Teorias sobre Criminalização e Anomia

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26/09/2022 19:58 Ilumno
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Local: Sala 2 - Sala de Aula / Andar / Polo Duque de Caxias / POLO DUQUE DE CAXIAS - RJ 
Acadêmico: EAD-E601001-20222A
Aluno: VITOR DA SILVA BELO LIMA 
Avaliação: A2-
Matrícula: 20222300433 
Data: 30 de Junho de 2022 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 6,30/10,00
1  Código: 32838 - Enunciado: O processo de construção dos desvios se dá no seio da sociedade
ao eleger condutas consideradas nocivas e desviantes que prejudicam a coesão social. Essa
premissa se pauta em uma perspectiva do crime como fenômeno social. Todavia, a Teoria do
Etiquetamento chama a atenção para o poder social de quem define o que pode ser tornar crime,
expondo uma relação de forças e a possível criminalização seletiva de grupos. Nesse sentido,
sobre os conceitos básicos de criminalização primária e secundária e de desvio, na Teoria do
Etiquetamento, podemos afirmar que: 
 a) A criminalização primária consiste no processo legislativo de tipificação de condutas e
envolve o poder social de definição.
 b) O desvio é a conduta comum praticada pelos membros da sociedade.
 c) A criminalização secundária se revela como sendo o processo de criação das normas
penais.
 d) A criminalização primária se refere ao modelo de aplicação da norma penal que ocorre de
modo seletivo.
 e) Desviante é o sujeito ao qual o rótulo não foi aplicado, portanto não poderá ser chamado
de criminoso.
Alternativa marcada:
d) A criminalização primária se refere ao modelo de aplicação da norma penal que ocorre de
modo seletivo.
Justificativa: Resposta correta: A criminalização primária consiste no processo legislativo de
tipificação de condutas e envolve o poder social de definição.O conceito da criminalização
primária está na observação de como as normas penais são produzidas. Distratores:A
criminalização primária se refere ao modelo de aplicação da norma penal que ocorre de modo
seletivo. Errada, pois esse conceito se aplica à criminalização secundária. O desvio é a conduta
comum praticada pelos membros da sociedade. Errada, pois desvio é uma conduta que foge à
normalidade das ações praticadas pelos membros da sociedade. Desviante é o sujeito ao qual o
rótulo não foi aplicado, portanto não poderá ser chamado de criminoso. Errada, pois desviante é
o sujeito ao qual o rótulo de criminoso foi aplicado com sucesso. A criminalização secundária se
revela como sendo o processo de criação das normas penais. Errada, pois esse conceito se aplica
à criminalização primária.
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2  Código: 32095 - Enunciado: "Greve da PM gera caos no Espírito Santo.A paralisação dos policiais
militares no estado provoca onda de violência, saques e depredação. Mais de 100 pessoas
morrem de forma violenta na primeira semana do protesto. População vive clima de insegurança
nas ruas."(Fonte: https://www.dw.com/pt-br/greve-da-pm-gera-caos-no-esp%C3%ADrito-
santo/g-37477241. Acesso em: 5 fev. 2020.) 
Situações comuns, porém caóticas como as da reportagem, são narradas toda vez em que
ocorrem greves de policiais militares. Tendo como base as informações apresentadas, a Teoria da
Anomia e suas características de análise sobre os fatos sociais, podemos afirmar que:
 a) Compreende a anomia que a criminalidade é fruto exclusivo da interação do homem com
o meio ambiente, este determinante no comportamento criminoso, especialmente na ausência
de controles sociais formais.
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 b) O ponto inicial da anomia utiliza-se da explicação positivista do determinismo biológico,
especificamente na teoria lombrosiana, que analisa o comportamento violento como algo
inerente a alguns sujeitos.
 c) Nas sociedades em que não há o bom funcionamento das instituições de controles
formais, em que as normas não são respeitadas arriscando a coesão social e rompendo o seu
tecido social, podemos considerá-la como um espaço anômico.
 d) A anomia tem origem nas reflexões iniciais de Howard Becker, ao tratar de maneira
indireta o interacionismo simbólico e a ausência de punição de alguns crimes praticados pela
camada mais rica da população.
 e) A anomia pode ser explicada pela Escola de Chicago, em que a desorganização social, nos
espaços urbanos, seria a causa primária dos crimes. Em especial, com a ausência dos controles
sociais informais.
