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1 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D DEFINIÇÃO A partir dos 35/40 anos, inicia-se a fase de transição, chamada climatério. Ele compreende o início das mudanças hormonais, que culminam com a última menstruação, e persiste no pós menopausa. O período que precede a menopausa é chamado de transição menopausal, onde ocorre mudanças lentas e sutis, que se tornam mais importantes nos 2/5 anos que antecedem a última menstruação. Esse tempo de 2 a 5 anos é chamado de perimonopausa e nele vai ocorrer exarcebação dos sintomas da irregularidade menstrual, dos fogachos e dos distúrbios do humor. A menopausa em si constitui o dia da última menstruação, sendo que após essa data vem o período pós menopausa. No Brasil, a idade média da ultima menstruação é 46 anos (no livro é por volta de 50). A partir de 35 a taxa de dificuldade de fertilidade aumenta e a chance de engravidar cai. DESENVOLVIMENTO FOLICULAR A mulher nasce com 7M de folículos primordiais e na menopausa tem +- 1000, indicando que está ocorrendo alterações hormonais. Há diminuição dos estímulos às células da teca e granulosa, o que interfere na queda de estrogênio, de forma que nem sempre dá para fazer pico de LH, levando a ciclos anovulatórias. Com a redução do nº de folículos tem queda na quantidade de substancias inibitórias, levando ao aumento do FSH. Esse irá estimular os folículos que sobraram a produzir estrogênio que inicialmente pode fazer ciclos ovulatórios, mas o pico de LH é precoce. Isso, porque recrutando mais folículos, eles são gastos mais rapidamente, encurtando o ciclo até a anovulação. Ex.: ciclo regular de 36 dias passa para 28 → ↓ folículos, ↑ FSH (momentâneo), pico de LH mais rápido → ciclo dura menos. 2 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D PRODUÇÃO HORMONAL APÓS A MENOPAUSA Há diminuição global da estereidogenese, diminuindo a produção de todos os hormônios locais, em relação ao menacme. Entretanto, a produção de estrogênio é um pouco menor que a de androgênio, de forma que o ovário assume um perfil mais androgênico. O hipogestrogenismo gera consequências aguda (mais comuns na perimenopausa): • Sintomas vasomotores: fogachos, sudores noturna, distúrbios do sono. • Distúrbios psicológicos e mentais: agravamento TPM, depressão, irritabilidade, mudanças de humor, perda de concentração, memória fraca. • Disfunção sexual: ressecamento vaginal, diminuição da libido, relação sexual doloroso • Sintomas somáticos: cefaleia, tonteiras, palpitações, mastalgia, dor articular e dor nas costas. • Outros: incontinência urinária (mecanismo de fechamento da uretra é influenciado pelo estrógeno), pele seca, ganho de peso. Alguns anos após a queda do hormônio observa-se alguns sintomas (vai variando com a idade): ressecamento, incontinência urinária, etc. • Menos células superficiais e intermediárias, que produziam ácido lático e glicogênio → altera pH → mais infecções. • Se atrofia atingir submucosa e sua vascularização compromete o fechamento uretral → incontinência e infecção urinária. 3 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS NO CLIMATÉRIO - Risco de desenvolvimento de doenças crônicas após a menopausa • DCV → 46% • IAM → 20% • Fratura de fêmur → 15% • Câncer de mama → 10% • Câncer de endométrio → 2,6% • Demência → 7 a 8% (entre 75 e 84 anos) - Propedêutica básica do climatério (MS 2008/2009). FSH: não deve ser solicitado rotineiramente p/ diagnosticar menopausa porque ele oscila antes desse período (e é diagnostico clinico). Vai ser solicitado em paciente histeroctomizada sem sintomas de hipoestrogenismo ou p/ saber do potencial reprodutivo na perimenopausa ou em caso de menop. precoce. Estrogênios (estradiol, progesterona): não tem variação ou reflexo clinico significativo. → Doença cardiovascular O estrogênio é um fator de proteção contra DCA, por melhorar o perfil lipídico. As repercussões da sua ausência ocorrem anos após a menopausa (10-15 anos após a idade comum no homem). O perfil mais androgênico, cursa com algumas alterações: • ↑ LDL • ↑ Triglicérides • ↓ HDL → Osteoporose Tem perda óssea tardia, lenta e anual (cerca de 0,5%/ano após menopausa), sendo