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01. EBOOK - CRIMINOLOGIA

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E-book de 
CRIMINOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organizado por CP Iuris 
ISBN 978-85-5805-010-4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMINOLOGIA 
 
 
 
 
Professor: Rodolfo Laterza
1 
 
 
 
1Delegado da Polícia Civil do ES. Mestre em Segurança Pública pela UVV. Coordenador do Curso Avançado de 
Combate às Organizações Criminosas e à Corrupção, ministrado em 11 Estados. Especialista em Direito Penal, 
Processo Penal e em Políticas e Gestão em Segurança Pública. Docente em Ensino Policial pelo Instituto de 
Segurança Pública. Foi Professor de cursos de Graduação e Pós-Graduação e da Academia da Polícia Civil do ES. 
Presidente da Fed. Nac. dos Delegados de Polícia Civil – FENDEPOL, do Sind. dos Delegados de Polícia do Espírito 
Santo - SINDEPES e da ADEPOL-ES. Coautor e revisor do livro “Manual do Delegado: Teoria e Prática" - Editora 
Forense. Coautor do livro “Temas Atuais de Polícia Judiciária". Instagram: rodolfolaterza 
 
 
 
 
 
Sumário 
CRIMINOLOGIA ............................................................................................................................6 
Conceito .......................................................................................................................................6 
Teorias Biológicas .........................................................................................................................9 
Teorias Psicológicas ....................................................................................................................10 
Teorias sociológicas ...................................................................................................................11 
Criminologia Ambiental: quando o ambiente influencia o crime ...............................................12 
Foco no Meio Ambiente .............................................................................................................12 
Mapeamento de Crimes .............................................................................................................13 
Identificação de Padrões ............................................................................................................13 
Questão Aplicada _____________________________ .........................................................14 
Teoria Da Tensão: A Pressão Da Sociedade Para Vencer E A Tensão Decorrente Do Fracasso ..15 
Questão Aplicada _____________________________ .........................................................17 
O Terrorismo à luz do pensamento criminológico contemporâneo ...........................................17 
Questão Aplicada _____________________________ ........................................................20 
Teoria da Atividade Rotineira: as oportunidades criadas para o crime a partir de situações 
específicas ..................................................................................................................................21 
Questão Aplicada _____________________________ ............................................................24 
Teoria da Associação Diferencial: Edwin Sutherland e o Poder das influências sociais e do 
processo de aprendizagem ........................................................................................................25 
Questão Aplicada _____________________________ ........................................................26 
Controle Social Formal: regras e mecanismos de orientação do comportamento em uma 
sociedade ...................................................................................................................................26 
Questão Aplicada ........................................................................Erro! Indicador não definido. 
Teoria da Escolha Racional: quando o criminoso é visto como alguém que age pensando em si 
e em prol de atingir seus objetivos plenos .................................................................................28 
A abordagem da criminologia para o crime estatal ....................................................................32 
Questão Aplicada ...................................................................................................................33 
A síntese da prevenção criminal para a criminologia .................................................................34 
Questão Aplicada ...................................................................................................................35 
O tipo ideal genético do positivismo criminológico ...................................................................35 
Questão Aplicada ...................................................................................................................36 
A correlação entre fatores biológicos e ambientais com o crime: a criminologia biossocial ......37 
Introdução ..................................................................................................................................37 
Ambiente....................................................................................................................................37 
Genética .....................................................................................................................................38 
 
 
 
Neurofisiologia ...........................................................................................................................38 
Psicologia evolutiva ....................................................................................................................38 
Aplicações concretas e críticas ...................................................................................................39 
Questão Aplicada ...................................................................................................................40 
Marxismo e Criminologia: o crime como expressão da luta de classes ......................................41 
Questão Aplicada ...................................................................................................................44 
O fenômeno da “cifra negra” .....................................................................................................45 
Questão Aplicada ...................................................................................................................46 
A expressão “cifra negra” ou oculta, refere-se: ...................................................................46 
A Escola de Chigago (parte 1): ecologia social e o ambiente como relevâncias conceituais ......47 
Histórico .....................................................................................................................................47 
Características principais ............................................................................................................47 
Críticas e Legado ........................................................................................................................50 
Questão Aplicada ...................................................................................................................51 
Escola de Chicago (parte 2): principais abordagens teóricas ......................................................52 
Questão Aplicada ...................................................................................................................55 
A Teoria da não-subordinação como reação à violência de gênero ...........................................56 
Questão Aplicada ...................................................................................................................59 
Skinheads, Satanistas, Hoolingans: as subculturas de delinquência ..........................................59 
Principais estudos teóricos das subculturas ...............................................................................60 
Questão Aplicada ...................................................................................................................62O polêmico movimento ‘law and order” ....................................................................................62 
Questão Aplicada ...................................................................................................................65 
O crime como desobediência a uma decisão política da elite: a teoria do conflito....................66 
Tipos de Teoria do Conflito ........................................................................................................66 
Significado ..................................................................................................................................67 
História .......................................................................................................................................67 
Função ........................................................................................................................................67 
Efeitos ........................................................................................................................................68 
Questão Aplicada ...................................................................................................................68 
Lombroso e sua tipologia de criminosos ....................................................................................69 
Tipologia de criminosos na definição de Lomboso .....................................................................70 
Questão Aplicada ...................................................................................................................70 
Garofalo e seus conceitos de “mala in se” e “mala prohibita” ...................................................71 
Questão Aplicada ...................................................................................................................72 
 
 
 
A TEORIA DA FACILITAÇÃO DA VÍTIMA COMO EXPRESSÃO DA VITIMOLOGIA ...........................73 
Questão Aplicada ...................................................................................................................74 
O crime político na visão da criminologia...................................................................................75 
Questão Aplicada ...................................................................................................................77 
A prevenção criminal na visão da criminologia ..........................................................................77 
Questão Aplicada ...................................................................................................................78 
Questão Aplicada ...................................................................................................................80 
 
 
6 
 
CRIMINOLOGIA 
 
O estudo das principais teorias da Criminologia é essencial para que o candidato 
não seja surpreendido na prova e não perca pontos importantes para sua aprovação. 
Diversos concursos públicos para a carreira de Delegado de Polícia, Ministério Público e 
Magistratura exigem conhecimentos cada vez mais intercalados desta disciplina, 
infelizmente desconsiderada nas universidades. Não deixe de dar relevância a este estudo, 
pois é uma disciplina pouco enfatizada e cujo conhecimento gera um diferencial ao 
candidato no momento da aprovação. 
Ao estudar Criminologia, vale uma dica fundamental: não se baseie em uma 
abordagem teórica positivista ou de construção doutrinária estritamente jurídico-penal, 
pois a Criminologia tem uma abordagem multidisciplinar com interpenetração em outras 
áreas do conhecimento, como a sociologia, a antropologia, a arquitetura, a psicologia, a 
ciência política e a filosofia. 
Vale frisar que a criminologia é uma ciência social mais vinculada à Sociologia, 
não sendo caracterizada como uma ciência social independente. Em relação ao seu objeto 
— a criminalidade — a criminologia é ciência geral porque cuida dela de um modo geral. 
No seio da Sociologia e sob sua égide, trata, particularmente, da criminalidade e do 
criminoso. 
 
Conceito 
 
A criminologia é o conjunto ordenado de conhecimento empírico do crime , 
o criminoso , a conduta socialmente desviante e controle de tal conduta e da vítima. 
Do ponto de vista histórico, o primeiro alvorecer da criminologia é o surgimento 
da cultura das Iluminações no século XVIII e, em particular, o jurista intelectual 
italiano CesareBeccaria e seu tratado " Dei delitti e delle pene ". A chamada escola clássica, 
baseada nos conceitos liberais do direito penal, nasce nesse contexto . 
Posteriormente, no século XIX , com o desenvolvimento das ciências empíricas 
( psicologia , sociologia , antropologia ), nasceu a escola positiva , que se divide em duas 
direções: o estudo do homem que delineia de acordo com a abordagem médico-biológica 
da antropologia criminoso ( CesareLombroso ) e o estudo sociológico das condições que 
https://it.wikipedia.org/wiki/Crimine
https://it.wikipedia.org/wiki/Reo
https://it.wikipedia.org/wiki/Condotta_(diritto)
https://it.wikipedia.org/wiki/Devianza_(sociologia)
https://it.wikipedia.org/wiki/Illuminismo
https://it.wikipedia.org/wiki/XVIII_secolo
https://it.wikipedia.org/wiki/Cesare_Beccaria
https://it.wikisource.org/wiki/Dei_delitti_e_delle_pene
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Scuola_classica&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/wiki/XIX_secolo
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Sociologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Antropologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Positivismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Antropologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Cesare_Lombroso
https://it.wikipedia.org/wiki/Sociologia
 
 
 
 
 
