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13 6° Período B | 1° AF | ATS I: Atenção integral à saúde do adulto e do idoso | Dermatologia Maria Diva Costa Alves | @medivou Melanoma Prof. Paula Mota | 11.08.2022 “É o câncer de pele que mais mata com ocorrência de 5%, o mais maligno dos tumores cutâneos”. EPIDEMIOLOGIA • Incidência aumentando; • Média de diagnóstico: 45 – 55 anos; FATORES DE RISCO FATOR GENÉTICO HISTÓRIA PESSOAL • Após 1° melanoma: 10% em 5 anos; • Após 2° melanoma: 30% em 5 anos; HISTÓRIA FAMILIAR • 20x maior que na população; SÍNDROME DO NEVO ATÍPICO • Autossômica dominante; • Melanoma em, pelo menos, um parente de primeiro ou segundo grau + pela pre- sença de grande quantidade de nevos (>50), alguns clinicamente atípicos; • 150x maior que na população; Nevos = sinais | Efélides = Sardas FATORES FÍSICOS • Raça branca > negros e asiáticos; • Cabelos, olhos claros, efélides; • Correlação direta entre exposição solar e incidência de melanoma; • Queimaduras intensas na infância aumen- ta o risco na vida adulta; • Menor incidência em áreas duplamente cobertas pelo uso de roupas íntimas; • Xeroderma pigmentoso: doença genética rara caracterizada por dificuldade em re- verter as agressões no DNA; • Melanoma “de novo”: surgimento sem le- sões prévia; • Evolução de nevos pré-existentes: Pequenos: até 1,5 cm. Médios: 1,5 – 19,9 cm. Gigantes: >20 cm (maior risco de maligniza- ção, 5 - 20%). “Pode surgir de um sinal (nevos pré- existentes) ou nascer como melanoma (de novo)”. FORMAS CLÍNICAS MELANOMA EXTENSIVO SUPERFICIAL • 70% dos casos; • Forma mais associada a lesões névicas pré- existentes; • Áreas de exposição intermitente à radia- ção solar; • Tronco de homens; • Pernas de mulheres; • Evolução lenta e gradual; • Crescimento radial; MELANOMA NODULAR • 15 a 30% dos casos; • Tronco de homens; • Pernas de mulheres; • Evolução rápida; • Pior prognóstico; • Crescimento vertical desde o início; • Alto potencial de metástase; 14 6° Período B | 1° AF | ATS I: Atenção integral à saúde do adulto e do idoso | Dermatologia Maria Diva Costa Alves | @medivou MELANOMA LENTIGINOSO ACRAL Sinal de Hutchinson. • Forma mais comum em negros e asiáticos (35-60%); • Raro em brancos (2-8%); • Mais frequente em indivíduos idosos (6° dé- cada); • Extremidades palmo-plantares, periungue- ais ou subungueais; • Prognóstico ruim; “Câncer de matou Bob Marley”. MELANOMA LENTIGO MALIGNO • 4-15% dos casos; • Áreas cronicamente expostas ao sol; • Ação acumulativa da radiação ultraviole- ta; • Idosos; • Crescimento lento (15 anos); • Baixo potencial de metástase; MELANOMA DE MUCOSA • 5% dos casos; • Qualquer mucosa; • Diagnóstico em geral tardio com mau prognóstico; • Na mulher... MELANOMA AMELANÓTICO • Raro; • Concentração muito baixa de pigmento melânico; • Diagnóstico difícil e habitualmente tardio; • Prognóstico ruim; • Lesão rósea ou eritematosa; • Diagnóstico diferencial: granuloma piogê- nico, CEC; QUANDO SUSPEITAR • Assimetria; • Bordas irregulares; • Coloração; • Diâmetro > 6 mm; • Evolução; EVOLUÇÃO • Alteração do sensório; • Crescimento; • Mudança de pigmentação; • Inflamação/prurido; • Sangramento; Sinal do patinho feio. O QUE FAZER? Exérese total da lesão suspeita com margens mínima (2 mm), profundidade até a hipoder- me. 15 6° Período B | 1° AF | ATS I: Atenção integral à saúde do adulto e do idoso | Dermatologia Maria Diva Costa Alves | @medivou EXAME HISTOPATOLÓGICO • Tipo histológico; • Margens cirúrgicas; • Espessura máxima em milímetros (métodos de Breslow - profundidade); • Nível de invasão Clark; • Presença ou ausência de ulceração ou re- gressão, infiltrado inflamatório e invasão angiolinfática; • Índice mitótico; CLASSIFICAÇÃO DE BRESLOW BRESLOW 1: até 0,75 mm. BRESLOW 2: 0,75 – 1,5 mm BRESLOW 3: 1,5 – 3,0 mm. BRESLOW 4: 3,0 – 4,0 mm. BRESLOW 5: > 4,0 mm. • Pesquisa de linfonodo sentilnela: Breslow > 1 mm ou Breslow < 1 com mitose, área de ulceração ou regressão; • Linfonodo comprometido confirmado por histopatológico: linfadectomia regional; • Melanomas > 4 mm, a linfadenectomia não é preconizada: possibilidade de me- tástase à distância (hematogênica) é mui- to grande; PASSO A PASSO • Retirada completa da lesão suspeita com margens mínimas (2 mm); • Avaliação do Breslow; • Ampliação das margens cirúrgicas de acordo com o Breslow; • Avaliação da necessidade de linfonodo sentinela; EVOLUÇÃO • Grande potencial de metastatização: mais precoce quanto mais espesso for o tumor; • Principal fator prognóstico: índice de Bres- low; METÁSTASE • Local ou satelitose: até 2 cm da cicatriz (di- ferente de recidiva); • Em trânsito: além de 2 cm em direção aos linfonodos regionais; • Regional: no linfonodo; • Sistêmica: por disseminação hematogêni- ca; METÁSTASE A DISTÂNCIA → Pulmão (33 – 34%) → Cérebro ou SNC (17 – 22%) → Fígado (7 – 14%) → Ossos (7 – 8%) CASO CLÍNICO Paciente sexo feminino, 48 anos, chega ao consultório dermatológico referindo mudan- ça em um nevo melanocítico que apresenta desde a sua infância. Relata que há cerca de 6 meses vem percebendo escurecimento de parte deste nevo, mas nega prurido, sangra- mento ou dor local. • Nega antecedentes pessoais e familiares de câncer de pele; • Nega ainda outras doenças dermatológi- cas; Principal hipótese diagnóstica: melanoma. Tipo histológico: extensivo superficial. QUESTÕES Para o diagnóstico de melanoma em uma le- são suspeita, preconiza-se a realização de biópsia com margem de: 16 6° Período B | 1° AF | ATS I: Atenção integral à saúde do adulto e do idoso | Dermatologia Maria Diva Costa Alves | @medivou a) 1-3 mm. b) 2 mm. c) 3 mm. d) Sem margens. Nem sempre no exame dermatológico suspei- tamos de melanoma pelas alterações do ABCDE. Muitas vezes, apenas pelo fato de uma lesão ser muito diferente dos outros ne- vos do paciente, mesmo com o ABCDE nor- mal, devemos suspeitar de melanoma. Na dermatologia, essa regra é chamada de: a) Koebner. b) Orvalho sangrante. c) Breslow. d) Patinho feio. Mulher, 42 anos, apresentou lesão cutânea hi- perpigmentada de 1,5 cm em face anterior de perna direita. Após consulta com derma- tologista, foi indicada biópsia excisional da le- são. O diagnóstico histopatológico foi de me- lanoma nodular, Breslow 2,3 mm, nível de Clark III, ulceração presente, 3 mitoses/mm², microsatelitose ausente, regressão ausente, invasão perineural ausente, invasão angiolin- fática ausente, fase de crescimento vertical, margens cirúrgicas livres (a menor distando 2,5 mm da lesão). No retorno pós-biópsia, a paciente não apresentava queixas. A reava- liação clínica revelou linfonodo palpável em região inguinal direita, 2 cm, móvel, fibroelás- tico, indolor. Foram realizadas tomografias de tórax, abdome e pelve que não evidencia- ram metástases à distância. Qual a próxima conduta? a) Ampliação de margem com pesquisa de linfonodo sentinela. b) Linfadenectomia inguinal e ampliação das margens. c) Quimioterapia e radioterapia. d) Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) do linfonodo. O melhor indicador prognóstico de um mela- noma é: a) O diâmetro da lesão. b) O índice de Breslow. c) O índice de Clark. d) A tomografia de crânio. Associe as imagens aos respectivos subtipos de melanoma: I. Lentigo maligno. II. Extensivo superficial. III. Nodular. IV. Lentiginoso acral. A. B. C. D. a) I-A; II-B; III-C; IV-D; b) I-A; II-C; III-B; IV-D; c) I-B; II-C; III-D; IV-A; d) I-D; II-C; III-B; IV-A;
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