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102
S. Sandri, J. Stolfi, L.Velho
TUTELA DE EVIDÊNCIA NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
CARVALHO, Douglas Lopes[footnoteRef:1] [1: Acadêmico do 9º semestre do curso de Direito da Universidade de Cruz Alta. E-mail: douglass.carvalho@hotmail.com] 
Palavras-Chave: Tutela de Evidência. Concessão. Direito. Novo código de Processo Civil. 
INTRODUÇÃO
	O presente resumo tem como foco versar acerca da tutela de evidência, tendo como área de estudo o Código de Processo Civil, sendo que a pesquisa possui como objetivo a análise da Tutela de Evidência prevista no Novo Código de Processo Civil. Sob essa perspectiva, o trabalho está direcionado, predominantemente, em doutrina, que aborda as principais disposições gerais aplicáveis ao tratamento que é dado à Tutela Provisória de Evidência, observando-se a nova sistemática processual civil.
METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS
	Inicialmente, ressalta-se que este resumo foi elaborado a partir de uma série de leituras sobre o tema proposto associada a uma pesquisa bibliográfica, sendo que a estruturação do desenvolvimento, foi embasada, especialmente, na exploração do Código de Processo Civil, que, por si só, supre quase que por completo dúvidas e questionamentos. Cumpre salientar, da mesma forma, as jurisprudências acerca do assunto também foram consultadas. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES
	A tutela de evidência é apresentada, pela maioria dos autores, também com base no que determina o artigo 311 do CPC e seus incisos, como uma forma de concessão, que independente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.
A tutela de evidência pode ser deferida, tanto em liminar, como em decisão incidental. Há o abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte, fatos provados documentalmente e tese em casos repetitivos, depósito, prova documental a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável, retirar efeito suspensivo da apelação (art. 1.012, § 1º, V).
Partindo deste princípio, para alguns autores, a tutela da evidência não se funda no fato da situação geradora do perigo de dano, mas no fato de a pretensão de tutela imediata se apoiar em comprovação suficiente do direito material da parte. Justifica-se pela possibilidade de aferir a liquidez e certeza do direito material, ainda que sem o caráter de definitividade, já que o debate e a instrução processuais ainda não se completaram. No estágio inicial do processo, porém, já se acham reunidos elementos de convicção suficientes para o juízo de mérito em favor de uma das partes.
Deste modo, a tutela da evidência pressupõe, por sua própria natureza, demanda principal já ajuizada, pois é por meio da dedução da pretensão em juízo, com todos os seus fundamentos e suas provas disponíveis que se pode avaliar a evidência do direito da parte sobre o qual a medida provisória irá recair. Aforada a ação, a parte terá oportunidade de postular essa medida, desde logo, cumulando-a com o pedido principal na petição inicial; poderá, também, pleiteá-la posteriormente, a qualquer momento durante o curso do processo. Não há lugar, contudo, para a decretação de ofício de medidas de tutela da evidência. 
De qualquer sorte, a concessão da tutela da evidência será de enorme valia para “tirar” ou evitar o efeito suspensivo do recurso de apelação lamentavelmente preservado como regra pelo CPC de 2015 (art. 1.012, caput), tal qual já era possível (e correto) sustentar no CPC de 1973 com fundamento no inciso II (reproduzido no inciso I do art. 311) e, sobretudo, no § 6º do art. 273 daquele mesmo Código. Assim, concedida a tutela da evidência liminarmente, com base nos incisos II ou III do art. 311, observar-se-á o procedimento comum – não há nenhum outro a ser observado, diferentemente do que se dá para as tutelas de urgência requeridas antecedentemente, consoante sejam antecipadas ou cautelares até o proferimento da sentença que estará apta a surtir efeitos imediatos desde logo ainda que haja interposição de apelo pelo sucumbente, aplicando-se, à espécie, o disposto no inciso V do § 1º do art. 1.012, que se refere expressamente à hipótese de a sentença confirmar a tutela provisória. Mesmo quando a hipótese não seja de concessão liminar da tutela provisória (e não há, à falta de urgência, nenhuma inconstitucionalidade na opção feita pelo legislador no parágrafo único do art. 311, de restringir sua concessão liminar aos incisos II e III do caput), é possível a tutela provisória ser concedida na própria sentença o que significa dizer, em termos bem diretos, que a apelação eventualmente interposta pelo sucumbente não será recebida no efeito suspensivo. É o que também merece ser extraído do mesmo inciso V do § 1º do art. 1.012, que também se refere à concessão da tutela provisória na sentença, que, no particular, distingue, com nitidez a “sentença” (como, de resto, qualquer outra decisão jurisdicional) daquilo que ela contém (a concessão da tutela jurisdicional) e de seus efeitos (a viabilidade do cumprimento imediato da sentença). A hipótese do inciso IV do art. 311 parece perfeita para ilustrar suficientemente o que acabei de escrever: a ausência de “prova capaz de gerar dúvida razoável” a cargo do réu em contraposição à “prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor” é fator que enseja, a um só tempo, a concessão da tutela da evidência, mas também ao julgamento antecipado do mérito, nos precisos termos do inciso I do art. 355. Fosse a prova do réu capaz de comprometer a “suficiência” da prova documental dos fatos constitutivos do direito do autor, e a hipótese não seria nem da tutela da evidência e, tampouco, do julgamento antecipado do mérito. É que, neste caso, na exata medida em que o magistrado duvida do fato constitutivo do direito do autor diante das provas trazidas pelo réu, há necessidade de identificar o ponto controvertido e determinar a produção da prova que o permita julgar.
