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TEORIA GERAL DO DELITO (Salvo Automaticamente)

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PRINCIPIOS PENAIS 
Eixos são pólos atrativos de sub princípios, que conferem aos princípios por eles atraídos 
uma identidade. (divisão abstrata feita por Busato) 
 Eixo Formal - Tudo que estiver a ver com forma e com os elementos estruturais vai esta 
vinculada ao eixo formal. 
1. Principio da Legalidade 
Só a lei pode definir os crimes e as penas. Nenhum fato pode ser 
considerado crime e nenhuma pena criminal pode ser aplicada sem antes 
da ocorrência desse fato exista uma lei e uma sanção correspondente. 
2. Principio da reserva legal 
Compete privativamente a união legislar sobre direito penal, mas os estados 
membros pode fazê-lo quanto as questões especificas, desde que possua 
autorização complementar. A autoridade local pode acionar seu partido 
para fazer um projeto e lei que altere o código penal. 
3. Principio da Taxatividade 
A lei deve ser precisa quanto à proibição. A lei descreve com Maximo de 
precisão, exige-se clareza, determinação e taxatividade na formulação dos 
tipos legais penais de crime. 
4. Principio da Anterioridade 
“Não pode haver crime sem lei anterior que o defina. Não pode haver pena 
sem breve combinação legal” 
Só pode punir para coagir psicologicamente, se não for para isso punição é 
excesso. Não há como coagir se ela não for anterior e se ela não for anterior 
não há coação psicológica 
5. Principio da retroatividade 
A lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu. Ultra 
Irretroatividade- A impossibilidade da lei penal mais gravosa alcançar fato 
anterior a sua vigência. 
Ultraatividade- A lei vai produzir efeito alem da sua revogação se for para 
beneficiar o acusado. 
Eixo Material – Tudo que estiver ligado a substancia, ou a conduta efetivamente 
protegida ou banida, vai se vincular ao eixo material 
1. Principio da Ofensividade 
Só podem ser consideradas criminosas conduta s lesivas ao bem jurídico 
alheio, publico ou particular entendendo-se como tal pressupostos 
existenciais e instrumentais de que a pessoa necessita para sua realização 
na vida social 
 
 
2. Principio da Fragmentariedade 
Nem todas as ações que lesionam os bens jurídicos são proibidas pelo direito 
penal, como nem todos os bens jurídicos são por eles protegidos. O direito 
penal limita-se a castigar as ações mais graves praticadas contra os bens 
jurídicos mais importantes, se ocupa somente de uma parte dos bens 
jurídicos protegidos pela ordem jurídica. O direito penal vai fragmentar os 
elementos mais importantes da constelação de bens jurídicos e protegê-los 
pela ameaça da pena 
3. Principio da Subsidiariedade 
Pressupõe a existência de um tipo principal, que criminaliza a ofensa mais 
grave, é um acessório que tipifica a ofensa menos grave, relativamente ao 
mesmo bem jurídico. Utiliza o direito penal como meio ultima ratio do 
estado, subsidiário, quando não houver outra forma. 
4. Principio da Insignificância 
Afim de que o estado incida sobre ações e omissões concretamente graves. 
Um instrumento por cujo meio o juiz, em razão da ,manifesta desproporção 
entre crime e castigo, reconheça o caráter não criminoso de um fato, que 
embora típico, não constitui uma violação realmente importante ao bem 
jurídico tutelado 
 
