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LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA MELANOMA É o tumor maligno com origem nos melanócitos, que geralmente tem a pele como local primário (embora possa acometer outros tecidos), sendo considerado o mais agressivo dos tipos de câncer de pele devido ao seu alto potencial para produzir metástases CA de pele que mais mata, apesar de ser 5% dos casos de câncer de pele É o mais maligno dos tumores cutâneos Incidência vem aumentando Média diagnóstico: 45-55 anos A maior quantidade de melanina que a raça negra apresenta, que confere um papel protetor As lesões costumam ser únicas e predominam em áreas fotoexpostas É importante que o paciente relate se aquele nevo cresceu, se tem prurido (coceira), se sangra Deve-se fotografar todos os nevos suspeitos • Melanoma “de novo”: surgimento sem lesão previa • Evolução de nevos pré-existentes: ▪ Pequenos: até 1,5cm ▪ Médios: 1,5-19,9cm ▪ Gigantes: >20cm (maior risco de malignização) FATOR GENÉTICO o História pessoal: ▪ Após 1º melanoma: 10% em 5 anos ▪ Após 2º melanoma: 30% em 5 anos o História familiar: ▪ 20x maior que na população o Síndrome do nevo atípico: ▪ Autossômica dominante ▪ Melanoma em, pelo menos, um parente de primeiro ou segundo grau + pela presença de grande quantidade de nevos (>50), alguns clinicamente atípicos ▪ 150x maior que na população FATORES FÍSICOS o Raça branca > negros e asiáticos o Cabelos, olhos claros, efélides (sarnas) o Correlação direta entre exposição solar e incidência de melanoma o Queimaduras intensas na infância aumenta o risco LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA o Menor incidência em áreas duplamente cobertas pelo uso de roupas intimas o Xeroderma pigmentoso: doença genética rara caracterizada pela dificuldade em reverter as agressões no DNA, aumenta as chances de qualquer câncer de pele Í MELANOMA EXTENSIVO SUPERFICIAL o 70% dos casos o Forma mais associada a malignização de lesões névicas pré-existentes o Áreas de exposição intermitente e aguda a radiação solar: não é a exposição de quem pega sol todo dia, como o carteiro, e sim de quem pega sol poucas vezes e se queima o Tronco de homens o Pernas de mulheres o Evolução lenta e gradual o Crescimento radial: cresce lateralmente para depois aprofundar verticalmente MELANOMA NODULAR o 15 a 30% dos casos o Tronco de homens o Pernas de mulheres o Evolução rápida o Pior prognóstico LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA o Crescimento vertical desde o inicio: crescre infiltrando o Alto potencial de metástase o Lesões mais papuladas pela maior infiltração MELANOMA LENTIGINOSO ACRAL o Forma mais comum em negros e asiáticos (35- 60%) o Raros em brancos (2-8%) o Mais frequente em indivíduos idosos (6ª década) o Extremidades palmo-plantares, periungueais ou subungueais o Sinal de Hutchinson: desenvolvimento de pigmentação na base da melanoníquia (abaixo da unha) linear e irregular, envolvendo a prega ungueal proximal, com borramento para fora da unha o Prognóstico ruim MELANOMA LENTIGO MALIGNO o 4-15% dos casos o Ocorre em áreas cronicamente expostas ao sol, como o rosto (único melanoma que é comum no rosto) o Ação cumulativa da radiação ultravioleta o A lesão surge no meio de uma pele fotodanificada LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA o Idosos o Crescimento lento (15 anos) o Baixo potencial de metástases MELANOMA DE MUCOSA o 5% dos casos o Qualquer mucosa o Diagnóstico em geral tardio com mais prognóstico o Na mulher com idade avançada, localiza-se com frequência na vulva MELANOMA AMELANÓTICO o Raro o Concentração muito baixa de pigmento melânico o Diagnóstico difícil e habitualmente tardio o Prognóstico ruim o Lesão rósea ou eritematosa (por isso é difícil, olha pra lesão e não é escura por melanina, ai não costuma pensar em melanoma) o Não existe uma clínica característica, qualquer lesão que não fecha clínica para baso ou espino ou outro melanoma faz histopatológico o Diagnostico diferencial: granuloma piogênico, CEC LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA A: ASSIMETRIA o Divide a lesão em 4 eixos, se for igual em cada eixo é simétrico; se não for igual é assimétrica B: BORDAS C: COLORAÇÃO D: DIAMETRO o De risco é quando for >6mm E: EVOLUÇÃO o Alteração do sensório o Crescimento o Mudança de pigmentação o Inflamação/Prurido o Sangramento SINAL DO PATINHO FEIO o Quando tem uma lesão diferente das outras próximas o Vale para outras suspeitas, não necessariamente para melanoma Ó • Usa o dermatoscopio para que seja possível identificar a origem celular da lesão. Mas o diagnostico definitivo é o histopatológico • Pode acoplar o celular e fotografar pelo dermatoscopio • Mapeamento corporal: quando o paciente tem muitas lesões ou história de melanoma, LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA consegue mapear todas e numerar, para acompanhar com a dermatoscopia e observar se tem evolução. Plano de saúde não cobre e o custo é de acordo a quantidade de lesões, mas a dermatoscopia tem mais qualidade que a do dermatoscopio manual RETIRADA COMPLETA DA LESÃO SUSPEITA COM MARGENS MÍNIMAS (2mm) o Exérese total da lesão suspeita com margens mínimas (2mm), profundidade até a hipoderme (não deixa margens amplas porque é para biopsia excecional) o Biópsia excisional o É fundamental que a amostra de pele seja retirada até o tecido celular subcutâneo, já que a espessura vertical do tumor é o valor preditivo mais importante para o prognóstico, tratamento e seguimento o O laudo deve conter: tipo histológico do melanoma, fase de crescimento (radial ou vertical), níveis de invasão (Classificação de Clark), profundidade (Índice de Breslow), número de mitoses por milímetro quadrado, infiltrado inflamatório linfocitário peritumoral/intratumoral, invasão vascular linfática e sanguínea, invasão perineural, ulceração, regressão, satelitose microscópica e margens cirúrgicas o Imuno-histoquímica como ferramenta diagnóstica, capaz de identificar a natureza da linhagem celular. Mas não é capaz de diferenciar a lesão melanocítica em benigna ou maligna AVALIAÇÃO DE BRESLOW o Exame histopatológico: ▪ Tipo histológico ▪ Margens cirúrgicas ▪ Espessura máxima em milímetros (método de Breslow) ▪ Nível de invasão Clark (avalia a lesão pelos níveis que invadiu no tecido) ▪ Presença ou ausência de ulceração ou regressão, infiltrado inflamatório e invasão angiolinfática ▪ Índice mitótico o Classificação de Breslow ▪ Mais fidedigno, mais usado atualmente ▪ Breslow 1: até 0,75mm ▪ Breslow 2: 0,75-1,5mm ▪ Breslow 3: 1,5-3,0mm ▪ Breslow 4: 3,0-4,0mm ▪ Breslow 5: >4,0mm o Classificação de Clark: ▪ Está em desuso ▪ Clark 1: epiderme ▪ Clark 2: derme superficial ▪ Clark 3: transição da derme papilar pra reticular ▪ Clark 4: derme reticular ▪ Clark 5: subcutâneo LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA AMPLIAÇÃO DAS MARGENS CIRÚRGICAS DE ACORDO COM O BRESLOW o Segundo momento do tratamento, após a exérese ser enviada ao patologista e voltar o resultado para o dermato o A cirurgia é o tratamento mais efetivo, sendo que, de acordo com o estadiamento, poderá ser acompanhada de algum procedimento adjuvante, como linfadenectomia, quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia o Não tira margem ampla no começo para não atrapalhar a pesquisa de linfonodo sentinela (o que ta recebendo a cadeia linfática) AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE LINFONODO SENTINELA o A investigação de envolvimento linfonodal regional deve ser feita com linfocintilografiA pré-operatória e biópsia do primeiro linfonodo de drenagem (Linfonodo Sentinela) o Breslow >1mm ou Breslow <1 com mitose, área de ulceração ou regressão o Coloca o corantena lesão para descobrir para qual linfonodo está indo a drenagem da cadeia o Linfonodo comprometido confirmado por histopatológico: linfadectomia regional o Melanomas >4mm, a linfadenectomia não é preconizada porque há uma possibilidade de metástase a distância (hematogênica) muito grande; seria o paciente de tto paliativo ÇÃ • Grande potencial de metastatização: mais precoce quanto mais espesso for o tumor • Principal fator prognóstico: índice de Breslow • Metástases: ▪ Local ou satelitose: até 2cm da cicatriz (diferente de recidiva) ▪ Em transito: além de 2cm em direção aos linfonodos regionais ▪ Regional: no linfonodo ▪ Sistêmicas: por disseminação hematogênica • Metástases a distancia mais comuns: pulmão, cérebro ou SNC, fígado, ossos • Fatores prognósticos desfavoráveis, poderiam ser incluídos: localização (cabeça, pescoço e tronco), sexo masculino, idade acima de 60 anos, intensidade da infiltração linfocitária, regressão tumoral, tipo histológico, índice mitótico, microssateliose, tipo celular predominante, marcadores imuno- histoquímico e citomorfometria nucleolar • T: espessura do tumor, breslow LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA • N: envolvimento dos linfonodos • M: metástases disseminadas • Nos pacientes sem metástases, o seguimento é feito a cada três meses por um ano e depois a cada 6 a 12 meses nos casos de melanoma com espessura menor de 1 mm. Para os mais profundos, a cada três meses por dois anos, a cada seis meses por três anos e depois anualmente. Caso haja suspeita de envolvimento visceral, podem ser realizadas punção aspirativa com agulha fina guiada por exame de imagem ou biópsia aberta da área suspeita. E, se positivospara malignidade, devem-se considerar as opções terapêuticas a seguir: ▪ Metástase solitária ou limitada: ressecção ou terapia sistêmica, principalmente quando há progressão da metástase ▪ Metástases disseminadas não acometendo o Sistema Nervoso Central (SNC): terapia sistêmica ▪ Metástases disseminadas acometendo o SNC: cirurgia/radioterapia ou terapia sistêmica • Nos pacientes com melanoma metastático, o tempo mediano de sobrevida estimado é em torno de oito meses. A quimioterapia não mostrou,Maté o momento, aumentar a sobrevida global, mas se justifica pela paliação de sintomas nos pacientes que não obtiveram resposta com a terapia adjuvante com as opções anteriores. A dacarbazina, temozolomida e carboplatina/paclitaxel são exemplos de esquemas já avaliados. A radioterapia fica indicada para os casos de metástases ósseas e cerebrais LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA LARISSA MENEZES – DERMATOLOGIA
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