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Farmacologia aplicada a odontologia

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Farmacologia 
É o estudo da interação de compostos químicos com os organismos vivos ou sistemas biológicos, causando um efeito 
benéfico ou maléfico 
É a ciência que estuda como os medicamentos ou substancias interagem com o organismo, sendo capazes de 
promover alterações funcionais e estruturais 
 
Conceitos em farmacologia: 
Droga: qualquer substância química capaz de produzir efeito farmacológico, isto é, provocar alterações benéficas ou 
maléficas 
Fármaco: substancia que tem estrutura química definida, mecanismos de ação esclarecido e projetado para causar 
efeito terapêutico no organismo 
 Droga é um fármaco, mas nem todo fármaco é uma droga 
Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, 
paliativa ou para fins de diagnostico – efeito terapêutico 
Remédio: é qualquer substancia química ou técnica que produza alivio ou melhora a uma condição de saúde do 
paciente 
Dose: quantidade de fármaco administrado por vez. EX: dipirona 500mg 
Posologia: dose em intervalo de tempo. EX: 1 comprimido de dipirona 500mg de 6/6hr 
Os medicamentos podem ser divididos em 3 classes, de acordo com o processo de fabricação: 
Alopáticos: agem de forma contrária aos nossos sintomas. EX: anti-inflamatório que combate uma inflamação, um 
analgésico que combate uma dor 
Fitoterápicos: medicamentos alopáticos, o que diferencia é a matéria prima, que é exclusivamente vegetal 
Homeopáticos: cura pelos semelhantes. O tratamento visa o indivíduo como um todo, analisando corpo e mente, 
trata o doente e não só a doença. O medicamento não provoca uma reação do organismo para combater a doença, 
ele incentiva para que o próprio corpo seja ativo neste processo e estimula para que todo o organismo trabalhe bem e 
restabeleça o; seu bom funcionamento 
Fitofármacos: são substâncias purificadas e isoladas a partir da matéria prima vegetal, com estrutura química 
definida e atividade farmacológica. EX: canabidiol isolado 
Toxicidade em medicamentos: quando o uso de um medicamento apresenta efeitos indesejáveis ou diferentes do 
esperado, mesmo quando ele é consumido em doses adequadas a prescrição medica. 
 O tratamento que pretende matar as células cancerígenas em divisão rápida também afeta as células normais 
que proliferam rapidamente, como: 
 Células da mucosa bucal: estomatite/aftas/feridas orais 
 Células da medula óssea: diminuição da imunidade: infecções 
 Células da mucosa gastrintestinal: náusea e vômitos 
 Folículos pilosos: alopecia 
Efeitos colaterais: qualquer efeito apresentado diferente do efeito principal. Pode ser benéfico ou maléfico - efeito 
secundário do medicamento 
Reações adversas: efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um 
medicamento na posologia correta. EX: perda de apetite, náusea, constipação e diarreia; são as reações adversas mais 
comuns, pois a maioria dos medicamentos são tomados por via oral, que passam pelo trato digestivo 
 
Medicamentos: 
Medicamento referência: inovador, o primeiro a ser lançado no mercado 
 Eficácia, segurança e qualidade comprovadas junto ao ministério de saúde no momento de seu registro 
 Tem nome comercial (de fantasia) 
 São geralmente os mais receitados 
 São lançados após investimento de tempo e recursos financeiros em pesquisa cientifica e divulgação 
Medicamento genérico: é uma cópia do medicamento de referência pois tem o mesmo princípio ativo, mesma 
dosagem e a mesma forma farmacêutica 
 Não possui nome comercial 
 Tem as mesmas indicações dos medicamentos de referencia 
 Deve ser aprovado pela anvisa e para isso passa por vários testes de qualidade 
 É identificado pela tarja amarela com a letra G na embalagem 
 O nome é o princípio ativo 
Medicamento similar: é similar ao medicamento de referência 
 Contem mesmos princípios ativos, mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia 
e indicação terapêutica 
 Pode diferir somente nas características de apresentação e prazo de validade 
 Identificado pelo nome comercial 
 
 
 
 
 
 
Biodisponibilidade: 
Quantidade de medicamento que efetivamente chega ao sangue depois de ser administrado 
 É a quantidade de fármaco disponível no sangue para produzir um efeito 
 EX: captopril – biodisponibilidade oral 70% em jejum; 40% pós prandial 
 Ex: sulfato ferroso: alimentos ricos em cálcio diminuem a biodisponibilidade do ferro; alimentos cítricos 
aumentar a biodisponibilidade do ferro 
 Biodisponibilidade 100% - via endovenosa/intravenosa 
Desenvolvimento de novos medicamentos: 
Começa pela invenção e ensaios pré-clínicos 
FDA – ENSAIOS CLINICOS: 
 Fase 1, 2 e 3: estabelece segurança e eficácia 
 Fase 4: riscos, doses e esquema de administração ideais 
 
 
Farmacocinética: 
Estuda o que o organismo faz com o fármaco, ao passo 
que a farmacodinâmica descreve o que o fármaco faz no 
organismo 
Para que uma droga produza efeito farmacológico, é 
necessário que ela atinja o tecido alvo na forma ativa e 
em concentração suficiente. 
A velocidade com que a droga atinge o tecido alvo e a 
duração de seu efeito, variam de acordo com a via de 
administração utilizada e com as características químicas 
da substância (absorção), com o tempo gasto para atingir 
o tecido alvo (distribuição), com as transformações químicas (metabolização/biotransformação) e com o tempo que 
leva para ser eliminada (excreção) 
Características da via de administração de drogas: 
 Maior biodisponibilidade 
 Concentração adequada 
 Fácil administração 
 Baixo custo 
 Menor risco 
 Adesão ao tratamento 
 Não cause desconforto 
A escolha da via de administração de drogas depende: 
 Efeito local ou sistêmico 
 Propriedades da droga e da forma farmacêutica 
 Idade do paciente 
 Conveniência 
 Tempo necessário para o início do tratamento 
 Duração do tratamento 
 Obediência do paciente ao regime terapêutico 
 
