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E-book 2
LÍNGUA INGLESA: 
GRAMÁTICA DO 
TEXTO 
Mariana Eunice Alves de Almeida
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
GÊNEROS TEXTUAIS: UMA 
ABORDAGEM DE ESTUDO DA 
LÍNGUA ����������������������������������������������������������4
GÊNEROS TEXTUAIS MAIS COMUNS 
DA LÍNGUA INGLESA ������������������������������� 22
E-mail ��������������������������������������������������������������������� 22
Notícia �������������������������������������������������������������������� 25
Resenha crítica ������������������������������������������������������ 28
Manual de instruções ������������������������������������������� 32
Artigo científico ����������������������������������������������������� 35
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������39
SÍNTESE ������������������������������������������������������ 40
2
INTRODUÇÃO
Neste e-book, vamos conhecer uma abordagem prá-
tica de estudo da língua: os gêneros textuais� Vamos 
estudar alguns gêneros textuais e de que maneira 
podem nos ajudar a entender melhor nossos pro-
cessos comunicacionais� 
Na primeira seção, a discussão se volta ao enten-
dimento do que é um gênero textual, assim, vamos 
saber como conhecemos os mais variados gêneros, 
mesmo que de forma intuitiva, além de estudar quais 
os principais tipos textuais existentes� Na segunda 
seção, faremos um apanhado de gêneros textuais 
em língua inglesa, que são mais comuns em nosso 
cotidiano, ou seja, aqueles que temos mais contato� 
Abordaremos quais são seus objetivos, estrutura e 
características principais�
3
GÊNEROS TEXTUAIS: UMA 
ABORDAGEM DE ESTUDO 
DA LÍNGUA
A fim de compreendermos um texto, é fundamental 
que ele seja bem escrito, correto? Mas não é somen-
te a precisão gramatical e lexical que deve existir: é 
preciso dar atenção também ao tipo de texto, seu 
objetivo e sua função� Estamos lendo um romance? 
Estamos lendo a descrição de um experimento cien-
tífico? O texto que temos em mãos é uma informa-
ção sobre um fato que acaba de acontecer? São as 
funções e os objetivos dos textos que moldam o que 
chamamos de gêneros textuais. Observe a Figura 1:
4
Figura 1: Exemplo de propaganda. Fonte: Unsplash.
Quando observamos a Figura 1, reconhecemos 
imediatamente que se trata de uma propaganda� 
Primeiro porque conhecemos a marca (Pepsi); se-
gundo porque ela utiliza uma linguagem injuntiva 
(Hit the spot é uma expressão da língua inglesa que 
significa “Acerte em cheio”), isto é, que estimula o 
leitor (no caso, o consumidor) a tomar determinada 
atitude – aqui, “acertar em cheio” é tomar uma bebida 
refrescante como o refrigerante Pepsi�
5
https://unsplash.com/photos/e4T-y340YQM
Note que é comum fazermos esse tipo de “rotulação” 
para os diferentes textos que lemos no dia a dia� 
Fazemos isso quase que de forma automática, sem 
nem mesmo pensar que estamos classificando os 
textos� A essa capacidade de reconhecer os diferen-
tes textos com os quais nos deparamos, Koch e Elias 
(2011, p. 54) dão o nome de competência metagené-
rica, a qual “diz respeito ao nosso conhecimento de 
gêneros textuais, sua caracterização e sua função”.
Essa competência faz com que nós saibamos a 
forma adequada de produzir textos necessários às 
situações comunicativas diversas de que participa-
mos� Assim sabemos, quase que intuitivamente, que 
não devemos esperar uma conferência acadêmica 
durante um jogo de futebol, ou mesmo uma piada 
em um velório� Ela faz com que saibamos diferenciar 
os diversos gêneros, ou seja, sempre conseguimos 
identificar quando estamos lendo um bilhete, uma 
receita culinária, um poema, uma receita médica ou 
quando estamos assistindo a uma aula ou um show 
de comédia (KOCH; ELIAS, 2011). Se, por um lado, 
a competência metagenérica “orienta a produção 
de nossas práticas comunicativas, por outro lado, é 
essa mesma competência que orienta a nossa com-
preensão sobre os gêneros textuais efetivamente 
produzidos” (KOCH; ELIAS, 2008, p. 103).