 7 
 
favorecem a comissão "diferencial" de crimes de acordo com a classe social a que 
pertencem. 
Mais tarde, com a multiplicação da pesquisa e do conhecimento psicológico, a 
escola positiva assume uma orientação psicopatológica e psiquiátrica . A decepção 
resultante das expectativas excessivas que se formaram em relação à possibilidade de 
abordar cientificamente os problemas da criminalidade levará ao surgimento de 
abordagens de criminologia crítica (de abordagem marxista ) e "anticriminologia", por um 
lado, e, por outro, ao ressurgimento da escola clássica na área agora chamada 
"neoclássica": esta na Itália, caracterizada, como é sabido, pela aversão às ciências sociais 
pelas ideologias politicamente dominantes. 
No EstadosUnidos e em países de língua Inglês, ao contrário da Itália, 
Criminologia, desde os anos vinte do século XX , ela se qualifica como principalmente a 
disciplina sociológica. Em última análise, pode-se dizer que a criminologia constitui o 
ponto de encontro e o debate de todas as contribuições científicas para o problema do 
delinquente como pessoa e da criminalidade como fenômeno social, bem como das formas 
mais adequadas para fins de prevenção , tratamento e controle de crime. 
A criminologia moderna não pode ser definida, portanto, como uma ciência em 
sentido estrito, mas como um conjunto de disciplinas definidas por seu objeto comum, o 
agressor e / ou o crime. Na realidade, está esgotado nas disciplinas que, por diversas 
razões, lidam com cada objeto de acordo com próprio ponto de vista, tais como 
a sociologia , a psicologia, a psiquiatria , a biologia , a genética , a Neurociências em geral 
(embora sua contribuição para a criminologia tenha sido amplamente superestimada), 
além de o direito penal das ciências normativas e o direito penitenciário . 
A criminologia é hoje uma disciplina bastante eclética em termos metodológicos , 
precisamente porque não constitui uma ciência unitária, mas o lugar de aplicação do 
conhecimento adquirido em vários contextos e pertencendo a diferentes campos 
disciplinares ao problema do crime . 
A criminologia tradicionalmente tratou do estudo da personalidade do ofensor, 
ao qual as principais escolas desenvolvidas no campo psicológico-clínicocontribuíram, 
desde o nascimento da psicologia como ciência no século XIX ( psicologia 
experimental , antropologia criminal, psicanálise e 
principaisescolas psicodinâmicas , escolas escolas cognitivistas comportamentais e 
maisrecentemente cognitivistas , escolas psicológicas, escolas sistêmicas e 
https://it.wikipedia.org/wiki/Ceto_sociale
https://it.wikipedia.org/wiki/Psichiatria
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicopatologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Psichiatria
https://it.wikipedia.org/wiki/Marxismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Stati_Uniti_d%27America
https://it.wikipedia.org/wiki/Anni_1920
https://it.wikipedia.org/wiki/XX_secolo
https://it.wikipedia.org/wiki/Prevenzione
https://it.wikipedia.org/wiki/Sociologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Psichiatria
https://it.wikipedia.org/wiki/Biologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Genetica
https://it.wikipedia.org/wiki/Neuropsichiatria
https://it.wikipedia.org/wiki/Diritto_penale
https://it.wikipedia.org/wiki/Diritto_penitenziario
https://it.wikipedia.org/wiki/Eclettismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Metodologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Delitto
https://it.wikipedia.org/wiki/XIX_secolo
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicologia_sperimentale
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicologia_sperimentale
https://it.wikipedia.org/wiki/Comportamentismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Personalit%C3%A0#Personalit.C3.A0_e_teorie_psicodinamiche
https://it.wikipedia.org/wiki/Comportamentismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cognitiva
https://it.wikipedia.org/wiki/Comportamentismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cognitiva
https://it.wikipedia.org/wiki/Teoria_dei_sistemi
 
 
 
 
 
 8 
 
dinâmicas familiares , estudo da delinquência através dos principais 
reagentes psicodiagnósticos). 
Também foram importantes as contribuições das escolas sociológicas 
desenvolvidas principalmente nos Estados Unidos: por um lado, a sociologia da escola de 
Chicago , com os desenvolvimentos subsequentes ( teoria das associações 
diferenciais , teoria da subcultura , teorias de estratificação social , até a "criminologia 
radical"); por outro lado, na sequência da psicologia social de George Herbert Mead , 
sociologia interacionista e fenomenológica , com as contribuições da teoria da rotulageme 
o estudo de carreiras criminais. Outras pesquisas investigaram a percepção do fenômeno 
criminoso e as emoções conectadas (medo do crime) na comunidade em geral. 
Para obter esses resultados, a criminologia usou técnicas 
de investigação quantitativa e técnicas qualitativas (atualmente em desenvolvimento após 
a onda quantitativa dos anos setenta e oitenta do século passado), que estão mais tensas 
para estudar casos individuais ou profundos pequenos grupos de 
autores. As metodologias ligadas às escolas interacionistas não devem ser 
esquecidas . " observação participante ", na qual o estudioso participa diretamente do 
fenômeno que ele pretende estudar. 
Do ponto de vista descritivo, criminologia trata tanto de " epidemiologia de 
grandes crimes, ou seja, a forma como eles se manifestam 
concretamente: assassinato , estupro , crimes relacionados ao uso de substâncias 
entorpecentes, crimes económicos e de colarinho branco , crime comum 
e organizado , terrorismo , etc. tanto as características dos próprios perpetradores quanto 
a sua maior ou menor propensão a cometer crimes e os fatores de risco relacionados ao 
comportamento criminoso. 
A análise epidemiológica da criminalidade mostrou, por exemplo, que a tendência 
para a ação criminal é muito mais frequente (cerca de dez vezes mais) em homens do que 
em mulheres e está concentrada em grupos de jovens de 20 a 35 anos. 
Muitas teorias foram propostas para explicar fenômenos criminais. Eles podem 
ser divididos em: 
• teorias neurobiológicas e neuropsicológicas; 
• teorias psicológicas; 
• teorias sociológicas. 
https://it.wikipedia.org/wiki/Famiglia
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicodiagnostica
https://it.wikipedia.org/wiki/Scuola_di_Chicago_(sociologia)
https://it.wikipedia.org/wiki/Scuola_di_Chicago_(sociologia)
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Teoria_delle_associazioni_differenziali&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Teoria_delle_associazioni_differenziali&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/wiki/Subcultura
https://it.wikipedia.org/wiki/Stratificazione_sociale
https://it.wikipedia.org/wiki/George_Herbert_Mead
https://it.wikipedia.org/wiki/Interazionismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Fenomenologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Stigmatizzazione_(scienze_sociali)
https://it.wikipedia.org/wiki/Metodo_qualitativo
https://it.wikipedia.org/wiki/Metodo_qualitativo
https://it.wikipedia.org/wiki/Ricerca_quantitativa
https://it.wikipedia.org/wiki/Metodo_qualitativo
https://it.wikipedia.org/wiki/Anni_1970
https://it.wikipedia.org/wiki/Anni_1980
https://it.wikipedia.org/wiki/Metodologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Interazionismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Osservazione_partecipante
https://it.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Omicidio
https://it.wikipedia.org/wiki/Violenza_sessuale
https://it.wikipedia.org/wiki/Colletto_bianco
https://it.wikipedia.org/wiki/Criminalit%C3%A0_organizzata
https://it.wikipedia.org/wiki/Terrorismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
Teorias Biológicas 
 
Entre as primeiras teorias biológicas, devemos lembrar os estudos 
de CesareLombroso sobre o delinquente nascido e sobre o conceito de atavismo , bem 
como as investigações sobre fatores genéticos, hormonais, psicopatológicos e neurológicos 
da ação criminal. 
Posteriormente, várias teorias sobre as origens biológicas da delinquência foram 
avançadas. Nos últimos anos foi apresentada a teoria do cromossomo Y 
supranumerário. No patrimônio genético humano normal há dois cromossomos 
sexuais: XX no caso das fêmeas e XY no caso dos machos. O cromossomo Y é, portanto, 
aquele que determina a aquisição do sexo masculino. Em vários casos de indivíduos 
admitidos em asilo criminoso ou presos por crimes graves, observou-se a presença 
de trissomia XYY , ou seja, a presença de um cromossomo Y adicional. 
Uma vez que a freqüência estatística da anomalia XYY apareceu bastante elevada 
entre os sujeitos internados e caracterizada por comportamento violento, pensou-se que 
essa anomalia poderia estar na base da conduta criminal. De fato, do ponto de 
vista metodológico , houve um grande problema nesses estudos: não houve comparação 
com um grupo controle de não internados. Quando este estudo foi realizado, verificou-se 
que a freqüência dos indivíduos XYY entre os delinquentes não era maior do que a da 
população geral. Mais tarde, argumentou que os sujeitos que apresentavam essa anomalia 
estavam presentes em maior número nas instalações da prisão, porque seu maior 
desenvolvimento em altura e massa muscular os tornou mais visíveis para a polícia que 
estava operando as prisões. 
Outro campo amplamente estudado foi o de temperamento (especialmente o 
conceito de "busca de sensações" por Robert Cloninger ), juntamente com o da relação 
entre neurotransmissores e agressividade (em particular, pesquisas sobre o metabolismo 
da serotonina). Posteriormente, no campo da neurociência , novas linhas de pesquisa 
foram desenvolvidas sobre características genéticas, mesmo que em um contexto 
profundamente modificado, no contexto dos chamados. " epigenética ", ou seja, o estudo 
da interação entre genes e características do ambiente que podem ou não estimular o 
desenvolvimento de comportamentos antissocial ou pro-social. 
https://it.wikipedia.org/wiki/Cesare_Lombroso
https://it.wikipedia.org/wiki/Atavismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Cromosoma
https://it.wikipedia.org/wiki/DNA
https://it.wikipedia.org/wiki/Ospedale_Psichiatrico_Giudiziario
https://it.wikipedia.org/wiki/Trisomia
https://it.wikipedia.org/wiki/Metodologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Prigionehttps://it.wikipedia.org/wiki/Polizia
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Robert_Cloninger&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/wiki/Neurotrasmettitore
https://it.wikipedia.org/wiki/Aggressivit%C3%A0
https://it.wikipedia.org/wiki/Neuropsichiatria
https://it.wikipedia.org/wiki/Epigenetica
 