ENTERAIS: 
Absorção: é a transferência do fármaco do seu local de administração para o compartimento central. No caso das 
preparações solidas, a absorção depende inicialmente da dissolução do comprimido ou cápsula, que então libera o 
fármaco. 
Via oral: método mais usado para administrar os fármacos, e também o mais seguro, conveniente e econômico 
Absorção da droga: 
1. Boca 
2. Estômago 
3. Intestino delgado 
4. Intestino grosso 
5. Reto 
Enterais Parentais 
 Oral 
 Bucal 
 Sublingual 
 Retal 
Diretas Indiretas 
 Intravenosa 
 Intramuscular 
 Subcutânea 
 Intra-arterial 
 Intracardíaca 
 Intraperitoneal 
 Intratecal 
 Peridural 
 Intra-articular 
 Intrauterina 
 Cutânea 
 Respiratória 
 Conjuntival 
 Rino e orofaríngea 
 Geniturinária 
 Uretral 
 Intravaginal 
 Peniana 
 Transdérmica 
 
É feita pelo trato gastrointestinal, e é determinada por fatores como área disponível a absorção, fluxo sanguíneo na 
superfície absortiva, estado físico e hidrossolubilidade do fármaco e sua concentração local de absorção. 
Com os fármacos administrados em preparação sólida, a taxa de dissolução limita sua absorção, principalmente dos que 
são pouco hidrossolúveis. Com a maior parte da absorção do fármaco pelo trato GI ocorre por difusão passiva, a 
absorção é facilitada quando o fármaco estiver em sua forma não ionizada mais lipofílica. 
Desvantagens: 
 Absorção limitada de alguns fármacos em função de suas características (como hidrossolubilidade reduzida) 
 Vômitos causados pela irritação da mucosa GI 
 Destruição de alguns fármacos pelas enzimas digestivas ou pelo pH gástrico baixo 
 Os fármacos presentes no trato GI podem ser metabolizados por enzimas da flora ou mucosa intestinais ou do 
fígado, antes que possam alcançar a circulação sistêmica 
Efeito local: protetores gástricos – degradação 
Efeito sistêmico: distribuição do fármaco 
Via sublingual:
fácil acesso e aplicação 
 Absorção rápida: drogas lipossolúveis 
 Evita o TGI 
 Usado em emergências 
 Protege o medicamento do efeito de primeira passagem – a drenagem venosa da boca se dirige a veia cava 
superior e isto provoca um desvio da circulação portal, deste modo, protege o fármaco do metabolismo rápido 
causado pela primeira passagem pelos intestinos e pelo fígado. Ex: nitroclicerina – é eficaz quando retida sob a 
língua porque não é iônica e tem lipossolubilidade muito alta 
Via retal: cerca de 50% do fármaco que é absorvido pelo reto não passa pelo fígado, por esta razão, há redução do 
metabolismo hepático de primeira passagem. 
 A absorção retal pode ser irregular e incompleta e alguns fármacos podem causar irritação da mucosa retal 
Via mucosas: tem absorção rápida 
 Boa lipossolubilidade 
 Pode causar aftas etc. 
PARENTAIS: 
As principais vias de administração parental são a intravenosa, subcutânea e a intramuscular. 
A absorção a partir dos tecidos subcutâneos e intramusculares ocorre por difusão simples ao 
longo do gradiente existente entre o depósito de fármaco e o plasma. 
Os fármacos administrados na circulação sistêmica por qualquer via, com exceção da intra-
arterial, estão sujeitos a eliminação potencial na primeira passagem pelos pulmões, antes da 
distribuição para o restante do corpo. 
Via endovenosa/intravenosa: os fatores limitantes da absorção são anulados pela 
injeção intravenosa dos fármacos em solução aquosa, pois a biodisponibilidade é completa e 
rápida. 
 Grandes volumes 
 Usado em pacientes inconsciente ou com distúrbios no trato GI 
 Situações de urgência e emergência 
 Alto risco para efeitos adversos 
 Administração lenta e inadequada para soluções oleosas e pouco solúveis 
 A liberação do fármaco é controlada e assegurada com precisão e rapidez, o que não é possível por qualquer 
outra via 
 Algumas soluções irritantes podem ser administradas apenas por via intravenosa, porque o fármaco injetado 
lentamente se distribui de modo amplo na corrente sanguínea 
Via subcutânea: pode ser realizada apenas com os fármacos que não causam irritação dos tecidos, caso contrário, 
pode provocar dor intensa, necrose e descamação dos tecidos. 
 A taxa de absorção após a injeção subcutânea de um fármaco é suficientemente constante e lenta para produzir 
efeito prolongado 
 Vantagens: pouca necessidade de treinamento; sem efeito de primeira passagem; absorção lenta e regular 
 Desvantagens: baixo volume de medicamento (0,5 a 2ml); inadequada para substâncias irritante, dolorosa 
Via intramuscular: os fármacos em solução aquosa são absorvidos muito rapidamente após a injeção intramuscular, 
mas isto depende da taxa de fluxo sanguíneo no local da injeção. 
 A absorção pode ser modulada até certo ponto pelo aquecimento local, pela massagem ou exercício 
 A absorção lenta e continua depois de uma injeção intramuscular ocorre quando o fármaco é injetado em 
solução oleosa ou suspenso em vários outros depósito 
 Vantagens: ação mais lenta e prolongada que a EV; elevada vascularização (absorção mais rápida que a SC); sem 
efeito de primeira passagem 
 Desvantagens: trauma ou compressão acidental de nervos; injeção acidental em veia ou artéria ; lesão do 
musculo por soluções irritantes; dolorosa 
Via intradérmica: aplicado na derme 
Vantagens: 
 Pouca absorção sistêmica 
 Administração da vacina BCG 
 Teste de hipersensibilidade 
 Aplicação de anestésicos locais 
Desvantagens: 
 Pouquíssimo volume de fármaco (0,1ml) 
 Pouca absorção sistêmica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biodisponibilidade 
É a taxa com que um fármaco administrado alcança a circulação sistêmica. EX: 100 mg de um fármaco são 
administrador por via oral, e 70mg desse fármaco são absorvidos inalteralmente – biodisponibilidade é de 70% 
Um fármaco precisa ser absorvido primeiro pelo trato GI, mas a absorção final pode ser limitada pelas características 
de preparação do fármaco em seguida, o fármaco absorvido passa pelo fígado, onde podem ocorrer metabolismo e 
excreção biliar antes que chegue a circulação sistêmica. Por essa razão, uma fração da dose administrada e absorvida 
do fármaco será inativada ou desviada no intestino e no fígado, antes que chegue a circulação sistêmica e seja 
distribuída para seus locais de ação. 
Se a capacidade metabólica ou excretora do fígado e do intestino for grande para o fármaco, a biodisponibilidade será 
reduzida significativamente, essa redução depende da estrutura anatômica a partir da qual houve a absorção. 
Em termos práticos, a biodisponibilidade segue a seguinte ordem: 
 
