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PRINCIPIOS PENAIS Eixos são pólos atrativos de sub princípios, que conferem aos princípios por eles atraídos uma identidade. (divisão abstrata feita por Busato) Eixo Formal - Tudo que estiver a ver com forma e com os elementos estruturais vai esta vinculada ao eixo formal. 1. Principio da Legalidade Só a lei pode definir os crimes e as penas. Nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma pena criminal pode ser aplicada sem antes da ocorrência desse fato exista uma lei e uma sanção correspondente. 2. Principio da reserva legal Compete privativamente a união legislar sobre direito penal, mas os estados membros pode fazê-lo quanto as questões especificas, desde que possua autorização complementar. A autoridade local pode acionar seu partido para fazer um projeto e lei que altere o código penal. 3. Principio da Taxatividade A lei deve ser precisa quanto à proibição. A lei descreve com Maximo de precisão, exige-se clareza, determinação e taxatividade na formulação dos tipos legais penais de crime. 4. Principio da Anterioridade “Não pode haver crime sem lei anterior que o defina. Não pode haver pena sem breve combinação legal” Só pode punir para coagir psicologicamente, se não for para isso punição é excesso. Não há como coagir se ela não for anterior e se ela não for anterior não há coação psicológica 5. Principio da retroatividade A lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu. Ultra Irretroatividade- A impossibilidade da lei penal mais gravosa alcançar fato anterior a sua vigência. Ultraatividade- A lei vai produzir efeito alem da sua revogação se for para beneficiar o acusado. Eixo Material – Tudo que estiver ligado a substancia, ou a conduta efetivamente protegida ou banida, vai se vincular ao eixo material 1. Principio da Ofensividade Só podem ser consideradas criminosas conduta s lesivas ao bem jurídico alheio, publico ou particular entendendo-se como tal pressupostos existenciais e instrumentais de que a pessoa necessita para sua realização na vida social 2. Principio da Fragmentariedade Nem todas as ações que lesionam os bens jurídicos são proibidas pelo direito penal, como nem todos os bens jurídicos são por eles protegidos. O direito penal limita-se a castigar as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, se ocupa somente de uma parte dos bens jurídicos protegidos pela ordem jurídica. O direito penal vai fragmentar os elementos mais importantes da constelação de bens jurídicos e protegê-los pela ameaça da pena 3. Principio da Subsidiariedade Pressupõe a existência de um tipo principal, que criminaliza a ofensa mais grave, é um acessório que tipifica a ofensa menos grave, relativamente ao mesmo bem jurídico. Utiliza o direito penal como meio ultima ratio do estado, subsidiário, quando não houver outra forma. 4. Principio da Insignificância Afim de que o estado incida sobre ações e omissões concretamente graves. Um instrumento por cujo meio o juiz, em razão da ,manifesta desproporção entre crime e castigo, reconheça o caráter não criminoso de um fato, que embora típico, não constitui uma violação realmente importante ao bem jurídico tutelado TEORIA GERAL DO DELITO Estuda os elementos para que se configure o crime e os pressupostos para aplicação da pena. Sistema bipartidário ou dualista Infração penal(Ilícito que tem natureza penal) é gênero e possui duas espécies: Crimes/ Delitos : infrações mais graves Pena: reclusão ou detenção. Pune na tentativa. limite da pena 30 anos. Contravenções penais: infrações mais leves (crimes anões) Pena: Prisão simples ou multa. Não pune na tentativa. Limite da pena 5 anos. Obs.: o critério para diferenciar delito e contravenção é axiológico, ou seja as condutas mais graves serão crime e as menos grave serão contravenção, varia com a política criminal (Garofalo com sua falha teoria do crime natural) Infrações de menor potencial ofensivo: São os crimes que a conduta atinge o bem jurídico de modo tão desprezível que a lesão é considerada insignificante. Engloba todas as contravenções e além das contravenções os crimes com pena de até 2 anos. Crimes hediondos: São aqueles considerados de altíssimo potencial ofensivo e por isso o réu e o condenado sofre diversas restrições no curso do processo e do cumprimento da pena. EX: Estupro, latrocínio, homicídio