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CLIMATÉRIO E MENOPAUSA

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Daniela Souza – Turma LVI 
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA 
Climatério: dos 40 aos 65 anos 
Menopausa: 12 meses consecutivos sem menstruar ou FSH > 25. 
• FSH devemos fazer dosagem com intervalo de 4 a 6 semanas. 
• Ocorre geralmente entre 48 e 52 anos. 
• Se ocorrer > 54 anos -> menopausa tardia 
o Mais riscos para câncer de mama e de endométrio. 
• Se menopausa < 45 anos -> menopausa precoce. 
• Se menopausa < 40 anos -> insuficiência ovariana prematura. 
Insuficiência ovariana prematura 
• Quando a mulheres entra em menopausa com < 40 de anos. Devemos confirmar com as 2 dosagens 
de FSH > 25 com intervalo de 4 a 6 semana. 
• Estas pacientes terão os mesmos riscos e repercussões das pacientes que entram em menopausa na 
idade normal. 
• As pacientes com menopausa precoce ou com insuficiência ovariana prematura terão mais risco para 
osteoporose e doença cardiovascular. Se não houver contraindicação absoluta, deverão fazer terapia 
de reposição hormonal mesmo que não tenham sintomas por pelo menos 5 anos. 
• O colégio americano (?) estende a TRH até a idade que a mulher entraria fisiologicamente na 
menopausa (entre 48 e 52 anos), ficando portanto mais de 5 anos em TRH. 
PROPEDEUTICA COMPLEMENTAR OBRIGATÓRIA PARA CLIMATÉRIO/MENOPAUSA 
• A partir dos 40 anos, até a morte da paciente, anual (com exceção da CO que deve seguir as diretrizes 
do MS e a densitometria óssea). 
• Exames de sangue, urina, fezes, imagem e densitometria óssea 
Saúde Óssea 
o Densitometria óssea 
▪ Solicitada de rotina a partir dos 65 anos -> se estiver normal para a idade só 
repetiremos em 3 anos. 
▪ Se menopausa precoce ou insuficiência ovariana prematura -> solicitar no máximo após 
3 anos da menopausa. 
▪ Pacientes com fatores de risco para osteoporose devem realizar a DO antes dos 65 anos 
(assim que menopausar). 
Sangue 
o Hemograma 
o K 
o Na 
o Ureia 
o Creatinina 
o TGO 
o TGP 
o Colesterol total e frações 
o Triglicérides 
o Glicemia de Jejum 
Daniela Souza – Turma LVI 
o Hb glicada -> se antecedentes de DM, DM pessoal ou antecedente de resistência a insulina 
(pré-diabetes). 
o TSH e T4L 
o Cálcio ionizado 
o Vitamina D 
Urina e Fezes 
o Urina 1 
o Urocultura 
o Pesquisa de sangue oculto nas fezes 
CO e Imagem 
o Citologia Oncológica 
▪ Segue as diretrizes do MS -> 2 CO seguidas normais com células da JEC, permite coleta 
a cada 3 anos, dos 25 aos 64 anos. Se não houver JEC na amostra colhida, colher 
anualmente (até virem células da JEC). 
▪ Em histerectomizadas -> não terá JEC, deverão colher 2 CO seguidas normais permite 
a coleta a cada 3 anos. 
o Mamografia bilateral 
o US de mama (se mamas densas) 
o USTV ou pélvico 
▪ Somente se em exame de toque houver aumento uterino ou abaulamento de fundo se 
saco ou se paciente tiver sangramento pós menopausa ou sangramento uterino 
anormal na perimenopausa). 
Obs: outros exames podem ser solicitados se alterações no exame físico (ex: TC de abdome, RNM pélvica, TC 
de tórax, etc). 
TRATAMENTO 
Tratamento geral (independente de ter sintomas ou não) 
• Dieta rica em cálcio e pobre em gorduras 
o Leite desnatado, reduzir consumo de carnes vermelhas (1x por semana; carne branca cozida), 
aumento do consumo de legumes, verduras e fibras. 