Efeito de primeira passagem: 
Biotransformação hepática de primeira passagem: 
Quando um fármaco é absorvido a partir do trato GI, primeiro ele entra na circulação portal antes de entrar na 
circulação sistêmica 
O fármaco é rapidamente biotransformado no fígado ou na parede intestinal durante essa passagem inicial, reduzindo 
a quantidade de fármaco inalterado que tem acesso a circulação 
Fármacos com intensa biotransformação de primeira passagem devem ser administrados em dosagem suficiente para 
assegurar a quantidade necessárias de fármaco ativo no local de ação desejado 
 
 
 
Fatores que influenciam a biodisponibilidade: 
Instabilidade química: 
Alguns fármacos, como a bezilpenicilina, são instáveis no pH gástrico, outros, como a insulina, são destruídos no trato 
GI pelas enzimas digestivas 
Natureza da formulação do fármaco: 
A absorção do fármaco pode ser alterada por fatores relacionados com o tamanho da partícula, o tipo de sal, o 
polomorfismo cristalino, o revestimento entérico e a presença de excipientes podem influenciar a facilidade da 
dissolução, por isso, altera a velocidade de absorção 
Preparações revestidas (entéricas): 
Revestimento entérico é um envoltório químico que protege o fármaco do ácido gástrico, liberando ele no intestino 
(menos ácido), onde o envoltório se dissolve e permite a liberação do fármaco 
Preparações de liberação prolongada: Medicamentos de liberação prolongada: 
Revestimentos que controlam a liberação do fármaco, permitindo uma absorção mais lenta e uma duração de ação 
mais longa 
 Administração com menor frequência: aderência ao tratamento 
 Manutenção das concentrações na faixa terapêutica por um período longo de tempo 
Formas farmacéuticas: 
Sólidas: via oral e aplicação local 
Aplicação local: cremes, pastas e pomadas 
 As pastas tem uma consistência macia, mas firme, por sua grande proporção de pó (acima de 20%). EX: pasta de 
hidróxido de cálcio 
 As pomadas são mais gordurosas sendo empregadas no tratamento de úlceras aftosas recorrentes ou úlceras 
traumáticas 
Via oral: capsula gelatinosa é mais rápida pois já é sólida 
 
Líquidas: via oral, aplicação local e injeções 
Via oral: 
 Facilitam a administração, mascaram sabores e são mais indicados para crianças e idosos por permitirem 
ajustes de dose 
 
 
 
 
Suspensões: líquidas, viscosas 
 Dispersão grosseira 
 Exige uma agitação enérgica do frasco 
 Partículas sólidas que ficam suspensas em um líquido 
Aerossóis: formas complementares das suspensões, partículas sólidas ou líquidas muito divididas, dispersas em gás
 
Solução: aquoso 
 Não tem partículas do medicamento 
Xarope: grande concentração de glicose 
Soluções cavitárias: 
Colutórios: aplicação local sobre as estruturas da cavidade bucal, na forma de bochechos ou irrigações, sem que haja 
deglutição. EX: periogard 
Soluções injetáveis: 
 Soluções ou suspensões esterilizadas 
 Livres de pirogênios 
 Ampolas ou frascos-ampolas 
 Indicadas para a administração parenteral 
Vantagens: absorção mais rápida e segura 
 Determinação exata da dose 
 Permite o uso de grandes volumes 
 Não sofrem a ação do suco gástrico 
 Não agridem a mucosa gástrica 
Desvantagens: necessidade de assepsia rigosa 
 Dor decorrente
da aplicação 
 Dificuldade de autoadministração 
 Custo geralmente maior 
Aplicação local ou tópica: 
O meio mais simples de administrar um fármaco é pela aplicação direta no local onde ele deve agir. EX: aplicação das 
pomadas anestésicas 
A aplicação tópica permite o emprego de pequenas quantidades e baixas concentrações do medicamento, para que 
atue exclusivamente naquele local 
Endondôntica (via intracanal): 
Submucosa e subperióstica: são as vias de administração de fármacos mais empregadas em odontologia, por ocasião 
da infiltração de soluções anestésicas locais 
Etapas da farmacocinética: 
Propriedades farmacocinéticas determinam o início, a intensidade e a duração da ação do fármaco 
Absorção: permite a entrada do fármaco no plasma 
Distribuição: distribuir-se nos líquidos intersticial e intracelular 
Biotransformação: fármaco pode ser biotransformado no fígado ou em outros tecidos 
Eliminação: o fármaco e seus metabólitos são eliminado do organismo na urina, na bile ou nas fezes 
Absorção: 
É a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea. 
A velocidade e a eficiência da absorção dependem do ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas 
características químicas e da via de administração (biodisponibilidade) 
Mecanismos de absorção de fármacos a partir do TGI: 
Dependendo das propriedades químicas, os fármacos podem ser absorvidos por 4 mecanismos: 
1. Difusão passiva 
2. Difusão facilitada 
3. Transporte ativo 
4. Endocitose 
 