qualificado, etc; Sanção penal: resultado da infração penal Pena: +18 Para os indivíduos imputáveis Medida de segurança: + 18 para os indivíduos inimputáveis não possui capacidade cognitiva ou volitiva no momento da ação ou omissão Conceito de crime Conceito formal O comportamento previsto em lei, tudo aquilo que a lei define como tal. Conduta humana rotulada na lei como criminosa passível de uma pena. Conceito material Comportamento humano causador de irrelevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado sob ameaça de pena. Comportamento que atenta contra os bens mais importantes de uma determinada sociedade de acordo contexto temporal e espacial. Os bens jurídicos são os interesses mais importantes da sociedade. Conceito analítico de crime- Adotado pela Doutrina Teoria tripartida do crime O conceito analítico predominante passou a definir o crime como a ação típica, antijurídica e culpável. Decompõe o fenômeno criminoso em partes que permitam a identificação do crime. Para verificar o crime é preciso ter um conjunto de elementos. TIPICIDADE- Consiste na perfeita e concreta adequação entre uma conduta praticada por alguém e a descrição constante da lei. Só haverá tipicidade formal quando a conduta do agente coincidir exatamente com o modelo descrito no tipo penal. Conduta uma prevista na lei como criminosa. É uma contrariedade da conduta humana concreta com uma norma penal incriminadora. Há tipicidade quando uma determinada conduta violou uma norma penal. Divide se em: analise objetiva – ligação da conduta incriminada e o resultado analise subjetiva- ligação entre o sujeito e a conduta ILICITUDE/ ANTIJURIDICIDADE - è a contrariedade da conduta típica ao ordenamento jurídico, verifica-se se há alguma situação em particular que o ordenamento entenda que deva excluir. CULPABILIDADE- Juízo de reprovação do autor de um crime, nem sempre o sujeito é reprovável. Vai analisar se o individuo podendo agir dentro da lei, optou por agir em desconformidade com o direito. *PUNIBILIDADE- algumas correntes adicionam esse outro elemento. Que é a possibilidade do estado de aplicar um apena. Em muitos casos mesmo o fato sendo típico, ilícito e culpável o estado perdeu o jus puniende. Se a sanção penal e composta de crime e pena. Se não tem pena, não tem crime. NOSSA DOUTRINA NÃO ADICIONA ESSE ELEMENTO. Porque entende que mesmo sem pena continua sendo crime TIPICIDADE X TIPO • Tipicidade: è uma qualidade que se atribui a um comportamento concreto que contraria a norma penal. • Tipo: è a norma penal incriminadora. A conduta incriminada na lei. Teoria da ação Causal – modelo clássico de ação Foi desenvolvida na lógica do positivismo cientifico que defendia que só se faz ciência pelo método experimental, ou seja pelo método indutivo. Visava explicar todos os fenômenos pela experimentação. Acreditava-se ser possível explicar o comportamento criminoso através desse método. Esse método é avalorativo, parcialmente neutro defende que a ciência não se faz por juízo de valoração, mas somente pela experiência. Buscaexplicar ação, sob uma perspectiva objetiva. Ação é um movimento corporal voluntario que produz uma alteração no mundo exterior. Movimento Corporal + Voluntário + Resultado Não era necessário investigar o conteúdo do agente, era a voluntariedade externa e não a interna que é avaliada . Não investigava se o sujeito quis ou não realizar aquele crime. Nessa teoria dolo e culpa são objetos avaliados mais para frente. A ideia de ação como sendo naturalística. A teoria causal se encontrava dentro de um contexto que considerava que a tipicidade e a ilicitude eram aspectos externos ao delito e a culpabilidade era a ligação interna entre o sujeito e o crime. Nexo de causalidade È preciso lincar o resultado a ação, se não fosse a ação o resultado não teria acontecido .foi a ação que provocou o resultado. Ação ------→ Resultado Ligação A teoria causal não se sustenta porque nem todo crime produz um resultado naturalístico. Existem distinções entre ações dolosas e culposas. Não explica adequadamente os crimes culposos. Não é possível alcançar neutralidade axiológica, esse método não foi considerado mais adequado. Teoria Neokantista O neokantismo teve o mérito de constatar a necessidade de harmonizar a convivência entre ser e dever ser do Direito; e enquanto teoria do Direito