Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
8/14/17 1 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA • SÍNDROME MULTICAUSAL E MULTIFATORIAL CARACTERIZADA POR NÍVEIS TENSIONAIS ELEVADOS PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 2 8/14/17 2 CONCEITO • É uma condição clínica de natureza multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos chamados órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais . (Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; 107(1Supl.3):1-83 ) PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 3 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 4 HIPERTENSÃO ARTERIAL Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; 107(1Supl.3):1-83 PAS (mmHg) PAD(mmHg) Classificação ≤120 e ≤ 80 Normal 121-139 80-89 Pré-hipertensão 140 - 159 90-99 Hipertensão estágio 1 160-179 100-109 Hipertensão estágio 2 ≥180 ≥110 Hipertensão estágio 3 ≥140 <90 Hipertensão sistólica isolada CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL DE ACORDO COM A MEDIDA CASUAL NO CONSULTÓRIO (> 18 ANOS) 8/14/17 3 DIAGNÓSTICO • PA sistólica ≥ 140 mmHg e⁄ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório, validado por medidas repetidas, em condições ideais, em, pelo menos, 3 ocasiões. PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 5 CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS À HAS • Doença cerebrovascular (AVE, AVEI,AVEH, alteração da função cognitiva. • Doença cardíaca (infarto, angina, insuficiência cardíaca). • Doença renal: nefropatia diabética; déficit importante da função • Retinopatia avançada: hemorragias ou exsudatos, papiledema. • Doença arterial periférica PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 6 8/14/17 4 IMPACTO MÉDICO E SOCIAL DA HAS • Dados norte americanos (2015): – Presente em 69% no primeiro IAM – 77% AVE – 75% IC – 60% DAP RESPONSÁVEL POR 45% DAS MORTES CARDÍACAS E 51% DAS MORTES POR AVE HAS E DOENÇA CARDIOVASCULAR NO BRASIL • APnge 32,5% dos adultos. • APnge mais de 60% dos idosos. • Contribui direta ou indiretamente por 50% das mortes por DCV. • Elevado impacto na perda da produPvidade do trabalho e da renda familiar. • Alta frequência de internações. 8/14/17 5 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 9 TAXAS DE MORTALIDADE POR DCV E SUAS DIFERENTES CAUSAS NO BRASIL EM 2007(SBC,2010) 31,4% 30% 12,8% 25,1% PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 10 EPIDEMIOLOGIA • Elevado custo médico-social: Complicações • BRASIL – DCNT: 72% das causas de morte – DCV: 30% • Responsável por 40% de aposentadoria precoce e absentísmo ao trabalho. 8/14/17 6 EPIDEMIOLOGIA • PREVALÊNCIA – MUNDIAL: • Homens:37,8% • Mulheres:32,1% – NO BRASIL: • 30%da população adulta (entre 22,3% à 43,9%) PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 11 FATORES PREDISPONENTES PARA O DESENVOLVIMENTO DA HAS • Idade • População não-branca • Baixo nível de escolaridade • Excesso de peso ou obesidade • Sedentários • Ingestão abusiva de álcool ou cloreto de sódio • Genética PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 12 8/14/17 7 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 13 30% a 60% 20% PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 14 8/14/17 8 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 15 FISIOPATOLOGIA • Maioria: sem causa definida: hipertensão arterial primária • Multifatorial • Fatores genéticos e ambientais PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 16 FISIOPATOLOGIA • FATORES ASSOCIADOS – Obesidade – Aumento da atividade simpática – Sraa – Resistência à insulina – Alto consumo de sal (40% sal-sensíveis) – Nível de atividade física – Tabagismo – Estresse psico-social – Gênero – Grupo étnico 8/14/17 9 PAPEL DO SNAS NA GÊNESE DA HAS PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 18 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO • Gênese e manutenção da HAS • ↑SNAS (hiperatividade simpática) – ↑ FC – Vasoconstrição periférica – ↑ catecolaminas ↑ PA 8/14/17 10 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 19 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO • ↑SNAS – Estímulo simpático renal vasoconstrição renal Redução da TFG maior reabsorção de sódio e liberação de renina SRAA E HAS PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 20 8/14/17 11 SRAA E HAS • Influências genéticas levam à hiperatividade: – Vasoconstrição – Aumento do volume sanguíneo – Aumento da neurotransmissão adrenérgica – Aumento na secreção hipofisária de ADH – Aumento da secreção de aldosterona PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 21 SRAA X HAS – Angiotensina II: • hipertrofia/remodelamento cardíaco • Disfunção endotelial • Arritmias cardíacas • Remodelamento vascular • Aterosclerose • Formação de trombos • Nefropatia • Ações sobre as células musculares lisas dos vasos: migração, proliferação, hipertrofia • Aumento da matriz extracelular e síntese de colágeno • Hipertrofia dos cardiomiócitos PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 22 8/14/17 12 SRAA X HAS • Aldosterona – Induz processo inflamatório e fibrose no coração, células musculares lisas vasculares e cérebro. – Concentração plasmática tem correlação positiva com mortalidade cardiovascular. – Reduz o relaxamento vascular dependente do endotélio. – Induz disfunção endotelial – Causa fibrose cardíaca – Causa remodelamento vascular – Causa nefroesclerose PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 