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TCC - LAERCIO SILVA BARBOSA - DIREITO 97 PDF

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Laércio Silva Barbosa 
 
 
 
 
 
 
A (IN) EFICÁCIA DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NO 
COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador, BA 
2022 
 
 
 
 
Laércio Silva Barbosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A (IN) EFICÁCIA DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NO 
COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado a Faculdade Batista Brasileira 
como requisito parcial para obtenção do 
título de Bacharel em Direito, sob 
orientação da Prof. Jamily Duarte da Silva. 
 
 
 
Salvador, BA 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Primeiro quero agradecer a Deus por ter me dado forças nesses 5 anos de 
graduação, por ter me sustentado para que eu pudesse continuar mesmo em tantas 
lutas. Depois quero agradecer a minha família, a minha esposa, aos meus filhos, por 
terem estado comigo durante todo essas tempo, me ajudando e auxiliando a 
prosseguir. Sempre tive o sonho de fazer a graduação de direito e está finalizando é 
estar realizando este sonho. Por isso quero agradecer também a cada professor que 
me ajudou e me apoiou a permanecer e não desistir, a cada colega e amigo que 
estiveram comigo nessa trajetória acadêmica. Que Deus abençoe a todos que 
fizeram parte desse momento na minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 A violência contra a mulher é um problema que vem crescendo no Brasil ano 
após ano, e por mais que se criem ferramentas de proteção para tentar diminuir 
essa violência contra o gênero feminino, as vezes nós sentimos impotentes para 
coibir essas ações de brutalidade contra as mulheres. 
 O objetivo desse artigo é chamar mais uma vez a atenção do poder público 
para que venha ser mais rigoroso com o agressor, que as leis e o poder judiciário 
possa ser mais eficaz na luta na defesa dessas vitimas de diversos tipos de 
agressão. Precisamos de leis mais duras e eficazes para punir o agressor. 
Palavras chaves: Mulher; Violência; Legislação; Assistência; Direitos. 
 
ABSTRACT 
 
Violence against women is a problem that has been growing in Brazil year 
after year, and as much as protection tools are created to try to reduce this violence 
against women, sometimes we feel powerless to curb these actions of brutality 
against women. 
The aim of this article is to once again draw the attention of the public 
authorities so that it may be more rigorous with the aggressor, that the laws and the 
judiciary can be more effective in the fight in the defense of these victims of various 
types of aggression. We need tougher and more effective laws to punish the 
aggressor. 
Keywords: Woman; Violence; Legislation; Assistance; rights 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………..06 
 
2. CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL DA VIOLÊNCIA CONTRA 
MULHER…………………………………………………………………..08 
 
3. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E SUA TRAJETÓRIA NA GARANTIA DOS 
DIREITOS FEMININOS ………………………………………………….10 
4. A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER E OS AVANÇOS 
LEGISLATIVOS………………………………………………………… 12 
5. MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA NO COMBATE A VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA………………………………………………………………17 
6. A IMPLEMENTAÇÃO DAS REDES DE ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA 
CONTRA MULHER ............................................................................18 
6.1 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher 
(DEAMs)………………………………………………………………… 19 
6.2 Casas-Abrigo…………………………………………………………...20 
6.3 Juizados de Violência Doméstica e Familiar ……………………..21 
6.4 Central de atendimento à mulher- ligue 180…………………........21 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ……………………………………………..23 
8. REFERÊNCIAS ………………………………………………………. ….24 
 
 
 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
 A violência contra a mulher tem sido uma das problemáticas mais discutidas na 
sociedade atualmente, mediante a posicionamentos de movimentos sociais feministas 
que tem buscado formas enfrentar este problema social, a partir da desconstrução do 
machismo, convocando a sociedade civil, bem como os órgãos de defesa a mulher à 
garantir o direito e a proteção das mulheres, em especial a mulheres vitimas de 
violência domestica (PEDROZA,GUIMARÃES, 2015). 
No entanto a violência contra mulher não é uma problemática social recente, está 
presente em toda trajetória histórica que constrói uma relação de poder entre o homem 
e a mulher, colocando o homem como um ser supremo nas relações, no entanto 
mediante a luta na busca pela garantia do direito feminino, algumas conquistas 
legislativas fortalecem o enfrentamento a violência contra mulher, como por exemplo 
a criação da Lei da Maria da Penha e a criação das delegacias de defesa da mulher 
(DEAM) e das casas-abrigo . 
Segundo dados divulgados na Agência Brasil (2021) pelo Ministério da Mulher, da 
Família e dos Direitos Humanos (2021) em 2020, foram registradas 105.671 
denúncias de violência contra a mulher, tanto do Ligue 180 (central de atendimento à 
mulher) quanto do Disque 100 (direitos humanos), sendo assim das 75.753 denúncias 
realizadas, 72% foram referentes à violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Desta forma a pesquisa se faz relevante na medida em que contribuirá de forma 
cientifica na atuação de advogados (as) que estão ou estarão a frente do combate e 
enfrentamento contra a violência à mulher, bem como se torna relevante socialmente 
fortalecendo a rede de proteção a mulheres e auxiliando na efetividade das leis que 
visem extinguir a violência contra mulher. 
Portanto , o presente artigo visa em seu desenvolvimento analisar a (in) eficiência 
do poder legislativo no enfrentamento a violência contra mulher tendo como pergunta 
norteadora e objetivo geral compreender como o sistema judiciário contribuí no 
combate a violência contra mulher. Portanto os objetivos específicos que auxiliaram 
nessa construção apresentará a importância do sistema legislativo no combate a 
violência a mulher, descrevendo a construção social da violência de gênero e seus 
7 
 
