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Geomorfologia 2021

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Geomorfologia
1.Geomorfologia Estrutural
A geomorfologia estrutural, faz parte de um conhecimento específico, sistematizado, que tem por objectivo analisar, conceituar, explicando a natureza da disciplina assim como o seu objecto de estudo e as relações que tem com outras disciplinas, as formas do relevo, buscando compreender os processos pretéritos e actuais. 
A Importância da Geomorfologia é de permitir que o Homem obtenha conhecimentos profundos sobre a génese, causas e efeitos dos agentes que participam na formação do relevo. 
A Geomorfologia Estrutural foi, durante muitas décadas do século XX, a parte da Geomorfologia que recebeu a maior atenção dos pesquisadores, mas, actualmente, vem recebendo um peso menos nas matrizes curriculares dos cursos de Geografia, infelizmente.
Esse importante ramo da Geomorfologia analisa a participação da estrutura geológica na definição de alguns compartimentos de relevo sob dois aspectos básicos. Em primeiro lugar, ela examina os elementos fundamentais do arcabouço estrutural, como por exemplo a constituição do globo terrestre, a estrutura e a dinâmica da crosta terrestre, as rochas e os grandes conjuntos estruturais, constituindo, assim, uma abordagem eminentemente geológica. 
Em segundo lugar, volta-se para aspectos mais exclusivamente geomorfológicos, tais como as diferenças litológicas numa paisagem e seus efeitos morfológicos ou o modelado do relevo em litomassas específicas (calcário, por exemplo), ou ainda as morfoestruturas em áreas de colisão de placas litosféricas etc. 
 
1.1.Conceito de Geomorfologia 
O termo Geomorfologia (do latim geo = terra, morfo = forma, logos = estudo) também é erudito e recente, designando o ramo do conhecimento das Ciências da Natureza que estuda as formas dos relevos. 
Ou a Geomorfologia é uma geociência que estuda, de forma racional e sistemática, as formas de relevo, tomando por base as leis que determinam a gênese e a evolução dessas formas. 
 
