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PROJETO TERAPEUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM Página 1 de 31 CAPS INFANTO JUVENIL CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL CAPSi CURUMIM CIAPS ADAUTO BOTELHO- SES/MT PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL - 2016 PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 2 Introdução: O presente documento possui 31 páginas e apresenta o Projeto Terapêutico Global 2016 construído pela equipe do CAPSi/CIAPS AB/SES-MT, uma instituição que trata de crianças e adolescentes em situação de sofrimento psíquico severo, onde a criança/adolescente esteja acometida por transtorno mental grave e que a decorrência desta experiência esteja lhe inviabilizando o desenvolvimento e exercício de sua vida psíquica, emocional, social e cidadã. Na prática da assistência prestada, necessita continuar garantindo o espaço de cuidados, na situação supracitada, reafirmando que a lógica de um CAPSi não está na patologia de seu usuário e sim no seu estado clínico, psíquico e social. Assim, no exercício deste lugar institucional e instituído, e por não haver nenhum outro tipo de equipamento com tal identidade; o CAPSi afirma que: uma vez desagudizada e/ou reorganizada uma situação de sofrimento e de patologia mental da criança/adolescente e também após realizadas todas as possibilidades de intervenções psicossociais, ((re)inserção escolar, social, familiar e outras) esta, não mais permanecerá neste serviço. Portanto, conforme a necessidade da criança ou adolescente será encaminhada e inserida nos demais equipamentos da rede, como ambulatórios de especialidades, policlínicas, centros de saúde e equipes de saúde da família, entre outros, para continuidade do cuidado, além de estar referenciada na UBS de seu território. Este posicionamento do CAPSi tem como pressuposto a proteção à criança/adolescente como atitude antimanicomial, no sentido de desinstitucionalização. Quanto aos equipamentos da rede, caso não estejam formalmente instituídos ou em funcionamento adequado, não funcionará o CAPSi Curumim/CIAPS AB/SES-MT como substituto ou alternativo ao serviço não implantado ou em funcionamento na rede. Neste caso, orientará as famílias a buscarem formas de obterem os serviços a ela necessários, podendo através deste ato, alimentar e por em prática o exercício cidadão que sócio- histórica e culturalmente devem ser potencializados. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 3 Justificativa: Historicamente, no Brasil e em Cuiabá- MT, um CAPSi está em processo de construção e solidificação de sua prática. A prática desde 2002, ano de implantação deste CAPSi, nos comprovou que seu papel realmente está para além da atuação clínica- institucional, mas, política e de lutas de direitos, ainda em explanação, ainda em buscas de garantias, apesar dos mais de 20 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e dos mais de 10 anos da Lei Federal nº 10.216 (06/04/2001) sobre saúde mental. O propósito da maioria das intervenções deste CAPSi consiste em ações de atuação secundária e terciária. Para tal, estabelecemos que o exercício profissional seja feito em escopo pleno, ou seja, biopsicossocial, conforme portaria GM/MS 336/92. Objetivos: 1. Objetivo Geral: • Funcionar como referência dentro do território de abrangência para abordagem psicossocial à criança e ao adolescente do município de Cuiabá que seja portador de transtorno mental severo, construindo recursos e constituindo rede para uma assistência que alcance além da remissão de sinais e sintomas, e que viabilize continuidade de cuidados ao mesmo tempo que garanta a inclusão ampla de vida de cada usuário. 2. Objetivos Específicos: • Prosseguir e manter a articulação com demais setores de proteção e assistência infanto- juvenil; • Implementar ações de matriciamento junto às unidades de saúde pertencentes à rede de saúde mental; • Implementar ações de articulação intersetorial com a rede de proteção, atenção e cuidados à infância/adolescência e outras redes; • Ampliar as condutas e encaminhamentos terapêuticos do tratamento clínico proposto pelo serviço; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 4 • Afirmar a coerência da identidade de um CAPSi enquanto serviço substitutivo ao hospital psiquiátrico para a demanda infanto-juvenil, proposta pela política nacional de saúde mental em vigência; • Investir amplamente na abertura de espaço para inserção social à criança/adolescente com transtorno mental severo; • Ofertar assistência em saúde mental de qualidade e excelência técnica, visando o alívio do sofrimento psíquico, a superação do estado agudo da patologia e a retomada do desenvolvimento e do crescimento da criança e do adolescente; • Funcionar como articulador e regulador de rede o que inclui internação psiquiátrica de crianças e adolescentes com transtorno mental severo, sendo o equipamento que acolhe e avalia as indicações para tal procedimento, inclusive aquelas demandadas judicialmente. Proposta Teórica e Prática: A prática clínica de saúde mental infanto-juvenil exige profissionais disponíveis e flexíveis, mas que precisam receber e/ou se apoiar em fundamentações teóricas e práticas de uma clínica em que prevalece a subjetividade deste sujeito que sofre com um transtorno mental severo. Nosso projeto está baseado em referências de base psicanalítica, compreensão desenvolvimentista, além da teoria sistêmica de abordagem familiar, e das metodologias e fundamentos de base humanista e existencial, nos pressupostos legais do Ministério da Saúde e do Estatuto da Criança e do Adolescente. Consideramos a importância de proporcionarmos um ambiente acolhedor e continente, que funcione como facilitador de todo processo de encontro para cuidado e terapêutica, que, muitas vezes, agirá como suporte e segurança tão necessários para o estabelecimento e sequência do tratamento e ou acompanhamento. Sendo assim, intervimos a partir da elaboração de estratégias flexíveis e abertas à expressão de quaisquer comportamentos, mas que transmitam a contenção, o cuidado e o respeito ao momento em que nossos usuários se encontram. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 5 Critérios de Demanda Para a criança/adolescente ser inserida em tratamento no CA P S i é imprescindível que apresente prejuízos nas esferas de vida (pessoal e familiar e social e escolar - os “3 Es®” do CAPSi), com preponderância para prejuízos pessoais. A gravidade do quadro psicopatológico é avaliada pela intensidade dos prejuízos em pelo menos quatro esferas de vida, os quais representam risco e/ou ruptura no desenvolvimento. Acolhimento/Reacolhimento -não é exigido nenhum tipo de encaminhamento; -atende usuários com idade entre 0 a 17 anos e 11 meses para acolhimento, e até 25 anos para reacolhimento; -atende somente os usuários residentes e domiciliados no município de Cuiabá; -as demandas do interior serão apenas matriciadas; -o atendimento de acolhimento será realizado através de agendamento pelo telefone (65) 3661-7226 ou pessoalmente; -casos de urgências serão atendidos/acolhidos sem agendamento nos horários de funcionamento do CAPSi; -casos de emergências deverão ser encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento da Rede; -Para o acolhimento o responsável pela criança deve apresentar uma cópia da certidão de nascimento ou RG da criança/adolescente, fornecer o número do CPF do responsável, do cartão do SUS da própria criança e comprovante de residência, exceto para urgência e emergência. A abordagem prioritária para o primeiro acolhimento/reacolhimento será individual dos pais ou responsáveis com a presença obrigatória da criança/adolescente, o qual será realizado por uma equipe de acolhimento/articulaçãointerna. Os casos com indicação para tratamento/cuidado no CAPSi serão apresentados à equipe multidisciplinar em reunião ordinária na qual serão definidas propostas de PTI, e PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 6 ficarão sob a responsabilidade de quem acolheu, até que seja formalmente redesignado dentro da equipe a partir do primeiro PTI. Cada usuário admitido em tratamento deverá ter uma mini equipe (com três técnicos) de referencia que será definido no momento de elaboração do PTI inicial. Os casos sem indicação e/ou perfil para tratamento/cuidado no CAPSi serão encaminhados via articulação da rede, e passam a ser referenciados na rede pelo CAPSi Curumim. A mini equipe de referência é a responsável pela condução, evolução, atualização e manutenção do tratamento com base num olhar biopsicossocial e dos “3 Es®” do CAPSi. Momento Prisma Caracteriza-se pelo estado clínico de agudização extrema ou gravidade intensa do sofrimento mental da criança/adolescente. Neste caso, necessariamente, a abordagem inicial será realizada através da modalidade “estar com” que possibilitará à criança/adolescente situar-se em relação às condições de cuidados ofertados pelo CAPSi. Paralelamente a família será direcionada a receber informações a respeito das condutas, sintomas, comportamentos e manejo que podem amenizar o sofrimento, identificados em momento prisma de vivência da patologia e suas consequências. Considerando a importância do vínculo e a gravidade do quadro no momento prisma, serão priorizadas as atividades internas com indicação de intervenções intensivas, sempre que necessário. Momento Mosaico Caracteriza-se pelo estado clínico agudo ou gravidade em processo de estabilização, com melhora clínica e menor intensidade de sofrimento e limitações decorrentes da psicopatologia, que permite a elaboração de novo PTI (projeto terapêutico individual), em face deste novo momento e demanda diferenciada de cuidados. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 7 O projeto terapêutico individual será reformulado a partir da demanda da criança/adolescente, conforme a evolução do quadro psicopatológico. O direcionamento do projeto neste momento é feito no sentido de estimular atendimento em grupo, oficinas estruturadas e atividades externas que melhor atendam as necessidades não somente de remissão de sintomas, mas também de promoção da (re) inserção sócio-familiar. Aos responsáveis será oferecido invariavelmente, atendimento de acordo com as estratégias de abordagem familiar propostas no PTG. Ressaltamos a importância da atenção ao caráter subjetivo e individualizado das abordagens, assim como a disponibilidade e flexibilidade da equipe técnica. Métodos de Atendimento Caberá à equipe a construção e atualização de um quadro de atividades que alcancem o objetivo terapêutico, norteados pelo PTG. Para tanto terão a autonomia de escolha de recursos e instrumentos para sua execução, tais como: oficinas internas e externas, grupos terapêuticos, terapias especializadas, ações intersetoriais entre outros. Construídas as atividades, todas deverão ter um técnico como responsável pela sua condução, e o Responsável Técnico do CAPSi deverá ser informado acerca de cada nova construção, uma vez inclusive que deverão ser realizadas mediante prévia discussão e apresentação à equipe de assistência. O CAPSi neste ano e através deste Projeto Terapêutico Global, contará com vinte e uma grandes estratégias de atendimento, para a assistência de sua demanda e conforme a caracterização de sua clientela*, sendo estes: *A caracterização da clientela deste CAPSi, neste último ano de 2014, entre outros dados, aponta o índice das patologias prevalentes entre as crianças/adolescentes admitidos, sendo em primeiro lugar os transtornos invasivos do desenvolvimento (com 35,5%), em segundo lugar os transtornos psicóticos (com 18,5%), e em terceiro lugar os transtornos depressivos (com 13,98%). 1-Grupo de Estimulação: destinada ao atendimento de crianças que apresentem sinais e/ ou sintomas de patologias mentais invasivas, porem não exclusivamente para transtornos do espectro autista TEA, e que estejam lhes trazendo prejuízos nas esferas do desenvolvimento e utilização de seus equipamentos psíquicos, mentais, motores, em PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 8 decorrência do acometimento da psicopatologia instalada ou em processo de instalação. O número de participantes da oficina estará condicionado ao PTI da criança e, portanto aos objetivos do grupo como método na realização da atividade terapêutica, onde poderá ter de duas a no máximo três crianças. As crianças que apresentarem tal quadro ou prejuízo poderão ainda ser atendidas individualmente (programa individual), conforme haja indicação técnica e segundo a esfera de desenvolvimento em prejuízo a ser trabalhada e estimulada junto à criança. 2-Oficina Mosaico Infantil: Esta atividade é desenvolvida independente da classificação diagnóstica. Nesta oficina, as crianças são abordadas segundo sua fase de desenvolvimento, por este fato se denomina Oficina Mosaico. Destinada a crianças de até 11 anos de idade, de preferência em Momento Mosaico de acometimento da patologia mental, porém não exclusivamente, pois crianças em momento prisma do acometimento da psicopatologia, segundo sua condição e indicação clínica, podem participar desta modalidade de oficina. 3- Oficina Mosaico Adolescente: Esta atividade é desenvolvida independente da classificação diagnóstica, podendo variar conforme indicação do usuário, onde adolescentes são abordados segundo sua fase de desenvolvimento, por este fato se denomina Oficina Mosaico. Destinada a adolescentes e pré-adolescentes, de preferência em Momento Mosaico de acometimento da patologia mental, porém não exclusivamente, pois adolescentes em momento prisma do acometimento da psicopatologia, segundo sua condição e indicação clínica, podem participar desta modalidade de oficina. 