TEORIA GERAL DO DELITO 
 Estuda os elementos para que se configure o crime e os pressupostos para aplicação da pena. 
Sistema bipartidário ou dualista 
Infração penal(Ilícito que tem natureza penal) é gênero e possui duas espécies: 
Crimes/ Delitos : infrações mais graves 
 Pena: reclusão ou detenção. Pune na tentativa. limite da pena 30 anos. 
Contravenções penais: infrações mais leves (crimes anões) 
Pena: Prisão simples ou multa. Não pune na tentativa. Limite da pena 5 anos. 
Obs.: o critério para diferenciar delito e contravenção é axiológico, ou seja as condutas 
mais graves serão crime e as menos grave serão contravenção, varia com a política 
criminal (Garofalo com sua falha teoria do crime natural) 
Infrações de menor potencial ofensivo: São os crimes que a conduta atinge o bem 
jurídico de modo tão desprezível que a lesão é considerada insignificante. 
Engloba todas as contravenções e além das contravenções os crimes com pena de até 
2 anos. 
Crimes hediondos: São aqueles considerados de altíssimo potencial ofensivo e por isso 
o réu e o condenado sofre diversas restrições no curso do processo e do cumprimento 
da pena. EX: Estupro, latrocínio, homicídio qualificado, etc; 
Sanção penal: resultado da infração penal 
Pena: +18 Para os indivíduos imputáveis 
Medida de segurança: + 18 para os indivíduos inimputáveis não possui capacidade 
cognitiva ou volitiva no momento da ação ou omissão 
 
Conceito de crime 
Conceito formal 
O comportamento previsto em lei, tudo aquilo que a lei define como tal. Conduta humana 
rotulada na lei como criminosa passível de uma pena. 
Conceito material 
Comportamento humano causador de irrelevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao 
bem jurídico tutelado sob ameaça de pena. Comportamento que atenta contra os bens mais 
importantes de uma determinada sociedade de acordo contexto temporal e espacial. Os bens 
jurídicos são os interesses mais importantes da sociedade. 
Conceito analítico de crime- Adotado pela Doutrina 
Teoria tripartida do crime 
O conceito analítico predominante passou a definir o crime como a ação típica, antijurídica e 
culpável. Decompõe o fenômeno criminoso em partes que permitam a identificação do crime. 
Para verificar o crime é preciso ter um conjunto de elementos. 
TIPICIDADE- Consiste na perfeita e concreta adequação entre uma conduta praticada por 
alguém e a descrição constante da lei. Só haverá tipicidade formal quando a conduta do 
agente coincidir exatamente com o modelo descrito no tipo penal. Conduta uma prevista na lei 
como criminosa. É uma contrariedade da conduta humana concreta com uma norma penal 
incriminadora. Há tipicidade quando uma determinada conduta violou uma norma penal. 
Divide se em: 
analise objetiva – ligação da conduta incriminada e o resultado 
analise subjetiva- ligação entre o sujeito e a conduta 
ILICITUDE/ ANTIJURIDICIDADE - è a contrariedade da conduta típica ao ordenamento jurídico, 
verifica-se se há alguma situação em particular que o ordenamento entenda que deva excluir. 
CULPABILIDADE- Juízo de reprovação do autor de um crime, nem sempre o sujeito é 
reprovável. Vai analisar se o individuo podendo agir dentro da lei, optou por agir em 
desconformidade com o direito. 
*PUNIBILIDADE- algumas correntes adicionam esse outro elemento. Que é a possibilidade do 
estado de aplicar um apena. Em muitos casos mesmo o fato sendo típico, ilícito e culpável o 
estado perdeu o jus puniende. Se a sanção penal e composta de crime e pena. Se não tem 
pena, não tem crime. 
NOSSA DOUTRINA NÃO ADICIONA ESSE ELEMENTO. Porque entende que mesmo sem pena 
continua sendo crime 
TIPICIDADE X TIPO 
• Tipicidade: è uma qualidade que se atribui a um comportamento concreto que 
contraria a norma penal. 
• Tipo: è a norma penal incriminadora. A conduta incriminada na lei. 
 