1.2.Natureza da Geomorfologia 
A geomorfologia é uma ciência de conhecimentos sistematizados, virado para o estudo da superfície da crosta terrestre. O estudo é apresentando de uma forma específica de análise relevo. A análise incorpora o necessário conhecimento do jogo de forças antagônicas, sistematizadas pelas actividades endógenas e exógenos, responsáveis pelas formas estruturais de relevo observado. 
Partindo do princípio de que tanto os factores endógenos, como os exógenos, são “forças vivas'', cujas evidências demonstram grandes transformações ao longo do tempo geológico, necessário se faz entender que o relevo terrestre não foi sempre o mesmo e que continuará evoluindo. Portanto, a análise geomorfológica de uma determinada área implica obrigatoriamente o conhecimento da evolução que o relevo apresenta, o que é possível se obter através do estudo das formas e das sucessivas deposições de materiais preservadas, resultantes dos diferentes processos morfogenético a que foi submetido. 
O relevo assume importância fundamental no processo de ocupação do espaço, factor que inclui as propriedades de suporte ou recurso,cujas formas ou modalidades de apropriação respondem pelo comportamento da paisagem e suas consequências. 
Ao se apresentar um estudo integral do relevo, deve-se levar em consideração os três níveis de abordagem sistematizados por Ab'Saber (1969), e que individualizam o campo de estudo da geomorfologia: a compartimentação morfológica, o levantamento da estrutura superficial e o estudo da fisiologia da paisagem. 
A compartimentação morfológica inclui observações relativas aos diferentes níveis topográficos e características do relevo, que apresentam uma importância directa no processo de ocupação.
Nesse aspecto a geomorfologia assume importância ao definir os diferentes graus de risco que uma área possui, oferecendo subsídios ou recomendações quanto à forma de ocupação e uso. 
A estrutura superficial, ou depósitos correlativos se constitui importante elemento na definição do grau de fragilidade do terreno, sendo responsável pelo entendimento histórico da sua evolução, como se pode comprovar através dos paleopavimentos. 
Sabendo das características específicas dos diferentes tipos de depósitos que ocorrem em diferentes condições climáticas, torna-se possível compreender a dinâmica evolutiva comandada pelos elementos do clima considerando sua posição em relação aos níveis de base actuais, vinculados ou não a ajustamentos tectônicos. 
A fisiologia da paisagem, terceiro nível de abordagem, tem por objectivo compreender a acção dos processos morfodinâmicos actuais, inserindo-se na análise o homem como sujeito modificador.
A presença humana normalmente tem respondido pela aceleração dos processos morfogenéticos, como as formações denominadas de tectogênicas, abreviando a atividade evolutiva do modelado.
Mesmo a acção indirecta do homem, ao eliminar a interface representada pela cobertura vegetal, altera de forma substancial as relações entre as forças de acção (processos morfogenéticos ou morfodinâmicos) e de reacção da formação superficial, gerando desequilíbrios morfológicos ou impactos geoambientais como os movimentos de massa, boçorocamento, assoreamento, dentre outros, chegando a resultados catastróficos, a exemplo dos deslizamentos em áreas topograficamente movimentadas. 
No estudo desses níveis, do primeiro em relação ao terceiro, os processos evoluem de uma escala de tempo geológica para uma escala de tempo histórica ou humana, incorporando gradativamente novas variáveis analíticas, como relacionadas a derivações antropogênicas, e exigindo maior controle de campo, o que implica emprego de técnicas, como o uso de miras graduadas para controle de processos erosivos, podendo chegar a níveis elevados de sofisticação análises específicas. 
O estudo das formas do relevo deriva substancialmente das concepções geológicas do século XVIII, que representaram a tendência naturalista, voltada aos interesses do sistema de produção, tendo o “utilitarismo” como princípio. Em torno de 1850 a geologia havia chegado a grandes interpretações de conjunto da crosta terrestre, contando com um corpo teórico ordenado. 
A partir de então se registaram as primeiras contribuições dos geólogos nos estudos do relevo, dentre os quais se destacam os trabalhos de A. Surell, expondo esquema clássico da erosão torrencial, de Jean L. Agassiz, estabelecendo as bases da morfologia glacial, de W. Jukes, apresentando os primeiros conceitos sobre o traçado dos rios, de Andrew Ramsay e Grove K. Gilbert, evidenciando a capacidade de aplainamento pelas águas correntes, de John W. Powell e Clarence E. Dutton, calculando os ritmos de arraste e deposição dos sedimentos, dentre outros (Mendonza et al, 1982). 
No final do mesmo século, William M. Davis, dando prosseguimento aos estudos de G. K. Gilbert e J.W. Powell apresenta proposta de uma geomorfologia fundamentada na tendência escolástica da época, representada pelo evolucionismo. Como se sabe, a influência do darwinismo como forma de substituição do modelo mecanicista influenciou significativamente o conhecimento científico geral. 
A escola geomorfológica alemã, por outro lado, encabeçada por Albrecht Penck e Walther Penck, defensora de uma concepção integradora dos elementos que compõem a superfície terrestre, se contrapôs às ideias de W. Davis, fundamentada na noção de ciclo, tida como “finalista”. 
Evidencia-se, portanto, o nascimento de duas escolas geomorfológicas distintas, que serão consideradas a seguir, e cuja sistematização fundamentou-se em estudos desenvolvidos por Leuzinger (1948) e Abreu (1982 e 1983). 
 