ciclos, analisando a contribuição da legislação brasileira no combate a está violência, 
apresentando a importância das medidas protetivas de urgência para mulheres 
vítimas deste crime, bem como descrever as implementações legislativas no 
enfrentamento a violência contra mulher. 
Deste modo, a presente pesquisa utilizará como metodologia, a pesquisa 
exploratória, sendo esta uma pesquisa que visa aprimorar hipóteses, validar 
instrumentos e proporcionar familiaridade com o campo de estudo, desta forma 
também será utilizado a pesquisa bibliográfica para a construção desse objeto de 
estudo, cuja finalidade auxiliará na busca e analise das contribuições culturais ou 
cientificas do passado existente sobre este tema. Portanto este artigo será construído 
por meios de livros, revistas, artigos científicos, e sites institucionais que visem 
contribuir na fundamentação da pesquisa. 
Desta forma no primeiro capítulo sera discorrido a construção social da violência 
contra mulher, em seguida, no segundo capítulo será apresentado uma análise da 
legislação brasileira no combate a violência, e no terceiro capítulo será descrito 
algumas leis que contribuem para eficiência do poder judiciário no enfrentamento a 
violência contra mulher. 
Considerando os dados divulgados no Fórum Brasileiro de Segurança Pública “ 
Violência contra mulheres 2021” entre março de 2020, mês que marca o início da 
pandemia de covid-19 no país, e dezembro de 2021, último mês com dados 
disponíveis, foram 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro e estupro de 
vulnerável de vítimas do gênero feminino. Portanto é possível perceber que os índices 
de violência contra mulheres tem drasticamente aumentado com o passar dos anos, 
e entender como o sistema judiciário tem trabalhado neste combate construí para 
extinguir todas as formas de violência contra o gênero feminino, bem como proteger 
e garantir os direitosdas mulheres. 
 
 
 
 
 
8 
 
CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL DA VIOLÊNCIA CONTRA 
MULHER 
Desde a evolução do mundo, a concepção das mulheres se fundamentou e se 
estruturou a partir de concepções, e valores religiosos e biológicos, deste modo, no 
percurso histórico religioso, segundo as escrituras bíblicas, Deus criou a mulher para 
ser “submissa” ao homem ( Efésios cap. 5. versículo 22 ao 33), no entanto a Bíblia 
também descreve que a primeira mulher criada por Deus, por qual era chamada de 
EVA foi a principal causadora da sua expulsão e de seu homem (Adão) para fora do 
paraíso, e como consequência de sua desobediência por ter comido de um fruto 
proibido por Deus, lhe foi ordenado que desde então a mulher fosse “dominada” pelo 
homem (Genesis 3.16). Portanto as palavras destacadas acima, como submissão e 
dominação trouxeram uma concepção errada sobre a construção social da mulher 
na sociedade. 
Contudo com o passar dos anos, as ciências biológicas também desnvolveram 
fundamentos que descreviam a mulher como um ser inferior e frágil comparado aos 
homens. De acordo com o cientista Dr. Charles Darwin no segundo volume de “A 
Origem do Homem” publicado em 1871: 
“ O homem é mais poderoso em corpo e mente que a mulher, e no estado 
selvagem ele a mantém numa condição de servidão muito mais abjeta que o 
faz o macho de qualquer outro animal; portanto, não surpreende que ele 
tenha ganhado o poder de seleção” ( DARWIN 1871 apud LOPES 2020) 
Deste modo surgiu uma concepção de inferioridade feminina que em ambas as 
épocas, tanto descrito nas escrituras bíblicas bem como nos desenvolvimentos 
científicos de pesquisa sobre os seres humanos, foram aceitos e aprovados pela 
sociedade, e desde então a sociedade se fundamentou e se estruturou a partir destes 
fundamentos. Segundo Pinafi (2007) a classificação da Mulher foi norteada pelas 
óticas biológica e sociais que desencadearam as desigualdades de gênero, se 
pautando em um discurso que valorizava um sexo sobre o outro. 
 