 
 
 
 
 10 
 
 
Teorias Psicológicas 
 
No campo psicológico, devemos primeiro mencionar as contribuições 
da psicanálise , como a teoria da culpa-delinquente, que remonta a uma 
incursão freudiana rara no campo, e a teoria da deficiência do superego, por sua vez, 
relacionada ao conceito de "policial interno". Neste contexto, devemos também considerar 
as contribuições da escola Kleinian (em torno dos anos trinta e cinquenta do século 
passado) e as do famoso psicanalista britânico Donald W. Winnicott, famoso por seu 
conceito de "tendência antisocial", segundo ele estimulado pela perda precoce do objeto 
do amor materno, o que levaria à tentativa compensatória composta por atos desviantes e 
criminosos. 
Ao mesmo tempo, no campo de pesquisa menos diretamente clínico e 
experimental, as idéias de Winnicott foram desenvolvidas com a contribuição de Sir John 
Bowlby , que encontrou em uma primeira fase de sua pesquisa a presença de uma privação 
materna nos assuntos que seriam tornam-se delinquentes; e depois desenvolveu 
a teoria do anexo , que também leva em consideração a agressividade e a anti-socialidade, 
fazendo com que voltem a uma forma particular de apego (anexo desorganizado) trazido 
pelo autor e seus alunos ( Mary Ainsworth , Mary Main , Peter Fonagy ) a situações 
traumáticas que produziriam estados dissociativos nos assuntos. 
As contribuições da derivação comportamental , baseadas no conceito 
de condicionamento e aquelas ligadas à teoria da "frustração-agressão" de Charles Dollard 
e Kelly Miller, também foram mencionadas : estudos experimentais mostraram que a 
frustração (isto é, impedir que um sujeito alcançar um objetivo ou objetivo importante 
para ele) tende a gerar agressão , que pode ser baixada diretamente na causa ou fonte de 
frustração, ou indiretamente em outros assuntos, por assim dizer, mais acessível. De 
acordo com essa teoria, portanto, na base do comportamento criminal, pode haver uma 
acumulação de agressão pela frustração . 
Por outro lado, uma série adicional de contribuições destinadas a trazer de volta 
à psiquiatria os problemas relacionados às ações anti-sociais, que os manuais 
diagnósticos-estatísticos descrevem de forma exageradamente comportamental e não 
descritiva das características psíquicas dos criminosos. Deste ponto de vista, destacam-
se os nomes de Robert D. Hare , revivendo o conceito de psicopatia , cunhado pelo 
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicoanalisi
https://it.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud
https://it.wikipedia.org/wiki/Melanie_Klein
https://it.wikipedia.org/wiki/Anni_1930
https://it.wikipedia.org/wiki/Anni_1950
https://it.wikipedia.org/wiki/Donald_Winnicott
https://it.wikipedia.org/wiki/John_Bowlby
https://it.wikipedia.org/wiki/John_Bowlby
https://it.wikipedia.org/wiki/Attaccamento
https://it.wikipedia.org/wiki/Attaccamento
https://it.wikipedia.org/wiki/Mary_Ainsworth
https://it.wikipedia.org/wiki/Mary_Main
https://it.wikipedia.org/wiki/Peter_Fonagy
https://it.wikipedia.org/wiki/Comportamentismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Aggressivit%C3%A0
https://it.wikipedia.org/wiki/Aggressivit%C3%A0#Teoria_della_frustrazione
https://it.wikipedia.org/wiki/Psichiatria
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Robert_D._Hare&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Robert_D._Hare&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Robert_D._Hare&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicopatia
 
 
 
 
 
 11 
 
psiquiatra alemão Kurt Schneider e Otto Kernberg , que por seu treinamento cosmopolita 
(alemão, chileno, americano ) foi capaz de introduzir o pensamento kleiniano na 
psicanálise americana e unido entre si, no conceito de "organização 
de personalidade limítrofe ",as contribuições 
daprópria psicanálise , psicologia e psiquiatria da era do desenvolvimento . 
Em particular, as vicissitudes do narcisismo , de acordo com Kernberg , 
produzem os problemas do comportamento anti-social. Kernberg fala mesmo de 
um continuum que, no sentido de aumentar a gravidade, do transtorno narcisista (variante 
da organização borderline ), do narcisismo maligno e da psicopatia ou desordem 
antissocial propriamente dita, caracterizada pela ausência de uma "boa relação de objeto" 
internalizada. 
 
Teorias sociológicas 
 
Finalmente, entre as teorias sociológicas, lembremos de ambientes ou contextos 
criminais (teorias ecológicas da criminalidade), a teoria das associações diferenciais 
de Edwin Sutherland ( ver acima ), a das identificações diferenciais , a teoria do conflito 
cultural , teorias baseadas no conceito de anomia (quanto maior a tendência anômala de 
uma empresa , maior a freqüência de crimes nessa empresa). 
O comportamento criminal muitas vezes se manifesta no contexto 
de subculturas criminosas que transmitem aos valores de seus membros , que revelam a 
conduta do indivíduo como os da cultura geral não-criminal de que as mesmas subculturas 
fazem parte. 
Os sociólogos também destacaram a importância dos processos 
de estigmatização na formação da identidade criminal e na consolidação de 
um projeto real de vida desviante. Em outras palavras, às vezes é a mesma reação social 
desqualificante e marginalizadora contra o desvio e a criminalidade para atuar como fator 
criminal. 
A teoria do etiquetamento ( rotulagem ) destaca as consequências negativas do 
estigma, e é a abordagem básica para o crime juvenil, que se baseia em evitar tanto quanto 
possível a prisão de menores e a sua consequente exclusão do circuito normais 
das relações sociais . 
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Kurt_Schneider&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/wiki/Otto_Kernberg
https://it.wikipedia.org/wiki/Melanie_Klein
https://it.wikipedia.org/wiki/Disturbo_borderline_di_personalit%C3%A0
https://it.wikipedia.org/wiki/Disturbo_borderline_di_personalit%C3%A0
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicoanalisi
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicologia
https://it.wikipedia.org/wiki/Neuropsichiatria_infantile
https://it.wikipedia.org/wiki/Narcisismo
https://it.wikipedia.org/wiki/Otto_Kernberg
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https://it.wikipedia.org/wiki/Narcisismo#Studi_recenti
https://it.wikipedia.org/wiki/Psicopatia
https://it.wikipedia.org/wiki/Edwin_Sutherland
https://it.wikipedia.org/w/index.php?title=Identificazioni_differenziali&action=edit&redlink=1
https://it.wikipedia.org/wiki/Prospettiva_del_conflitto
https://it.wikipedia.org/wiki/Prospettiva_del_conflitto
https://it.wikipedia.org/wiki/Anomia
https://it.wikipedia.org/wiki/Societ%C3%A0_(sociologia)
https://it.wikipedia.org/wiki/Subcultura
https://it.wikipedia.org/wiki/Valore_(scienze_sociali)
https://it.wikipedia.org/wiki/Stigmatizzazione_(scienze_sociali)
https://it.wikipedia.org/wiki/Identit%C3%A0_(scienze_sociali)
https://it.wikipedia.org/wiki/Relazione_interpersonale
 
 
 
 
 
 12 
 
 
Criminologia Ambiental: quando o ambiente influencia o crime 
 
A criminologia ambiental é um campo crescente de estudo dentro da disciplina 
de criminologia. Em essência, o termo descreve a relação dos ambientes individuais em 
que os crimes ocorrem e como eles influenciam ou contribuem para a atividade criminosa 
e comportamento. 
Em geral, os criminólogos insistem que há quatro elementos necessários para um 
crime a ocorrer. Se um desses elementos não estiver presente, então nenhum crime 
ocorreu. 
✓ Lei: Primeiro, deve haver uma lei a ser quebrada. Se a atividade não 
é ilegal, então, obviamente, não pode ser criminoso. 
✓ Ofensor: Em segundo lugar, alguém deve ter violado a lei. Se não há 
nenhum ofensor, não há crime. 
✓ Vítima ou Alvo: Terceiro,para que um ato seja criminoso, deve 
haver uma vítima. Nos supostos crimes "sem vítimas", diz-se que o estado ou 
comunidade como um todo é vítima por causa dos problemas que se acredita 
serem resultado do comportamento. 
✓ Lugar: Em quarto lugar, a atividade ou comportamento deve ter 
ocorrido em um lugar. Não pode haver crime no vácuo 
 
 
Foco no Meio Ambiente 
 
Para os criminologistas ambientais, o quarto elemento, o lugar, é o foco principal 
de seus estudos. Este campo de estudo começou a se desenvolver no início dos anos 80 e 
foca nos fatores ambientais como determinantes para o surgimento do crime como 
fenômeno social, posto que eles acreditam que podem levar a influenciar o crime em suas 
etapas de execução e ao comportamento criminoso quanto a suas condições de 
emergência e surgimento. 
Ao estudar o lugar, os criminologistas ambientais não se concentram tanto 
na localização geográfica, mas nos elementos ambientais de natureza urbana que e 
 
 
 
 
 
 13 
 
apresentam no local, como as condições de iluminação, o estado de reparação ou de 
degradação que os edifícios podem expor, bem como outras condições de vizinhança. 
A criminologia ambiental examinaportanto dados como a hora e o local dos 
crimes, a fim de ajudar os agentes da lei a entender melhor onde os crimes estão 
ocorrendo. Isso ajuda os policiais a concentrar suas patrulhas, a fim de tomar uma 
abordagem mais preventiva para a resolução de crimes, em oposição a uma abordagem 
reativa. 
Desta forma, a criminologia ambiental é complementar ao policiamento 
orientado para a comunidade. 
 