Alternativa marcada:
e) A anomia pode ser explicada pela Escola de Chicago, em que a desorganização social, nos
espaços urbanos, seria a causa primária dos crimes. Em especial, com a ausência dos controles
sociais informais.
Justificativa: Resposta correta:Nas sociedades em que não há o bom funcionamento das
instituições de controles formais, em que as normas não são respeitadas arriscando a coesão
social e rompendo o seu tecido social, podemos considerá-la como um espaço anômico. Correta.
Essa definição se enquadra no conceito clássico de anomia construído por Émile Durkheim, e a
principal definição tem por base a “ausência de lei”. 
Distratores:A anomia pode ser explicada pela Escola de Chicago, em que a desorganização social,
nos espaços urbanos, seria a causa primária dos crimes. Em especial, com a ausência dos
controles sociais informais. Incorreta. A Teoria da Anomia não se refere à desorganização social
unicamente como causa da criminalidade e a Escola de Chicago, pelo seu objeto de observação
da criminalidade no espaço urbano, não leva em consideração o aporte teórico da anomia. A
anomia tem origem nas reflexões iniciais de Howard Becker, ao tratar de maneira indireta o
interacionismo simbólico e a ausência de punição de alguns crimes praticados pela camada mais
rica da população. Incorreta. A assertiva refere-se à Teoria da Associação Diferencial. O ponto
inicial da anomia se utiliza da explicação positivista do determinismo biológico, especificamente
na teoria lombrosiana, que analisa o comportamento violento como algo inerente a alguns
sujeitos. Incorreta. A assertiva se refere ao positivismo criminológico, modelo de explicação da
criminalidade que justifica a violência como algo inerente a um desvio biológico, criminalidade
nata. Compreende a anomia que a criminalidade é fruto exclusivo da interação do homem com o
meio ambiente, este determinante no comportamento criminoso, especialmente na ausência de
controles sociais formais. Incorreta. Essa não é a abordagem da Teoria da Anomia. A assertiva
refere-se a um dos vetores criminógenos não validados pelas Teorias Multifatoriais do Delito, o
ambiente não determina a criminalidade como uma equação exata, mas pode ter uma influência
localizada. 
3  Código: 32836 - Enunciado: A mudança de paradigma na história da Criminologia representa
uma transformação nas abordagens de pesquisa e de observação do fenômeno delitivo. Num
contexto mais amplo, abre uma nova etapa para o saber criminológico e a compreensão da
criminalidade. Passa-se do paradigma etiológico para o paradigma da reação social.Sobre esse
tema, identifique a afirmativa correta:
 a) Na reação social, o olhar para o sistema penal era secundário, visto que a violência é fruto
unicamente do criminoso e não das instituições do controle social do Estado.
 b) No paradigma etiológico, preponderavam estudos voltados a fatores unicamente sociais
do delito, pouco importando o elemento individual ou características biológicas do criminoso.
 c) A Escola Positivista inaugura a visão etiológica do delito, compreendendo que haviam
elementos determinantes biologicamente para inferir que o sujeito seria ou não criminoso.
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 d) A teoria do etiquetamento pode ser inserida no contexto do paradigma etiológico, no
qual a buscapela explicação da criminalidade se foca unicamente na pessoa do criminoso.
 e) No paradigma da reação social, há um descaso com a visão sistêmica da criminalidade,
em especial o processo de criminalização de grupos, tipificação de condutas e mobilização das
leis.
Alternativa marcada:
c) A Escola Positivista inaugura a visão etiológica do delito, compreendendo que haviam
elementos determinantes biologicamente para inferir que o sujeito seria ou não criminoso.