Todas nossas produções comunicativas, orais ou 
escritas, têm por base diferentes formas e padrões, 
considerados relativamente estáveis de estrutura, 
que denominamos gêneros. Os gêneros textuais são 
o resultado das práticas comunicativas modeladas 
6
e remodeladas de uma determinada cultura ou so-
ciedade, isto é, são produções de uma coletividade 
(KOCH; ELIAS, 2011).
Podemos entender os gêneros textuais como uma 
forma de classificar o texto. Essa classificação con-
sidera o conjunto de semelhanças que os textos 
apresentam, como assunto, papel dos interlocutores, 
situação de comunicação em que o texto ocorre e 
estilo de escrita e estrutura do texto�
Um dos primeiros pesquisadores a aprofundar e es-
truturar o estudo sobre os gêneros foi o russo Mikhail 
M. Bakhtin (1895-1975). O pensador argumenta que, 
em todas as nossas atividades de fala ou escrita, 
sempre há exigência, para quem produz a comuni-
cação, de utilizar uma forma padrão, uma estrutura 
para a fala (ou escrita)� Tal estrutura constitui um 
amplo repertório de gêneros do discurso� A ideia de 
Bakhtin é que, no cotidiano, aprendemos a moldar 
nossa fala e escrita aos gêneros existentes (KOCH; 
ELIAS, 2008).
7
Figura 2: O pensador russo Mikhail M. Bakhtin. Fonte: Wikimedia.
De acordo com a perspectiva bakhtiniana, os gêneros 
apresentam as seguintes características: plano com-
posicional, conteúdo temático e estilo. Os gêneros 
possuem uma forma própria de composição, ou seja, 
o seu plano composicional� Por exemplo, um cartão-
-postal apresenta os seguintes elementos: destina-
tário, saudação inicial, mensagem, saudação final e 
assinatura. O conteúdo temático refere-se ao tema 
que o texto apresenta� Por exemplo, esperamos de 
um contrato que ele apresente as cláusulas sobre os 
direitos e deveres das partes envolvidas (conteúdo 
8
https://commons.wikimedia.org
temático), o tipo de escrita, mais formal, típico de 
um contrato, seria o seu estilo (KOCH; ELIAS, 2011).
Podcast 1 
Os gêneros textuais são construídos e reconstruídos 
ao longo do tempo em decorrência das nossas prá-
ticas sociais, que são infinitas e estão em constante 
processo de mudança� Por essa razão, podemos di-
zer que há uma infinidade de gêneros textuais, porque 
as intenções e os contextos comunicativos também 
são praticamente infinitos. Porém, como uma tenta-
tiva de classificar os gêneros textuais, temos dois 
grandes grupos: os gêneros escritos e os orais�
Dentre os gêneros tipicamente escritos, temos ro-
mance, bilhete, histórias em quadrinhos, receita culi-
nária, bula de remédio, cardápio, manuais de instru-
ções, boletins de ocorrência, editais de concursos, 
artigos científicos, dissertações e teses, e até mesmo 
sinalizações de trânsito, só para listar alguns� Dentre 
os gêneros considerados orais, temos telefonema, 
sermão, aula, reunião de condomínio, conversação 
espontânea, conferências, entre outros (MARCUSCHI, 
2010).
9
https://famonline.instructure.com/files/168622/download?download_frd=1
Figura 3: Sinalização de trânsito “Via de mão única”. Fonte: Unsplash. 
Você sabia que, antes da prática de registrar os tex-
tos por escrito, como em livros, era comum os textos 
literários serem compartilhados somente pela ora-
lidade? É isso mesmo! A prática de escrever textos 
de ficção e não ficção é algo recente na história da 
humanidade�
Podcast 2 
Percebemos, então, que os gêneros são escolhidos 
em conformidade com as nossas práticas sociais, 
sempre considerando as necessidades e as vontades 
dos interlocutores� Podemos, portanto, entender os 
gêneros como ferramentas essenciais à comunica-
ção� Se os gêneros não existissem e não tivésse-
mos domínio (ou ao menos conhecimento) deles, a 
comunicação seria algo extremamente difícil de ser 
10
https://unsplash.com/photos/pKeF6Tt3c08
https://famonline.instructure.com/files/168623/download?download_frd=1
realizada, pois precisaríamos criar as nossas estru-
turas de fala e escrita a cada situação comunicativa 
(KOCH; ELIAS, 2011).