Teoria da ação Causal – modelo clássico de ação 
Foi desenvolvida na lógica do positivismo cientifico que defendia que só se faz ciência pelo 
método experimental, ou seja pelo método indutivo. Visava explicar todos os fenômenos pela 
experimentação. Acreditava-se ser possível explicar o comportamento criminoso através desse 
método. Esse método é avalorativo, parcialmente neutro defende que a ciência não se faz por 
juízo de valoração, mas somente pela experiência. Buscaexplicar ação, sob uma perspectiva 
objetiva. 
Ação é um movimento corporal voluntario que produz uma alteração no mundo exterior. 
Movimento Corporal + Voluntário + Resultado Não 
era necessário investigar o conteúdo do agente, era a voluntariedade externa e não a interna 
que é avaliada . Não investigava se o sujeito quis ou não realizar aquele crime. Nessa teoria dolo 
e culpa são objetos avaliados mais para frente. A ideia de ação como sendo naturalística. 
A teoria causal se encontrava dentro de um contexto que considerava que a tipicidade e a 
ilicitude eram aspectos externos ao delito e a culpabilidade era a ligação interna entre o 
sujeito e o crime. 
Nexo de causalidade 
È preciso lincar o resultado a ação, se não fosse a ação o resultado não teria acontecido .foi a 
ação que provocou o resultado. 
Ação ------→ Resultado 
 Ligação 
 
A teoria causal não se sustenta porque nem todo crime produz um resultado naturalístico. 
Existem distinções entre ações dolosas e culposas. Não explica adequadamente os crimes 
culposos. Não é possível alcançar neutralidade axiológica, esse método não foi considerado mais 
adequado. 
 
Teoria Neokantista 
O neokantismo teve o mérito de constatar a necessidade de harmonizar a convivência entre ser 
e dever ser do Direito; e enquanto teoria do Direito penal, por sua vez, teve a grande virtude de 
superar a idéia de crime como um fenômeno físico causador de um resultado naturalístico: o 
crime é identificado axiologicamente por categorias jurídicas. 
O neokantismo parte do pressuposto que o mundo da realidade e o mundo dos valores formam 
compartimentos incomunicáveis, não havendo a menor relação entre eles (dualismo 
metodológico. Logo, acaba-se esquecendo que o direito está em constantes relações com a 
realidade, e que a realidade também influi sobre o direito, mais: que direito e realidade se 
interpenetram e confundem. 
Permitindo a constatação de que o Direito positivo não contém em si mesmo um sentido 
objetivo que deve ser, simplesmente, “descoberto” pelo intérprete. Ao contrário, as normas 
jurídicas, como um produto cultural, têm como pressupostos valores prévios, e o próprio 
intérprete que, por mais que procure adotar certa neutralidade, não estará imune a maior ou 
menor influência desses valores. 
No neokantismo o tipo não é mais o elemento identificador da antijuridicidade, mas seu 
fundamento. Isso quer dizer que o injusto possui elemento próprio e tem uma forma especial 
de aparecimento, através da realização da conduta prevista em lei. O que da base para a 
subjetivação do injusto, que se havia feito com a introdução dos elementos subjetivos de 
justificação. 
Teoria final da ação 
Para Hans Welzel toda ação humana é planejada. O sujeito planeja o fim que ele quer alcançar 
e orienta sua conduta para atingir determinados fins, De modo que Welzel vai dizer que toda 
ação humana é finalisticamente orientada. Ação em geral é em busca de alcançar um objetivo. 
È impossível dissociar finalidade da ação Pode ate não saber a finalidade do sujeito, mas a ação 
dele é finalisticamente orientada. È impossível compreender a ação sem entender a finalidade 
alcançada. A ação é a produção de um resultado controlado pelo agente, um comportamento 
guiado com o objetivo de atingir determinados fins. 
O tipo torna-se a descrição de uma ação proibida – deixa de ser um tipo de injusto, tipificação 
de antijuridicidade, para tornar-se um tipo indiciário, no qual se enxerga a matéria de 
proibição. Como só se podem proibir ações finais, o dolo integra o tipo. Da mesma forma que 
os tipos são vistos formalmente, como meras normas proibitivas, também as causas de 
justificação não passam de tipos permissivos. E como têm por objeto ações finalistas, surge a 
exigência do elemento subjetivo de justificação. 
O ilícito, materialmente, deixa de centrar-se no dano social, ou ao bem jurídico, para configurar 
um ilícito pessoal, consubstanciado fundamentalmente no desvalor da ação, cujo núcleo, por 
sua vez, é a finalidade. 
A culpabilidade, por sua vez, torna-se juízo de reprovação calcado sobre a estrutura lógico-real 
do livre arbítrio, do poder agir de outra maneira. O homem, porque capaz de comportar-se de 
acordo com o direito, é responsável quando não age desta forma. 
Explica a ação culposa como sendo o exercício defeituoso de uma ação com fim licito. 
Terá duas etapas: 
a) Objetiva 
È a que o sujeito realiza efetivamente aquilo que é visível 
b) Subjetiva 
È a etapa que se passa no planejamento do agente. Que basicamente nessa fase o 
sujeito antecipa os fins 
1- Antecipa os fins 
2- Decide a forma 
3- Escolhe os meios 
4- Aceita os efeitos colaterais 
Quando temos contato com a ação nosso primeiro contato é com a parte objetiva, mas no 
plano lógico o subjetivo vem antes. Porque primeiro o sujeito planeja a ação e depois ele 
executa o planejamento. A ação hoje segundo o ordenamento é finalisticamente orientada é o 
que se adota no código penal. 
Teoria da equivalência dos antecedentes causais 
Estabelece que causa é todo acontecimento anterior ao fato, resultado que ne um juízo logico 
não pode ser suprimido da cadeia dos acontecimentos sem com que isso provoque alteração 
na produção do resultado em si, na forma de produção do resultado e no momento em que 
isso produziu. 
Para saber se é causa deve-se perguntar: Se Joãonão tivesse feito isso, esse resultado 
aconteceria? 
Se João não tivesse dado o tiro em Maria ela morreria no hospital? Não, então João deu causa 
a morte de Maria. 
A teoria da equivalência é suficiente para atribuir resultado a alguém? Todos que causam o 
resultado vão responder criminalmente pelo resultado? 
Para a teoria da equivalência é preciso entender como causa de um resultado tudo aquilo que 
em seu juízo logico, chamado método hipotético de eliminação, você não consegue suprimir 
sem que isso provoque uma mudança no resultado. 
O problema dessa teoria é o regresso infinito. A teoria da equivalência se constitui o primeiro 
elemento que constitui imputação de responsabilidade nos crimes materiais, mas não é nunca 
o ultimo. Não se pode dizer que todos que criam um resultado vão responder por ele. Porem 
essa teoria da equivalência não é suficiente para impor responsabilidade é necessário um filtro 
a essa teoria. Porque o direito penal não pune a mera causação do resultado. 
 
