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REVISÃO IESC III

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REVISÃO IESC N1
JOSÉ PAULO DOURADO
TIPOS DE FAMÍLIAS
• A família é o primeiro grupo no qual o indivíduo é inserido. É
interdependente, ou seja, os relacionamentos estabelecidos entre os
familiares influenciam uns aos outros e toda mudança
• A família ajuda a definir o comportamento do doente e da doença, através
de apoio, flexibilidade, paciência e cuidado.
• Conhecer a estrutura da família, sua composição, funções, papéis e como
os membros se organizam e interagem entre si e com o ambiente é vital
para o planejamento do cuidado. Podemos assim facilitar medidas
prevenFvas e auxiliar as famílias nas suas necessidades de comunicação.
• As ferramentas de abordagem familiar devem ter por finalidade a
representação gráfica da estrutura familiar e a abordagem diagnósFca,
sendo aplicadas segundo as necessidades apresentadas pelas famílias.
CLASSIFICAÇÃO
• NUCLEAR
• EXTENSIVA
• UNITÁRIA
• MONOPARENTAL
• HOMOAFETIVA
• RECONSTITUÍDA
• INSTITUIÇÃO
• EM CONSTITUIÇÃO FUNCIONAL
SE LIGA!
• A médica da equipe de Saúde da Fami ́lia de uma 
Unidade localizada na zona urbana, acompanhou a 
agente comunitáriade saúde em uma visita domiciliar 
a um idoso acamado com sequelas de AVC. Durante a 
visita, a médica percebeu quea necessidade de 
cuidado na ̃o era apenas do idoso acamado, mas de 
toda sua fami ́lia. Residiam em uma casa com 4 
co ̂modos pequenos a esposa do idoso, 4 filhos e 3 
netos. A médica retornou para a Unidade, 
compartilhou o contextodaquela fami ́lia e agendaram 
uma reunião para construção de Projeto Terapêutico 
Singular (PTS). 
• Considerando os principais tipos de organizaço ̃es 
familiares, é correto afirmar que a fami ́lia visitada 
pode ser identificada como uma: 
SE LIGA!
• Um médico de família constata, em uma visita domiciliar a um paciente
cardiopata, que este é divorciado e casou-se novamente. Da primeira união, teve
3 filhos que moram com a mãe. Do novo casamento, teve mais dois filhos que não
se relacionam com os demais irmãos paternos.
• Frente ao exposto, no tocante à tipologia familiar, assinale qual das alternativas
abaixo essa família se enquadra.
FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR
GENOGRAMA ECOMAPA PRACTICE
CICLO DE 
VIDA FIRO APGAR
GENOGRAMA
• O genograma identifica a estrutura da família e seu
padrão de relação, nos ajuda a demonstrar
esquematicamente problemas biomédicos,
genéticos, comportamentais e sociais que
envolvem a família estudada.
• É um método indicado para avaliação de risco,
prevenção, problemas diferenciados e avaliação do
problema familiar.
• O instrumento, também pode ser usado como fator
educativo, permitindo ao paciente e sua família ter
a noção das repetições dos processos que vem
ocorrendo e em como estes se repetem. Isto facilita
o “insight” necessário para acompanhar a proposta
terapêutica a ser desenvolvida
• É preciso observar regras básicas na construção do genograma, como: 
• UFlizar simbologia padrão, uFlizando símbolos e siglas.
• Representar pelo menos três gerações.
• Iniciar com a representação do casal e seus filhos. 
• Indicar o ciclo vital da família.
• Representar as relações familiares.
• Indicar os fatores estressores, como doenças e condições.
• Obedecer à cronologia de idade − dos mais velhos para os mais novos. 
ECOMAPA
• O ecomapa é um diagrama das relações 
entre a família e a comunidade e ajuda a 
avaliar os apoios e suportes disponíveis e 
sua utilização pela família. 
• Deve ser utilizado principalmente quando 
uma família que tem poucas conexões com 
a comunidade e entre seus membros 
necessita maior investimento da equipe 
para melhorar seu bem estar. 
CICLO DE VIDA
• A ferramenta Ciclo de Vida da família é um esquema de
classificação das etapas que demarcam uma seqüência
previsível de mudanças na organização familiar ao longo
do tempo. Entre as suas funções temos:
• IdenCficação das tarefas e funções dos sub-sistemas
(conjugal, parental e fraternal)
• IdenCficação dos modelos de comunicação
• IdenCficação potencialidades e dificuldades da família
• Facilitação do levantamento de hipóteses e
planejamento da intervenção
• Aconselhamento antecipatório em relação a um
estresse previsível em uma das fases do ciclo.
FIRO
• O modelo Firo foi originalmente desenvolvido para a realização de estudos de grupos inseridos em sistemas sociais e,
posteriormente, foi adaptado para estudos de famílias, em especial na terapia de família.
