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AFarmacologia

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Farmacologia 
· Anamnese
-base da consulta odontológica inicial
-delinear o perfil do paciente que será tratado
-objetivo: colher informações para formar uma ou mais hipóteses diagnósticas 
 -medicações, patologias, alergias etc
· Classificação ASA (American Society of Anesthesiology)
Classificação do estado de saúde do paciente, até o ASA IV da para atender no próprio consultório, a partir do ASA V tem que atender em âmbito hospitalar 
· ASA I
-saudável
· ASA II
-paciente com doença sistêmica moderada
-tem patologia mas usa medicação que controla
-ex: pressão alta controlada
· ASA III
-paciente com doença sistêmica seria não incapacitante 
-tem patologia, usa medicação porém não tem 100% de eficácia
-ex: pressão que oscila
· ASA IV
-paciente com doença sistêmica seria com risco de morte
-tem patologia porém não toma a medicação corretamente
-ex: pressão alta com uso esporádico da medicação
· ASA V
-paciente em fase terminal
-internado ou em casa porem nao tem mais o que fazer, vai morrer basicamente 
-ex: paciente com câncer no pulmão em fase terminal, que só respira com ajuda de equipamentos
· ASA VI
-paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos serão removidos para doação 
-ex: paciente em estado vegetativo 
Farmacologia 
Estudo dos efeitos das substâncias químicas sobre a função dos sistemas biológicos 
Início nos meados do século XIX 
Período anterior eram remédios à base de ervas
Ímpeto da farmacologia: melhorar a qualidade da intervenção terapêutica dos médicos
Exigências da prática clínica 
· Conceitos Fundamentais de Farmacologia
· Farmacogenética
-estudo das influências genéticas sobre as respostas a fármacos
-exemplos de genes alvos da farmacogenética
 -transportador: ABCA1 - distribuição de fenitoína (leva ao crescimento da gengiva)
 -receptor: ADRB2 - agonistas beta adrenérgicos e beta-bloqueadores
 -alvos metabólicos: ACE - diminuição da excreção de proteínas por meio da urina quando em tratamento com inibidores da ECA
· Farmacogenomica 
-descrever o uso da informação genética para orientar a escolha da terapia farmacológica numa base individual - medicina personalizada
· Farmacoepidemiologia
-estudo dos efeitos dos fármacos em nível populacional
-ocupa-se com a variabilidade dos efeitos farmacológicos entre indivíduos de uma determinada população e entre populações 
· Farmacoeconomia
-ramo da saúde que visa quantificar, em termos econômicos, o custo e o benefício das substâncias utilizadas terapeuticamente 
· Farmacocinética
-caminho que o remédio faz no organismo
-nao estuda o mecanismo de ação, mas sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção 
 -absorção (duodeno)
 -distribuição
 -biotransformação (fígado)
 -excreção (rim)
· Farmacodinâmica
-estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos
 -mecanismos de ação
 -relação entre concentração dos fármacos e ação
 -efeito das drogas nos tecidos
· Farmacotécnica
-estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos medicamentos
-desenvolvimento de novos produtos
 -meio biológico
 -técnicas de manipulação
 -doses
 -formas farmacêuticas
 -interações físicas e químicas entre os princípios ativos 
· Farmacognosia
-cuida da obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos a partir de produtos naturais de origem animal, vegetal ou mineral, passíveis de uso terapêutico
· Droga: qualquer substância química, exceto alimentos, capaz de produzir efeitos farmacológicos, ou seja, provocar alterações em um sistema biológico
· Fármaco: sinônimo de droga
· Forma farmacêutica: forma de apresentação do medicamento comprimido, drágea, pílula, xarope, colírio
· Medicamento: droga ou preparação com drogas usadas terapeuticamente 
· Remédio: palavra usada pelo leigo como sinônimo de medicamento e especialidade farmacêutica
· Farmacopéia: livro que oficializa as drogas/medicamentos de uso corrente e consagrada como eficazes 
· Dose: concentração, 500ml; quantidade a ser administrada de uma vez a fim de produzir efeitos terapêuticos 
· Posologia: frequência 8/8 horas - 7 dias 
· Dose dupla: receptores já estão lotados portanto a dose extra vira uma dose tóxica
· Dose letal: representa a dose letal em 50% dos indivíduos testados. Quanto maior o valor da dose letal, mais seguro o fármaco será
· Dose máxima: maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos 
· Dose mínima: menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos
· Dose tóxica: maior quantidade de uma droga que causa efeitos adversos
· Dose efetiva: dose que produz a resposta terapêutica desejada em 50% dos pacientes
· Concentração efetiva: concentração plasmática do fármaco quando se observa 50% da resposta máxima. Pode ser calculada usando a curva de concentração plasmática e a respostas 
· Pró-droga: substância química que precisa transformar-se no organismo a fim de torna-se uma droga ativa 
· Placebo: uma substância inativa administrada para satisfazer a necessidade psicológica do paciente
· Nível terapêutico: concentração mínima do fármaco por unidade plasmática que precisa ser mantida para eficácia terapêutica 
· Reações adversas: qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com medicamentos para profilaxia, diagnóstico, tratamento da doença ou modificação de funções fisiológicas 
· Efeito colateral: efeito diferente daquele considerado como principal por um fármaco. Esse termo deve ser distinguido de efeito adverso, pois um fármaco pode causar outros efeitos benéficos além do principal
· Lei dos genéricos
-medicamento de referência: produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro
-similar: contém o mesmo ou mesmos princípios ativos que o medicamento referência; possui a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica que o medicamento referência; pode diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto o, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca
Farmacodinâmica
Estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos
 -mecanismos de ação
 -relação entre concentração dos fármacos e ação
 -efeito das drogas nos tecidos
Receptores
-moléculas proteicas cuja função é reconhecer os sinais químicos endógenos e responder a eles 
· Interação fármaco-receptor
Sítio de ligação
-local de ligação do fármaco com o receptor 
Fatores que influenciam a interação
-hidrofobicidade
-hidrofilicidade
-pKa dos aminoácidos próximos ao sítio de ligação
-estereoquímica do fármaco 
Modelos da interação, por meio de três elementos estruturais do captopril com o centro ativo da enzima conversora de angiotensina I 
· Especificidade 
Altamente específico: interage com apenas 1 receptor 
Ex: Ranitidina 
Atuam amplamente: interage com vários receptores 
Ex: amiodarona → coração e tireoide
· Forças Fracas
As forças fracas produzem efeitos reversíveis - rompem-se as ligações fármaco-receptor e o fármaco deixa de agir assim que diminui sua concentração nos fluidos extracelulares
-ionicas 
-polares
-ligações de hidrogênio
-transferência de carga
-hidrofóbicas
-Vander Waals
· Ligação Covalente 
Ligação mais forte 
Responsável por interações irreversíveis 
Ex: fármacos que os receptores formam complexos irreversíveis → ação tóxica prolongada
· Segundo mensageiros
Produzidos dentro da célula-alvo como resultado do acoplamento do ligante-receptor