Tipicidade conglobante (Zaffaroni) 
Por meio desta verifica se o fato que aparentemente viola uma norma penal 
incriminadora, não é permitido ou incentivado por outra norma jurídica ( como no caso 
das intervenções médicos- cirurgias, violência desportivas, estrito cumprimento do 
dever legal e etc. ) è uma analise conglobal de todas as normas jurídicas, inclusive as 
extra penais. 
Injusto penal 
É a terminologia dada ao tipo quando, em sua verificação analítica (fato 
típico/antijurídico/culpável), o intérprete analisou a tipicidade e a antijuridicidade, sem ater-se 
ao estudo da culpabilidade. Ou seja, injusto penal é o fato apreciado simplesmente quanto à 
tipicidade e ilicitude, sem verificação da culpabilidade do agente. 
Consiste na conduta que, alem de típica, é também ilícita. Assim haverá o injusto penal quando 
uma conduta já estiver sido analisada positivamente do ponto de vista da tipicidade e ilicitude. 
Teoria dos elementos negativos do tipo 
Toda vez que não for ilícita a conduta do agente não haverá o próprio fato típico. 
Estando a antijuridicidade fazendo parte do tipo penal, se a conduta do agente for licita 
em virtude de alguma causa de justificação, o fato deixara de ser típico. Para essa teoria 
existe um tipo total, que deve ser entendido juntamente com a ilicitudeda conduta, 
fusão do tipo com a ilicitude. 
Elementos do tipo 
• Objetivos 
Referem-se ao aspecto material formal. Existem concretamente no mundo dos fatos e só 
precisam ser descritos pela norma. Os elementos objetivos têm a finalidade de descrever a 
ação, o objeto da ação, a pessoa do autor. Ex: o lugar, o tempo, os meios empregado, o núcleo 
do tipo. (verbo) Seu significado se extrai da mera observação 
• Normativos 
Exige do juiz um juízo de valoração jurídica, social, cultural, histórica, política, bem como de 
qualquer outro campo do conhecimento humano. 
Jurídicos quando exigem juízo de valoração jurídica e extrajurídica ou morais quando 
pressupõem um exame social, cultural e histórico. 
Ex: a expressão ato obsceno pode ter significados distintos dependendo do lugar, deve fazer 
uma analise sociológica para saber se o ato ofende ou não o pudor da sociedade. Alargam a 
discricionariedade do julgador perdendo sua capacidade delimitadora 
• Subjetivos 
Internos do tipo pertencem ao campo psíquico- espiritual são os que pertencem ao mundo da 
representação do autor. O legislador destaca uma parte dôo dolo e a insere expressamente no 
tipo penal. 
 
