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Neuroanatomia e Sistema Nervoso

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2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 NEUROANATOMIA .................................................................................... 5 
2.1 ORIGEM DA NEUROANATOMIA ........................................................ 7 
3 SISTEMA NERVOSO ................................................................................. 9 
3.1 Neurônios ........................................................................................... 10 
3.2 Divisão dos Neurônios........................................................................ 12 
4 SISTEMA NERVOSO CENTRAl (SNC) .................................................... 14 
4.1 Encéfalo ............................................................................................. 15 
4.2 Núcleos da base ................................................................................. 16 
4.3 Sistema Límbico ................................................................................. 17 
4.4 Córtex cerebral ................................................................................... 18 
4.5 Diencéfalo .......................................................................................... 19 
4.6 Tálamo ............................................................................................... 19 
4.7 Hipotálamo ......................................................................................... 21 
4.8 Epitálamo ........................................................................................... 23 
4.9 Subtálamo .......................................................................................... 24 
4.10 Cerebelo.......................................................................................... 25 
4.11 Tronco encefálico ............................................................................ 27 
4.12 Medula Espinal ................................................................................ 29 
5 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) .............................................. 32 
5.1 Componentes do Sistema Nervoso Periférico .................................... 34 
5.2 Gânglios nervosos .............................................................................. 34 
5.3 Nervos espinhais ................................................................................ 35 
5.4 Nervos cranianos ............................................................................... 36 
 
3 
 
 
 
 
6 SISTEMA NERVOSO VOLUNTARIO SOMÁTICO ................................... 38 
7 O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO...................................................... 40 
7.1 A organização do Sistema Nervoso Autônomo .................................. 42 
7.2 As fibras aferentes viscerais ............................................................... 43 
7.3 Ações do Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático ................... 44 
8 VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO ....................................... 47 
8.1 Vascularização Arterial do Encéfalo ................................................... 48 
8.2 Vascularização Venosa do Encéfalo .................................................. 49 
9 CONCLUSÃO ........................................................................................... 50 
10 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 51 
11 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
2 NEUROANATOMIA 
O encéfalo humano é uma rede de mais de 100 bilhões de neurônios 
interconectados em sistemas que constroem nossa percepção sobre o mundo 
externo, fixam nossa atenção e controlam o mecanismo de nossas ações. A primeira 
etapa para se compreender a mente consiste, portanto, em aprender como os 
neurônios estão localizados em vias de sinalização e como eles se comunicam 
através da transmissão sináptica. 
A especificidade das conexões sinápticas estabelecida durante o 
desenvolvimento é a base da percepção, ação, emoção e aprendizagem. 
O comportamento não é herdado, o que é herdado é o DNA. Os genes 
codificam as proteínas que são importantes para o desenvolvimento e para a 
regulação dos circuitos neurais, que são a base do comportamento. 
A lesão de uma única área pode não resultar na perda total de uma faculdade. 
Mesmo que um comportamento desapareça no início, ele pode retornar parcialmente 
assim que as partes ilesas do cérebro reorganizem as suas conexões. Esta função é 
denominada neuroplasticidade. 
Assim não é conveniente representar processos mentais como uma série de 
ligações em cadeia, porque em tais arranjos o processo entra em colapso quando 
uma única ligação é quebrada. A comparação melhor e mais realista é pensar nos 
processos mentais como várias linhas de trem que desembocam num mesmo 
terminal. Se houver um bloqueio em sua comunicação, a mesma ficará interrompida, 
mas seria então possível criar uma nova linha que as unisse diretamente. Deste modo, 
um problema em uma única ligação na via afeta as informações levadas por ela, mas 
não necessariamente interfere de forma permanente no sistema. As partes restantes 
do sistema podem sofrer modificações para acomodar o tráfego extra depois do 
colapso de uma linha. 
Todas as funções mentais são divididas em subfunções. Mesmo a tarefa mais 
simples, como piscar voluntariamente requer a ativação de áreas distintas 
denominada conectividade. Hoje é possível relacionar a dinâmica molecular de células 
nervosas individuais às representações de atos motores e perceptuais no encéfalo e 
 
6 
 
 
 
 
então, relacionar tais mecanismos internos a um comportamento observável. As 
novas técnicas de imagem permitem-nos ver o cérebro humano em ação- identificar 
regiões específicas do encéfalo associadas a modos particulares de pensamentos e 
sentimentos. 
A neuropsicologia, por exemplo, é uma disciplina da neurociência que está 
ligada a psicologia pelo fato do interesse em comum que as duas mantêm: 
investigar relações entre o funcionamento do cérebro e o comportamento 
humano. Conceitua-se de forma geral como o estudo das relações entre o 
cérebro e o comportamento e, no sentido mais específico, é o campo de 
atuação profissional que investiga as alterações cognitivas e 
comportamentais associadas às lesões cerebrais (ALMEIDA, 2011, apud, 
LIMA, 2018). 
Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e 
funcionais: 
 
 
 
7 
 
 
 
 
2.1 ORIGEM DA NEUROANATOMIA 
Historicamente os estudos neuroanatômicos não eram bem delimitados quanto 
a especificidade de cada pesquisador, portanto, os estudos eram feitos por 
pesquisadores dediversas áreas sendo muito comum estes cientistas estudarem 
órgãos diferentes de forma praticamente simultânea. Com o desenvolvimento da 
ciência e a especialização de diversas áreas da medicina, os estudos passaram a ser 
delimitados por regiões, passando a neuroanatomia ser uma área de estudo 
independente da biologia anatômica ou de qualquer outra área 
A Neuroanatomia é a variação da anatomia que se presta ao estudo do SN. 
Neste campo do saber não existe uma preocupação grande entre organização e 
classificação de todos os órgãos do corpo, bem como a comparação entre humanos 
e animais infra-humanos não é o assunto principal. O foco central na Neuroanatomia 
é o estudo do SN, principalmente o SNC, e sua relação com o comportamento 
manifesto. 
Podemos afirmar que é o ramo da ciência responsável pelo estudo de 
estruturas anatômicas complexas do sistema nervoso central e periférico. Esta grande 
área está responsável pelas delineações das regiões cerebrais bem como a 
diferenciação destas estruturas relacionando todo o conhecimento estrutural ao seu 
funcionamento. 
Seu conhecimento fundamenta bases de diferenciação entre os animais, 
caracterização funcional de diferentes vias. Os diversos especialistas em 
neuroanatomia desenvolveram através desta área conceitos importantes por meio de 
análise de traumas localizados em distintas regiões cerebrais, levando ao 
entendimento de funções específicas. 
É finalidade de um tratado de Neuroanatomia descrever e operacionalizar as 
funções e estruturas que compreendem a Medula Espinhal, o Tronco Encefálico, a 
Ponte, o Bulbo, os nervos cranianos, a Formação Reticular, outros. Porém, em vez de 
uma simples descrição dessas estruturas, o funcionamento destas também é alvo dos 
cientistas. 
 
8 
 
 
 
 
 Logo, não adianta apenas mencionar que o córtex é uma fina camada de 
substância cinzenta que se dispõe sobre o cérebro e o cerebelo, mas também clarificar 
qual sua utilidade e função e como este foi se aprimorando ao passar dos anos. 
Em suma, a neuroanatomia nasceu das disciplinas das ciências 
interdisciplinares biológicas e humanas indo além do diagnóstico e dando 
espaço a intervenções terapêuticas que são comuns no campo da psicologia. 
Sua importância para esta área e profissão perpassam seus domínios 
enquanto ciência e vai além, indo a caráter transdisciplinar, mostrando que 
sem o conhecimento da neuroanatomia os discentes não conseguiriam 
compreender as demais disciplinas relacionadas (TONI, 2005, apud LIMA, 
2018). 
A Neuroanatomia é estudada de duas maneiras, na microscopia e 
macroscopia. A microscopia é toda estrutura ao nível de substância branca ou 
cinzenta, sendo visualizada com auxílios tecnológicos e químicos. 
A macroscopia, é toda estrutura neurológica que visualizamos sem o auxílio 
tecnológico ou químico, ou seja, podemos identificar a estrutura sem maiores 
dificuldades. No passar do tempo, a Neuroanatomia foi se especializando como área 
autônoma. 
Não mais exclusiva à Neurologia ou à Biologia Anatômica, hoje serve como 
um dos pilares de união entre as mais diversas especialidades médicas e não-
médicas. Com a exaustiva preocupação de rastrear, descrever funções 
morfológicas, as categorizar sob linguagem universal e traçar a funcionalidade de 
suas estruturas, esta área fornece às Neurociências a lógica básica para sua 
existência. 
 