que os sintomas só se manifestam após perda de 30-40%. Ocorrem mais na faixa do 70-80 anos variando com os fatores de risco. Após a menopausa perde 50% do osso trabecular e 30% do osso cortical. Algumas medidas possíveis: • Reposição de cálcio e vitamina D • Exercício físico que melhore a massa óssea • Prevenir quedas, por maior chance de fratura Perimenopausa Menopausa ↓metabolismo, ↓ exercício físico, ↑ ingesta clórica, ↑ resistência a insulina e depressão. ↑↑ peso perfil mais aterogênico ↑ risco cardiovascular FATORES RISCO INTRÍSECOS Idade avançada, ↓IMC, deficiência cognitiva, distúrbios de marcha e equilíbrio, deficiência sensorial, hipotensão postural, quedas anteriores, doenças muscoesqueléticas, medicamentos (diuréticos, benzodiaz., sedativos, etc.) FATORES DE RISCO EXTRÍNSECOS Tapetes soltos, piso escorregadio, piso irregular, iluminação insuficiente, cabos elétricos, cadeiras e poltronas sem apoio, objetos espalhados pelo chão. 4 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D - Causas secundárias de osteoporose - Fatores de risco para osteoporose • Brancas e orientais • Tabag. e álcool. • Sedentarismo • Gastrectomia • Doenças crônicas: IRC, síndrome da má absorção, DM hiperparatireoidismo. • Medicamentos: anitconvuls., hormônios tireoidianos, corticoides, antiácidos c/alumínio • ↓ estatura e ↓ peso (<57kg) • Ingestão de fibras cálcio, cafeína, • Menopausa (qnt + precoce, pior) • HF - Diagnóstico A ferramenta mais utilizada é o questionário Frax (densitometria no SUS não sai) – classifica o risco de fratura nos próximos 10 anos. • Baixo: medida preventiva • Intermediário: densitometria • Alto: trata osteoporose Exames: • RX simples de colunas dorsal e lombar • US óssea → resultado ainda não é bem estabelecido, só deve ser utilizado quando não houver disponibilidade de densitometria óssea, não deve ser utilizado como diagnóstico ou acompanhamento da resposta ao tratamento. • Densitometria óssea (DXA): coluna lombar e fêmur proximal o Pode ser foco na gineco nos seguintes casos: Valores de referência da densitometria • T-score: Valor esperado para um adulto jovem (mulheres brancas entre 20 e 29 anos); indicado na pós-menopausa • Z-score: Valor esperado para um indivíduo da mesma faixa etária, sexo e raça; importância na pré-menopausa; sofre variação da idade óssea, peso, sexo, raça e estatura Endócrinas Hipercortisolismo Hiperparatireodismo Tireotoxicose Hipogonadismo DM 1 e DM 2 Acromegalia Deficiência de GH. Nutricionais ou gastroinstest. Alcoolismo Deficiência de cálcio ou vit. D Doença hepática crônica Anorexia nervosa Disabsorção, doença celíaca, doença de Chron, fibrose cística, ressecção gastroinst. Medicações Anticonvulsivantes Inibidores da aromatase Imunossup. e quimioter. Agonista de GnRH Inib. da bomba de próton Inibidores seletivos da recaptação de serotonina GC, etc. ✓ Mulheres >65 anos e homens >70 anos, ✓ Mulheres na pós-menopausa ou na transição menopausal e homens acima de 50 anos, com fatores de risco✓ Adultos com antecedentes de fratura por fragilidade, condição clínica ou uso de medicamentos associados a baixa massa óssea ou perda óssea ✓ Indivíduos para os quais são consideradas intervenções farmacológicas p/ osteoporose ✓ Indivíduos em tratamento para osteoporose, para monitoramento de sua eficácia ✓ Indivíduos que não estejam sob tratamento, porém nod quais a identificação de perda de massa óssea possa determinar indicação de tratamento. 5 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D • Marcadores do metabolismo ósseo. • Marcadores bioquímicos não são pedidos de rotina, variam com a clínica do paciente. - Reposição Os hormônios, no desenvolvimento da osteoporose, atuam mudando o metabolismo (aumenta reabsorção óssea). Deve ser proposta atividade e suplementação que diminuam a reabsorção, sendo que aumenta muito a necessidade de cálcio. Além do cálcio, a vitamina D também é importante nessa época. Essa aquisição de vitamina D pode se dar por grande parte pela exposição ao uso. O SUS não promove suplementação de rotina (citrato de cálcio é melhor, mas o carbonato de cálcio é mais barato) Marcadores da formação óssea • Fosfatase alcalina sérica ósseo específica (FA fração óssea) • OC • Pró-peptídeo C terminal de procolágeno tipo 1 (P1NP) • Pró-peptídeo N terminal de procolágeno tipo 1 (P1CP) Marcadores da reabsorção óssea • Telopeptídeo C terminal de colágeno do tipo 1 (urinário – CTX, sangue – SβCTX) • Pró-peptídeo N terminal de procolágeno tipo 1 (urinário – CTX, sangue – SβNTX) • Fosfatase ácida tártaro-resistente • Deoxipiridinolina urinária total e livre (DPD total e livre) 6 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D Rastreamento do câncer no climatério. → Câncer de mama - Mamografia Rastreamento por mamografia, buscando lesões pré-clinicas, principalmente microcalcificações (>5 microcalcificações agrupadas). O exame tem sensibilidade de 46- 88%. A recomendação do MS é que ele seja feito anualmente após 50 anos e, após 70, em mulheres com expectativa de vida favorável. CATEGORIA Classificação dos achados Propedêutica 0 Pede complementação (comum por volta dos 40a.) Realizar US complementar 1 Mamografia normal Rastreamento segundo faixa etária 2 Benignos Rastreamento segundo faixa etária 3 Provavelmente benignos (risco malign. <2%) Seguimento em 6m. até comprovar estabilidade 4 Suspeitos (risco malign. 3-94%) Avaliação cito ou histológica (PFFA, core biopsy) → procedimento invasivo. 5 Altamente suspeitos (risco malign. 95%). Avaliação histológica (exérese completa) 6 Lesões com diagnóstico histológico de câncer, antes do tratamento definitivo → Câncer de ovário O tumor do tipo histológico mucinoso tem como origem provável as células gástricas ou intestinais. Já os tumores endometrioides ou de células claras tem origem provável do útero (mais frequente em pacientes com cistos de endometrioma. Na pós menopausa são mais comuns os tumores de célula epitelial, principalmente de revestimento do ovário, ou da porção distal da trompa (toda vez que faz histerectomia retira a trompa para diminuir o risco de Ca). Já nos pacientes mais jovens (10-20a.) predomina os tumores de células germinativas. Os tumores de estroma têm prevalência igual a vida toda. Não tem rastreamento para esse tipo de câncer, mas é comum no exame físico e ao US encontrar massa ou cistos ovarianos. A partir dessa detecção deve diferenciar se é tumor de ovário (alta mortalidade), por meio de US ou marcador tumoral. O CA125 é um 7 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D marcador do câncer de origem epitelial, podendo ser alterado em algumas patologias benignas, como doença de Chron e endometriose. Na pós-menopausa a presença de massa anexial com alteração desse marcador é sugestivo de tumor (CA199 tb é importante nesse período). A presença dos marcadores depende da suspeita clínica e da prevalência para faixa etária. Outros exemplos de marcadores: • βHCG • Αlfafetoproteína • HE4 • Mesotelina • M -CSF • Osteopontina • Calicreína • Receptor EGF • Padrões proteômicos→ em fase inicial de pesquisa (eficácia não demonstrada para estudos populacionais) O US tem sensibilidade de 85% e especificidade 98,7%. Alguns achados podem diferenciar massa benigna e maligna (pós menopausa): • <5cm. • Conteúdo límpido • Não tem septos (se tiver que seja bem fininho) • Não tem capsula grosseira • Não tenha conteúdo sólido • Não heterógena Na presença de achados benignos ↑, deve ser feito um novo exame em 6 meses. Se continuar com características benignas acaba com a propedêutica. Se tiver característica maligna ou suspeita, olha o marcador CA125. Se ele for negativo reavalia em 6 meses, se ele ou a massa aumentar nesse período faz retirada cirúrgica. Em pacientes com parente de 1º grau com Ca de ovário ou Ca de mama deve ter uma investigação mais frequente de outros sítios ou do risco aumentado do Ca de ovário (US anual a partir dos 45 anos ou 10 anos antes da idade do Ca da mãe ou irmã). O diagnostico é baseado nos achados ultrassonográficos, a RM ou TC pode vir como planejamento cirúrgico, mas não como diagnostico. → Câncer de endométrio Não tem rastreio. Vai fazer investigação de acordo com dados clínicos, ex.: paciente está 3 meses sem menstruar e tem um sangramento. O sintoma principal desse tipo de Ca é o sangramento, sendo que 90% desses tumores cursam com essa manifestação. Entretanto, apenas 