1.3.Objecto de Estudo 
A geomorfologia é uma ciência que tem por objectivo analisar as formas do relevo, buscando compreender as relações processuais pretéritas e actuais. 
1.4. Lugar da geomorfologia no contexto das ciências 
Será a Geomorfologia uma ciência geológica, geográfica ou geofísica? Onde se situa, portanto, a Geomorfologia no quadro geral das ciências da Terra. 
O geocentrista francês, Jean Goguel, apresentou umaclassificação das geociências, bastante simples, que pode servir para subsidiar a resposta à questão anteriormente apresentada. Para este autor, as ciências da Terra podem ser agrupadas em três categorias distintas: 
· Ciências da Geofísicas, que são as aquelas que tratam de fenômenos terrestres, de natureza física, mas sob a óptica da Física. A Sismologia, a Meteorologia e a Hidrologia Fluvial exemplificam esse grupo de ciências 
· Ciências Geológicas, são aquelas que se propõem à reconstituição da história física do planeta Terra, tal como ela pode ser vista ou lida nos diversos estratos rochosos presentes na epigeoesfera. As ciências geofísicas, em geral, prendem-se ao aspecto actual dos fenômenos físicos, quer os que têm uma evolução rápida, tais como os envoltórios fluidos e alguns factos da litosfera, a exemplo dos abalos sísmicos e o magnetismo terrestre, quer os de carácter permanente, como a aceleração da gravidade 
Podem ser mencionados diversos exemplos de Ciências Geológicas, algumas das quais mantêm estreitos vínculos com a Geomorfologia. A Geotectónica, a Geologia Estrutural, a Paleontologia, a Sedimentológica e a Estratigrafia são os exemplos mais notáveis. 
A ciência geológica, quando se dedicam à descrição da natureza dos terrenos e ao estudo das distribuições da litomassa, fá-lo com vistas à interpretação de fenômenos passados, que são reconstituídos por métodos geohistóricos. 
A Geologia, quando investiga a história da Terra, desempenha essa tarefa através, sobretudo, de uma analogia com o que a observação dos factos naturais, feita de forma directa, pode proporcionar. Por exemplo, ao se constatar que no presente determinadas causas produzem tais efeitos, efeitos análogos pressupõem as mesmas causas. 
A Geomorfologia estuda o passado para compreender o presente. A Geologia faz exactamente o inverso. A Geomorfologia procura explicar as formas actuais de relevo, que podem ser facilmente divisadas na paisagem, por sua gênese, por seu passado, às vezes muito distante. Porém, a exemplo da Geologia, a Geomorfologia não pode avançar, a não ser a partir de uma raciocínio analógico, que parte do presente. Essas ideias, na verdade, estão contidas no célebre Princípio do Actualismo, examinado mais adiante nestas
Notas. 
· Ciências Geográficas têm como objecto de estudo o facto geográfico. Assim ensina a Geografia Clássica. O facto geográfico é algo que possui uma estrutura extremamente complexa e resulta da combinação de elementos e factores solidários (Andrade, 1965). 
São três as escalas de complexidades da combinação geográfica: físicas, combinações químico-biológicas e físico-biológicohumanas.
O relevo terrestre, abstraindo-se a cobertura vegetal, é um bom exemplo da complexidade das combinações físicas. Estrutura geológica, condições climáticas actuais ou pretéritas e os processos erosivos materializam tais combinações. 
A estrutura geológica compreende, dentre outros aspectos, as forças tectônicas, a natureza das rochas, a disposição das camadas rochosas e os graus de resistência da litomassa aos processos de meteorização e de erosão. 
As condições climáticas determinam os efeitos da meteorização mecânica ou química e os processos morfoclimáticos esculturadores das paisagens geomorfológicas continentais. Tais processos definirão os vários sistemas de erosão encontrados na superfície terrestre. 
1.5. A Geomorfologia no quadro geral das Ciências da Terra
Se situa na interface existente entre as Ciências Geológicas e as Ciências Geográficas, segundo a classificação de Goguel. Essa ciência mantém profundos vínculos, já assinalados, com a Geologia. Mas é também essencialmente geográfica, na medida em que depende dos conhecimentos de Climatologia, Paleogeografia, Fitogeografia, Pedologia e Hidrografia e se fornece substanciais informações necessárias ao entendimento da produção do espaço geográfico. 
Segundo Kostenko (1975), a Geomorfologia funciona como uma ponte entre a Geografia e a Geologia, e estuda uma série de problemas complexos e heterogêneos, alguns dos quais resolvem-se através de métodos fisico-geográficos e outros mediante a aplicação de métodos geológicos. 
 
1.6.Relação da geomorfologia com outras Ciências
A geomorfologia estuda o relevo. Assim, ela se relaciona intimamente com a geologia e a geografia. Enquanto a primeira fornece vários conhecimentos relativos às rochas e aos minerais, ao tectonismo, ao vulcanismo, às estruturas geológicas; a Segunda fornece subsídios importantes sobre o clima e suas relações com as formas e evolução do relevo, a ocupação humana, a produção do espaço geográfico e suas consequências ambientais, entre outros. 
1.7.Importância da Geomorfologia
É Importante estudar a geomorfologia porque permite que o Homem obter conhecimentos profundos sobre a génese, causas e efeitos dos agentes que participam na formação do relevo. 
Procura investigar, com base em teorias, princípios e leis o entendimento das relações entre os solos e relevos, passando pela compreensão dos processos dinâmicos (intemperismo) que agem na parte superficial da crosta, responsáveis pela elaboração dos relevos e gênese dos solos, isto é, morfogênese (entendida como processos erosivos) e da pedogênese (entendida como processos bioquímicos relacionados à alteração das rochasa compreensão das relações entre os solos e os relevos. 
A Geomorfologia estrutural, mostra a importancia do estuda da disciplina, as relacoes que existem com outras ciencias, o seu objecto de estudo e principalmente fornece vários conhecimentos relativos às rochas e aos minerais, ao tectonismo, ao vulcanismo, às estruturas geológicas; bem como os subsídios importantes sobre o clima e suas relações com as formas e evolução do relevo, a ocupação humana, os processos erosivos. 
2.Sistemas Geomorfológicos
Todo sistema possui uma estrutura que é constituída por elementos. Para compreendermos melhor a noção de sistema, é interessante saber o que é um elemento, nesta unidade apresenta se a classificação do sistema e as suas principais características. 
Um sistema, segundo o autor, pode ser definido como o conjunto dos elementos e das relações entre si e entre seus atributos.” (CRISTOFOLETTI, 1974, p.1). A aplicação desta teoria de sistemas aos estudos da Geomorfologia, tem sido utilizado para focalizar melhor as pesquisas e delinear com mais exactidão os estudos desta ciência. 
Todo sistema possui uma estrutura que é constituída por elementos. Para compreendermos melhor a noção de sistema, é interessante saber o que é um elemento, que para o autor unidade básica do sistema. O problema da escala é importante quando se quer caracterizar os elementos de determinado sistema. Um rio é elemento no sistema hidrográfico (CRISTOFOLETTI, 1974:2), por exemplo. 
A estrutura de um sistema possui, geralmente três características que são: tamanho – número de componentes; correlação – a maneira como os elementos se interagem; e forma – arranjos dos componentes. 
 