• Atividade física regular 
o Caminhadas 3 - 5x por semana por 1 hora. 
o Complemento: Hidroginástica, musculação, aeróbico, pilates. 
• Cálcio e vitamina D 
o Carbonato de Ca 500 + Vitamina D 400 UI -> 2 cápsulas por dia 
o Se vitamina D3 < 30 -> fazer tratamento complementar de vitamina D3 (addera 2D = 5.000 UI 
1 cp por semana por 8 semanas no mínimo ou adera 10.000 por semana por 8 semanas ou 
7.000 por semana por 8 semanas). 
Se sintomas climatéricos ou menopausais 
• Sintomas: ondas de calor, sudorese excessiva, rubor facial, alterações do humor, dificuldade de 
memória para fatos recentes, dificuldade de concentração, dificuldade de sono (dificuldade de iniciar 
o sono ou sono interrompido), diminuição da libido, dores musculares e articulares, secura vaginal, 
dispareunia, incontinência urinária ou urgência, ITU de repetição, leucorrérias. 
• Terapia de Reposição Hormonal (TRH - padrão ouro) 
o Estrógeno + Progesterona 
Daniela Souza – Turma LVI 
▪ É o estrógeno que melhora os sintomas e melhora a disposição da paciente. 
▪ A progesterona é prescrita apenas para as pacientes que possuem útero (endométrio), 
pois serve para antagonizar a ação do efeito estrogênico sobre o endométrio (proteção 
endometrial quando ao desenvolvimento de câncer). Também deve ser usada em 
pacientes histerectomizadas devido endometriose (para evitar que prolifere possíveis 
células endometriais que possam ter ficado no peritônio estimule o retorno da 
endometriose). 
▪ Alguns trabalhos mostram recentemente que a progesterona também tem ação 
benéfica nas alterações do humor e sono. 
o Testosterona (androgênica) 
▪ Não está autorizada seu uso isolado (deve ser sempre usada associada ao E + P). 
▪ Indicada para as pacientes com redução dos sintomas de libido em pacientes que 
refratárias ao uso de apenas de E+P (após 6 meses do uso da TRH convencional). 
o Indicações 
▪ Tratamento dos sintomas climatéricos. 
▪ Tratamento da atrofia urogenital (síndrome urogenital). 
▪ Profilaxia e tratamento da osteoporose em pacientes com sintomas climatéricos. 
▪ Melhora da qualidade de vida. 
o Contraindicações absolutas (saber de cor) 
▪ Doença hepática crônica agudizada. 
▪ Antecedentes de câncer hormônio dependente (mama, endométrio e alguns de 
ovário). 
• Mamografia deve estar em dia para indicarmos TH. 
▪ Sangramento vaginal à esclarecer. 
• Investigar o endométrio antes. 
▪ Hipertrigliceridemia > 300 (risco de pancreatite). 
▪ Doença tromboembólica cardiovascular e encefálica. 
• IAM, AVC hemorrágico ou isquêmico, embolia pulmonar, trombose venosa ou 
arterial. 
▪ Crise hipertensiva 
• PA 220x160 mmHg ou 220x110 mmHg -> tratar primeiro a crise hipertensiva. 
▪ LES 
▪ Porfiria 
▪ Enxaqueca com áurea 
A terapia deve durar em média 5 anos e no máximo 10 anos (se paciente começou cedo) -> após 5 anos do 
uso, podemos reavaliar e deixar em dias alternados se necessário após este período caso seja suficiente. 
 
Obs: Hipertensão, DM e dislipidemia não são contraindicações para a terapia de reposição hormonal! 
Não é o mesmo tipo de estrógeno usado na contracepção hormonal e também é em menor quantidade. 