10% dos sangramentos pós menopausa são Ca, na maioria das vezes esse está relacionado a atrofia endometrial. O US vai ser usado para medir a espessura do endométrio que na pós menopausa deve ser de 4mm, e 8mm se ela usar terapia hormonal. Caso que esteja maior que isso faz biopsia por curetagem ou histeroscopia (padrão ouro). Quanto mais espesso, maior a chance de Ca. 8 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D → Câncer cervical O rastreamento é feito por: • citologia oncótica: entre 25-65 anos. Duas citologias negativas, colhe de 3/3 anos. Após 65 deve individualizar. • tipagem HPV • visualização direta com ácido acético. A propedêutica complementar é colposcopia e biópsia. O diagnóstico definitivo é histológico. → Câncer colorretal (de intestino) Segundo Ca mais frequente na pós-menopausa. A queda do estrogênio altera a bile, se associando ao aumento de câncer. Deve ser rastreado a partir dos 50 anos, por meio da pesquisa de sangue oculto nas fezes. Se tiver alterado a cada 10 anos faz colonoscopia. Se tiver fator de risco (parente de 1º grau com Ca de intestino, infecção inflamatória, pólipo, familiar com adenoma gigante) deve começar o rastreio 10 anos antes do familiar (as vezes não espera a menopausa). 9 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D TRATAMENTO DO CLIMATÉRIO → História da terapia hormonal • Anos 60: estrogênios → “mulher para sempre” • 1975: ↑ Risco Ca de endométrio → associação de progestogênio • Anos 80: Prevenção de perda óssea e fraturas osteoporóticas • Anos 80/90: Estudos experimentais o Benefícios: ósseos, cardiovasculares e SNC o Plausibilidade biológica Grandes estudos observacionais Benefícios a osteoporose, d. cardiovasculares, D. Alzheimer, Ca colorretal → Terapêutica hormonal (TH)da menopausa Usado para tratar sintomas: calor (sintomas vasomotores), sangramento, síndrome urogenital e prevenção de perda de massa óssea (menopausa precoce – continua dando até a idade que ela entraria normalmente). Deve ser usado a menor dose possível, pelo menos tempo possível. - Benefícios • Osteoporose: ↓ fraturas osteoporógcas pós-menopáusicas, vertebrais e não vertebrais em m ulheres com osteoporose ou não • Sintomas geniturinários: Melhora casos de incontinência urinária de urgência (melhora pressão de fechamento da uretra) e ITU de repetição (alteração da flora) • Vida sexual: melhora da satisfação sexual; restabelece a lubrificação e aumenta o fluxo sanguíneo no tecido vaginal. Sem melhora significativa no interesse sexual, excitação, orgasmo ou desejo sexual hipoativo • Distúrbios do humor: Melhora dos sintomas depressivos durante a transição menopausal. Sem efeito na pós-menopausa tardia - Benefícios além das indicações formais • Composição corporal: ↓ acumulo de gordura na região abdominal, ↓ gordura corporal no geral, ↓ colesterol total e LDL e ↑ HDL • DM2: ↓ resistência insulínica • Doença cardiovascular: tendência a efeito protetor quando utilizado por mulheres mais jovens (50-59 anos) e com menos de 10 anos de menopausa. • Cognição, demência e Alzheimer: ↓ risco quando iniciada precocemente e com uso de progesterona natural. O inico tardio se associa ao aumento do risco de demência. - Antes do início da TH • Anamnese • Exame físico detalhado • Mamografia há, no máximo, 1 ano. • Perfil lipídico: colesterol total, HDL-colesterol e triglicérides → melhor o HDL e colesterol, mas piora as triglicérides. • Glicemia de jejum Deve fazer avaliação anualmente. Só usa US de mama se necessário, não é feito anualmente. Deve ser suspendido com 60 anos e não deve iniciar em +60. 