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Ao longo do tempo as pessoas começaram a aumentar o ranger dos dentes por preocupação, principalmente por estresse. O bruxismo de vigília está muito mais relacionado a ansiedade e estresse do que o bruxismo noturno. A sintomatologia do bruxismo é a dor no musculo da face, além do desgaste nos dentes e ele procura o CD, as vezes o problema é neurológico (pacientes com parkison range muito os dentes), mas ele acaba repercutindo nos dentes e nos músculos da face. O que é bruxismo? Bruxismo, de uma forma geral (sono ou vigília) é uma atividade repetitiva da musculatura mastigatória, caracterizada por encostar, comprimir ou ranger os dentes ou empurrar a mandíbula, e pode ocorrer durante à noite ou durante o dia. Paciente que termina a reabilitação a prof coloca a placa estabilizadora, independente de ele ter bruxismo ou não, porque as vezes ele não é bruxista, mas pode ter um episódio e acabar perdendo algum dente da prótese (por exemplo), então indica a placa estabilizadora e avisa que se cair e ele não tiver usado você não se responsabiliza. Sinais clínicos: A sintomatologia é o que faz o paciente ir buscar tratamento. Mas os sinais clínicos nos mostram que o paciente faz o movimento de ranger os dentes. Primeira coisa que temos que avaliar: • Esse paciente tem estabilidade oclusal? o Tem dentes posteriores em contato? o O paciente mastiga com dente anterior, porque não tem dente posterior? Isso pode levar ao desgaste e não apenas o bruxismo o Temos que avaliar dentes e mucosa (se é muito fibromucosa, se tem recessão, se tem aspecto de casca de laranja) ▪ Não é apenas olhar o paciente e falar que o paciente range dentes ou não A definição do bruxismo é ampla, cada expert muda alguma coisa, tem muitos artigos sobre bruxismo. Definições: • Classificação internacional de distúrbio do sono (ICSD-2/2005) o Desordem de movimento relacionado ao sono e definida como uma atividade oral, caracterizada por ranger e/ou apertar os dentes durante o sono, usualmente associada a um microespertar ▪ Esse microespertar tem muitas consequencias • Diretrizes de dor orofacial (OFPG-4/2008) o O bruxismo é uma atividade parafuncional diurna ou noturna que inclui apertar, ranger ou apoiar os dentes • Glossário de termos protéticos (GTP- 9/2017) o O hábito oral que consiste no movimento não funcional, espasmódico, involuntário, ritmo de ranger ou apertar os dentes e outros movimentos de mastigação da mandíbula que podem levar ao trauma oclusal Artigos dos Lobbezzo, Ahlberg, Glaros etc → os estudos deles são super confiáveis A placa é uma intervenção, os demais são terapias, por exemplo, fármacos. Porém, da mesma forma que existem drogas (fármacos) que diminuem o bruxismo, existe as que aumenta o bruxismo como efeito colateral. Tipos de bruxismo: • Bruxismo do sono o Ultrassonografia • Bruxismo em vigília o Podemos olhar e perceber que está batendo o masseter, mas o paciente não sabe que está fazendo isso Aqueles estudiosos que citei acima, classificaram em 2013 o bruxismo, em 2018 eles estudaram mais e junto com o que descreveram em 2013 fizeram uma nova definição: • “É uma atividade muscular mastigatória que acontece durante o sono, caraterizada como rítmica (fasica) ou não-ritma (tonica) e NÃO é um distúrbio de movimento ou distúrbio do sono, em movimentos saudáveis.” Quando falamos em fásica é o paciente que range e solta, range e solta, e o tônico é o paciente que aperta e fica apertado, não solta. • Bruxismo em vigília: Definição: “É uma atividade muscular mastigatória durante a vigília, caracterizada por contato dentário repetitivo ou prolongado e/ou por manter a mandíbula em certa posição ou forçar a mandíbula para os dois lados ou para frente sem necessariamente conectat os dentes, e não é um distúrbio de movimento em indivíduos saudáveis.” Quando falamos de