Classificação dos sistemas em geomorfologia, Conforme sua complexidade estrutura: 
a) Isolados: que, por serem isolados, não sofrem mais nenhuma perda nem recebem energia ou matéria do ambiente que os circundam. Ex. com um soerguimento tem uma energia inicial livre que vai perdendo força até chegar a uniformidade da área, em que a energia é diminuta; 
b) Sistemas não-isolados: possuem relações com os outros sistemas do universo, sendo: 
 -fechado-quando há permuta de energia mas não de matéria.
Ex.A Terra, que recebe energia solar, mas não recebe nem fornece quase nada de matéria para outros astros; 
-abertos: ocorrem constantes trocas de energia e matéria, tanto recebendo quanto perdendo. Ex: bacia hidrografia, cidade; 
c) Morfológicos: compostos somente pela associação das propriedades físicas dos fenômenos (geometria, composição, etc.), sendo os sistemas menos complexos das estruturas naturais. Ex: as vertentes, as redes de drenagem, os canais fluviais que podem distinguir, medir e correlacionar as variáveis geométricas e as de composição; 
d) Em sequência:compostos por cadeia de subsistemas, possuindo tanto magnitude espacial quanto localização geográficas, que são dinamicamente relacionados por uma cascata de matéria ou energia. Ex: no subsistema vertente, a água recebida pode ser armazenada nos poros das rochas ou transferida para os rios (escoamento superficial) ou para o lençol subterrâneo; 
e) Processos-respostas: são formados pela combinação de sistemas morfológicos (forma) e sistemas em sequência (processo). Ex: aumentando a capacidade de infiltração de determinada área, haverá diminuição no escoamento superficial e na drenagem, o que reflecte na diminuição da declividade das vertentes, que facilita a capacidade de infiltração e o escoamento superficial, este mecanismo é chamado de retro alimentação; 
 -retroalimentação directa: relacionamento directo entre ida e volta da acção entre duas variáveis; 
 -retroalimentação em circuito: quando envolve mais de duas variáveis; 
 -retroalimentação negativa: quando uma variação extremamente produzida, estabilizando o efeito da mudança original; 
 -retroalimentação positiva: quando os circuitos entre as variáveis reforçam o efeito da acção, acção em “ bola de neve”. 
Ex. desmatamento-escoamento...rocha.stema destruído; 
f) Controlados: são aqueles que apresentam a actuação do homem sobre os sistemas de processos-respostas; 
O sistema geomorfológico é formado pelos seguintes sistemas antecedentes: 
a) Sistema climático – através do calor, humidade e movimentos atmosféricos sustenta e mantém o dinamismo dos processos. 
b) Sistema biogeográfico – representado pela cobertura vegetal e pela vida animal: actua como factor de diferenciação na modalidade e intensidade dos processos, assim como fornecendo eretirando energia. 
c) Sistema geológico - através da disposição e variação litológica, constitui o fator passivo sobre o qual actuam os processos. 
d) Sistema antrópico – é a acção humana o factor responsável por mudanças na distribuição da matéria e energia dentro dos sistemas; modifica o equilíbrio dos mesmos. 
Esses quatro são tidos como os controladores mais importantes do sistema geomorfológico, porém, através do mecanismo da retroalimentação, o próprio sistema geomorfológico actua sobre eles. 
Os sistemas geomorfogicos, possui geralmente três características que são: tamanho – número de componentes; correlação e a maneira como os elementos se interagem; e forma e arranjos dos componentes, O sistema geomorfológico são formados por sistemas antecedentes. 
3.O Relevo Terrestre
O resultado da actuação de varias forças ao longo de milhões de anos, que são provocadas principalmente pela acção dos agentes internos e externos, conhecidos como agentes moderadores do relevo. 
O relevo terrestre é o resultado da acção de forças que agiram no decorrer de milhões de anos. Essas forças são chamadas agentes do relevo. Quando essas forças ou agentes agem de dentro para fora da Terra, são denominados agentes internos, como o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos. 
 