penal, por sua vez, teve a grande virtude de superar a idéia de crime como um fenômeno físico causador de um resultado naturalístico: o crime é identificado axiologicamente por categorias jurídicas. O neokantismo parte do pressuposto que o mundo da realidade e o mundo dos valores formam compartimentos incomunicáveis, não havendo a menor relação entre eles (dualismo metodológico. Logo, acaba-se esquecendo que o direito está em constantes relações com a realidade, e que a realidade também influi sobre o direito, mais: que direito e realidade se interpenetram e confundem. Permitindo a constatação de que o Direito positivo não contém em si mesmo um sentido objetivo que deve ser, simplesmente, “descoberto” pelo intérprete. Ao contrário, as normas jurídicas, como um produto cultural, têm como pressupostos valores prévios, e o próprio intérprete que, por mais que procure adotar certa neutralidade, não estará imune a maior ou menor influência desses valores. No neokantismo o tipo não é mais o elemento identificador da antijuridicidade, mas seu fundamento. Isso quer dizer que o injusto possui elemento próprio e tem uma forma especial de aparecimento, através da realização da conduta prevista em lei. O que da base para a subjetivação do injusto, que se havia feito com a introdução dos elementos subjetivos de justificação. Teoria final da ação Para Hans Welzel toda ação humana é planejada. O sujeito planeja o fim que ele quer alcançar e orienta sua conduta para atingir determinados fins, De modo que Welzel vai dizer que toda ação humana é finalisticamente orientada. Ação em geral é em busca de alcançar um objetivo. È impossível dissociar finalidade da ação Pode ate não saber a finalidade do sujeito, mas a ação dele é finalisticamente orientada. È impossível compreender a ação sem entender a finalidade alcançada. A ação é a produção de um resultado controlado pelo agente, um comportamento guiado com o objetivo de atingir determinados fins. O tipo torna-se a descrição de uma ação proibida – deixa de ser um tipo de injusto, tipificação de antijuridicidade, para tornar-se um tipo indiciário, no qual se enxerga a matéria de proibição. Como só se podem proibir ações finais, o dolo integra o tipo. Da mesma forma que os tipos são vistos formalmente, como meras normas proibitivas, também as causas de justificação não passam de tipos permissivos. E como têm por objeto ações finalistas, surge a exigência do elemento subjetivo de justificação. O ilícito, materialmente, deixa de centrar-se no dano social, ou ao bem jurídico, para configurar um ilícito pessoal, consubstanciado fundamentalmente no desvalor da ação, cujo núcleo, por sua vez, é a finalidade. A culpabilidade, por sua vez, torna-se juízo de reprovação calcado sobre a estrutura lógico-real do livre arbítrio, do poder agir de outra maneira. O homem, porque capaz de comportar-se de acordo com o direito, é responsável quando não age desta forma. Explica a ação culposa como sendo o exercício defeituoso de uma ação com fim licito. Terá duas etapas: a) Objetiva È a que o sujeito realiza efetivamente aquilo que é visível b) Subjetiva È a etapa que se passa no planejamento do agente. Que basicamente nessa fase o sujeito antecipa os fins 1- Antecipa os fins 2- Decide a forma 3- Escolhe os meios 4- Aceita os efeitos colaterais Quando temos contato com a ação nosso primeiro contato é com a parte objetiva, mas no plano lógico o subjetivo vem antes. Porque primeiro o sujeito planeja a ação e depois ele executa o planejamento. A ação hoje segundo o ordenamento é finalisticamente orientada é o que se adota no código penal. Teoria da equivalência dos antecedentes causais Estabelece que causa é todo acontecimento anterior ao fato, resultado que ne um juízo logico não pode ser suprimido da cadeia dos acontecimentos sem com que isso provoque alteração na produção do resultado em si, na forma de produção do resultado e no momento em que isso produziu. Para saber se é causa deve-se perguntar: Se Joãonão tivesse feito isso, esse resultado aconteceria? Se João não tivesse dado o tiro em Maria ela morreria no hospital? Não, então João deu causa a morte de Maria. A teoria da equivalência é suficiente para atribuir resultado a alguém? Todos que causam o resultado vão responder criminalmente pelo resultado? Para a teoria da equivalência é preciso