Justificativa: Resposta correta:A Escola Positivista inaugura a visão etiológica do delito,
compreendendo que haviam elementos determinantes biologicamente para inferir que o sujeito
seria ou não criminoso. Correta. Na Escola do Positivismo Criminológico, acreditava-se no
determinismo biológico, tanto que se categoriza o homem criminalis. Distratores:No paradigma
etiológico, preponderavam estudos voltados a fatores unicamente sociais do delito, pouco
importando o elemento individual ou características biológicas do criminoso. Errada. Os fatores
individuais e biológicos eram os principais elementos para a explicação do fenômeno
criminal.No paradigma da reação social, há um descaso com a visão sistêmica da criminalidade,
em especial o processo de criminalização de grupos, tipificação de condutas e mobilização das
leis. Errada. O deslocamento que se faz no paradigma etiológico está voltado para a visão do
funcionamento do sistema penal. A teoria do etiquetamento pode ser inserida no contexto do
paradigma etiológico, no qual a busca pela explicação da criminalidade se foca unicamente na
pessoa do criminoso. Errada. A teoria do etiquetamento se insere no contexto do paradigma da
reação social.Na reação social, o olhar para o sistema penal era secundário, visto que a violência
é fruto unicamente do criminoso e não das instituições do controle social do Estado. Errada. A
reação social procura compreender as relações e o funcionamento do sistema penal, portanto,
não era algo secundário.
4  Código: 37768 - Enunciado: "Alta de assassinatos em 1/3 dos estados no último trimestre do ano
acende alerta, dizem especialistasApós quedas superiores a 20% nos primeiros trimestres, país
tem redução de 11,8% de outubro a dezembro. Parte dos estados volta a registrar um aumento
nos crimes violentos e causa preocupação."(Fonte: https://g1.globo.com/monitor-da-
violencia/noticia/2020/02/14/alta-de-assassinatos-em-13-dos-estados-no-ultimo-trimestre-do-
ano-acende-alerta-dizem-especialistas.ghtml. Acesso em: 2 mar. 2020.) 
O dado exposto é publicado com a parceria entre o Núcleo de Estudos sobre Violência da
Universidade de São Paulo e o Portal de Notícias G1. A chamada da reportagem revela uma
necessidade de reflexão coletiva da sociedade brasileira sobre o alto índice de assassinatos em
nosso país. Apesar da queda expressiva no ano de 2019, ainda temos mais de 40 mil homicídios
anuais. 
Diante desse dado, e sobre a explicação da criminalidade buscada pelos estudos da
Criminologia, analise os itens a seguir:I - As causas da violência no Brasil são distintas de outras
realidades. Cada país possui elementos materiais diferentes, bases sociais, a exemplo dos países
desenvolvidos, em que taxas menores de homicídios revelem outra maturidade social,
especialmente a taxa de elucidação dos casos.II - Parte dos índices altos de homicídios no Brasil
se dá em razão da baixa taxa de elucidação dos casos (menos de 10% dos homicídios). A
melhoria nesse controle e combate possivelmente diminuiria ainda mais essa taxa. III - A
problematização racial dos homicídios no Brasil é algo dispensável, segundo algumas correntes,
visto que se a maioria da população é negra e, estatisticamente, ela corre mais riscos. IV - A
Política de Controle de Drogas em nosso país não pode ser ponto de reflexão para se pensar a
diminuição da violência, em especial os homicídios. 
É correto o que se afirma em:
 a) Somente a III.
 b) Somente a I.
 c) I e II, apenas.
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 d) II e IV, apenas.
 e) Somente a II.
Alternativa marcada:
c) I e II, apenas.