Os gêneros textuais são formadospor sequências 
textuais chamadas de tipos textuais (ou tipologias)� 
Para Travaglia (2007), os tipos de texto mais utiliza-
dos são: a narração, a descrição, a dissertação e a 
injunção, considerados os modelos para todos os 
textos que lemos e elaboramos�
O tipo de texto considerado mais antigo é a narração, 
já que os homens contam histórias desde o início de 
sua vida em sociedade� A narrativa, de acordo com 
Barthes (1971), está presente em todos os lugares 
e em todas as sociedades, desde que o homem se 
entende como um ser que vive em grupos� Dentro 
da narração, encontramos subdivisões, como as nar-
rativas de ficção e as biografias. O objetivo do texto 
narrativo é contar os fatos e acontecimentos, além 
de relatar ações ou diálogos (TRAVAGLIA, 2007).
A narração é um tipo textual dinâmico, no qual pre-
dominam os verbos de ação� Um texto narrativo ge-
ralmente busca responder as seguintes questões 
(ainda que nem sempre responde a todas): o que 
aconteceu? (o fato a ser narrado), quem participou 
da ação (personagens), onde o fato ocorreu, quando 
a ação ocorreu (ou quando ocorrerá, se a narração 
é sobre algo que ainda vai acontecer), como e por 
que aconteceu, quais os resultados da ação e quem 
conta o acontecimento (o narrador é conhecido ou 
desconhecido?)�
11
Segundo Koch e Elias (2011), as sequências narrati-
vas apresentam uma sucessão temporal ou mesmo 
causal dos eventos, isto é, apresenta uma situação 
inicial e uma situação final, e no intervalo há mudan-
ças de estado das coisas� Além dos verbos de ação, 
nos textos narrativos existe também a predominância 
de advérbios temporais e causais e dos discursos 
direto, indireto e indireto livre�
Alguns exemplos de gêneros textuais em que pre-
domina a narrativa são os romances, as crônicas, 
os contos e até mesmo alguns textos jornalísticos, 
como a notícia� Por exemplo, observe um trecho da 
obra de Charles Dickens:
The sound resounded through the house like 
thunder. Every room above, and every cask in 
the wine-merchant’s cellars below, appeared 
to have a separate peal of echoes of its own. 
Scrooge was not a man to be frightened by 
echoes. He fastened the door, and walked 
across the hall, and up the stairs; slowly too: 
trimming his candle as he went. 
(Fonte: DICKENS, Charles. A Christmas Carol, 1843, p. 19. 
Disponível em: Domínio Público. Acesso em: 26 ago. 2019.
Observe a forma que o trecho narra dois aconteci-
mentos provocados por dois personagens (the sound 
– o som, e Scrooge)� Este é um trecho em que pre-
domina a narração dos acontecimentos feita pelo 
narrador da história; ele utiliza os tempos verbais 
no passado para narrar e detalhar o que aconteceu�
12
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pp000013.pdf
A descrição é o tipo de texto que retrata pessoas 
(reais ou imaginárias), objetos, ambientes, paisagens, 
as mais diversas cenas e até mesmo pensamentos 
e outras subjetividades. O texto descritivo funciona 
como uma espécie de fotografia, que permite ao lei-
tor construir em sua imaginação os detalhes que o 
autor de um determinado texto construiu. O objetivo 
do texto descritivo é caracterizar, contar como é algu-
ma coisa; para isso, utiliza adjetivos e comparações 
(TRAVAGLIA, 2007).
De acordo com Koch e Elias (2011, p. 65), a sequên-
cia descritiva caracteriza-se “pela apresentação de 
propriedades, qualidades, elementos componentes 
de uma entidade, sua situação no espaço, etc.”. No 
texto descritivo, há predominância de verbos de liga-
ção (ser, estar) para que a coordenação das ideias 
aconteça mais facilmente. Os tempos verbais mais 
utilizados são o presente do indicativo (em inglês, o 
simple present) e o pretérito imperfeito (em inglês, há 
a predominância do uso do simple past, do present 
perfect e do past perfect)�
Um texto descritivo busca responder, geralmente, às 
seguintes questões: qual o objeto, ser ou situação a 
se descrever? O que precisa ser destacado na descri-
ção? Qual ordem será utilizada na descrição – lógica, 
cronológica, afetiva? Além de outros aspectos que só 
podem ser estabelecidos pelas intenções do autor ou 
pelo público-alvo a quem se destina o texto� Vamos 
observar mais um trecho da obra Christmas Carol, 
de Charles Dickens:
13
Oh! But he was a tight-fisted hand at the grind-
-stone, Scrooge! A squeezing, wrenching, grasping, 
scraping, clutching, covetous, old sinner! Hard and 
sharp as flint, from which no steel had ever struck 
out generous fire; secret, and self-contained, and 
solitary as an oyster. The cold within him froze his 
old features, nipped his pointed nose, shrivelled 
his cheek, stiffened his gait; made his eyes red, 
his thin lips blue; and spoke out shrewdly in his 
grating voice. A frosty rime was on his head, and 
on his eyebrows, and his wiry chin. He carried his 
own low temperature always about with him; he 
iced his office in the dog days; and didn’t thaw it 
one degree at Christmas.
