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DERMATO – MELANOMA MALIGNO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 6 DERMATO – MELANOMA MALIGNO DEFINIÇÃO Tumor maligno devido a transformação do melanócito, principalmente na junção Dermo epidérmica em Melanócito atípico. EPIDEMIOLOGIA 5ª causa + frequente de câncer em mulheres; 6ª causa + frequente de câncer em homens; Mais de 25% em pessoas < 45 anos; Causa + comum de câncer em mulheres de 25 a 29 anos; Responsável por 79% de todas as mortes por câncer de pele. FATORES DE RISCO Fotorradiação/fotossensibilidade: Nem todo melanoma tem relação com exposição solar; Exposição solar intermitente, intensa na infância ou adolescência: 1 queimadura de 2º grau dobra o risco de se ter MM quando adulto; Fitzpatrick I e II (classificação da cor da pele) têm maior risco. História familiar e pessoal de melanoma/ca de pele: História familiar: ter parente de 1º grau, dobra o risco. Também antecedentes de Sd. do Nevo Displásico; História pessoal: se tiver o 1º tumor primário há 15% de chance de múltiplos primários; 50% desenvolvem o 2º na mesma região e 50% no 1º ano subsequente. Presença de nevos: Nevos Melanocíticos: são marcadores genéticos: Nº: mais de 100 no adulto e mais de 50 na criança e TIPO: 01 nevo displásico dobra o risco; Nevo congênito Gigante maior de 20 cm no adulto podem sofrer 5 a 10% de transformação; Cerca de 75% originam-se em áreas de pele normal; Cerca de 25% originam-se de nevo pré- existente. Imunossupressão: transplantados têm incidência 2 a 5 vezes maior. DIAGNÓSTICO Algumas regras básicas permitem o imediato reconhecimento do melanoma cutâneo em lesões melanocíticas: Alterações de cor, tamanho, forma e superfície; Crescimento rápido, descamação, ulceração, sangramento, prurido e dor Desenvolvimento de áreas papulosas ou nodulares sobre máculas pigmentadas. Regra ABCDE: Assimetria: Bordas: DERMATO – MELANOMA MALIGNO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 6 DERMATO – MELANOMA MALIGNO Cor: Diâmetro: (maior que 0,5 cm: maligna; menor que 0,5 cm: benigna) Evolução: DERMATOSCOPIA (diagnóstico) É um exame preventivo com precisão diagnóstica de até 97% de acerto preservando o paciente de cirurgias desnecessárias e podendo diagnosticar lesões malignas, ainda em fase inicial; Regra do ABCDE – Stolz; Regra dos 7 pontos – Argenziano; Teste das 3 cores; Método de Menzies. FORMAS CLÍNICAS Melanoma extensivo superficial (MES): + frequente; Idade: 30 a 60 anos; Várias colorações. Melanoma nodular (MN): 2º + comum; 50 a 60 anos, homem (2:1); Lesão papulosa, elevada, cor castanha, negra ou azulada; Frequente ulceração e sangramento (existe uma variante amelanócita); A expressão é reservada às lesões primitivamente nodulares, isto é, sem fase prévia de crescimento radial. Lentigo maligno melanoma(MLM): Pouco frequente; Acomete 60 a 70 anos; Surge em área de lentigo solar: mácula acastanhada ou enegrecida, de limites nítidos e irregulares, alcançando vários centímetros de diâmetro, localizada na face (90%), em mãos e membros inferiors (10%). Melanoma lentiginoso acral (MLA): - frequente; Presente nas regiões palmoplantares, extremidades digitais, mucosas e semimucosas; É mais frequente em não-brancos. http://162.129.70.33/images/melanoma_1_060915.jpg http://162.129.70.33/images/malignant_melanoma_1_050410.jpg DERMATO – MELANOMA MALIGNO LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 6 DERMATO – MELANOMA MALIGNO 70 anos; Nas extremidades digitais, pode- se apresentar como lesão tumoral acastanhada subungueal, melanoníquia estriada, fragmentação longitudinal da lâmina ungueal, além de paroníquia crônica e persistente. Variante subungueal: DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO Biópsia: Excisional: para lesões de até 2 cm, retirada completa da lesão, margens de 2 mm, incluindo TCSC; Longitudinal: sentido da lesão e MM, fechamento borda a borda, não usar fio escuro. CLASSIFICAÇÃO DE BRESLOW E CLARCK Espessura do tumor (Índice de Breslow) determina a espessura tumoral e dimensão vertical a partir do ponto mais profundo de invasão ao topo da camada granulosa ou à célula mais superficial em caso de ulceração. fator preditor isolado importante nos melanomas localizados (sem acometimento linfonodal e metástase). Histopatológico: Linfonodo sentinela: primeiro linfonodo da base linfática que recebe a drenagem de uma certa região. Quase sempre corresponde ao primeiro local de implantação da metástase do tumor. Prognose: a infiltração do LNS é reconhecida como o fator prognóstico mais importante para pacientes com melanoma primário. O acometimento do LNS é forte preditor de recorrência e sobrevida menor. Estágios: ESTÁGIO I – T1 a T2a N0 M0; ESTÁGIO II – T2b a T4 N0 M0; ESTÁGIO III – Tqq N1-N3 M0; ESTÁGIO IV – Tqq Nqq M1. TRATAMENTO CONDUTA: retirada do tumor por biópsia excisional, de preferência, para AP e microestadiamento. Estágios I e II: Se Breslow menor 0,76mm, Clark II ou III, não ulcerado e sem regressão: ampliação das margens em 1,0 cm; Se Breslow maior 0,76mm, ou menor com ulceração, regressão, Clark IV ou V: ampliação de margens de 1cm (até 1mm de espessura) e 2cm (se maior que 1mm); Pesquisa de linfonodo sentinela. Estágio III: pctes com metástases linfonodais, em trânsito ou satelitose Lesão única (ou poucas): ressecção com margens livres; Lesões múltiplas: RXT, trial clínico, Qt sistêmica; Linfadenectomia da respectiva base linfonodal, com níveis específicos dependendo do local. Estágio IV: pctes não passíveis de cura Sobrevida média: 7 meses para 1 metástase, 4 para 2 metástases e 2 meses para 3 ou + metástases; Locais + favoráveis: pele – TCSC - linfonodos a distância, pulmão, fígado e cérebro; Conduta: observação; cirurgia paliativa; RXT.