4 – Oficina do Lanche: a alimentação, o alimentar-se/receber alimento, constitui espaço de experiência do crescimento emocional, pois, poderá conter representantes afetivos das relações do indivíduo consigo mesmo e com o mundo. Desta forma, a atividade do lanche ofertado em cada um dos períodos (matutino e vespertino), será espaço inequívoco de atividade terapêutica, onde condições de hábitos familiares, possibilidade de estimulação de autonomia, bem como de cuidado e atenção podem ser observados e trabalhados também nesta prática vivida pela criança e seu cuidador (pai, mãe, ou responsável). Portanto, pai, mãe e/ou cuidador podem ser incluídos nesta assistência segundo definição técnica, que ocorrerá através de convite feito pelo profissional de atendimento da criança e/ou da família. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 9 5-Estratégias de Abordagem para Jovens Adultos (18 a 25 anos) -Atendimento individual -Atendimento e estratégias para preparar o adolescente para o campo de trabalho. -Estratégias de Profissionalização: busca de parcerias com instituições de formação, profissionalização e emprego; -Estratégias de inserção e reinserção social, no mercado de trabalho; -Estratégias de Acompanhamento Terapêutico em diversos espaços do território e cenários de vida; -Estratégias de Expressão pela arte: “A Arte é o brincar da adolescência, e uma possibilidade de ser-no-mundo do adulto”.(Souza,L.G.). -A família é abordada de maneira peculiar, de forma diferenciada do protocolo destinado às outras faixas etárias, sem a obrigatoriedade de atendimentos paralelos enquanto o adolescente/jovem estão no CAPSi, buscando preservar a vivência de maior autonomia presente na adolescência. 6-Estratégiasde Abordagem Familiar: 6.1 -Grupos de Família (GAF): destinados ao atendimento de pais (pai e/ou mãe), familiares (avós, avôs, tias, madrinhas ou responsáveis) ou cuidadores institucionais responsáveis pelo acompanhamento do tratamento da criança/ adolescente admitido para tratamento. Tem caráter operativo, sendo coordenado por um técnico de nível superior, contando sempre que possível com um observador, técnico de nível superior ou não, e constituem condição sine qua non para o tratamento destinado à criança/adolescente, devendo ocorrer ao menos uma vez por semana, em horário paralelo ao atendimento da criança/ adolescente. Por ser operativo pode contemplar, segundo a técnica, operacionalização de conteúdo previamente elencado pelos técnicos como necessário para abordagem específica de cada grupo, ou ainda pode contemplar a operacionalização de conteúdos demandados do próprio grupo ou de algum de seus membros; 6.2 -Trabalho de Atendimento da Família (TAF): que constitui uma abordagem terapêutica especificamente para uma criança/adolescente conjuntamente com sua família, de natureza de suporte pontual ou continuada, conforme indicação técnica para o quadro; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 10 6.3-Grupo Multi-familiar (GRUM), consiste em atividade terapêutica de natureza continuada realizada para várias famílias com suas crianças/adolescentes, quando observadas características comuns de padrão de interação familiar; 6.4 -Orientação Parental: consiste em acompanhamento individual para orientações, aos responsáveis pela criança/adolescente, acerca de sua função e papel parental, aplicados para pais que não se beneficiaram de outras estratégias de abordagens familiares; 7-Atendimento Individual - de qualquer especialidade que integra a equipe de assistência do CAPSi, podendo ter caráter de consulta, de estimulação de habilidades, de desenvolvimento de atividade de vida autônoma (AVA), de estimulação de desenvolvimento, de apoio, de psicoterapia, de entrevistas de anamnese e/ou de análise e aprofundamento de entendimento de situações, circunstâncias, biografias e fatos, de aplicação de testes, de orientação (medicamentosa, de tratamento, de desenvolvimento, de direitos, de saúde, de trabalho, de educação, de formas de inserção), de acompanhamentos, e outros, de acordo com as necessidades do caso. 8-Método Pandorga®: Em função das especificidades dos quadros de T E A ou com atraso do desenvolvimento é que este método específico foi elaborado dentro do PTG do CAPSi, com vistas ao melhor atendimento das necessidades destas demandas. Portanto constitui uma assistência elaborada para fins de propiciar o cuidado de crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou com atraso do desenvolvimento, decorrentes de outras categorias nosológicas de quadros psicopatológicos, levando-se em conta as diferenças individuais e os estágios do desenvolvimento emocional da criança. O método constitui-se de abordagem compreensivista do estado emocional e da vivência da criança ou adolescente a partir dos possíveis prejuízos decorrentes do atraso no desenvolvimento característicos nos quadros de TEA e/ou TID; através de atividades de cuidado para estimulação ou desenvolvimento de habilidades ou esferas da vida em prejuízo, elaborada por equipe multiprofissional, aplicada em abordagem individual e/ou grupal conforme indicação técnica para o quadro, e de acordo com o embasamento teórico e técnico das áreas de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, assistência social e médica psiquiátrica quando assim demandar. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 11 Tem como finalidade: • Compreender a forma vivencial de sujeição ao transtorno invasivo para a (re)tomada do desenvolvimento global da criança e o seu fortalecimento enquanto sujeito, a fim de que desenvolva maior autonomia e obtenha melhor qualidade de vida; • Explorar e reforçar as habilidades da criança levando ao re (conhecimento) de suas potencialidades; • Estimular funções em desenvolvimento e/ou interrompidas; • Promover a inclusão/reinclusão escolar, social e familiar; O presente método foi elaborado pela equipe do CAPSi, visando que a criança desenvolva maior autonomia e qualidade de vida e está em utilização há treze anos apresentando resultados satisfatórios para os fins de retomada de desenvolvimento e inclusão psicossocial, considerando que a porcentagem de altas por conclusão, efetivadas até o presente momento, vem se mantendo em 90% dos casos atendidos. ( segundo pesquisa de TCC/ FAUC2014. MELO, CRIZIENE). O Método Pandorga prevê ações sequenciais de investigação e tratamento da criança/adolescente com diagnóstico de TEA, e com indicação de cuidado/tratamento em CAPSi, com a possibilidade de utilização de técnicas variadas de estimulação, treino, habilitação e reabilitação de funções, potencialidades e desenvolvimento. O entendimento de se tratar sempre e, sobretudo de um ser, cuja existência contempla em si, uma abertura infinita de possibilidades, e que tal fato promove que tanto a condição de instalação da patologia seja peculiar ao indivíduo, quanto os meios para seu cuidado e tratamento, garante a este método, a utilização não de uma técnica universal para todas as crianças acometidas por TEA, mas, a possibilidade de uso daquelas