Retransmitem o sinal de um local para outro (como da membrana plasmática para o núcleo)
Responsáveis por uma cascata de mudanças que ocorrem dentro da célula e que resultam em uma modificação da função ou identidade celular
Segundos mensageiros
-aminoácidos
-peptídeos
-proteínas
-ácidos graxos
-lipídeos
-nucleosídeos ou nucleotídeosAgonista - Receptor → primeira mensagem
Segundo mensageiro → sinalização celular 
Transdução de sinais 
· Especificidade 
A molécula sinalizadora se encaixa no sítio de ligação do receptor complementar; outros sinais não se encaixam
· Amplificação
Quando enzimas ativam enzimas, o número de moléculas afetadas aumenta geometricamente na cascata enzimática
· Dessensitização / Adaptação
A ativação do receptor dispara um circuito de retroalimentação que desliga o receptor ou o remove da superfície celular
· Integração
Quando dois sinais apresentam efeitos opostos sobre uma característica metabólica, como por exemplo, a concentração de um segundo mensageiro X ou o potencial de membrana V a regulação é consequência da ativação integrada dos dois receptores 
Classificação geral dos receptores
· Receptores Extracelulares
Atuam por meio de um segundo mensageiro
· Receptores intracelulares
Alteram a expressão do gene mudando a configuração das proteínas que regulam a transcrição do DNA
Receptores ionotrópicos
· Canais iônicos regulados por ligantes 
Também conhecidos como receptores ionotrópicos 
Envolvidos principalmente na transmissão sináptica rápida
Várias famílias estruturais - heteromérica de 4 ou 5 unidades com hélices transmembranas em torno de 1 canal central aquoso 
Ligação e abertura do canal - milisegundos 
Receptores acoplados à proteína G (GPCR)
São uma grande família de receptores de membrana plasmática que compartilham uma estrutura e um método de sinalização comuns 
Todos os membros da família GPCR tem sete diferentes segmentos de proteínas que atravessam a membrana, e transmitem sinais no interior da célula através da proteína G 
· Ativos das proteínas G
Os principais alvos por meio dos quais os GPCRs controlam diferentes aspectos da função celular são:
A) Adenil Ciclase: enzima responsável pela formação de AMPc
B) Fosfolipase C: enzima responsável pela formação do fosfato de inositol e diacilglicerol (DAG)
C) Canais Iônicos: particularmente os canais de Na e K 
Mecanismo de ação dos fármacos
Os efeitos da maioria das drogas resulta de sua interação com componentes macromoleculares do organismo
-alto grau de especificidade
-capacidade de inibir a contração do músculo esquelético → receptor 
Locais de ação dos fármacos 
· Paul Ehrlich
Criador da quimioterapia → a ação da droga deve ser interpretada em termos de interação química entre a droga e os tecidos
· Locais de ligação
Natureza proteica, representados principalmente por enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos e receptores 
Seletividade 
Mecanismos de seletividade
-determinam a margem de segurança entre os efeitos desejados e indesejados 
-determinam a amplitude de aplicações clínicas 
Depende de vários fatores
-a droga 
-o paciente
-o modo de administração das drogas 
Mecanismo de ação dos fármacos 
Para produzir efeito farmacológico o fármaco precisa ter 2 características
-afinidade pelo receptor = capacidade de se ligar
-atividade intrínseca = após se ligar, capacidade de ativar 
· Ação física 
1) Massa de droga - laxativos
2) Propriedade absortiva - carvão ativado
3) Atividade osmótica - sulfato de magnésio
4) Radioatividade - radioisótopos
5) Radiopacidade - meios de contraste 
· Ação química 
1) Neutralizadores - antiácidos
2) Tampões sanguíneos - NaHCO
3) Fármacos oxidantes - KMnO
· Ação inespecífica 
Ação que não decorre de sua interação com receptores específicos, mas resulta de suas propriedades físico-químicas, como o grau de ionização, solubilidade, a tensão superficial e a atividade termodinâmica 
· Ação sobre enzimas
Ativação de enzimas 
Inibição de enzimas
 -competitiva
 -não competitiva
· Agonistas totais
Apresentam afinidade pelo receptor
Possuem atividade intrínseca = 1 (100%)
· Agonistas parciais
Apresentam afinidade pelo receptor
Não produzem efeito máximo
A atividade intrínseca está entre 0 e 1 
· Agonista direto
Fármaco se liga ao receptor solicitando uma resposta
· Agonista indireto
Aumenta os níveis de um agonista endógeno 
· Antagonista 
Apresentam afinidade pelo receptor
Não produzem resposta direta
Atividade intrínseca = 0
· Relação dose-efeito
A) Quantitativa: em que se relaciona a dose com a magnitude da resposta 
B) Quantal: em que se relaciona a dose a proporção de indivíduos que respondem a essa dose 
· Intensidade dos efeitos
· eficácia: máximo de resposta que o agonista pode fazer naquele receptor
· potência: quanto mais fármaco preciso para atingir 50% da resposta máxima 
Condições fisiológicas que podem alterar a potência de um fármaco
· pH do tecido circundante alterado
-fármaco ionizado, não é capaz de atravessar as membranas celulares → dose maior requerida
-ex: anestésico local em tecido inflamado ou infeccionado 
· pH gástrico alterado
-fármaco ácido incompletamente absorvido se o pH gástrico estiver aumentado
-ex: uso de antiácidos, inibidores da bomba de próton, vômitos → alcalose sistêmica → diminui mais ainda a potência da droga 
· Metabolismo do fármaco
-produção de metabólitos ativos ou a saturação das enzimas metabólicas podem resultar em um maior nível de disponibilidade do fármaco, resultando em uma dosagem terapêutica 
Efeitos dos fármacos
Se classificam em:
-benéficos ou terapêuticos
-adversos, colaterais, tóxicos
-fracos e ausentes 
-combinação das drogas 
Janela terapêutica 
Efeitos ótimos de uma droga só são observados em estreita amplitude de concentrações plasmáticas ou de doses da droga
Abaixo ou acima dessa amplitude os efeitos não são favoráveis 
· Índice terapêutico ou margem de segurança
Indica o espaço entre a dose de efeito terapêutico e a dose de efeito adverso
Índice terapêutico = dose mediana letal / dose mediana efetiva 
Receptor x Seletividade
Tamanho molecular, forma e carga do fármaco → ligação com receptor 
Quiralidade e estereosseletividade das drogas 
Isômeros: compostos diferentes que têm a mesma fórmula molecular
Estereoisômeros: isômeros que possuem as mesmas conectividades mas diferem pelo arranjo dos átomos no espaço 
Enantiômeros: estereoisômeros que são imagens especulares um do outro, mas que não se superpõem → moléculas quirais, moléculas que não são idênticas a sua imagem num espelho 
Enantiômeros x Farmacologia 
O dextropropoxifeno, por exemplo (Darvon Lilly), é usado como analgesico, enquanto o seu enantiômero, levopropoxifeno (Novrad Lilly), é usado como antitussígeno 
Formas Farmacêuticas 
Formas farmacêuticas
-formas sólidas 
-formas semi-sólidas
-formas líquidas
-formas especiais
-vantagens e desvantagens de cada forma 
Introdução
Características químicas e físicas que devem ser consideradas antes do desenvolvimento da formulação farmacêutica
-solubilidade
-coeficiente de partição
-velocidade de dissolução
-forma física
-estabilidade
· Solubilidade 
O fármaco deve apresentar alguma solubilidade aquosa para a ocorrência de absorção e resposta terapêutica
Baixa solubilidade → absorção lenta, errática e/ou incompleta → resposta mínima na dose adequada
Como aumentar a solubilidade?