9 
 
 
 
 
3 SISTEMA NERVOSO 
 
Fonte: www.quizur.com/trivia.com.br 
O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, 
desenvolvidas por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função 
de captar as mensagens, estímulos do ambiente, interpretá-los e arquivá-los. 
Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de 
movimentos, sensações ou constatações. 
Os primeiros seres vivos foram organismos unicelulares, sendo que o seu 
fóssil mais antigo até hoje conhecido foi denominado Eobactéria e data de 
aproximadamente 3,4 bilhões de anos. O nível de organização a seguir 
atingido pelas chamadas células eucarióticas as tornou capazes de se dividir 
e se reproduzir; a ocorrência de mecanismos de simbiose fez surgir os 
primeiros organismos multicelulares há cerca de 700 milhões de anos. Esses 
organismos logo invadiram o meio marinho, onde encontraram condições 
mais estáveis para a sua evolução, vindo a dar origem a peixes primitivos 
com esqueletos mineralizados há aproximadamente 570 milhões de anos. 
(GOLD, 2001, apud RIBAS, 2006). 
O sistema nervoso é um aparelho único do ponto de vista funcional: o sistema 
nervoso e o sistema endócrino controlam as funções do corpo praticamente sozinhos. 
Além das funções comportamentais e motoras, o sistema nervoso recebe milhões de 
estímulos a partir dos diferentes órgãos sensoriais e, então, integra todos eles, para 
 
10 
 
 
 
 
determinar respostas a serem dadas pelo corpo, permitindo ao indivíduo a percepção 
e interação com o mundo externo e com o próprio organismo. 
De fato, o sistema nervoso é basicamente composto por células especializadas, 
cuja função é receber os estímulos sensoriais e transmiti-los para os órgãos efetores, 
tanto musculares como glandulares. Os estímulos sensoriais que se originam no 
exterior ou no interior do corpo são correlacionados dentro do sistema nervoso, e os 
impulsos eferentes são coordenados, de modo que os órgãos efetores atuam 
harmoniosamente, em conjunto, para o bem-estar do indivíduo. 
Em resumo, dentre as principais funções do sistema nervoso, podemos 
destacar: Receber informações do meio interno e externo (função sensorial); Associar 
e interpretar informações diversas (função cognitiva); Ordenar ações e respostas 
(função motora); Controle do meio interno (devido a sua relação com o sistema 
endócrino); Memória e aprendizado (função cognitiva avançada. 
Na teoria de Vygotsky, as relações entre desenvolvimento e aprendizagem 
são pontos importantes, em que o mesmo valoriza a ação pedagógica e a 
intervenção, além de considerar que é a aprendizagem que promove o 
desenvolvimento. (BORRASCA, 2008, apud SOUSA, 2017). 
3.1 Neurônios 
 
Fonte:www.portalumami.com.br 
 
 
11 
 
 
 
 
Neurônio é uma célula nervosa, estrutura básica do sistema nervoso, comum à 
maioria dos vertebrados. São células altamente estimuláveis, que processam e 
transmitem informação através de sinais eletroquímicos. Uma de suas caraterísticas 
é a capacidade das suas membranas plasmáticas gerarem impulsos nervosos. 
Os neurotransmissores atuam na ontogênese individual (embriologia) inter-
relacionado com o processo de aumento do encéfalo e criação de circuitos 
funcionais complexos (encefalização), fator que ocasiona o aumento do 
córtex cerebral e garante o surgimento de outras funções (CAGNIN, 2013, 
apud, CORRÊA, 2019). 
A maioria dos neurónios, tipicamente, possui o corpo celular e dois tipos de 
prolongamentos citoplasmáticos, os dendritos e os axônios. Anatomicamente o 
neurônio é formado por: dendrito, corpo celular e axônio. A transmissão ocorre 
apenas no sentido do dendrito ao axônio. 
 Corpo celular: contém o núcleo e a maior parte das organelas. É nesta parte 
onde ocorre a síntese proteica. 
 Dendritos: são prolongamentos finos, geralmente ramificados, que recebem e 
conduzem os estímulos provenientes de outros neurônios ou de células sensoriais. 
 Axônio: é o prolongamento, geralmente, mais longo que transmite os impulsos 
nervosos provenientes do corpo celular. O comprimento do axônio varia muito entre 
os diferentes tipos de neurônios. Nos vertebrados e em alguns invertebrados os 
axônios são cobertos por uma bainha isolante de mielina, tomando a designação de 
fibra nervosa. 
Terminações do axônio: contêm sinapses, estruturas especializadas onde são 
libertadas substâncias químicas, neurotransmissores, que estabelecem a 
comunicação com os dendritos ou corpo celular de outros neurônios. 
Sabemos que o neurônio é a unidade funcional do sistemanervoso. Eles se 
comunicam-se através de sinapses, por eles propagam-se os impulsos nervosos. 
 
 
http://www.infoescola.com/sistema-nervoso/neuronios/
 
12 
 
 
 
 
 
Fonte: www.infoescola.com 
Outro tipo de regulador da relação bidirecional entre os sistemas 
neuroendócrino e imune é constituído por mensageiros secretados pelas 
células ativadas do sistema imunológico denominados citocinas. 
(MOLDEVEANU, 2001, apud REIS, 2019). 
3.2 Divisão dos Neurônios 
Os neurônios podem ser divididos em rês tipos: 
Neurônios receptores: São os neurônios encarregados de captarem 
informações diretamente das células sensoriais, como aquelas que compõem 
a retina (olho), o ouvido, tato, a língua, e outros. Essa captação é feita utilizando os 
dendritos. 
Neurônios de conexão ou mistos: Fazem a conexão entre dois neurônios. 
Recebe informação pelo dendrito, e a repassa à célula nervosa seguinte usando o 
axônio. Esse tipo é o mais encontrado nos sistemas nervosos animais. 
Neurônios efetores: São os neurônios que recebem as informações do 
cérebro (as respostas aos estímulos captados pelos neurônios receptores) e as 
repassam para os músculos, glândulas e outros. 
Exemplo: Ao encostar com a ponta do dedo em uma agulha, as células 
sensoriais presentes na pele do dedo captarão essa espetada, e transmitirá essa 
informação para o cérebro, utilizando-se dos neurônios receptores e de conexão. O 
https://www.infoescola.com/visao/retina/
https://www.infoescola.com/audicao/ouvido/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/lingua/
 
13 
 
 
 
 
cérebro irá processar a informação e irá dar uma ordem para que o músculo 
responsável pelo dedo se contraia, a fim de eliminar o perigo de ser perfurado. Essa 
última parte é feita pelos neurônios efetores. 
 
 
Fonte: www.embriologiasistemanervoso 
Neurônios segundo a polaridade e segundo o tamanho. 
Os neurônios de Golgi tipo I: Têm um axônio longo que pode chegar a um 
metro ou mais de longitude, por exemplo longos trajetos de fibras do encéfalo e 
medula espinal e as fibras nervosas dos nervos periféricas. As células piramidais da 
cortiça cerebral, as células de Purkinje da cortiça cerebelosa e as células motoras da 
célula espinal são exemplos. 
Os neurônios de Golgi tipo II: Têm um axônio curto que termina na vizinhança 
do corpo celular ou que falta por completo. Superam em número largamente às de 
tipo I. Os dendritos curtos que nascem destes neurônios lhes dão aspeto estrelado. 
Exemplos deste tipo de neurônios acham-se na cortiça cerebral e cerebelosa. 
Segundo função: 
Neurônios sensoriais: São aqueles que conduzem o impulso nervoso desde 
os receptores até os centros nervosos. Captam a informação do meio do ser humano, 
isto é, recolhem informação do meio para ser processada no cérebro. 
 
14 
 
 
 
 
Neurônios associativos ou interneuronas: Permitem comunicar os 
neurônios sensitivos com os motores. Este tipo de neurônios encontra-se 
exclusivamente no sistema nervoso central. 
Neurônios motores ou eferentes: Os neurônios eferentes são os que levam 
o impulso nervoso desde o Sistema Nervoso Central até os órgãos efetores e os 
neurônios motores são as que levam os impulsos aos botões terminais. 
4 SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) 
O SNC é responsável por receber e processar informações. Ele é formado 
pelo encéfalo e medula espinal, que estão protegidos pelo crânio e coluna vertebral, 
respectivamente. 
Ambas as estruturas são reforçadas por três lâminas conjuntivas, denominadas 
de meninges. São elas: dura-máter, aracnoide e pia-máter. 
 