• O FIRO propõe a caracterização de grupos e famílias nas dimensões Inclusão, Controle e Intimidade, a partir da sigla:
• FUNDAMENTAL
• INTERPESSOAL
• RELATION
• ORIENTATION
• De forma geral, as Interações na família podem ser categorizados nas dimensões de INCLUSÃO, CONTROLE e INTIMIDADE.
• Inclusão (quem está dentro e quem está fora);
• Controle (quem controla e quem é controlado);
• Intimidade (quanto sentimento é compartilhado, quem está próximo e quem está distante).
PRACTICE
• O PRACTICE é ferramenta que pode
auxiliar na atenção ao indivíduo e sua
família e deve ser uHlizado em
situações mais complexas para resolver
algum problema que a família
apresenta.
• Deve ser aplicado em reuniões
familiares, sendo que o profissional tem
que ter a clareza de que só uma
entrevista familiar será insuficiente para
se construir com a família soluções para
resolução do problema apresentado.
APGAR
• O APGAR é um instrumento que avalia a satisfação de cada 
membro da família, e os diferentes escores devem ser 
comparados para se avaliar o estado funcional desta. 
• É feito através de um questionário simples formado por 
cinco perguntas que sintetizam aspectos das relações da 
família, por isto o acróstico inglês: 
O escore é ob*do através das respostas, as quais têm a seguinte pontuação: 2 pontos para "Quase sempre", 1 ponto para "Às vezes", e 0 para "Raramente". Os pontos para cada uma das cinco 
questões são totalizados. O resultado de 7 a 10 sugere uma família altamente funcional. O resultado de 4 a 6 sugere uma família moderadamente disfuncional. O resultado de 0 a 3 sugere uma 
família severamente disfuncional.
SE LIGA!
• As ferramentas de abordagem familiar são importantes tecnologias relacionais 
que promovem a compreensão em profundidade do funcionamento do indivi ́duo e 
de suas relaço ̃es com fami ́lia e comunidade. Considerando a magnitudedessas 
ferramentas, uma equipe escolheu uma ferramenta para aplicar no caso de uma 
paciente. O objetivo da equipeera compreender a estrutura relacional 
intrafamiliar e a relação com o meio que a cerca, conhecendo melhor os 
suportes dessa fami ́lia: trabalho, igreja, grupos comunitários, clubes, vizinhança 
e outros. 
• Considerando o contexto relatado, a ferramenta de abordagem familiar que 
melhor atende ao objetivo da fami ́lia é: 
SE LIGA!
• O genograma e ́ um retrato gráfico da
histo ́ria e do padrão familiar que identifica a
estrutura básica, o funcionamento e os
relacionamentos da fami ́lia e, assim,
evidenciam estressores, constituindo um
mapa relacional do paciente e sua fami ́lia
(MUNIZ, J. R.; EISENSTEIN, E. 2009). Esse
retrato gráfico e ́ criado atrave ́s de si ́mbolos
que carregam significados abrangentes em
vários aspectos, como estado de sau ́de,
relaço ̃es familiares, relaço ̃es emocionais e
questo ̃es me ́dicas.
• Considerando as informaço ̃es apresentadas e
o genograma a seguir, assinale a alternativa
correta.
MÉTODO CLÍNICO 
CENTRADO NA 
PESSOA
1.EXPLORANDO A SAÚDE, A DOENÇA E A EXPERIÊNCIA DA DOENÇA
• Existe aqui uma discussão sobre a diferença entre os conceitos de “disease” e “illlness”.
O primeiro termo em tradução literal significa doença, e refere-se às alterações
patológicas observadas no paciente, atribuindo, ao seu quadro clínico, uma definição
mais técnica. O segundo termo também possui o significado de doença, mas se entende
como a vivência do adoecer do indivíduo de forma subjetiva e particular.
• É nesse momento que o profissional de saúde deve estar atento a todos os sinais que o
paciente apresenta na hora do seu atendimento.Não só as técnicas convencionais como
anamnese, exame físico e complementar, mas fatores coadjuvantes como linguagem
corporal e verbal, história de processos de adoecimentos anteriores, sentimentos e
expectativas em relação ao que se passa agora. Eles podem nos dizer muito mais a
respeito da situação que o diagnóstico clínico.
• ENTENDENDO A PESSOA COMO UM TODO – O indivíduo, a
família e contexto
• Nesse ponto, avalia-se a compreensão da história de vida do
indivíduo, as particularidades de sua vivência que o fizeram se
tornar a pessoa que está ali na sua frente. Assim, nos casos
em que há dúvidas sobre a doença investigada, deve-se avaliar
o ciclo de vida, a estrutura familiar, e a rede existente entre ele,
sua família e a comunidade. Não é um processo feito em
apenas um atendimento, mas sim com um acompanhamento
contínuo.