Justificativa: Resposta correta:I e II, apenas.I - As causas da violência no Brasil são distintas de
outras realidades. Cada país possui elementos materiais diferentes, bases sociais, a exemplo dos
países desenvolvidos, em que taxas menores de homicídios revelem outra maturidade social,
especialmente a taxa de elucidação dos casos.II - Parte dos índices altos de homicídios no Brasil
se dá em razão da baixa taxa de elucidação dos casos (menos de 10% dos homicídios). A
melhoria nesse controle e combate possivelmente diminuiria ainda mais essa taxa. Corretas. De
fato, a explicação da violência passa pela compreensão de cada sociedade. Os crimes violentos
no Brasil, tradicionalmente, possuem taxas de elucidação muito baixas, de modo a criar
objetivamente uma sensação de injustiça muito forte, especialmente se vermos que 2/3 dos
mortos são pretos e pardos. Nossas altas taxas de homicídios revelam uma face cruel da
desigualdade social e precisa ser combatida por todos. 
Distratores: III - A problematização racial dos homicídios no Brasil é algo dispensável, segundo
algumas correntes, visto que se a maioria da população é negra e, estatisticamente ela corre mais
riscos. Incorreta. Não discutir racismo nos dados alarmantes sobre violência é legitimar um
modelo social que privilegia poucos e mata muitos (negros); 2/3 dos mortos são pretos e pardos,
esse dado deve ser olhado qualitativamente, em especial pelo racismo estrutural. Poucos desses
homicídios são desvendados, e isso é algo absurdo para qualquer sociedade que se diga
moderna e democrática. IV - A Política de Controle de Drogas em nosso país não pode ser ponto
de reflexão para se pensar a diminuição da violência, em especial os homicídios. Incorreta. Parte
dos dados dos homicídios é fruto da disputa do tráfico, direta ou indiretamente, de modo que
deve-se pensar mecanismos mais eficientes de controle das drogas ilícitas, desarticulando
facções e milícias, pontos de partida de muitos homicídios.
5  Código: 32842 - Enunciado: "A verdade, porém, é que os maiores males e crimes são criados,
arquitetados e executados em escritórios bem limpos, atapetados, refrigerados e bem
iluminados por homens de colarinho branco, unhas bem cuidadas; estão sempre bem barbeados
e jamais precisam elevar seu tom de voz."(Fonte: LEWIS, C. S. Cartas de um diabo a seu aprendiz.
São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.)
Sobre a criminalidade do colarinho branco, teorizado inicialmente por Edwin Sutherland na
década de 1930/40 nos Estados Unidos, podemos afirmar que:
 a) Os criminosos do colarinho branco, ainda que participassem de uma elite econômica e
serem bem relacionados, não estavam imunes a punição dada à criminalidade das massas, sem
direitos a penas mais brandas ou tribunais especiais.
 b) A delinquência do colarinho branco muda a concepção tradicional, que via o crime como
fruto de pessoas socialmente inadaptadas ou que possuíam tendências criminais, onde o
criminoso era determinado por questões de ordem biológica (criminosos natos).
 c) A criminalidade praticada pelas elites não prejudicaria a sociedade, segundo o autor, já
que não há violência praticada no ato e nem produz quaisquer efeitos sociais, a exemplo da
corrupção.
 d) Os crimes do colarinho branco, a partir da teorização por Sutherland, deixaram de
acontecer devido ao combate a esse tipo de criminalidade, de modo que houve e há um combate
exclusivo a esse tipo de criminalidade.
 e) As causas tradicionais de explicação da criminalidade da escola positivista eram
suficientes para explicar a delinquência do colarinho branco. Esses criminosos possuíam traços
biológicos superiores aos outros criminosos, daí por quê praticam crimes.
Alternativa marcada:
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b) A delinquência do colarinho branco muda a concepção tradicional, que via o crime como fruto
de pessoas socialmente inadaptadas ou que possuíam tendências criminais, onde o criminoso
era determinado por questões de ordem biológica (criminosos natos).
Justificativa: Resposta correta:A delinquência do colarinho branco muda a concepção
tradicional, que via o crime como fruto de pessoas socialmente inadaptadas ou que possuíam
tendências criminais, onde o criminoso era determinado por questões de ordem biológica
(criminosos natos). Correta. Essa é a grande mudança que Sutherland alcança, pois se acreditava
que as classes mais ricas não delinquiam. 
