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DUDH direitos humanos

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Declaração Universal dos Direitos do Humanos
DUDH - 1948
1. Antecedentes e afirmação histórica dos Direitos Humanos
O presente estudo nos leva a compreender o surgimento dos primeiros
direitos que protegem a dignidade da pessoa humana.
Em linhas gerais diversos pensadores, filósofos e fatos históricos
criaram o conceito de humanidade levando à construção dos Direitos
Humanos como conhecemos na modernidade. Passamos a partir de
agora a destacar no quadro abaixo os principais valores e referências
mais cobradas em concursos públicos:
Grécia e Atenas – A pessoa humana surge como objeto de 
reflexão. Momento em que os costumes e leis são tidos
como fundamento da sociedade e a “vida” começa a ser 
regrada.
Cristianismo – Os fundamentos de amor ao próximo, 
igualdade e fraternidade são elementares para o conceito do
homem espelhado em Jesus Cristo. Jesus passa a ser um 
modelo existencial que tem como defesa primordial o ser 
humano.
Magna Charta Libertatum (Magna Carta das Liberdades ou,
apenas, Magna Carta), Inglaterra, 15 de junho de 1215 é uma
declaração feita pelo Rei João “Sem-Terra”. Limita os poderes
do Rei, conferindo maior poder aos nobres. Em suma, surge a
liberdade como manifestação dos Direitos Humanos. Traz
como inovação essencial o principal princípio do processo, o
do devido processo legal: ninguém será turbado de seus
bens, assim como de sua liberdade sem o devido processo
legal.
•Habeas Corpus Act (Lei de Habeas Corpus), 
Inglaterra, 1679, estabelece o procedimento 
judicial da ação de habeas corpus, cujo objetivo 
era garantir a liberdade de locomoção. O 
principal direito evoluído neste momento é o 
que se refere às liberdades pessoais.
•Bill of Rights (Petição de Direitos ou Declaração de 
Direitos), Inglaterra, 1689, Parlamento inglês, 
Revolução Gloriosa. Restringe o poder real, amplia 
os do Parlamento, consolidando a monarquia 
constitucional e estabelece a garantia da separação 
dos Poderes.
•Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia, 
EUA, 16 de junho de 1776, surgem direitos “inatos”, 
como a vida, a liberdade, a propriedade e a 
igualdade perante a lei. Inspirou a independência 
dos EUA em 1776 (marco importante para os 
Direitos Humanos).
•Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão, França, 26 de agosto de 
1789, aprovada pela Assembleia Nacional, durante 
a Revolução Francesa, previa inúmeros direitos civis 
e políticos, beneficiando especialmente a 
burguesia.
•Movimentos operários, de meados do século XIX, 
alavancaram as discussões e cobraram a realização de 
direitos econômicos e sociais.
•Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), com todas as 
suas desastrosas consequências, promove a discussão, 
ainda que incipiente, no cenário internacional, do ser 
humano como sujeito de direitos, carentes de promoção 
e proteção.
•Liga das Nações (ou Sociedade das Nações), criada 
pelos países que saíram vitoriosos da Primeira 
Guerra como uma organização internacional, cujo 
objetivo principal era a preservação da paz mundial 
e a resolução pacífica dos conflitos.
•Constituição Mexicana, 1917, foi a primeira prever 
inúmeros direitos sociais (trabalhistas e 
previdenciários) dos trabalhadores, como direitos 
fundamentais, ao lado dos direitos civis e políticos.
•Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) leva a 
afirmação da ideia do ser humano como sujeito de 
direitos em todos os lugares, dotado de dignidade, 
promovendo a necessidade da proteção 
internacional de direitos fundamentais, 
consolidando o Direito Internacional dos Direitos 
Humanos.
•Organização das Nações Unidas (ONU), criada a 
partir da aprovação da Carta das Nações Unidas, 
em São Francisco, nos EUA, 1945 e que tem como 
um de seus objetivos a promoção dos direitos 
humanos, em todo o planeta.
•Declaração Universal dos Direitos Humanos 
(DUDH) é o mais importante documento 
internacional de direitos humanos, tendo sido 
adotada e proclamada no âmbito da Organização 
das Nações Unidas (ONU), em 10 de dezembro de 
1948 e veiculada pela Resolução n. 217-A, da 
Assembleia Geral da ONU.
• Atenção: A DUDH estabelece, pela primeira vez, de forma expressa, a 
proteção universal dos direitos humanos.