(Fonte: DICKENS, Charles. A Christmas Carol, 1843, p. 4-5. 
Disponível em: Domínio Público. Acesso em: 26 ago. 2019).
Conseguiu identificar a sequência de adjetivos, logo 
no início do parágrafo, que o autor utiliza para descre-
ver o personagem Scrooge? Este é um parágrafo todo 
dedicado à descrição deste personagem� Mesmo que 
utilize um trecho de narração, como em “He carried 
his own low temperature always about with him”, sua 
função ainda é de descrição� 
A dissertação visa a explicar, apresentar conceitos 
e ideias sobre um tema a fim de levar o leitor a re-
fletir. Geralmente, apresenta uma introdução com a 
ideia central, um desenvolvimento dessa ideia, com 
explanações e exemplos, e uma conclusão com a 
exposição dos argumentos do autor� A maioria dos 
autores argumenta que a dissertação se divide em 
dois tipos: a dissertação argumentativa e a disser-
tação expositiva (TRAVAGLIA, 2007).
14
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pp000013.pdf
A dissertação argumentativa busca comprovar se 
alguma ideia tem ou não validade� É um tipo de texto 
que tem por objetivo convencer, influenciar ou per-
suadir o leitor; para isso, utiliza argumentos, provas, 
relatos de testemunhas e até mesmo técnicas de 
convencimento� A seguir, temos um trecho retirado de 
um artigo de opinião do jornal britânico The Guardian: 
To beat Trump in 2020, Democrats will need 
to get down and dirty
To prepare for 2020 the Democrats must hold their 
noses and wade into the immigration and race me-
lee. They must do it with conviction, consistency 
and emotional resonance, rather than with a sort 
of competent, managerial presence that frowns 
upon engaging with Trump on his own terms as 
unruly. Being reactive and “fact-checking” Trump 
can only get us so far. The fight must be both dirty 
and inspiring. It needs to get to a point where a 
Democratic presidential candidate can say: “The 
longer Trump and the Republicans talk about iden-
tity politics, I got ’em.”
(Fonte: The Guardian. Acesso em: 26 ago. 2019).
Mesmo sem saber que o texto é um artigo de opinião 
(gênero textual essencialmente voltado à argumenta-
ção), notamos que o trecho expõe as ideias do autor 
e que ele tem por objetivo fazer com que o leitor 
concorde com ele, ao indicar o que os democratas 
precisam fazer com vistas a se prepararem para as 
eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos�
15
https://www.theguardian.com/commentisfree/2019/aug/26/trump-2020-democrats-identity-politics
A dissertação expositiva apresenta uma ideia, um 
assunto, de forma demonstrativa� Não há intenção 
de convencer o leitor� Para demonstrar suas ideias, 
o autor constrói uma espécie de amplificação de 
sua ideia central, na qual busca demonstrar origem, 
antecedência, causas e consequências, sempre uti-
lizando uma linguagem denotativa e objetiva� 
Os textos jornalísticos são, em geral, classificados 
na categoria dissertação expositiva, quando buscam 
apresentar dados, informar e explicar� Vamos obser-
var um exemplo retirado do site da rede britânica de 
notícias BBC:
Indonesiapicks Borneo Island as site of new 
capital
Indonesia’s capital city is to be relocated to the pro-
vince of East Kalimantan on the island of Borneo, 
President Joko Widodo has said. 
The current capital, Jakarta, home to more than 
10 million people, sits on swampy land.
Parts of the city are sinking by as much as 25cm 
(10in) a year and almost half now sits below sea 
level.
No name was given for the capital’s planned 
replacement.
The new city will straddle two relatively undeve-
loped regions, Kutai Kertanegara and Penajam 
Paser Utara.
(Fonte: BBC News. Acesso em: 26 ago. 2019).