• ELABORAR UM PLANO EM CONJUNTO PARAMANEJO DOS PROBLEMAS
• Deve haver a criação de um plano entre o médico e o paciente para resolução do problema. Ele deve ser montado
abordando: a definição do problema da pessoa; o estabelecimento de metas para o tratamento e condução do seu
quadro e identificar os papéis que cada um deve ocupar nesse processo.
• Tal plano deve ser de comum acordo em todas as suas etapas. Para isso, o profissional deve tirar todas as dúvidas,
usar uma linguagem acessível, avaliar discordâncias e dificuldades que possa haver e entender tais pontos, a fim de
que as metas sejam adaptadas e resolutivas.
• Essa etapa ajuda para que o paciente se torne mais ativo em relação ao seu cuidado em saúde, estimulando-o a
adquirir essa autonomia. Em alguns casos, isso pode não ocorrer de início, assim, o médico deve orientá-lo a como
começar, ou também o próprio paciente pode estar muito debilitado, o que exige um suporte maior.
• É importante que só o tempo e o acompanhamento irão mostrar se as metas e o tratamento serão efetivos ou não. Se
necessário, ajustes e mudanças de estratégias devem ser feitas para que se alcance a cura.
• INTENSIFICANDO A RELAÇÃO ENTRE A PESSOA E O MÉDICO
• O objetivo do profissional é ajudar seu paciente, enxergando-o em toda sua complexidade como indivíduo. Assim, é
necessário que se desenvolva estratégias a fim de garantir uma relação de alta qualidade com esse, o que pode
colaborar e ser a própria terapêutica do processo de tratamento.
• O cuidado nesse caso exige do profissional: estar presente, conversar, sensibilidade, agir no melhor interesse do
outro, sentimento, ação e reciprocidade. Tais ferramentas se mostram essenciais para construir essa relação de
qualidade, porém, algumas situações com pacientes podem levá-lo a ter desgastes que pode afetar sua atuação no
atendimento e até a sua vida em geral. Assim, é fundamental que o médico possua autoconhecimento e consciência
de seus limites.
• Aliado a todos os componentes anteriores, é essencial ao médico saber que a sua atuação junto a uma equipe
interdisciplinar é indispensável para auxiliar no processo de abordagem do paciente e nos diversos nichos que
compõem sua vida. A interação e o trabalho entre os profissionais devem se basear em respeito e confiança a fim de
que haja uma comunicação, um planejamento e uma execução de qualidade para se alcançar os objetivos do plano
estipulado para o paciente.
SE LIGA!
• Gustavo, médico de Fami ́lia e Comunidade, durante a consulta a uma usuária da 
Unidade de Saúde, que apresentava sinais de depressão e resistência ao 
tratamento, buscou compreender durante a anamnese, os sentimentos da 
usuáriaem relação à sua situação de saúde e os problemas que a levaram até a 
Unidade. Ao final da consulta, apo ́s a anamnese e exame fi ́sico, ele dialogou com 
a paciente sobre o seu tratamento, ouvindo sua opinião em relação à conduta 
terapêutica pensada. 
• Considerando o relato, os componentes do Método Cli ́nico Centrado na Pessoa 
presentes no caso são: 
SE LIGA!
• R. V., 58 anos, sexo masculino, viúvo, vai à Unidade de Saúde da Família para
uma consulta de retorno com seu médico Dr. Abraão. Durante a consulta, o
médico o cumprimenta e pergunta sobre a incontinência urinária e sobre o
sentimento de tristeza referidas na consulta passada. R. V. desabafa sobre os
motivos que causam a tristeza, solidão e a falta de apetite. Então eles conversam
e planejam, em conjunto, o tratamento. Dr. Abraão prescreve uma medicação
para aliviar os sinais da depressão e fala da importância de uma boa alimentação
para reduzir os sintomas da doença. R. V. se compromete a tomar a medicação no
horário correto e também a se alimentar melhor. Sai da consulta confiante.
• Qual componente do método clínico centrado na pessoa Dr. Abraão utilizou na
consulta atual?
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
• O projeto terapêuCco singular (PTS) é um conjunto de condutas/ações/medidas, de caráter clínico ou não, propostas para dialogar
com as necessidades de saúde de um sujeito individual ou coleCvo, geralmente em situações mais complexas, construídas a parCr
da discussão de uma equipe mulCdisciplinar (BRASIL, 2008).
• Pelas caracterísCcas da atenção domiciliar, já comentadas neste capítulo, o PTS representa um importante disposiCvo que as
Emad/Emap devem uClizar ao se depararem com casos/situações mais complexas e de diacil resolução, caracterizadas pela
necessidade de se acionar um conjunto de recursos disponíveis na Rede de Atenção à Saúde ou fora dela, nos Centros de
Referência em Assistência Social (Cras), por exemplo.
• Importante ressaltar que a construção de um PTS, sempre que possível e necessário, deve ser realizada com a parCcipação de
membros das equipes de Atenção Básica quando o paciente em AD se encontrar em sua área de abrangência.
