao fato de conter um método (sua metodologia jurídica), ou
também por se ater aos conceitos de regularidade, previsão e controle de seus fenômenos,
como exemplificado na citação de Hans Kelsen [1],
“A ciência jurídica procura apreender o seu objeto.
‘juridicamente’, isto é, do ponto de vista do Direito. Apreender
algo juridicamente não pode, porém, significar senão apreender
algo como Direito, o que quer dizer: como norma jurídica ou
conteúdo de uma norma jurídica, como determinado através de
uma norma jurídica."
Ademais, o Direito é visto como ciência tendo em vista um de seus tipos de
abordagem jurídica, a Zetética. A perspectiva zetética representa o ato de questionar e
tentar conhecer a essência ou razão das coisas, partindo de evidências, constatações que
podem ser modificadas e questionadas. Como cita em seu livro o autor Tércio Sampaio [2]
acerca desse tema,
"Uma investigação científica de natureza zetética, em
consequência, constrói-se com base em constatações certas,
cuja evidência, em determinada época, indica-nos, em alto
grau, que elas são verdadeiras. A partir delas, a investigação
caracteriza-se pela busca de novos enunciados verdadeiros,
seguramente definidos, constituindo um corpo sistemático.
Como a noção de verificação desenvolvida no correr da
História, a investigação zetética pode ser bem diferente de uma
época para outra."
Nessa abordagem nada é estático, prevalecendo a dúvida, mesmo os conceitos, os
princípios ou proposições podem se submeter a questionamentos. Assim, cada afirmação
constitui a base para novas investigações, do mesmo modo que o método científico, que
nada mais é do que um conjunto de procedimentos por meio dos quais um cientista
consegue propor um conjunto de explicações para fenômenos, constituição e formação de
materiais.
Tendo o Direito como ciência, é preciso considerar seu objeto de estudo, o
fenômeno jurídico. Como é mencionado no Vade Mecum, o fenômeno jurídico "é todo o
acontecimento ou fato exterior do homem dependente ou não de sua vontade e suscetível
de produzir efeito jurídico", sendo esse estudado pela ciência do direito em todas as suas
formas. Assim sendo, a definição de fenômeno jurídico se relaciona ao uso da força por
alguém já legitimado em um consenso social, que estabelece normas de conduta, de forma
a garantir a plena ordenação social.
Portanto, o direito como ciência corresponde ao estudo metódico dos fenômenos
jurídicos, objetivando descobrir o significado objetivo desses, e com o intuito de construir o
sistema jurídico, assim como determinar as suas origens sociais e históricas. Demonstrado
e citado por Miguel Reale[3] como última citação deste texto,
"A Ciência do Direito estuda o fenômeno jurídico em todas as
suas manifestações e momentos. Aos cientistas do Direito
interessa essa experiência não apenas já aperfeiçoada e
formalizada em leis, mas, também, como vai aos poucos se
manifestando na sociedade, nas relações de convivência. A
Ciência do Direito é, portanto, uma ciência complexa, que
surpreende o fato jurídico desde as suas manifestações iniciais
até aquelas em que a forma se aperfeiçoa."
Referências Bibliográficas
[1] KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Trad. João Baptista Machado. 8. ed. São Paulo:
WMF Martins Fontes, 2009, p. 79.
[2] SAMPAIO, Tércio. Introdução ao Estudo do Direito: técnica, decisão, dominação. 4 ed.
São Paulo: Atlas, 2003, p. 36.
[3] REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 1986
	O Direito Como Ciência e Seu Objeto de Estudo
	Folha de rosto

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