que sejam indicadas a partir da demanda específica apresentada por cada criança, que é o sujeito de sua própria história. Portanto a criança/ adolescente com diagnóstico de TEA, e em tratamento no CAPSi, receberá alta do tratamento tão logo clínica e psicossocialmente apresente condições, que serão constantemente avaliadas e discutidas pelos técnicos que realizam a assistência da criança e de sua família, através do procedimento de discussão de casos, realizado semanalmente no CAPSi em sua reunião técnica ordinária, bem como através das reuniões de mini equipe realizadas diariamente após os atendimentos do período; na alta por conclusão receberá encaminhamento para acompanhamento médico psiquiátrico PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 12 ambulatorial, caso faça uso de medicação psiquiátrica, e receberá encaminhamento para acompanhamento ambulatorial de outras especialidades caso apresente necessidade, portanto conforme a demanda da criança/adolescente. Para o cuidado do adolescente com diagnóstico de transtorno de espectro autista (TEA), ou com prejuízo no desenvolvimento, decorrentes de outras categorias nosológicas de quadros psicopatológicos, serão utilizadas outras estratégias do método de atendimento contidos neste PTG, a serem definidos de acordo com as necessidades apresentadas pelo adolescente. O passo a passo deste método, está descrito nos protocolos internos do CAPSi Curumim. 9-Aniversariante do Mês - constitui atividade sistêmica de atendimento, realizada em um dia da última semana de cada mês tanto no período matutino, quanto no período vespertino, onde as crianças ou adolescentes, que fazem aniversário no mês em andamento, participam acompanhadas de dois ou mais técnicos de uma oficina de preparo de festividade/celebração, enfeitando e decorando a sala de oficinas, enquanto o(s) responsável(eis) das crianças ou adolescentes aniversariantes, acompanhadas por um técnico, participam do preparo do bolo e salgados que serão servidos na festa do(s) aniversariante(s). Quando tudo está pronto, os aniversariantes junto às demais crianças/ adolescentes, pais/responsáveis, convidados e técnicos se reúnem e com base no ritual ocidental de comemoração de um aniversário, constrói-se uma proposta terapêutica respeitando-se à necessidade da criança/adolescente, no momento. Nesta atividade, cada aniversariante pode trazer três convidados para participarem. 10- OficinasComunitárias - constituem atividades festivas: uma no mês de julho, outra no mês de dezembro, intituladas Oficina Julina e Oficina de Natal, respectivamente, abertas à comunidade local e aos amigos e familiares dos usuários, com caráter de inclusão social, e propiciando experiência de vida comunitária com a participação de todos os técnicos, sendo, portanto, realizada em dia de sábado para viabilização da presença de todos os pais, crianças, adolescentes, familiares, amigos e técnicos; 11- Oficinas Externas - ocorrem segundo indicação técnica com finalidade terapêutica, através de passeios em locais públicos como parques, shopings, cinemas, teatros, museus e outros espaços da vida cotidiana e comunitária. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 13 12-Acompanhamento Terapêutico – acompanhamento em locais públicos, com finalidade terapêutica e de reinserção social, e como acompanhamento no treino de exercício de cidadania e outros. 13- Visitas Domiciliares - constituem atividades através das quais se podem obter melhores dados da realidade sócio familiar de cada criança/adolescente e ou adulto jovem em acompanhamento no CAPSi, podendo ainda elucidar psicodinâmicas familiares. 14- Visitas Institucionais - se dão através de visitas em escolas, ministério público, delegacias, defensorias, secretarias e toda rede de cuidados e proteção à criança e ao adolescente, também intensamente comum na atenção psicossocial. 15- Atendimentos Domiciliares - são realizados quando não são possíveis os atendimentos na unidade, por dificuldades de acesso da criança/adolescente e sua família ao serviço, em função da gravidade do quadro psicopatológico instalado, ou sempre que necessário à condução terapêutica do caso; 16-“Estar Com” - caracteriza-se por um Acompanhamento Terapêutico (AT), porém dentro da unidade. “Estar Com” a criança ou o adolescente segundo a sua peculiar condição de estar naquele momento, ou seja, uma criança ou adolescente quando submetidos a sintomas invasivos de transtornos mentais severos como alucinação, delírios, agitação psicomotora, confusão mental, desorientação tempo-espacial entre outros, acaba por apresentar significativas dificuldades para realização de atividades ou tarefas tanto em grupo quanto individualmente devendo no entanto, apesar deste quadro, e por este quadro, ser assistida dentro de um programa de AT, que constitui um acompanhamento especializado dentro e a partir de suas possibilidades individuais e momentâneas, até que consiga, à medida que alcance melhora clínica psíquica, envolver-se em atividades mais elaboradas e estruturadas. 17- Matriciamento e “CAPSiamento®”- Recorrendo ao nosso processo histórico e às necessidades implícitas para a assistência da demanda infantojuvenil, a equipe do CAPSi sempre busca ofertar um suporte técnico especializado para uma equipe interdisciplinar em saúde, assim como investe em ações e intervenções que atinjam as instituições envolvidas na atenção à criança e ao adolescente. Esta atenção exige cuidados nas esferas Familiar, Escolar, de Direitos e de saúde, sendo assim nossa proposta de amadurecer as estratégias de articulação não só junto à saúde, PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 14 mas também intersetorialmente com a rede de proteção, atenção e cuidado à infância/ adolescência e outras, através dos procedimentos clínicos adotados no PTI da criança/adolescente inserido neste serviço. Estas intervenções específicas junto à esfera da saúde, e também, ações com outras instituições, são necessárias e imprescindíveis. Na dinâmica “caso a caso”, a equipe promoverá discussões ampliadas que identifiquem os maiores prejuízos de cada criança/adolescente para que sejam criadas e executadas ações de assistência e/ ou tratamento. O objetivo dessas ações será ofertar um suporte técnico especializado à(s) instituição(os) da(s) qual(is) a criança/adolescente apresente maior(ES) demanda(s) em função de seus prejuízos, a fim de ampliar o campo de atuação desta(s) e qualificar suas ações em saúde mental infanto-juvenil. A esse conjunto de ações, a equipe técnica nomeou “CAPSiamento.”