• Dessa forma, o projeto terapêuCco é enriquecido por informações e conhecimentos que só o acompanhamento transversal
prestado pela AB poderia fornecer, além de favorecer o cuidado parClhado entre as equipes de AD e as de AB, fortalecendo, assim,
vínculos, e não os quebrando. Desse modo, a Emad e a equipe de AB atuam conjuntamente para ajudar a entender o sujeito em
seu contexto e a definir propostas de ações.
• O esforço que envolve a elaboração e gestão de um PTS favorece os
processos de “alta para AD1”.
• Isso significa que o paciente ainda com necessidade de atenção à saúde no
domicílio e que teve seu quadro estabilizado por meio do cuidado realizado
pelas equipes de AD será acompanhado, agora, pelas equipes de Atenção
Básica: é a “alta para AD1”. A arFculação das equipes em todo o processo
que envolve o PTS facilita sobremaneira essa transição.
• O projeto terapêuFco pode ser elaborado também para grupos ou famílias
e contempla as fases de diagnósFco, definição das metas, definição das
responsabilidades e reavaliação, apresentadas no quadro abaixo de forma
esquemáFca:
SE LIGA!
• O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é uma importante ferramenta para utilização da clínica 
ampliada e, consequentemente, o cuidado humanizado. Deve ser utilizado nos serviços de saúde do 
SUS sempre que houver a necessidade.
• Considerando os principais elementos do PTS, avalie as afirmativas:
I. - O PTS envolve o diálogo e a construção coletiva de um projeto materializado em propostas de 
ação direcionadas para atenção integral à saúde de indivíduos, grupos ou famílias.
II. - O PTS busca a singularidade do cuidado, assim é direcionado para uma pessoa, a que
apresenta amaior necessidade de atenção à saúde na família adoecida.
III. - O PTS normalmente é direcionado em situações graves, sendo valorizado o vínculo dos 
profissionais com os pacientes e sua família no seguimento do cuidado em saúde.
IV. - O PTS é composto por 3 momentos, sendo eles: o diagnósto do caso, a definição de metas e a
reavaliação do paciente.
• Assinale a alternativa correta.
SE LIGA!
• M.L.F de 86 anos, feminino e sua filha M.C., 59 anos, residem em um domicilio simples, ni ́vel
socioeconômico e educacional baixo. Domicilio apresenta boas condições de higiene e 
organização. A análise de prontuário de M.L.F, indica umahipótese diagnóstica de Alzheimer, 
derrame pulmonar e acometimento de articulação do joelho. Durante aprimeira visita 
domiciliar realizada pelos acadêmicos do 3o peri ́odo, cerificou-se que a paciente deambulava 
por pequenas distâncias, porém com o decorrer da idade e a fratura em fêmur tornou-se 
restrita à sua cama conseguindoapenas se sentar com apoio da filha. Além das poliqueixas em 
prontuário, a paciente sabidamente era hipertensa e usava medicamentos como Atenolol 
(25mg), Captopril (25mg) e Hidroclorotiazida (25mg). Os acadêmicos em conjuntocom a equipe 
de saúde fa fami ́lia, construi ́ram o genograma, ecomapa e classificação da fami ́lia e realizaram 
o levantamento dos problemas. 
• Qual o próximo passo a ser cumprido pela equipe multidisciplinar na construção do Projeto 
Terapêutico Singular de M.L.F? 
SE LIGA!
• Na primeira segunda-feira do mês acontece a reunião de planejamento mensal da
equipe da USF Jardim Nascente Norte. Neste mês, a enfermeira Cândida propôs a
construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS) para Julia (16 anos) e sua família.
Julia está gestante, apresenta hipertensão, diabetes gestacional e é usuária de álcool
e outras drogas. Na primeira consulta de pré-natal foi identificado, durante a
anamnese, que a gestante apresentava uma rede de apoio insuficiente e
desorganizada. Na reunião, a partir do debate da situação de Julia e seu contexto
familiar, foram traçadas propostas de intervenção onde a equipe se organizou nos
objetivos e ações pensadas e agendou nova reunião.
• Considerando o processo de construção do PTS por uma equipe, são momentos dessa
construção destacados no texto:
ACESSO E ACOLHIMENTO NA APS
SE LIGA!
• Dona Cordialidade chegou ao bairro recentemente. Procurou, pela primeira vez, 
a Unidade Básica de Saúde (UBS) para fazer acompanhamento de Hipertensão 
Arterial, já diagnosticada há bastante tempo, mas sem uso da medicação há dez 
dias. Ao chegar, pediu para falar com o médico porque estava, deste a noite
anterior, com dor de cabeça. A recepcionista falou para voltar no dia seguinte,
pois todas as vagas jáhaviam sido preenchidas.
