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AVC – AVALIAÇÃO CONTÍNUA FOLHA DE RESPOSTA Disci ALUNO: PEDRO CARLOS DO NASCIMENTO POVOAS – RA 4323173 INFORMAÇÕES IMPORTANTES! LEIA ANTES DE INICIAR! A Avaliação Contínua (AVC) é uma atividade que compreende a elaboração de uma produção dissertativa. Esta avaliação vale até 10,0 pontos. Atenção1: Serão consideradas para avaliação somente as atividades com status “enviado”. As atividades com status na forma de “rascunho” não serão corrigidas. Lembre-se de clicar no botão “enviar”. Atenção2: A atividade deve ser postada somente neste modelo de Folha de Respostas, preferencialmente, na versão Pdf. Importante: Sempre desenvolva textos com a sua própria argumentação. Nunca copie e cole informações da internet, de outro colega ou qualquer outra fonte, como sendo sua produção, já que essas situações caracterizam plágio e invalidam sua atividade. Se for pedido na atividade, coloque as referências bibliográficas para não perder ponto. CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES - DISSERTATIVAS Conteúdo: as respostas não possuem erros conceituais e reúnem todos os elementos pedidos. Linguagem e clareza: o texto deve estar correto quanto à ortografia, ao vocabulário e às terminologias, e as ideias devem ser apresentadas de forma clara, sem incoerências. Raciocínio: o trabalho deve seguir uma linha de raciocínio que se relacione com o material didático. Coerência: o trabalho deve responder às questões propostas pela atividade. Embasamento: a argumentação deve ser sustentada por ideias presentes no conteúdo da disciplina. A AVC que atender a todos os critérios, sem nenhum erro conceitual, de ortografia ou concordância, bem como reunir todos os elementos necessários para uma resposta completa, receberá nota 10. Cada erro será descontado de acordo com sua relevância. CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES - CÁLCULO Caminho de Resolução: O trabalho deve seguir uma linha de raciocínio e coerência do início ao fim. O aluno deve colocar todo o desenvolvimento da atividade até chegar ao resultado final. Resultado Final: A resolução do exercício deve levar ao resultado final correto. A AVC que possui detalhamento do cálculo realizado, sem pular nenhuma etapa, e apresentar resultado final correto receberá nota 10. A atividade que apresentar apenas resultado final, mesmo que correto, sem inserir as etapas do cálculo receberá nota zero. Os erros serão descontados de acordo com a sua relevância. Disciplina: HIDRÁULICA E HIDROLOGIA “Águas subterrâneas: uma solução para crises de abastecimento de água em cidades com situações de estiagem.” Quando pensamos em águas subterrâneas, é importante primeiramente compreendermos que um ciclo hidrológico é um movimento contínuo, um processo natural de reciclagem de moléculas de água da Terra para o ar e vice e versa e que “[...] as águas subterrâneas fazem parte de uma das componentes do ciclo hidrológico, uma vez que constituem parcela da água precipitada.” (GOMES, 2008, p.25), “[...] ocorrendo abaixo da superfície terrestre, preenche os poros ou vazios intergranulares das rochas sedimentares, ou as fraturas, falhas e fissuras das rochas compactas” (ABAS, 2018). Já os aquíferos são reservatórios de águas subterrâneas, geralmente formados por rochas com características ajustadas à retenção de parcela das águas precipitadas sobre o solo, sendo considerados “[...] reservas de água subterrâneas com exploração economicamente viável”, (GOMES, 2008, p.30), que nos períodos de estiagem fornecem água para os rios e no período chuvoso recebem água da natureza. Hidrogeologicamente são classificados por Giampá e Gonçalves (2013) como aquíferos livre; confinado; suspenso; semilivre e semiconfinado. Ao pesquisarmos informações relevantes sobre a cidade de interesse, encontramos em Limoeiro do Norte (2022) que além de sua proximidade geográfica dos rios Jaguaribe e Banabuiú e das barragens de Pedrinhas e Jenipapeiro, essa cidade também possui boas possibilidades para obtenção de informações sobre hidrogeologia, visto que além do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE, que se localiza na cidade desde o ano de 2008 e mantém um programa interessante de