Classificação do tipo 
• Tipo básico 
È a descrição mais simples do tipo penal: EX: Matar alguém. Art 121 
• Tipo derivado 
Resultam do acréscimo de certas circunstancias a esse tipo básico, implicando na 
diminuição, ou exasperação das penas. Ex: homicídio qualificado 
 
• Tipo Normal 
Puramente objetivo, sem qualquer conteúdo normativo ou subjetivo. 
• Tipo anormal 
Alem dos elementos objetivos conte elementos normativos e subjetivos. 
 
• Tipo congruente 
È o tipo penal que espelha a coincidência entre a face objetiva e o lado subjetivo. 
Ex: homicídio, o agente extermina a vida da vitima, preenche tipo objetivo – matar 
alguém e o subjetivo que é a vontade matar alguém. 
• Tipo incongruente 
È aquele que permite a inadequação do lado objetivo, nele previsto, com o que 
subjetivamente almeja o agente, embora se considere consumado o delito. Ex: 
Extorsão mediante seqüestro, o tipo objetivo prevê o seqüestro da pessoa com o fim 
de obter vantagem, como condição ou preço do resgate. Ainda que somente o 
seqüestro se realize, bastando haver o intuito de obter resgate, este consumado o 
crime. Não precisa o agente ter recebido o valor desejado, há a incongruência entre 
o que o agente desejou e o que realmente efetivou. 
 
• Tipo simples 
Também chamado de uninuclear, aquele no qual esta descrita uma única conduta, 
um único comportamento. EX: furto art 155 ou homicídio simples art 121 
• Tipo misto 
Também chamado Plurinuclear, são descritas duas ou mais condutas. Ex: tipo de 
trafico de drogas. 
 
• Tipo Fechado 
São aqueles que possuem a descrição completa da conduta proibida pela lei penal. 
• Tipo Aberto 
Não há descrição completa e precisa do núcleo de conduta proibida ou imposta, é 
necessária complementação pelo interprete. EX: crimes culposos observar se foi por 
dolo ou não. 
 
 
 
Classificação das infrações 
 
• Crime Comissivo 
Satisfaz-se com o simples agir. Ação positiva visando um resultado tipicamente ilícito 
• Crime Omissivo 
Omissão de atividade legalmente exigida, o agente deixa de fazer determinada conduta , 
tendo a obrigação jurídica de faze-lo (Omissivo próprio) ou omissão de quem tinha dever 
legal de impedir o resultado, a omissão é o meio pelo qual o agente produz o resultado 
(omissivo impróprio) . 
 
• Crime Doloso 
Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo . Pune-se a ação ou 
omissão dirigida a um fim licito. 
Elementos subjetivos geral: DOLO 
Diz respeito ao estado anímico do sujeito. O dolo é a consciência e a vontade de 
realização dos elementos objetivos do tipo de injusto doloso. Age com dolo o 
agente que conhece e quer a realização dos elementos da situação fática ou objetiva. 
Dolo exige conhecimento (saber) e vontade (querer) 
• Crime Culposo 
Quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligencia ou imperícia. Pune-
se um comportamento mal dirigido a um fim irrelevante. 
Elementos subjetivos geral: CULPA 
Diz respeito ao estado anímico do sujeito. Culpa como uma conduta humana que se 
caracteriza pela realização do tipo de uma lei penal através da lesão a um dever de 
cuidado, objetivamente necessário para proteger o bem jurídico e onde a 
culpabilidade do agente se assenta no fato de não haver ele evitado a realização do 
tipo apesar de capaz em condição de fazê-lo. 
• Crime Instantâneo 
È o que se esgota com a ocorrência do resultado 
• Crime Permanente 
È aquele crime cuja consumação se alonga no tempo 
 