• Considerando a situação descrita e o acolhimento à demanda espontânea na 
UBS, o atendimento à Dona Cordialidade foi:
EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SAÚDE
►A educação popular é uma concepção teórica de educação que surgiu na América Latina há quase seis décadas e se
espalhou pelas práticas sociais de países de todos os continentes. Ela se tornou importante no setor da saúde por
inspirar e orientar as primeiras iniciativas de saúde comunitária no Brasil, que se tornaram referência para se pensar o
atual sistema de saúde.
►Ela parte do pressuposto de que todas as pessoas, mesmo as mais oprimidas e marginalizadas, têm uma busca
criativa de melhoria de suas vidas, acumulando saberes e experiências, os quais necessitam ser valorizados e
considerados no fazer educativo.
►A crise existencial trazida pela doença cria uma situação de grande potencialidade educativa, na medida em que instiga
fortes reflexões sobre o modo anterior de levar a vida, e pode mobilizar mudanças pessoais e apoios de parentes e
amigos para seu enfrentamento.
►O trabalho de diagnosticar, propor tratamentos e organizar ações coletivas de promoção da saúde é, antes de tudo,
uma produção cognitiva que pode ser realizada em conjunto com as pessoas envolvidas. O saber da educação popular
pode orientar essa construção dialogada e participativa de soluções.
►A educação popular é instrumento para uma abordagem mais integral na assistência à saúde, pois agrega dimensões
políticas, econômicas e culturais nas soluções construídas e fortalece o protagonismo social das pessoas envolvidas. Ela
coloca o trabalho cotidiano em saúde a serviço do fortalecimento da democracia, da justiça e da solidariedade social.
• Nesse sentido, a EP é um instrumento para a construção de uma
integralidade mais radical na assistência à saúde que possibilita não apenas
uma abordagem ampliada das diferentes dimensões pessoais dos problemas
abordados, mas também a construção de práticas que integram, em sua
implementação, dimensões políticas e econômicas, locais e societárias. É
instrumento de uma promoção da saúde voltada também para a formação de
uma cidadania ativa que enfrenta os determinantes sociais da saúde e das
doenças.
• A EP coloca o trabalho cotidiano em saúde a serviço da construção da
democracia, da justiça e da solidariedade social. Essa ampliação de suas
possibilidades traz um novo ânimo para os seus profissionais e novos
desafios, dando um sabor muito instigante ao trabalho em saúde.
SE LIGA!
• Camila é enfermeira de Unidade Básica de Saúde há 5 anos, comprometida com a atualização
frequente de seus conhecimentos. Para tanto, participa de todas as capacitações que são
oferecidas pela Secretaria Municipal de Saúde,sendo a última sobre o Novo Guia Alimentar para
Crianças Menores de 2 anos de idade. Além disso, realiza com frequência os cursos oferecidos
pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), no momento está realizando o
curso “Abordagem Domiciliar em Situações Cli ́nicas Comuns em Idosos”, pois no seu território
há uma quantidade significativa de idosos domiciliados. Vale destacar que os cursos oferecidos
pelo UNA-SUS acompanhamas necessidades da população e trazem as especificidades de cada
público, além de buscar soluções para os problemas de saúde pública. Além disso, Camila ainda
está concluindo sua segunda pós-graduação em “Enfermagem obstétrica”.
• Com base na situação apresentada:
A) Identifique as ações consideradas educação permanente em saúde no caso.
B) Cite pelo menos duas caracteri ́sticas da educação permanente em saúde e utilize trechos do
texto paraexemplificar.
ATENÇÃO 
DOMICILIAR
• A reorganização do processo de trabalho
da equipe na APS é o primeiro passo para
a implantação de um programa de
cuidado domiciliar.
• As diferentes concepções e ideias, bem
como estratégias, devem ser discu?das
para uma melhor abordagem à família.
Uma ar?culação com os outros níveis da
atenção para a construção de uma
proposta integrada e para aumentar a
capacidade de resolução é necessária, a
fim de melhorar a qualidade de vida das
pessoas.
• Assim, a equipe deve ter claro o obje?vo
de proporcionar assistência e vigilância à
saúde no domicílio, dentro dos princípios
do SUS.