individuo saudável é a respeito do indivíduo que mesmo rangendo os dentes não acorda com dor, não tem sintomatologia associada, mas se o indivíduo acorda de manhã cansado e com cefaleia já é considerado não saudável. Epidemiologia: • 85% da população geral range os dentes em algum momento da vida...mas apenas 5% desenvolve condição clínica o 5% em população mundial é um número elevadíssimo • Bruxismo em vigília: prevalente no sexo feminino • Bruxismo do sono: sexo feminino e masculino • 8-31% desenvolvem bruxismo → 22,1- 31% bruxismo em vigília o 12,8% (+/- 3,1% bruxismo do sono) • 3 a 40,6% crianças Essas informações mostram que o bruxismo em vigília é maior do que o do sono e que em crianças também há manifestação do ranger dos dentes. Ainda em epidemiologia – Para American Academy do sono: • 3% idosos o Em idosos a preocupação não é para bruxismo e sim na sua sobrevivência, dado que idosos geralmente tem muitos outros problemas de saúde que acabam se tornando mais importante mesmo • 8% adultos • 12% adolescentes • 17% crianças Sinais e sintomas do bruxismo: • Pacientes adultos com bruxismo do sono parecem ser mais propensos a dor de cabeça primária • Fadiga matinal, relatada em 44% dos indivíduos • Dor na língua e/ou na mucosa jugal Alguns pacientes acordam com dor de cabeça e fadiga muscular. A dor de cabeça pode ser provocada pelo bruxismo e quando o paciente vem com esse tipo de queixa no consultório, a primeira coisa é falar para o paciente ficar tranquilo, porque ninguém morre disso e a segunda coisa, é falar que existe uma taxa grande na população que desenvolve bruxismo em um momento de vida e que apenas 5% desenvolve sintomatologia e que ele se encaixa nisso, mas para ficar tranquilo que ele não está sozinho nessa e que vamos ajudar. Vamos falar que afeta os dentes com desgastes, mas que usando uma placa controlamos isso e que podemos ter que trabalhar para mudar algumas estratégias comportamentais. Sinais clínicos: • Fratura dentária • Presença de tórus o Pode acontecer tórus pelo estímulo do bruxismo – no tórus mandibular, em tórus palatino não é por bruxismo! o Paciente com muita condensação óssea é difícil reabilitar com prótese, é melhor com bruxismo • Hipertrofia do mm. masseter e/ou temporal • Dores faciais • Lesão cervical não cariosa o Tem artigos que falam que não há relação entre LCNC e bruxismo – quando se faz movimentos mastigatório e o local está com esmalte aprismático, esse esmalte se solta e tem os desgastes, acreditavam que em movimentos de lateralidade e protrusão isso acontece, então eram suposto que com bruxismo também, já que a força é muito maior do que dos movimentos – PORÉM, HOJE EM DIA SABE QUE NÃO TEM RELAÇÃO, mas ainda há pessoas que discutem isso • Desgaste dentários o Geralmente, é desgaste pequeno e o que faz o paciente procurar ajuda não é nem o desgaste (porque é pequeno), geralmente é por dor ou então porque a pessoa que dorme com esse paciente reclama no barulho → coloca placa estabilizadora • Necrose pulpar ou pulpite o Tem pacientes que apertam tanto que pode levar a necrose e até necessidade de colocar coroa, as vezes a pessoa aperta tanto que afeta o feixe vasculo nervoso levando a morte da polpa e tendo que fazer tratamento endodôntico • Agravamento da doença periodontal o O bruxismo não pode ser a causa de agravamento periodontal por si só o Tudo o que leva a doença periodontal, mas bruxismo sozinho não é causa de agravamento! Consequências clínicas: • Bruxismo não é um fator de risco ou proteção: o bruxismo é um comportamento: o bruxismo está associado a um ou mais desfechos negativo a saúde bucal o Entre aqui o paciente que desgaste muito dente, que não tem suporte labial • Um fator de proteção: está associado a umou mais resultados positivos de saúde o Situação de refluxo gastroesofágico: se o paciente range os dentes ele produz mais saliva