A evidência que nomina a técnica não merece ser interpretada literalmente, mas, de forma mais genérica, no sentido de que o requerente da medida tem direito mais provável que o do seu adversário assim entendidas as afirmações de direito e de fato que, por portarem maior juridicidade, recomendarem proteção jurisdicional. Em suma, a expressão merece ser compreendida no sentido de que, à luz dos elementos apresentados, tudo indica que o requerente da medida é o merecedor da tutela jurisdicional.
Em princípio, não se pode admitir fungibilidade em matéria de medidas próprias da tutela da evidência. A fungibilidade só é pensada, com propriedade, nas medidas conservativas (cautelares), em que o interesse gira em torno de proteger a eficácia do processo. Na tutela da evidência é o pedido substancial da parte que se intenta proteger, não havendo como substituir o objeto da tutela, sem comprometer a liberdade do autor de definir o objeto litigioso e de pleitear o remédio processual que entenda útil à sua defesa. Ou se acata o pedido da parte, ou se lhe nega acolhida. Não há como decretar, por iniciativa do juiz, medida satisfativa diversa daquela requerida pela parte. Pode deferi-la em parte, mas não substituí-la por outra completamente distinta.
Há, porém, casos em que a parte poderá se valer da tutela da evidência para pleitear medidas conservativas, sem os rigores do periculum in mora. (THEODORO JÚNIOR, Humberto, 2015). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÃO
 É imprescindível ressaltar, primeiramente, a relevância da tutela de evidência, que é dispensável ao autor sempre que a petição inicial venha instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito perseguido no processo, à qual o réu “não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável” (art. 311, IV).
Trata-se, pois, de medida destinada a tutela de interesses apenas do autor, e que somente pode ser deferida em caráter incidental, depois de conhecida a defesa do demandado. Em função desta é que o juiz poderá avaliar se a força probante da documentação do autor foi anulada ou reduzida pela contraprovado adversário.
REFERÊNCIAS 
MONTENEGRO FILHO, Misael. 12ª ed. atual e reformado. Curso de Direito Processual Civil. São Paulo: Atlas, 2016.
NEGRÃO, Theotonio e GOUVÊA. José Roberto Ferreira. 36ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004. 
BONDIOLI, Aidar; NAVES DA FONSECA, João Francisco. 47ª. ed. atual e reformado. São Paulo: Saraiva, 2016.
NEGRÃO, Theotonio; GOUVÊA, José Roberto Ferreira. BONDIOLI, Luis Guilherme Aidar. FONSECA, João Francisco Naves da. Processo Civil. Legislação. Brasil. 47ª ed. Saraiva, 2016.
THEODOR JÚNIOR, Humberto, 1938. Código de Processo Civil anotado. colaboradores, Humberto Theodoro Neto, Adriana Mandim Theodoro de Mello, Ana Vitoria Mandim Theodoro. 20ª. ed. revista e atualizada. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito Processual Civil. 52ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
Proceedings of the XII SIBGRAPI (October 1999) 101-104
Proceedings of the XII SIBGRAPI (October 1999)

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