Quadro 39.2 | Passos para proporcionar assistência e vigilância à 
saude no domicílio
►Capacitar os profissionais da equipe para desempenhar atividades de 
assistência e vigilância à saúde no domicílio
►Criar fluxos que envolvam toda a equipe na avaliação das solicitações 
de VD
►Definir conceitos e critérios para inclusão e alta dos pacientes em 
atendimento
►Registrar as ações e sistematizar a coleta de dados para avaliações
►Avaliar periodicamente com a intenção de organizar e de otimizar o 
cuidado
►Incentivar a participação de toda a equipe de saúde, delegando 
atividades conforme a qualificação e os níveis de competência
►Manter uma equipe mínima para a organização das ações
►Desenvolver no domicílio atividades preventivas e de incentivo à 
promoção da saúde da pessoa, do cuidador e da família
►Estabelecer limites à equipe e aos familiares, considerando as 
verdadeiras necessidades que cada pessoa possui
►Identificar e encaminhar, junto com a equipe, situações de violência
►Utilizar e estimular redes de apoio na comunidade
►Capacitar cuidadores domiciliares leigos para atenção à saúde no 
domicílio
►Buscar o entendimento da situação socioeconômica e da estrutura 
familiar das pessoas atendidas com a finalidade de adequar recursos e 
qualificar a atenção
►Estruturar um grupo permanente de estudos sobre a AD
Quadro 39.1 | Caracterizações de atenção domiciliar
Modalidade A quem se destina Quem realiza
AD1 Pessoas que:
I.Possuam problemas de saúde controlados/compensados e com 
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de 
saúde
II. Necessitem de cuidados demenor complexidade, incluídos os de 
recuperação nutricional, de menor frequência, com menor necessidade 
de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento das UBS
III. Não se enquadrem nos critérios previstos para as modalidades AD2 
e AD3 descritos nesta Portaria
Equipes de APS, por meio de VDs regulares, no mínimo, 
uma vez por mês, apoiadas pelos NASF, ambulatórios de 
especialidades e de reabilitação
AD2 Pessoas com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade 
física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, 
recursos de saúde e acompanhamento contínuo, definidas em um rol 
amplo de procedimentos domiciliares (ver Quadro 39.2)
EMADs apoiadas pelas EMAPs
AD3 Pessoas com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade 
física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, 
recursos de saúde e acompanhamento contínuo e uso de equipamentos 
ou agregação de procedimentos de maior complexidade: ventilação 
mecânica, paracentese de repetição, nutrição parenteral, transfusão 
sanguínea
EMADs apoiadas pelas EMAPs
AD, atenção domiciliar; UBS, Unidade Básica de Saúde; APS, atenção primária à saúde; VDs, visitas domiciliares; NASF, Núcleos de Apoio à Saúde 
da Família; EMADs, equipes multiprofissionais de assistência domiciliar; EMAPs, equipes multiprofissionais de apoio.
Fonte: Brasil.5
Quadro 39.3 | Descrição de papéis dos profissionais das equipes de atenção primária no cuidado domiciliar
Agente comunitário de saúde Técnico de enfermagem Enfermeiro Médico
►Comunicar à equipe de saúde a 
necessidade de avaliação da pessoa para 
cuidado domiciliar
►Estabelecer forma de comunicação 
participativa com a família
►Orientar cuidados com o lixo originado no 
cuidado do usuário e do lixo domiciliar
►Servir de elo de comunicação entre a 
pessoa, sua família e a equipe
►Identificar e mobilizar, na comunidade, 
redes de apoio ao plano de AD pactuado 
com a família
►Registrar os atendimentos
►Identificar violência*
►Auxiliar no treinamento do cuidador 
domiciliar
►Acompanhar a evolução dos casos, 
seguindo check-list da pessoa, e 
comunicar à equipe as alterações 
observadas
►Realizar procedimentos de 
enfermagem dentro de suas 
competências técnicas e legais
►Orientar cuidados com o lixo 
originado no cuidado do usuário e do 
lixo domiciliar
►Estabelecer via de comunicação 
participativa com a família
►Identificar sinais de gravidade
►Comunicar ao enfermeiro e ao 
médico alterações no quadro clínico da 
pessoa
►Registrar os atendimentos
►Identificar violência*
►Avaliar de modo integral, individual, familiar e no contexto 
social a situação da pessoa enferma
►Avaliar as condições e a infraestrutura física do domicílio 
para a modalidade de cuidado domiciliar requerida
►Elaborar, com base no diagnóstico de enfermagem, a 
prescrição dos cuidados
►Identificar e treinar o cuidador domiciliar
►Supervisionar o trabalho dos técnicos de enfermagem e 
dos agentes comunitários de saúde
►Solicitar exames complementares, prescrever/transcrever 
medicamentos conforme protocolos estabelecidos nos 
programas do MS e nas disposições legais da profissão
►Realizar procedimentos de enfermagem que requeiram 
maior complexidade técnica
►Orientar cuidados com o lixo originado no cuidado do 
usuário e do lixo domiciliar
►Estabelecer via de comunicação participativa com a família
►Comunicar à equipe de saúde as alterações observadas e 
avaliar periodicamente o desempenho da equipe de 
enfermagem na prestação do cuidado
►Dar alta dos cuidados de enfermagem
►Identificar violência*
►Avaliar de modo integral, individual, 
familiar e no contexto social a situação 
da pessoa enferma
►Esclarecer a família sobre os 
problemas de saúde e construir plano 
de cuidados para a pessoa enferma
►Estabelecer forma de comunicação 
participativa com a família
►Levar o caso para discussão em 
equipe
►Emitir prescrição do tratamento 
medicamentoso
►Registrar os atendimentos
►Promover e participar das avaliações 
periódicas do plano de 
acompanhamento
►Indicar internação hospitalar
►Dar alta médica
►Verificar e atestar o óbito
►Identificar violência*
AD, atenção domiciliar; MS, Ministério da Saúde.