• Crime Material 
A consumação do delito depende da produção de um resultado naturalístico do 
objeto da ação crime que deixa vestígio, prova de evidencia. A consumação tem que 
ser um resultado que se possa ver, material. È aquele que só ta perfeito a acabado 
quando há a produção de um resultado. Só existe um crime natural consumado 
quando há uma ação ligada a um resultado. Depende da existência de um resultado 
naturalístico. 
Ex: Roubo, furto, lesão corporal, homicídio. 
 
• Crime Formal 
Nos crimes formais o tipo penal descreve a ação criminosa um resultado pretendido 
pelo agente com a ação. Porem não existe a produção do resultado para a 
consumação do crime. Descrição de uma ação que busca alcançar um resultado. 
Descreve um resultado pretendido pelo agente com a ação criminosa, porém ele se 
consuma com a ação, visando produzir o resultado não precisa esperar o resultado 
acontecer. 
Ex:Crimes de extorsão a consumação existe independente do resultado. O simples 
ato de extorquir já é crime. Sumula 96 
• Crime de mera conduta 
È aquele em que o tipo penal descreve apenas a conduta. Não exige a produção de 
nenhum resultado, basta a ação, o resultado é irrelevante. O crime de mera conduta 
é aquele em que o tipo não descreve qualquer resultado naturalístico, podem existir 
resultados, mas é irrelevante 
Ex:porte ilegal de arma, invasão de domicilio 
 
• Crime Unissubsistente 
Constitui-se de ato único, não admite fracionamento, coincide com a consumação, sendo 
impossível a tentativa. 
• Crime Plurissubsistente 
Sua execução pode desdobra-se em vários atos sucessivos, em que a ação e o 
resultado típico se separam. 
 
Excludentes de Ilicitude 
São as causas justificantes também chamadas normas permissivas (porque afastam a 
incidência de uma norma incriminadora, permitindo uma conduta). Para que haja 
ilicitude em uma conduta típica, é necessário que inexista m causas justificantes. 
Is to porque estas causas tornam lícita a conduta do agente . Estas causas 
justificantes podem ser as excludentes de ilicitude. 
 Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato : 
I – Estado de necessidade; 
II – Legitima defesa ; 
III – Estrito cumprimento d e dever legal 
IV- Exercício regular de direito. 
Excesso punível Parágrafo único – O a gente , em qualquer das hipóteses deste 
artigo, responderá pelo excesso doloso o u culposo. 
• Legítima Defesa 
Assim sendo, a legítima defesa nada mais é do que a ação praticada pelo a gente para 
repelir injusta agressão a si ou a terceiro, utilizando -se dos meios necessários com 
moderação. A formação da legítima defesa depende de alguns requisitos objetivos. 
Sã o eles: a) Agressão injusta atual o u iminente; 
b) Direi to próprio ou alheio; 
c) Utilização de meios necessários com moderação. 
O elemento subjetivo existente na legítima defesa é a vontade de se defender ou 
defender direito alheio. Além de preencher os requisitos objetivos, o a gente precisa 
ter o animus defendendi (animo de defender) no momento da ação. Se o a gente 
desconheci a agressão que estava por vir e age com intuito de causar mal ao agressor, 
nãohaverá exclusão da ilicitude da conduta , pois haverá mero caso de 
coincidência. 
• Estado de Necessidade 
Diante de um perigo ao bem jurídico, o sujeito sacrifica um outro bem jurídico, 
para salvar o que estava em perigo. 
Requisitos: 
1. Perigo atual 
 Situação fática há uma situação de fato justificante, diz respeito às 
circunstancias fáticas. 
2. Não provocado pela Vontade 
 
