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Vitória 2022 Universidade Estácio de Sá Professor: Emerson Canzian Cararo Disciplina: Materiais de Construção Curso de Engenharia Civil Aluno (a): Tiago dos Reis Mendonça Lampier Matricula: 202003048682 MATERIAIS CERÂMICOS Vitória 2022 1. Introdução A cerâmica é o material artificial mais antigo produzido pelo homem, que atualmente é fabricado em massa e está presente em diversos setores como o eletrônico, automotivo, aeroespacial e no setor de construções civis. Caracterizada por sua versatilidade, durabilidade, acabamento e baixo custo de produção a cerâmica é um material indispensável para as construções sendo altamente resistente à corrosão e ao desgaste, uma vantagem técnica sobre outros materiais como o metal e os polímeros. 2. Argila É um material natural de textura terrosa e de granulação fina constituída principalmente de argilominerais matéria orgânica e outras impurezas. Os materiais argilosos se diferenciam entre si pelas diferentes proporções de sílica, alumina e água em sua composição, além da estrutura molecular diferenciada. A argila apresenta alta plasticidade quando úmida e, quando seca, forma torrões dificilmente desagregáveis pela pressão dos dedos. Sua queima é indispensável para aglutinação e endurecimento da cerâmica, peças de argila secas que não passaram pelo processo de queima, tornam-se plásticas novamente quando úmidas. 3. Origem das argilas As argilas podem ocorrer na superfície das rochas, como resultado da decomposição superficial das mesmas; nos veios e trincas das rochas e nas camadas sedimentares, depositadas pela ação dos ventos e das chuvas. 4. Composição da argila 4.1 Calium Argila com alto teor de caulinita, mineral na forma de pó branco muito usado na produção da porcelana. A caulinita é a forma mais pura de argilominerais, mas geralmente está misturada com grãos de areia, óxido de ferro e outros elementos, essas substancias estranhas dão a caulinita uma pequena fusibilidade, o que confere a dureza das cerâmicas. Vitória 2022 4.2 Óxido de ferro Comum nas rochas ígneas, mistura-se geralmente com a caulinita e produz a cor vermelha ou amarelada da maioria das cerâmicas. Em outros casos, forma piritas ou manchas. Ele reduz a propriedade de a argila ser refratária. 4.3 Sílica Na argila reduz a plasticidade, a retração, o trincamento e fissuras e facilita a secagem. Diminui a resistência mecânica, mas o pouco que funde no cozimento é que dá o vidrado endurecedor. 4.4 Alumina Conforme o tipo pode aumentar ou diminuir o ponto de fusão. Reduz a plasticidade e a resistência mecânica, mas também diminui as deformações. 4.5 Álcalis Baixam o ponto de fusão e dão porosidade, o que vem facilitar a secagem e o cozimento, mas também reduzem a plasticidade. 4.6 Cálcio Age como fundente e clareia a cerâmica. 4.7 Sais solúveis São prejudiciais, porque podem propiciar o aparecimento de eflorescências, manchas, expansões, fissuras e perda de desempenho do componente. 4.8 Matéria orgânica, Embora dê mais plasticidade, torna a argila mais porosa. É ela que torna a argila escura antes do cozimento, mesmo assim a cor vermelha reapareçe depois da queima. Vitória 2022 4.9 Água A Água de constituição é aquela que faz parte da estrutura da molécula da argila, já a de plasticidade adere à superfície das partículas coloidais, a água de capilaridade preenche os poros e vazios na argila e é facilmente eliminada. 5. Tipos de argila Argilas de cor de cozimento branca, argilas refratárias, argilas para produtos de grês, argilas para materiais cerâmicos estruturais, amarelas ou vermelhas. As argilas também podem ser classificadas em gordas e magras, as argilas gordas são mais puras muito plásticas e, em razão da alumina, deformam-se muito mais no cozimento. As argilas magras, devido ao excesso de sílica e tamanho dos grãos, são mais porosas e frágeis de difícil trabalhabilidade. 6. Propriedades da argila 6.1 Plasticidade Um material possui plasticidade quando se deforma sob a ação de uma força e mantém essa deformação após cessar a força que a originou. A plasticidade das argilas é em função da quantidade de água presente no material. Quanto mais pura a argila, mais plástica é a sua mistura com água e quanto maior a temperatura, menor a plasticidade, porque a quantidade de água é reduzida. A plasticidade depende, também, do tamanho, formato e comportamento dos grãos e da presença de outras substâncias, além dos argilominerais. 