responsabilidade socioambiental IFCE (2018), a localidade também dispõe do proativo Instituto Municipal de Meio Ambiente de Limoeiro do Norte, ligado à Prefeitura Municipal. Uma vez que nesta proposta de consultoria procuramos outras fontes de abastecimento de água, sugerimos o estudo de viabilidade da perfuração de poços para atender à demanda da população por água, valendo-nos de informações já consolidadas para conhecermos primeiramente especificidades de alguns tipos de poços, com o objetivo de obtermos parâmetros básicos de referência: “[...] Poços escavados: também chamados de cacimbas, podem ser construídos com ou sem condições satisfatórias de higiene e segurança e ao depender da hidrogeologia do local podem ter profundidade extremamente rasa ou por vezes superiores a 60 metros. Poços cravados: geralmente com pouca vazão, são poços rasos, comumente utilizados para suprimento unirresidencial, implantados em zonas aluvionares onde predominam os sedimentos granulares soltos. Poços ponteira: construídos em terrenos brandos, onde os aquíferos, relativamente rasos apresentam pequena https://www.limoeirodonorte.ce.gov.br/secretaria.php?sec=34 https://www.limoeirodonorte.ce.gov.br/secretaria.php?sec=34 espessura, embora possam oferecer produção abundante; Poços perfurados: demandam mais tecnologia que os anteriores, e suas profundidades variam de uns poucos, até milhares de metros. Seus diâmetros de perfuração e de conclusão variam com a profundidade a perfurar, com a coluna litológica a atravessar e com a vazão que se pretende extrair.” (LOPES,2012, p.57 e p.61) Destacando os poços perfurados, que podem ser do tipo tubulares profundos, estudando o tema, compreendemos que devem ser conectados em aquíferos tipo confinado, com potencial de água elevando-se acima do solo, não precisando de bombas para extração de água, sendo chamados de poços artesianos ou jorrantes. Sobre esse tipo de poço, levantamos que “[...] os poços tubulares profundos são obras de engenharia geológica de acesso à água subterrânea, executadas com sondas perfuratrizes mediante perfuração vertical com diâmetro de 4” a 36” e profundidade de até 2 mil metros, para captação de água.” (ANA, 2016) e que quanto à construção deles é “[...] importante que os poços tubulares sejam construídos adequadamente e disponham de dispositivos de segurança como laje de proteção e tubo de boca, de forma a evitar que se tornem caminho preferencial para poluentes e organismos patógenos atingirem a água subterrânea.” (CETESB, 2004). Isso posto, quando citamos neste artigo a importância do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará e do Instituto Municipal de Meio Ambiente de Limoeiro do Norte para obtenção de dados relevantes à esta proposta, encontramos ressonância em Lopes (2012, p.63) no tocante à locação de poços, pois segundo o autor, do ponto de vista hidrogeológico, para que a locação de um poço possa ser tecnicamente bem-feita, deve ser precedida de um estudo prévio, o mais abrangente possível, onde pesquisaríamos e parametrizaríamos os dados bibliográficos existentes, tais como: mapas, relatórios e outras publicações sobre a geologia e a hidrogeologia das zonas de influência sobre as áreas de interesse para perfuração. E ainda segundo esse autor, tal levantamento seria complementado com os dados de campo, que nos trariam informações sobre a geologia da superfície, bem como da subsuperfície locais. Já com os dados de campo em mãos, teríamos condições de analisar tecnicamente vários aspectos importantes para seguirmos em frente com o estudo de viabilidade para implantação de poços, tais como “[...] análisedas amostras das camadas penetradas; espessura e posição relativa de cada camada; consistência do material da formação, avaliada a partir do gráfico tempo-penetração; pressão hidrostática do aquífero, dada pela posição do nível estático em relação ao topo do aquífero e expectativa de vazão.” (LOPES, 2012, p.300) https://www.limoeirodonorte.ce.gov.br/secretaria.php?sec=34 https://www.limoeirodonorte.ce.gov.br/secretaria.php?sec=34 Com a análise de todo esse material e dos parâmetros necessários para a construção dos poços em Associação Brasileira de Normas Técnicas (1992) e em Associação