10 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D Antes de iniciar tem que que analisar as mulheres em dois grupos: • Sem útero não precisa usar progesterona. Ela é responsável por sintomas indesejáveis, como ganho de peso, irritabilidade e tem baixa adesão. • Esquema sequencial ou cíclico: mudam a dosagem para mimetizar o ciclo (tem sangramento – estrogênio e progesterona) • Em paciente com endometriose usa o combinado, senão ela pode sangrar. - Esquemas de administração • Combinado cíclico • Combinado contínuo: amenorreia em 80-90% das pacientes após 1 ano; ↓ sintomas pré-menstruais e pacientes com história de endometrioe ou câncer de endométrio. • Estrogênio isolado: paciente histerectomizada - Vias de administração • Oral: mais barato → melhora índice glicídico, tem indice trombogênico maior, • Transdérmica (via de escolha): mais caro → nível sérico menor, menor risco trombogênico e cardiovascular, melhor tolerância e não tem interação medicamentosa de 1ª passagem. o Adesivo ou gel. • Vaginal: paciente com sintomas urogenitais → cremes. - Principais estrogênios (o conjugado é o que tem no posto) → começa com ↓ dose. Promestrieno: ação local sem nível sérico sistêmico (bom p/ qm não pode usar estrogênio 11 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D - Principais progestenios • Progesterona natural é a progesterona micronizada (oral e vaginal) • Cada formulação comercial tenta usar uma delas: o Estrogênio e progesterona: toma todo dia o Só estrogênio (gel ou adesivo ou comprimido) e a cada 3 meses faz um ciclo de progesterona. o Usando Mirena (progesterona) faz reposição só com gel. - Tibolona Hormônio sintético, derivado da 19-nortestosterona. Ele tem ação progestagenica, estrogênica e androgênica. É bom para TH, porque melhora os sintomas vasomotores, síndrome e geniturinária da menopausa, previne perda da massa óssea e não estimula proliferação mamária. Além disso, sua ação androgênica melhora disposição e desejo sexual. • Via oral não é primeira escolha, mas pode ser útil. - TH e câncer • Câncer de endométrio: prevenido em caso de estrogênio + progesterona. • Câncer de mama: estudos são contraditório → progesterona natural reduz risco e melhora prognostico. • Em histerectomia: para melhorar sintomas vasomotores, perda óssea e perfil metabólica se tiver menos de 60 anos. Só o estrogenio reduz o risco de Ca de mama. - Duração do uso da TH Menor tempo possível: começa na peri menopausa e analisa todo ano se precisa continuar. Após 5 anos aumenta o risco e depois 60 anos só usa se tiver muitos benefícios. - Contraindicação • Câncer de mama 12 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D • Lesão precursora p/ o câncer de mama • Cancer de endométrio • Sangramento vaginal de causa desconhecida • Doenças coronariana • Doença cerebrovascular • Doença trombótica ou tromboembólica venosa • Doença hepática descompensada • Porfiria • LEA c/ elevado risco tromboembolítico • Meningeoma → apenas p/ o progestagenio - Não está contraindicado • HAS controlada • DM controlado • Hepatite C • História de neoplasia hematolog. Após os cânceres: • De pele • Ovariano (exceto subtipo endometrioide) • Cervivouterino escamoso • Vaginal ou vulvar • Colorretal • Pulmonar • Tireoidiano • Hepático • Renal • Gástrico → Terapia androgênica no climatério • Indicação primária: tratamento das queixas sexuais, excluídas outras causas. • Não é recomendado até o presente momento o uso de testosterona em mulheres não estrogenizadas • A dosagem de androgênios séricos não deve ser utilizada c/ objetivo de diagnóstico de deficiência androgênica. • Preferencialmente via transdérmica: menor dose suficiente p/ a resposta clinica adequada. • Tempo de utilização: 12-24 semanas • Não recomendado em mulheres o uso de apresentações formuladas p/ homens. • Até o momento não tem nenhum produto no mercado brasileiro p/ uso feminino. → Hormônios bioidênticos • Não há evidências cientificas para sugerir e apoiar as alegações de que as manipulações dos denominados “hormônios bioidênticos” são mais seguras ou eficazes para tratar sintomas vasomotores e atrofia urogenital associada à síndrome climatérica do que a TH convenciona. → Tratamento não hormonal • Acupuntura • Fitoestrogênios → resultados controversos • ISRS ou IRSN e gabapentina → eficazes em reduzir sintomas vasomotores o Paroxetina, Citalopram, Escitalopram, Venfalaxina, Desvenlafaxina, Fluoxetina (eficácia duvidosa) 13 CLIMATÉRIO Nicoly Guimarães 71D DESFIO ATUAL → Decisões clinicas individuais • Evidências de estudos clínicos (com suas limitações) • Considerando riscos e benefícios • Benefícios de difícil avaliação • Escolha de pacientes • Heterogenicidade de receptores • Estudos experimentais : janela de oportunidade
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