Perceba que, mesmo utilizando estruturas narrativas 
e descritivas, o objetivo do texto é expor informa-
16
https://www.bbc.com/news/world-asia-49470258
ções e dados, ou seja, informar, o que o caracteriza 
como uma tipologia textual dissertativa, de caráter 
expositivo�
Segundo Koch e Elias (2011, p 68), a injunção apre-
senta “prescrições de comportamentos ou ações 
sequencialmente ordenadas, tendo como principais 
marcas os verbos no imperativo”. A tipologia injunti-
va busca informar, ajudar, aconselhar, recomendar, 
propor a ação do leitor/receptor da mensagem� 
Um texto injuntivo pode ter um caráter mais instru-
cional ou prescritivo� A diferença está na essência 
coercitiva, ou seja, na possibilidade de escolha, por 
parte do leitor, do receptor da mensagem, em seguir 
ou não as instruções, o comando� A instrução está 
relacionada a informar, ajudar, aconselhar, recomen-
dar, propor a ação� Já a prescrição estabelece uma 
relação mais impositiva, em que existe uma obriga-
ção, exigência, ordenamento�
Os textos injuntivos que mais comumente circulam 
na sociedade são os panfletos, cartazes, bulas de 
remédio, embalagens de produtos, receitas culiná-
rias, manuais de instrução, leis e regulamentos, e 
até mesmo os guias de localização que usamos no 
telefone celular, como o exemplo abaixo:
Your confidence should be running at an all-time 
high right now, but is it? If you’re feeling shaky, or 
like too much is being expected of you, draw your 
attention inward. Pay attention to your inner life. 
Yes, this is a social time of year for you, and you 
may be getting more attention than usual. You 
17
might go in the opposite direction: stay in rather 
than go out; invest time reading and thinking rather 
than in any concerns about your appearance; and 
relate directly to the one person who appreciates 
and respects you the most. When you attend to 
your true spiritual and emotional needs for a little 
while, you’ll feel a new kind of confidence that is 
based on self-worth. You might start with food. 
Eating well, and at home, is a resounding message 
of self-love.
(Fonte: Revista Marie Claire. Acesso em: 26 ago. 2019 
- Adaptado).
Que tipo de texto é esse? Se você achou que é a 
previsão astrológica de um dos signos do zodíaco 
(ou seja, as previsões do horóscopo), acertou! Essas 
são as previsões para o signo de áries� Veja que é 
um texto tipicamente injuntivo, pois aconselha quem 
lê sobre o que é melhor fazer (ou não fazer) naquele 
determinado período�
É importante ressaltar que um determinado gênero 
pode apresentar mais de um tipo de texto� Por exem-
plo, um artigo de opinião é um texto do tipo disser-
tativo, que tem por objetivo demonstrar a opinião 
do autor para o leitor e, para isso, o texto pode apre-
sentar uma história em formato narrativo� Segundo 
Koch e Elias (2011), cada gênero vai eleger um ou 
mais desses tipos textuais para a sua composição� 
Em outras palavras,
[...] por exemplo, num conto ou num romance, va-
mos encontrar, a par das sequências narrativas, 
responsáveis pela ação propriamente dita (enre-
do, trama), sequências descritivas (descrições 
18
https://www.marieclaire.com/horoscopes/weekly-horoscopes/news/a17783/aries-weekly-horoscope/
de situações, ambientes, personagens) e exposi-
tivas (intromissões do narrador); peças jurídicas 
como a petição inicial ou a contestação vão conter, 
normalmente, sequências narrativas, descritivas, 
expositivas e argumentativas; num manual de ins-
truções encontrar-se-ão, pelo menos, sequências 
injuntivas e descritivas, e assim por diante (KOCH; 
ELIAS, 2011, p. 73).
Quando afirmamos que um texto de determinado 
gênero pode conter uma ou mais tipologias textuais, 
pode surgir a dúvida se os gêneros e os tipos textuais 
são a mesma coisa, não é? Pois não são� Vamos 
esclarecer� Enquanto as tipologias (os tipos textuais, 
que acabamos de estudar, como narração, descrição, 
dissertação, injunção) funcionam como molde, os 
gêneros textuais são o conteúdo desse molde�
Assim, temos uma gama de exemplos de gêneros 
textuais que podem ser observados em nosso coti-
diano: a mensagem que mandamos pelo Whatsapp, o 
e-mail que enviamos a algum cliente ou colega de tra-
balho, o contrato que assinamos, a notícia que lemos 
no jornal, entre tantos outros exemplos de gêneros 
de textos que a sociedade utiliza mais comumente�
Para melhor entender a diferença entre tipo e gênero, 
vamos observar a Tabela 1 elaborada por Marcuschi 
(2010).