23 ENDOTÉLIO VASCULAR PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 24 ADVENTÍCIA ÍNTIMA MÉDIA CÉLULAS ENDOTELIAIS 8/14/17 13 ENDOTÉLIO VASCULAR LÂMINA FINA DE CÉLULAS PLANAS QUE REVESTEM A FACE INTERNA DE TODO O SISTEMA CIRCULATÓRIO. PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 26 ENDOTÉLIO • Controle do tônus vascular • Inibição da agregação plaquetária • Inibição dos fatores do crescimento • Controle da proliferação das células musculares lisas • APvidade anPtrombogênica • Hemostasia • AngI → AngII • Resposta Imune 8/14/17 14 ENDOTÉLIO • SINTETIZA E LIBERA (estímulos físicos, neurais e humorais) SUBSTÂNCIAS VASOATIVAS • FATORES RELAXANTES DERIVADOS DO ENDOTÉLIO – ÓXIDO NÍTRICO – PROSTACICLINA – MONÓXIDO DE CARBONO • FATORES CONSTRITORES DERIVADOS DO ENDOTÉLIO – ENDOTELINA-1 – ANGIOTENSINA II – TROMBOXANO PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 27 ÓXIDO NÍTRICO • RADICAL LIVRE GASOSO, INORGÂNICO, INCOLOR, SINTETIZADO À PARTIR DO AMINOÁCIDO L-ARGININA. • L-ARGININA ÓXIDO NÍTRICO • AÇÃO: ↓ CA+2 intracelular PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 28 eNOS 8/14/17 15 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 29 ON Vasodilatação AnP inflamatória Perfusão Tecidual Inibição Plaquetária Ações do Óxido Nítrico Luz PL, Laurindo FRM, Chagas ACP Endotélio &Doenças Cardiovasculares 2004PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 30 Endotelinas / Noradrenalina / Angiotensina II / Vasopressina DILATAÇÃO Disfunção Endotelial DISFUNÇÃO ENDOTELIAL CONSTRIÇÃO 8/14/17 16 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL • Vasoespasmo • Vasoconstrição • Trombogênese • Proliferação vascular anormal • Menor disponibilidade de óxido nítrico • Liberação aumentada dos fatores constritores derivados do endotélio PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 31 ENDOTÉLIO ÍNTEGRO X ENDOTÉLIO LESADO PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 32 8/14/17 17 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 33 AUMENTO DA RVPT, HIPERTROFIA E REMODELAÇÃO VENTRICULAR • ↑ RVPT: Principal alteração hemodinâmica observada nos hipertensos • Substâncias vasodilatadoras endógenas – Óxido nítrico – Prostaciclina – bradicinina • Substâncias tróficas (musculo liso vascular) – AII – ENDOTELINA – NOR-ADRENALINA PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 34 8/14/17 18 HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA NA HAS • Aumento da massa do VE: marcador de falência do coração. • Associação da HAS com HVE: fator de risco para morbimortalidade cardiovasculares. Risco aumentado de 3 a 4 vezes. • Prognóstico adverso. PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 35 FISIOPATOLOGIA DA HVE • Adaptação cardíaca: tentativa de vencer a sobrecarga leva ao aumento da força contrátil (maior síntese proteica sem aumento da massa cardíaca). • Persistência da sobrecarga: Aumento do estresse sistólico de parede (gatilho bioquímico para aumento de miofibrilas em paralelo): Hipertrofia concêntrica Permite a manutenção de desempenho sistólico adequado. • Parte dos hipertensos mantém estado contrátil adequado sem HVE. PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 36 8/14/17 19 FISIOPATOLOGIA DA HVE • Consequências da HVE: – Maior estresse de parede – Maior consumo de oxigênio – Menor reserva funcional – Aumento das câmaras – Quando há sobrecarga de volume (obesidade, ingestão de sal):aumento de pressão e estresse na diástole Aumento de sarcômeros em série (alongamento das fibras e aumento da câmara) Hipertrofia excêntrica PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 37 HIPERTROFIA CARDÍACA CONCÊNTRICA DO VE PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 38 8/14/17 20 TIPOS DE HIPERTROFIA CARDÍACA TIPOS DE HIPERTROFIA CARDÍACA SOBRECARGA DE PRESSÃO: HIPERTROFIA CONCÊNTRICA SOBRECARGA DE VOLUME: HIPERTROFIA EXCÊNTRICA AUMENTO DE SARCÔMEROS EM PARALELO AUMENTO DE SARCÔMEROS EM SÉRIE 8/14/17 21 TIPOS DE HIPERTROFIA CARDÍACA PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 41 FISIOPATOLOGIA DA HVE • Consequências: – Lentificação dos mecanismos de contração- relaxamento • Síntese de isoenzimas mais lentas da miosina: menor contratilidade. • Diminuição da hidrólise do ATP na miosina • Diminuição na taxa de mitocôndrias por miofibrila • Diminuição na atividade do acoplamento do cálcio • Perda de miócitos • Sarcômeros rígidos • Alteração do colágeno, proliferação de fibroblastos • Fibrose peri-vascular PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 42 8/14/17 22 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 43 RINS E HAS • HAS: Uma das principais causas de insuficiência renal crônica. • Inabilidade da excreção de sal • Hipóteses: – Redução genética do número de néfrons (?): hipertensos, mesmo com função renal normal tenham, congenitamente, redução da superfície de filtração glomerular – Adquirida (?) PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 44 • Duração e gravidade da HAS • Predisposição genéYca e étnica • Idade • Gênero masculino • Baixo nível socioeconômico Fatores de risco para desenvolvimento de lesão renal na HAS Aumento da morbidade e mortalidade renal e cardiovascular 8/14/17 23 PROF. Nívea M. S. L. Alvarenga 45 HIPÓTESE PARA O DESENVOLVIMENTO DA HAS • HIPERATIVIDADE DO SNAS (Fatores genéticos, familiares, ambientais[tabagismo, obesidade, medicamentos, álcool) AUMENTO DA AII LESÃO RENAL
Compartilhar