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Direito Processo Penal - 5 ano Noite - Carlos Alberto C Neves - Mat 1702128 Avaliação III Unid

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Faculdade de Ciências Humanas de Pernambuco 
CURSO DE DIREITO 
 (Reconhecido p/ Portaria nº 267 de 3.04.2017 – D.O.U. de 04.04.2017) 
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PROCESSO PENAL II 
ALUNO: Carlos Alberto Casaca das Neves – 1702128 – 5º Ano Noite 
PROF. José Edivaldo 
 
Atividade de Avalição da III Unidade 
 
1-O que é error in judicando e error in procedendo? Diferencie recursos das ações 
autônomas de impugnação? 
RESPOSTA –São as duas espécies de erro passíveis de contaminar a sentença. 
O error in judicando é, o erro de julgamento, e o error in procedendo, é o erro de 
procedimento, ou seja, o error in judicando é o existente numa decisão que julgou o 
mérito da causa, exemplo: (quando o juiz dá como verdadeiro um fato, de modo disforme 
da realidade), o error in procedendo é o erro que o juiz comete no exercício de sua 
atividade jurisdicional, no curso procedimental ou na prolação de sentença, violando 
norma processual. 
A diferença entre “Recursos” e “Ações Autônomas” de impugnação, no meu entender, 
ambos são instrumentos de impugnação, sendo os “Recursos” um instrumento de 
impugnação que se desenvolve no processo de origem, enquanto as “Ações Autônomas” 
se desenvolvem em processos distintos daquele que os originou. São exemplos dessas 
“Ações Autônomas”, os “Embargos a Terceiros”, “Habeas Corpus”, “Habeas Data”, 
“Mandado de Segurança”, etc.. 
2-Quando é cabível o habeas corpus? E quando é cabível o mandado de segurança 
criminal? E quando é cabível a revisão criminal? 
RESPOSTA – O Habeas Corpus, é cabível sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade 
ou abuso de poder. O Mandado de segurança criminal é cabível na proteção de direito 
líquido e certo, incomodado por ato de autoridade pública, inclusive pode ser usado contra 
decisão judicial, desde que não seja cabível outro recurso. A Revisão Criminal, é cabível 
quando a sentença seja fundamentada em desconformidade ao texto expresso da lei, ou 
sentença fundada em provas falsas. Também é cabível quando surgem provas novas da 
inocência do condenado ou ainda circunstancias que autorizem a diminuição de pena. 
3-Quando é cabível o recurso extraordinário e quando é cabível o recurso especial? 
O que é prequestionamento e o que é repercussão geral da matéria? 
RESPOSTA – O Recurso Extraordinário é cabível quando a decisão contraria os 
dispositivos da nossa Constituição Federal, ou seja, declarar inconstitucionalidade do 
tratado ou da lei federal. O Recurso Especial, é cabível quando a decisão recorrida vai 
contra tratado ou lei federal ou que haja interpretação divergente de decisão em outro 
tribunal para a mesma situação. 
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Prequestionamento é a alegação prévia e análise pelo órgão julgador a quo da matéria 
de interesse do recorrente, para que um recurso excepcional seja recebido pelas instâncias 
superiores: STF (Recurso Extraordinário), STJ (Recurso Especial). 
A repercussão geral da matéria é um requisito de admissibilidade do recurso 
extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal 
4-Quais as espécies de habeas corpus? 
RESPOSTA - Existem duas espécies de habeas corpus, são elas o habeas corpus 
preventivo ou suspensivo e o habeas corpus repressivo ou liberatório. Sendo o primeiro 
usado quando há fundado receio de ocorrência de ofensa iminente à liberdade de 
locomoção. Já o segundo é usado em face de coação ilegal ou abuso de poder, já 
praticados, portanto, a privação à liberdade já está materializada. 
5-Quais os requisitos de uma petição de habeas corpus? 
RESPOSTA - Os Requisitos de uma petição de habeas corpus, são: 
 Endereçamento 
 Paciente 
 Autoridade coatora 
 Fatos 
 Assinatura do impetrante 
6-O que diferencia o habeas corpus do habeas datas, do mandado de injunção? 
RESPOSTA - O que diferencia o habeas corpus do habeas datas, apesar de ambos serem 
remédios constitucionais, tem áreas diferentes de atuação, ou seja, o Habeas Corpus 
“contra quem viola ou ameaça violar a liberdade de ir, ficar e vir.” Conforme ensinou 
Pontes de Miranda. Enquanto o Habeas Data, assegura que um cidadão tenha acesso a 
dados e informações pessoais que estejam sob posse do Estado, ou de entidades privadas 
que tenham informações de caráter público e que só é cabível se antes disso o cidadão 
solicitar o acesso a dados pessoais a um órgão público e esse órgão se negar a 
disponibilizar os dados. Por último, o que diferencia o Mandado de Injunção do Habeas 
Corpus e Habeas Data, que também sendo um remédio constitucional consiste em caso 
não exista uma lei que efetive um direito que está contido na Constituição, ou seja, uma 
ação constitucional de caráter civil e de procedimento especial, que visa suprimir uma 