 
Fonte:www.anatomiahumana.com.br 
Há entre as duas últimas a presença de um líquido, o Líquor, que é responsável 
pela nutrição do SNC e pela minimização dos possíveis traumas causados por 
choques mecânicos. 
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/estruturas-encefalo-suas-funcoes.htm
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/medula-espinhal.htm
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/meninges.htm
 
15 
 
 
 
 
A incidência de tumores cerebrais tem crescido nos últimos anos. 
Representam a segunda causa de morte mais frequente atribuível a causa 
neurológica, sendo a primeira os acidentes vasculares cerebrais. (PRICE, 
2008, apud MADEIRA, 2018) 
4.1 Encéfalo 
 
Fonte: www.anatomiadocorpo.com 
Denomina-se encéfalo a parte do SNC contida no interior da caixa craniana, e 
medula espinhal a parte que continua a partir do encéfalo no interior do canal vertebral. 
É formado pelo conjunto de cérebro, tronco encefálico e cerebelo (ou seja, todas as 
estruturas do SN localizadas dentro da caixa craniana). 
Cérebro: (telencéfalo e diencéfalo) 
Telencéfalo: O telencéfalo é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante 
desenvolvidos e constituídos por giros e sulcos que abrigam os centros motores, 
sensitivos e cognitivos. 
Estruturalmente, o telencéfalo é formado pelo córtex cerebral, sistema límbico 
e núcleos de base. 
Um momento importante no estudo do encéfalo foi nomeado como frenologia, 
neste, acreditava-se que cada região do encéfalo era responsável por uma 
função específica; hoje, a compreensão recorrente indica o neurônio como 
unidade funcional básica que pertence a uma rede nervosa (BRANDÃO, 
2004, apud, CORRÊA, 2019). 
 
16 
 
 
 
 
4.2 Núcleos da base 
 
Fonte: www.afh.bio.br 
Conjuntos de corpos de neurônios localizados na base do telencéfalo 
responsáveis por mensurar sinais estimuladores oriundos do córtex e que para ele se 
dirige de volta, principalmente do ponto de vista motor. 
A maioria dos pesquisadores, atualmente, considera, conceitualmente, como 
Núcleos da base (ou gânglios da base), os seguintes grupos nucleares principais, 
localizados no Sistema Nervoso Central: 
 Núcleo Caudado, Núcleo Putame (ou Putamen), Núcleo Acumbens, Globo 
pálido lateral e globo pálido medial, Complexo amigdaloide, Claustro. 
Os núcleos putame e globos pálidos, também recebem em seu conjunto, a 
denominação de núcleo lenticular (ou lentiforme). Os núcleos: caudado, putame e 
acumbens, também, recebem a denominação de neostriado, enquanto, os globos 
pálidos, recebem a denominação de paleostriado. Por outro lado, o complexo 
amigdaloide, a despeito de ser formado, a partir dos mesmos neuroblastos 
neoencefálicos e, portanto, filogeneticamente, neoestriatal é também conhecido como 
arquiestriado (ou arquistriado). 
Os gânglios ou núcleos da base compreendem o corpo estriado (núcleo 
caudado e putame), globo pálido, núcleo subtalâmico e substância nigra 
(BEAR, 2008, apud PAWLOWSKII, 2013). 
 
17 
 
 
 
 
Funções: Núcleo caudado e putame: São responsáveis pelo processamento de 
informações sensório-motoras; 
Núcleo caudado: Responsável pelo processamento de informações 
associativas, envolvendo a cognição, os pensamentos a inteligência o raciocínio, 
estando associados, às áreas corticais. A área é a área ocular frontal (A.O.F.) 
associada ao Campo Ocular Frontal (C.O.F.). Coordenando os movimentos oculares 
de acompanhamento visual, de grande qualidade e perfeição. 
4.3 Sistema Límbico 
 
 
Fonte: neuroinformacao.com.br 
O conhecimento das bases neurais dos processos emotivos teve grande 
avanço no final do século XX, a partir da neuroimagem e da neurofisiologia, quando 
foram descobertas novas conexões do Sistema Límbico (SL), como órgão subcortical, 
com áreas corticais cerebrais. 
A palavra emoção deriva do latim movere, mover, por em movimento. É 
essencial compreender que a emoção é um movimento de dentro para fora, 
um modo de comunicar os nossos mais importantes estados e necessidades 
internas. (RATEY, 2002, apud BARRETO, 2010) 
 
18 
 
 
 
 
O sistema límbico tem como estruturas principais os giros corticais, os núcleos 
de substância cinzenta e tratos de substância branca dispostos nas superfícies 
mediais de ambos os hemisférios e em torno de III ventrículo, que, funcionalmente, se 
relacionam com os instintos, emoções e memória, e através do hipotálamo, com a 
manutençãoda homeostase. 
Reconhece-se que as áreas cerebrais envolvidas no controle motivacional, 
na cognição e na memória fazem conexões com diversos circuitos neurais, 
os quais, através de seus neurotransmissores, promovem respostas 
fisiológicas que relacionam o organismo ao meio externo e interno, 
importantes à homeostasia. (LANOTTE, 2005 apud BARRETO, 2010) 
4.4 Córtex cerebral 
Consiste no manto de corpos de neurônios que reveste todo o telencéfalo 
perifericamente, distribuindo-se ao longo dos dois hemisférios: direito (não verbal) e 
esquerdo (verbal). Tais neurônios corticais estão dispostos em camadas e, 
dependendo de sua localização no telencéfalo, são responsáveis pela motricidade, 
sensibilidade, linguagem (parte motora e compreensão), memória, entre outras 
funções. 
Cada hemisfério é constituído de cinco lobos: Frontal, Parietal, Temporal, 
Occipital e Lobo da ínsula (divisão anatômica, sendo atribuída de acordo com a 
relação da respectiva região do telencéfalo com os ossos do crânio). 
Na década de 80, para não precisar remontar a história destas técnicas, 
estudos post-mortem deram início aos estudos básicos de neuroanatomia em 
pessoas autistas. Foram descritas alterações no lobo frontal medial, temporal 
medial, gânglios da base e tálamo (MOURA et al, 2005, apud GARCIA, 2011). 
O corpo caloso é formado por um conjunto de fibras (comissura) que estabelece 
a comunicação entre os hemisférios, conectando estruturas comparáveis de cada 
lado, permitindo que estímulos recebidos em um lado sejam processados em ambos 
os hemisférios ou exclusivamente no hemisfério oposto. Além disso, auxilia na 
coordenação e harmonia entre os comandos motores oriundos dos dois hemisférios. 
A informação sensorial é enviada para hemisférios opostos. O princípio básico 
é a organização contralateral, de modo que a maioria dos estímulos sensoriais 
 
19 
 
 
 
 
chegam ao córtex contralateral cruzando ao longo das vias ascendentes que os 
conduziu. Como na visão, ocorre o crossover visual: o campo de visão esquerdo é 
projetado no lobo occipital direito e o campo visual direito é projetado para o lobo 
esquerdo. Outros sentidos funcionam de forma semelhante. 
Este estímulo também ocorre nas áreas motoras, ou seja, o hemisfério direito 
controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério esquerdo controla o direito, uma vez 
que as fibras motoras oriundas do córtex motor de um lado cruzam para o lado oposto 
ao nível do bulbo na chamada decussação das pirâmides. 
Lesões parietais associam-se habitualmente a alterações perceptivas e 
motoras, como astereognosia e agrafestesia, apraxias, anosognosia, 
acalculia e disgrafia. (WALCH, 1998 apud MADEIRA, 2018). 
4.5 Diencéfalo 
Área localizada na transição entre o tronco encefálico e o telencéfalo, sendo 
subdividido em hipotálamo, tálamo, epitálamo e subtálamo todas relacionadas com o 
III ventrículo. O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao 
prosencéfalo. O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 
80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na 
porção mais inferior do cérebro. 
Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos 
receptores do olfato, passam pelo tálamo (e metatálamo) antes de atingir o córtex 
cerebral. 
Os tumores diencefálicos comprometem frequentemente estruturas 
contíguas ao sistema límbico, sendo também usual a afeção de circuitos 
cortico-subcorticais, com subsequentes manifestações psiquiátricas. Foram 
descritos sintomas esquizofreniformes, afetivos, do tipo obsessivo-
compulsivo e alterações da personalidade. (GAMAZO, 2012, apud 
MADEIRA, 2018). 
4.6 Tálamo 
É uma massa ovoide predominantemente composta por substância cinzenta 
localizada no diencéfalo e que corresponde a maior parte das paredes laterais do III 
 
20 
 
 
 
 
ventrículo encefálico. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos 
nervosos para o córtex cerebral. Em geral, uma conexão de substância cinzenta, 
chamada massa intermédia (aderência intertalâmica), une as partes direita e esquerda 
do tálamo. A extremidade anterior de cada tálamo apresenta uma eminência, o 
tubérculo anterior do tálamo, que participa da delimitação do forame interventricular. 
A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta 
uma grande eminência, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral 
e medial. 
Do ponto de vista fisiológico a ansiedade é um estado de funcionamento 
cerebral em que ocorre ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), 
acarretando sintomas neurovegetativos, tais como insônia, taquicardia, 
palidez, aumento da perspiração, tensão muscular, tremor, tontura, 
desordens intestinais, entre outros (BRAGA, 2010, apud, MELO, 2017). 
A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo 
lateral, sendo revestido por epitélio ependimário (epitélio que reveste esta parte do 
tálamo e é denominada lâmina fixa). A porção medial do tálamo forma a parede lateral 
do III ventrículo, cujo teto é constituído pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações 
telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um fundo-de-saco da pia-máter 
que, a seguir, entra na constituição da tela corioide. A face lateral do tálamo é 
separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe de fibras que ligam o 
córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo continua com 
o hipotálamo e o subtálamo. 
O Corpo (núcleo) Geniculado Lateral, transmite impulsos visuais; Corpo 
(núcleo) Ventral Posterior: transmite impulsos para o paladar e para as sensações 
somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor; Os núcleos talâmicos 
podem ser divididos em cinco grupos: Grupo Anterior; Grupo Posterior; Grupo Lateral; 
Grupo Mediano e Grupo Medial. 
O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que 
vão da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do 
cérebro. 
 