-derivados mais solúveis - sais e esteres, complexação química ou redução do tamanho das partículas 
· Coeficiente de partição
Medição da distribuição do fármaco em um sistema lipofílico-hidrofílico, indicando sua capacidade de penetrar em sistemas biológicos multifásicos → resposta farmacológica
· Velocidade de dissolução
Velocidade pela qual uma substância se dissolve em um meio
Velocidade de dissolução + solubilidade + constante de dissolução + coeficiente de partição → potencial de absorção do fármaco
Ácido, base ou sal, forma física → diferenças substanciais na velocidade de dissolução 
· Forma Física
Área de superfície → velocidade de dissolução, absorção
Exemplo: fármacos inalatórios
Tamanho de partículas (menor) → mais profunda é a penetração no trato respiratório
· Estabilidade
Estabilidade química e física de uma substância sozinha e quando combinada com outros componentes da formulação
Fármacos susceptíveis a oxidação → uso de agenteantioxidante
Fármacos que sofrem hidrólise → proteção contra a umidade durante a formulação, processamento e acondicionamento → evitar decomposição 
Tipos de Fórmulas Farmacêuticas 
Oficinal: fórmulas fixas, com denominações imutáveis e consagradas, que constam em compêndios, formulários ou farmacopeias oficiais, reconhecidos pelo Ministério da Saúde
Exemplo: água oxigenada e solução de álcool iodado
Magistral: formulação preparada na farmácia atendendo a uma prescrição de autoria do médico, cirurgião-dentista ou médico-veterinário, que estabelece sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar 
Exemplo: solução de fluoreto de sódio, solução de digluconato de clorexidina 
Especialidade farmacêutica: produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e disponível no mercado 
Constituintes de uma fórmula farmacêutica
Princípio ativo: componente responsável pelo efeito terapêutico
Coadjuvante terapêutico: “auxilia” a ação do princípio ativo, por diferentes mecanismos 
Coadjuvante farmacotécnico: facilitar a dissolução do princípio ativo no veículo ou excipiente, ou ainda, funcionar como agente suspensor ou emulsificante
Estabilizantes ou conservantes: finalidade de evitar alterações de ordem física, química ou biológica e aumentar a estabilidade do produto
 -físicos: manter a viscosidade, a cor, o odor ou o sabor do medicamento
 -químicos: impedir o desenvolvimento de reações químicas como a oxidação, a redução ou a hidrólise 
Agente corretivo: corrigir o produto final no tocante a suas propriedades organolépticas (cor, odor, sabor), a fim de torná-lo mais aceitável por parte do consumidor 
Veiculo e excipiente: componentes líquidos ou sólidos, respectivamente, são inertes e servem para dissolver-se de forma homogênea ao princípio ativo e aos demais componentes da fórmula farmacêutica 
Formas Farmacêuticas
Sólidas: via oral ou aplicação local; são a base de pós
-pós: preparações oriundas de substâncias vegetais ou animais, ou ainda químicas, submetidas a um grau de divisão eficiente para garantir a homogeneidade e facilitar a administração 
-cápsula gelatinosa, gragea, comprimido e cápsula
· Grau de aglomeração dos pós
· Comprimidos
Geralmente cilíndricos, obtidos pela compressão de pós de substâncias medicamentosas secas, com ou sem excipiente inerte
Ação de dissolução
 -em água, antes de serem aglutinados
 -na própria cavidade bucal (uso por via sublingual)
 -estômago ou intestino
Revestidos: recobertos por uma ou mais camadas de resinas, ceras, substâncias plastificantes
Efervescentes: são desintegrados em água antes da administração
Mastigável: contém adoçantes que proporcionam sabor agradável 
Vantagens
-dosagem correta e alto grau de precisão
-maior estabilidade do que outras formas
-forma de administrar fármacos insolúveis em água
-reduzir percepção de sabores e odores desagradáveis
-possibilidade de introduzir revestimentos
-possibilidade de controlar liberacao de farmacos
Desvantagens
-absorção menor se comparada com soluções ou líquidos
-provocam irritação da mucosa gástrica
-favorece formação de complexos com os alimentos
· Comprimidos de liberação controlada ou modificada
São formas farmacêuticas que não liberam imediatamente todo o fármaco, fazendo-o de forma gradual e contínua em diferentes tempos e locais
São formulados para uma liberação lenta e gradual, controlando a velocidade de absorção durante um determinado período de tempo
· Drágeas
Recebem um ou mais revestimentos externos, seguidos de polimento
Objetivo de mascarar o sabor e o odor desagradável de certos princípios ativos ou minimizar os efeitos agressivos à mucosa gástrica
Não podem ser fracionadas, seja por partição (divisão em partes iguais) ou trituração 
· Cápsulas
Receptáculos de forma e dimensões variadas, contendo em seu interior substâncias medicinais sólidas, líquidas ou mesmo pastosas
Podem ser de dois tipos
-gelatinosas
-gastrorresistentes 
· Granulados
Constituídas de um aglomerado, contendo um ou mais princípios ativos, associados com excipiente sob a forma de grãos ou fragmentos cilíndricos
Ainda como formas farmacêuticas sólidas para uso por via oral, tem-se as pílulas e as pastilhas, de pouco interesse para a odontologia 
· Outras formas farmacêuticas sólidas
Aplicação local - uso externo
-cremes
-linimentos (gelol)
-unguentos (vicki)
-pastas
-pomadas 
· Pasta
Consistência macia, mas firme, por sua grande proporção de pó (acima de 20%), como é o caso das pastas a base de hidroxido de calcio
· Pomada
Mais gordurosas, como a de acetonido de triancinolona (oncilom a orabase), sendo empregadas no tratamento de úlceras aftosas recorrentes e úlceras traumáticas
· Supositórios
Formas farmacêuticas sólidas, de formato cônico ou ogival, destinadas a aplicação por via retal
Forma de administracao de analgesicos ou anti-inflamatorios para pacientes incapazes de fazer uso da medicação por via oral (particularmente as crianças)
· Emulsões
Sistema químico heterogêneo constituído por dois líquidos imiscíveis (água e óleo, em geral), um dos quais está disperso no seio do outro sob forma de gotículas esféricas 
· Suspensões
Formas farmacêuticas líquidas, viscosas, constituindo-se em uma dispersão grosseira, em que a fase externa (maior) é um líquido e a fase interna (menor), um sólido insolúvel, que se constitui no princípio ativo do medicamento
Por ficar suspenso, exige uma agitação enérgica do frasco, justificando a conhecida recomendação de "agite antes de usar"
· Aerossóis
Podem ser considerados como formas complementares das suspensões, por serem um sistema coloidal constituído por partículas sólidas ou líquidas muito divididas, dispersas num gás 
São empregados por meio de aparelhos chamados nebulizantes, vaporizadores ou aerossol dosificador, acompanhado de bocal e aerocâmera 
· Soluções
Misturas de duas ou mais substâncias homogêneas, do ponto de vista quimico e fisico
As solucoes farmaceuticas são sempre líquidas e obtidas a partir da dissolução de um sólido ou líquido em outro líquido
São formadas por um solvente mais um soluto, o qual deve ser miscível no solvente 
Líquidas: via oral, aplicação local ou através de injeções 
Tipos de soluções
-administração por via oral (deglutidas)
-aplicadas localmente em cavidades
-injetáveis (vias parenterais - não passa pelo trato gastrointestinal)
Administração por via oral
· Soluções "gotas" ou solução "oral"
São encontradas no mercado farmacêutico sob esta denominação
Não são definidas pela farmacopeia brasileira ("gotas" não é forma farmacêutica)
Ao prescrevê-las, o cirurgião-dentista deverá diferenciá-la em seu receituário 
· Xaropes
São formas farmacêuticas aquosas, contendo ~ ⅔ de seu peso em sacarose ou outros açúcares
Apresentam duas vantagens
-correção de sabor agradável do fármaco
-conservação do mesmo na forma terapêutica de administração
· Elixires
São formas farmacêuticas líquidas, hidroalcoólicas, aromáticas e edulcorada com sacarose ou sacarina sódica 
Aplicação local em cavidades
· Colutórios
Destinados a aplicação local sobre as estruturas da cavidade bucal, na forma MAIS COISAAAAAA
· Vernizes
O fármaco encontra-se misturado ao veículo, que "toma presa" ao entrar em contato com água ou saliva, sendo aplicado diretamente nos dentes
Exemplo: vernizes fluoretados 
Injetáveis
· Soluções Injetáveis
Soluções ou suspensões esterilizadas, livres de pirogênios, em geral isotônicas, acondi MAIS COISA
Vantagens
-absorção mais rápida e segura
-determinação exata da dose do medicamento