Difusão passiva: o fármaco se move da região de alta concentração para a de baixa concentração 
 A maioria dos fármacos é absorvida por esse mesmo mecanismo 
 Fármacos hidrossolúveis atravessam as membranas celulares através de canais ou poros aquosos 
 Fármacos lipossolúveis se movem facilmente através da maioria das membranas biológicas, devido a sua 
solubilidade na bicamada lipídica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Difusão facilitada: os fármacos podem entrar na célula por meio de proteínas transportadoras transmembrana que 
facilitam a passagem de moléculas grandes 
 Proteínas transportadoras sofrem alterações conformacionais, permitindo a passagem de fármacos ou 
moléculas endógenas para o interior da célula, movendo-os de áreas de alta concentração para áreas de baixa 
concentração 
 Processo pode ser inibido por compostos que competem pelo transportador 
 
Transporte ativo: envolve transportadores proteicos que atravessam a membrana 
 O transporte ativo dependente de energia é movido pela hidrólise de trifosfato de adenosina – ATP 
 Ele é capaz de mover fármacos contra um gradiente de concentração, ou seja, de uma região com baixa 
concentração de fármaco para outra com concentração mais elevada 
 
Endocitose: usada para transportar fármacos excepcionalmente grandes através da membrana celular 
 Envolve o engolfamento de moléculas do fármaco pela membrana e seu transporte para o interior da célula 
pela compressão da vesícula cheia de fármaco 
 EX: vitamina B12 é transportada através da parede intestinal por endocitose 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores que influenciam na absorção: 
Fluxo de sangue no local de absorção: os intestinos recebem um fluxo de sangue muito maior do que o estômago 
(absorção no intestino é favorecida antes do estômago) 
Área ou superfície disponível para absorção: com uma superfície rica em bordas em escova contendo microvilosidades, 
o intestino tem uma superfície cerca de 1.000 vezes maior que a do estômago – absorção no intestino é mais eficiente 
Tempo de contato com a superfície de absorção: se um fármaco se desloca muito rapidamente ao longo do TGI, pode 
ocorrer uma diarreia intensa e ele não será bem absorvido, contudo, qualquer retardo no transporte do fármaco do 
estômago para o intestino reduz a sua velocidade de absorção. A presença de alimento no estômago dilui o fármaco e 
retarda o esvaziamento gástrico, portanto, quando um fármaco é ingerido com o alimento, em geral, é absorvido mais 
lentamente 
 
 
Distribuição: 
Após uma droga alcançar a circulação sistêmica, ela é transportada para outras partes do organismo. Esse 
biotransporte pelo sangue e outros fluidos a todos os órgãos e sistemas é chamado de distribuição. 
Os princípios e fatores de que depende a absorção, como o pH do meio, solubilidade da droga, dentre outros, ambém 
são aplicáveis a distribuição 
A passagem do fármaco do plasma ao interstício depende: 
 Fluxo sanguíneo 
 Permeabilidade capilar 
 Volume do tecido 
 Ligação do fármaco as proteínas plasmáticas 
 Lipofilicidade relativa do fármaco 
Ligação de fármacos a proteína plasmáticas e dos tecidos: 
1. Proteína plasmática: albumina é a principal proteína ligadora e atua como uma reserva de fármaco (a medida 
que a concentração do fármaco livre diminui, devido a eliminação, o fármaco ligado se dissocia da proteína) 
2. Ligação a proteínas dos tecidos: fármacos se acumulam nos tecidos, 
levando a concentrações mais elevadas no tecido do que no líquido 
extracelular e no sangue. Os fármacos podem acumular como resultado 
da ligação a lipídeos, proteínas ou ácidos nucleicos 
A droga transportada no sangue pode se encontrar em forma livre ou ligada a 
proteínas plasmáticas. Em sua forma livre, ela é farmacologicamente ativa, pois é 
capaz de atravessar as membranas biológicas e atingir receptores alvo. Ao 
contrário, quando ligadas as proteínas plasmática, a droga é farmacologicamente 
inativa, e não pode sair da circulação sanguínea sem antes se “desligar” da 
albumina ou de outras proteínas do plasma. 
Permeabilidade capilar: é determinada pela estrutura capilar e pela natureza 
química do fármaco 
 Fármacos lipossolúveis entram facilmente no SNC, pois se dissolvem na membrana das células endoteliais. 
 Fármacos ionizados/polares fracassam tentando entrar no SNC, pois não conseguem passar através das células 
endoteliais, essas células intimamente justapostas formam junções estreitas que constituem a barreira 
hematoencefática 
A droga pode se distribuir pelo plasma, pelo liquido intersticial (extracelular) e pelo liquido intracelular). Drogas 
lipofílicas se difundem através da membrana capilar de forma extremamente rápida. De fato, a transferência é tao 
imediata que o equilíbrio com o liquido intersticial é praticamente instantâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxo sanguíneo: a taxa de fluxo 
sanguíneos para os capilares dos 
tecidos varia amplamente 
 O fluxo para os órgãos 
ricos em vasos (cérebro, 
fígado e rins) é maior do que para os músculos esqueléticos. 
 O tecico adiposo, a pele e as vísceras tem fluxo sanguíneo ainda menor 
Lipofilicidade: os fármacos lipofílicos se movem mais facilmente através das membranas biológicas. 
 Esses fármacos se dissolvem nas membranas lipídicas e permeiam toda a superfície celular. 
 Em contraste, os fármacos hidrofílicos não penetram facilmente nas membranas celulares e devem passar 
através de junções com fendas. 
Fármacos administrados por via IV, onde não existe absorção, a fase inicial representa a fase de distribuição, na qual o 
fármaco rapidamente sai da circulação e entra nos tecido. 
 