e isso protege os pacientes que tem refluxo, porque a saliva tem pH neutro Em indivíduos saudáveis, o bruxismo não pode ser considerado como desordem, mas preferencialmente um comportamento, que pode ser um fator de risco (e/ou proteção) para algumas consequências clinicas. • Fatores associados ao bruxismo: refluxo gastroesofágico, bebida alcoólica, fumantes passivos, DTM tem sinais e sintomas presentes para associados Bruxismo do sono: Atividade muscular mastigatória durante o sono que é caracterizada como rítmica (fásica) ou não-rítmica (tônica) e não é um distúrbio de movimento ou um distúrbio do sono em indivíduos saudáveis. Subtipos de acordo com a etiologia: • Bruxismo primário ou idiopático o Paciente range os dentes, porque range. Ou seja, não tem um motivo desencadeante para isso. Não tem motivo • Bruxismo secundário o Tem motivo para ter desencadeado, por exemplo, faz consumo frequente de bebida alcoólica e de drogas (medicamentos ansiolíticos e até antidepressivos podem contribuir com isso, além de drogas como crack, cociaina, etc) ➢ BRUXISMO PRIMÁRIO: • Controlado pelo sistema nervoso central • Em vigília: associado com estresse, ansiedade e concentração o As vezes o paciente tem bruxismo só quando está passando por estresse ou algo emocional, mas o bruxismo não é continuo, ou seja, ele não se perpetua, só tem quando está estressado, por exemplo • No sono: associação com microdespertar a ativação do sistema simpático o É mais complicado do que o de vigília, porque não é só quando o paciente está estressado Critérios diagnósticos – primário ou idiopático: • A: relato frequente de ruídos de ranger de dentes durante o sono • B: um ou mais dos sinais clínicos abaixo: o Dor ou fadiga na face, passageira pela manhã ▪ Paciente acorda com dor, mas depois de uns 15 minutos acordado a dor passa – acorda com dor porque passou a noite rangendo, mas parou quando acordou o e/ou cefaleia temporal o e/ou travamento mandibular pela manhã consistente com o relato acima Importante: a atividade muscular não é secundária a outro distúrbio neurológico, uso de medicamentos ou dependência químicas! – então, para dizer que é primário precisa ter uma anamnese boa e é difícil na primeira anamnese o paciente falar que usa drogas, por isso, precisa falar “existem algumas drogas que podem aumentar esse quadro” ➢ BRUXISMO SECUNDÁRIO: • O bruxismo do sono secundário é provocado por outros fatores extrínsecos, muitas vezes ligado ao uso do álcool, drogas ou medicamentos o Geralmente antidepressivos aumentam o bruxismo, podemos conversar com o profissional para trocar o medicamento e aí pode solucionar ou reduzir o bruxismo • O bruxismo primário pode ser intensificado devido a esses fatores secundários • O bruxismo pode minimizar ou desaparece caso o fator secundário seja eliminado O bruxismo do sono quanto a atividade motora pode ficar migrando entre tônico e fasico Bruxismo do sono → grau de severidade relacionado ao desgaste dentário: • Baixo • Elevado Para o grau de severidade é importante levar em consideração o período de ocorrência: • Ocorreu no passado o As vezes está muito desgastado, mas ocorreu no passado e por algum motivo o paciente parou de ranger os dentes – é SNC, então pode parar até mesmo sem motivo • Ocorre no presente O período de ocorrência é extremamente importante e precisamos de uma anamnese detalhada. As vezes o paciente te procura por outro motivo e você vê o desgaste e quer diagnosticar como paciente bruxista, mas as vezes ele nem tem mais esses episódios e o desgaste é devido ao passado. Etiologia – fatores plausíveis: bruxismo do sono - PROVAAA O bruxismo é multifatorial!! • Fatores periféricos – Não! o Tem gente que faz ajuste oclusal, mas não tem evidencia de que esse fator periférico é etiologia do bruxismo. Há casos de que ajuste oclusal resolve, mas a maioria não → não trate com