*Em relação à violência intrafamiliar ou em relação ao cuidador, cabe a todos os profissionais de saúde envolvidos com a pessoa e a família identificar situações agudas ou 
crônicas. É importante não só a identificação descrita, mas também uma série de conhecimentos necessários à suspeição, ao diagnóstico, ao referenciamento e às tomadas de 
decisão, que são descritas nos Cap. 35, Abordagem familiar, Cap. 82, Abordagem à violência doméstica, Cap. 83, Abordagem aos abusos e maus-tratos em idosos, e Cap. 84, 
Trabalhando em ambientes violentos.
Quadro 39.4 | Situações que podem demandar as equipes do serviço de 
assistência à saúde
►Antibioticoterapia parenteral/enteral (pneumonia, ITU, osteomielite, celulite, etc.) 
(AD2)
►Anticoagulação parenteral/enteral (TVP, TEP, FA, etc.) (AD2)
►Manejo de ICC descompensada (AD2)
►Manejo de DM descompensado (AD2)
►Feridas (lesões por pressão, úlceras venosas/arteriais, feridas operatórias e 
traumáticas, queimaduras, etc.) (AD2)
►Acompanhamento pós-AVC recente (AD2)
►Manejo de DPOC exacerbada (AD2)
►Pessoas com doenças terminais (AD2)
►Pós-operatório (cirurgias ortopédicas, cardíacas, etc.) (AD2)
►Cuidados paliativos (AD2)
►Transfusão de hemoderivados (AD3)
►Paracentese abdominal de alívio (AD3)
►VMI/VMNI (AD3)
►NPT (AD3)
►Outras situações que poderão ter benefício conforme avaliação da equipe
ITU, infecção do trato urinário; TVP, trombose venosa profunda; TEP, 
tromboembolia pulmonar; FA, fibrilação atrial; DPOC, doença pulmonar 
obstrutiva crônica; AVC, acidente vascular cerebral; ICC, insuficiência cardíaca 
congestiva; DM, diabetes melito; NPT, nutrição parenteral total; VMI, ventilação 
mecânica invasiva; VMNI, ventilação mecânica não invasiva.
• Assistência domiciliar. Está ligada a todo e qualquer atendimento a domicílio realizado por profissionais que
integram a equipe de saúde. Não leva em conta a complexidade ou o objetivo do atendimento, que pode ser
uma orientação simples até um suporte ventilatório invasivo domiciliar.9
• Atendimento domiciliar. É a categoria diretamente relacionada à atuação profissional no domicílio, que pode
ser operacionalizada por meio da visita e da internação domiciliar. Envolve atividades que vão da educação e
prevenção à recuperação e manutenção da saúde das pessoas e seus familiares no contexto de suas
residências. Abrange ou não cuidados multiprofissionais e pode ser semelhante a um consultório em casa.
Alguns autores o relacionam a uma atenção mais pontual e temporária, ligada a situações agudas.
• Visita domiciliar. Prioriza o diagnóstico da realidade do indivíduo e as ações educativas. É geralmente
programada e utilizada com o intuito de subsidiar intervenções ou o planejamento de ações.
• Internação domiciliar. É uma categoria mais específica, que envolve a utilização de aparato tecnológico em
domicílio, de acordo com as necessidades de cada situação. Não substitui a internação hospitalar, mas pode se
constituir como uma continuidade desta, de forma temporária.
A partir de 2011, com o lançamento do “Programa Melhor em Casa”, pelo MS, os SADs passaram a exercer um
importante papel na RAS como uma estratégia substitutiva ou complementar à atenção centrada em hospitais,
articulados com todos os pontos de atenção à saúde, principalmente com a atenção básica. Os SADs têm como
objetivos principais:
• Redução da demanda por atendimento hospitalar.
• Redução do período de permanência de usuários internados.
• Humanização da atenção à saúde, com ampliação da autonomia dos usuários.
• Desinstitucionalização e otimização dos recursos financeiros e estruturais da RAS.
Existem evidências na literatura mostrando importantes vantagens da AD quando comparada com a internação
hospitalar para determinadas patologias com quadro clínico estável. Uma revisão sistemática comparou o
tratamento de pessoas com trombose venosaprofunda (TVP) no domicílio com aquelas internadas no hospital,
mostrando uma probabilidade menor de recorrência de TVP, menor taxa de mortalidade e menos episódios de
sangramentos maiores.
SITUAÇÃO DE RUA
• O direito à moradia nem sempre é uma realidade para um contingente de indivíduos excluídos dos processos econômicos. Assim,
nem sempre se tem o domicílio nas formas e ideias convencionais e há muitos arranjos produzidos pela necessidade e pela exclusão.