21 
 
 
 
 
Funções do Tálamo: Sensibilidade; Motricidade; Comportamento Emocional; 
Ativação do Córtex; desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de 
alerta. 
4.7 Hipotálamo 
 
Fonte: www.locomotiva.com.br 
Também é conhecida por sua importância para o aprendizado e memória 
emocional e esse papel afeta uma variedade de comportamentos emocionais 
relacionados ao aprendizado implícito, a memória explícita, a respostas 
sociais e vigilância (RODRIGUES, 2011 apud MELO, 2017). 
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, 
abaixo do sulco hipotalâmico, que separa o tálamo. Apresenta algumas formações 
anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o 
infundíbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma área muito pequena (4 g) mas, 
apesar disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas 
mais importantes do sistema nervoso. 
Quiasma Óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe 
fibras mielínicas do nervo óptico, que aí cruzam em parte e continuam nos tratos óptico 
que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos 
cerebrais. 
 
22 
 
 
 
 
Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do 
quiasma e do trato óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a 
hipófise por meio do infundíbulo. 
Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao 
túber cinéreo, contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso 
do infundíbulo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a 
eminência mediana do túber cinéreo, enquanto a extremidade inferior continua com 
um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise está contida na sela 
túrcica do osso esfenoide. 
Corpos Mamilares: são duas eminências arredondadasde substância 
cinzenta evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular. 
No hipotálamo situa-se o sistema de controle central, que regula a 
temperatura do corpo ao integrar os impulsos térmicos provenientes de quase 
todos os tecidos do organismo, e não apenas em relação à temperatura 
central do organismo, o que tem sido considerado como temperatura corporal 
média. Quando o impulso integrado excede ou fica abaixo da faixa limiar de 
temperatura, ocorrem respostas termorreguladoras autonômicas, que 
mantêm a temperatura do corpo em valor adequado. (BRAZ, 2005, GYTON, 
2002). 
O Hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se 
agrupa em núcleos. Percorrendo o hipotálamo existem, ainda, sistemas variados de 
fibras, como o fórnix. Este percorre de cima para baixo cada metade do hipotálamo, 
terminando no respectivo corpo mamilar. Impulsos de neurônios cujos dendritos e 
corpos celulares situam-se no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até 
neurônios localizados na medula espinhal, e em seguida muitos desses impulsos são 
então transferidos para músculos e glândulas por todo o corpo. Faz ligação entre o 
sistema nervoso/límbico e o sistema endócrino/visceral, atuando na ativação de 
diversas glândulas endócrinas. 
Funções do Hipotálamo: Controle do sistema nervoso autônomo; Regulação 
da temperatura corporal; Regulação do comportamento emocional; Regulação do 
sono e da vigília; Regulação da ingestão de alimentos; Regulação da ingestão de 
água; Regulação da diurese; Regulação do sistema endócrino; Geração e regulação 
de ritmos circadianos. 
 
23 
 
 
 
 
4.8 Epitálamo 
 
Fonte: www.slideplayer.com.br 
 Constitui a parede posterior do III ventrículo e nele, está localizada a glândula 
pineal. Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na 
transição com o mesencéfalo. 
A glândula pineal é uma glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e 
mediana, que repousa sobre o teto mesencefálico. A base do corpo pineal se prende 
anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano mediano, a 
comissura posterior e a comissura das habênulas, entre as quais penetra na glândula 
pineal um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal. 
A comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral 
se liga ao III ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e o 
diencéfalo. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas eminências 
triangulares, os trígonos da habênula. Esses estão situados entre a glândula pineal e 
o tálamo e continuam anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do 
tálamo. A tela corioide do III ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares 
do tálamo e, posteriormente, na comissura das habênulas, fechando assim o III 
ventrículo. 
O epitálamo é formado: Trígono da Habênula: área triangular na extremidade 
posterior da tênia do tálamo junto ao corpo pineal. 
 
24 
 
 
 
 
Corpo Pineal: estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente oito 
mm de comprimento, que se situa entre os colículos superiores. Embora seu papel 
fisiológico ainda não esteja completamente esclarecido, a glândula pineal secreta o 
hormônio melatonina, sendo assim, uma glândula endócrina. A melatonina é 
considerada a promotora do sono e alguns estudos afirmam que ela contribui para o 
ajuste do relógio biológico do corpo. 
O epitálamo contém núcleos que respondem à estimulação olfativa e contém 
a epífise, importante no controlo do aparecimento da puberdade e no ciclo 
sono-vigília. (VANPUTTE, 2016, apud FERREIRA 2018). 
Comissura Posterior: feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana 
na junção do aqueduto com o III ventrículo anterior e superiormente ao colículo 
superior. Marca o limite entre o mesencéfalo e diencéfalo. Com exceção da comissura 
posterior, todas as formações não endócrinas do epitálamo pertencem ao sistema 
límbico, estando assim relacionados com a regulação do comportamento emocional. 
4.9 Subtálamo 
Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do 
mesencéfalo. Sua visualização é melhor em cortes frontais do cérebro. Verifica-se que 
ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e 
medialmente pelo hipotálamo. O subtálamo apresenta formações de substância 
branca e cinzenta, sendo a mais importante o núcleo subtalâmico. Lesões no núcleo 
subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada 
por movimentos anormais das extremidades. 
 
25 
 
 
 
 
4.10 Cerebelo 
 
Fonte: www.slideplayer.com.br 
Situado posteriormente ao tronco encefálico e inferiormente ao lobo occipital, o 
cerebelo é, primariamente, um centro responsável pelo controle e aprimoramento 
(coordenação) dos movimentos planejados e iniciados pelo córtex motor (o cerebelo 
estabelece inúmeras conexões com o córtex motor e com a medula espinhal). 
Assim, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, 
postura, tônus muscular e, sobretudo, coordenação motora. O cerebelo, apresenta as 
seguintes estruturas fundamentais: núcleos cerebelares profundos e córtex cerebelar. 
O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra segmentar, deriva da parte dorsal 
do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a 
formação do teto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital 
e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada tenda do 
cerebelo. 
No Autismo, há suspeitas de ausência de hiperplasia glial, possivelmente 
adquirida no início do desenvolvimento e anormalidades no fastigial, nos 
globosos e no núcleo emboliforme do telhado cerebelar que se altera no 
decorrer da idade. (KEMPER, 2004, apud GARCIA, 2011). 
Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior, a ponte e 
mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente. Do 
 
26 
 
 
 
 
ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere do cérebro porque funciona sempre em 
nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio 
e coordenação). 
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar e mediana, o 
vérmis, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmis 
é pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na 
face inferior, onde dois sulcos são bem evidentes o separam das partes laterais 
A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que 
delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos 
mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles 
podendo conter várias folhas. Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é 
especialmente evidente em secções deste órgão, que dão também uma ideia de sua 
organização interna. Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de 
substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina branca do 
cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o 
córtex cerebelar. No interior do campo medular existem quatro pares de núcleos de 
substância cinzenta, que são os núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, 
globoso e fastigial. 
 
Fonte: www.slideplayer.com.br 
 
27 
 
 
 
 
Lóbulos do Cerebelo: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum 
significado funcional e sua importância é apenas topográfica. Os lóbulos recebem 
denominações diferentes no vérmix e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmix 
correspondem a dois hemisférios. 
A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium consiste 
em apenas uma folha do vérmix. Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo 
do ponto em que o pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo 
vestíbulo-coclear. Liga-se aonódulo, lóbulo do vérmix, pelo pedúnculo do flóculo. As 
tonsilas são bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se medialmente 
sobre a face dorsal do bulbo. 
4.11 Tronco encefálico 
 
Fonte:www.sistemanervosocentral.com 
Alterações anatômicas na Malformação de Arnold Chiari encontradas nas 
imagens de ressonância magnética nas ponderações T1 e T2 podem 
demonstrar o bulbo e o verme cerebelar deslocados inferiormente. Em cortes 
sagitais observa- se o deslocamento inferior do verme, bulbo e plexo coroide 
“em cascata” que se projeta inferiormente através do forame magno, situado 
atrás da medula espinhal. (OSBORN, 2014, apud, MAGALHÃES, 2019). 
 