Metabolização e excreção: 
 A eliminação das drogas é o mecanismo pelo qual o 
organismo fica livre de substancias ativas endógenas ou 
estranhas 
Metabolismo/biotransformação: 
Etapa farmacocinética na qual há a conversão da droga, por meio de reações químicas e geralmente mediadas por 
enzimas, em um composto diferente do originalmente administrado, na maioria das vezes inativo farmacologicamente. 
O fígado é o órgão primário responsável pela biotransformação das drogas, mas outros tecidos também podem 
participar desse processo, como os pulmões, rins, pele, plasma, cérebro, etc – metabolismo de primeira passagem = 
diminuição da biodisponibilidade do fármaco 
Um dos objetivos da biotransformação é converter a droga lipossolúvel (que tem dificuldade
para ser excretada pelo 
organismo por causa de sua afinidade pelas estruturas celulares) em um composto hidrossolúvel (polar), passível de 
excreção. 
Metabolismo de primeira passagem: é um fenômeno do metabolismo da droga em que a concentração administrada 
é significativamente reduzida pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica. 
 Todas as drogas administradas por via oral são expostas as enzimas metabolizadoras na parede intestinal e no 
fígado. 
 Outros tecidos, como pele e pulmões, podem exibir metabolismo de primeira passagem, relativamente em 
menor grau do que o fígado 
 
Reações da biotransformação de fármacos: 
O metaboslimo das drogas pode ser classificado de acordo com os tipos de reações envolvidas, as principais reações de 
biotransformação são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os rins não conseguem eliminar os fármacos lipofílicos de modo eficiente, pois estes facilmente atravessam as 
membranas celulares e são reabsorvidos nos túbulos contorcidos distais, por isso, os fármacos lipossolúveis são 
primeiramente biotransformados no fígado em substâncias mais polares (hidrofílicas), usando dois grupos gerais de 
reações, denominadas fase I e fase II 
 
 
Nas reações de fase I, o aumento da hidrossolubilidade ocorre pela incorporação de grupos químicos polares, como 
hidroxila e carboxila 
Nas reações da fase II, ocorre a combinação da droga com um composto orgânico. Juntos, estes formam um produto 
altamente polar chamado conjugado. Normalmente, essa reações tem por objetivo a conversão da molécula da droga 
em metabolitos mais hidrossolúveis, de maior tamanho e massa molecular, o que são facilmente excretados do que a 
molécula original. 
Sistemas enzimáticos: os mais importantes para a biotransformação de substancias exógenas estão localizadas no 
fígado, sendo mais significativos os do sistema microssomal (citocromos P450, mono-oxigenases e glicuroniltransferase) 
 As enzimas microssomais catalisam a maioria das reações de oxidação, redução, hidrolise e conjugação 
 Citocromos P450: participam da biotransformação da droga, com papel significativo no processo de oxidação 
microssomal; principal mecanismo para metabolização de produtos endógenos e xenobióticos; relacionado a 
efeitos tóxicos de determinados fármacos 
Fatores que modificam a biotransformação: 
Espécie/raça: variações qualitativas/quantitativas na presença da enzima 
Idade: fetos e recém nascido – pouca biotransformação (20 a 50%) 
 Idosos: alta toxicidade – pouca biotransformação e excreção renal – acumulo de fármaco 
Estado nutricional: destrunição - albumina reduzida 
Estado patológico: doenças hepáticas e renais 
Presença de etanol: metabolismo de muitas drogas esta diminuindo – exacerbar seus efeitos 
 EX: benzodiazepínicos, barbitúricos, antidepressivos – efeitos tóxicos 
Excreção/eliminação: 
Depois que a droga é absorvida, distribuída e biotransformada, o passo seguinte é a excreção para o meio externo 
As principais vias pelas quais a droga deixa o organismo são os rins, a bile, os pulmões, a lagrima, o suor e o leite materno. 
Sendo a eliminação na urina por meio dos rins a mais importante 
Os fármacos devem ser suficientemente polares para serem eliminados do organismo. 
Pacientes com disfunção renal podem ser incapazes de excretar os fármacos, ficando sujeitos ao risco de acumulá-los 
e apresentar efeitos adversos. 
Hidrossolúveis: rim -> urina 
Lipossolúveis: vesícula biliar -> bile-fezes 
Voláteis: pulmões 
Glândulas: sudoríparas, mamarias e salivar 
Os fármacos que não são absorvidos após administração oral ou fármacos que são secretados diretamente para os 
intestinos ou na bile são eliminados com as fezes 
Os pulmões estão envolvidos primariamente na eliminação dos gases anestésicos 
A eliminação de fármacos no leite pode expor a criança lactente aos medicamentos e/ou seus metabólitos ingeridos 
pela mãe, e é uma fonte potencial de efeitos indesejados na criança 
A excreção da maioria dos fármacos no suor, na saliva, nas lagrimas, nos pelos e na pele ocorre em pequena extensão 
Excreção renal: são 3 etapas: 
1. Filtração glomerular: consiste na passagem do fluido do sangue para o lúmen dos néfrons e, posteriormente, 
para os túbulos renais. Nessa etapa, a lipossolubilidade e o pH não influenciam na passagem, mas o tamanho 
molecular, a massa molecular e o grau de ligação proteica exercem papel significativo. 
2. Reabsorção tubular: após a filtração glomerular, uma parte do que foi filtrado também pode ser reabsorvida 
nos túbulos renais de volta para o sangue. 
3. Secreção tubular ativa: processo no qual algumas substâncias que não foram transferidas para o filtrado 
glomerular são secretadas por transporte ativo (H+. NH4, ureia e certas drogas). 
Meia vida de eliminação: o conceito de meia vida se refere ao tempo gasto que a concentração plasmática original de 
uma droga no organismo se reduza a metade após sua administração. 
 Diversos fatores podem prolongar a meia vida de uma droga, como falência do fígado ou dos rins, idade 
avançada, dentre outros. 
 A cada intervalo de tempo correspondente a uma meia vida, a concentração decresce em 50% do valor que 
tinha no início do período 
 Usada para avaliar o tempo durante o qual se espera que a droga permaneça no corpo após a última dose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concentração plasmática máxima: maior concentração sanguínea alcançada pelo fármaco após a administração oral 
– diretamente proporcional a absorção 
 Depende diretamente da extensão e da velocidade de absorção, mas também da velocidade de eliminação, 
uma vez que esta se inicia assim que o fármaco é introduzido no organismo 
 