-permitem o uso de grandes volumes 
-não sofrem a ação do suco gástrico
-não agridem a mucosa gástrica
Desvantagens
-necessidade de assepsia rigorosa
-dor decorrente da aplicação
-dificuldade de auto administração
-custo geralmente maior 
Formas farmacêuticas 
Vias de administração
-usos
-cuidados
-vantagens
-desvantagens
-vias enterais
-vias parenterais
-vias locais 
· Introdução 
Determinadas pelas propriedades do fármaco-hidro ou lipossolubilidade, ionização
Objetivos terapêuticos
-início rápido de ação, tratamento por longo tempo
-restrição de acesso a um local específico 
· o fármaco precisa estar / passar pela membrana não ionizado e ser hidrofóbico (com isso tem atração)
· ao passar pela membrana, se torna ionizado ao se ligar com as moléculas não ionizadas e assim consegue se dissolver e fazer sua função
· Principais vias de administração
· Sistêmica
-enteral: via oral, sublingual, nasal (nao chega no fígado, efeito de primeira passagem - parte da mediação é biotransformada no fígado)
-parental: via intravenosa, 
· Local
-tópica: via nasal, via epidérmica
· Administracao enteral
Administração pela boca
Modo mais seguro, comum e conveniente
Fármaco deglutido por via oral
Fármaco colocado sob a língua (sublingual)
Fármaco colocado entre a bochecha e a gengiva
Fácil absorção direta na circulação sanguínea
· Via oral
Vantagens
-fármacos orais são facilmentes auto administrados
-toxicidade e/ou a dosagem excessiva podem ser neutralizadas com antídotos
Desvantagens
-vias envolvidas na absorção oral são as mais complicadas 
-baixo pH do estômago inativa alguns fármacos 
· Via Sub Lingual e bucal
Colocação do fármaco sob a língua
Difusão na rede capilar → circulação sistêmica
Vantagens
-fácil administração
-absorção rápida
-evita a biotransformação de primeira passagem 
· Administração parental
Introduz o fármaco diretamente na circulação sistêmica
Fármacos que são pouco absorvidos no TGI ou que são instáveis no TGI 
Pacientes impossibilitados de tomar a medicação oral
Início rápido de ação
Maior biodisponibilidade → proporção do fármaco administrado que chega no local de ação 
Não são sujeitas de biotransformação de primeira passagem ou ao meio Gi agressivo
Asseguram o melhor controle sobre a dose real de fármaco administrada ao organismo 
São irreversíveis e podem causar dor, medo, lesões teciduais e infecções 
-Via intravenosa
Mais comum
Fármacos são absorvidos por VO
Efeito rápido
Controle máximo sobre a quantidade do fármaco
Infusão (fármaco está diluído no soro): período de tempo maior 
 -pico de concentração plasmática mais baixo
 -aumento da duração do nível do fármaco circulante 
Vantagens
-fármaco → irritação por outras vias
-injetados não podem ser retirados por meio de estratégias como a ligação à carvão ativado
Desvantagem
-infecção por meio de contaminação local
-precipitação de alguns componentes sanguíneos → hemólise ou outras reações adversas
-monitoração de pacientes 
Não tem absorção, cai direta na corrente sanguínea
Chega no pico de ação mais rápido
-Via intramuscular
Podem estar em soluções aquosas - são absorvidas rapidamente
Preparações especializadas de depósito - são absorvidas lentamente
Preparações de depósito - suspensão do fármaco em um veículo não aquoso → polietilenoglicol
A medida que o veículo se difunde para fora do músculo, o fármaco precipita-se no local da injeção 
Fármaco se dissolve lentamente → concentração sustentada durante um período de tempo prolongado
-Via subcutânea
Absorção por difusão simples e é mais lenta do que a via IV
A injeção SC minimiza os riscos de hemólise ou trombose
Efeitos lentos, constantes e prolongados
Fármacos que causam irritação tissular → necrose, dor intensa 
· Inalação oral
Rápida oferta do fármaco através da ampla superfície da membrana mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar 
Efeitos dos fármacos são quase tão rápidas como as da injeção IV
Eficaz e conveniente para pacientes com problemas respiratórios
· Inalação nasal
Administração de fármacos diretamente dentro do nariz
· Intratecal e intraventricular 
Barreira hematoencefálica retarda ou impede a entrada dos fármacos no sistema nervoso central (SNC)
Efeitos locais e rápidos → introducao do fármaco diretamente no líquido cerebrospinal 
· Tópica
Deseja-se um efeito local do fármaco
· Transdérmica
Proporciona efeitos sistêmicos pela aplicação do fármaco na pele → adesivo cutâneo
Velocidade de absorção pode variar 
Oferta prolongada de fármacos
· Retal
50% da drenagem da região retal não passa pela circulação portal
Biotransformação hepática é minimizada com o uso desta via
Vantagem adicional - evitar a destruição do fármaco no ambiente TGI - trato gastro intestinal
Útil se o fármaco provocar emese ou situações de consciência
Absorção errática e incompleta → irritação da mucosa retal
Farmacocinética I
Absorção
-tamanho das partículas
-área de absorção 
-irrigação local
-lipossolubilidade
-coeficiente de partição
-grau de ionização 
-condições fisiopatológicas 
Movimento de fármacos para dentro, através e para fora do corpo
Velocidade de início, intensidade e duração de resposta geralmente dependem de alguns parâmetros 
-taxa e extensão da distribuição do fármaco a diferentes tecidos, incluindo o local de ação (extensão - quanto tempo de distribuicao)
-taxa de eliminação do fármaco do corpo - quanto vai ser eliminado 
Absorção
osmose
fagocitose
pinocitose
A farmacocinética se divide em quatro processos básicos “ADME”
-absorção: transferência do fármaco do seu local de administração para a circulação sistêmica
-distribuição: transferência do fármaco da circulação sistêmica para os diferentes órgãos do corpo
Quando um comprimido é ingerido, antes de ser absorvido ele tem que se desintegrar e se dissolver. A velocidade e a taxa de absorção podem ser influenciadas pelo tempo de esvaziamento gástrico e pelas enzimas da parede intestinal
-metabolismo: extensão em que a molécula do fármaco é quimicamente modificada no corpo
-excreção: remoção do fármaco e de quaisquer metabólitos do corpo; metabolismo e excreção juntos são responsáveis pela eliminação dos fármacos 
Absorção 
Começa no duodeno
· Absorção intestinal
Grande área superficial do intestino delgado + alto fluxo sanguíneo → absorção rápida e completa dos fármacos administrados na via oral
Obstáculos antes de atingir a corrente sanguínea 
-estrutura do fármaco
-fármacos lipossolúveis - absorção no intestino porque tem muita água 
-ácidos e bases altamente polares tendem a ser absorvidos apenas lenta e incompletamente - parte não absorvida → excreção por fezes 
hidrossolúvel demora mais tempo para atravessar a membrana, só que é absorvido rapidamente pelo intestino por causa da quantidade de água 
lipossolúvel atravessa a membrana mais rápido, mas no intestino demorar mais para absorver
Portanto não afeta a velocidade de absorção
Via de administração que afeta a velocidade de absorção
Alta polaridade → intestino grosso
Estrutura → fármacos instáveis 
 -pH baixo do estômago (benzilpenicilina)
 -presença de enzimas digestivas (insulina)
 -administração injetável OU inalação (insulina)
· pH x absorção de fármacos
-fármacos ácidos 
-fármacos bases fracas
-fármaco não ionizado → atravessa a membrana 
-fármaco ácido no meio ácido favorece sua absorção 
-fármaco base no meio físico favorece sua absorção 
-ácidos ou bases fracas sofrem partição de pH entre o lúmen intestinal e as células da mucosa
-ácidos: menos ionizados no lúmen do estômago
-área superficial do estômago é baixa - pouca absorção
-maior parte da absorção de fármacos, mesmo os ácidos fracos
· Formulação do fármaco
Fármaco - não pode ser absorvido quando é administrado como um comprimido ou uma cápsula até que o veículo se desintegre e o fármaco seja dissolvido no TGI 
· Taxa de esvaziamento gástrico
Determina quanto tempo leva para um fármaco ingerido por via oral chegar ao intestino delgado
Alimentos retardam o esvaziamento gástrico e a absorção de fármaco OU se ligam a fármacos 
· Administração via oral: efeito geral da alimentação
Outros fatores importantes na absorção oral
-motilidade GI
-fluxo sanguíneo esplâncnico
-tamanhos das partículas e formulações
-fatores físico-químicos
-metabolismo de primeira passagem
· Metabolismo de primeira passagem
Pode ocorrer antes e durante a sua absorção
Barreiras para fármacos administrados por VO
-lúmen intestinal-parede intestinal
-fígado
-pulmão
· Lúmen intestinal