28 
 
 
 
 
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se 
ventralmente ao cerebelo. O tronco encefálico é subdividido em bulbo, ponte e 
mesencéfalo. 
Mesencéfalo: Interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é representado 
por um plano que liga os dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à 
comissura posterior. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral. A parte 
do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o teto do mesencéfalo. Ventral 
mente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que por sua vez, se dividem em uma 
parte dorsal, o tegmento e outra ventral, a base do pedúnculo. 
Em uma secção transversal do mesencéfalo, vê-se que o tegmento é separado 
da base por uma área escura, a substância negra (nigra). Junto à sustância negra 
existem dois sulcos longitudinais: um lateral, sulco lateral do mesencéfalo, e outro 
medial, sulco medial do pedúnculo cerebral. Estes sulcos marcam o limite entre a base 
e o tegmento do pedúnculo cerebral. Do sulco medial emerge o nervo oculomotor, III 
par craniano. 
Ponte: É uma grande massa com formato ovoide, que se localiza entre o bulbo 
e o mesencéfalo. A ponte irá atuar no controle da respiração. É o centro de 
transmissão de impulsos para o cerebelo e a passagem para as fibras nervosas que 
ligam o cérebro até a medula. 
Bulbo: É chamado também de bulbo raquídeo ou medula oblonga. Seu formato 
parece um cone e se localiza na parte mais caudal do tronco encefálico. Ele recebe 
as informações de diversos órgãos e controla funções como os batimentos cardíacos, 
respiração, pressão do sangue, entre outros. 
O troco encefálico possui três funções gerais: Recebe informações sensitivas 
de estruturas cranianas e controla a maioria das funções motoras e viscerais 
referentes a estruturas da cabeça; Contém circuitos nervosos que transmitem 
informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção 
contrária, do encéfalo para a medula espinhal (lado esquerdo do cérebro controla os 
movimentos do lado direito do corpo e vice-versa); Regula a atenção, função esta que 
é mediada pela formação reticular (agregação mais ou menos difusa de neurônios de 
tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a 
 
29 
 
 
 
 
parte central do tronco encefálico). Além destas três funções gerais, as várias divisões 
do tronco encefálico desempenham funções motoras e sensitivas específicas. 
O mesencéfalo contém grupos de neurónios que se projetam para os 
hemisférios cerebrais e usam neurotransmissores específicos. Pensa-se que 
estes grupos podem modular a atividade de neurónios em centros superiores 
do cérebro, regulando funções como o sono, a atenção ou o prazer. (HALL, 
2017, apud FERREIRA, 2018). 
4.12 Medula Espinal 
 
Fonte: www.msdmanuals.com 
 Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula 
espinhal dentro dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. 
A medula espinhal corresponde à porção alongada do SNC, estabelecendo as 
maiores ligações entre o SNC e o SNP. Está alojada no interior da coluna vertebral, 
ao longo do canal vertebral, dispondo-se no eixo craniocaudal. Cranialmente a medula 
limita-se com o bulbo. Inicia- se ao nível do forame magno e termina na altura entre a 
primeira e segunda vértebra lombar no adulto, atingindo entre 44 e 46 cm de 
comprimento, possuindo duas intumescências, uma cervical e outra lombar (que 
marcam a localização dos grandes plexos nervosos: braquial e lombossacral. 
 
 
 
30 
 
 
 
 
As causas das lesões não traumáticas na medula espinhal podem estar 
relacionadas a tumores, infecções, alterações vasculares, malformações e 
processos degenerativos ou compressivos. (CASALIS, 2003, apud 
CEREZETTI, 2012). 
A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que 
continua com um delgado filamento meníngeo, denominado filamento terminal. 
As intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão 
com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, 
destinados à inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente. A 
formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, 
portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas. A intumescência 
cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a intumescência 
lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula espinhal. 
A superfície da medula apresenta os sulcos longitudinais, que percorrem em 
toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral 
anterior e o sulco lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio 
posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que 
se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos 
sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes 
ventrais e dorsais dos nervos espinhais. 
A substância cinzenta na medula, localiza-se por dentro da branca e apresenta 
a forma de uma borboleta, ou de um H. Nela distinguimos de cada lado, três colunas 
que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e 
lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No 
centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula. A substância 
branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na 
medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: 
Funículo Anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral 
anterior; Funículo Lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior; 
Funículo Posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano 
posterior. Este último ligado a substância cinzenta pelo septo mediano posterior. Na 
 
31 
 
 
 
 
parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior 
em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. 
O coeficiente de incidência de lesão medular traumática no Brasil é 
desconhecido e não existem dados precisos a respeito da sua incidência e 
prevalência, uma vez que esta condição não é sujeita à notificação. 
(CAMPOS, 2008, apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013) 
Conexões com os Nervos Espinhais: Nos sulcos lateral anterior e lateral 
posterior fazem conexão com pequenos filamentos nervosos denominados de 
filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais 
e dorsais dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos 
espinhais, ocorrendo à união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal 
que existe na raiz dorsal. 
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos 
medulares assim distribuídos: 8 cervicais; 12 torácicos; 5 lombares; 5 sacrais; 1 
coccígeo. 
Envoltório da Medula: A medula é envolvida por membranas fibrosas 
denominadas meninges: Dura-máter, Aracnoide e Pia-máter. 
A Dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como se fosse uma 
luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana e termina 
caudalmente em um fundo de saco ao nívelda vértebra S2. Prolongamentos laterais 
da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido 
conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos. 
A Aracnoide espinhal se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende 
um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnoideas, que 
unem este folheto à pia-máter. 
A Pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente 
o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula 
termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento 
esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo do saco 
dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal 
recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de 
filamento da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, 
 
32 
 
 
 
 
constitui o ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega 
longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal 
ao longo de toda a extensão da medula. 
A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral 
da medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e 
ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se 
inserem firmemente na aracnoide e na dura-máter em um ponto que se alteram com 
a emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos 
de fixação da medula e importantes pontos de referência em cirurgias deste órgão. 
Entre as meninges existem espaços que são importantes para a parte clínica 
médica devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais 
como: hematoma extradural, meningites entre outros. O espaço epidural, ou 
extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém tecido 
adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral 
interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnoide, é uma fenda 
estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço subaracnóideo 
contém uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebro-espinhal ou líquor. 
5 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) 
 
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br 
 
33 
 
 
 
 
O SNP, é formado por nervos e gânglios e possui como função levar 
informações ao SNC e respostas aos órgãos efetores. 
É constituído por estruturas localizadas fora do neuroeixo, sendo representado 
pelos nervos (e plexos formados por eles) e gânglios nervosos (consiste no conjunto 
de corpos de neurônios fora do SNC). No SNP, os nervos cranianos e espinhais, que 
consistem em feixes de fibras nervosas ou axônios, conduzem informações para e do 
SNC. 
Embora estejam revestidos por capas fibrosas à medida que cursam para 
diferentes partes do corpo, eles são relativamente desprotegidos e são comumente 
lesados por traumatismos, trazendo déficits motores, sensitivos para grupos 
musculares e porções de pele específicos. 
Os nervos têm forma de cordões cilíndricos mais ou menos espessos, de 
comprimento variável, de coloração branco rosada. São formados essencialmente por 
prolongamentos (axónios) das células nervosas. Asseguram a ligação entre os 
centros nervosos e as várias partes do corpo. 
As células nervosas, ou neurónios, representam a unidade estrutural do 
sistema nervoso. A sua característica mais relevante é a presença de uma ou mais 
expansões protoplasmáticas (prolongamentos) de tamanhos diferentes, que emergem 
do corpo celular propriamente dito, os dendritos e o axónio, importantes para as 
funções específicas das células nervosas: a transmissão e recepção de impulsos. 
A epigenética e a metilação são discutidas no mecanismo da epileptogênese, 
sendo que a metilação caracteriza várias alterações através da inativação de 
determinada região, como ocorre na regulação gênica ou em alterações 
patológicas, como o câncer, e na hiperatividade neuronal na epileptogênese. 
(KOBOW, 2012, apud MACEDO, 2015) 
Os dendritos, expansões pequenas, muitas vezes ramificadas, recebem o 
impulso da periferia e transmitem-no para o corpo celular (soma); o axônio tem a 
função de transmitir o impulso do corpo celular a que pertence para outras células 
nervosas ou para órgãos efetores (músculos, glândulas, por exemplo). 
 