entender como causa de um resultado tudo aquilo que em seu juízo logico, chamado método hipotético de eliminação, você não consegue suprimir sem que isso provoque uma mudança no resultado. O problema dessa teoria é o regresso infinito. A teoria da equivalência se constitui o primeiro elemento que constitui imputação de responsabilidade nos crimes materiais, mas não é nunca o ultimo. Não se pode dizer que todos que criam um resultado vão responder por ele. Porem essa teoria da equivalência não é suficiente para impor responsabilidade é necessário um filtro a essa teoria. Porque o direito penal não pune a mera causação do resultado. Tipicidade conglobante (Zaffaroni) Por meio desta verifica se o fato que aparentemente viola uma norma penal incriminadora, não é permitido ou incentivado por outra norma jurídica ( como no caso das intervenções médicos- cirurgias, violência desportivas, estrito cumprimento do dever legal e etc. ) è uma analise conglobal de todas as normas jurídicas, inclusive as extra penais. Injusto penal É a terminologia dada ao tipo quando, em sua verificação analítica (fato típico/antijurídico/culpável), o intérprete analisou a tipicidade e a antijuridicidade, sem ater-se ao estudo da culpabilidade. Ou seja, injusto penal é o fato apreciado simplesmente quanto à tipicidade e ilicitude, sem verificação da culpabilidade do agente. Consiste na conduta que, alem de típica, é também ilícita. Assim haverá o injusto penal quando uma conduta já estiver sido analisada positivamente do ponto de vista da tipicidade e ilicitude. Teoria dos elementos negativos do tipo Toda vez que não for ilícita a conduta do agente não haverá o próprio fato típico. Estando a antijuridicidade fazendo parte do tipo penal, se a conduta do agente for licita em virtude de alguma causa de justificação, o fato deixara de ser típico. Para essa teoria existe um tipo total, que deve ser entendido juntamente com a ilicitudeda conduta, fusão do tipo com a ilicitude. Elementos do tipo • Objetivos Referem-se ao aspecto material formal. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma. Os elementos objetivos têm a finalidade de descrever a ação, o objeto da ação, a pessoa do autor. Ex: o lugar, o tempo, os meios empregado, o núcleo do tipo. (verbo) Seu significado se extrai da mera observação • Normativos Exige do juiz um juízo de valoração jurídica, social, cultural, histórica, política, bem como de qualquer outro campo do conhecimento humano. Jurídicos quando exigem juízo de valoração jurídica e extrajurídica ou morais quando pressupõem um exame social, cultural e histórico. Ex: a expressão ato obsceno pode ter significados distintos dependendo do lugar, deve fazer uma analise sociológica para saber se o ato ofende ou não o pudor da sociedade. Alargam a discricionariedade do julgador perdendo sua capacidade delimitadora • Subjetivos Internos do tipo pertencem ao campo psíquico- espiritual são os que pertencem ao mundo da representação do autor. O legislador destaca uma parte dôo dolo e a insere expressamente no tipo penal. Classificação do tipo • Tipo básico È a descrição mais simples do tipo penal: EX: Matar alguém. Art 121 • Tipo derivado Resultam do acréscimo de certas circunstancias a esse tipo básico, implicando na diminuição, ou exasperação das penas. Ex: homicídio qualificado • Tipo Normal Puramente objetivo, sem qualquer conteúdo normativo ou subjetivo. • Tipo anormal Alem dos elementos objetivos conte elementos normativos e subjetivos. • Tipo congruente È o tipo penal que espelha a coincidência entre a face objetiva e o lado subjetivo. Ex: homicídio, o agente extermina a vida da vitima, preenche tipo objetivo – matar alguém e o subjetivo que é a vontade matar alguém. • Tipo incongruente È aquele que permite a inadequação do lado objetivo, nele previsto, com o que subjetivamente almeja o agente, embora se considere consumado o delito. Ex: Extorsão mediante seqüestro, o tipo objetivo prevê o seqüestro da pessoa com o fim de obter vantagem, como condição ou preço do resgate. Ainda que somente o seqüestro se realize, bastando haver o intuito de obter resgate, este consumado o crime. Não precisa o agente ter recebido o valor desejado, há a incongruência entre o que o agente desejou e o que realmente efetivou. • Tipo simples Também chamado de uninuclear, aquele no qual esta descrita