contém enzimas digestivas 
microrganismo aeróbios + anaeróbios → intestino grosso → reações metabólicas de hidrólise e redução 
· Parede Intestinal
Rica em enzimas celulares como
-monoamina-oxidase (MAO)
-L-aminoácido descarboxilasa aromática, isoenzimas do citocromo P450
-membrana luminal das células intestinais (enterócitos) contém transportadores de efluxo → limitar a absorção de fármacos → volta para o lúmen intestinal 
Moléculas de fármaco → enterócitos 
3 destinos finais 
-difusão para a circulação portal hepática
-metabolismo intracelular
-transporte de volta para o lúmen do intestino 
· Fígado
Sangue do intestino → libera fármacos no fígado
Metabolismo de primeira passagem hepático pode ser evitado → administração do fármaco em uma região do intestino
Sangue não é drenado para a veia porta hepática
Cavidade bucal ou retal
· Pulmão
Células pulmonares → alta afinidade por fármacos básicos
Principal local de metabolismo de
-hormônios
-via atividade da MAO ou Peptidase
· Absorção por outras vias
· Administração percutânea (transdérmica)
-epiderme: permeabilidade eficaz a perda de H2O e a transferência de compostos solúveis em H2O 
-via eficaz para fármacos potentes, não irritantes ou para produzir efeito local 
-administração lenta e continuada - concentrações sanguíneas baixas 
· Injeção intradérmica e subcutânea
-entrada na circulação geral: limitada pelo fluxo sanguíneo no local da injeção
-administração de pequenos volumes → efeitos locais 
-implantes subdérmicos - contracepção hormonal (até 3 ano)
· Injecao intramuscular 
-taxa de absorção depende de duas variáveis 
 -fluxo sanguíneo local
 -solubilidade em água do fármaco
· Intranasal
-mucosa nasal - boa area de superficie
-baixas concentrações de proteases + enzimas metabolizadoras
· Inalação 
-boa area de superficie 
-raramente usada para produzir efeitos sistêmicos
-fármacos não voláteis para alvéolos - difícil 
-potencial de toxicidade local - membranas alveolares 
-administração restrita 
 -compostos voláteis
 -broncodilatadores + corticoides - ação local (aerossóis)
· Absorção de fármaco biológico
· Insulina
-degradação enzimática e pH dependente de proteínas no TGI impede a adm VO
-administração por via parental - EV, subcutânea e intramuscular 
-intravenosa e inalatória 
Farmacocinética II
Distribuição 
· Distribuição dos medicamentos 
Compartimentos líquidos do organismo: a água corporal está distribuída em 4 compartimentos principais 
-líquido extracelular: plasma, líquido intersticial, linfa 
-líquido intracelular: soma do conteúdo líquido de todas as células
-líquido transcelular: liquido cefalorraquidiano, intraocular, peritoneal, pleural, sinovial e secreções digestivas 
-dentro de cada compartimento aquoso: fármacos livres / fármacos ligados, fármacos H+ ou bases fracas (apresentam-se como uma mistura em equilíbrio de formas com carga e sem carga) posição do equilíbrio depende do pH
· Padrão de equilíbrio de distribuição depende
-da permeabilidade através das barreiras teciduais
-ligação dentro dos compartimentos
-partição pelo pH
· Compartimento extracelular → compartimentos transcelulares
-fármaco atravessa uma barreira celular
-ex: barreira hematoencefálica
· Barreira hematoencefálica
Paul Ehrlich: corante via EV atingia maioria dos tecidos menos o cérebro 
Barreira hematoencefálica consiste em uma camada contínua de células endoteliais unidas por junções de oclusão e cercadas por pericitos
Cérebro é inacessível para a maioria dos fármacos 
-antineoplásicos
-aminoglicosídeos 
 ↓
lipossolubilidade insuficiente
para atravessar a BH
· Inflamação → rompimento da integridade da BH
Entrada de substâncias que não costumam atravessá-la
Penicilina EV ao invés de via intratecal → meningite bacteriana 
· Zona quimiorreceptora do gatilho (ZQG)
Barreira permeável
ex: domperidona - antiemético antagonista da dopamina
 ↓
não atravessa a BH, mas acessa a ZQG - evitar a náusea
· Volume de Distribuição 
· Volume de distribuição aparente (Vd)
Volume necessário para conter a quantidade total do fármaco (Q) no organismo, na mesma concentração presente no plasma (Cp)
Vd= Q / Cp
A insulina tem um Vd semelhante ao volume da água plasmática, mas exerce seu efeito no músculo, tecido adiposo e fígado por meio de receptores que são expostos ao líquido intersticial, e não ao plasma 
· Distribuição das drogas 
Ligação das drogas a proteínas plasmáticas 
-droga livre (dissolvida no plasma) → efeito farmacológico
-droga ligada às proteínas plasmáticas (albumina) → reserva 
Deslocamento das drogas ligadas às proteínas plasmáticas por outras drogas 
· Fármacos em grande parte confinados ao compartimento plasmático
-heparina → alto peso molecular 
-molécula grande → atravessar a parede capilar 
· Fármacos distribuídos no compartimento extracelular 
-gentamicina 
-carbenicilina 
 -baixa lipossolubilidade → não passa BH e nem a placenta
Anticorpos monoclonais - receptores em superfície de células - não entram nas células 
· Distribuição na água do organismo
-fenitoína
-etanol 
 -atravessam a membrana facilmente 
· Interações farmacológicas causadas por alteração da absorção 
· Absorção GI
-retardo por fármacos que inibem o esvaziamento gástrico
-acelerada por fármacos que promovem o esvaziamento gástrico
-fármaco A + fármaco B no intestino → inibição de absorção
-tetraciclina + Ca → retardo de absorção 
· Interações farmacológicas causadas por alteração da distribuição 
Competição → fármaco A altera a distribuição de um fármaco B 
 ↓
Local de ligação comum na albumina plasmática ou na proteína tecidual
O deslocamento de um fármaco do seu local de ligação no plasma ou tecidos, aumenta transitoriamente a concentração de fármaco livre (não ligado)
· Fluxo sanguíneo X Distribuição 
-taxa de fluxo sanguíneo para os capilares varia 
-fluxo de sangue → cérebro, fígado, rins > fluxo de sangue → músculos esqueléticos
-tecido adiposo, pele e vísceras << fluxo sanguíneo
· Permeabilidade capilar X Distribuição 
-determinada pela estrutura capilar e pela natureza química do fármaco 
-presença de frestas entre células endoteliais 
-no cérebro, a estrutura capilar é contínua, e não existem frestas 
-para entrar no cérebro, o fármaco precisa passar através das células endoteliais dos capilares do SNC ou ser transportado ativamente 
· Ligação de fármacos a proteínas plasmáticas e dos tecidos OU distribuição 
-ligação a proteínas plasmáticas: reversível 
 -fixa os fármacos de forma não difusível
 -retarda sua transferência para fora do compartimento vascular → albumina 
-ligação a proteínas dos tecidos
 -vários fármacos se acumulam nos tecidos 
-concentrações mais elevadas no tecido do que no líquido extracelular e no sangue 
 -acúmulo → lipídios, proteínas ou ácidos nucleicos 
· Lipofilicidade 
-natureza química do fármaco → atravessar membranas 
-fármacos lipofílicos - membranas biológicas - permeiam a superfície celular 
 -o principal fator que influencia a distribuição do fármaco lipofílico é o fluxo sanguíneo
-fármacos hidrofílicos - não penetram facilmente nas membranas celulares e devem passar através de junções com fendas
· Biodisponibilidade 
-indústria farmacêutica - desenvolvimento de moléculas bioativas - administradas por via oral
-biodisponibilidade oral - valor percentual da dose de um fármaco administrado por via oral que atinge a circulação sistêmica
-fármaco administrado por via EV, a biodisponibilidade é 100%
-conhecer a biodisponibilidade é importante para calcular a dosagem de fármaco para vias de administração não Ev
-determinação da biodisponibilidade: a partir da comparação dos níveis plasmáticos do fármaco depois de uma via de administração particular com os níveis plasmáticos obtidos por administração EV
· Fatores que afetam a biodisponibilidade 
1) Biotransformação hepática de primeira passagem 
-absorção do fármaco no TGI 
 -1˚ → entradana circulação portal
 -2˚ → entra na circulação sistêmica 
-fármacos com intensa biotransformação de primeira passagem - administrados em dose suficiente para assegurar a quantidade necessária de fármaco ativo no local de ação desejado 
2) Solubilidade do fármaco
-fármacos muito hidrofílicos são pouco absorvidos 
-fármacos extremamente lipofílicos são também pouco absorvidos - totalmente insolúveis nos líquidos aquosos do organismo 
-fármaco bem absorvido - basicamente lipofílico, mas ter alguma solubilidade em soluções aquosas
3) Instabilidade química 
-alguns fármacos, como a benzilpenicilina, são instáveis no Ph gástrico
