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O exame radiográfico é um exame complementar com finalidade de se definir um diagnóstico correto e traçar um plano de tratamento mais adequado; A história médica e odontológica do paciente, assim como o exame intrabucal, sempre devem anteceder o exame radiográfico, e definem as áreas a se radiografar e os tipos de radiografias. Estudo dos aspectos anatômicos da dentição decídua e germes permanentes; Avaliação das fases do crescimento e desenvolvimento do crânio; Diagnóstico de doença periodontal, traumas, anomalias dentais e sinais de cárie; Plano de tratamento e prognóstico. Detecção de cárie: └ Dentes decíduos apresentam grandes câmaras pulpares; └ A evolução de cárie é mais rápido em decíduos do que permanentes; └ Por isso é necessário realizar, com frequência, exames radiográficos, principalmente em alto risco à carie; Alterações na formação e desenvolvimento dentário: └ Durante a iniciação/formação dos germes dentários: anomalias de número, de forma (agenesias, dentes supranumerários); └ Durante a morfodiferenciação: anomalias de forma e tamanho (fusão, geminação); └ Durante a erupção dos dentes: anomalias de erupção; Avaliação de vias aéreas; Estimativa de crescimento ósseo; Análise de padrões de crescimento facial. Desafios: └ Tamanho da cavidade bucal; └ Posicionamento do filme; └ Grau de cooperação; └ Preparo psicológico. TIPOS DE PACIENTES Categorias do comportamento infantil (Frankl): └ Tipo 1: Definitivamente negativo └ Tipo 2: Negativo └ Tipo 3: Positivo └ Tipo 4: Definitivamente positivo CONDICIONAMENTO PSICOLÓGICO Utilizar técnica de manejo “dizer-mostrar- fazer” ou modelagem para mostrar ao paciente que será realizado, buscando a familiarização com o aparelho; Utilizar comunicação com uma linguagem adequada à criança; Realizar ensaio prévio, se necessário, posicionando cadeira, criança e aparelho; Realizar radiografias mais fáceis ou simples primeiro (oclusal modificada superiores); RECOMENDAÇÕES Explicar o procedimento que será realizado de maneira compreensível para a idade; Mostrar o aparelho de raio X, o posicionador, o filme e a vestimenta plumbífera; Realizar um pré-posicionamento do cilindro do aparelho, antes de colocar o filme; Demonstrar como o filme deverá ficar posicionado; Obter primeiro a radiografia pela técnica que tiver maior colaboração (geralmente a radiografia dos dentes anteriores); Executar as primeiras radiografias nas regiões de mais fácil acesso; Prender a atenção da criança para que não haja movimentação; Encorajar e elogiar a criança (reforço positivo); Fazer analogia com “fotografia” e se possível mostrar uma radiografia pronta para interpretação; Devido aos efeitos cumulativos da exposição, sempre que possível minimizar a dose de radiação recebida pelo paciente: └ Efetuar apenas radiografias necessárias; └ Utilizar avental de borracha plumbífera e colar protetor de tireoide; └ Utilizar filmes ultrarrápidos (mais sensíveis); └ Evitar repetições: utilização de boa técnica radiográfica e revelação adequada; └ Lembrar que a criança apresenta células mais jovens com maior velocidade de crescimento e desenvolvimento, ou seja, mais radiossensíveis; └ Lembrar que o risco provocado pela exposição deve ser sempre confrontado pelo benefício em potencial desse exame para o paciente; Realizar sempre modificações para adequar ao tamanho da cavidade bucal; Realizar condicionamento da criança. RADIOGRAFIA PERIAPICAL Radiografia que permite examinar o dente e as estruturas que o rodeiam; Indicações: └ Relação dos decíduos com os germes do permanente; └ Cronologia e sequência de erupção dentária; └ Alterações coronárias: cáries médias e profundas, reabsorções internas e externas; └ Alterações radiculares patológicas ou fisiológicas (rizólise, rizogênese); └ Alterações periapicais: cistos, anomalias dentárias, agenesias, fusões; └ Dente com comprometimento periodontal ou endodôntico; └ Acompanhamento de diversos tratamentos executados; Periapical Interproximal Oclusal Tamanhos dos filmes: filme infantil (2,2x3,4cm) ou filme periapical adulto (3,1x4cm); Técnicas: └ Da bissetriz: └ Do paralelismo: uso do posicionador; Periapical Modificada: └ Radiografia oclusal realizada com filme periapical; └ Indicações: anomalias dentárias, cáries dentárias e lesões dentárias traumáticas. RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL Indicações: └ Diagnóstico de lesão de cárie oclusal e proximal; └ Adaptação de restauração e coroas; Técnica Interproximal Modificada: dobrar a película e colocar lâmina de chumbo para barrar a imagem, de forma a deixar o filme menor; RADIOGRAFIA OCLUSAL Indicações: └ Localização: dentes supranumerários, dentes não irrompidos, corpos estranhos; └ Avaliação: fraturas; Tipos: └ Total └ Parcial anterior └ Parcial lateral Dicotomografia com filme oclusal: dobrar a película e colocar a lâmina de chumbo para barrar a imagem; PANORÂMICA Técnica que permite visão das estruturas que compõem o complexo maxilomandibular, ou seja dentes, tecido ósseo, estruturas anatômicas, ATM; Indicações: Desenvolvimento ósseo e dentário; Vantagens: └ Baixa dose de radiação com o exame de todos os dentes em uma única tomada radiográfica; └ Simplicidade de operação (facilidade da técnica); └ Permite visualização de toda região maxilo-mandibular; └ Tem melhor aceitação, por ser extrabucal; └ Propicia análise dos diferentes estágios da dentição; Desvantagens: perda de detalhes, distorções e superposições de imagens; TÉCNICA RADIOGRÁFICA LATERAL - FAZZI Indicado para avaliação de intrusão em dentes decíduos, localização de corpos estranhos e dentes supranumerários; Ângulo vertical em 0º e horizontal em 90º; Ápice radicular visível, abaixo da espinha nasal – menos provável que haja dano ao dente permanente não irrompido. Pode ser realizada com o filme periapical convencional ou oclusal, posicionado verticalmente ao lado do nariz para que o feixe de raios X incida perpendicularmente; TELERRADIOGRAFIA LATERAL Radiografia do crânio, obtida com o paciente posicionado em norma lateral com o cefalostato do aparelho; Indicações: └ Trauma, patologias e anomalias de crescimento facial; └ Avaliar a tendência de crescimento maxilo-mandibular; └ Verificar a relações dos dentes com os maxilares e dos maxilares com relação ao esqueleto facial; └ Localizar corpos estranhos ou lesões; └ Observar o espaço orofaríngeo; └ Realizar planejamento e acompanhamento ortodôntico; └ Avaliar o pré e pós-operatório de cirurgias ortognáticas. RADIOGRAFIA DE MÃO E PUNHO Estima maturação óssea do paciente; Surgimento do sesamoide; Inicio do surto de crescimento da adolescência;
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