• Estrito cumprimento do dever legal 
Ocorre quando o sujeito se limitar a agir para cumprir um dever que lhe é imposto pela 
lei. Pode ser uma lei tanto no sentido formal. Determinando que o sujeito faça a 
determinada conduta e ele faz de estrito cumprimento de dever legal, para existir isso 
o sujeito precisa cumprir a ordem de forma estrita, cumprir exatamente a ordem 
emanada 
EX: algema de policial, para evitar mais conflitos 
• Exercício regular do direito 
O ordenamento jurídico faculta ao agente a realização de algumas medidas. Ele esta 
bem restrito, pois tudo é regulamentado. È um direito que tem que ser exercido de 
acordo com a lei.o sujeito deve exercer de forma mais regular , se testa no limite do 
regulamento do direito não responde, mas se passar disto, passa a responder pela 
conduta. 
Ex: comprar dólar em local especifica. Pode dirigir, mas dentro da regulamentação. 
Excludentes da ação 
Conduta 
É definida como a ação ou omissão humana consciente e dirigida a uma determinada 
finalidade. 
A coação física irresistível 
No tocante à coação física irresistível, ou vis absoluta, não há como considerar- se 
existente uma guiada por um fim. O coato ( ou coagido) não sobredetermina o curso 
causal a partir de um fim. Ao contrário, serve como instrumento à disposição do 
coator. Este, sim, tem o controle do curso causal, na medida em que aplica força física 
sobre o coato e, com isso, logra êxito na obtenção de um fim qualquer. 
 Daí dizer que, em relação ao coagido, não há conduta humana, do que se dessume 
impossibilidade de adequação típica de seu papel, que é mera resultante da conduta 
do coator. Quando a este, há conduta humana e autoria do crime de dano, no exemplo 
laborado, classifica- se como imediata. 
Cumpre observar, ao final do cotejo, que a coação moral pode ser exercida mediante 
violência física: v.g., o sujeito a quem vão sendo arrancados tufos de cabelo, ou cuja 
pele é submetida a cortes longitudinais, para que preencha um documento falso. O 
preenchimento do documento será uma conduta humana, porém não se poderá exigir 
do agente conduta diversa, na forma do art. 22 do CP. O sujeito não é culpável pela 
conduta. Somente o coator, na hipótese, responde pelo falso sendo hipótese de 
autoria mediata. 
Os atos reflexos 
O ser humano responde a um estimulo mediante atuação do sistema neuromotor 
obediente ao comando do cérebro. O cérebro lê o estimulo e determina a resposta 
neuromotora. 
No caso dos atos reflexos, na há mediação cerebral. É o caso do atleta que, sentado à 
beira do leito hospitalar, estimulado pelo toque com martelo no joelho, efetuado por 
um médico, instantaneamente aplica um chute na enfermeira, que estava de costas 
para o examinando, causando- lhe um leve hematoma. Não há que se coagitar de 
conduta típica do crime de lesões leves, porquanto sequer há conduta: se não 
mediação cerebral, não há que se falar de uma finalidade a guiar a atividade do atleta. 
Atuação de animais 
Somente será possível exigir o ataque a bens jurídicos daqueles que 
conseguem reconhecer a existência deles. Não podendo compreender, os 
animais estão impedidos de tomar uma decisão, v. g., como se os animais 
pudessem agir com dolo ou com culpa, pela má escolha dos meios. Eles não 
podem ser submetidos às regras comuns que determinam sentidos numa 
sociedade, pois são incapazes de identificá-las. 
Ações em curto-circuito 
São atividades humanas muito velozes, caracterizadas como reações incontidas do 
agente, “ impulsivas ou explosivas” (Muñoz Conde), ante um estimulo qualquer. O 
agente é movido por violenta emoção, como no caso do sujeito que, cancelando a 
viagem de rotina fazer uma romântica surpresa à esposa, surpreende- a nos lençóis 
com o jardineiro, em pleno ato sexual. A reação violenta furiosa, de sacar a arma de 