uma única conduta, um único comportamento. EX: furto art 155 ou homicídio simples art 121 • Tipo misto Também chamado Plurinuclear, são descritas duas ou mais condutas. Ex: tipo de trafico de drogas. • Tipo Fechado São aqueles que possuem a descrição completa da conduta proibida pela lei penal. • Tipo Aberto Não há descrição completa e precisa do núcleo de conduta proibida ou imposta, é necessária complementação pelo interprete. EX: crimes culposos observar se foi por dolo ou não. Classificação das infrações • Crime Comissivo Satisfaz-se com o simples agir. Ação positiva visando um resultado tipicamente ilícito • Crime Omissivo Omissão de atividade legalmente exigida, o agente deixa de fazer determinada conduta , tendo a obrigação jurídica de faze-lo (Omissivo próprio) ou omissão de quem tinha dever legal de impedir o resultado, a omissão é o meio pelo qual o agente produz o resultado (omissivo impróprio) . • Crime Doloso Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo . Pune-se a ação ou omissão dirigida a um fim licito. Elementos subjetivos geral: DOLO Diz respeito ao estado anímico do sujeito. O dolo é a consciência e a vontade de realização dos elementos objetivos do tipo de injusto doloso. Age com dolo o agente que conhece e quer a realização dos elementos da situação fática ou objetiva. Dolo exige conhecimento (saber) e vontade (querer) • Crime Culposo Quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligencia ou imperícia. Pune- se um comportamento mal dirigido a um fim irrelevante. Elementos subjetivos geral: CULPA Diz respeito ao estado anímico do sujeito. Culpa como uma conduta humana que se caracteriza pela realização do tipo de uma lei penal através da lesão a um dever de cuidado, objetivamente necessário para proteger o bem jurídico e onde a culpabilidade do agente se assenta no fato de não haver ele evitado a realização do tipo apesar de capaz em condição de fazê-lo. • Crime Instantâneo È o que se esgota com a ocorrência do resultado • Crime Permanente È aquele crime cuja consumação se alonga no tempo • Crime Material A consumação do delito depende da produção de um resultado naturalístico do objeto da ação crime que deixa vestígio, prova de evidencia. A consumação tem que ser um resultado que se possa ver, material. È aquele que só ta perfeito a acabado quando há a produção de um resultado. Só existe um crime natural consumado quando há uma ação ligada a um resultado. Depende da existência de um resultado naturalístico. Ex: Roubo, furto, lesão corporal, homicídio. • Crime Formal Nos crimes formais o tipo penal descreve a ação criminosa um resultado pretendido pelo agente com a ação. Porem não existe a produção do resultado para a consumação do crime. Descrição de uma ação que busca alcançar um resultado. Descreve um resultado pretendido pelo agente com a ação criminosa, porém ele se consuma com a ação, visando produzir o resultado não precisa esperar o resultado acontecer. Ex:Crimes de extorsão a consumação existe independente do resultado. O simples ato de extorquir já é crime. Sumula 96 • Crime de mera conduta È aquele em que o tipo penal descreve apenas a conduta. Não exige a produção de nenhum resultado, basta a ação, o resultado é irrelevante. O crime de mera conduta é aquele em que o tipo não descreve qualquer resultado naturalístico, podem existir resultados, mas é irrelevante Ex:porte ilegal de arma, invasão de domicilio • Crime Unissubsistente Constitui-se de ato único, não admite fracionamento, coincide com a consumação, sendo impossível a tentativa. • Crime Plurissubsistente Sua execução pode desdobra-se em vários atos sucessivos, em que a ação e o resultado típico se separam. Excludentes de Ilicitude São as causas justificantes também chamadas normas permissivas (porque afastam a incidência de uma norma incriminadora, permitindo uma conduta). Para que haja ilicitude em uma conduta típica, é necessário que inexista m causas justificantes. Is to porque estas causas tornam lícita a conduta do agente . Estas causas justificantes podem ser as excludentes de ilicitude. Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato : I – Estado de necessidade; II – Legitima defesa ; III – Estrito cumprimento d e dever legal IV- Exercício regular de direito. Excesso punível Parágrafo único – O a gente , em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso o u culposo. • Legítima Defesa Assim sendo, a legítima defesa nada mais é do que a ação praticada pelo a gente para repelir injusta agressão a si ou a terceiro, utilizando -se dos meios necessários com moderação. A formação da legítima defesa depende de alguns requisitos objetivos. Sã o eles: a) Agressão injusta atual o u iminente; b) Direi to próprio ou alheio; c) Utilização de meios necessários com moderação. O elemento subjetivo existente na legítima defesa é a vontade de se defender ou defender direito alheio. Além de preencher os requisitos objetivos, o a gente precisa ter o animus defendendi (animo de defender) no momento da ação. Se o a gente desconheci a agressão que estava por vir e age com intuito de causar mal ao agressor, nãohaverá exclusão da ilicitude da conduta , pois haverá mero caso de coincidência. • Estado de Necessidade Diante de um perigo ao bem jurídico, o sujeito sacrifica um outro bem jurídico, para salvar o que estava em perigo. Requisitos: 1. Perigo atual Situação fática há uma situação de fato justificante, diz respeito às circunstancias fáticas. 2. Não provocado pela Vontade • Estrito cumprimento do dever legal Ocorre quando o sujeito se limitar a agir para cumprir um dever que lhe é imposto pela lei. Pode ser uma lei tanto no sentido formal. Determinando que o sujeito faça a determinada conduta e ele faz de estrito cumprimento de dever legal, para existir isso o sujeito precisa cumprir a ordem de forma estrita, cumprir exatamente a ordem emanada EX: algema de policial, para evitar mais conflitos • Exercício regular do direito O ordenamento jurídico faculta ao agente a realização de algumas medidas. Ele esta bem restrito, pois tudo é regulamentado. È um direito que tem que ser exercido de acordo com a lei.o sujeito deve exercer de forma mais regular , se testa no limite do regulamento do direito não responde, mas se passar disto, passa a responder pela conduta. Ex: comprar dólar em local especifica. Pode dirigir, mas dentro da regulamentação. Excludentes da ação Conduta É definida como a ação ou omissão humana consciente e dirigida a uma determinada finalidade. A coação física irresistível No tocante à coação física irresistível, ou vis absoluta, não há como considerar- se existente uma guiada por um fim. O coato ( ou coagido) não sobredetermina o curso causal a partir de um fim. Ao contrário, serve como instrumento à disposição do coator. Este, sim, tem o controle do curso causal, na medida em que aplica força física sobre o coato e, com isso, logra êxito na obtenção de um fim qualquer. Daí dizer que, em relação ao coagido, não há conduta humana, do que se dessume impossibilidade de adequação típica de seu papel, que é mera resultante da conduta do coator. Quando a este, há conduta humana e autoria do crime de dano, no exemplo laborado, classifica- se como imediata. Cumpre observar, ao final do cotejo, que a coação moral pode ser exercida mediante violência física: v.g., o sujeito a quem vão sendo arrancados tufos de cabelo, ou cuja pele é submetida a cortes longitudinais, para que preencha um documento falso. O preenchimento do documento será uma conduta humana, porém não se poderá exigir do agente conduta diversa, na forma do art. 22 do CP. O sujeito não é culpável pela conduta. Somente o coator, na hipótese, responde pelo falso sendo hipótese de autoria mediata. Os atos reflexos O ser humano responde a um estimulo mediante atuação do sistema neuromotor obediente ao comando do cérebro. O cérebro lê o estimulo e determina a resposta neuromotora. No caso dos atos reflexos, na há mediação cerebral. É o caso do atleta que, sentado à beira do leito hospitalar, estimulado pelo toque com martelo no joelho, efetuado por um médico, instantaneamente aplica um chute na enfermeira, que estava de costas para o examinando, causando- lhe um leve hematoma. Não há que se coagitar de conduta típica do crime de lesões leves, porquanto sequer há conduta: se não mediação cerebral, não há que se falar de uma finalidade a guiar a atividade do atleta. Atuação de animais Somente será possível exigir o ataque a bens jurídicos daqueles que conseguem reconhecer a existência deles. Não podendo compreender, os animais estão impedidos de tomar uma decisão, v. g., como se os animais pudessem agir com dolo ou com culpa, pela má escolha dos