É controverso falar na rua como possível domicílio quando se consideram as características peculiares atribuídas ao domicílio, à
casa. Mas considerando a sensação de pertença e afeto, para muitos, infelizmente, a rua pode ser um lar. Independente da discussão
de conceitos e entendimentos, a existência de um número significativo de pessoas em situação de rua que necessita de uma
abordagem e de uma atenção dos serviços de saúde é de conhecimento geral. Tal abordagem é centrada na busca ativa na rua, ação
que muito se aproxima do que se entende por VD.
• A ideia da rua como domicílio pode suscitar que outros espaços precários, por falta de opção, se constituam como domicílio. Assim,
assentamentos, acampamentos, abrigos, áreas de invasão urbana e outros podem ser considerados domicílios, mesmo na perspectiva
da provisoriedade. Em relação à provisoriedade, cabe incluir os povos nômades, como o povo cigano, com igual direito de acesso,
mesmo sem endereço fixo. Isso representa um desafio aos serviços de saúde, que, a despeito de tais condições, não podem se eximir
de suas responsabilidades. Assim, é importante reconhecer os espaços temporários e/ou precários como parte de estudos e
estratégias de cuidado em saúde, reconhecendo a vulnerabilidade da população atingida e o papel do médico e da equipe
multiprofissional, uma das missões de um sistema de saúde mais humano, o qual é abordado no Cap. 3, Médico de família e
comunidade na saúde pública.
DCNT NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
• Diante dos desafios para o controle de doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) e dos seus fatores de risco no País, o Ministério da
Saúde instituiu a Estratégia de Saúde Cardiovascular (ECV) na Atenção
Primária à Saúde (APS), por meio da Portaria GM/MS nº 3.008, de 4 de
novembro de 2021.
• Estudos sugerem que as DCNT são responsáveis por cerca de 70% das
mortes do mundo. No Brasil, as doenças cardiovasculares (DCV) se
destacam entre as DCNT, uma vez que representam a mais recorrente
causa de morte em território nacional.
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/ecv/publicacoes/portaria-gm-ms-no-3-008-de-4-de-novembro-de-2021
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/ecv/publicacoes/portaria-gm-ms-no-3-008-de-4-de-novembro-de-2021
A Estratégia de Saúde Cardiovascular conta com um Instrutivo para profissionais e gestores de
saúde na APS para promover e qualificar ações de prevenção, controle e atenção integral às
pessoas com DCV e seus fatores de risco no âmbito da APS, orientada a partir de 3 objetivos:
• Qualificar a atenção integral às pessoas com condições consideradas fatores de risco para
doenças cardiovasculares (DCV) na APS;
• Dar suporte ao desenvolvimento de ações para prevenção e controle das condições consideradas
fatores de risco para DCV no âmbito da APS, com ênfase para os casos de Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM);
• Promover o controle dos níveis pressóricos e glicêmicos, a adesão ao tratamento e a redução nas
taxas de complicações, internações e morbimortalidade por doenças cardiovasculares e seus
fatores de risco.
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/ecv/publicacoes/instrutivo-para-profissionais-e-gestores.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/ecv/publicacoes/instrutivo-para-profissionais-e-gestores.pdf
SE LIGA!
• Paciente masculino, 78 anos, fumante, obeso, sedentário, foi atendido pelo médico da Unidade
Básica de Saúde (UBS) Jardim Grande nesta última quarta-feira, com queixa de dor na nuca e mal-
estar. Durante a consulta, observou-se Pressão Arterial (PA) elevada (150x100 mmHg), e o médico
solicitou exames laboratoriais, além de fazer encaminhamento a nutricionista, bem como deu
orientações importantes quanto ao controle do peso, atividade física e eliminação do fumo para o
controle da sua PA. Após 07 dias, o paciente retornou à UBS com os resultados dos exames, e o
médico prescreveu anti-hipertensivo e estatina.
• Considerando o caso analise, as afirmativas abaixo:
I. - No caso, o médico realizou prevenção cardiovascular primária, pois foram abordados os
cuidados após a ocorrência de um evento cardiovascular.
II. - No caso acima, o médico realizou prevenção cardiovascular primária, pois foram abordados
cuidados antes do evento cardiovascular ocorrer, como a prescrição de medicamentos e
orientações.
III. - O médico realizou prevenção cardiovascular secundária, pois já havia acontecido outros
episódios cardiovasculares e abordou novamente as orientações para mudanças de estilo de vida
e terapia medicamentosa.
IV. - A não adesão ao tratamento anti-hipertensivo do idoso, bem como a dificuldade de mudanças de
hábitos de vida, pode acarretar novas complicações cardiovasculares, como o Acidente Vascular
Encefálico (AVE).
• É correto afirmar que:

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