2.Declaração Universal dos Direitos do Humanos (DUDH)
1.Introdução
Dados os elementos históricos acima considerados, podemos
compreender que todos os pensadores e filósofos, as religiões, e somando a
tais os fatos históricos, tudo o que influenciou na construção do conjunto
ideológico dos Direitos Humanos também refletiu de forma incisiva do
conteúdo da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
• Logo após o término da Segunda Guerra Mundial (1945), 
tamanhas as barbáries que dominaram o mundo em guerra, 
a comunidade internacional percebeu com maior veemência 
a necessidade de proteger os direitos da pessoa humana e 
sua dignidade como ideal máximo. No mesmo ano foi 
editada a Carta das Nações Unidas que serviu de elemento 
para a consolidação do movimento de internacionalização 
dos direitos humanos, elevando a promoção de tais direitos 
a propósito e finalidade culminando na criação da 
Organização das Nações Unidas (ONU, 1945).
•A DUDH foi editada pela ONU aos 10/12/1948 por 48
Estados tendo 8 abstenções. Dentre os que se abstiveram
temos: Bielo-Rússia, Checoslováquia, Polônia, Arábia Saudita,
Ucrânia, URSS, África do Sul e Iugoslávia. Foram poucas
abstenções e nenhuma reserva ou questionamento, tendo
sido a DUDH a fonte motriz dos sistemas de direitos
humanos existentes na atualidade.
•Convém destacarmos uma “rivalidade” existente na época da 
publicação da DUDH. O pós segunda guerra mundial gerou 
fortalecimento dos EUA e URSS, que eram aliados e que viriam 
a jogar sua influência sobre o mundo moderno. Porém, 
historicamente sabemos que os EUA possui uma concepção 
capitalista, enquanto que a URSS adota um regime comunista. 
Esta crucial diferenciação fez com que os EUA, no âmbito da 
ONU, visassem priorizar liberalismo e mínima regulação de 
direitos, contrapondo-se à ideia de intervenção ostensiva do 
Estado na sociedade. Esse confronto foi mundialmente 
conhecido como Guerra Fria.
•Finalmente sabemos que os EUA foram vitoriosos 
em sua influência capitalista, de modo que a 
DUDH intensificou direitos de primeira dimensão 
(liberdades) e de segunda dimensão (igualdade). 
Deixando de fora, ao menos de forma explícita, os 
direitos de terceira dimensão – como veremos
adiante.
2.2. Características e dimensões de direitos
Sobre sua extensão a Declaração visa a adoção dos direitos
humanos por todos os países, não só aqueles membros da
ONU. Em seu preâmbulo está previsto que a Declaração se
coloca, justamente, como o “ideal comum” a ser atingido por
todos os povos e todas as nações. Aí a característica da
universalidade conforme estudado anteriormente.
A Declaração foi adotada e proclamada pela Resolução nº 217
A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de
dezembro de 1948. Assinada pelo Brasil na mesma data, a
partir de então ocorreu a caracterização, para a formação e a
cristalização dos direitos humanos na órbita internacional. A
dignidade da pessoa humana foi inserida como um dos
principais interesses da sociedade internacional, podendo
mitigar, inclusive a soberania dos Estados no que atine à
condução de tais direitos.
•Por ser, ainda na atualidade, o principal 
instrumento global de proteção aos Direitos 
Humanos, a DUDH é muito cobrada em provas de 
concursos públicos. Assim, convém um estudo 
pormenorizado se seus artigos.
1ª Dimensão dos Direitos
Humanos
Artigo 1º ao artigo 21. Consenso na comunidade 
internacional.
2ª Dimensão dos Direitos
Humanos
Artigo 22 ao artigo 30. Houve discussão – em especial
entre EUA X URSS – porém
prevaleceu a tese de proteção a
esses direitos.
3ª Dimensão dos Direitos
Humanos
Não há previsão direta, mas apenas algumas referências ao longo
do texto.
Os direitos dessa geração foram concebidos mais tarde, razão
pela qualnão constam da DUDH.
Quadro dimensão de direitos humanos fundamentais e a DUDH:
•Atenção! Para sua prova lembre que a DUDH não 
traz explicitamente os direitos de terceira 
dimensão, isso efetivamente ocorrerá na década 
seguinte. O que este documento faz é tão somente 
“alertar” para existência de tais direitos.