Mapeamento de Crimes 
 
Um dos reflexos práticos mais notórios da criminologia ambiental é o mapa do 
crime. Sem dúvida, quem já viu programas de televisão ou filmes, ou talvez tenha ido até 
um centro de comando e controle de alguma Secretaria de Segurança Pública viu um 
grande mapa afixado em uma parede com pinos e outras marcas nele (atualmente são 
digitalizados e totalmente informatizados). 
Esses pinos ou marcas indicam áreas onde ocorreram crimes e são um exemplo 
muito básico do que os criminologistas chamam de "mapeamento do crime". Os 
criminologistas ambientais levam em extrema consideração este mapeamento, 
debruçando-se sobre os dados para procurar padrões. 
 
Identificação de Padrões 
 
O objetivo final é usar todos os padrões que localizados para ajudar a identificar 
as causas originárias dos crimes e ajudar a desenvolver soluções viáveis para o problema. 
Por exemplo, se um grande número de roubos está ocorrendo em um local específico em 
um momento específico, criminologistas ambientais vão querer olhar para esse local 
naquele momento para determinar quais os fatores contribuintes podem ser os mais 
notórios. 
 
 
 
 
 
 14 
 
Para os criminologistas ambientais, vige o pensamento de que as pessoas agem 
de acordo com o que elas percebem como as normas sociais de seu ambiente. 
Como reflexo político-criminal da Criminologia Ambiental, a "Teoria das Janelas 
Quebradas" sugere que o estado físico e visível dos edifícios, gramados, casas e empresas 
fornecem pistas importantes sobre como as pessoas se comportam nessa área. A idéia é 
que quanto mais janelas quebradas houver no bairro, maior a probabilidade de haver 
crime na área. 
Questão Aplicada 
A Criminologia Ambiental se tornou um dos principais focos de estudos da Criminologia 
Moderna. Assinale a alternativa incorreta quanto a sua concepção dogmática desse campo 
de estudo: 
A A teoria das janelas quebradas é um desdobramento de seu estudo. 
B O local do crime é o foco essencial na análise das causas do crime. 
C A localização geográfica do criminoso e do fato em si são aspectos determinantes de 
análise para esta teoria. 
D São considerados como elementos relevantes de análise fatores urbanos como as 
condições da vizinhança, o estado das estruturas de iluminação pública e o estado de 
degradação dos edifícios do local. 
E Para este vertente da criminologia, o mapeamento de crime pelas forças de segurança 
se torna relevante para a prevenção e repressão aos comportamentos delituosos. A 
transformação de um perfil delinqüente decorre da predominância de um conjunto de 
fatores favoráveis à violação da lei em detrimento de sua observância. 
RESPOSTA: 
No caso da questão acima, a alternativa “c” está errada ao inferir que a localização 
geográfica é um aspecto determinante a ser considerado na Criminologia Ambiental, pois é 
justamente a conjunção de elementos presentes no local de crime como as características 
da vizinhança, a iluminação pública, o nível de reparação dos edifícios que influenciam os 
fatores causais do crime mais que a localização em si da área. Todas as demais alternativas 
correspondem ao que aborda esta vertente da Criminologia. 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
GABARITO: letra “c”. 
 
Teoria Da Tensão: A Pressão Da Sociedade Para Vencer E A Tensão Decorrente Do 
Fracasso 
 
O conceito de teoria da tensão ganha bastante relevância no estudo da 
criminologia a partir dos anos 70. Acaba sendo necessária sua compreensão, porque 
muitas questões de concurso público exploram a influência da pobreza e da baixa 
escolaridade nas respostas, usando do senso comum que jornalistas em geral exploram na 
formação de uma opinião vaga sobre as causas da criminalidade. Dada a profundidade do 
tema, faremos a explicação de modo único, para fins puramente didáticos. 
A teoria da tensão é uma teoria da sociologia e da criminologia desenvolvida em 
1938 por Robert K. Merton. A teoria afirma que a sociedade exerce pressão sobre os 
indivíduos para alcançar objetivos socialmente aceitos (como o sonho americano), embora 
eles não tenham muitas vezes os meios para tal, o que leva a uma situação de tensão que 
pode levar os indivíduos a cometer crimes. Exemplos disso são a venda de drogas ou o 
envolvimento na prostituição para ganhar segurança financeira. 
A estirpe desta teoria pode ser: 
✓ Estrutural: refere-se aos processos a nível societário que filtram e afetam o modo 
como o indivíduo percebe as suas necessidades, isto é, se certas estruturas sociais 
são inerentemente inadequadas ou se há regulação inadequada, isso pode alterar 
as percepções do indivíduo quanto aos meios e oportunidades; 
✓ Individual: refere-se às fricções e dores experimentadas por um indivíduo à 
medida que procura formas de satisfazer as suas necessidades, ou seja, se os 
objetivos de uma sociedade se tornam significativos para um indivíduo, 
efetivamente consegui-los pode ser mais importante do que os meios adotados 
para atingir tai fins, o que leva a transgressões diversas. 
Robert King Merton argumentou que a sociedade pode incentivar o desvio em grande 
medida. Merton acreditava que os objetivos socialmente aceitos pressionavam as pessoas 
a se conformarem. As pessoas são forçadas a trabalhar dentro do sistema ou tornar-se 
membros de uma subcultura desviante para alcançar a meta desejada. Merton continuou a 
dizer quando os indivíduos são confrontados com uma lacuna entre seus objetivos 
 
 
 
 
 
 16 
 
(geralmente finanças / dinheiro relacionado) e seu status atual, a tensão ocorre. Quando 
confrontados com a tensão, as pessoas têm cinco maneiras de se adaptar: 
✓ Conformidade: perseguir metas culturais através de meios socialmente aprovados. 
✓ Inovação: usando meios socialmente não aprovados ou não convencionais para 
obter metas culturalmente aprovadas. Exemplo: lidar com drogas ou roubar para 
alcançar segurança financeira. 
✓ Ritualismo: usar os mesmos meios socialmente aprovados para atingir metas 
menos elusivas (mais modestas e humildes). Ocorre com aqueles que compram em 
um sistema de meios socialmente aprovados, mas perdem de vista os objetivos. 
Merton acreditava que os usuários de drogas estão nesta categoria 
✓ Retreatismo: rejeitar os objetivos culturais e socialmente aprovados , bem como os 
meios para obtê-lo,encontrando assim uma maneira de escapar dele. 
✓ Rebelião: rejeitar os objetivos e os meios culturais, trabalhando para substituí-los. 
As pessoas negam objetivos e meios socialmente aprovados criando um novo 
sistema de metas e meios aceitáveis para sua realidade, muitas vezes a partir de 
transgressões e práticas antissociais. 
✓ 
Em seus estudos, observou que existem caminhos institucionalizados para o 
sucesso na sociedade. A teoria da tensão sustenta que o crime é causado pela dificuldade 
que aqueles em pobreza têm em conseguir objetivos socialmente avaliados por meios 
legítimos. Um de suas ênfases está no argumento de que aqueles que têm, por exemplo, 
uma escolaridade pobre têm dificuldade em obter riqueza e status ao obterem um 
emprego bem remunerado, sendo, pois, mais propensos a usar meios criminosos para 
alcançar esses objetivos. 
Crítica 
 
Uma dificuldade com a teoria da tensão é que ela não explora por que as crianças de 
famílias de baixa renda teriam escolaridade pobre em primeiro lugar. Mais importante 
ainda é o fato de que muitos crimes juvenis não têm uma motivação econômica. A teoria da 
tensão não, portanto, explica o crime violento, o tipo de crime juvenil que causa mais 
ansiedade para o público. 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
Questão Aplicada 
A respeito da teoria da tensão e sua influência no surgimento da criminalidade, assinale a 
alternativa incorreta. 
A O crime surge em função da dificuldade de pessoas inseridas em um contexto de 
pobreza de atingir objetivos socialmente legítimos. 
B Uma baixa escolaridade de uma pessoa a torna propensa a usar meios ilegais para 
atingir objetivos profissionais quando adquire certo nível social e profissional. 
C Indivíduos que negam meios socialmente aceitáveis criam um sistema com objetivos e 
metas aceitáveis em sua realidade. 
D Para esta teoria, a baixa escolaridade determina crimes violentos no seio da juventude. 
E O crime emerge em uma dissociação entre a aquisição de algo por meios socialmente 
legítimos e os objetivos alcançados, como no caso do tráfico de drogas. 
RESPOSTA: 
A única alternativa correta é a letra “d”, pois esta teoria justamente não explica o 
surgimento de crimes violentos em segmentos sociais não necessariamente pobres ou de 
baixa escolaridade. As demais alternativas se apresentam como características desta 
teoria. 
 