ajuste oclusal NUNCA!! • Fatores psicossociais - ? o Ainda está em discussão, pois tem trabalho que mostra que o fator psicossocial tem relação com o bruxismo de vigília, mas com o de sono não! • Refluxo gastroesofágico - SIMM o Se range os dentes a saliva aumenta e ai você deglute essa saliva como fator de proteção para o refluxo! – desenvolve bruxismo do sono para proteger do refluxo • Fatores genéticos - SIMM o Tem bastante trabalho que mostra os fatores genéticos são bem importantes e tem relação com bruxismo sim • Sistema nervoso central e autônomo - SIMM o Isso é importante, porque o bruxismo tem fator etiológico relacionado ao sistema nervoso central • Fármacos - SIMM o O artigo fala de todos os fármacos que podem aumentar ou diminuir o bruxismo e ainda fala das consequencias o Existe bruxismo secundário devido a presença de fármacos • Doenças neurológicas o Parkison está relacionado • TDH o Relacionado ao bruxismo • SAHOS - ? o Síndrome de apneia, ainda está sendo discutido se realmente existe a relação entre essa síndrome obstrutiva • Obstrução das vias aéreas superiores o Principalmente em criança, geralmente elas rangem para respirar Em cada tópico desse tem a referência do artigo Diagnóstico – bruxismo do sono e vigília: • Possível o Auto-relato, ou seja, o próprio paciente fala que tem ou alguém que dorme com ele relata que não suporta o barulho • Provável o Inspeção clinica positiva com ou sem auto-relato positivo o É aquela que vemos os desgastes, mas não conseguimos falar se tem ou se ele teve no passado, por isso é provável • Definitivo o Avaliação instrumental positiva, com ou sem auto-relato positivo e/ou inspeção clinica positiva o Feito com a polinosografia, mas ela é caríssima! O individuo dorme a noite inteira no laboratório, um funcionário fica acordado a noite toda acompanhando o paciente a dormir, o paciente está cheio de eletrodos e deixa o paciente ansioso e isso traz alterações para o sono do paciente, mas como a polissonografia acompanha o paciente a noite toda ela é vista como a que dá diagnóstico definitivo! o Tem outros instrumentais que colocam tipo um chip e depois acompanha se teve alterações ou atividade dos músculos da face e se tiver, podemos dizer que o bruxismo é positivo tendo OU não diagnostico possível (relatado) e/ou provável (com desgastes visto em inspeção clínica) Se o paciente tem sintomas eu tenho que trata- lo e o tratamento é o mesmo independe se o paciente em um diagnostico possível, provável ou definitivo diagnostico de bruxismo Os aparelhos são usados para pesquisa na busca de evitar o que a polissografia faz, que é o paciente sair de casa e dormir no laboratório (custo elevado e estresse que atrapalha no sono) Os aparelhos são colocados no musculo e acompanha a atividade (se quando está dormindo o musculo entra em atividade em caso de bruxismo ou se não entra). Importante: quadros intensos de bruxismos na polissonografia (PSG) não são os que apresentam desgaste dental extenso e pacientes com bruxismo pouco frequente, demonstram maior evidência de desgaste dental Polissonografia: Usado para diagnóstico definitivo. Exame utilizado para diagnostico e estudo de diversos distúrbios do sono → registra uma noite inteira seus principais eventos fisiológicos por meio de eletrodos sensores especiais. O paciente fica cheeeio de eletrodos (tem até aquele que vai no nariz para respiração, coloca na perna, no rosto, em tudo e as vezes se cair um eletrodo o técnico entra para posicionar novamente e isso já acorda o paciente).A polissonografia é importante e ela é que demonstra todos os detalhes, por isso, ela é vista como padrão ouro. Estágios do sono: • Sono rem: É relacionado a atividades mentais, como aprendizado, memória e relaxamento muscular: • 1 ciclo= +/-90minutos o 4 a 6 ciclos por noite Fases do sono rem: • Fase 1: mais superficial, divisa entre