• Caiu em concurso!! CESPE/DEPEN – Direitos Humanos e Cidadania – Agente
Penitenciário Federal
• Consensualmente considerada um prolongamento natural da Carta da
Organização das Nações Unidas (ONU, 1945), a Declaração Universal dos Direitos
Humanos (DUDH) foi aprovada pela Assembleia-geral da ONU em 1948
(Resolução 217-A). O documento reflete o desejo de paz, justiça, desenvolvimento
e cooperação internacional que tomou conta de quase todo o mundo após duas
grandes guerras no espaço de apenas duas décadas. Com relação a esse assunto,
julgue os itens que se seguem: “A internacionalização dos direitos humanos,
objetivo central da DUDH, é uma forma de resposta ao mal absoluto que
caracterizou regimes políticos como o nazismo, de que o genocídio promovido
em campos de extermínio seria o exemplo mais dramático.” Certo ou Errado?
2.3. Direitos expressos na DUDH:
Abaixo listamos os principais direitos expressos da declaração:
•vida, liberdade e segurança pessoal;
•proibição de escravidão e servidão;
•proibição de tortura e tratamento cruel, desumano ou degradante;
•reconhecimento como pessoa;
• igualdade;
•proibição de prisão arbitrária;
•justa e pública audiência perante um tribunal independente e
imparcial;
•presunção de inocência;
•vida privada;
•liberdade de locomoção;
•direito de asilo, que não pode ser invocado em caso de 
perseguição legitimamente motivada por crime de direito
comum;
•direito a ter uma nacionalidade;
•contrair matrimônio e fundar uma família;
•propriedade;
•liberdade de pensamento, consciência e religião;
•liberdade de reunião e associação pacífica;
•fazer parte do governo do país;
•acesso ao serviço público do país;
•segurança social;
•trabalho;
•repouso e lazer;
•padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e à sua família, saúde 
e bem-estar, inclusive alimentação vestuário, habitação, 
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis;
•instrução (educação); e
•participar livremente da vida cultural.
4.Força normativa da DUDH
• A Resolução que aprovou a DUDH não tem força de lei. Doutrina 
entende que a DUDH entra no ordenamento como resolução e não 
como tratado.
• Sobre o tema a maior expressão doutrinária internacional declara a 
plenitude da força jurídica da DUDH pois:
✓Admite força jurídica vinculante;
✓Corte Internacional de Justiça já se manifestou no sentido do poder 
vinculante da DUDH
Por que?
Argumentação internacional: A DUDH constitui norma jurídica 
vinculante porque integra o direito costumeiro e os princípios
gerais de direito, pois (a) as constituições – a exemplo da do
Brasil – incorporaram seus preceitos no texto;
(b) a ONU, em seus diversos documentos, faz remissões ao seu 
texto, alertando para o seu
caráter obrigatório; e (c) várias decisões proferidas pelas 
diversas cortes
internacionais referem-se à DUDH como fonte do direito.
Assim, trazemos a corrente majoritária para fins de prova de concurso: a
Declaração Universal de 1948, ainda que não assuma a forma de tratado
internacional, apresenta força jurídica obrigatória e vinculante, na
medida em que constitui a interpretação autorizada da expressão
‘direitos humanos’, constante dos art. 1º, 3 e art. 55 da Carta das Nações
Unidas. Prof.ª Flávia Piovesan.
2.5. Declaração Universal dos Direitos Humanos (íntegra)
Neste ponto, a partir do momento em que o aluno já reconhece o
conteúdo, valores históricos e ambientação sobre a Declaração,
recomendamos uma leitura completa da DUDH – 30 artigos:
• Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a
todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e
inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo,
• Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos
humanos resultam em atos bárbaros que ultrajam a consciência da
humanidade e que o advento de um mundo em que os homens
gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de
viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a
mais alta aspiração do homem comum,
• Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo
Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último
recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,
• Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas 
entre as nações,
• Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua
fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa
humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que
decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em
uma liberdade mais ampla,
•Considerando que os Estados-Membros se comprometeram
a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o
respeito universal aos direitos humanos e liberdades
fundamentais e a observância desses direitos e liberdades,
•Considerando que uma compreensão comum desses
direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno
cumprimento desse compromisso,
A Assembleia Geral proclama:
A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal
comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o
objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo
sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e
da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades,
e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua
observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios
Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua
jurisdição.