. O Matriciamento, enquanto intervenções especificas para a Saúde, é realizado junto às USF, Centros de Saúde, Ambulatórios de Saúde Mental das Policlínicas e Centro de Especialidades, UPAs e outras, através da mesma dinâmica utilizada para a realização do “CAPSiamento.”, e conforme a região da criança/adolescente usuária deste CAPSi uma vez que está referenciado pra uma população de mais de 500 mil habitantes. Esta atribuição deverá proporcionar a retaguarda especializada da assistência, assim como um suporte técnico-pedagógico, um vínculo interpessoal e o apoio institucional no processo de construção coletiva de projetos terapêuticos junto à população, podendo os parceiros participar ativamente do projeto terapêutico num processo de trabalho interdisciplinar por natureza, com práticas que envolvam intercâmbio e construção do conhecimento. 18- Formação Técnica Continuada - atividade de estudo interno realizado por e entre os próprios técnicos do CAPSi, com a possibilidade de participação de instrutor externo convidado e voluntário, todas as sextas feiras, no horário da reunião ordinária de equipe de acordo com a demanda identificada pela própria equipe. 19-Treinamento ou Capacitação Interna da Equipe Técnica - realizado anualmente na semana que antecede o carnaval, onde se procede a revisão do Projeto Terapêutico Global praticado no último ano de exercício, por toda a equipe técnica, onde também ocorre a abordagem de conteúdos teóricos devidamente planejados e conectados com a demanda da equipe, capitaneada através da clientela em atendimento. Este trabalho de abordagem teórica também é produzido pelos próprios técnicos do CAPSi. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 15 20- Intersetorialidade Ativa - consiste em realizar demanda e enfrentamento de morosidade no atendimento desta, junto à rede instituída e à rede porvir, na atenção e cuidado da criança e do adolescente da capital do estado de Mato Grosso bem como do próprio Estado, através de ações elencadas pela equipe e atualizadas semanalmente conforme a própria demanda dos usuários do CAPSi. 21- Grupo Multidisciplinar de Acompanhamento de Estáveis ( GRUMAE) - consiste em realizar atendimento de usuário e um de seus responsáveis, em modo operativo para acompanhamento terapêutico de pacientes estáveis, com indicação para atendimento ambulatorial, e que porem na falta deste entrará em risco de reagudização severa, com somatória de prejuízos que podem se tornar permanentes. Realizado por dois ou três técnicos da áreas de psiquiatria, psicologia e enfermagem, mensalmente no CAPSi. Profissionais/Responsabilidades O quadro de servidores é composto por membros efetivos e contratados, sob gestão direta do CIAPS Adauto Botelho/SES-MT e, portanto, sujeito a alterações a quaisquer momentos. Na elaboração do Projeto Terapêutico Global definimos as atribuições dos profissionais: 1. Médico Psiquiatra Infantil: • Realiza consultas e solicitação de exames ou quaisquer outros procedimentos médicos necessários; • Realiza avaliações psiquiátricas; • Atende sob agendamento máximo de seis pacientes por período, com possibilidade de ampliação para oito atendimentos em função de encaixes de urgência, reavaliação e/o u manutenção de medicação; • Procede solicitação de internação hospitalar; • Participa da discussão dos casos e estratégias clínicas indicadas para cada usuário; • Presta apoio e orientação à família e/ou usuário; • Participa das reuniões de equipe e mini-equipe; • Realiza atividades de matriciamento. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 16 • Realizacapacitação de equipe enquanto docente 2. Psicólogo: • Realiza acolhimento; • Realiza terapias específicas; • Faz aplicação de testes psicológicos; • Faz anamnese; • Realiza consultas individuais de avaliação ou psicoterapia; • Faz condução de grupos, grupos terapêuticos, grupos operativos, oficinas, grupos de família e outros; • É técnico de apoio para atividades em grupo; • Promove contato e integração com a rede de proteção e atenção à criança e adolescente, em situações individuais ou de grupos (matriciamento e CAPSiamento); • Participa de reuniões de equipe e mini-equipe; • Participa da discussão dos casos e estratégias clínicas indicadas para cada usuário; • Presta apoio e orientação à família e/ou usuário; • Faz acompanhamento terapêutico (AT) e “Estar Com”; • Realiza visitas domiciliares e institucionais; • Realiza atendimento domiciliar; • Realiza capacitação de equipe enquanto docente 3. Assistente Social: • Realiza acolhimento; • Realiza consultas individuais ou com familiares/ responsáveis; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 17 • Realiza anamnese; • Realiza avaliação do contexto sócio-familiar; • Faz condução de grupos, grupos terapêuticos, grupos operativos, oficinas, grupos de família e outros; •É técnico de apoio para atividades em grupos; • Promove contato e integração com a rede de proteção e atenção à criança e adolescente, em situações individuais ou de grupos (matriciamento e CAPSiamento); • Participa de reuniões de equipe e mini-equipe; • Participa da discussão dos casos e estratégias clínicas indicadas para cada usuário; • Presta apoio e orientação à família e/ou usuário; • Faz acompanhamento terapêutico (AT) e “Estar Com”; • Realiza visitas domiciliares e institucionais; • Realiza atendimento domiciliar; • Realiza levantamento dos recursos da rede de atenção à criança e adolescente; • Realiza capacitação de equipe enquanto docente 4. Enfermeiro: • Realiza acolhimento; • Realiza pré e pós consulta médica; • Faz administração e orientação sobre medicamentos; • Faz manutenção e atualização da planilha sobre a quantidade e qualidade da medicação utilizada pelo usuário; • Faz consultas individuais ou com familiares/ responsáveis; • Faz anamnese; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 18 • Faz condução de grupos, grupos terapêuticos, grupos operativos, oficinas, grupos de família e outros; • É técnico de apoio para atividades em grupos; • Promove contato e integração com a rede de proteção e atenção à criança e adolescente, em situações individuais ou de grupos (matriciamento e CAPSiamento); • Participa de reuniões de equipe e mini-equipe; • Participa da discussão dos casos e estratégias clínicas indicadas para cada usuário; • Presta apoio e orientação à família e/ou usuário; • Faz acompanhamento terapêutico (AT) e “Estar Com”; • Realiza visitas domiciliares e institucionais; • Realiza atendimento domiciliar; • Realiza capacitação de equipe enquanto docente 5. Fonoaudiólogo: • Realiza acolhimento; • Realiza terapias específicas; • Realiza consultas individuais ou com familiares/ responsáveis; • Faz anamnese; • Faz condução de grupos, grupos terapêuticos, grupos operativos, oficinas, grupos de família e outros; • É técnico de apoio para atividades em grupos; • Promove contato e integração com a rede de proteção e atenção à criança e adolescente, em situações individuais ou de grupos (matriciamento e CAPSiamento); • Participa de reuniões de equipe e mini-equipe; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 19 • Participa da discussão dos casos e estratégias clínicas indicadas para cada usuário; • Presta apoio e orientação à família e/ou usuário; • Faz acompanhamento terapêutico (AT) e “Estar Com”; • Realiza visitas domiciliares e institucionais; • Realiza atendimento domiciliar; • Realiza capacitação de equipe enquanto docente 6. Terapeuta Ocupacional • Realiza acolhimento; • Realiza terapias específicas; • Faz consultas individuais ou com familiares/ responsáveis; • Faz anamnese; • Faz condução de grupos, grupos terapêuticos, grupos operativos, oficinas, grupos de família e outros; • É técnico de apoio para atividades em grupos; • Promove contato e integração com a rede de proteção e atenção à criança e adolescente, em situações individuais ou de grupos (matriciamento e CAPSiamento); • Participa de reuniões de equipe e mini-equipe; • Participa da discussão dos casos e estratégias clínicas indicadas para cada usuário; • Presta apoio e orientação à família e/ou usuário; • Faz acompanhamento terapêutico (AT) e “Estar Com”; • Realiza visitas domiciliares e institucionais; • Realiza atendimento domiciliar; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 20 • Realiza capacitação de equipe enquanto docente. 7- Médico Clínico Geral. • Realiza acolhimento. • Realiza consultas médicas em clínica geral. • Solicita e analisa exames médicos e laboratoriais. • Realiza consultas individuais ou com familiares/ responsáveis; • Faz condução de grupos, grupos terapêuticos, grupos operativos, oficinas, grupos de família e outros; • É técnico de apoio para atividades em grupos; • Promove contato e integração com a rede de proteção e atenção à criança e adolescente, em situações individuais ou de grupos (matriciamento e CAPSiamento); • Participa de reuniões de equipe e mini-equipe; • Participa da discussão dos casos e estratégias clínicas indicadas para cada usuário; • Realiza apoio e orientação à família e/ou usuário; •Faz acompanhamento terapêutico (AT) e “Estar Com”; • Realiza visitas domiciliares e institucionais; • Realiza atendimento domiciliar; • Realiza capacitação de equipe enquanto docente 8. Técnico em Enfermagem: • Realiza pré e pós consulta médica; • Faz administração e orientação sobre medicamentos; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 21 • É técnico de apoio para atividades em grupos: grupos terapêuticos, grupos operativos, oficinas, grupos de família e outros; • Promove contato e integração com a rede de proteção e atenção à criança e adolescente, em situações individuais ou de grupos (matriciamento e CAPSiamento); • Participa de reuniões de equipe e mini-equipe; • Participa da discussão dos casos e estratégias clínicas indicadas para cada usuário; • Presta apoio e orientação à família e/ou usuário; • Faz acompanhamento terapêutico (AT) e “Estar Com”; • Realiza visitas domiciliares e institucionais; • É responsável pelos pedidos, encaminhamentos e demais procedimentos necessários para quando forem solicitados exames; 9. Técnico Administrativo: 9.1. Recepção: • Realiza a obtenção e atualização de dados imprescindíveis para inserção e permanência do usuário no serviço; • Promove contato com familiares e a rede de proteção e atenção à criança e adolescente; • Participa de reuniões de equipe e mini-equipe; • É responsável pela manutenção e alimentação de dados de planilha de atendimento diário bem como seu arquivamento; • É responsável pelo arquivamento de prontuários; •É responsável por comunicar a equipe suas observações e impressões a respeito das crianças/adolescentes e seus familiares/ responsáveis enquanto aguardam atendimento na recepção. • É responsável pelo registro das Altas no livro de Altas da recepção. • Participa de reuniões de equipe; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 22 9.2 Faturamento: • É responsável pela manutenção da alimentação de dados de caracterização de clientela para registro no sistema de dados estatísticos; • É responsável pelo lançamentoda produção da unidade no sistema RAAS -BPA/SIASUS; • Confecção do Cartão Nacional do SUS; 9.3 Recursos Humanos e Demandas Gerais: • Faz manutenção e adequação e organização do setor administrativo documental; • É responsável pelo acompanhamento da vida funcional do servidor e envio ao RH do CIAPS AB de documentos como frequência, férias, licenças e outros processos funcionais. • Solicita inclusão e exclusão e alteração de servidores no CNEs, junto ao Escritório Regional da Baixada Cuiabana; • Digita ofícios, memorandos e outros documentos; • Arquivamento diário e anual de diversos documentos; • É responsável pela reposição de materiais de escritório e papelaria gráfica utilizados no CAPSi; • É responsável pela contagem mensal de refeições consumidas para relatório a ser enviado à empresa de nutrição do CIAPS; 10. Motorista: • Realiza o transporte de crianças e adolescentes acompanhados de um técnico ou de ao menos um familiar responsável, para qualquer lugar definido e determinado pela equipe técnica e segundo a autorização desta; •Alimenta planilha de utilização do carro; • Realiza o transporte dos técnicos para a realização de intervenções domiciliares, visitas de articulação intersetorial e outras necessidades; • Apoio às necessidades logísticas que demandam transporte; 11. Auxiliar de Serviços Gerais: PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 23 • Realiza a limpeza dos espaços físicos; • Organiza a mobília a pós-utilização nos atendimentos; • Recolhe o lixo e o dispensa para coleta pública. • É vinculado ao serviço através de empresa terceirizada, porém passa por treinamento interno e orientações acerca do convívio do mesmo com as famílias, crianças e adolescentes, usuários da casa. 12. Auxiliar de Cozinha: • Responsável pelo preparo dos lanches ofertados nos horários dos atendimentos; • Responsável pela solicitação de refeições de almoço, para técnicos, crianças, adolescentes e familiares que tenham demanda para almoçar no CAPSi, segundo critérios de cuidado, proteção e terapêutica; Responsável pela limpeza do espaço físico da cozinha e seus utensílios. • É vinculado ao serviço através de empresa terceirizada, porém passa por treinamento interno e orientações acerca do convívio do mesmo com as famílias, crianças e adolescentes, usuários da casa. 13. Vigilante • Responsável pela vigilância patrimonial dos ambientes internos e externos do CAPSi: 24h/ dia de segunda a domingo; • É vinculado ao serviço através empresa terceirizada, porém passa por treinamento interno e orientações acerca do convívio do mesmo com as famílias, crianças e adolescentes, usuários da casa. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 24 14. Estagiários: A presença de estagiários é valorizada pelo serviço e pela sua equipe, mas somente após o cumprimento de todas as normas estabelecidas pelo CAPSi Curumim com anuência do CIAPS Adauto Botelho. Devidamente direcionado ao CAPSi, o estagiário será acolhido pela equipe de determinado período e serão construídas suas responsabilidades e atribuições em acordo com a sua graduação e com o demandante da entidade formadora. A partir da definição do horário de estágio no CAPSi será definido junto a equipe do período quem será o técnico responsável pelo seu acompanhamento no serviço. Todo estagiário deve conhecer o PTG do CAPSi. O estagiário será instruído pelos componentes da equipe multidisciplinar do CPASi, e não apenas pelo profissional de sua área específica. Protocolos da Unidade: Normas e Rotinas Gerais 1. Aos sábados, domingos e feriados, só poderá entrar na unidade quem possuir autorização, por escrito, do Responsável Técnico pela unidade. Só poderá permanecer na unidade após as 19:00 horas técnicos em serviço de assistência. 2. Não é permitido que familiares/responsáveis recebam café, salvo como procedimento terapêutico; 3. Todas as crianças, adolescentes e familiares que estiverem no serviço poderão receber lanche e/ou refeição a qualquer momento que a equipe julgar necessário; 4. No dia da consulta médica os pais são os responsáveis pelo cuidado do usuário no ambiente do CAPSi; 5. Em dias de consultas médicas há de se oferecer lanche aos usuários e seus responsáveis, em atividade de " oficina do lanche"; 6. O lanche dos usuários inseridos em tratamento é uma atividade terapêutica, sua dinâmica é definida pelos técnicos responsáveis; 7. O usuário não poderá fazer ligações telefônicas, salvo se for uma conduta terapêutica; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 25 8. O usuário poderá usar e circular pela casa toda, principalmente em casos de assistência intensiva, e poderá usar o banheiro dos funcionários para tomar banho; 9. O usuário só poderá usar o computador com a presença de um técnico; 10. Ambos os números de telefone 3661-7226/6677 poderão ser divulgado para os usuários/familiares; 11. Serão aceitas ligações a cobrar no número 3661-7226 e no 3661-6677. 12. A TV e demais equipamentos eletrônicos são para uso terapêutico; 13. É proibido fotografar ou filmar as instalações, tanto os técnicos quanto os pacientes e seus responsáveis usuários do serviço. Exceto aos técnicos que registrarão as atividades através de imagens para fins específicos do serviço. Manter na recepção cartaz com a informação: proibido fotografar/filmar crianças no ambiente do CAPSi. Ao entrar para atendimento silenciar o celular. 14. Dias e horários de funcionamento: de segunda a sexta-feira das 7:00h às 18:00h ininterrupto, para usuários e de funcionamento interno das 6:00 as 19:00hs. Normas e Rotinas da Recepção/Acolhimento 1. O serviço trabalha com o sistema de agendamento prévio de usuários para demandas não graves. 2. Os agendamentos serão feitos de acordo com as vagas existentes na data mais próxima daquela que partiu a solicitação, preferencialmente no contra turno do horário escolar do usuário; 3. Em casos de solicitações de agendamento para usuários do interior do estado, a recepção deverá encaminhar a ligação para um dos membros da equipe técnica de acolhimento/articulação, para orientação e esclarecimento da prática e dinâmica do serviço. 4. Usuários com procedência do município de Várzea Grande deverão ser orientados a procurar pelo CAPSi do próprio município. 5. Todos os usuários do município de Cuiabá devem ter prontuários abertos, contendo: ficha de cadastro/identificação e ficha de acolhimento preenchida; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 26 6. O prontuário deve conter cópias dos documentos pessoais, cartão de vacina da criança/adolescente, comprovante de endereço, o número do cadastro nacional do SUS, CPF do responsável, data de acolhimento; 7. Casos de reacolhimento serão inseridos em modo documental e protocolar de acolhimento para nova escuta e possível inserção, porém será mantido o mesmo prontuário e número de registro; 8. Tratando-se ainda de reacolhimento, nova ficha de acolhimento deverá ser preenchida para atualização de dados e deverá constar na sequência do prontuário; 9. Para o usuário que não tiver o cartão do SUS, este será providenciado pelo técnico administrativo, no próprio CAPSi; 10. O livro de Cadastro dos Prontuários deve ser atualizado quanto ao registro de dados com definição numérica ordinal, nome, data, período, sexo, técnico que realizou o acolhimento, e técnico administrativo da recepção; 11. A ficha de cadastro de usuário deverá ser preenchida a cada novo acolhimento e devidamente arquivada em ordem alfabética. Para os casos de reacolhimento os dados da ficha de cadastro do usuário deverão ser atualizados; 12. A presença do usuário e/ou responsável ao CAPSi para atendimentos deverá obrigatoriamenteser registrada em formulário próprio da recepção (planilha de movimento); 13. A caixa de recados/comunicação entre equipes deverá ser supervisionada diariamente; 14. Ao atender qualquer solicitação vinda da equipe técnica, o técnico administrativo deverá evoluir os encaminhamentos dados, decorrentes desta solicitação. 15. Ao atender qualquer solicitação vinda do usuário/responsável, acolher, evoluir em prontuário e orientar que receberá resposta após discussão com a equipe técnica responsável; 16. Fornecer e orientar sobre o uso e importância do cartão de agendamento para: agendar consultas, atividades, eventos, oficinas, e outros, para facilitar a localização do prontuário do usuário. 17. Os documentos endereçados ao CAPSi que chegarem até a recepção deverão ser datados, carimbados, assinados e repassados ao responsável técnico da unidade. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 27 Normas e Rotinas da Administração 1. Os ofícios e memorandos elaborados diretamente para a condução do tratamento do usuário deverão receber numeração e registro em livros de registros de documentos. Estes deverão ser enviados em 3 (três) vias: uma que será enviada, uma cópia que ficará arquivada em pasta especificada administração e a terceira que será colocada no prontuário do mesmo; 2. Ofícios e memorandos que digam respeito ao funcionamento ou manutenção da unidade serão registrados e emitidos em duas vias. A cópia ficará arquivada em pasta específica da administração; 3. Fixar e manter na administração um painel com informações e prazos de vencimentos das RAAS. Este deverá ser atualizado pela equipe em função de novos usuários que foram inseridos; 4. Os relatórios mensais das RAA S, B PA e caracterização da unidade serão enviados à SES/MT até o dia 10 do mês subsequente. Normas e Rotinas da Equipe Técnica 1. O acolhimento será realizado individualmente, de segunda à sexta feira pela equipe técnica escalada no decorrer da semana. 2. Para todo usuário que retornar ao serviço para nova escuta (após atendimento inicial) deverá ser aberto laudo para emissão de RAAS, inclusive caso de readmissão, que ocorrerá através de discussão de equipe par a apresentação da criança/ adolescente em seu quadro psicossocial atual; 3. A cada caso admitido será realizada anamnese simplificada com a presença dos pais ou familiares da história do usuário; 4. A anamnese estruturada será realizada após o acolhimento o mais breve possível, necessariamente para toda criança inserida em tratamento no CAPSi. 