fogo e atirar repetidas vezes, levada a termo pelo marido traído, muito embora se 
forme em um átimo, é um fazer guiado por um fim. 
A hipnose 
Ser dominante a opinião da existência de conduta humana, negando possa ser 
considerado sob estado de inconsciência o hipnotizado teoricamente não esteja 
excluída a possibilidade de que o hipnotizador cheque a dominar totalmente o 
hipnotizado, sobretudo se este é de fraca constituição surgindo, neste caso, uma 
situação muito próxima da força irresistível. 
A sustentação da existência de conduta humana, para alguns, situa- se no fato de o 
hipnotizado jamais praticar condutas contrarias ao seu caráter. Por exemplo, não 
matará mesmo que o hipnotizador apresente- lhe esta ordem, se tal tipo de conduta 
contrariar sua índole. 
“Era pacifica a personalidade do agente, mas praticou o homicídio mediante hipnose, 
caso em há conduta, pois teve que superar a barreira da personalidade”. 
A embriaguez 
A embriaguez pode levar a absoluta ausência de conduta na hipótese do 
estado comatoso. Já nos casos de embriaguez incompleta de primeira fase 
(fase de euforia), ou completa de segunda fase (fase depressiva), são 
situações em que há deliberação de finalidade: acaso esteja absolutamente 
tolhida a dirigibilidade do curso causal, não há conduta humana, porem 
sendo possível esta governabilidade, há conduta (como no caso de andar em 
ziguezague). 
 A letra do art. 28, II do CP, que taxativamente afasta a isenção de pena (leia- 
se a inculpação, ou o afastamento da culpabilidade) nas hipóteses de crimes 
cometidos por agentes sob influência de embriaguez voluntaria e culposa. 
A problemática da Inconsciência Pré-Ordenada ou Involuntariedade 
Procurada 
Tal situação ocorre quando um sujeito, querendo praticar um ato lesivo, por 
qualquer motivo não consegue realizá-lo ou algo que não queira fazê-lo 
conscientemente, acaba se submetendo a um estado prévio de 
inconsciência. 
Ademais, para rememorar, as excludentes da conduta humana admitidas pela doutrina 
e jurisprudência, assim como as que excluem a tipicidade penal (forma e material) são: 
a) Caso fortuito e força maior – exclui a conduta. 
c) Sonambulismo – exclui a conduta. 
d) Movimento reflexo – exclui a conduta. 
e) Coação física irresistível – aquela que exclui o controle dos movimentos do corpo – 
um empurrão por exemplo. – exclui a conduta. 
f) Erro de tipo inevitável, invencível, escusável – exclui tanto o dolo, quanto a culpa – 
torna o fato atípico. Já o erro de tipo evitável, vencível ou inescusável somente exclui a 
tipicidade dolosa, mantém, se previsto em lei, o crime culposo. 
g) Arrependimento eficaz e desistência voluntária – são excludentes de tipicidade 
mediata da tentativa, permite que o agente seja punido pelo que ele causou. Por 
exemplo: tinha o dolo de matar, iniciou os atos executórios, desistiu e com isso não 
houve a morte. Não responde por tentativa de homicídio, mas por qualquer resultado 
que a vitima tenha sofrido, como uma possível lesão corporal. 
h) Crime impossível – exclui a tentativa quando por ineficácia absoluta do meio ou 
absoluta impropriedade do objeto o crime jamais se consumaria. Não há qualquer 
punição. 
i) Princípio da insignificância – embora o fato esteja formalmente previsto em lei, não 
será típico materialmente, pois não houve lesão grave para o bem jurídico tutelado. O 
fato é atípico. 
A solução apontada pela doutrina portanto, é a de que se deve analisar isoladamente 
cada caso para perquirir se o agente estava ou não diante de uma situação em que o 
ato foi praticado por movimento reflexo, movimento automatizado ou ação rotineira 
puros e capazes de excluir a responsabilidade pelo ato. O contexto dofato é que guiará 
o julgador ou intérprete para dizer se há ou não há conduta.

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