34 
 
 
 
 
5.1 Componentes do Sistema Nervoso Periférico 
O SNP é composto por nervos e gânglios. Os nervos são feixes de fibras 
nervosas dispostas paralelamente e envoltas por tecido conjuntivo. Cada uma dessas 
fibras é formada por um axônio e pelas bainhas que o envolvem. 
Os gânglios, por sua vez, são acúmulos de neurônios, que geralmente formam 
estruturas esféricas, e estão localizados fora do sistema nervoso central. 
Os nervos podem ser espinhais ou cranianos: Os nervos espinhais são aqueles 
que se conectam com a medula espinhal, saindo aos pares dessa estrutura em cada 
região do espaço intervertebral. Esses nervos, que são encontrados no número de 31 
pares, são os responsáveis por inervar o tronco, membros e uma porção da cabeça. 
Os nervos cranianos, por sua vez, são aqueles que se conectam ao encéfalo. 
No total, há 12 pares de nervos cranianos, os quais realizam funções sensoriais, 
motoras e autônomas, principalmente na região da cabeça. Os nervos cranianos são: 
nervo olfatório, nervo óptico, nervo oculomotor, nervo troclear, nervo abducente, nervo 
trigêmeo, nervo facial, nervo vestíbulo-coclear, nervo glossofaríngeo, nervo vago, 
nervo acessório e nervo hipoglosso. 
Os nervos podem apresentar fibras aferentes e eferentes. As fibras aferentes 
levam as informações obtidas no meio ambiente e no interior do nosso organismo para 
os locais onde essas informações serão analisadas no SNC. Já as fibras eferentes 
levam os impulsos produzidos nos centros nervosos (SNC) para os órgãos onde a 
ação será realizada (órgãos efetores). Denominam-se de nervos sensitivos aqueles 
que possuem fibras aferentes e de motores aqueles que possuem fibras eferentes. 
Existem ainda nervos mistos, que possuem fibras de dois tipos. 
5.2 Gânglios nervosos 
Dá-se o nome de gânglio nervoso para qualquer aglomerado de corpos 
celulares de neurônios encontrado fora do sistema nervoso central (quando um 
aglomerado está dentro do sistema nervoso central, é conhecido como núcleo). 
 
35 
 
 
 
 
Os gânglios podem ser divididos em sensoriais dos nervos espinhais e dos 
nervos cranianos (V, VII, VIII, IX e X) e em gânglios autonômicos (situados ao longo 
do curso das fibras nervosas eferentes do SN autônomo). 
5.3 Nervos espinhais 
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior, existem as conexões de pequenos 
filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventral 
e dorsal dos nervos espinhais. 
As duas, por sua vez, se unem para formar os nervos espinhais propriamente 
ditos. 
É a partir dessa conexão com os nervos espinhais que a medula pode ser 
dividida em segmentos. 
Estes nervos são importantes por conectar o SNC à periferia do corpo. 
 Os nervos espinhais são assim chamados por se relacionarem com a medula 
espinhal, estabelecendo uma ponte de conexão SNC-SNP. 
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos 
medulares assim distribuídos: 8 cervicais (existe oito nervos cervicais, mas apenas 
sete vértebras pois o primeiro par cervical se origina entre a 1ª vértebra cervical e o 
osso occipital), 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. 
Os processos transversos fundidos das vértebras S1 a S5 formam a chamada 
crista sacral lateral; entre esta crista e a intermédia situam-se os forames 
sacrais posteriores, que dão passagem aos respectivos ramos posteriores 
dos nervos espinhais sacrais. Ainda na crista sacral lateral percebe-se no 
estudo de Weisl. (LEE.,2001, apud FREGNI, 2011). 
 
36 
 
 
 
 
5.4 Nervos cranianos 
 
Fonte: www.medicina.ufmg.br 
Os doze nervos cranianos, também constituintes importantes do SNP, 
apresentam funções neurológicas diversificadas. 
I Nervo Olfatório: Se origina no teto da cavidade nasal e traz estímulos 
olfatórios para o bulbo olfatório e trato olfatório. 
II Nervo Óptico: Seus axônios se originam de prolongamentos das células 
ganglionares da camada mais interna da retina e partem para a parte posterior do 
globo ocular, levando impulsos relacionados com a visão até o corpo geniculado 
lateral e, daí, até o lobo occipital. 
 III Nervo Oculomotor: Inerva a maioria dos músculos extrínsecos do olho 
(Mm. Oblíquo inferior, reto medial, reto superior, reto inferior e levantador da pálpebra) 
e intrínsecos do olho (M. ciliar e esfíncter da pupila). 
 Indivíduos com paralisia no III par não movem a pálpebra, que cai sobre o olho, 
além de apresentar outros sintomas relacionados com a motricidade do olho, como 
estrabismo divergente (olho voltado lateralmente). 
IV.Nervo Troclear: Inerva o músculo oblíquo superior, que põe os olhos para 
baixo e para dentro (ao mesmo tempo), como no olhar feito ao se descer uma escada. 
Suas fibras, ao se originarem no seu núcleo (ao nível do colículo inferior do mesmo), 
cruzam o plano mediano (ainda no mesencéfalo) e partem para inervar os músculos 
 
37 
 
 
 
 
oblíquos superiores do olho, sendo do lado oposto em relação à sua origem. Além 
disso, é o único par de nervos cranianos que se origina na parte dorsal do tronco 
encefálico (logo abaixo dos colículos inferiores). 
V.Nervo Trigêmeo: Apresenta uma grande função sensitiva (por meio de seus 
componentes oftálmico, maxilar e mandibular) e função motora (inervação dos 
músculos da mastigação por ação do nervo mandibular). É responsável ainda pela 
inervação exteroceptiva da língua (térmica e dolorosa) e proprioceptiva. 
O nervo trigêmeo (NC V) é classificado como um nervo misto, com fibras 
aferentes e eferentes, sendo as primeiras de interesse ao quadro nevrálgico, 
responsáveis pela sensibilidade proprioceptiva (pressão profunda e 
cinestesia) além de exteroceptiva (tato, dor e temperatura) da face e parte do 
crânio, inervando, ainda, os músculos responsáveis pela mastigação. No 
gânglio trigeminal (Gânglio de Gasser) possui o primeiro neurônio da via 
sensitiva, o qual recebe fibras aferentes provenientes da face por meio dos 
ramos oftálmico, maxilar e mandibular, os quais possuem áreas especificas 
de inervação em cada região da face. (FRIZZO, 2004, apud, OLIVEIRA, 
2018). 
VI.Nervo Abducente: Inerva o músculo reto lateral do olho, capaz de abduzir 
o olho (olhar para o lado), como o próprio nome do nervo sugere. Lesões do nervo 
abducente podem gerar estrabismo convergente (olho voltado medialmente). 
VII.Nervo Facial: Toda inervação dos músculos da mímica da face. Paralisia 
de um nervo facial tratar paralisia dos músculos da face do mesmo lado (inclusive, 
incapacidade de fechar o olho), predominando a ação dos músculos com inervação 
normal, puxando-os anormalmente. O nervo intermédio, componente do próprio nervo 
facial, é responsável por inervar as glândulas submandibular, sublingual e lacrimal, 
inerva a sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua. 
VII.Nervo Vestíbulo-coclear: Sua porção coclear traz impulsos gerados na 
cóclea (relacionados com a audição) e sua porção vestibular traz impulsos gerados 
nos canais semicirculares do órgão vestibular (relacionados com o equilíbrio). 
IX. Nervo Glossofaríngeo: Responsável por inervar a glândula parótida de 
fornecer sensibilidade gustativa para o 1/3 posterior da língua. Realiza, também, a 
motricidade dos músculos da deglutição. 
X. Nervo Vago: Maior nervo do corpo, que se origina no sulco lateral posterior 
do bulbo e se estende até o abdome. Está relacionado com a inervação o de quase 
 
38 
 
 
 
 
todos os órgãos torácicos e abdominais. Traz fibras aferentes do pavilhão e do canal 
auditivo externo. 
XI. Nervo Acessório: Inerva os músculos esternocleidomastoideo e trapézio, 
sendo importante também devido as suas conexões com núcleos dos nervos 
oculomotor e vestíbulo-coclear, por meio do fascículo longitudinal medial, o que 
garante um equilíbrio do movimento dos olhos com relação a cabeça. Na verdade, a 
parte do nervo acessório que inerva esses músculos são apenas o seu componente 
espinhal (cinco primeiros segmentos medulares). O componente bulbar do acessório 
pega apenas uma carona para se unir com o vago, formando em seguida o nervo 
laríngeo recorrente. 
XII Nervo Hipoglosso: Inerva os músculos da língua. 
6 SISTEMA NERVOSO VOLUNTARIO SOMÁTICO 
 
Fonte:www.bioensina.com 
O sistema nervoso autônomo (também chamado sistema neurovegetativo ou 
sistema nervoso visceral) está relacionado ao controle e comunicação interna do 
organismo, a vida vegetativa, baseado no controle de vasos sanguíneos, vísceras, 
glândulas, respiração, regulação de temperatura e digestão. 
 