omissão do Poder Público. 
7-Quem tem legitimidade para figurar o polo ativo e no polo passivo do habeas 
corpus? 
RESPOSTA - Tem legitimidade para figurar: 
POLO ATIVO - Qualquer pessoa (Impetrante) física, nacional ou estrangeira, pode 
impetrar habeas corpus em favor de alguém (Paciente). 
POLO PASSIVO – É a autoridade (Impetrado) apontada como coatora, cujo ato 
signifique ao paciente um constrangimento à sua liberdade de vir, ir e ficar. 
8-Quando é cabível o mandado de segurança coletivo? 
https://jus.com.br/artigos/27597/recurso-extraordinario
https://jus.com.br/tudo/recurso-especial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_extraordin%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_extraordin%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Supremo_Tribunal_Federal
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RESPOSTA - O mandado de Segurança Coletivo tem o objeto da preservação ou a 
reparação de interesse coletivo ou pertencente a uma coletividade (transidividuais), se 
configurando assim, como preventivo ou repressivo. De acordo com a Constituição 
Federal Brasileira, os legitimados ativos são: partidos políticos com representação no 
Congresso Nacional; organização sindical, entidade de classe ou associação, desde que 
legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados. 
9-Quais os pressupostos recursais objetivos e subjetivos? 
RESPOSTA - Os pressupostos recursais objetivos são: cabimento, adequação, 
tempestividade, regularidade procedimental e ausência de impedimentos recursais. 
Enquanto os subjetivos são: interesse jurídico e legitimidade de recorrer. 
10-Qual o rito da revisão criminal? 
RESPOSTA - A revisão criminal é uma ação autônoma de impugnação que se presta a 
rescindir, no todo ou em parte, a coisa julgada penal (sentença ou acórdão condenatório). 
Tem uma dupla finalidade: revisar uma injusta condenação e proteger a dignidade do 
condenado. Apesar de se destinar à correção de vícios graves da sentença e o próprio 
Código trate como recurso, a revisória criminal não é um recurso, visto que: a) pressupõe 
o trânsito em julgado da sentença, diferentemente dos recursos, que exigem a 
recorribilidade da decisão; b)não está sujeita aos requisitos recursais; c)não tem prazo, 
podendo ser requerida a qualquer tempo; d)inaugura uma nova relação processual, 
instaurando um processo autônomo. 
11- Diferencie judicium rescindens e judicium rescisorium? 
 RESPOSTA - O Iudicium Rescidens é o juízo exercido pelo tribunal em que ele 
desconstitui a decisão impugnada e devolve a causa para o órgão competente proferir um 
novo julgamento. Já na Iudicium Rescissorium, o tribunal, além de desconstituir uma 
decisão, dá início a um novo julgamento da causa sem remeter para outro órgão 
12-Qual a competência do STF e do STJ em matéria de habeas corpus? 
RESPOSTA - Conforme expressa o Art. 105 da Constituição. 
Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 I - processar e julgar, originariamente: 
 a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, 
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos 
Estados e do DistritoFederal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do 
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais 
e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os 
do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 
 c) os habeas corpus, quando o coator ou o paciente for quaisquer das pessoas 
mencionadas na alínea a, ou quando o coator for Ministro de Estado, ressalvada a 
competência da Justiça Eleitoral; 
Conforme está expresso no Art. 102. da Constituição 
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Compete ao Supremo Tribunal Federal, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
 I - processar e julgar, originariamente: 
 d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas 
anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da 
República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de 
Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal 
Federal; 
 i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou 
o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à 
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição 
em uma única instância; 
13-É cabível o pedido de liminar em sede de habeas corpus? 
RESPOSTA - Sim, é cabível liminar em Habeas Corpus, em que pese ausente regramento 
específico sobre a matéria, portanto, uma verdadeira aceitação jurisprudencial da prática 
advocacia. 
14-Qual o prazo do mandando de segurança e qual o prazo para impetrar a revisão 
criminal? 
 RESPOSTA - O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 
120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. A Revisão criminal, 
pode ser interposta a qualquer tempo após o trânsito em julgado (não há prazo de 
decadência para ajuizar a revisão). 
 
		2021-09-10T22:56:47-0300
	CARLOS ALBERTO CASACA DAS NEVES

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