 Mediante a estás construções a sociedade se tornou o que os movimentos 
feministas denominaram como uma sociedade patriarcal e machista. Segundo Millet 
e Scott: 
 
O patriarcado é uma forma de organização social na qual as relações são 
regidas por dois princípios básicos: as mu lheres estão hierarquicamente 
9 
 
subordinadas aos homens e os jovens estão hierarquicamente subordinados 
aos homens mais velhos (Scott apud Narvaz; Koller (2006) et. al. Balbinotti 
(2018). 
Desta forma o patriarcado é um termo utilizado para descrever um sistema de 
hierarquia de gênero existente na sociedade, já o machismo de acordo com 
Arrazola e Rocha (1996 apud Balbinotti (2018) é caracterizado como uma ideologia 
que determina que os homens controlem o mercado, o governo e a atividade pública 
e que as mulheres sejam subordinadas a eles, dividindo-os nos espaços público e 
privado. 
Ou seja ambos os conceitos defendem á ideia de uma supremacia masculina 
ao qual a mulher se torna sujeito passivo, subordinada e dominada pelos homens. 
Desta forma as desigualdades de gênero, a violência, á opressão e a dominação 
das mulheres perpassa por uma construção social movida pelo patriarcado e pelo 
machismo. 
Considerando que a construção social é criação de valores, regras, normas e 
significados feitos pela sociedade a partir das ações dos indivíduos em sociedade 
(Zampronio;2021), podemos então perceber que o machismo e o patriarcado se 
fundamentaram nas concepções biológicas, religiosas e sociais. 
De acordo com Silva (1992, p. 64 .apud Silva 2018) 
“a construção social de inferioridade feminina faz com que o 
homem, por um lado, desfrute de uma posição de poder em 
relação à mulher no mundo do trabalho e na esfera das 
relações sociais, onde a ele é atribuído o papel de dominador, 
poderoso, sujeito desejante, caçador.” 
Desta forma o homem se coloca uma posição e relação de poder, por 
considerar que a mulher é um objeto ou propriedade dele, lhe dando assim o direito 
de oprimir e violentar. Portanto podemos então perceber que a raiz da violência 
contra mulher se fortalece e se desenvolve a partir da dominação, da opressão, e da 
desigualdade, mediante a concepções de supremacia masculina. 
Contudo as relações desiguais de poder entre homens e mulheres resultam na 
opressão feminina que explicitamente está relacionada com as questões de gênero, 
já que os papéis sociais atribuídos a cada um são uma construção social. 
10 
 
 A mulher lhe foi destinado desde a criação dos seres humanos a serem 
auxiliadoras e dependentes do seus companheiros segundo as escrituras bíblicas, 
este então pode ser considerado o primeiro papel destinado as mulheres. Contudo a 
sociedade lhe destinou a função de cuidadora, criada e educada para servir ao seu 
marido e filhos, enquanto o homem por ser considerado um ser supremo foi lhe 
destinado responsabilidades da caça e sustento financeiro da sua família. 
No entanto a mesma educação fundamentada na construção social do 
machismo reforça que a mulher como ser frágil e dependente, necessita de um ser 
forte e poderoso para domina-la. Mas o que podemos perceber é que tais concepções 
permitem ao homem o direito de bater, constranger e violentar as suas mulheres, 
enquanto as mulheres tem o dever de aceitar e respeitar seus maridos, considerando 
a hierarquia em um relacionamento conjugal. 
Por tanto pensar a violência contra mulher na sociedade perpassa em entender 
toda construção social, biológica, religiosa que reforça constantemente á inferioridade 
feminina, á opressão, e a desigualdade de gênero. Por tanto pensar em estratégias 
de combate e enfrentamento a violência necessita conhecer a história, transforma á 
educação social e desconstruir as concepções machistas e patriarcais. 
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E SUA TRAJETÓRIA NA GARANTIA 
DOS DIREITOS FEMININOS 
Considerando que as leis sugiram no mundo para organizar a sociedade 
estabelecendo o que cada um poderia ou não fazer, determinando o que era ou não 
correto. As Leis possuem a finalidade de colocar ordem e disciplina, garantindo um 
bem estar social para civilização. No entanto por muito tempo as mulheres não 
estiveram presentes na legislação Brasileira, somente o homem era considerado 
“cidadão”, ou seja a mulher não possuía o direito de votar em eleições ou trabalhar 
fora de casa. 
A primeira constituição criada no Brasil em 1824, apesar de não trazer uma 
proibição expressa do voto femino, seguia o fluxo de uma sociedade machista e 
patriarcal ao qual era dado a mulher o dever de ser uma esposa subissa, mãe e 
cuidadora do seu lar. Durante muito tempo as mulheres estiveram em uma posição 
desigual referente aos homens na sociedade, sendo violentada constantemente por 
não terem direitos. 
11 
 