39 
 
 
 
 
É também o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às 
modificações do ambiente. Por exemplo, quando o indivíduo entra em uma sala com 
um ar-condicionado (sensação de frio), o sistema nervoso autônomo (SNA) começa a 
agir, tentando impedir uma queda de temperatura corporal. Dessa maneira, seus pelos 
se arrepiam (devido a contração do músculo pilo-eretor) e ele começa a tremer para 
gerar calor. Ao mesmo tempo ocorre vasoconstrição nas extremidades para impedir a 
dissipação do calor para o meio. 
Essas medidas, aliadas à sensação desagradável de frio, foram as principais 
responsáveis pela sobrevivência de espécies em condições que deveriam impedir o 
funcionamento de um organismo. Desse modo, pode-se perceber que o organismo 
possui um mecanismo que permite ajustes corporais, mantendo assim o equilíbrio do 
corpo: a homeostasia. 
O SNA ajuda muito nesse controle porque é o responsável, entre outras 
funções, pelas respostas reflexas (de natureza automática), controla a musculatura 
lisa, a musculatura cardíaca e as glândulas exócrinas e permite o aumento da pressão 
arterial, o aumento da frequência respiratória, os movimentos peristálticos, a excreção 
de determinadas substâncias. 
A modulação do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) inclui atividade do 
Sistema Nervoso Simpático (SNS) aumentada (ou diminuída) e atividade do 
Sistema Nervoso Parassimpático (SNP) diminuída (ou aumentada), e é uma 
parte importante da resposta do organismo ao estresse. (TILLISCH, 2005, 
apud, ARAGÃO, 2008). 
Apesar de se chamar sistema nervoso autônomo, ele não é independente do 
restante do sistema nervoso. Na verdade, ele é interligado com o hipotálamo, que 
coordena a resposta comportamental para garantir a homeostasia. 
Sabe-se que o SNA é constituído por um conjunto de neurônios que se 
encontram na medula e no tronco encefálico. No sistema nervoso, um receptor, capaz 
de identificar ou perceber uma perturbação inicial e normalmente, estes receptores 
são um tanto quanto específicos. Os receptores se configuram como órgãos, que tem 
como função, conduzir um processo denominado transdução. A transdução é a 
transformação de estímulos físicos em potenciais de ação. Essa é a linguagem com a 
 
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qual nosso organismo percebe a maioria dos sinais, a forma com a qual o sistema 
nervoso funciona. 
7 O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
 
www.bioinfo.ufc.br 
A organização estrutural do ramo eferente do SNA consiste num fluxo 
constituído de dois neurônios, em que os axônios pré-ganglionares que surgem dos 
corpos celulares no eixo cérebro espinhal fazem sinapses com fibras pós-
ganglionares que se originam nos gânglios autônomos, fora do SNC. O SNA é dividido 
em duas partes: 
Sistema nervoso simpático (tóracolombar) e o Sistema nervoso parassimpático 
(craniossacral). Trata-se de uma divisão baseada nas características anatômicas de 
cada divisão e nasfunções que cada uma delas desempenha. 
Alguns órgãos são duplamente inervados pelos sistemas nervosos simpáticos 
e parassimpáticos, a exemplo das glândulas salivares, do coração, dos pulmões 
(músculo brônquico), das vísceras abdominais e pélvicas, enquanto outros órgãos só 
recebem inervação de um sistema. 
As glândulas sudoríparas, a medula suprarrenal, os músculos piloeretores e a 
maioria dos vasos sanguíneos são inervados apenas pelo sistema nervoso simpático. 
http://www.bioinfo.ufc.br/obj/obj.php?obj=2
 
41 
 
 
 
 
Por outro lado, o parênquima das glândulas paróditas, lacrimais e nasofaringes são 
inervados apenas por fibras parassimpáticas. 
Quando estímulos internos sinalizam a necessidade de uma determinada 
regulação, o SNC ativa o sistema autônomo, que realiza as ações compensatórias. 
Como exemplo, quando há um súbito aumento da pressão arterial, o conjunto de 
barorreceptores (receptores de pressão cardíaca) acionam o sistema nervoso 
autônomo, para que este possa restabelecer a pressão aos níveis de antes da 
perturbação. 
O sistema nervoso autônomo não responde apenas a estímulos internos. Ele 
está apto também a participar de respostas apropriadas e coordenadas a estímulos 
externos. Como exemplo, o sistema nervoso autônomo atua na regulação do tamanho 
de pupila, em resposta a diferentes níveis de exposição à luz. Outro exemplo extremo 
de interação do sistema nervoso autônomo e o meio externo, está caracterizado na 
resposta de luta ou fuga, quando uma ameaça ativa intensamente o sistema nervoso 
simpático. 
A integração anatômica dos níveis segmentares e dos neurônios de 
associação intersegmentares passou a constituir a medula espinhal e, no seu 
topo, desenvolveram-se centros nervosos que controlam o funcionamento do 
corpo e as suas reações ao meio externo. (GOLD, 2001, apud RIBAS, 2006). 
Como consequência desta ativação, podem ser percebidas as seguintes 
respostas: hormônios da suprarrenal são liberados; pressão arterial e a frequência 
cardíaca aumentam; brônquios se dilatam; motilidade e as secreções intestinais são 
inibidas; metabolismo da glicose aumenta; pupilas dilatam-se; pelos ficam eretos, em 
função dos músculos piloeretores; vasos esplênicos sofrem constrição; vasos da 
musculatura esquelética dilatam-se. 
Acompanhando as fibras motoras autonômicas, nos nervos periféricos, estão 
as aferentes viscerais, que se originam de receptores sensoriais nas vísceras. Muitos 
destes receptores provocam reflexos, porém eles estão habilitados a provocar 
experiências sensoriais tais como dor, fome, sede, náuseas e uma sensação de 
distensão visceral. 
 
42 
 
 
 
 
7.1 A organização do sistema nervoso autônomo 
A unidade funcional primária dos sistemas nervoso simpático e parassimpático 
consiste de uma via motora formada por dois neurônios, um pré-ganglionar e um 
neurônio pós-ganglionar. O neurônio pré-ganglionar tem o corpo celular localizado no 
SNC, e o neurônio pós-ganglionar tem o seu corpo celular num gânglio autonômico. 
No sistema nervoso simpático, os neurônios pré-ganglionares estão localizados 
nos segmentos torácicos e lombares altos da medula espinhal, fazendo com que ele 
seja também denominado de divisão tóracolombar do sistema nervoso autônomo. 
Em contrapartida, os neurônios pré-ganglionares do sistema parassimpático 
são encontrados no tronco encefálico e na medula espinhal sacral, fazendo com que 
ele seja também denominado de divisão craniossacral do sistema nervoso autônomo. 
Os neurônios pré-ganglionares do sistema simpático encontram-se localizados, 
preferencialmente, na coluna intermédio-lateral da medula espinhal em seus 
segmentos torácicos e lombares altos. Os axônios pré-ganglionares saem da medula 
espinhal pela raiz ventral entrando num gânglio paravertebral através de um ramo 
comunicante branco. De uma maneira geral, as fibras pré-ganglionares são fibras 
mielinizadas, enquanto as pós-ganglionares são geralmente não-mielinizadas. 
Em geral, os neurônios pré-ganglionares simpáticos distribuem-se para 
gânglios simpáticos ipsilaterais. Desta forma, eles controlam a função autonômica do 
mesmo lado do corpo. A exceção a esta regra é observada no intestino e nas vísceras 
pélvicas, onde a inervação simpática é bilateral. 
Os neurônios pré-ganglionares do sistema parassimpático, estão localizados 
em vários núcleos de nervos cranianos no tronco encefálico, bem como na região 
intermediária dos segmentos S3 e S4 da medula espinhal sacral; os neurônios pós-
ganglionares encontram-se localizados próximo ou mesmo nas paredes das vísceras 
torácicas, abdominais e pélvicas. 
As fibras aferentes viscerais são aquelas que trazem os estímulos que, em sua 
maioria, se originam dos receptores sensoriais das vísceras. 
A atividade destes receptores jamais chega ao nível da consciência, pois elas 
formam alças aferentes de arcos reflexos, fundamentais para a manutenção da 
homeostasia. 
 
43 
 
 
 
 
7.2 As fibras aferentes viscerais 
As fibras nervosas do sistema nervoso autônomo fazem sinapse num gânglio 
antes de atingirem o órgão alvo, sendo assim chamadas de fibras pré-ganglionares e 
fibras pós-ganglionares. 
As fibras pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo (simpáticas e 
parassimpáticas) liberam o neurotransmissor acetilcolina no gânglio autonômico e são 
chamadas de fibras colinérgicas. 
As fibras pós-ganglionares parassimpáticas são também colinérgicas, mas as 
fibras pós-ganglionares simpáticas podem ser tanto colinérgicas como adrenérgicas 
(liberam noradrenalina ou adrenalina). A maioria da fibras pós-ganglionares 
simpáticas, sem dúvidas, são do tipo adrenérgicas. 
Durante o exercício físico, é observado um acrescimento na concentração de 
dopamina e noradrenalina a nível encefálico (DUARTE, 2010, apud, REIS, 
2019). 
Uma importante característica anatômica do sistema simpático é ter as fibras 
pré-ganglionares bastante curtas em comparação com as fibras pós-ganglionares. As 
fibras pré-ganglionares do sistema nervoso parassimpático vão até o órgão-alvo e lá, 
encontram gânglios bastante próximos da parede do órgão, e ali fazem sinapse com 
a fibra pós-ganglionar. As fibras pós-ganglionares inervam a própria estrutura 
(musculatura lisa) do órgão. Este plexo é composto por uma enorme rede de gânglios 
e fibras, que são encontradas entre as camadas musculares do tubo gastrintestinal. 
 