6.2 Retratibilidade Durante o processo da secagem a distância entre as partículas do material diminui e a argila sofre retração. Essa retração é proporcional ao grau de umidade e varia também com a composição da argila: quanto mais caulinita, maior a retração. Todos os fatores que aumentam a plasticidade consequentemente aumentam a retração. Vitória 2022 6.3 Efeitos do calor sobre as argilas Nas argilas, a ação do calor pode ocasionar variação na densidade, porosidade, dureza, resistência, plasticidade, textura, condutibilidade térmica, desidratação e formação de novos compostos químicos. 7 Fabricação de produtos cerâmicos 7.1 Extração Normalmente a argila vermelha, extraída em laterais de rios ou barrancos, é utilizada para tijolos, telhas, lajotas e ladrilhos. As argilas claras, tipo caulim, utilizadas para azulejos, porcelanas, etc. 7.2 Preparo da Matéria-Prima A argila é levada para depósitos ao ar livre, nos quais é revolvida sumariamente e passa por um período de descanso. Tem por finalidade principal a fermentação das partículas orgânicas, que também ficam coloidais, aumentando a plasticidade. O apodrecimento também serve para corrigir o efeito das pressões sobre as argilas. É feita a eliminação de impurezas grosseiras e classificação, o que se consegue por levigação, sedimentação, centrifugação, flotação, aeração etc. 7.2.1 Segue-se o preparo da pasta propriamente dita nos processos de: 7.2.1.1 Maceração Processo realizado para se obter menores partículas, grãos finos e, com isso, maior plasticidade, melhor contato entre os componentes etc. 7.2.1.2 Correção É realizada para dar à argila a constituição que se deseja. Por exemplo, para se obter cerâmica fina, deve-se lavar, deixar sedimentar e depois filtrar, eliminando- se, por esse processo, os grãos graúdos. 7.2.1.3 Amassamento Preparação da argila para a moldagem. Conforme o tipo de barro e o tipo de moldagem, é usada ou não água e o amassamento se dá por processos manuais ou mecânicos Vitória 2022 8. Moldagem Com pasta seca ou semi-seca (4 a 10% de água) molda-se com prensas (azulejos, pisos, tijolos e telhas). Com pasta plástica consistente (20 a 35% de água) molda-se em formas de madeira ou torno de oleiro (vasos, potes, etc.). Com pasta fluida (30 a 50% de água) molda-se em formas porosas de gesso e, depois de seca, a peça descola desta (porcelanas, louças sanitárias e peças de formato complexo). 9. Secagem A secagem e a queima fazem parte da etapa denominada processamento térmico, que é de fundamental importância para obtenção dos produtos cerâmicos; o tratamento térmico é responsável pelo desenvolvimento das propriedades finais dos produtos. É muito importante pois, após a moldagem, dependendo do tipo utilizado, ainda permanecem de 5 % a 35 % de água no produto no estado “verde”. 9.1 Secagem natural Comum nas olarias, é um processo demorado e que exige grandes superfícies. É feita em telheiros extensos, ao abrigo do sol e com ventilação controlada 9.2 Secagem por ar quente e úmido O produto é posto nos secadores, nos quais recebe ar quente com alto teor deumidade, até que desapareça a água absorvida. Aí então recebe só ar quente, para perder a água de capilaridade. Com isso, as deformações são mínimas. 9.3 Secadores de túnel São túneis de alguma extensão, pelos quais se faz passar o calor residual dos fornos (de 40° a 150°). As peças são colocadas em vagonetas (gaiolas), que percorrem lentamente o túnel no sentido da menor para a maior temperatura. 9.4 Secagem por meio de radiação infravermelha É pouco usada, em razão do custo e dimensão limitada. No entanto, abrevia o tempo de secagem, proporciona alto rendimento e pouca deformação. Vitória 2022 10. Queima Esta etapa é também conhecida por sinterização, na qual os produtos adquirem suas propriedades finais. As peças, após secagem, são submetidas à queima a temperaturas elevadas, em fornos contínuos ou intermitentes (queima-se um lote de cada vez). Durante essa queima ocorrem reações químicas as mais diversas. Os fornos intermitentes apresentam muitos inconvenientes, como o elevado consumo de combustível e de mão de obra e o desgaste da estrutura em razão das variações sucessivas de calor e frio. Apresentam, todavia, a vantagem do mais baixo custo de instalação e facilidade de execução. 11. Desagregação da cerâmica As cerâmicas podem desagregar-se, normalmente como consequência de agentes físicos externos, agentes químicos internos e agentes mecânicos. 11.1 Agentes físicos Umidade e vegetação agem nos poros da cerâmica, o fogo reduz a resistência a compressão e gera dilatação desuniforme e o gelo e degelo trincam as peças por expansão. 11.2 Agentes químicos internos Sais solúveis podem reagir com a umidade externa absorvida pelos poros, dissolvendo-os. Estes então, cristalizam-se na superfície. 