Importa dizer que o relevo formado pelos agentes internos sofre a acção dos agentes externos, como a chuva, o vento, os mares, os organismos vivos e o intemperismo. São os escultores do relevo, que fazem um duplo trabalho: a erosão ou destruição e a acumulação ou construção 
 
 3.1.Agentes internos modificadores do relevo
São as forças internas do planeta, causadas pelas pressões e altas temperaturas das camadas mais profundas. Geralmente essas manifestações são violentas e rápidas, como é o caso dos terremotos e vulcões. Esses movimentos são construtores e modificadores do relevo terrestre, podendo levar milhões de anos ou apenas um dia. 
 
a) Tectonismo 
Também denominado diastrofismo (distorção), caracteriza-se por movimentos lentos e prolongados que acontecem no interior da crosta terrestre, produzindo deformações nas rochas. Esses movimentos podem ocorrer na forma vertical (epirogênese) ou na horizontal (orogênese). 
 
A epirogênese ou falhamento consiste em movimentos verticais que provocam pressão sobre as camadas rochosas resistentes e de pouca plasticidade, causando rebaixamentos ou soerguimentos da crosta continental. São movimentos lentos que não podem ser observados de forma directa, pois requerem milhares de anos para que ocorram. 
A orogênese ou dobramento caracteriza-se por movimentos horizontais de grande intensidade que correspondem aos deslocamentos da crosta terrestre. Quando tais pressões são exercidas em rochas maleáveis, surgem os dobramentos, que dão origem às cordilheiras. Os Alpes e o Himalaia, dentre outras, originaram-se dos movimentos orogénicos. 
b) Vulcanismo 
Vulcão é uma elevação cônica terminada em cratera, formada por uma fenda na crosta terrestre, por meio da qual massas rochosas em fusão e gases procedentes do interior da Terra atingem a superfície do planeta, por um condutor ou canal denominado chaminé. 
 
Os vulcões são comuns em zonas de encontro das placas tectônicas. Existem, no planeta, duas áreas onde se concentram: uma é a região do Círculo de Fogo do Pacífico (da Cordilheira dos Andes às Filipinas); a outra, o Círculo de Fogo do Atlântico (da América Central, passando pelas Antilhas, até Açores e Cabo Verde). 
Quando um vulcão entra em erupção, ele expele lavas, gases e material piroclástico. Lava é a massa de rocha fundida à temperatura média de 600 a 1000ºC. A emissão de gases é uma forma encontrada pela natureza para aliviar as fortes pressões internas. 
 
Os materiais piroclásticos compõem-se de fragmentos de rochas lançados a centenas de metros de altura. Principais tipos: 
· Cinzas: de aspecto arenoso, podem permanecer suspensas na atmosfera por longo tempo. Ao depositarem-se sobre a superfície terrestre, tornam o solo muito fértil. 
· Lapílis: fragmentos de lava que podem chegar à superfície na forma sólida ou pastosa. 
· Bombas vulcânicas: grandes blocos de lava que solidificam no ar. 
 
A maioria dos vulcões da Terra está concentrada em duas áreas principais: 
· Círculo de Fogo do Pacífico: desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas, onde se concentram 80% dos vulcões da superfície. 
· Círculo de Fogo do Atlântico: América Central, Antilhas, Açores, Cabo Verde, Mediterrâneo e Cáucaso 
c) Abalos sísmicos
São movimentos vibratórios provocados pelos desmoronamentos internos da crosta terrestre e propagam-se em todas as direcções em forma de ondas sísmicas, que chegam à superfície e podem ser registadas pelos sismógrafos. 
Nos últimos anos, os cientistas voltaram sua atenção para localidades assoladas por terremotos que causaram grandes danos materiais, além de numerosas vítimas. Terremotos ou sismos são catástrofes naturais ante as quais não se tem defesa ou protecção. 
O ponto do interior da Terra onde se origina o terremoto denominase hipocentro ou foco, e o ponto na superfície terrestre onde ele alcança maior intensidade, epicentro. Se o epicentro estiver no fundo do mar, forma-se um tsunami, nome japonês dado às ondas gigantescas (maremotos), que chegam a atingir 30 metros de altura, propagando-se a grandes velocidades e arrasando zonas litorâneas. 
Esses fenômenos são freqüentes na costa asiática do Pacífico. No decorrer de um ano, registaram-se milhões de abalos sísmicos; aproximadamente 5.000 são percebidos pelo homem. Os efeitos dos tremores são variados: abrem fracturas no solo, desviam as correntezas dos rios, destroem parcial ou totalmente cidades, contorcem as vias-férreas. 
No entanto, o efeito mais terrível é a perda de vidas humanas. A intensidade de um terremoto é medida por uma escala numérica crescente. A mais utilizada é a escala de Richter, com graus de intensidade que variam de 1 a 9. Do ponto de vista científico, um ponto na escala Richter é imperceptível, não causando danos nem é sentido, entretanto a intensidade de 9 graus pode provocar uma catástrofe sem precedentes. 
 