GABARITO: letra “d”. 
 
O Terrorismo à luz do pensamento criminológico contemporâneo 
 
O estudo do terrorismo conexo à criminologia moderna está ganhando cada vez 
mais relevância, face a atualidade do tema e as inúmeras abordagens teóricas usadas pela 
Criminologia Moderna para estudá-lo. Diante da atualidade do tema, esta questão ganha 
importante relevância e ainda servirá como meio de revisão de algumas teorias já 
estudadas nos módulos anteriores. Para melhor compreensão, faremos a explicação de 
modo único. 
Em geral, as ciências sociais contêm uma série de explicações sobre o terrorismo. 
Mais especificamente, no entanto, nem todas as disciplinas das ciências sociais contêm 
perspectivas igualmente bem desenvolvidas do estudo do terrorismo. Em particular, as 
 
 
 
 
 
 18 
 
elucidações criminológicas do terrorismo são menos desenvolvidas do que os 
esclarecimentos oferecidos em outras disciplinas de ciências sociais, como a ciência 
política e a história Tipicamente, os criminologistas se baseiam em algumas teorias gerais 
da violência para gerar hipóteses sobre o terrorismo. Geralmente, as hipóteses são 
extraídas da privação relativa ou de teorias subculturais da violência (papel das idéias em 
causar comportamentos terroristas / ilícitos). 
A privação relativa tem sido usada na literatura para expressar situações em que 
os cidadãos através de medidas de padrões econômicos, políticos ou sociais mantiveram 
sentimentos de privação quando equilibrados com outros cidadãos em seus postos 
comparáveis na sociedade . De fato, a frustração gerada por sentimentos de privação 
relativa tem sido representada como um antecedente provável de violência política, como 
terrorismo, desrespeitos políticos e movimentos sociais. Deve-se enfatizar que os 
criminologistas estão fazendo contribuições importantes para a literatura do terrorismo, 
recorrendo a outras teorias, mesmo as de outras disciplinas no estudo do crime e do 
terrorismo. Por exemplo, Laqueur (1999)2 aludiu a este ponto quando observa que o 
estudo do terrorismo, bem como o foco criminológico no crime, tem sido amplamente 
interdisciplinar. Laqueur (1999) insiste ainda que este foco interdisciplinar estimulou a 
pesquisa e empurrou o estudo do terrorismo e do crime para além dos limites de uma 
única disciplina. Na sua explicação sobre o terrorismo, a criminologia ainda não abraçou 
questões históricas como o colonialismo, o imperialismo e o neocolonialismo como 
sistemas de dominância econômica, política, social e cultural. Essas questões são 
fundamentais na busca da criminologia para fornecer explicações sobre o terrorismo e 
articular contramedidas importantes contra ele. Na verdade, como resultado do 
reconhecimento de que as pessoas econômicas, políticas, sociais e culturalmente 
colonizadas (dominadas e controladas) têm a capacidade de adotar o uso da força ou de 
encetar lutas armadas em suas tentativas de alcançar ou alcançar a libertação, o 
terrorismo internacional pode surgir como força de subversão. Por outro lado, os Estados 
podem usar o terrorismo oficial para manter seus interesses econômicos, políticos, sociais 
e culturais vitais sobre as sociedades dominadas ou oprimidas para manter o poder e a 
influência. O terrorismo, portanto, tem duas faces. Uma representa indivíduos e grupos 
dentro de uma nação que estão tentando manter seus recursos econômicos e manter a 
independência; a outra reflete o interesse dos Estados, que querem dominar e controlar as 
 
2Walter Laqueur, The New Terrorism: FanaticismandtheArmsof Mass Destruction, Oxford University 
Press, US, 1999 
 
 
 
 
 
 19 
 
vidas dos subjugados. Cada esfera adota o terrorismo para alcançar a libertação através da 
ação política. Durante a Guerra Fria, para combater a opressão colonial, os movimentos de 
resistência praticavam por vezes ações terroristas como meio de alcançar visibilidade 
internacional na tentativa de serem ouvidos. Alguns também adotam táticas e estratégias 
terroristas para alcançar seu lugar político e econômico na distribuição econômica 
mundial. Em contrapartida, os poderes que detêm a chave para a economia mundial 
podem combater o terrorismo, resultando nos dois rostos do terrorismo. É também 
através da violência que as massas podem ser suprimidas. As teorias prévias do crime e da 
violência não se concentraram nas estruturas do colonialismo, imperialismo e 
neocolonialismo. No entanto, algumas das perspectivas existentes sobre criminalidade e 
justiça estão inseridas em implicações não desenvolvidas para o terrorismo. 
Os pesquisadores biológicos do terrorismo acreditam que indivíduos envolvidos 
na natureza cíclica da violência caracterizam-se por desequilíbrios hormonais e variações 
neuroquímicas em suas funções cerebrais (Hubbard 1993). Eles afirmam que os 
terroristas têm níveis anormais de compostos de norepinefrina, acetilcolina e endorfinas 
na química corporal ( Hubbard 1993)3. Eles também observam que a norepinefrina está 
mais intimamente associada com o terrorismo do que os outros compostos, porque trata 
de vôo ou luta (um estado de excitação sob o estresse em que os órgãos operam mais 
proficientemente) na química do corpo individual. A aceitação do vínculo com doença 
mental do terrorismo centra-se na premissa de que indivíduos doentios não observam 
regras e regulamentos estabelecidos pela sociedade, são erráticos e são incapazes de 
controlar suas emoções. Tendo em vista que eles estão dispostos a agir de forma irracional 
em qualquer momento, as pessoas loucas são,portanto, potencialmente perigosas. Se 
também assumimos que as pessoas que cometem atos violentos estão loucas e doentes, 
também estamos supondo a visão de que os doentes mentais são inseguros e os indivíduos 
que cometem atos bizarros são psicologicamente indispostos. 
Alguns estudiosos argumentaram que a relativa impotência é um fator estrutural 
significativo associado à evolução dos padrões de comportamento que os atores 
poderosos podem definir como criminosos, incluindo atos de violência terroristas. Em seu 
livro, The Social Reality of Crime, Quinney (1970) insiste em que o crime é uma definição 
de conduta humana que é criada por agentes autorizados em uma sociedade politicamente 
 
3Hubbard, R. S., & Power, B. M. (1993). Finding and framing a research question. In L. Patterson, C. M. 
Santa, K. G. Short, & K. Smith (Eds.), Teachers are researchers: Reflection and action (pp. 19-25). 
Newark, DE: International Reading Association. 
 
 
 
 
 
 20 
 
organizada. A visão de que existe um preconceito na definição criminológica do crime , que 
favorece apenas os ricos e castiga os pobres também foi expressado por Chambliss 
(1999)4. Ele afirma que o foco da criminologia tradicional em crimes predatórios é o 
favoritismo da classe média da disciplina. Assim, junto com agências de aplicação da lei e 
políticos, os criminologistas de tendência de classe média refletem o viés da classe média 
em seus próprios contextos sociais. Apesar de uma preponderância de evidência da 
frequência e seriedade dos crimes de colarinho branco, corporativo e estadual, os 
criminologistas da classe média continuam acreditando que os "problemas reais do crime" 
são os crimes que são desproporcionalmente (embora não exclusivamente) cometidos por 
membros do menor escalão da sociedade, tais como roubo, roubo, assassinato, estupro e 
roubo. Além disso, a teoria da privação relativa não é principalmente uma teoria do crime, 
mas pode ser usada para explicar o comportamento terrorista em um ambiente urbano 
(Shelley, 1985). A privação relativa ocorre em sociedades industrializadas, onde homens 
jovens de classe baixa ou minorias étnicas se sentem economicamente discriminados. 
Também pode existir nas sociedades em desenvolvimento, onde novos residentes 
metropolitanos procuram adquirir bens materiais que nunca foram disponibilizados para 
eles devido a políticas externas e internas que negaram seu orgulho humano Portanto, a 
privação relativa combina a desigualdade econômica com os sentimentos de 
ressentimento e injustiça entre os grupos que têm menos em tais sociedades. Isso foi 
demonstrado com os terroristas suicidas palestinos, onde tais sentimentos de 
ressentimento caracterizados pela pobreza e desigualdade podem levar a atos terroristas 
de violência. A criminologia precisa de novas ideias e perspectivas que incentivem a 
diversidade no estudo da criminalidade e do terrorismo. Como revela esta breve revisão 
da história e das teorias do terrorismo, a criminologia oferece uma visão monolítica que 
tipicamente obstrui seu objeto de estudo a partir do contexto em que está enredado. A 
criminologia deve fornecer um contexto apropriado no qual o terrorismo pode ser situado 
e compreendido. 
Questão Aplicada 
O terrorismo um fenômeno complexo com profundas implicações na definição de 
estratégias de controle e no direcionamento de uma Política Criminal sob certa 
abordagem, também com influência sobre as esferas econômicas, sociais e culturais de 
 
4Power, Politics, and Crime. Contributors: William J. Chambliss - Author. Publisher: Westview Press. 
Place of publication: Boulder, CO. Publication year: 1999. 
 