Uma das primeiras conquistas que marcam a trajetória de conquista e inclusão 
da mulher na legislação brasileira, ocorreu após mais de 100 anos desde a primeira 
constituição, apenas entre 1930 e 1932 a mulher passa a ser incluída na legislação, 
através do primeiro código eleitoral, aprovado em 1932, após várias manifestações 
femininas ao qual garantia as mulheres o direito de votar e ser votada, como descrito 
no Art. 2º E' eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na 
fórma deste Codigo. 
Após a conquista do voto feminino, a luta das mulheres por seus direitos não 
pararam, bem como a lei continuou buscando garantir uma cidade mais justa e 
democrática. Em 1934 é a criada a constituição que buscava organizar um sistema 
democrático e assegurar ao Brasil a liberdade, a justiça e o bem estar, desta formar 
está constituição garantiu que as mulheres fizessem parte da estrutura do poder. De 
acordo com Dultra 2018: 
Votar e ser votada foram aquisições que alimentavam a expectativa de mudar 
a possibilidade de intervenção nos espaços de podere decisão. Tal 
pluralidade, reivindicada e conquistada no Brasil em 1932, quando houve a 
legalização do direito e em 1934, quando o voto feminino alcançou nítido 
status constitucional. As mulheres passariam de espectadoras a 
deliberativas, participantes das estruturas de Estado. 
No decorrer dos anos, após a primeira conquista, a legislação brasileira continuou 
fazendo alguns avanços simbolicos na criação de leis que buscassem preservar o 
direito feminino. No entanto somente na constituição de 1988 que a lei compreendeu 
que o estado ainda não era justo ou igualitário com as mulheres. 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia 
social e comprometida, na ordem interna e internacional (CONSTITUIÇÃO 
DE 1988). 
A Constituição Brasileira de 1988 foi um marco no processo histórico do Brasil, 
bem como um grande passo na garantia dos direitos femininos. A constituição 
assegurou a igualdade entre homens e mulheres, como descrito no Art.5 Todos são 
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza […..] parágrafo I homens e 
mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. 
Além de garantir á igualdade de direitos, está lei também abriu grandes 
caminhos para legislações voltadas contra o crime feminino e contra a violência 
12 
 
doméstica. No Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do 
Estado, parágrafo § 8º O Estado assegurará á assistência à família na pessoa de cada 
um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas 
relações. Ou seja desde a constituição de 1988, a legislação brasileira já buscava 
coibir qualquer tipo de violência acometida a mulheres. 
Contudo é possível perceber que a Constituição de 1988 foi fundamental no 
progresso na igualdade dos direitos, bem como um marco na garantia dos direitos 
femininos. No entanto mesmo com á evolução das leis na proteção das mulheres, a 
violência contra mulheres em todos os ambitos continuaram existindo, convocando os 
poderes legislativos a buscarem novas leis que assegurassem a proteção as mulheres 
vítimas de violência doméstica. 
A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER E OS AVANÇOS LEGISLATIVOS 
 A sociedade foi estruturada e desenvolvida em fundamentos, valores e pré- 
conceitos machistas e patriarcais, e portanto a principal violência das mulheres ocorre 
da violação dos seus direitos, a vida, a saúde, e a integridade física. Mesmo a 
constituição de 1988 tendo garantindo no ART.226, §8 assistência e proteção a 
vítimas de violência doméstica, os índices de violência contra mulher continuaram 
crescendo, solicitando assim um posicionamento legislativo do estado, criando novas 
leis que protegem os direitos das mulheres. 
Durante muito tempo os casos de violência doméstica e familiar contra mulher 
eram tratados como crime de menor potencial ofensivo e enquadrada na Lei nº 
9.099/1995. No entanto está lei por não ser específica a repreensão do delito de 
violência contra mulheres, se tornava ineficaz e limitada na aplicação de medidas 
cabíveis à repreensão deste tipo de delito. 
 Como dito durante o desenvolvimento deste presente artigo, a violência contra 
mulher sempre existiu na cultura e nas estruturas sociais, no entanto durante muito 
tempo a violência doméstica e familiar contra mulheres fazia parte do sistema familiar 
criado e estruturado por uma sociedade patriarcal e machista, mesmo com os avanços 
das legislações protegendo os direitos femininos, ainda não se existia uma lei 
específica para tratar crimes odiondos da violência contra Mulher, até o ano de 2006, 
quando foi sancionada a Lei 11.340/2006. Está lei se tornou um marco nos avanços 
13 
 
legislativos de combate a violência doméstica, foi a primeira lei a classificar e definir o 
que era a violência contra mulher e quais eram seus tipos. 
 De acordo com o Art. 1° da Lei 11.340/2006 a finalidade desta legislação é 
criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a 
mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre 
a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher[…..] 
Segundo a Lei Maria da Penha 11.340/2006 a violência contra mulher é configurada 
Art. 5º [..] qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou 
patrimonial: 
 