o sono e vigília • Fase 2: sono de profundidade intermediária o É quando mais acontece o bruxismo • Fase 3: indicio de sono profundo, de ondas lentas. É relacionado as funções metabólicas, como produção do hormônio de crescimento o É quando tem o hormônio do crescimento • Fase 4: sono bastante profundo, ondas lentas assim como no estágio 3 o Pode juntar a fase 3 e a 4 junto Microdespertar ou “despertar adrenérgico”: Breve despertar do sono, pelo menos 3s, com aumento da atividade e eletroencefalográfica, do sistema autônomo, batimentos cardíacos, e da atividade muscular, mas sem retornar ao estado completo de consciência. Esse microdespertar pode deixar o paciente acordar com a sensação de não ter descansado, isso acontece porque ele não chegou na fase de sono profundo! Atividade muscular mastigatória rítmica: A presença de pelo menos 3 rajadas consecutivas no EMG (frequência 1HX) com duração igual ou superior a 0,25s observadas nos MM. masseter e temporal. • Atividade cortical e occipital, na sequência atividade cardíaca (aumento do batimento) e por último a respiração. (Informação da DEMI) Ocorre alteração na respiração também, como se o paciente acordasse para respirar. Bruxismo do sono: Episódios de bruxismo são comumente encontrados na fase 1 e 3 do sono NÃO-REM. Eventos que precedem a atividade muscular mastigatória rítmica – AMMR: • 60s antes: aumento da atividade cardíaca simpática • 4s antes: aumento da atividade EEG • 1s antes: taquicardia • 0,8s antes: aumento do tônus muscular • Início AMMR • Bruxismo Bruxismo do sono e DTM: • Em relação a DTM, o bruxismo do sono (BS) é o “distúrbio” mais estudado. A relação entre BS e DTM é completa e conflitante • Por anos diversos artigos cientificios relatam a relação entre as duas condições. O BS teria um papel contribuinte no desenvolvimento e manutenção das DTMS, seja via tensão ou por causa microtrauma muscular Achados na literatura: • Estudo prospectivo com acompanhamento de 20 anos, mostrou que BS estava associado à sinais e sintomas de DTM • Em estudo com amostra de 12648 pessoas com idade entre 50 e 60 anos, mostrou que o relato de bruxismo seria indicador de risco para dor craniofacial • Quando ocorrem separadamente, o bruxismo em vigília e do sono são fatores de risco significativos para a DTM dolorosa, em caso de presença simultânea, o risco de DTM dolorosa é ainda maior • Embora as evidências atualmente sejam inconclusivas e não forneçam informações de acordo com o tipo de bruxismo (sono e vigília, é possível sugerir que o bruxismo estaria associado à DTM) Quem tem bruxismo, nem sempre tem DTM. O bruxismo é um fator de risco para DMT – que fique claro isso! Se o paciente relata bruxismo temos que ir além para verificar o que realmente está acontecendo. Limitações dos estudos: A maioria destes estudos são baseados em associações transversas e assim, não é possível determinar uma provável relação de causa e efeito. Ainda existe a problemática de serem estudos baseados no relato de paciente, o qual pode não ser exato para determinar uma atividade muscular que ocorre durante o sono. Tratamento: A primeira coisa ao tratar é evitar ao máximo ser invasivo, porque não sabemos se vamos conseguir tratar, por exemplo, e se faz um tratamento invasivo e não resolve? Já era 1. Estratégias comportamentais • Evitar fatores de risco o Cafeína o Álcool o Remédios o Educação do paciente ▪ Mascar chiclete em excesso ▪ Roer as unhas ▪ Ficar mordendo canetas o Técnicas de relaxamento: pergunta se o paciente tem um Hobbie, pergunta o que agrada ele e pede para aumentar a frequência disso, procurar algo que tire a mente dele daquele cotidiano o Higiene do sono: crie esse hábito e veja se melhora Hipnoterapia ▪ Não somos nós que vamos falar para o paciente que isso não tem na literatura, se ele acredita que faz efeito então, ótimo o Placas oclusais ▪ Funcionam