5. Definida a permanência para tratamento e após a elaboração do PTI, o usuário terá um técnico de referência no período e equipe que o assiste; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 28 6. O técnico de referência é definido por critérios elaborados dentro do funcionamento de cada equipe, levando-se em conta inclusive o fenômeno de empatia da criança/adolescente por algum técnico; 7. A equipe de referência é co-responsável por contatos com outras instituições e serviços, agendamento, assiduidade ao tratamento, discussão e definição do Projeto Terapêutico Individual – PTI; 8. Todo prontuário deve conter o PTI, que deverá ser realizado preferencialmente em conjunto equipe/usuário e familiar responsável, com os procedimentos indicado s pela equipe e a movimentação em suas evoluções e condução do tratamento atualizado; 9. Havendo uma proposta de PTI, o técnico agendará consulta para apresentação deste, através de devolutiva do caso para o usuário e seu responsável; 10. A admissão do usuário implicará na inserção de seu responsável/família nas atividades oferecidas pelo serviço, respeitando o caráter subjetivo e particular previamente discutido na equipe e com os próprios interessados; 11. Todas as sextas-feiras serão realizadas reuniões de equipe técnica, no período matutino, com registro em ata e participação obrigatória de todos os técnicos; 12. Todos os dados referentes a atendimentos do usuário, de familiares, responsáveis, escola ou outro representante, devem ser registrados em prontuário; 13. Todas as anotações do prontuário devem ser assinadas e carimbadas; 14. Toda interrupção de atendimento deve ser registrada em prontuário e conter: data, motivo da interrupção (alta por conclusão, intercorrência, encaminhamento, abandono, e outros), observação sucinta sobre as condições de saída do usuário e deve ser informada à recepção para registro no livro de alta; 15. Os RAAS somente poderão ser abertos após prosseguimento ao acolhimento inicial, havendo hipótese diagnóstica; 16. Em caso de encaminhamento externo, a qualquer momento após a abertura do prontuário, este será preenchido em duas vias. A primeira será entregue ao responsável e a segunda anexada ao prontuário com a assinatura do responsável; PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 29 17. No caso do responsável solicitar alta do tratamento, sem indicação e concordância da equipe, o mesmo assinará o prontuário com a evolução do pedido de alta efetivando-se Alta à Pedido; 18. O usuário que vier com encaminhamento de outro serviço e não for inserido nesta unidade, terá o formulário de encaminhamento preenchido em seu campo de retorno, com especificações sobre a avaliação; 19. Em caso de permanência em período integral do usuário na unidade, a equipe de referência será responsável por passar informações sobre as condutas e discussões adotadas entre as miniequipes; 20. A equipe de referência é o responsável de comunicar a equipe do outro período caso alguma norma/regra seja alterada, assim como evoluir as mudanças em prontuário e colocar o mesmo na caixa amarela, em destaque. Qualquer regra só poderá ser alterada por fundamentação técnica ou teórica; 21. Serão realizadas duas oficinas sociais abertas para a comunidade: Oficina Julina (16/07/16) e Oficina de Natal (03/07/16), havendo um livro de registros dos mesmos; 22. Será realizada a comemoração da Semana da Criança de 03 a 07/10/2016, com atividades programadas e direcionadas apenas aos usuários em tratamento; 23. Os passeios são considerados recursos para os grupos e oficinas externas. Fica estabelecido um mínimo de dois passeios por ano; 24. Em cada mês haverá uma comemoração de aniversário; envolvendo os aniversariantes daquele mês e, preservando a relação de vínculo, serão realizadas nos períodos em que os mesmos são assistidos ou permanecem em tratamento, através da atividade de oficina terapêutica “Aniversariantes do mês” e sua metodologia, havendo para tanto um livro de registros dos mesmos; 25. Considerando festivas e datas sociais, os temas serão introduzidos e trabalhados, junto aos usuários e familiares, como forma de organização e localização sócio-temporal, exercício cidadão, além de aspectos subjetivos das relações implicadas nos temas. Ressaltamos que toda a equipe, deste serviço, tem ciência e concorda que as mudanças deste projeto poderão ocorrer a qualquer momento que se fizerem necessárias, após discussão responsável e comprometida. PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 30 26-Todo caso de identificação ou suspeita de violência contra a criança ou adolescente, será informado intra-equipe, e necessariamente informado à vigilância sanitária do município de Cuiabá em formulário específico para este fim, bem como será a mãe ou responsável formal pela criança informada sobre a notificação obrigatória. Relação Semanal de Atividades (base): atualizada regularmente e exposta na recepção do CAPSi. 3130 As atividades elencadas são mencionadas como base, pois podem sofrer alterações de datas e horários conforme necessidade da assistência prestada e da formação de novos grupos ou atividades. As atividades em andamento ficam expostasno painel de recepção do CAPSi, e são elaboradas e atualizadas pela equipe de referência do período de execução, com apresentação em reunião de equipe para ciência de todos. O presente PTG será revisto e avaliado na semana de 01 a 05 de fevereiro de 2016, como norma técnica deste CAPSi. Cuiabá, 25 de fevereiro de 2015. EQUIPE TÉCNICA DO CAPSi Servidores do SUS Responsável Técnica: Luciana Gomes de Souza- Psicóloga Equipe Técnica: Adriana Guirado Rao – Psicóloga Alessandra Lourdes - Fonoaudióloga Aline P. Neto Quintal – Psiquiatra. Celi Bernardes de R. Valença – Assistente Social Ceres Ana R S Emídio – Assistente Administrativo Genise M. Ribeiro – Técnica em Enfermagem Ísis Batista Alves Correia – Auxiliar de Enfermagem PROJETO TERAPÊUTICO GLOBAL 2016 - CAPSi CURUMIM 31 Janaína Ribeiro Bruno N. Borges – Psicóloga Lúcia Nilza dos Santol - Enfermeira Luciane Maria Cassini – Técnica em Enfermagem Maria Auxiliadora Couto Oliveira – Fonoaudióloga Márcia Ferreira de Campos – Enfermeira Márcia Silva de A. Souza - Técnica em Enfermagem Marisa Cristina A. Neguishi - Fonoaudióloga Neuza Alves dos Santos – Apoio Administrativo Pamela Gonçalves Alves – Terapeuta Ocupacional Patrícia Carvalho P. Oliveira – Assistente Social Renata Simões Picerne – Terapeuta Ocupacional Rita Meurer Victor – Psicóloga Sandro Camargo da Silva – Apoio Administrativo Solange F. Moreira Lopes – Terapeuta Ocupacional Tammy B. de G. Ferraz – Técnica em Enfermagem Weslan Vilela da Silva – Motorista Equipe de Apoio Iraci dos Reis Borges: auxiliar de serviços gerais Maria Adélia de Campos: auxiliar de cozinha Rotativos: vigilante diurno e noturno