Bem como: 
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das 
formas de violação dos direitos humano. 
Além de definir, está lei também descreveu os tipos de violência contra mulher, 
a violência física, psicológica, moral, patrimonial e sexual. Como descrito nesta lei no 
art.7, parágrafo I, a violência física é entendida como qualquer conduta que ofenda 
sua integridade ou saúde corporal. Já a violência psicológica é entendida como: 
qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima 
ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise 
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, 
mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, 
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de 
sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou 
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação ( Art.7, § II, Lei 11.340/2006) 
Já a violência sexual é descrita como: 
como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a 
participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer 
modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método 
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à 
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que 
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos (Art.7, § III, 
Lei 11.340/2006). 
Portanto a violência patrimonial foi caracterizada qualquer conduta que 
configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, 
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos 
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades (Art.7, § IV, Lei 
14 
 
11.340/2006). Enquanto a violência moral foi entendida como como qualquer conduta 
que configure calúnia, difamação ou injúria (Art.7, § V, Lei 11.340/2006). 
Desta forma está lei tipifica as situações de violência doméstica, proíbe a 
aplicação de penas pecuniárias aos agressores, amplia a pena de um para até três 
anos de prisão e determina o encaminhamento das mulheres em situação de 
violência, assim como de seus dependentes, a programas e serviços de proteção e 
de assistência social. Esses crimes são julgados nos Juizados Especializados de 
Violência Doméstica contra a Mulher, criados a partir dessa legislação, ou nas Varas 
Criminais em casos de cidades em que ainda não existe essa estrutura (CNJ). 
Contudo a Lei Maria da Penha provocou algumas alterações nas legislações 
brasileiras e no sistema judiciário. Além de tipificar e definir a violência doméstica 
contra as mulheres, a lei também determina que a violência doméstica contra a mulher 
independa de orientação sexual, retirou dos Juizados Especiais Criminais a 
competência para julgar os crimes de violência doméstica contra a mulher, proibiu a 
aplicação de penas pecuniárias, como as de pagamento de cestas básicas e multas. 
Bem como prevê a criação de Juizados Especiaisde Violência Doméstica e 
Familiar contra a Mulher, com competência cível e criminal para abranger todas as 
questões. A lei também assegura que as mulheres vítimas de violência somente 
poderá renunciar ao processo perante o Juiz, como vedou a entrega da intimação ao 
agressor pela mulher. 
Segundo CNJ a lei também possibilitou prisão em flagrante, e alterou o código 
de processo penal para possibilitar ao juiz a decretação da prisão preventiva quando 
houver riscos à integridade física ou psicológica da mulher. A lei também alterou o 
artigo 61 do código penal para considerar este tipo de violência como agravante de 
pena e a lei de execuções penais para permitir que o Juiz determine o 
comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. 
Além de provocar alterações importantes na legislação, a Lei 11.340/2006, 
também assegurou a aplicação de medidas protetivas de urgência, tais como a saída 
obrigatória do agressor do ambiente doméstico. 
Apesar da Lei Maria da Penha ter sido a maior lei a ser sancionada em defesa 
dos direitos das mulheres afim de erradicar toda violência contra mulher, outras leis 
15 
 
também surgiram para fortalecer está legislação. A violência contra mulheres ocorrem 
em diversos ambientes, além do doméstico, com o passar do tempo as violências e 
violações dos direitos das mulheres ficaram mais explícitas em ambientes 
institucionais, políticos, e até mesmo em ambientes virtuais. 
Mediante ao crescimento da violência contra mulheres em ambientes virtuais 
foi sancionada a Lei 12.737/2012, conhecida como Lei Carolina Dieckmann, que 
tipifica a os crimes cibernéticos, tendo foco nas invasões a dispositivos que 
acontecem sem a permissão do proprietário. Ou seja de acordo com está lei no 
art.154-A 
Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de 
computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e 
com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem 
autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar 
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: 
Está lei também alterou o decreto- lei nº 2.848/1940 do código penal nós artigos 
266 e 268, como descrito no art.3 da Lei 12.737/2012: 
Os arts. 266 e 298 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - 
Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação “Interrupção ou 
perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de 
informação de utilidade pública. 
 