Brasileira de Normas Técnicas (2006), teríamos a base teórica tanto para definir quais tipos de poços poderíamos construir, como para planejar e para executar a construção deles, os quais só seriam obtidos na fase de perfuração. Lopes (2012, p.299). Concluindo, se considerarmos como parâmetro inicial para o estudo de viabilidade da perfuração de poços profundos na região de interesse que: “[...] no aquífero fissural a recarga das fraturas ocorre essencialmente com os cursos d’água superficiais, controlados pela estrutura geológica, o que implica elevada influência da rede hidrográfica para a locação de um poço, tanto para a quantidade como para a qualidade da água que se espera obter”, (GIAMPÁ e GONÇALVES, 2013) muito provavelmente estaremos próximos ao perfil hidrogeológico predominante na cidade de Limoeiro do Norte (CE), pois é praticamente cercada por rios. E caso concluamos que a implantação de poços perfurados, tipo artesianos seja a melhor escolha para a cidade de Limoeiro do Norte (CE), principalmente em função do seu perfil hidrogeológico, estaremos em conformidade com a flexibilidade técnica na construção desse tipo de poço, pois ainda segundo Lopes (2012, p.61) suas profundidades variam de uns poucos, até milhares de metros. Exemplo real de aquífero e como um aquífero é importante para uma região. Ao pesquisarmos um exemplo real de aquífero, encontramos em Alves (2015) na região sul do Nordeste brasileiro, mais especificamente no litoral norte do Estado da Bahia, o importante Sistema Aquífero Barreiras, que atualmente atende à população das cidades nordestinas de Aporá; Acajutiba; Cardeal da Silva; Conde; Esplanada; Entre Rios e Jandaíra. Sendo que segundo a autora “[...] a água subterrânea obtida através desse aquífero é a principal fonte de suprimento hídrico das populações urbanas e rurais.” (ALVES, 2015, p.1) Já conscientes de que a conexão entre o uso da água dos aquíferos confinados se dá através de poços, identificamos em Alves (2015) que além do uso doméstico, outros importantes usos também contemplam significativamente as necessidades de água da região atendida pelo Aquífero Barreiras. E para facilitar o entendimento, ainda considerando o que apuramos em Alves (2015, p.126 a 139) agrupamos e quantificamos os tipos de usos dos poços existentes na região de interesse: uso doméstico (89); uso para abastecimento público (70); uso doméstico / irrigação (19); uso para irrigação (12); uso doméstico / animal (4); uso doméstico / industrial (3); uso animal + uso aviário (2); uso doméstico secundário (2); uso industrial (1); uso para água mineral (1). Concluindo, comparando a quantidade de poços e a diversidade de usos, percebemos a grande importância que o Aquífero Barreiras tem para uso doméstico das populações residentes nas cidades já nomeadas, equiparando-se apenas com o uso para abastecimento público da mesma região. Comparação da conclusão de nosso artigo com o levantamento real de poços conectados com o Sistema Aquífero Barreiras Com o objetivo de comparar a conclusão (proposta) de nosso artigo, ainda em Alves (2015, p.126 a 139), encontramos dados importantes sobre os tipos de poços predominantes nas cidades nordestinas abastecidas pelo Aquífero Barreiras. Enquanto em sua pesquisa a au- tora identificou a existência na região de interesse de 36 cacimbões (poços rasos), na mesma região identificou 212 poços tubulares, cerca de 500% (quinhentos por cento) a mais, o que demonstra que nossa proposta para o estudo da viabilidade da perfuração de poços perfurados na cidade nordestina de Limoeiro do Norte (CE) é consistente com o que apuramos nesse pe- queno artigo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Referências ALVES, Rafaela da Silva. O Sistema Aquífero Barreiras na Região de Parnamirim, RN. Uso das Águas e Potencialidades. Tese (Mestrado em Geodinâmica e Geofísica) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Centro de Ciências Exatas da Terra – Programa de Pós Graduação em Geodinâmica e Geofísica. Natal, 2015 Disponível em <https://repositorio.AFufrn.br/handle/123456789/21061> - Consulta em 08 set 2022 ABAS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. Águas subterrâneas, o que são? Disponível em <https://www.abas.org/aguas-subterraneas-o-que- sao> Consulta em 02 set. 2022 ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Oficina de Capacitação do Progestão – Águas Subterrâneas. Brasília: ANA, 2016. Disponível em: <https://progestao.ana.gov.br/destaque- superior/eventos/oficinas-de-intercambio-1/aguas-subterraneas-1/oficina-aguas-subterraneas- brasilia-2016/apresentacoes-ana/ana-2-hidrogeologia-pocos-fabricio-bueno.pdf> Consulta em 05 set. 2022 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12212: Projeto de Poço para Captação de Água Subterrânea. Rio de Janeiro. 