3.2. Agentes externos ou exógenos 
Existem agentes externos, na superfície terrestre, que modificam o relevo, não tão rapidamente como os vulcões ou terremotos, mas suaacção contínua transforma lenta e ininterruptamente todas as paisagens da Terra. A acção dos ventos, do intemperismo e da água sobre a crosta terrestre determinam a erosão. 
A intensidade da erosão é determinada pela resistência das rochas e pela acção e energia do agente erosivo. Assim, por exemplo, certas regiões desérticas são submetidas a enormes diferenças de temperatura. Durante o dia ela chega a alcançar mais de 40ºC e à noite, devido à perda de calor, menos de 0ºC. Essas mudanças bruscas produzem finas aberturas nas rochas, que pouco a pouco, dividem-se em partes e destroem-se. 
 
Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas pode congelar, se dilatar e partir a rocha, num processo denominado gelivação.
O vento é outro agente de erosão. Sua acção engloba três fases: a de desgaste da rocha (erosão), determinando curiosas formas nas paisagens; a de transporte de materiais resultantes dessa erosão e, por fim, a deposição desses sedimentos, dando origem a outra forma de relevo. O vento desprende as partículas soltas das rochas e vai polindo-as até transformá-las em grãos de areia.
A erosão eólica tem dois mecanismos diferentes:
· A deflação, que é a acção directa do vento sobre as rochas, retirando delas as partículas soltas.
· A corrosão, que é o ataque do vento carregado de partículas em suspensão, desgastando não só as rochas como as próprias partículas.
O trabalho de movimentação eólica carrega a areia até depositá-la nas praias e nos desertos, onde pode formar grandes acumulações móveis conhecidas como dunas. São enormes montes de areia acumulada pelo vento e que mudam frequentemente de lugar. 
 
A água, em seus estados líquidos e sólido, actua sobre o relevo. As águas da chuva e do degelo, ao deslizarem pelo solo, assumem grande importância ao transformarem-se em rios torrenciais. A acção erosiva de um rio é extremamente destrutiva em seu curso superior, pois aí se encontram os maiores declives. O desgaste diminui à medida que se vai aproximando das planícies. 
3.3.Abrasão marinha
A acção contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do litoral, causando o desmoronamento de blocos de rochas e o consequente afastamento do paredão. Esse processo dá origem a costas altas denominadas falésias. 
No âmbito desta unidade visa demonstrar como os agentes externo e interno exercem influência sobre modelagem diferentes formas de relevo terrestre, principalmente agentes com impactos palpáveis como o tectonismo, assim como o processo da erosivo. 
4.As formas de relevo
Ao abordar sobre a evolução das formas de relevo, deve se ter em conta as alterações que deram origem a diferentes formas de relevo, sendo a destacar as planícies, planaltos, montanhas e depressões, assim como algumas estruturas. 
4.1.Evolução das formas de Relevo 
O relevo não se caracteriza apenas pela sua altitude mas também pelo seu aspecto. Ao longo de milénios a superfície da Terra foi-se alterando e dando origem a diferentes formas de relevo. Na superfície terrestre as forma do relevo são muito variadas, no entanto destacamos quatro principais: planície, planalto, depressão e montanha. 
 