 
Condições clinicas especiais: 
Doença renal: metabolismo hepático igual, volume de distribuição igual/aumentado e eliminação prolongada: maior 
intervalo doses 
Doença hepática: eliminação renal igual, volume de distribuição igual/aumentado, velocidade de metabolismo 
enzimático mais lento: menor dosagem e maior intervalo de doses 
Farmacodinâmica: 
Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. Estuda o que o fármaco faz no 
organismo. 
A maior parte das interações entre os fármacos e o organismo ocorre diretamente sobre as células dos tecidos. 
Portanto, para que ocorra alguma mudança fisiológica, é necessário que o fármaco se “comunique” com a célula. Essa 
comunicação se dá usualmente por meio de estruturas celulares bem definidas denominadas receptores. 
Receptores são moléculas proteicas cuja função é reconhecer os sinais químicos endógenos e responder a eles. 
 
Ação e efeito: 
Ação: local onde o fármaco se liga para alterar fisiologicamente a célula 
Efeito: consequência da ação ou alteração do tecido/organismo em razão dessa ligação 
Exemplo: a adrenalina deve chegar ao local onde sua ação é desejada, se ligar ao local de ação (receptor) e promover 
seu efeito (vasoconstrição) 
Os efeitos dos fármacos são atribuídos a sua interação com os componentes macromoleculares do organismo, os 
receptores. O termo receptor se refere a macromolécula com o qual o fármaco interage para produzir uma resposta 
celular 
Os receptores dos fármacos geralmente se localizam nas superfície das células ou intracelularmente – citoplasma, 
núcleo. Essas interações alteram a função do componente envolvido e iniciam as alterações bioquímicas e fisiológicas 
que caracterizam a resposta ao fármaco 
Proteínas – grupo mais importante de receptores farmacológicos: 
 Receptores dos hormônios dos fatores de crescimento 
 Enzimas das vias metabólicas cruciais ou reguladoras 
 Outros componentes celulares: DNA finalidades terapêuticas 
Ácidos nucléicos: são receptores farmacológicos para determinados agentes quimioterápicos usados no tratamento do 
câncer e fármacos antivirais 
 
Fármacos agonistas multi-alvo: propriedade de uma substancia possui atividade farmacológica em múltiplos alvos. 
 Alto
potencial de efeitos adversos = comprometer a segurança do medicamento 
Nenhum fármaco é completamente especifico em sua ação. Ao aumentar a dose de um fármaco, a substancia pode 
afetar outros alvos além de seu alvo principal, e esse fato pode levar ao aparecimento de efeitos colaterais. 
A intensidade da resposta é proporcional ai número de complexos fármaco receptor: esse conceito esta estreitamente 
relacionado com a formação de complexos entre enzimas e substratos ou antigos e anticorpos 
Receptores: 
Para que ocorra uma ação especifica, e consequentemente um efeito mais especifico, os fármacos se associam a 
receptores. Assim, a interação entre fármaco e receptor funciona como uma combinação do tipo chave-fechadura, a 
qual promove uma ligação altamente especifica no sítio, alterando a molécula do receptor e o funcionamento da célula. 
O complexo fármaco receptor inicia alterações na atividade bioquímica ou molecular da célula por meio de um processo 
denominado transdução de sinal. 
O reconhecimento de fármaco pelo receptor inicia a resposta biológica 
 
 
 
 
 
 
Transdução de sinal: os fármacos atuam como sinais e seus receptores atuam como detectores de sinais 
 Os receptores traduzem o reconhecimento de um agonista ligado iniciando uma serie de reações que resultam 
em uma resposta intracelular especifica 
 Termo “agonista” se refere a uma molécula de ocorrência natural ou a uma fármaco que se fixa a um local em 
uma proteína receptora, ativando-a. Segundos mensageiros ou moléculas efetores são parte da cascata de 
eventos que traduz a ligação do agonista em uma resposta celular. 
 
 
O complexo fármaco-receptor: as células tem muitos tipos de receptores diferentes, cada qual especifico para um 
agonista particular e produzindo uma resposta única 
 EX: as membranas das células cardíacas, contem receptores beta que ligam e respondem a epinefrina, bem 
como receptores muscarínicos específicos para acetilcolina = controlam funções vitais do coração 
Principais famílias de receptores: a farmacologia define receptor como qualquer molécula biológica a qual um 
fármaco se fixa e produz uma resposta biológica. São divididos em 4 famílias: 
1. Canais iônicos disparados por ligantes 
2. Receptores acoplados a proteína G 
3. Receptores ligados a enzimas 
4. Receptores intracelulares 
O tipo de receptor com o qual o ligante interage depende da natureza química do ligante 
Ligantes hidrofílicos: interagem com receptores situados na superfície da célula 
Ligantes hidrofóbicos: entram nas células através da bicamada lipídica da membrana celular para interagir com os 
receptores situados dentro das células 
 
Canais iônicos: canais iônicos dependentes de ligantes são canais que podem abrir em resposta a ligação de uma 
molécula sinalizadora, permitindo a passagem dos íons 
 Em geral, o canal está fechado até que o receptor seja ativado por um agonista que abre o canal por poucos 
milissegundos 
 EX: neurotransmissão e contração cardíaca ou muscular 
 
 
Receptores acoplados a proteína G: são receptores da 
membrana plasmática 
 As resposta duram de vários segundos a minutos 
 Os efetores ativados produzem segundos mensageiros 
que ativa outros efetores causando efeito cascata 
 