Tipos textuais Gêneros textuais
Construtos teóricos de-
finidos por propriedades 
linguísticas intrínsecas�
Realizações linguísticas concre-
tas definidas por propriedades 
sociocomunicativas�
19
Tipos textuais Gêneros textuais
Constituem sequências 
linguísticas ou sequências 
de enunciados e não são 
textos empíricos�
Constituem textos empiricamente 
realizados, cumprindo funções em 
situações comunicativas�
Sua nomeação abrange um 
conjunto limitado de cate-
gorias teóricas determina-
das por aspectos lexicais, 
sintáticos, relações lógicas, 
tempo verbal�
Sua nomeação abrange um 
conjunto aberto e praticamente ili-
mitado de designações concretas 
determinadas pelo canal, estilo, 
conteúdo, composição e função�
Designações teóricas dos 
tipos: narração, argumenta-
ção, descrição, injunção e 
exposição�
Exemplos de gêneros: telefonema, 
sermão, carta comercial, carta 
pessoal, romance, bilhete, aula 
expositiva, reunião de condomínio, 
horóscopo, receita culinária, bula 
de remédio, lista de compras, car-
dápio, instruções de uso, outdoor, 
inquérito policial, resenha, edital 
de concurso, piada, conversação 
espontânea, conferência, carta 
eletrônica, bate-papo virtual, aulas 
virtuais etc�
Tabela 1: Diferenças entre tipos e gêneros textuais. Fonte: Marcuschi 
(2010, p. 24).
Podemos observar, portanto, que nós moldamos 
a estrutura dos gêneros textuais de acordo com a 
funcionalidade que temos para a situação de co-
municação, isto é, são a finalidade e o contexto da 
comunicação que determinam qual o gênero a ser 
utilizado e o seu conteúdo; para que se faça uma boa 
utilização do gênero, o autor da comunicação utiliza 
as sequências textuais (tipos) mais adequados para 
a situação em que se encontra�
20
Chegamos ao fim desta seção com algumas consi-
derações sobre os gêneros textuais feitas por Koch 
e Elias (2008, p. 113):
 ● A noção de gêneros textuais é respaldada em 
práticas sociais e em sua unidade temática, forma 
composicional e estilo�
 ● Todo e qualquer gênero textual possui estilo; em 
alguns deles, há condições mais favoráveis (gêneros 
literários), em outros, menos favoráveis (documentos 
oficiais, notas fiscais), para a manifestação do estilo 
individual�
 ● Os gêneros não são instrumentos rígidos e estan-
ques [���]
 ● Os gêneros não se definem por sua forma, mas 
por sua função�
Nesta seção, começamos nossos estudos sobre os 
gêneros e os tipos textuais� Na seção seguinte, va-
mos continuar o estudo dos gêneros de forma mais 
aprofundada, isto é, vamos observar alguns textos 
e mais detalhes sobre alguns dos gêneros textuais 
mais comuns na língua inglesa�
21
GÊNEROS TEXTUAIS MAIS 
COMUNS DA LÍNGUA 
INGLESA
Sabemos que, ao estudar uma língua estrangeira, 
um dos principais desafios é se manter em conta-
to com essa língua com frequência, não é mesmo? 
Antigamente, para ter contato direto com uma língua 
estrangeira, as pessoas tinham que viajar ao exterior,ou ter algum amigo ou conhecido estrangeiro em 
seu círculo próximo de relacionamento. Felizmente, 
hoje, com a ajuda da internet, as distâncias estão 
cada vez mais curtas: a um clique temos acesso a 
uma infinidade de textos, áudios e vídeos e podemos 
até mesmo conversar com pessoas que moram do 
outro lado do mundo�
Pensando nesse acesso rápido e variado a textos 
que a internet nos proporciona, neste tópico, abor-
daremos alguns gêneros textuais na língua inglesa 
que são mais frequentes no nosso dia a dia (traba-
lho, estudos ou lazer): e-mail, notícia, resenha crítica, 
manual de instruções ou tutorial e artigo científico.
E-mail
Vamos começar com a leitura do texto a seguir� 
Preste atenção, em primeiro lugar, na distribuição das 
informações ao longo do espaço que o texto ocupa�
22
To: j.black@central-school.co.uk
Subject: English courses
Dear Ms Black,
I am writing in response to the advertisement I saw for your 
English school in ‘World Teens Today’ magazine. I am inte-
rested in doing one of your courses and I would be grateful 
if you could provide some further information.