4.2.As formas de relevo 
· Planície 
Relevo plano, de poucos declives e altura, a planície corresponde a uma bacia de sedimentação que se acumulou no passado, e continua se acumulando pelos depósitos sedimentares deixado pelos rios, mares e ventos. Essa forma de relevo é encontrada ao longo dos rios, e próximo a lagos e mares, onde o trabalho de erosão é mais intenso. Sua altitude aproximada é de 0 a 200 m acima do nível domar. A planície é o tipo de relevo preferido pelo homem para viver - 96% da população da Terra habitam regiões planas. 
 As planícies podem ser: 
· Costeiras, quando resultam do levantamento da plataforma costeira 
· Aluvionais quando resulta da acumulação de sedimentos 
· De Piomente, quando e formada na parte baixa entre as montanhas. 
· Planalto
O planalto apresenta relevo de altitudes elevadas, superfície quase plana e altura variada, onde o processo de erosão supera o de sedimentação. Pode surgir entre cadeias montanhosas. Para essa forma de relevo, geralmente se considera um mínimo de 500 m de altitude. As bordas dos planaltos podem apresentar-se sob forma de paredões abruptos (escarpas) ou rampas suaves. No Brasil, os planaltos têm altura modesta. 
Muitas culturas, como as dos incas e astecas, se desenvolveram em planaltos. Nas zonas tropicais e equatoriais, o homem busca esse tipo de relevo para sua moradia, pois ali encontra boas condições climáticas determinadas pela altura. São bons exemplos a Cidade do México, a 2.276m, e Quito (Equador), a 2.800m de altitude. 
O planalto é resultado de processos erosivos. Nas bordas dos planaltos geralmente aprecem as escarpas que são chamadas de serras 
· Montanha
É uma grande elevação da crosta terrestre. Semelhante a um cone. Montanhas em série formam cadeias ou cordilheiras. As maiores cordilheiras são as dos Andes e do Himalaia. Por sua formação geológica recente, apresentam alturas elevadas e cumes pontiagudos. 
As montanhas sempre despertaram o espírito ousado e curioso do homem, que tentou conquistá-las, muitas vezes com esforços sobre humanos. A conquista do Everest, a mais alta montanha da cadeia do Himalaia, com 8.848m de altitude, foi conseguida, pela primeira vez, por Sir Edmund Hillary, 1953. 
As montanhas podem ser recentes e apresentarem as seguintes características: 
· Grandes altitudes; picos abruptos; actividade vulcânica intensa, datam geralmente do período Terciário da Era cenozóica; 
As montanhas velhas apresentam características como: 
· Pequenas altitudes; formas arredondadas, formadas na Era Arqueozóica, Proterozóica ou Paleozóica 
· Depressão
Relevo situado abaixo do nível do mar ou de terras circundantes. As depressões podem ser relativas ou absolutas. Consideram-se depressões absolutas as áreas continentais abaixo do nível do mar.
As relativas encontram-se acima do nível do mar, porém a uma altura inferior à da superfície vizinha. Exemplo os vales, definidas como depressões alongadas e estreitas, situadas entre montanhas, normalmente resultantes da acção de um rio ou de um glaciar. 
Além desses acidentes existem outros menores: as chapadas, as cuestas e as depressões periféricas. 
· As cuestas são formas de relevo tabular, onde escarpas íngremes limitam um topo plano, formado por terras de maiores altitudes, que se contrapõem a terras mais baixas e de vertentes suaves. 
· Chapadas são formações rochosas elevadas acima de 600 metros que possuem uma porção bem plana na parte superior. A causa pela qual a superfície da chapada seja plana é a erosão. Naturalmente são terrenos de superfície bastante plana, cuja altitude se destaca das áreas ao redor. Aparece na região Centro-Oeste e no Nordeste. 
 
 4.3.Tipos de estruturas 
No que concerne à deformação da crusta terrestre provocada pelos movimentos e forças causadores da alteração da disposição ou arranjo que as rochas possuíam inicialmente, o qual se designa por Tectónica. Sempre que uma rocha é submetida a pressões muito elevadas, pode dobrar-se ou fracturar-se. 
Daí resultam as dobras e fracturas (falhas quando os blocos sofrem deslocamentos relativos). O tipo de estrutura resultante depende das propriedades físicas das rochas e do meio em que se produzem as deformações. 
 
Dobras são estruturas cujas superfícies primárias de referência ficaram abauladas, curvadas ou alteradas sem perca de continuidade. Há vários tipos de dobras. Por exemplo, de acordo com a geometria podemos distinguir três variedades de dobras: 
· Anticlinais (dobras cujos lados ou flancos inclinam-se em sentidos divergentes), sinclinais (dobras cujos flancos inclinam-se em sentidos convergentes) e monoclinais (consistem numa flexão, em que as camadas mais ou menos horizontais, assumem, localmente, uma inclinação em determinada direcção). 
Há dobras de escala microscópica até dobras com dezenas e centenas de Quilómetros. Uma dobra raras vezes se encontra isolada, e quase todas elascontribuem para a constituição de um Sistema de Dobras. Os sistemas de dobras mais extensos e espectaculares desenvolveram-se nas chamadas cinturas de montanhas dobradas ou orogénicas 
Falhas são fracturas mediante as quais as rochas se deslocam, de forma que perdem a sua continuidade original. Existe um movimento relativo, em qualquer direcção, dos blocos de rochas, ao longo do plano de falha (a superfície de fractura ao longo da qual teve lugar o movimento relativo). 
 