Outro avanço legislativo que buscou garantir a aplicação da artigo 3°, parágrafo 
I da Lei 11.340/2006 ao qual assegura que 
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos 
humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no 
sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
Por tanto a criação da Lei 12.845/2013, que dispõe sobre o atendimento 
obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual, visa assegurar o 
direito das mulheres a saúde e a assistência do estado. 
Art. 1º Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual 
atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao controle e ao 
tratamento dos agravos físicos e psíquicos decorrentes de violência sexual, 
e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social (Lei 
12.845/2013). 
16 
 
Considerando que a violência sexual contra mulheres também ocorrem durante 
sua infância e no entanto a legislação não garantia proteção a essas mulheres ao 
denunciarem abusivo sexual infantil somente na sua fase adulta, foi sancionada a lei 
12.650/2012 que altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código 
Penal, com a finalidade de modificar as regras relativas à prescrição dos crimes 
praticados contra crianças e adolescentes. 
De acordo com a Lei 12.659/2012, art. 1º O art. 111 do Decreto-Lei nº 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte 
inciso V: 
Nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos 
neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 
18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação 
penal.” (NR) 
A partir desta Lei, violência sexual ocorrida com mulheres na infância ou 
adolescência muda o prazo de prescrição, só será contado a partir da data em que a 
vítima completar 18 anos, a não ser que já tenha sido proposta uma ação penal antes 
disso, pelo representante legal da vítima. 
E para fortalecer e completar a Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, é 
sancionada a Lei 13.104/2015, Lei do feminicídio. Durante muito tempo o crime de 
homicídio de mulheres assassinadas por seus cônjuges eram julgados a partir do 
Decreto-Lei nº 2.848/1940 do Código Penal, no entanto a Lei do feminicídio provocou 
algumas alterações, então ficou sancionado o feminicídio como circunstância 
qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, 
para incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos. 
Segundo a Lei 13.104/2015, art.121 § 2º, IV, o feminicídio ocorre contra a 
mulher por razões da condição de sexo feminino, e considera-se que há razões de 
condição de sexo feminino quando o crime envolve:I - violência doméstica e familiar;II 
- menosprezo ou discriminação à condição de mulher (art. § 2º -A). 
Contudo é possível perceber a luta do legislativos no combate a violência contra 
mulher tem estado em desenvolvimento, e esses avanços tem contribuído para 
erradicação da violência contra mulher, cada lei sancionada possui o mesmo objetivo, 
proteger e assegurar que as mulheres seus direitos como descrito no art.3° da Lei 
Maria da Penha: 
17 
 
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo 
dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à 
cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à 
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e 
comunitária. 
 
MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA NO COMBATE A VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA 
Com a implementação da Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, foram criados 
adoções de normas programáticas que buscassem a proteção e garantia dos direitos 
femininos. De acordo com Oliveira 2012 
Para mulher que se afirme vítima de violência doméstica ou familiar é 
garantido um procedimento diferenciado para a obtenção de medidas 
jurisdicionais que lhe concedam tutela inibitória ou reintegratória do ilícito 
afirmado; ou seja, medidas que sirvam para impedir o ilícito, a sua repetição 
ou a sua continuação. 
Com a chegada da Lei Maria da Penha (11.340/2006) os processos 
judiciais antes utilizados através do código penal e civil para punir crimes de 
Violência contra o gênero femino, foram alterados com a implementação para 
novas medidas judiciais afim de garantir os direitos femininos, mas também 
para impedir que este crime ocorra ou perpetue. 
Segundo a Lei Maria da Penha após ser registrado a denúncia de 
violência contra mulher as autoridades policiais deve imediatamente adotar 
providências legais cabíveis ,como a solicitação das Medidas Protetivas de 
Urgência como determina o 
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial 
adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo 
daqueles previstos no Código de Processo Penal: (...) III - remeter, no 
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com 
o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de 
urgência; ( Lei 11.340/2006) 
 No entanto por se tratar de Medidas Protetivas de Urgência as vítimas de 
violência podem solicitar a medida por meio da autoridade policial, ou do Ministério 
Público, que vai encaminhar o pedido ao juiz.Sendo assim, a lei prevê que a 
autoridade judicial deverá decidir o pedido no prazo de 48 horas, como descrito no art. 
18: 
18 
 
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no 
prazo de 48 (quarenta e oito) horas: 
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas 
de urgência; 
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência 
judiciária, quando for o caso; 
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis 
(Lei 11.340/2006). 
 