Firstly, it says in the advertisement that the courses are two 
weeks long. Would it be possible to do a three-week course? I 
would also like to know how much your courses cost exactly.
Secondly, your advert mentions accommodation with host 
families. Could you tell me if I would be staying on my own 
with the host family or if there would be other students staying 
there as well?
Finally, I have a question about the social programme. Would 
you mind sending me more details about this? I am very keen 
on sport and I would like to know if there are any sports ac-
tivities included in the social programme�
I look forward to hearing from you.
Yours sincerely,
Lili Song
(Fonte: A more formal email. Disponível em: Learn English Teens�
Adapatado)� 
Esse texto é um e-mail� Se olharmos apenas o início 
do texto com a saudação “Dear Ms Black” e que termi-
na com “Yours Sincerely, Lili Song”, conseguimos en-
tender, tranquilamente, que o texto em questão é uma 
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https://learnenglishteens.britishcouncil.org/skills/writing/upper-intermediate-b2-writing/more-formal-email
mensagem direcionada a algum leitor específico, vis-
to que é a característica de uma carta� Antigamente, 
antes da disseminação da internet, as cartas eram 
escritas em papel, mas hoje, a mensagem ou correio 
eletrônico (e-mail) tornou-se a maneira mais prática 
e rápida (podemos dizer até mesmo mais segura) 
de se comunicar com as pessoas, seja na esfera 
pessoal ou profissional.
O que caracteriza esse gênero textual é a sua função 
(fazer com que uma pessoa se comunique com ou-
tra), além de sua estrutura padrão: temos a saudação 
inicial, ou seja, uma espécie de cumprimento para 
quem vai receber a mensagem� Na sequência, temos 
a própria mensagem (não há limite de tamanho para 
o texto), e logo depois a saudação final, momento 
em que o autor do texto se despede do leitor e, ge-
ralmente, assina com o seu nome�
As saudações iniciais e finais costumam seguir 
alguns padrões� Em inglês, quando a escrita é in-
formal, é bastante comum as pessoas saudarem o 
destinatário do e-mail com “Hey”, “Dear”, “My dear”, 
“My love”, ou até mesmo o primeiro nome ou apelido 
de quem vai receber a mensagem. Como forma de 
despedida informal, as possibilidades são diversas, 
por exemplo, “Talk to you soon”, “Write me as soon 
as you can”, “Yours Sincerely”, “Cheers”, e até mesmo 
“XOXO” (beijos e abraços).
Já para uma mensagem formal, as saudações ini-
ciais costumam ser: “Dear Mr”, “Dear Ms”, seguidos 
dos sobrenomes do homem ou da mulher, “Good 
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morning/ afternoon”, “Dear Sir”, “Dear Madam”, para 
quando você não conhece o destinatário, ou mesmo 
“To whom it may concern”. Para a saudação final, as 
mais comuns são: “Kind regards”, “Best regards”, 
“Sincerely”, “Thank you”, e até mesmo “Looking fo-
ward to receiving/reading a response/your answer”.
 O e-mail é um gênero textual que tem uma es-
trutura, no que diz respeito às seções do texto e à 
distribuição do conteúdo no espaço, relativamente 
fixa, mas que tem uma maior liberdade quanto à men-
sagem que transmite, pois o autor do texto é total-
mente livre para escrever o que quiser� No quesito 
linguagem, ela pode ser mais informal, se estamos 
escrevendo para um amigo ou alguém próximo, ou 
formal, quando escrevemos e-mails de trabalho, por 
exemplo� 
Notícia
A notícia é o gênero jornalístico mais frequente em 
nosso dia a dia. Outros gêneros da esfera jornalísti-
ca são a reportagem, a resenha crítica, o editorial, o 
artigo de opinião e hoje até mesmo os infográficos 
(jornalismo de dados)� Vamos voltar nossa atenção 
à leitura da notícia abaixo�
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Air conditioner thefts reported on South Side: police
Police are warning South Side residents of air conditioner 
thefts reported in Brainerd, Longwood Manor, Morgan Park 
and Beverly.
In each case, someone entered backyards and took parts 
from central air conditioning units or the entire appliance, 
Chicago police said in a community alert.