 Associada a dobras do tipo anticlinal=DA e sinclinais. Existem três tipos básicos de falhas tectónicas: normais, inversas e de desligamento. 
Quando o movimento dos dois blocos adjacentes à falha se processa na horizontal e paralelamente ao traço da falha, o movimento é dito de desligamento. É neste caso necessário precisar sobre o sentido relativo do movimento entre os dois blocos. Se esse movimento for tal que um observador baseado num dos lados da falha tem a percepção de que o outro se moveu para a sua direita, a falha é do tipo desligamento direito ou dextrógira. Se a percepção for de que o movimento foi para a esquerda, a falha é do tipo desligamento esquerdo ou sinistrógira. 
 
Nas falhas normais e inversas também há deslizamento ao longo do plano de falha, mas a direcção do movimento tem agora uma componente vertical. Quando o movimento se dá de modo a que o bloco superior desliza ao longo do declive no sentido descendente, em relação ao bloco inferior, diz-se que temos uma falha normal. 
 
Quando a situação se inverte, ou seja, quando o bloco superior sobe ao longo do declive, "cavalgando" o bloco inferior, diz-se que temos uma falha inversa ou de cavalgamento 
A Terra é constituída por camadas concêntricas e de diferentes materiais, Ao longo de milénios a superfície da Terra foi-se alterando e dando origem a diferentes formas de relevo. No âmbito desta unidade haverá contributo para que o aluno seja capaz conhecer a influência realizada por agentes internos e externo na formação e modificação das formas do relevo bem como condições de formação. 
5.As grandes unidades estruturais do mundo
A presente unidade temática apresenta as principais características das grandes unidades estruturais do mundo, sendo os escudos antigos, as bacias sedimentares e as cadeias e dobramentos modernos. 
5.1.As Grandes Unidades Estrurais do Globo
· Escudos antigos: constituem a porção mais rígida da crosta, formada de rochas ígneas de consolidação intrusiva (pré-cambriana ou mesmo paleozóico), metamorfizados e incorporados aos escudos de antiga consolidação. São materiais que sofreram dobramemtos, falhamentos e soerguimentos várias vezes (cristalinos e cristalofilianos-escudo canadense, escudo das Guianas e brasileiro, ocidental australiano e Decan; sedimentares ou metamórficosmontanhas
Apalaches, maciço Hercínio na Alemanha, maciço central francês e Sinoinsulíndio); 
· Bacias sedimentares: são depressões relativas, preenchidas por detritos ou sedimentos de áreas próximas. Este processo se deu nas eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica, contudo ainda ocorrem nos dias actuais. Associam-se à presença de petróleo, carvão, xisto e gás natural. O Brasil possui 6.430.000 km² de bacias sedimentares, dos quais 4.880.000 km² em terra e 1.550.000 km² em plataforma continental que corresponde a 64% do território, constituindo grandes bacias como a Amazônica, a do Parnaíba, a do Paraná, a São-franciscana e a do Pantanal Mato-grossense e outras pequenas bacias 
· Cadeias dobradas ou Dobramentos Modernos: São estruturas formadas por rochas magmáticas e sedimentares pouco resistentes; foram afectadas por forças tectônicas durante o Terciário provocando o enrugamento e originando as cadeias montanhosas ou cordilheiras. Em regiões como os Andes, as Montanhas Rochosas, os Alpes, o Atlas e o Himalaia, são frequentes os terremotos e as atividades vulcânicas. Apresentam também as maiores elevações da superfície terrestre. Os dobramentos resultam de forças laterais ou horizontais ocorridas em uma estrutura sedimentar que forma as cordilheiras.
 As falhas resultam de forças, pressões verticais ou inclinadas, provocando o desnivelamento das rochas resistentes Os dobramentos modernos ocorridos no Terciário, resultam do choque de placas com soerguimento dos sedimentos que vinham se acumulando desde o Ordoviciano, em ambiente marinho. 
Na América do Sul destacam-se os dobramentos Andinos. A colisão de placas gerou uma série de manifestações tectônicas na crosta, como os dobramentos, novos falhamentos e reativação de antigas falhas.
Concomitantemente, movimentos epirogenéticos provocaram soerguimentos na parte oriental do Brasil, estimulando nova fase de entalhamento da rede de drenagem, responsável pela dissecação da paisagem. Na faixa pré-andina, falhamentos de grande dimensão originaram o Pantanal Mato-grossense. 
 
No âmbito das grandes unidades estruturais do Mundo, destaca se os escudos antigos que constituem a porção mais rígida da crosta, formada de rochas ígneas de consolidação intrusiva (pré-cambriana ou mesmo paleozóico), metamorfizados e incorporados aos escudos de antiga consolidação, por outro lado têm as depressões preenchidas por detritos ou sedimentos de áreas próximas. 
Este processo se deu nas eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica, contudo ainda ocorrem nos dias actuais. 
 
 Eduardo Luís Nicoate	Página 8

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