como biofeedback → o paciente no começo para de ranger os dentes porque a placa vai ele ver que tem algo anormal, mas depois de um tempo ele pode voltar a ranger mesmo com a placa, porém a placa estará protegendo os dentes – a placa não pode causar dependência o Terapia cognitiva comportamental o Fármacos ▪ Precisamos saber, pelo menos, quais as drogas que aumentam o bruxismo ▪ Tem drogas que diminuem o bruxismo, mas tem efeito colateral e precisamos conhece-los também, por exemplo, Rivotril diminui, mas causa dependência o Toxina botulínica ▪ Não age na etiologia do bruxismo, apenas na parte final diminuindo a força dos eventos do bruxismo!! – não atua na causa, apenas diminui um problema o Dispositivos intraorais: ▪ Diminuição entre 40-50% da AMMR- 2 a 6 semanas – placa em resina acrílica ▪ 20% dos pacientes mostram aumento da atividade EMG durante o sono – placa de silicome ▪ BS + AOS ou suspeita de DRS • Placa estabilizadora ou de avanço mndibular? ▪ A placa em principio reduz um pouco essa atividade, mas depois ela volta e volta pior, porque ela funciona como um chiclete pra quem tem bruxismo (paciente fica mordendo, rangendo sem parar) ▪ Para bruxismo do sono: indico uma estabilizadora ou a placa de avanço mandibular?? – Não posso indicar uma placa estabilizadora para quem tem bruxismo do sono, porque esse paciente já joga a mandíbula para trás naturalmente e dificulta a respiração, então quando ele deita, ele já leva a mandíbula para trás e a placa estabilizadora é lisa e vai fazer com que vá mais pra trás ainda. Logo, para bruxismo do sono a placa é a de avanço mandibular!! • Mesmo o paciente usando a placa a noite percebe-se que ainda tem movimentos dentários OBS: nesse dos tratamentos, está mencionado vários que não tem na literatura, mas se o paciente acredita não vai ser você que vai debater literatura com ele!! Se ele acredita que faz efeito, então, ótimo, o importante é fazer efeito. Histórico + bruxismo do sono: Achados clínicos: avaliar fatores de risco e/ou comorbidades: Bruxismo em vigília: Estudos tem mostrado que tensão muscular aumentada é resultante de frustração, ansiedade e medo. Como se caracteriza? • Apertar ou manter encostado os dentes quando acordado • Musculatura tensa (hipervigilância) Os espaços interproximais passam a ficar maiores, pois quem em bruxismo passa a ter uma reabsorção horizontal e o espaço interdental passa a ser maior, qualquer grão que para ali vai fazer com que sua língua fique tentando tirar → isso é um hábito também! Diagnostico em bruxismo em vigilía: • Possível o Auto-relato • Provável o Inspeção clinica positiva com ou sem auto-relato positivo • Definitivo o Avaliação instrumental positiva (EMG), com ou sem auto-relato positivo e/ou inspeção clinica positiva Parece que tratar bruxismo em vigília é mais fácil, porque o paciente está acordado e consciente! Existe um app chamado “desencoste os dentes” que vai mandando notificação e com isso você vai evitando seu hábito. Tratamento: O tratamento do bruxismo em vigília é principalmente não invasivo!! – Nada de ajuste oclusal – mudar hábitos, app, recadinho que avisa, o menos invasivo possível! • Conscientização cognitiva o Qualquer medida que ajude o paciente a mudar o hábito e lembrar de não encostar os dentes Consideraçõesfinais: IMPORTANTE! • Novos desafios apresentam-se aos CD, de acordo com os estudos e evidências mais recentes sobre o bruxismo • O diagnóstico deve ser elaborado de forma associada, evidências clinicas mais polissonografia (padrão ouro), quando possível + instrumentos • As dores faciais, de cabeça ou DTM, em casos específicos, não devem ser atribuídas exclusivamente ao bruxismo • Ainda não se tem um consenso sobre o controle do bruxismo, mas trata-se de uma temática em constante discussão entre os especialista da área
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