Distratores:A criminalidade praticada pelas elites não prejudicaria a sociedade, segundo o autor,
já que não há violência praticada no ato e nem produz quaisquer efeitos sociais, a exemplo da
corrupção. Errada. Pelo contrário, o crime do colarinho branco é um crime e causa efeitos difusos
na sociedade.Os crimes do colarinho branco, a partir da teorização por Sutherland, deixaram de
acontecer devido ao combate a esse tipo de criminalidade, de modo que houve e há um combate
exclusivo a esse tipo de criminalidade. Errada. Até os dias de hoje há relatos deste tipo de
criminalidade.As causas tradicionais de explicação da criminalidade da escola positivista eram
suficientes para explicar a delinquência do colarinho branco. Esses criminosos possuíam traços
biológicos superiores aos outros criminosos, daí por quê praticam crimes. Errada. As causas
comuns de explicação da criminalidade pela escola positivista, como o determinismo biológico,
atavismo, criminoso nato, não explicam porque pessoas que, para eles são “evoluídas”, também
praticam crimes.Os criminosos do colarinho branco, ainda que participassem de uma elite
econômica e serem bem relacionados, não estavam imunes a punição dada à criminalidade das
massas, sem direitos a penas mais brandas ou tribunais especiais. Errada. A influência que a
classe mais rica possui tornava a punição mais difícil aos praticantes de crimes do colarinho
branco, e, ainda assim, esta era mais branda em relação aos outros crimes, como substitutivos
penais, tribunais especiais.
6  Código: 32096 - Enunciado: Caso 1 - Última greve da PM no Estado do Espírito Santo causa
transtorno e eleva onda de crimes violentos na cidade. 
Caso 2 - "Não se pode deixar de considerar que a violência contemporânea, especialmente a
chamada criminalidade patrimonial, de certa forma, não deixa de ser uma espécie de resposta ou
forma de contestação à desenfreada exploração econômica, à impunidade da corrupção no
âmbito administrativo, à manipulação de preço dos produtos em geral, às desigualdades e
injustiças sociais existentes."FERNANDES, Newton; FERNANDES, Valter. Criminologia Integrada.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 385. 
A abordagem teórica da anomia, por meio de seus dois principais autores, Émile Durkheim e
Robert Merton, difere. Neste sentido, a partir da análise dos casos apresentados, é possível
afirmar que:I - O caso 1 corresponde à visão de Durkeim, pois a anomia é necessária à sociedade
para a mudança de regras. 
II - O caso 2 corresponde à visão de Merton, onde as diferenças entre as estruturas culturais e os
meios sociais de alcance a estes valores causam a anomia, pois o crime é um ação de inovação,
um atalho, para alcançá-los. 
III - Os dois casos correspondem à visão de Merton, ao considerar que a anomia promove pouca
mudança social. 
IV - Os casos não representam anomia, porque o estado anômico não gera riscos, tampouco
rompe a coesão social. 
Está correto apenas o que se afirma em:
 a) Apenas I está correta.
 b) Apenas II está correta.
 c) Apenas I e II estão corretas.
 d) Apenas III está correta.
 e) Apenas IV está correta.
Alternativa marcada:
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a) Apenas I está correta.
Justificativa: Resposta correta:Apenas II está correta. 
II - O caso 2 corresponde à visão de Merton, onde as diferenças entre as estruturas culturais e os
meios sociais de alcance a estes valores causam a anomia, pois o crime é um ação de inovação,
um atalho, para alcançá-los. Correta. A visão de Merton, diferente de Durkheim, se pauta no
crime como um mecanismo de inovação para alcançar os valores culturais pregados pela
sociedade e restritos a boa parte dos indivíduos. 
Distratores:I - O caso 1 corresponde à visão de Durkeim, pois a anomia é necessária à sociedade
para a mudança de regras. Incorreta. A anomia é justamente o estágio de rompimento das
normas e do próprio tecido social, comprometendo o funcionamento da sociedade.III - Os dois
casos correspondem à visão de Merton, ao considerar que a anomia promove pouca mudança
social. Incorreta. A anomia promove, pelo contrário, o rompimento dos laços sociais. IV - Os casos
não representam anomia, porque o estado anômico não gera riscos, tampouco rompe a coesão
social. Incorreta. A anomia em si causa o rompimento da coesão social e descrença nas
instituições repressivas do estado.