As medidas protetivas de urgência não somente garanti a mulher assistência 
do Poder Judiciário mas como também autoriza ao juiz a adotar medidas que 
obriguem ao agressor a suspensão ou restrição do porte de arma, bem como o 
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima, além de proibir 
algumas condutas como aproximação da vítima, de seus familiares, e de 
testemunhas, limitando assim uma certa distância, bem como proibir o contato com a 
vítima, familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação, dentre outros 
descritos no art. 22 da Lei Federal 11.340/2006. 
Vale ressaltar que as medidas protetivas não só protegem a vítima mas como 
seus dependentes, de acordo com o art. 23, ao qual garantir 
Encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário 
de proteção ou de atendimento; 
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao 
respectivo domicílio, após afastamento do agressor; 
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos 
relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; ( Lei 11.340/2006). 
 
 Desta forma as medidas Protetivas buscam são providências garantidas por 
lei, às vitimas de violência doméstica, que tem a finalidade de garantir a sua proteção 
e de sua. Se tornando assim um dos principais mecanismos criado pela Lei Maria da 
Penha para coibir e prevenir qualquer tipo de violência acometida a mulheres. 
A IMPLEMENTAÇÃO DAS REDES DE ENFRENTAMENTO 
VIOLÊNCIA CONTRA MULHER 
Com os avanços legislativos na proteção e garantia dos direitos das mulheres, 
se tornou fundamental a implementação e consolidação de redes de atendimento à 
mulheres em situação de violência. Considerando que a rede de enfrentamento a 
violência contra mulher é definida pela Secretária de Política para Mulheres como: 
atuação articulada entre as instituições/ serviços governamentais, não-
governamentais e a comunidade, visando ao desenvolvimento de estratégias 
efetivas de prevenção e de políticas que garantam o empoderamento e 
construção da autonomia das mulheres, os seus direitos humanos, a 
responsabilização dos agressores e a assistência qualificada às mulheres em 
situação de violência. 
19 
 
 
Sendo assim , busca cumprir as diretrizes do Plano de Política Nacional de 
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que visa Ampliar e aperfeiçoar a Rede 
de Prevenção e Atendimento às mulheres em situação de violência (assistência), 
garantir a implementação da Lei Maria da Penha e demais normas jurídicas nacionais 
e internacionais (combate e garantia de direitos), Promover a atenção à saúde das 
mulheres em situação de violência com atendimento qualificado ou específico, dentre 
outras finalidades. 
Portanto compõe a rede de Enfrentamento a violência contra mulher no âmbito 
do governo, os Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Núcleos de 
Atendimento à Mulher, casas-Abrigo,casas de Acolhimento Provisório, Delegacias 
Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), núcleos ou Postos de Atendimento 
à Mulher nas delegacias Comuns,polícia civil e militar, instituto médico Legal, 
defensorias da mulher,juizados de violência doméstica e Familiar, central de 
atendimento à mulher – Ligue 180 , ouvidorias , ouvidoria da mulher da Secretaria de 
Políticas para as Mulheres, serviços de Saúde voltados para o atendimento dos casos 
de violência sexual e doméstica,posto de atendimento humanizado nos aeroportos, e 
o núcleo da Mulher da casa do migrante. 
Desta forma todos os órgãos descritos acimas buscam proporcionar assistência 
e garantir os direitos das mulheres vítimas de violência. Por isso abordaremos a 
descreveremos nesta pesquisa a atuação de alguns desses serviços na atuação de 
enfrentamento a violência contra mulher. 
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher 
As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM’S) são 
unidades especializadas da Polícia Civil para atendimento às mulheres em situação 
de violência. As atividades das DEAM's têm caráter preventivo e repressivo, devendo 
realizar ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal, as quais 
devem ser pautadas no respeito aos direitos humanos e nos princípios do Estado 
Democrático de Direito (Norma Técnica de Padronização - DEAM's, SPM:2006). 
Segundo a norma técnica de padronização – DEAM’s,SPM 2006: 
20 
 
DEAMs integram a estrutura da Polícia Civil, a qual é um órgão integrante do 
Sistema de Segurança Pública de cada Estado, que tem como finalidade, 
conforme previsto em dispositivo constitucional, o estudo, planejamento, 
execução e controle privativo das funções de Polícia Judiciária, bem como a 
apuração das infrações penais, com exceção das militares e aquelas de 
competência da união 
As DEAM’s possuem um papel fundamental no combate a violência contra 
mulher, por ser o órgão que normalmente recebe as denúncias da vítima e da os 
primeiros cuidados de proteção. Desta forma as diretrizes da DEAM (2006) ressaltam 
que as mulheres em situação de violência de gênero devem ser consideradas como 
sujeito de direitos e merecedoras de atenção. Os policiais envolvidos no atendimento 
a essas mulheres devem ter escuta atenta, profissional e observadora, de forma a 
propiciar o rompimento do silêncio, do isolamento destas mulheres e, em especial, 
dos atos de violência, aos quais estão submetidas. 
Casas abrigo 
 