• Artigo 1º - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e
direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação
umas às outras com espírito de fraternidade.
• Artigo2º - Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as
liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento, ou qualquer outra condição.
• Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição
política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença
uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela,
sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de
soberania.
• Artigo 3º - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.
• Artigo 4º - Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a 
escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas
formas.
Artigo 5º - Ninguém será submetido à tortura, nem a 
tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. 
Artigo 6º - Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os 
lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo 7º - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem
qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito
a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a
presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.
• Artigo 8º - Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais 
competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos 
fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela
lei.
• Artigo 9º - Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
• Artigo 10 - Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma
audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e
imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do
fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
• Artigo 11 - §1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o
direito de serpresumida inocente até que a sua culpabilidade tenha
sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe
tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua
defesa.
§2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que,
no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou
internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que
aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
• Artigo 12 - Ninguém será sujeito a interferências na sua vida
privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem
a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à
proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
• Artigo13 - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e 
residência dentro das fronteiras de cada Estado.
§2.Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o 
próprio, e a este regressar.
•Artigo 14 - §1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o
direito de procurar e de gozar asilo em outros países. §2. Este
direito não pode ser invocado em caso de perseguição
legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por
atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
•Artigo 15 - §1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
§2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade
•Artigo 16 - Os homens e mulheres de maior idade, sem
qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o
direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam
de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua
dissolução.
§1. O casamento não será válido senão como o livre e pleno
consentimento dos nubentes.
§2. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e
tem direito à proteção da sociedade e do Estado.
• Artigo 17 - §1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em
sociedade com outros.
§2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
• Artigo 18 - Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento,
consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de
religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou
crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância,
isolada ou coletivamente, em público ou em particular
•Artigo 19 - Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e
expressão; este direito inclui a liberdade de, sem
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir
informações e ideias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras.
•Artigo 20 - §1.Toda pessoa tem direito à liberdade de
reunião e associação pacíficas.
§2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma
associação.
•Artigo 21 - §1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no
governo de seu país, diretamente ou por intermédio de
representantes livremente escolhidos.
§2.Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público
do seu país.
§3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo;
esta vontade será expressa em eleições periódicas e
legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou
processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
•Artigo 22 - Toda pessoa, como membro da sociedade, 
tem direito à segurança social e à realização, pelo 
esforço nacional, pela cooperação internacional de 
acordo com a organização e recursos de cada Estado, 
dos direitos econômicos, sociais e culturais 
indispensáveis à sua dignidade e ao livre 
desenvolvimento da sua personalidade.
•Artigo 23 - §1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à 
livre escolha de emprego, a condições justas e 
favoráveis de trabalho e à proteção contra o 
desemprego. 
§2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a 
igual remuneração por igual trabalho. 
§3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma 
remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, 
assim como à sua família, uma existência compatível 
com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se 
necessário, outros meios de proteção social. 
§4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a 
neles ingressar para a proteção de seus interesses.
• Artigo 24 - Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a 
limitação razoável das horas de trabalho e a férias periódicas
remuneradas.
• Artigo 25 - §1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz 
de assegurar a si e a sua família saúde e bem- estar, inclusive 
alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços 
sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de 
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de 
perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu 
controle. 
§2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência 
especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora de matrimônio, 
gozarão da mesma proteção social.
• Artigo 26 - §1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será
gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução
elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a
todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
§2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos
humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos
raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol
da manutenção da paz.
§3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que
será ministrada a seus filhos.
•Artigo 27 - §1. Toda pessoa tem o direito de participar
livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e
de participar do processo científico e de seus benefícios.
§2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais
e materiais decorrentes de qualquer produção científica,
literária ou artística da qual seja autor.
•Artigo 28 - Toda pessoa tem direito a uma ordem social e 
internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos 
na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
• Artigo 29 - §1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em
que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
§2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará
sujeita apenas às limitações determinadas por lei, exclusivamente
com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos
direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da
moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade
democrática.
§3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser
exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações
Unidas.
Artigo 30 - Nenhuma disposição da presente 
Declaração pode ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou 
pessoa, do direito de exercer qualquer 
atividade ou praticar qualquer ato destinado à 
destruição de quaisquer dos direitos e 
liberdades aqui estabelecidos.
OBRIGADO!
PROF.: WILLIAM PEREIRA
• FIM!

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