11.3 Agentes mecânicos Transporte e manuseio podem acabar danificando as peças 12 Classificação da cerâmica para a construção civil Os materiais de cerâmica podem ser classificados de diversas formas, levando em conta o tipo de argila, o tipo de moldagem, o tipo de queima, ou a utilização. Vitória 2022 12.1 Materiais de cerâmica abrasivos Neste grupo de produtos para uso industrial encontram-se rolos (lixas fornecidas em rolos), discos (em fibra), rebolos (em formato de bloco/tijolo, em bastão/pedra canoa e pastas). 12.2 Materiais de cerâmica refratários São materiais cerâmicos, naturais ou artificiais, conformados (moldados) ou não, normalmente não metálicos, que retêm a forma física e a identidade química quando submetidos a altas temperaturas (ABNT NBR 8826:1997). 12.3 Materiais de argila secos ao sol ou adobe Produtos fabricados com argila e simplesmente secos ao sol apresentam resistência mecânica limitada e sofrem com a agressividade do meio, particularmente com a presença de água; portanto, este tipo de produto não é cerâmica. 12.4 Materiais cerâmicos de revestimento, materiais de grês cerâmico e de louça, materiais de acabamento Placas cerâmicas, louças sanitárias, em geral são materiais cerâmicos de alta vitrificação. 13. Materiais de Argila Secos ao Sol Os materiais de argila secos ao sol, embora sejam produzidos com argilas, não são materiais cerâmicos, pois não passam pela etapa da queima. No entanto, constituem um grupo de materiais que ainda tem campo de aplicação, particularmente nas regiões interioranas. 13.1 Vantagens Baixo consumo energético, pois a energia utilizada é principalmente solar; matéria-prima abundante, necessitando eventualmente de preparos e correção; bom comportamento térmico e acústico devido à grande inércia, material incombustível, não necessita de reboco, dependendo do clima, não tóxico, reciclável e reutilizável. Vitória 2022 13.2 Desvantagens Necessita de grande área de secagem na fabricação; o tempo de secagem é longo e totalmente dependente do clima; limitações técnicas com a resistência mecânica e baixa resistência à água. 14. Produtos cerâmicos para a construção civil Os produtos cerâmicos são representados no mercado de materiais de construção por uma ampla variedade, conforme a origem, a matéria-prima, o processo de fabricação, e a finalidade a que se presta determinado produto. Conforme a finalidade, os produtos podem ser agrupados em: Componentes para alvenaria (alvenaria de vedação e estrutural);componentes para cobertura (telhas e complementos);componentes para canalizações (tubos cerâmicos ou manilhas); produtos para revestimento (de parede interna/externa e de piso), denominados placas cerâmicas, e compreendem, por exemplo, grês, monoporosas e porcelanatos; produtos de acabamento e utilitários, denominados cerâmica branca ou de louça, tais como cantoneiras, cabideiros, louças sanitárias e acessórios e produtos especiais, como as cerâmicas refratárias (na construção civil, normalmente usadas para alvenarias) e produtos especiais para indústrias. 15. Bloco O bloco cerâmico também conhecido como “tijolo baiano”, é o bloco com furos horizontais, classificado, segundo a nomenclatura da ABNT NBR 15270-1:2017, como bloco de vedação. Já os blocos vazados na vertical, são os blocos estruturais. De forma geral, os blocos são fabricados com matéria-prima (barro) em uma linha de produção bem definida, com preparação da matéria-prima em equipamentos como desagregadores, homogeneizadores e laminadores, consistindo em uma matéria- prima de qualidade superior à utilizada na fabricação dos tijolos comuns. São moldados em marombas saindo da boquilha em fieiras contínuas e, então, cortados nos tamanhos desejados quanto ao seu comprimento, já que a largura e a altura são definidas pela boquilha ou matriz.Ocorre que a variedade de matrizes existentes no mercado é muito grande e, por esta razão, são muitos os tipos de blocos fabricados. Encontram-se variações nas texturas das faces dos blocos, na quantidade e tipo de Vitória 2022 furos, na espessura das paredes e também nas dimensões, o que acaba limitando o domínio do profissional de engenharia sobre esse tipo de produto. 16. Telhas São basicamente de dois tipos: as planas e as curvas. Nas planas destaca-se a “francesa” e a de “escamas”, que é uma placa. Entre as curvas são comuns a “capa-canal”, a “romana”, a “portuguesa” e a “italiana”. Devido à relativa facilidade de se modificar a fabricação, surge, de vez em quando, algum outro tipo de telha, do qual você ficar atento para a qualidade, estudando as possibilidades de utilização, impermeabilidade, encaixe, etc. As telhas devem apresentar absorção máxima de 20%, não podem permitir a percolação e nem vazamentos nos encaixes. 