Receptores ligados a enzimas: 
Consiste em uma proteína que pode formar dímeros ou 
complexos de subunidade múltiplos 
 Quando ativados, esses receptores sofrem alterações 
conformacionais, resultando em aumento da atividade 
enzimática ou citosol, dependendo de sua estrutura e função 
 Essa resposta dura de minutos a horas 
 
 
Receptores intracelulares: o ligante precisa se difundir para dentro da célula para interagir 
 Alvos dos ligantes intracelulares: proteínas, enzimas, RNA e ribossomos 
 Para se mover através da membrana célula-alvo, o ligante deve ser lipossolúvel 
 A resposta desses receptores varias de horas ou dias 
 EX: hormônios esteroides, antineoplasicos e alguns antimicrobianos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dose: 
Os novos fármacos antes de serem introduzidos no mercado, são testados experimentalmente em espécies animais, 
para se determinar a dose eficaz e a dose toxica ou letal 
Dose eficaz: capaz de produzir os efeitos básicos 
Dose eficaz mediana ou DE50: dose de um fármaco, necessária para produzir um efeito desejado em 50% dos 
indivíduos 
Dose letal: capaz de matar 
Dose letal mediana ou DL50: dose capaz de matar 50% dos animais em um experimento 
Dose toxica mediana DT50: toxicidade 
 
 
Índice terapêutico: pacientes em uso de medicamentos com baixo índice terapêutico devem ser periodicamente 
monitorados, pela possibilidade de apresentarem efeitos tóxicos ou interações medicamentosas clinicamente 
relevantes. 
Exemplos: digoxina, fenitoína, carbamazepina, teofilina, carbonato de lítio, ciclosporina, varfarina sódica 
 
 
 
Sinergismo farmacológico: 
Sinergismo de adição: onde o efeito final é igual a soma dos efeitos das duas drogas isoladas 
Sinergismo de potenciação: onde o efeito final é maior que a soma dos efeitos individuais 
 
 
 
 
Relação dose-efeito: 
 
 
Reação adversa dos fármacos: 
Resposta nociva e indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um medicamento em doses 
normalmente utilizadas para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma enfermidade 
 
 
Efeitos teratogênicos: reação adversas graves caracterizadas pela ação do fármaco sobre o feto, principalmente 
entre a segunda e a decima semana de gestação 
 
 
 
Isotretinoína: pode ocasionar graves defeitos físicos ao feto, como alterações no sistema nervoso central, no coração 
e os grandes vasos sanguíneos 
 Quando utilizada durante a gravide ou até um mês após a interrupção do 
tratamento 
 Independentemente da quantidade de medicação ou tempo de tratamento 
 Elevado risco de abordo espontâneo 
 
Efeitos secundários ou reações com alvos alternativos (off target): não correm de forma simultânea como o efeito 
principal 
 Decorrente da ação do fármaco em outros sítios do organismo, dependentes da sua composição molecular ou 
da farmacocinética 
 EX: hepatotoxicidade associada ao paracetamol, cuja doce excessiva é causa mais comum de insuficiência 
hepática aguda em todo o mundo. Os danos ao fígado são devidos a um metabólito tóxico, chamado N-acetil-
p-benzoquinonaimina, produzido pelo citocromo P-450, sistema enzimático responsável pela biotransformação 
hepática do paracetamol 
 
 
Hipersensibilidade: problema associado a administração de fármacos 
 Compreende as reações imunológicas: urticária ou reação anafilática fatal 
Reações: podem surgir imediatamente após a administração do fármaco 
Overdose X alergia 
A reação de overdose é dose dependente 
A alergia não é dose dependente 
 
 
 
Farmacologia da dor e inflamação: 
Funções biológicas da dor: a dor aguda tem uma função importante de alerta 
 Proteção 
 Indica que algo não está bem 
 Procura por profissional da saúde para saber o diagnostico 
 
 
Inflamação: 
Calor: decorre do aumento da circulação sanguínea no local e aumento do metabolismo local 
Rubor: decorre do aumento da circulação sanguínea no local 
Tumor: aumento da permeabilidade vascular (edema). Pode determinar aumento do volume hídrico local em até 5 
ou 7 vezes 
Dor: causada pela irritação química nas terminações nervosas, compressão das fibras nervosas locais devido ao 
acumulo de líquidos e de células 
Perda da função: é decorrente do tumor (principalmente em articulações, impedindo a movimentação) e da própria 
dor, dificultando as atividades locais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta benéfica: se não houvesse inflamação, microrganismos estariam livres para penetrar nas mucosas e ferida, 
não existiria cicatrização 
Resposta maléfica: quando a inflamação interfere seriamente
na função do órgão acometido pode ocorrer uma 
ameaça maior que a inicial. EX: cirrose hepática, artrites reumatoides e choque anafilático 
Farmacoterapia da dor: 
Dor leve: medidas não farmacológicas 
 AINE 
 Analgésicos não opiodes 
 Medicamentos adjuvantes 
Dor moderada: medidas não farmacológicas 
 AINE 
 Analgésicos não opiodes 
 Medicamentos adjuvantes 
 Opioides de ação curta 
Dor intensa: medidas não farmacológicas 
 AINE 
 Analgésicos não opiodes 
 Medicamentos adjuvantes 
 Opioides de ação curta 
 Opioides de ação prolongada 
AIES: anti-inflamatórios esteroidais (corticoides) 
AINES: anti-inflamatórios não esteroidais 
COXIBES: seletivo COX-2 
 Amplamente utilizados 
 Existem mais de 50 AINEES diferentes 
 Efeito ‘AAA”: anti-inflamatório, antipirético e analgésico 
Exemplos: 
Tratamento não farmacológico: banho quente e 
compressa com água quente 
Medicamentos adjuvantes: anestésicos, 
anticonvulsivantes, antidepressivos 
Analgésico não opioides: paracetamol, dipirona, 
ácido acetilsalicílico e ibuprofeno 
AINE: ácido acetilsalicílico e ibuprofeno 
Opioides de ação curta: codeína e tramadol 
Opioides de ação prolongada: morfina e fentalina 
 