1992 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12244: Construção de Poço Tubular. Rio de Janeiro. 2006. BURTE, Julien Daniel Pierre. COUDRAIN, Anne. MARLET, Serge. Uso das aguas de pequenos aquíferos aluviais para irrigação nas regiões semiáridas. Rev. Ciência Agronômica [online]. 2011, v. 42, n. 3 pp. 635-643. 10 Ago 2011 Disponível em <https://www.scielo.br/j/rca/a/p8gwZyv5Sw3Y6mzjT9wF6FQ> Acesso em 06 set. 2022 CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SENEAMENTO AMBIENTAL. Noções e Definições em Hidrogeologia. São Paulo. (2004). Disponível em: <https://cetesb.sp.gov.br/aguas-subterraneas/wp-content/uploads/sites/13/2013/11/nocoes.zip> Acesso em 06 set. 2022 GIAMPÁ, Carlos Eduardo Quáglia. GONÇALES, Valter Galdiano. organizadores. Águas subterrâneas e poços tubulares profundos. 2.ed.rev. e atualizada. São Paulo: Oficina de Textos,2013 In GOMES, Marco Antônio Ferreira. Uso agrícola das áreas de afloramento do Aquífero Guarani no Brasil: implicações para a água subterrânea e propostas de gestão com enfoque agroambiental. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2008. Disponível em <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149146/1/2008CL-13.pdf> Acesso em 06 set. 2022 IGUATU, Prefeitura Municipal de. Secretaria de Comunicação. Comunidade do Iguatu já recebe água do Aquífero Julião. Disponível em: <https://iguatu.ce.gov.br/comunidade-em- iguatu-ja-recebe-agua-aquifero-juliao> Acesso em 06 set. 2022 IFCE - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ. Carta de Sustentabilidade Sócio Ambiental. Fortaleza, 2018. Disponível em: <https://ifce.edu.br/fortaleza/documentos/carta-de-sustentabilidade-socioambiental.pdf> Acesso em 03 set. 2022 LIMOEIRO DO NORTE, Prefeitura Municipal de. Secretaria de Cultura. Instituto Municipal de Meio Ambiente de Limoeiro do Norte. Dados sobre os aspectos geográficos de Limoeiro do Norte. Disponível em < https://www.limoeirodonorte.ce.gov.br/mapadosite.php> Acesso em 06 set. 2022 https://www.abas.org/aguas-subterraneas-o-que-sao https://www.abas.org/aguas-subterraneas-o-que-sao https://progestao.ana.gov.br/destaque-superior/eventos/oficinas-de-intercambio-1/aguas-subterraneas-1/oficina-aguas-subterraneas-brasilia-2016/apresentacoes-ana/ana-2-hidrogeologia-pocos-fabricio-bueno.pdf https://progestao.ana.gov.br/destaque-superior/eventos/oficinas-de-intercambio-1/aguas-subterraneas-1/oficina-aguas-subterraneas-brasilia-2016/apresentacoes-ana/ana-2-hidrogeologia-pocos-fabricio-bueno.pdfhttps://progestao.ana.gov.br/destaque-superior/eventos/oficinas-de-intercambio-1/aguas-subterraneas-1/oficina-aguas-subterraneas-brasilia-2016/apresentacoes-ana/ana-2-hidrogeologia-pocos-fabricio-bueno.pdf https://www.scielo.br/j/rca/a/p8gwZyv5Sw3Y6mzjT9wF6FQ https://cetesb.sp.gov.br/aguas-subterraneas/wp-content/uploads/sites/13/2013/11/nocoes.zip https://ifce.edu.br/fortaleza/documentos/carta-de-sustentabilidade-socioambiental.pdf https://www.limoeirodonorte.ce.gov.br/secretaria.php?sec=34 https://www.limoeirodonorte.ce.gov.br/secretaria.php?sec=34 LOPES, Mário Therezo. Construção de Poços para Água – Manual Técnico, 1ª ed, Rio de Janeiro: Editora Interciência,2012 MESCHEDE, Marina Smidt Celere, FIGUEIREDO, Bernardino Ribeiro, ALVES, Renato Igor da Silva, MUNHOZ, Susana Inês Segura. Qualidade da água potável em escolas da região de Santarém, Amazônia, Brasil e implicações para a saúde de escolares. Jornal Ambiente & Água - An Interdisciplinary Journal of Applied Science,2018. Disponível em < https://www.scielo.br/j/ambiagua/a/cbtGYJWTqjYHkZHwSQ4Jd8J> Acesso em 06 set. 2022
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