 
 
 
 
 21 
 
uma sociedade. Assinale a alternativa incorreta quanto aos fatores causais do 
comportamento terrorista estudados pela criminologia moderna: 
a) A privação relativa e as subculturas de violência são consideradas como fontes 
causais do comportamento terrorista. 
b) Estados podem usar estruturas institucionais para promover terrorismo como 
meio de manutenção de equilíbrio de poder e continuidade de um sistema de 
dominância social, econômica, política ou cultural. 
c) O terrorismo não é considerado um método tático ou estratégico de conflito entre 
sistemas estatais antagônicos, por caracterizar violação a ordem constitucional e a 
todo um sistema de normas de direito internacional que regem os Estados 
Modernos. 
d) Pesquisadores biológicos consideram que terroristas usualmente sofrem de 
desequilíbrios hormonais ou variações neuroquímicas em suas funções cerebrais. 
e) Terrorismo pode ser característico de indivíduos com doenças mentais que os 
tornem incapazes de atender a regras sistematizadas em uma ordem jurídica-
política e de controlar suas emoções em um contexto de dificuldade de integração 
pessoal em dada comunidade. 
 
RESPOSTA: 
No caso da questão acima, a alternativa “c” está errada ao inferir os Estado não utilizam o 
terrorismo como método de projeção de poder ou de alcance de objetivos políticos, na 
medida em que o que se verifica é justamente o contrário em tempos modernos, os quais 
estratégias de guerra híbrida combinam ações ilegais de subversão e de terrorismo 
patrocinados por instituições estatais, independentemente de limites de ordem 
constitucional ou legal. As demais alternativas são abordagens adotadas pela Criminologia 
moderna. 
 
Teoria da Atividade Rotineira: as oportunidades criadas para o crime a partir de 
situações específicas 
 
O estudo da teoria da atividade rotineira é relevante pra se compreender como o 
crime de desenvolve por contextos situacionais propícios não atrelados a elementos de 
 
 
 
 
 
 22 
 
ordem econômica e social puramente. Dada a profundidade do tema, faremos a explicação 
de modo único, para fins puramente didáticos. 
A teoria da atividade de rotina é um sub-campo da teoria da oportunidade 
do crime que se concentra em situações de crimes. Foi desenvolvido por Marcus 
Felson e Lawrence E. Cohen. 
A premissa da teoria da atividade rotineira é que o crime não é afetado por 
causas sociais como pobreza, desigualdade e desemprego. Por exemplo, após a 
Segunda Guerra Mundial, a economia dos países ocidentais estava crescendo e os estados 
de bem-estar estavam se expandindo. Apesar disso, o crime aumentou significativamente 
durante esse período. De acordo com Felson e Cohen, o motivo do aumento é que a 
prosperidade da sociedade contemporânea oferece mais oportunidades de crime; 
ou seja, há muito mais para roubar. 
A teoria da atividade de rotina é controversa entre os sociólogos que acreditam 
nas causas sociais do crime. Mas vários tipos de crime são muito bem explicados pela 
teoria da atividade de rotina. Por exemplo, violação de direitos autorais relacionada ao 
compartilhamento de arquivos digitais; desvios de recursos públicos por servidores bem 
qualificados; os distintos tipos de crime corporativo. 
Os infratores motivados são indivíduos que não são apenas capazes de cometer 
atividades criminosas, mas estão dispostos a fazê-lo. Alvos adequados podem ser uma 
pessoa ou objeto que os infratores consideram vulneráveis ou particularmente atraentes. 
Os fatores que tornam atraente um determinado alvo são específicos da situação e 
do crime. 
O foco analítico das atividades de rotina tem uma visão em nível macro e enfatiza 
as mudanças em grande escala nos padrões de comportamento da vítima e do agressor. 
Ele se concentra em eventos específicos de criminalidade e comportamentos / decisões 
dos infratores. A teoria da atividade de rotina baseia-se no pressuposto de que o 
crime pode ser cometido por qualquer pessoa que tenha a oportunidade. A teoria 
também afirma que as vítimas recebem escolhas sobre se devem ser vítimas 
principalmente por não se colocarem em situações em que um crime pode ser 
cometido contra elas. 
Como exemplos desta análise, citemos os estudos em que Holtfreter,Reisig e 
Pratt [1] encontraram apoio para a premissa de que a falta de autocontrole produz 
 
 
 
 
 
 23 
 
resultados de vitimização. Os seus estudos demonstraram que os indivíduos com baixo 
autocontrole perceberam um risco aumentado, mas demonstraram uma diminuição nas 
estratégias projetadas para proteger e / ou evitar a vitimização na Internet. Os teóricos 
Marcus Felson e Lawrence E. Cohen [7] estabelecem que aqueles que vivem sozinhos são 
mais propensos a estar sozinhos e a ter pouca ajuda para proteger seus bens, eles 
provavelmente enfrentam taxas mais altas de vitimização para crimes pessoais e de 
propriedade. O aumento de 30,6% nas taxas de participação das mulheres empregadas e 
casadas não só sujeita essas mulheres a um maior risco de ataque de e para o trabalho, 
mas também deixa suas casas e o carro menos protegidos da entrada ilegal. O aumento de 
118% na proporção da população, composta por estudantes universitários, coloca mais 
mulheres em risco de ataque ao realizar atividades diárias como estudantes, uma vez que 
podem ser menos efetivamente protegidas por familiares ou amigos. 
A descoberta mais importante é que tanto a criminalidade violenta como as 
formas de fraude na internet de vitimização ainda compartilham o mesmo mecanismo 
causal subjacente associado às atividades rotineiras de possíveis alvos criminosos. O 
teórico do criminologista Lynch usa a teoria da rotina para explicar que as pessoas no 
trabalho eram um importante determinante do risco de vitimização entre pessoas 
ocupadas, mesmo quando a periculosidade da área de trabalho era constante. Além disso, 
os atributos específicos das atividades prosseguidas na exposição ao trabalho, na tutela e 
na atratividade estavam todos relacionados à vitimização de acordo com as previsões da 
teoria da atividade. À vítima é geralmente atribuída ao descuido da pessoa que 
desempenha um papel ocupacional específico. Essas descobertas indicam que as 
diferenças no risco de vitimização no trabalho são mais determinadas pela tarefa realizada 
que a pessoa propriamente em determinada função ocupacional. Além disso, esses 
achados identificam atributos específicos de profissões que poderiam ser modificados 
para reduzir o risco de vitimização no trabalho. A vitimização dos trabalhadores em suas 
rotinas laborais diminuirá se a mobilidade, a acessibilidade pública e o manejo do dinheiro 
como parte do papel ocupacional forem reduzidos. 
Os indivíduos envolvidos em padrões de rotina enfrentaram pouco controle 
social e têm taxas mais altas de crime. Para esta teoria, o envolvimento no padrão de 
rotina com níveis mistos de visibilidade e padrões instrumentais, sociais e atléticos 
tem pouco efeito na delinquência. 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
Críticas 
A teoria da atividade de rotina é principalmente uma macro-teoria da 
vitimização. Ele nos diz quem é mais provável que seja vítima. Mas quem são os 
infratores? Existe uma correlação entre vítimas criminosas e infratores? Portanto, os 
padrões encontrados pelos teóricos da atividade rotineira podem ser enganadores. 
Além disso, as taxas de criminalidade são geralmente proporcionais ao número 
de infratores motivados, como adolescentes e desempregados, na população. Claro, a 
motivação pode ser reduzida quando os meios legítimos estão disponíveis para os 
infratores alcançar seus objetivos. A motivação pode aumentar, quando a opção de crime é 
a única opção viável disponível para um infrator atingir seus objetivos. Outra dissuasão 
que influencia as atividades de rotina que produz o crime é a crença moral e a socialização 
do ofensor. Se uma pessoa foi socializada para realizar crenças convencionais, mesmo na 
presença de oportunidades criminosas, os infratores se absteriam de crime, quando tal é a 
força dos laços sociais que servem de amortecedor para contrariar a atração de atividades 
criminosas. 
Questão Aplicada 
A respeito da teoria da atividade rotineira e suas implicações para o estudo das causas do 
comportamento criminoso, assinale a alternativa correta que configura uma de suas 
premissas de estudo: 
a) A pobreza e a desigualdade de renda são fatores que propiciam um contexto de 
criminalidade e violência. 
b) O maior controle dos índices de criminalidade após a Segunda Guerra Mundial 
indicou que uma melhor distribuição de renda e menores taxas de desemprego 
foram elementos preponderantes para sua concretização nas sociedades 
capitalistas avançadas. 
c) O crime pode ser cometido por qualquer pessoa desde que haja um contexto 
favorável de oportunidade. 
d) O comportamento da vítima em um contexto situacional propício para ser afetada 
por um comportamento criminoso é um critério determinante. 
e) As atividades rotineiras em determinado trabalho e os mecanismos de autocontrole 
não são abordados pela Teoria da Atividade Rotineira. 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
A única alternativa correta é a letra “c”, pois para esta teoria o crime pode ser praticado 
por uma questão de oportunidade em convergência com fatores situacionais propícios de 
vitimação, conforme acima explicado, sem considerações de elementos sócio-econômicos 
como fatores primordiais, como pobreza, miséria ou desigualdade de renda. 
 