 
Anti-inflamatórios não esteroidais: 
Medicamentos cuja função é reduzir o grau de inflamação dos tecidos 
Em 1828 o ácido salicílico foi a primeira molécula a ser isolada 
Impedem a produção de prostaglandinas, gerando os seguintes efeitos principais: 
 Efeito analgésico: quando as prostaglandinas são liberadas, o organismo se torna sensível a dor. Ao impedir o 
organismo de produzir prostaglandinas, os AINEs reduzem a resposta dolorosa 
 Efeito anti-inflamatório: acredita-se que cessando a produção de prostaglandinas a dor e o edema da resposta 
inflamatório aguda do organismo reduzem 
 Efeito antipirético: AINEs também são antipiréticos, o que significa que podem reduzir a temperatura corpórea 
por controlar a febre 
Os AINES não seletivos apresentam importante efeito anti-inflamatório, analgésico e antitérmico, porém diminuem as 
prostaglandinas que protegem o estômago, causando desconfortos gástricos como dores, aumento de acidez e até 
mesmo sangramentos. Também podem causar efeitos adversos renais e hepáticos. 
Os AINES seletivos apresentam alta potência no controle da inflamação e da dor e não causam efeitos adversos gástricos, 
pois não afetam as prostaglandinas que protegem o estômago. Porém, o seu uso deve ser controlado devido a efeitos 
adversos cardiovasculares 
 
Usos terapêuticos: 
Usos de anti-inflamatório e analgésico: cefaleia, artralgia, mialgia e dismenorreia 
 A associação de opioides com AINEs pode ser 
eficaz no tratamento da dor causada pelo câncer 
Uso antipérico: AAS, ibuprofeno e naproxeno podem ser 
usados para combater a febre 
Aplicação cardiovascular: o AAS é usado para inibir a 
aglutinação plaquetária. Doses baixas de AAS inibem a 
produção de TXA2 mediada por COX-1, reduzindo, assim, 
a vasoconstrição e a aglutinação de plaquetas e o 
subsequente risco de eventos cardiovasculares. Como o 
AAS inibe irreversivelmente a COX-1, o efeito 
antiplaquetário persiste por toda a vida da plaqueta. O uso 
crônico de doses baixas assegura a inibição continuada 
conforme novas plaquetas vão sendo produzidas 
 
 
Farmacocinética dos aines: 
A maioria dos AINEs é bem absorvida por administração oral e circula extensamente ligada a proteínas plasmáticas. 
 A maioria é biotransformada pelo fígado, principalmente a metabólitos inativos 
 A eliminação de fármacos ativos e metabólitos ocorre primariamente pela urina 
 
 
COX E AINE’S: 
COX-1: natureza construtiva, participa da homeostase fisiológica, tendo expressão na mucosa gástrica, nos túbulos 
renais, nas plaquetas, no endotélio vascular e na musculatura lisa 
 Os efeitos colaterais dos AINEs decorrem da atividade sobre a COX-1 
COX-2: isoforma induzida na presença de dor, febre, infecção, trauma e inflamação, sendo produzida por fibroblastos, 
macrófagos e outras células que participam do processo inflamatório 
 Os únicos AINEs com seletividade especifica para a COX-2 são os derivados coxibes 
As propriedades terapêuticas dos AINEs ocorrem devido a ação sobre a COX-2 
Os efeitos adversos ocorrem devido a ação sobre o COX-1 
A grande maioria dos AINEs não é seletiva em relação a COX-2, bloqueando ambas as isoformas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interação droga – nutriente – AINES: 
Os AINEs se enquadram em uma classe de medicamentos de elevado consumo pela população, sendo usados tanto 
quando prescritos como de forma espontânea. 
Costuma-se administrar este tipo de medicamento após as refeições, devido a possibilidade de efeitos colaterais de 
origem gástrica, que podem ocorrer em razão do mecanismo de ação envolvido: a inibição da biossíntese de 
prostaglandinas responsáveis pelo revestimento da mucosa gástrica – COX-1 
Porém, o alimento pode interferir no efeito produzido pelo medicamento? 
O mais comum é que a presença do alimento reduza a velocidade de absorção do AINE devido ao retardo do 
esvaziamento gástrico e uma diluição do medicamento no estômago/intestino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anti-inflamatórios esteroidais: 
Também conhecida como glicocorticoides, são hormônios produzidos para supra-renal 
Mecanismo de ação: diretamente inibindo a fosfolipase A2. Atuam quebrando toda a cascata de inflamação 
 Os corticosteroides são utilizados principalmente na terapia da inflamação e como imunossupressor na asma, 
conjuntivite alérgica e renite 
 As preparações farmacêuticas disponíveis de corticosteróides incluem os cremes, pomadas, loções, soluções 
oftálmicas e aerossol 
 Podem ser administrados por via oral e parental 
 Os fármacos corticosteroides apresentam boa penetração nas células através de difusão passiva 
 Se ligam extensivamente as proteínas plasmáticas e seu metabolismo envolve reações de oxidação e redução, 
seguido de conjugação para formar compostos hidrossolúveis 
 
 
A osteoporose é o efeito adverso mais comum. Ocorre devido a propriedade de suprimir a absorção intestinal de Ca2 
e inibir a formação do osso 
 Os pacientes são orientados a tomar suplementos de cálcio e vitamina D 
Efeitos indesejados: são observados principalmente com o uso sistêmico e prolongado como agentes anti-
inflamatórios ou imunossupressores. 
 Supressão da resposta a infecção 
 Supressão da síntese de glicocorticoides endógenos 
 Ações metabólicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais indicações clinicas: terapia anti-inflamatória e imunossupressora 
 Na asma – por inalação ou nos casos graves por via sistêmica 
 Topicamente, em condições inflamatórias da pele, dos olhos, ouvidos e nariz 
 Nos estados de hipersensibilidade 
 Em doenças auto-imunes 
 Na prevenção da doença de enxerto

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