• Vias de Administração para TH 
o Estrógeno: 
▪ Via oral: comprimidos 
• Pacientes com hipercolesterolemia e com osteoporose se beneficiam com a via 
oral -> melhora o perfil lipídico. 
Daniela Souza – Turma LVI 
o Se a paciente possuir mais comorbidades que indiquem a via 
percutânea em comparação a que indica a via oral, deve - se optar a via 
com mais comorbidades comparativamente. 
• Possui primeira passagem hepática que altera negativamente o metabolismo 
dos carboidratos , o sistema renina-angiotensina, o metabolismo dos 
triglicérides e os fatores da coagulação -> não deve ser usado em pacientes com 
HAS, DM, hipertrigliceridemia (<300), obesas, com gastrite, litíase biliar, 
tabagistas, insuficiência vascular periférica, com enxaqueca sem aurea, com 
epilepsia em uso de anticonvulsivantes. Estas pacientes devem receber pela via 
percutânea obrigatoriamente. 
▪ Percutânea (adesivos ou gel): o adesivo deve ser colocado na nádega ou coxa e sempre 
mudar de lugar nas novas aplicações (pode causar irritação ou alergia se aplicados 
sempre nos mesmos locais), devem ser trocados a cada 3 dias (2 por semana), a pele 
deve estar bem seca para colar. O gel deve ser aplicado 1 pump todo dia na nádega ou 
coxa, longe da mama (pois a mama é muito sensível ao estrógeno). 
• Tratamento mais caro que a via oral. 
▪ Implante: dura 5 anos e é colocado no abdome, usado principalmente para as pacientes 
que não tem mais útero. 
▪ Via vaginal: específica para os sintomas urogenitais, 1 aplicação a noite 3x por semana. 
• Sea paciente tiver somente sintomas urogenitais não há necessidade de 
prescrever TH sistêmica. Paciente deve usar após a relação sexual. 
▪ Outros países tem formula em spray nasal e anel vaginal. 
o Progesterona 
▪ Via oral: cerazette, tienogeste – comprimidos. 
▪ Injetável: depoprovera a cada 3 meses. 
• Causa ganho de peso. 
▪ Adesivos de estrógeno + progesterona. 
▪ Implante: dura 3 anos 
▪ DIU de progesterona: mirena 
o Androgênios 
▪ Usado junto com estrogênio e progesterona. Só deve ser usada para as pacientes com 
desejo sexual hipoativo (diminuição da libido) refratária a TRH de estrógeno + 
progesterona. 
▪ Gel: aplicada diariamente 1 dose (testosterona Biosintética 0,1% 300 mg -> mandar 
manipular). 
o Tibolona (progestágeno com ação estrogênica, progestogênica e androgênica fraca). 
▪ Via oral: boa opção para as pacientes com diminuição da libido. 
Obs: Não há restrição ao uso da TRH com qualquer outra medicação! 
• Tratamentos alternativos 
o Fitoterápicos 
▪ Estrógeno vegetal. Indicada para pacientes com > 60 anos, pacientes que possuem 
medo de fazerem a terapia hormonal. 
▪ Exemplos: soja, amora (chá de amora, cápsulas, Isoflavona, Cimicifuga racemosa. 
▪ Necessidade de mamografia normal para prescrever: pacientes com histórico de 
câncer de mama, endométrio ou ovário não podem usar. 
o Antidepressivos tricíclicos 
Daniela Souza – Turma LVI 
▪ Indicado para pacientes com histórico de câncer de mama, endométrio, ovário ou 
adenocarcinoma de colo uterino (câncer associado à hormônio). 
▪ Atuam no hipotálamo no centro termorregulador da temperatura, melhorando os 
fogachos e alterações de humor (principalmente depressão e ansiedade) -> 
desvenlafaxina, venlafaxina ou paroxetina (esta ultima não pode ser usada nas paciente 
que fazem terapia com tamoxifeno pois alteram a sua ação na mama).

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