As casas abrigo são locais para onde mulheres vítimas ou ameaçadas de 
violência domestica são encaminhadas para que possam residir durante período 
determinado, enquanto reúnem condições para retornar o curso de suas vidas. São 
locais sigilosos, onde se presta atendimento não apenas ás mulheres, mas também 
aos seus filhos, em situação de risco iminente. O abrigamento é considerado uma 
medida radical de proteção da vida da mulher. Segundo as diretrizes nacionais para 
abrigamento, as casas abrigo são um equipamento da rede de Enfrentamento a 
violência contra mulher que tem por atribuição: 
Prover, de forma provisória,medidas emergenciais de proteção em locais 
seguros para acolher mulheres em situação de violência doméstica e familiar 
sob risco de morte, acompanhadas ou não de seus filhos(as). 
Para ser abrigada nas casas abrigo as mulheres vítimas de violência precisam 
registrar ocorrência acerca da situação de violência doméstica, familiar ou nas 
relações íntimas de afeto na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM ou 
na delegacia mais próxima, informando o risco iminente de morte. O encaminhamento 
à Casa Abrigo, é realizado por autoridade policial, ordem judicial, ou após atendimento 
na Casa da Mulher Brasileira. 
21 
 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar 
Considerando que os Juizados de Violência Doméstica e Familiar são Órgãos 
da Justiça Ordinária com competência cível e criminal poderão ser criados pela União, 
no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento 
e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar 
contra a mulher. 
De acordo com TJDFT (2020) É uma unidade judicante criada, por meio da 
Resolução 5 de 20/09/2006, do Conselho Administrativo, para julgar especificamente 
casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, segundo a Lei nº 
11.340/2006. 
Segundo a Lei Maria da Penha 11.340/2006, art.14: 
OsJuizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da 
Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela 
União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, 
o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência 
doméstica e familiar contra a mulher 
Por tanto os Juizados de Violência Doméstica e Familiar representam um dos 
maiores avanços na Lei Maria da Penha, pois por meio dos juizados é possível unificar 
em um único procedimento judicial todos os meios de garantia dos direitos das 
mulheres. 
CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER – LIGUE 180 
A central de atendimento a Mulher – ligue 180 é um serviço oferecido pela 
Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos 
Direitos Humanos. Sendo assim é uma política pública fundamental no enfrentamento 
a violência contra mulher. 
De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos 
Por meio de ligação gratuita e confidencial, esse canal de denúncia funciona 
24 horas por dia, todos os dias da semana, no Brasil e em outros 16 
(dezesseis) países: Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco e 
Boston), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, 
Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela. 
Sabemos que a violência contra mulher não é um problema nacional e sim 
mundial e através da central de atendimento à mulher é possível proporcionar escuta 
e acolhimento tanto em âmbito nacional e internacional. Além da escuta a central de 
22 
 
atendimento à mulher também consegue registrar denúncias de violações contra 
mulheres, encaminhá-las aos órgãos competentes e realizar seu monitoramento, 
proporcionando atendimento e acolhimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Considerando que o Brasil é o 4 no ranking de violência contra mulher e que os 
índices desta violência crescem diariamente, está pesquisa buscou não somente 
compreender a participação legislativa e judiciária no enfrentamento a violência contra 
mulher, bem como compreender a configuração da violência doméstica e familiar. 
Contudo foi possível perceber ao longo da construção deste artigo a evolução 
e o desenvolvimento que o sistema legislativo teve no enfrentamento a violência 
contra Mulher. Está violência não é um problema social recente, mas sim histórico, a 
cultura machista e patriarcal, ao qual auxiliaram a fundamentar e estruturar a 
sociedade Brasileira, com seus princípios religiosos de submissão, ou biológicos pro 
considerarem as mulheres inferiores ao gênero masculino, contribuíram e contribuem 
para os altos índices de Violência contra Mulher. 
No entanto se faz importante a atuação do sistema legislativo e judiciário tenha 
uma participação eficaz e ativa no combate a qualquer tipo de violação feminina. Por 
a fim acredito na importância de novos avanços legislativos para o fortalecimento da 
Lei Maria da Penha, bem como a necessidade de novas criações de políticas públicas 
que visem a erradicação da violência contra o gênero feminino. 
Desta forma ressalto a importância da participação do público masculino neste 
combate, bem como ressalto a importância de um aprofundamento no conhecimento 
das leis que asseguram o direito feminino, a todos que compõe essa rede de 
enfrentamento, incluído todo sistema judiciário neste combate. 
 
 
 
24 
 
 
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