-outros, como a insulina, são destruídos no TGI pelas enzimas digestivas 
4) Fatores que afetam a biodisponibilidade 
-tamanho da partícula 
-tipo de sal
-revestimento entérico → velocidade de dissolução 
Farmacocinética III
Biotransformação 
· Metabolismo dos fármacos
Metabolismo: utilizado para substâncias endógenas 
Biotransformação: utilizado para fármacos
Conversão enzimática de uma entidade química em outra
Os fármacos são geralmente transformados em metabólitos de polaridade crescente, até que possam ser excretados pelos rins
· Local da biotransformação
Ocorre predominantemente no fígado (sistema do citocromo P450)
Entretanto existem outros locais de metabolismo como:
-intestinos
-cérebro
-rins
-pulmões
-plasma 
· Sistema mono-oxygenase P450
As enzimas do citocromo P450 se diferenciam entre si pela sequência de aminoácidos, sensibilidade a inibidores e agentes indutores
· Metabolismo dos fármacos 
Substâncias químicas estranhas - xenobióticos 
Envolve dois tipos de reação, conhecidos como de fase 1 e fase 2 
 ↓
ocorrem de modo sequencial com frequência 
Ambas as fases diminuem a lipossolubilidade, aumentando, assim, a eliminação renal 
Biotransformação (fase 1) → oxidação, redução e hidrólise
Conjugação (fase 2) → glicuronidação, glutationa, sulfatação, glicina, acetilação, metilação
· Reações de fase 1 
São catabólicas e seus produtos geralmente são quimicamente mais reativos
Oxidação, redução e hidrólise
Às vezes se apresentam mais tóxicos ou carcinogênicos que o fármaco original 
Normalmente introduzem na molécula um grupo reativo, como o grupo hidroxila, um processo conhecido como “funcionalização”
Ponto de ataque para que o sistema de conjugação ligue um substituinte, como o glicuronídeo
O fígado é especialmente importante nas reações da fase 1 
Enzimas hepáticas que metabolizan fármacos, incluindo as enzimas CYP - inseridas no retículo endoplasmático liso
Geralmente são chamadas de enzimas “microssomais”
Oxidação 
As reações de oxidação podem ser divididas em:
 -desalogenação
 -desalquilação 
 -desaminação 
Redução
As reações de redução são menos comuns do que as de oxidação
As reações de redução podem ser divididas em:
 -azorreducao
 -nitrorredução
Hidrólise 
As reações hidrolíticas não envolvem enzimas microssomais hepáticas, porém ocorrem no plasma e muitos tecidos 
As reações de hidrólise podem ser divididas em:
 -desaminação
 -desesterificación 
A hidrólise ocorre no plasma e em muitos tecidos
A redução é muito menos comum na fase 1 que a oxidação 
· Reações de fase 2 
A hidrólise ocorre no plasma e em muitos tecidos
A redução é muito menos comum na fase 1 que a oxidação
As reações da fase 2 são sintéticas (“anabólicas”) e incluem conjugação 
Ocorrem principalmente no fígado 
· Estereosseletividade 
Muitos fármacos consistem na mistura de estereoisômeros cujos componentes diferem na sua atividade farmacodinâmica e no seu metabolismo
Diversas interações farmacológicas envolvem a inibição estereoespecífica do metabolismo de uma substância 
Em alguns casos, a toxicidade de uma substância parece estar ligada principalmente a um dos estereoisômeros 
· A biotransformação é afetada por:
A) Fatores internos 
-sexo
-idade
-peso
-estado nutricional
-atividade
-microbiota intestinal
-gestação
-outros agentes químicos presentes
-hidratação
-composição genética 
-estados de atividade enzimática
B) Fatores inerentes a administração do fármaco
-via de administração 
-local de administração
-volume administrado
-composição do veículo
-número de doses
-duração do tratamento
-frequência da medicação 
C) Fatores ambientais (externos)
-luz
-outras radiações
-som
-estação do ano
-hora do dia
-presença de animais 
-substâncias químicas
Farmacocinética IV 
Modelos farmacocinéticos
São de dois tipos
1) o corpo é imaginado como um só compartimento onde a droga penetra e de onde é eliminada
2) o corpo é considerado como se fosse formado de dois compartimentos, um central, representado principalmente pelo sangue , e outro periférico, representando os outros tecidos 
Eliminação 
Perda irreversível de substâncias 
Ocorre por 2 processos 
-metabolismo
-excreção 
Principais vias de eliminação 
-renal
-hepática
-pulmonar
-salivar
-enterica
-biliar
-leite materno
-lágrimas 
· Características químicas
Substâncias hidrofílicas
-são facilmente eliminadas pelos rins
-praticamente não requerem metabolização 
Substâncias lipofílicas 
-não são suficientemente eliminadas pelos rins
-são portanto, metabolizadas a produtos mais polares, que são então excretados na urina 
· Depuração 
Volume de plasma que contém a quantidade da substância removida pelos rins por unidade de tempo
Calculada a partir da concentração plasmática, Cp, da concentração urinária, Cu, e da velocidade do fluxo urinário, Vu
Três processos fundamentais são responsáveis pela eliminação renal 
1) filtração glomerular
2) secreção tubular ativa
3) reabsorção passiva (difusão pelo fluido tubular concentrado e reabsorção pelo epitélio tubular)
· Cinética de Primeira Ordem 
Velocidade de metabolismo é proporcional a quantidade da droga 
O metabolismo aumenta com a quantidade da droga 
Enzimas - não saturáveis 
· Cinética de Ordem Zero
Velocidade de metabolismo - não varia com a quantidade de droga 
Quantidade fixa - metabolizada a qualquer tempo
Enzimas - saturáveis 
Exemplo
-a enzima álcool desidrogenase é saturável a uma concentração de álcool de 10g/h
-se 100g de álcool forem ingeridos → 10h para metabolização 
-dose maior que 10g ingerida → efeitos adversos 
· Filtração Glomerular 
Capilares glomerulares - moléculas de fármacos com peso molecular abaixo de 20 kDa se difunde para o filtrado glomerular 
Capilares - quase completamente impermeáveis à albumina plasmática 
Maioria dos fármacos cruza a barreira livremente 
· Secreção Tubular 
Até 20% do fluxo plasmático renal é filtrado pelo glomérulo
80% do fármaco que chega ao rim passar para os capilares peritubulares do túbulo proximal
Moléculas dos fármacos são transferidas para o lúmen tubular por dois sistemas de transportadores independentes e relativamente não seletivos: OAT e OCT
 
OAT: transportadores de ânions orgânicos - transporta os fármacos ácidos na sua forma aniônica
OCT: transportadores de cátions - transporta bases orgânicas na forma protonada (catiônica)
· Difusão através do túbulo renal 
A água é reabsorvida conforme o líquido atravessa o túbulo e, por isso, o volume de urina produzida é de aproximadamente 1% do volume do filtrado glomerular
Se o túbulo for livremente permeável às moléculas do fármaco, aproximadamente 99% do fármaco filtrado será absorvido passivamente a favor do gradiente de concentração resultante
Eliminação de fármacos lipossolúveis - mínima 
Fármacos polares - permeabilidade tubular é baixa, permanecem na luz do túbulo, tornando-se progressivamente mais concentrados a medida que a água é reabsorvida
Esses fármacos polares não são inativados pelo metabolismo e a velocidade de eliminação renal é o principal fator determinante da duração de sua ação
Devem ser empregados com especial cautela em indivíduos cuja função renal esteja diminuída
O nível de ionização de muitos fármacos ácidos ou bases fracas – é pH - dependente e isso afeta profundamente sua eliminação renal
Acidificação da urina aumentaa eliminação renal de bases
Alcalinização da urina aumenta a eliminação renal de ácidos
· Interações medicamentosas por alteração da excreção dos fármacos 
Os principais mecanismos pelos quais um fármaco pode afetar a taxa de excreção renal de outro fármaco são:
-alteração da ligação às proteínas e, consequentemente, da filtração
-inibição da secreção tubular
-alteração do fluxo e/ou pH urinário 
· Excreção biliar 
Fármacos podem ser excretados do fígado para a bile e armazenados na vesícula biliar 
No esvaziamento da vesícula o fármaco passa para o lúmen do intestino delgado → reabsorção pela veia mesentérica → retorna ao sangue pela da veia porta, completando o ciclo → ciclo êntero-hepático
Não reabsorção do TGI após a secreção biliar > excreção por f
Interações Medicamentosas 
· Interações farmacológicas 
Modificações na intensidade e na duração da respostas de um fármaco, devido a ingestão simultânea de outros fármacos, álcool etílico ou determinados alimentos 
· Incidência 
Oscila de 3 a 5% nos pacientes que recebem poucos medicamentos e até 20% naqueles que recebem de 10 a 20 drogas 
· Toda alteração é maléfica?