44 
 
 
 
 
7.3 Ações do Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático 
 
Fonte: www.neuropsicopedagogianasaladeaula.com.br 
Olhos: O sistema simpático dilata as pupilas, permitindo a entrada de maiores 
quantidades de luz no globo ocular, enquanto o sistema parassimpático faz com que 
contraia o que diminui a quantidade de luz que penetra em seu interior. Assim, em 
ambientes mal iluminados, por ação do sistema nervoso simpático, o diâmetro da 
pupila aumenta. Em locais muito claros, a ação do sistema nervoso parassimpático 
acarreta diminuição do diâmetro da pupila. Esse mecanismo evita o ofuscamento e 
impede que a luz em excesso lese as delicadas células fotossensíveis da retina. 
As fibras parassimpáticas controlam o músculo ciliar que focaliza o cristalino 
para a visão de perto. 
Sistema respiratório: Os brônquios são dilatados pela estimulação simpática, 
porém o sistema simpático provoca uma vasoconstrição muito moderada sobre os 
vasos sanguíneos do pulmão. Além disso a estimulação simpática permite o 
alargamento das vias respiratórias. Enquanto que o parassimpático faz a constrição 
dos brônquios, com isso o estreitamento das vias respiratórias. Não possui ação sobre 
os vasos sanguíneos do pulmão. 
Sistema digestório: A secreção dos sucos digestivos por algumas das 
glândulas do tubo gastrintestinal é controlada, em sua maior parte, pelas fibras 
parassimpáticas, enquanto as fibras simpáticas têm efeito muito diminuto sobre a 
 
45 
 
 
 
 
maioria dessas glândulas. As glândulas gástricas do estômago são normalmentequase que controladas de modo total pelas fibras parassimpáticas. Por outro lado, as 
glândulas do intestino são controladas apenas parcialmente pelo parassimpático, e, 
em sua maior parte, por fatores locais, produzidos no próprio intestino. 
A estimulação parassimpática estimula o peristaltismo, ao mesmo tempo, que 
diminui o tônus dos esfíncteres gastrintestinais. O peristaltismo propele o alimento 
para diante, enquanto que os esfíncteres abertos permitem a fácil passagem desse 
alimento. A estimulação simpática inibe o peristaltismo ao mesmo tempo que provoca 
a contração dos esfíncteres. 
Fígado: A estimulação simpática provoca a rápida degradação do glicogênio, 
com a formação de glicose no fígado, acompanhada pela liberação dessa glicose para 
o sangue. Essa glicose sanguínea aumentada representa suprimento de nutrientes 
disponíveis a curto prazo, para as células dos tecidos, o que é muito útil, durante o 
exercício. 
As disfunções autonômicas podem ter muitas causas e possuem dois 
aspectos clínicos: o da neuropatia autonômica ou hiper-reflexia do SNA e o 
das alterações locais que causam problemas neurológicos, tróficos e dor. 
(STRAUB, 2005, apud PEREIRA, 2014). 
Pâncreas: A estimulação simpática realiza a inibição da secreção de enzimas 
digestivas e insulina. Estimulando a produção de glucagon. A estimulação 
parassimpática age na secreção de enzimas digestivas e insulina, inibindo o glucagon. 
Glândulas salivares: As glândulas salivares da boca, assim como as 
glândulas gástricas do estomago, são normalmente controladas, quase de modo total, 
pelas fibras parassimpáticas. 
Glândulas sudoríparas: As glândulas sudoríparas são estimuladas por fibras 
do sistema nervoso simpático. Entretanto, essas fibras são diferentes das fibras 
simpáticas em geral, por serem predominantemente colinérgicas. Também, são 
estimuladas por centros encefálicos que, normalmente controlam o sistema 
parassimpático e não pelos centros que controlam o simpático. 
Apesar do fato de que as fibras que inervam as glândulas sudoríparas serem 
anatomicamente simpáticas, elas podem ser consideradas, em termo funcional, 
parassimpáticas. 
 
46 
 
 
 
 
Coração: A estimulação do sistema nervoso simpático aumenta a atividade 
cardíaca, algumas vezes chegando a aumentar a frequência cardíaca de até três 
vezes e a força de sua contração de duas vezes. Por outro lado, a estimulação 
parassimpática diminui a atividade cardíaca. A forte estimulação do nervo vago para 
o coração pode fazer com que o mesmo chegue a parar por até alguns segundos. 
Um leve espessamento das arteríolas, junto a um leve aumento de tecido 
conjuntivo nas leptomeninges e o aumento de células no lobo frontal direito 
foi descrito em um estudo com autistas, que anos depois foram sendo 
examinados mais materiais. (KEMPER, 2004, apud GARCIA, 2011). 
Circulação periférica: A mais importante função do sistema simpático a de 
controlar os vasos sanguíneos de todo o corpo. A maior parte desses vasos 
sanguíneos contrai-se pela estimulação simpática, embora alguns como os vasos 
coronarianos se dilatem. 
Pelo controle dos vasos sanguíneos periféricos, o sistema nervoso simpático é 
capaz de regular por curtos períodos de tempo, o debito cardíaco e a pressão arterial, 
a constrição das veias e dos reservatórios venosos aumenta o debito cardíaco, e a 
constrição das arteríolas aumenta a resistência periférica, o que eleva a pressão 
arterial. O parassimpático quando atua sobre os vasos, os faz dilatar na maioria dos 
casos, mas seu efeito é tão minúsculo e ocorre em áreas tão restritas do corpo. 
Órgãos sexuais: O SNA também controla os atos sexuais nos dois sexos. No 
masculino, o parassimpático produz a ereção, e o simpático, a ejaculação. No sexo 
feminino, o parassimpático produz a ereção de todos os tecidos eréteis em torno do 
introito vaginal, o que faz com que fique estreito e secrete grande quantidade de muco, 
o que facilita o ato sexual. O efeito do simpático sobre a função sexual feminina não 
é bem conhecido, mas acredita-se que esses nervos possam produzir o peristaltismo 
uterino invertido, durante o orgasmo feminino. Quanto ao útero, a estimulação 
simpática inibe a contração em mulheres não grávidas, e estimula em mulheres 
grávidas. E o parassimpático não possui efeito sobre esse órgão. 
Músculos: No músculo estriado cardíaco, a estimulação simpática aumenta 
sua atividade, enquanto que o parassimpático diminui; No músculo circular da Iris, o 
parassimpático faz a contração, miose, e favorece a drenagem do humor aquoso. 
 
47 
 
 
 
 
No músculo ciliar, o parassimpático faz a contração, diminui a tensão dos 
ligamentos, adapta a visão para perto; Músculo liso dos brônquios, o parassimpático 
faz a contração; Nos músculos esqueléticos, a atuação cabe ao sistema nervoso 
simpático. 
Durante uma atividade física, o metabolismo muscular aumentado exerce o 
efeito local de dilatar os vasos sanguíneos dos músculos, porém ao mesmo tempo, o 
sistema simpático fica ativado, produzindo a contração dos vasos sanguíneos na 
maior parte do corpo. Essa vasodilatação local nos músculos permite o fluxo 
sanguíneo sem impedimento, enquanto a vasoconstrição diminui quase todos os 
outros fluxos sanguíneos regionais, com exceção do coração e cérebro. 
 Assim, o sistema simpático favorece o desvio do fluxo de sangue pelos vasos 
dos músculos em atividade. 
8 VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO 
 
Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana (artérias carótida interna e vertebral) 
O fluxo sanguíneo cerebral é elevado, sendo superado apenas pelo fluxo 
sanguíneo do rim e do coração. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo 
uma quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu próprio peso. 
 
48 
 
 
 
 
8.1 Vascularização Arterial do Encéfalo 
Polígono de Willis: O encéfalo é vascularizado através de dois 
sistemas: Vertebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo (artérias carótidas 
internas). 
As artérias vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na 
goteira basilar. Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte 
posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais. 
As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral 
média e uma artéria cerebral anterior. As artérias cerebrais anteriores se comunicam 
através de um ramo entre elas (artéria comunicante anterior). As artérias cerebrais 
posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias 
comunicantes posteriores e a Artéria Carótida Interna (Sistema Carotídeo). 
Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto 
mais ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal 
carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-máter e a aracnoide e, no início 
do sulco lateral, divide-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e 
anterior. A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar à morte cerebral 
irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e, 
infelizmente, comum. Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são 
frequentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo. 
De forma análoga em lesões do lobo frontal, ocorrem sintomas psiquiátricos, 
como apatia, irritabilidade e labilidade emocional. A ansiedade existe também 
em mais de 30% dos casos. (PRICE, 2008, apud, MADEIRA, 2018). 
As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a 
partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço. Passam através 
dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais, perfuram a membrana 
atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnoide, penetrando no crânio pelo forame 
magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do 
sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único,

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