17.Tijolo: Fabricação dos tijolos maciços A moldagem se dá com pasta plástica consistente, em máquinas de fieira ou em moldes de madeira. Eventualmente, podem ser fabricados tijolos com moldagem manual, com pasta plástica. A secagem é realizada em grandes telheiros, que aproveitam o calor do forno. É comum e aconselhável que esses telheiros sejam cercados por tábuas horizontais graduáveis, semelhantes a venezianas, para melhor controle da secagem. O cozimento pode ser feito tanto no forno continuo quanto no intermitente, mas o usual é o intermitente nas pequenas olarias, e o forno de Hoffmann (ou variantes) nas grandes olarias. 18. Tijoleiras, ladrilhos e outros produtos As tijoleiras e ladrilhos são tijolos de pequena espessura, usados em pavimentações e revestimentos. Por isso existem desde os tipos porosos, comuns, até os tipos prensados. Costuma-se chamar tijoleiras quando se trata de cerâmica comum, e ladrilhos quando se trata de cerâmica prensada. As tijoleiras são fabricadas em diversos formatos, mas os mais usuais são o quadrado e o retangular liso. Há também peças especiais para arremates: peitoris, pingadeiras etc. Geralmente, apresentam 2 cm de espessura. Os ladrilhos prensados devem ter, na face inferior,rugosidades e saliências para facilitar a fixação com a argamassa. Como são muito vitrificados, não aderem bem. Vitória 2022 19. Tubos cerâmicos Também chamados manilhas cerâmicas, são produtos de grês cerâmico fabricados com argila bastante fusível, ou seja, com bastante mica ou até 15 % de óxido de ferro. A pasta não pode ser lavada e, por isso, há dificuldade em se encontrar barro apropriado, já naturalmente limpo, sem torrões de areia. Como esse barro é muito fusível, é marcante a vitrificação, o que o torna impermeável, mas, por outro lado, origina uma deformação acentuada que produz um grande número de peças de refugo. Nos tubos de grês, o vidrado é obtido por dois processos: um deles é a imersão, após a primeira cozedura, em um banho de água com areia silicosa fina com zarcão. No recozimento, essa mistura vitrifica-se. Outro processo, mais comum, é lançar sal de cozinha no forno em alta temperatura, que se volatizará formando uma película vidrada de silicato de sódio. A moldagem dos tubos é realizada em máquinas semelhantes às usadas para os tijolos (extrusão), com fieiras apropriadas. A pasta desce por gravidade até a mesa, na qual existe um molde para o bocal, ou o bocal é feito posteriormente, com moldes de madeira. Na outra extremidade do tubo deve haver ranhuras para aumentar a aderência da argamassa de rejuntamento. 20. Revestimento Cerâmico O subsistema revestimento é constituído pelas placas cerâmicas, pela argamassa de assentamento e pelo material de rejuntamento. Define-se como placa cerâmica para revestimento o produto fabricado industrialmente, composto de argila e outras matérias-primas inorgânicas, moldadas, secadas e queimadas, geralmente utilizada para revestir pisos e paredes.Na execução de revestimento de pisos, internos e externos, podem ser utilizadas as placas cerâmicas assentadas sobre a base (superfícies de terraplenos ou lajes) com argamassas convencionais de cimento ou com argamassas colantes, além do material de rejunte (rejuntamento das placas cerâmicas). 21. Azulejos e afins Os azulejos são obtidos a partir de uma mistura de argilas, caulins, areia e outros minerais (feldspato, quartzo, calcário, talco), prensando em moldes metálicos, queimada a mais de 900 °C e esmaltada numa das faces pela fusão de um esmalte, geralmente em segunda queima. Sua fabricação difere um pouco das demais Vitória 2022 cerâmicas pois apresentam mais algumas etapas: atomização, prensagem, primeiro cozimento, esmaltação e segunda queima.O grande problema de sua fabricação é o vidrado; geralmente apresenta coeficiente de dilatação diferente do da massa, resultando no trincamento tão comum. Além disso, não ficam muito homogêneos, variando a cor e a espessura do vidrado, dando a impressão de ondulações na superfície. Eles variam muito nas diversas partidas, mesmo quando usadas matérias-primas semelhantes. O tipo de material para vidrado deve variar de acordo com a temperatura em que será cozida a peça. O vidrado é aplicado após uma primeira cozedura, seguindo-se, então, o recozimento, quando se transforma em vidro. A moldagem é realizada a seco e o cozimento se dá a 1250 °C. O vidrado é feito com uma pintura, geralmente obtida com óxido de chumbo, areia finíssima de grande fusibilidade, calda de argila e, conforme o caso, corante. REFERÊNCIAS ABITANTE, André L.; LISBOA, Ederval de S. Materiais de Construção. Porto Alegre: Grupo A, 2017. MATERIAIS Cerâmicos. In: BAUER, L.A.F. Materiais de construção. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019. v. 2, cap. 18, p. 89-166. ISBN 978-85-216-3660-1.
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