A ação vasoconstritora faz com que o sal anestésico fique por mais tempo em contato com as fibras nervosas, prolongando a duração da anestesia e reduzindo o risco de toxicidade sistêmica
· Classificação das Interações
Farmacocinéticas: ocorrem durante a absorção, distribuição, metabolização ou excreção dos fármacos
Farmacodinâmicas: ocorrem nos locais de acção dos fármacos envolvidos, por meio de mecanismos pelos quais os efeitos se manifestam 
Antagonismo: interação que diminui a resposta clínica de um fármaco quando um segundo fármaco é administrado 
Potencialização: a combinação de 2 fármacos que não apresentam atividade farmacológica comum resulta em uma resposta maior que a normal 
Inesperada: reação não observada em relação a ambos os fármacos, quando administrados de forma isolada 
Somação: resposta aumentada que ocorre quando farmacis com ações e efeitos similares são administrados em conjunto 
Sinergismo: a interação produz uma resposta exagerada, maior que a conseguida com ambos os fármacos administrados individualmente, na máxima dose efetiva 
· Interações Farmacológicas Não Desejáveis 
· Interações com vasoconstritores 
Principais causas 
Soluções anestésicas administradas em grandes volumes (número excessivo de tubetes ou com alta concentração de vasoconstritor)
Soluções anestésicas injetadas acidentalmente no interior dos vasos sanguíneos, mesmo que em pequenas quantidades 
· Interações com vasoconstritores adrenérgicos 
Betabloqueadores 
Efeito anti-hipertensivo, anti arrítmico e antianginoso
Também indicados no tratamento de certas formas de enxaquecas e tremores involuntários 
Não seletivos 
-bloqueio de receptores adrenérgicos b1 - miocárdio
-bloqueio de receptores b2 - vasos sanguíneos, pulmões, músculo liso e em outros órgãos 
-exemplos
 -propranolol
 -nadolol
 -timolol
 -pindolol
Cardioseletivos
-bloqueio apenas de receptores b1 adrenérgicos - maior parte do coração 
-exemplos
 -atenolol
 -metoprolol
De ação vasodilatadora 
-antagonismo ao receptor alfa 1 periférico
-exemplo
 -carvedilol
 -labetalol
-produção de óxido nítrico
-exemplo
 -nebivolol
· Epinefrina → vasoconstritor 
Ao menos 2 ações farmacológicas no SCV
-constrição dos vasos arteriais em muitos órgãos - estimulação dos receptores alfa-adrenérgicos
-vasodilatação das artérias dos músculos esqueléticos por meio da estimulação beta-adrenérgica
-e atua nos receptores b1-adrenérgicos no coração, provocando taquicardia 
Epinefrina + Betabloqueador 
-pode provocar a elevação da pressão arterial pela sua livre ação nos alfa-receptores 
-mais bradicardia reflexa
-cardioseletivos ou de ação vasodilatadora
-contato com o profissional da área médica 
· Interações com vasoconstritores adrenérgicos 
Antidepressivos 
Empregados não somente para o tratamento de estados de depressão ou transtornos bipolares mas, também para tratamento de anorexia nervosa, ansiedade, pânico, bulimia, déficit de atenção, estresse pós-traumático e certos tipos de enxaqueca 
Em baixas dosagens associadas ao tratamento de DTM, exemplos: inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (seletivos ou não seletivos)
Inibidores seletivos de recaptura de serotonina fluoxetina 
-paroxetina
-sertralina
-citalopram
-fluvoxamina 
Inibidores seletivos de recaptura de serotonina e noradrenalina 
-venlafaxina 
-duloxetina 
Antidepressivos tricíclicos 
-imipramina
-desipramina
-clomipramina
-nortriptilina
-doxepina
-maprotilina 
Vasoconstrictores adrenergicos 
 ↓
Efeitos potencializados 
 ↓
Aumento da PA
*injeção intravascular acidental ou uso de grandes números de tubetes 
Falta de relatos VC + ISRS 
-fluoxetina
-sertralina
-paroxetina
-citalopram
 ↓
mas podem inibir enzimas hepáticas que participam da metabolização da lidocaína 
Anfetaminas e derivados 
Provocam uma maior liberação de catecolaminas das terminações nervosas adrenérgicas 
 ↓
Efeitos estimulantes similares ao observados com a cocaína, porém em menor grau 
Vários tubetes de AL + epinefrina ou se ocorre injeção intravenosa acidental 
 ↓
Palpitações (taquicardia) e o aumento da PA
Cocaína 
Agente simpatomimético que estimula a liberação de norepinefrina e inibe a sua recaptação das terminações adrenérgicas 
 ↓
VC adrenérgico inadvertidamente injectado no sistema vascular sanguíneo → > da PA + taquicardia → seguida de fibrilação ventricular, infarto do miocárdio, eventual parada cardíaca e óbito
Fenotiazínicos 
Grupo de psicotrópicos 
Exemplo: clorpromazina
 ↓ 
Injeção intravascular acidental tal de uma pequena quantidade de solução anestésica com epinefrina (ou similares) pode potencializar a hipotensão arterial 
· Interações com ansiolíticos 
Benzodiazepínicos 
-diazepam
-midazolam
-alprazolam
-lorazepam
 ↓
sedação mínima do paciente 
Depressores do SNC 
Hipnóticos, hipnoanalgésicos, neurolépticos e anticonvulsivantes 
 ↓
possibilidade de potenciação do efeito depressor do SNC e um possível risco de depressão respiratória 
· Interações com Álcool etílico (etanol)
Benzodiazepínicos + álcool etílico 
Álcool proibido 24h e 24h após o uso da medicação 
 ↓
Depressão pronunciada do SNC, ainda maior, se houver uso de um grande número de tubetes anestésicos 
· Interações com analgesicos 
Paracetamol + uso crônico 
Potencial hepatotóxico 
 ↓
Aumento da conversão do paracetamol em um metabólito altamente tóxico, que pode causar danos graves ao fígado 
Evitar associações paracetamol + fármacos hepatotóxicos 
 ↓
Eritromicina, Clavulanato de potássio + amoxicilina, Nimesulida 
Paracetamol + Varfarina 
 ↓
Aumento do efeito anticoagulante da varfarina, predispondo o paciente a hemorragias 
Dipirona + álcool
 ↓
Potencialização da ação alcoólica 
Dipirona + Ciclosporina 
 ↓
 Redução da ação da ciclosporina 
· Interações com AINES
AINES + Anti Hipertensivos 
1. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs): captopril, enalapril, fosinopril e lisinopril
2. Diuréticos: furosemida e hidroclorotiazida
3. Beta-bloqueadores: propranolol, nadolol, metoprolol e atenolol
Antihipertensivos
Mecanismo de ação: depende das prostaglandinas renais (prostaciclinas)
 ↓
Redução das prostaciclinas → PA
Mecanismo de ação: inibidores dos canais de cálcio (nifedipina, verapamil ou diltiazem)
 ↓
Não implicam nessa relação
AINES + Hipoglicemiantes orais 
Podem deslocar as sulfonilureias (clorpropamida e glibenclamida) do seu sítio de ligação à albumina 
 ↓
Hipoglicemia 
· Interações com Antibióticos (Atb)
Atb + álcool etílico 