GABARITO: letra “c”. 
 
Teoria da Associação Diferencial: Edwin Sutherland e o Poder das influências 
sociais e do processo de aprendizagem 
 
Edwin Sutherland, um dos maiores estudiosos de Criminologia do século XX, desenvolveu a 
Teoria da Associação Diferencial, com uma abordagem metodológica próxima àquelas 
firmadas por outras teorias científicas. Sutherland reconheceu que, embora alguns tipos de 
crimes sejam mais prevalentes nas comunidades minoritárias, muitos indivíduos nessas 
comunidades respeitam a lei e possuem um grau de observância conformista muito maior que 
comunidades com maior renda. Da mesma forma, entre os poderosos e privilegiados, alguns são 
violadores da lei recorrentes, enquanto que outros não o são. Esta teoria tem a intenção de 
discriminar no nível individual entre aqueles que se tornam transgressores da lei e aqueles que 
não desenvolvem comportamento transgressor, qualquer que seja sua raça, classe ou origem 
étnica. 
A Teoria da Associação Diferencial dá prioridade ao poder das influências sociais e 
experiências de aprendizagem, podendo ser expressa em termos de uma série de proposições, a 
seguir resumidas didaticamente: 
1. O comportamento criminoso é assimilado em um processo de aprendizagem na interação com 
outras pessoas em um processo de comunicação. A semiótica e a linguagem são elementos 
considerados na constituição de um processo de aprendizagem evolutivo. 
2. O processo de aprendizagem ocorre principalmente em grupos pessoais íntimos e inclui não 
só as técnicas e práticas típicas do cometimento de certos crimes, mas leva em conta os motivos, 
as racionalizações e as atitudes que acompanham o crime. 
3. As associações diferenciais podem variar em freqüência, duração, prioridade e intensidade, 
sendo que uma pessoa torna-se delinqüente devido a um excesso de condições favoráveis à 
violação da lei que prevalecem sobre aquelas desfavoráveis à violação da lei. Os fatores 
transgressores são mais fortes que os fatores conformistas e de obediência. 
4. O processo de aprendizagem envolve os mesmos mecanismos quando uma pessoa desenvolve 
a assimilação de comportamentos tipicamente criminosos ou inerentes a uma atitude de 
conformidade perante à lei e às convenções sociais. 
 
 
 
 
 
 26 
 
Assim, não é a ausência de uma organização social que caracteriza comunidades (ricas ou 
pobres) em situação de intensa criminalidade, mas uma organização social diferenciada - um 
conjunto de práticas e definições culturais que estão em desacordo com a lei e que emergem 
favoravelmente aos receptores dos conceitos comportamentais criminosos. Um exemplo 
interessante se verifica quando em uma região ondea taxa de delinqüência é alta, é muito 
provável que um garoto sociável, ativo e atlético entre em contato com outros meninos do bairro 
e aprenda o comportamento delinqüente deles e se torne um integrante de uma gangue. Tais 
condições propícias ao processo de aprendizagem dos valores criminosos podem ser contidos 
quando instituições de prevenção primária, como família, igreja e escola determinam um 
conjunto de práticas comportamentais conformistas. 
Para a Teoria da Associação Diferencial a maioria das comunidades é organizada para o 
comportamento criminoso ou anticriminoso, dirigindo-nos para a rede de relações sociais chave 
que diferencia o indivíduo desviante e o sujeito conformista. 
Questão Aplicada 
A Teoria da Associação Diferencial enfatiza o poder das influências dos fatores sociais e o 
aprendizado de experiências desviantes em um contexto de criminalidade consolidado. Assinale 
a alternativa que não configura uma abordagem dogmática desta teoria: 
a) O comportamento criminoso se desenvolve em um processo e interação com outros 
delinqüentes. 
b) O processo de assimilação do comportamento criminoso inclui os motivos, 
racionalizações e atitudes próprias da cultura delinqüente. 
c) A transformação de um perfil delinqüente decorre da predominância de um conjunto de 
fatores favoráveis à violação da lei em detrimento de sua observância. 
d) Os fatores étnicos são conceitos relevantes para o aprendizado do processo criminoso. 
e) O processo de construção do comportamento delinqüente no indivíduo envolve as mesmas 
condições que determinam uma conduta conformista e de obediência. 
 
No caso da questão acima, a alternativa “d” está errada ao inferir que os fatores étnicos são 
determinantes para a associação diferencial do comportamento criminoso, pois é justamente o 
contrário: analisa-se o processo de construção de um comportamento criminoso no indivíduo 
sem considerar a raça, etnia ou a classe social a qual ele está inserido. 
 
GABARITO: letra “d”. 
Controle Social Formal: regras e mecanismos de orientação do comportamento em 
uma sociedade 
 
O conceito de controle social formal, muito adotado pela Criminologia a partir de 
estudos próprios da Sociologia é importante para explicar a capacidade de projeção de 
 
 
 
 
 
 27 
 
adequação social de indivíduos e grupos sociais perante um conjunto de regras e 
convenções. 
Os controles sociais formais são baseados em torno da idéia de mecanismos 
formais, legais e moldados por normas de comportamento convencionadas. Baseiam-se na 
imposição de regras de comportamento cogentes, definidas por instâncias sociais 
superiores, com aplicação igualitária a todos os indivíduos destinatários em sociedades 
submetidas a Estados Democráticos de Direito (não são todas as sociedades aplicam 
regras formais igualmente). Nas sociedades modernas, por exemplo, a principal instância 
de controle social formal é a polícia e o judiciário (tribunais), embora as Forças Armadas 
podem, em certas ocasiões, servirem a tal missão. 
No entanto, nem todas as normas derivadas de controles formais são 
propriamente leis editadas por uma instância legislativa ou por um órgão 
institucionalizado pelo Estado. Quando alguém é aceito e contextualizado em uma 
organização social (como uma escola ou faculdade, por exemplo), o indivíduo concorda em 
cumprir as regras formais que regem o comportamento nestas instituições. Neste 
exemplo, se o aluno não participar das aulas, haverá variados tipos de punição, como 
reprovação, exclusão, etc.. 
Em termos gerais, existem regras formais e controles sociais para orientar a 
todos dentro de uma sociedade ou grupo social o que é e não é aceitável em termos de 
comportamento. Esses controles formais geralmente existem quando um grupo humano é 
muito grande e seus membros não estão em contato cotidiano um com o outro, 
necessitando-se de previsão normativa e socialmente definida de regras de 
comportamento para controle comportamental. O controle social formal é considerado em 
termos existenciais até mesmo por aqueles que se opõem ou não os aceitam, já que de 
alguma forma são ou serão sancionados. 
A respeito do controle social formal em uma determinada sociedade, assinale a alternativa 
correta. 
a) As Forças Armadas não são consideradas uma instância de controle social formal. 
b) Um agrupamento humano situado em uma região não controlada por instituições 
de um Estado mas sujeito a regras de uma organização paraestatal subversiva não 
se sujeita a nenhum sistema de controle social formal. 
 
 
 
 
 
 28 
 
c) Apenas comandos normativos genéricos definem a eficácia de um sistema de 
controle social formal. 
d) Organizações sociais como escolas e associações estabelecem mecanismos de 
controle social formal. 
e) O controle social formal não tem relevância para grupos com comportamento social 
desviante. 
 
A única alternativa correta é a letra “d”, pois as associações, como os sindicatos, a igreja e 
as escolas exercem controle social formal ao ditarem regras de conduta aos participantes e 
destinatários. 
GABARITO: letra “d”. 
Teoria da Escolha Racional: quando o criminoso é visto como alguém que age 
pensando em si e em prol de atingir seus objetivos plenos 
 
A escolha racional baseia-se em inúmeros pressupostos, um dos quais é o 
individualismo. O ofensor vê-se como um indivíduo. O segundo pressuposto é que os 
indivíduos têm que maximizar seus objetivos, e o terceiro é que os indivíduos são movidos 
por interesse. Dessa forma, os infratores estão pensando em si mesmos e em como 
avançar para atingir seus objetivos pessoais. Os pontos centrais da teoria são descritos da 
seguinte forma5: 
a) O ser humano é um ator racional. 
b) A racionalidade envolve cálculos finais / significativos. 
c) As pessoas (livremente) escolhem o comportamento, ambos conformistas ou 
desviantes, com base em seus cálculos racionais. 
d) O elemento central de cálculo envolve uma análise de custo-benefício bem 
utilitária: prazer versus dor. 
e) A escolha será direcionada para a maximização do prazer individual. 
 
5Gul, S. (2009). An evaluation of rational choice theory in criminology. Sociology and applied science, 
4(8), 36-44. 
 