meios. Eles não podem ser submetidos às regras comuns que determinam sentidos numa sociedade, pois são incapazes de identificá-las. Ações em curto-circuito São atividades humanas muito velozes, caracterizadas como reações incontidas do agente, “ impulsivas ou explosivas” (Muñoz Conde), ante um estimulo qualquer. O agente é movido por violenta emoção, como no caso do sujeito que, cancelando a viagem de rotina fazer uma romântica surpresa à esposa, surpreende- a nos lençóis com o jardineiro, em pleno ato sexual. A reação violenta furiosa, de sacar a arma de fogo e atirar repetidas vezes, levada a termo pelo marido traído, muito embora se forme em um átimo, é um fazer guiado por um fim. A hipnose Ser dominante a opinião da existência de conduta humana, negando possa ser considerado sob estado de inconsciência o hipnotizado teoricamente não esteja excluída a possibilidade de que o hipnotizador cheque a dominar totalmente o hipnotizado, sobretudo se este é de fraca constituição surgindo, neste caso, uma situação muito próxima da força irresistível. A sustentação da existência de conduta humana, para alguns, situa- se no fato de o hipnotizado jamais praticar condutas contrarias ao seu caráter. Por exemplo, não matará mesmo que o hipnotizador apresente- lhe esta ordem, se tal tipo de conduta contrariar sua índole. “Era pacifica a personalidade do agente, mas praticou o homicídio mediante hipnose, caso em há conduta, pois teve que superar a barreira da personalidade”. A embriaguez A embriaguez pode levar a absoluta ausência de conduta na hipótese do estado comatoso. Já nos casos de embriaguez incompleta de primeira fase (fase de euforia), ou completa de segunda fase (fase depressiva), são situações em que há deliberação de finalidade: acaso esteja absolutamente tolhida a dirigibilidade do curso causal, não há conduta humana, porem sendo possível esta governabilidade, há conduta (como no caso de andar em ziguezague). A letra do art. 28, II do CP, que taxativamente afasta a isenção de pena (leia- se a inculpação, ou o afastamento da culpabilidade) nas hipóteses de crimes cometidos por agentes sob influência de embriaguez voluntaria e culposa. A problemática da Inconsciência Pré-Ordenada ou Involuntariedade Procurada Tal situação ocorre quando um sujeito, querendo praticar um ato lesivo, por qualquer motivo não consegue realizá-lo ou algo que não queira fazê-lo conscientemente, acaba se submetendo a um estado prévio de inconsciência. Ademais, para rememorar, as excludentes da conduta humana admitidas pela doutrina e jurisprudência, assim como as que excluem a tipicidade penal (forma e material) são: a) Caso fortuito e força maior – exclui a conduta. c) Sonambulismo – exclui a conduta. d) Movimento reflexo – exclui a conduta. e) Coação física irresistível – aquela que exclui o controle dos movimentos do corpo – um empurrão por exemplo. – exclui a conduta. f) Erro de tipo inevitável, invencível, escusável – exclui tanto o dolo, quanto a culpa – torna o fato atípico. Já o erro de tipo evitável, vencível ou inescusável somente exclui a tipicidade dolosa, mantém, se previsto em lei, o crime culposo. g) Arrependimento eficaz e desistência voluntária – são excludentes de tipicidade mediata da tentativa, permite que o agente seja punido pelo que ele causou. Por exemplo: tinha o dolo de matar, iniciou os atos executórios, desistiu e com isso não houve a morte. Não responde por tentativa de homicídio, mas por qualquer resultado que a vitima tenha sofrido, como uma possível lesão corporal. h) Crime impossível – exclui a tentativa quando por ineficácia absoluta do meio ou absoluta impropriedade do objeto o crime jamais se consumaria. Não há qualquer punição. i) Princípio da insignificância – embora o fato esteja formalmente previsto em lei, não será típico materialmente, pois não houve lesão grave para o bem jurídico tutelado. O fato é atípico. A solução apontada pela doutrina portanto, é a de que se deve analisar isoladamente cada caso para perquirir se o agente estava ou não diante de uma situação em que o ato foi praticado por movimento reflexo, movimento automatizado ou ação rotineira puros e capazes de excluir a responsabilidade pelo ato. O contexto dofato é que guiará o julgador ou intérprete para dizer se há ou não há conduta.
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