Etanol estimula diretamente as membranas do aparelho digestivo, > produção HCL + > movimentos peristálticos 
 ↓
Passagem maisrápida e menor absorção dos fármacos pelo estômago e pelo duodeno
Etanol → > indução da enzima citocromo P450, responsável pela metabolização no fígado de vários antibióticos 
Efeito dissulfiram ou “Antabuse”
Acúmulo de acetaldeído → reações desagradáveis 
Palpitações, queda da PA, dor no peito, dificuldade respiratória, vermelhidão da face e pescoço, náuseas, vômitos e transpiração excessiva 
Metronidazol, Ampicilina e alguns Cefalosporinas (cefalexina, a cefadroxila e a cefradina)
Apresentam N em sua composição + reação com acetaldeído e < (antibiótico livre no sangue)
Concentracao inibitoria minima 
A menor concentração necessária para matar as bactérias ou inibir seu crescimento
Metronidazol - maior meia vida plasmática
Contraceptivos orais (CO)
Penicilinas, tetraciclinas, cefalosporinas, eritromicina e metronidazol 
Podem comprometer a eficácia dos CO 
Carbonato de Lítio
Indicado para transtornos bipolares (doença maníaco-depressiva)
 ↓
Uso do metronidazol e da tetraciclina deve ser evitado em pacientes tratados com carbonato de lítio 
Varfarina 
Antagonista da vitamina K
 ↓
Aumento da atividade anticoagulante, acarretando hemorragia
 ↓
Eritromicina, claritromicina ou metronidazol
Digoxina
Utilizada no controle de doenças cardíacas, como arritmias e doença cardíaca congestiva 
 ↓
Digoxina + claritromicina → microbiota intestinal → > niveles sanguíneos de digoxina 
Interações com fitoterápicos 
Ginkgo biloba e o ginseng 
· Varfarina
 ↓
> risco de sangramento 
Seminário de Farmacologia
 1. Analise o gráfico abaixo e responda a questão a seguir:
Qual a diferença entre os agonistas x e y ? Explique 
Resposta: O fármaco X é mais potente que o fármaco Y, mesmo com uma concentração menor, obteve o mesmo efeito que o Y
 2. W.M. é um homem de 50 anos, 60 quilos foi internado no setor de queimados de um hospital, com 70% do corpo apresentando queimaduras de segundo e terceiro graus. W.M. está inconsciente e recebe alimentação via sonda nasogástrica. A enfermeira em atendimento diz que o procedimento padrão para administração via oral é desintegrar os medicamentos juntos, diluir tudo junto em 50mL de água e injetar na sonda nasogástrica. Quais problemas essa prática pode causas? 
 Resposta: Pode mudar a dose que vai ser absorvida ; ter uma interação entre os fármacos e a própria alimentação via sonda ; ter uma interação entre o fármaco e o plastico da sonda. 
3. Explique o mecanismo pelo qual acontece as seguintes forças relativas das ligações entre receptores e fármacos. Se você precisasse ordená-las em termos de força de ligação, coloque-as em ordem crescente.
Van der Waals < Ligação de hidrogênio < ligação iônica < ligação covalente 
a. Van der Waals: A mudança de densidade de elétrons em áreas de uma molécula ou em uma molécula como um todo resulta na geração de cargas positivas ou negativas transitórias. Essas áreas interagem com áreas transitórias de carga oposta sobre outra molécula.
b. ligação de hidrogênio: Os átomos de hidrogênio ligados ao nitrogênio ou oxigênio tornam-se mais positivamente polarizados, permitindo a sua ligação a átomos de polarização mais negativa, como oxigênio, nitrogênio ou enxofre.
c. ligação iônica: Os átomos com excesso de elétrons (conferindo ao átomo uma carga negativa global) são atraídos por átomos com deficiência de elétrons (conferindo ao átomo uma carga positiva global).
d. ligação covalente: Dois ou mais átomos em ligação compartilham elétrons.
 4. A figura abaixo mostra tipos de receptores celulares relacionados às interações farmacodinâmicas. Identifique cada receptor e explique como a interação com o fármaco ocorre.
A) Receptores do tipo canais iônicos: O fármaco pode ligar-se a canais iônicos que se estendem pela membrana plasmática, produzindo uma alteração na condutância do canal.
B) Receptores do tipo acoplados à proteína G: Os receptores que se estendem através da membrana plasmática estão acoplados funcionalmente a proteínas G intracelulares. Os fármacos podem influenciar as ações desses receptores através de sua ligação à superfície extracelular ou à região transmembrana do receptor.
C) Receptores do tipo acoplados a enzimas: O fármaco pode ligar-se ao domínio extracelular de um receptor transmembrana e causar uma alteração de sinalização no interior da célula, por meio da ativação ou inibição de um domínio intracelular enzimático da molécula do receptor.
D) Receptores do tipo intracelulares: Os fármacos podem sofrer difusão através da membrana plasmática e ligar-se a receptores citoplasmáticos ou nucleares. Trata-se frequentemente da via utilizada pelos fármacos lipofílicos
 5. Como a interação molecular de um fármaco com o seu receptor determina a sua potência e eficácia?
 Resposta: À medida que aumenta a concentração de fármaco, a concentração de receptores ligados também aumenta. Pode ocorrer um aumento no efeito de um fármaco em conseqüência de um aumento na concentração do fármaco ou do receptor. A eficácia pode ser considerada como o estado em que a sinalização mediada pelo receptor se torna máxima, de modo que qualquer quantidade adicional do fármaco não irá produzir nenhuma resposta adicional. A potência de um fármaco refere-se à concentração em que o fármaco produz 50% de sua resposta máxima.
6. Por que o fato de um fármaco ter baixo índice terapêutico significa que o médico deve ter maior cuidado na sua administração?
Resposta:
7. Como um paciente com níveis terapêuticos bem estabelecidos de um medicamento de uso crônico subitamente desenvolve manifestações clínicas de toxicidade farmacológica? 
8. Explique por que os fatores abaixo afetam o volume de distribuição de fármacos:
a. Envelhecimento
b. Obesidade
9. Descreva o efeito da administração concomitante de fármacos que são altamente ligados a proteínas - por exemplo – carbamazepina (anticonvulsivante) e varfarina (anticoagulante).
10. Discuta a ELIMINAÇÃO dos fármacos pelo metabolismo hepático.
11. Descreva como ocorre o ciclo êntero-hepático.
12. Descreva o efeito do pH da urina na excreção renal e na meia-vida de um fármaco.
 	13. Explique de que forma as seguintes variáveis podem afetar a potência de um fármaco:
a. pH do tecido circundante
b. pH gástrico alterado
c. Metabolismo do fármaco

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