 
 
 
 
 29 
 
f) A escolha pode ser controlada através da percepção e compreensão da potencial 
dor ou punição que advirá a partir de uma sanção aplicável a um ato julgado por 
violar o bem social e o contrato social. 
g) O Estado é responsável por manter a ordem e preservar o bem comum através de 
um sistema de leis. 
h) A rapidez, a gravidade e a certeza do castigo são os elementos-chave na 
compreensão da capacidade dissuasória de uma lei para controlar o 
comportamento humano. 
A teoria da escolha racional decorreu de coleções mais antigas e mais 
experimentais de hipóteses que envolvem o que foram essencialmente os achados 
empíricos de muitas investigações científicas sobre o funcionamento da natureza humana. 
A teoria toma emprestado conceitos de teorias econômicas, para dar maior peso a motivos 
não-instrumentais para o crime, bem como perante a natureza "ilimitada" ou "limitada" do 
processo racional envolvido. 
A teoria está relacionada com a teoria da “deriva anterior” (David Matza, 
Delinquency e Drift, 1964), onde, em suma, as pessoas usam as técnicas de neutralização 
para entrar e sair do comportamento delinquente, e a Teoria do Crime Sistemático (um 
aspecto da Teoria da Desorganização Social desenvolvido pela Escola de), onde Edwin 
Sutherland6 propôs que o fracasso das famílias e dos grupos de parentes expande o 
domínio das relações que não são mais controladas pela comunidade e prejudica os 
controles governamentais. Isso leva a um crime e uma delinquência "sistemática" 
persistentes. Ele também acreditava que tal desorganização causa e reforça as tradições 
culturais e os conflitos culturais que apoiam a atividade anti-social. A qualidade 
sistemáticado comportamento foi uma referência a eventos repetitivos, padronizados ou 
organizados em oposição a eventos aleatórios. Ele descreveu a cultura respeitadora da lei 
como dominante e mais extensa do que as opiniões culturais criminogênicas alternativas e 
capaz de superar o crime sistemático se organizado para esse fim. 
A teoria das atividades de rotina relaciona o padrão de infração com os padrões 
cotidianos de interação social. Entre 1960 e 1980, as mulheres deixaram a casa para o 
trabalho, o que levou à desorganização social, ou seja, a rotina de deixar a casa sem 
 
6Simpson, S. (2000). Of crime and criminality: The use of theory in everyday life. Thousand Oaks, CA: 
Pine Forge Press. 
 
 
 
 
 
 30 
 
vigilância e a ausência de uma figura de autoridade aumentou a probabilidade de atividade 
criminosa. A teoria evita a especulação sobre a fonte da motivação dos infratores, que a 
distingue imediatamente da maioria das outras teorias criminológicas. 
Muitas características da perspectiva de escolha racional tornam-no 
particularmente adequado para servir como uma "metateoria" criminológica com um 
papel amplo na explicação de uma variedade de fenômenos criminológicos. Uma vez que a 
escolha racional pode explicar muitos componentes diferentes, é suficientemente ampla 
para ser aplicado não só ao crime, mas às circunstâncias da vida cotidiana. Os estudos 
envolvem ofensores entrevistados sobre motivos, métodos e escolhas alvo. 
A teoria da escolha racional insiste que o crime é calculado e deliberado. Todos os 
criminosos são atores racionais que praticam a tomada de decisões conscientes, que 
simultaneamente trabalham para obter o máximo benefício de sua situação atual. Outro 
aspecto da teoria da escolha racional é o fato de que muitos infratores tomam decisões 
baseadas em racionalidade limitada / limitada. 
As idéias de racionalidade limitada enfatizam até que ponto os indivíduos e os 
grupos simplificam uma decisão devido às dificuldades de antecipar ou considerar todas 
as alternativas e toda a informação. A racionalidade limitada se relaciona com dois 
aspectos, uma parte decorrente de limitações cognitivas e a outra de extremos nos casos 
de excitação emocional. Às vezes, a excitação emocional no momento de um crime pode 
ser aguda, portanto, os infratores se acham fora de controle e as considerações racionais 
são muito menos salientes 
O crime, portanto, pode ser influenciado pela oportunidade. A oportunidade de 
um crime pode ser relacionada a benefícios de custo, status socioeconômico, risco de 
detecção, relação com o contexto situacional, tipo de infração e acesso a benefícios 
externos. Além disso, as oportunidades dependem do ambiente atual do indivíduo e dos 
fatores conseqüentes disso. Esta teoria explica melhor os crimes instrumentais em vez de 
crimes expressivos. Os crimes instrumentais envolvem o planejamento e a pesagem dos 
riscos com uma mente racional. Um exemplo de um crime instrumental pode incluir: 
evasão fiscal, violações de trânsito, beber e dirigir, crime corporativo, roubo e agressão 
sexual. Por outro lado, o crime expressivo inclui crimes envolvendo emoção e falta de 
pensamento racional sem se preocupar com as consequências futuras. Os crimes 
expressivos podem incluir: assassinatos não pré-meditados, como homicídio culposo e 
 
 
 
 
 
 31 
 
assalto. Como resultado, a punição só é eficaz para dissuadir o crime instrumental, em vez 
de crime expressivo. 
De acordo com O'Grady (2011)7, as três principais críticas da 
RationalChoiceTheory incluem: 
- Assume que todos os indivíduos têm a capacidade de tomar decisões racionais, o que não 
é o caso. Falha portanto em explicar a complexidade da inimputabilidade penal e fracassa 
em dar uma solução para casos de ausência de entendimento e determinação psíquica do 
criminoso. Choca-se com os fundamentos da teoria biopsicológica da culpabilidade. 
- A teoria não explica por que o ônus da responsabilidade é dispensado de jovens 
infratores em oposição a infratores adultos 
- Essa teoria contradiz as premissas de funcionamento de nosso Sistema de Justiça 
Criminal. Esta teoria não suporta a idéia de que nem todos os indivíduos são atores 
racionais por causa da incapacidade cognitiva. Um exemplo de indivíduos que não 
possuem uma mente racional inclui aqueles que não são responsáveis por crimes na conta 
por transtorno mental. 
 Questão Aplicada 
Assinale a alternativa incorreta quanto à abordagem criminológica teoria da escolha 
racional, surgida no século XX a partir de estudos do utilitarismo: 
a) O ser humano não é um ser racional, mas movido por fatores emocionais e 
passionais. 
b) As pessoas escolhem livremente seus comportamentos, por cálculos inclusive não 
racionais no cometimento de ações desviantes. 
c) A escolha não é maximizada para a satisfação individual, mas para a formação de 
uma pretensão interindividual. 
d) A escolha pode ser controlada através da percepção e compreensão da potencial 
dor ou punição que se seguirá a um ato ilícito que venha violar o bem social. 
e) A gravidade do castigo não é um elemento fundamental na aplicação da lei como 
instrumento de controle do comportamento humano. 
Resposta: 
 
7O'Grady, William (2011). Crime in Canadian Context (2nd edition). Don Mills: Oxford University Press. 
pp. 127–130. ISBN 978-0-19-543378-4. 
 
 
 
 
 
 32 
 
Correta somente a letra “d”, pois conforme a teoria da escolha racional, a escolha de um 
comportamento transgressor pode ser sim neutralizada ou contida a partir de uma 
avaliação da dor e sofrimento causado pela aplicação de uma sanção ao comportamento 
desviante. As demais alternativas são claramente erradas, por contradizerem os 
fundamentos da teoria. 
GABARITO: letra “d”. 
A abordagem da criminologia para o crime estatal 
 
O conceito de crime estatal ou “crime de Estado” se relaciona profundamente 
com o estudo de Direitos Humanos e é uma das vertentes mais enfocadas pela 
criminologia contemporânea. 
Na criminologia, o crime estatal ou de “Estado” é resultante de uma atividade ou 
falha de ação que viola a Constituição e o direito penal do próprio Estado, ou o direito 
internacional público. Para esses propósitos, definamos aqui um "Estado" como uma super 
estrutura pública que inclua os funcionários eleitos e nomeados, a burocracia e as 
instituições, os órgãos e as organizações que compõem o aparelho do governo. 
Inicialmente, o estado era a agência de dissuasão, usando a ameaça de punição como uma 
ferramenta utilitária para moldar o comportamento de seus cidadãos. Depois tornou-se o 
mediador, interpretando os desejos da sociedade quanto à resolução de conflitos. Agora, 
examina-se o papel do Estado como um dos possíveis perpetradores do crime seja 
diretamente ou no contexto do crime corporativo estadual. 
Os critérios para determinar se um Estado é "desviante" se basearão em normas 
internacionais e padrões de comportamento para alcançar os objetivos operacionais 
usuais do estado. Um desses padrões será se o Estado respeita os direitos humanos 
no exercício de seus poderes. Mas, uma das dificuldades de definição é que os próprios 
Estados definem o que é criminoso em seus próprios territórios no exercício de suas 
jurisdições e, como poderes soberanos, não são responsáveis perante a comunidade 
internacional, a menos que se submetam à jurisdição internacional em geral ou a 
jurisdição penal em particular, algo difícil de ocorrer em sua plenitude. 
Em crimes internacionais, um Estado pode se envolver em terrorismo estatal, 
tortura, crimes de guerra e genocídio. Tanto a nível internacional como nacional, pode 
haver corrupção, crime corporativo e crime organizado. Dentro de suas fronteiras 
 
 
 
 
 
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territoriais, alguns crimes são o resultado de situações em que o Estado não é o ator 
criminoso direto, por exemplo, decorrentes de catástrofes naturais ou através

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