7  Código: 32032 - Enunciado: A busca pela autonomia científica da criminologia passa por um
processo que culmina com a escola positivista. Atualmente, sabemos que esse campo do
conhecimento é interdisciplinar ao agregar saberes de outras áreas, como direito, psicologia,
psiquiatria, antropologia e sociologia. Diante do exposto, explique a necessidade de uma visão
multidisciplinar para o fenômeno da criminalidade. 
Resposta:
Graças ao avanços dos estudos podemos explicar a criminalidade de forma não discriminatória e
explica as motivações reais da ocorrência. A importância do saber sociológico ajuda a observar a
análise das dinâmicas sociais e as formas de exercidas para o combate ao crime, que nem
sempre são certas. Analisa também a cidade como um laboratório social, que deve levar em
conta no julgamento do criminoso pois mostra os aspectos sociais e econômicos do criminoso. A
reação social mostra o impacto da sociedade e das instituições de controle da violência. E a junto
a psicologia tem a criminologia clínica que analisa o comportamento do criminoso, estuda os
impactos da execução da pena pode causar, e também cria forma estratégicas para colocar o
criminoso de volta a sociedade e não voltar para seus atos criminosos.
Justificativa: Expectativa de resposta:Deve-se ter em mente que a visão restrita do crime como
simples violação da norma penal não é estanque e limita as explicações dos motivos que levaram
o agente a praticar aquela ação. A visão multidisciplinar da criminologia sobre o fenômeno da
criminalidade abarca a busca por compreender as razões, as causas e formas de minorar e
prevenir as condutas delitivas, de modo a elaborar essas estratégias de intervenção e prevenção
ao estudar os elementos individuais do agente (psicológicos, psiquiátricos, antropológicos), as
questões sociais, de vulnerabilidade econômica, diante vetores criminógenos. A par de tais
informações teorizar e influenciar a construção de políticas criminais do Estado.
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8  Código: 32629 - Enunciado: Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, o Brasil possui
aproximadamente 690.00 encarcerados, um aumento expressivo em nossa população carcerária.
(Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/inspecao_penal/mapa.php>. Acesso em: 11 out. 2018.) De
acordo com a questão do cárcere e as teorias críticas da criminologia, qual a leitura inicial dessas
teorias críticas sobre o encarceramento?
Resposta:
As teorias críticas da criminologia são fundamentais para superações das visões anteriores de
cunho etiológico, inicia-se estudos sobre seletividade e os efeitos negativos da sociedade. É
preciso analisar essa questão do cárcere e ampliar os olhares para o funcionamento das
instituições de controle e os fatores que contribuem para ocorrência da violação, o aumento da
população carcerária pode ter diversos fatores para ter causado seu aumento. 
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Na teorias crime é ser visto como um desvio social deletério e seu combate deve buscar a
manutenção da organização social, o conceito de anomia, cunhado por Émile Durkheim, aborda
o papel moral no combate ao Estado anômico. A anomia é o enfraquecimento dos vínculos
sociais e a perda de capacidade da sociedade regular os comportamentos dos indivíduos. 
O aumento do encarceramento simplesmente ocorreu pela ausência de controles e do
funcionamento das instituições que geraram uma situação de anomia. As teorias criticas
buscamo fortalecimento dos controles sociais e valida as normas do consenso em sociedade,
punindo todo e qualquer crime.
Justificativa: Expectativa de resposta:As teorias críticas se contrapõem de maneira veemente à
forma da expansão do encarceramento sua estigmatização. A corrente mais radical, o
abolicionismo, por exemplo, prevê que o cárcere tal qual se estrutura deve ser totalmente
abolido. O atual processo de encarceramento não atende aos anseios sociais de diminuição de
violência, tampouco cumpre qualquer função de ressocialização do sujeito.