The thefts happened:
• Between June 28 and June 30 in the 9400 block of South 
Normal Avenue
• Between July 27 and July 29 in the 9000 block of South 
Bishop Street
• Aug. 2 in the 9800 block of South Halsted Street
• Between Aug. 7 and Aug. 17 in the 2500 block of West 
109th Place
• Aug. 12 in the 1400 block of West 108th Street
• Aug. 15 in the 9800 block of South Emerald Avenue
• Between Aug. 18 and Aug. 20 in the 10600 block of South 
Drew Street
Police didn’t have a description of any suspects but said a 
white work van was seen on surveillance cameras in one 
incident�
Anyone with information about the thefts is asked to con-
tact Area South detectives at 312-747-8273.
(Fonte: Chicago Sun Times. Acesso em: 26 ago. 2019 
– Adaptado)�
26
https://chicago.suntimes.com/crime/2019/8/26/20832953/air-conditioner-thefts-reported-brainerd-longwood-manor-morgan-park-beverly
Mesmo sem saber que se trata de uma notícia, infe-
rimos que o texto vai relatar algo que aconteceu, no 
caso, o roubo de ar condicionado� Essa é a função 
primordial da notícia: informar� Percebemos tam-
bém que a linguagem é objetiva e os parágrafos são 
curtos, o que facilita a leitura e faz com que o leitor 
saiba prontamente quais são as informações mais 
relevantes do tema�
Outra característica da notícia é sua estrutura de lide. 
O lide (versão aportuguesada de lead, que significa 
“conduzir”, “levar”, ou seja, levar ao leitor à informa-
ção principal) é uma parte da notícia, localizada em 
seu primeiro parágrafo, que tenta responder às se-
guintes perguntas: o que, como, por que, onde, quem, 
quando. Ou seja, tenta apresentar, logo no início do 
texto, as principais informações sobre o fato, que 
podem, ou não, ser aprofundados nos demais pa-
rágrafos do texto� É no lide, portanto, que sabemos 
o que aconteceu, como esse fato aconteceu, qual 
seu motivo, onde aconteceu, quem é o autor do fato 
(quando existe), e quando aconteceu�
A linguagem da notícia, além de ser objetiva e con-
cisa, também é marcada pelo tempo verbal no pas-
sado (pretérito), por relatar algo que já aconteceu� 
Há também, em geral, o uso de estruturas de voz 
passiva, especialmente quando não se conhece o(s) 
autor(es) do fato, além do uso de verbos no futuro 
para indicar se haverá ainda mais desdobramentos 
do caso� A narração e a descrição são os tipos tex-
tuais predominantes neste gênero�
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De todos os gêneros do universo jornalístico, a notí-
cia é o mais presente em nosso cotidiano: estamos 
sempre expostos a ela, seja no rádio, no jornal im-
presso, na televisão ou mesmo nas mídias digitais� 
Ela também é a que apresenta uma estrutura mais 
fixa, e que, justamente por sua constante exposição 
em nosso cotidiano, é a mais fácil de reconhecer�
Resenha crítica
Vamos estudar aqui outro gênero jornalístico: a re-
senha crítica� Pode ser que você não tenha muita 
familiaridade com essa nomenclatura de gênero tex-
tual, mascertamente já leu ou ouviu alguém falar 
de uma resenha crítica em seus momentos de lazer 
e entretenimento� Vamos ler o exemplo abaixo e já 
voltamos a falar sobre ela�
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Bohemian Rhapsody is a standard rock biopic with a great lead: 
EW review
Rhapsody may be a conventional rock biopic in nearly every res-
pect, but it has the gift of an utterly unconventional star in Rami 
Malek. Known for his coiled portrayal of a painfully interior cyber-
security expert on USA’s Mr. Robot, he is completely transformed 
in the title role — a human unicorn made almost entirely of id, wild 
hair, and spandex�
More than mere good acting, though, Malek has the ineffable pixie 
dust the part requires (if not the teeth; the famous Freddie overbi-
te is prosthetic). It’s that inborn charisma that makes his Mercury, 
born Farrokh Bulsara in Zanzibar, entrancing from the moment he 
steps on screen, even as an anonymous London loner casually 
denigrated by passersby with the ethnic slur “Paki.” And it’s what 
makes the marks the movie hits so hard — a boilerplate Behind 
the Music arc of humble beginnings and meteoric rise, druggy 
downfall and final triumph — feel less bog-standard than they are.
Where the movie stops short, bizarrely, is at Freddie’s bedroom 
door. Instead, screenwriter Anthony McCarten (The Theory of 
Everything) leaves much of his true sexuality in the margins, lea-
ning heavily instead on his lone heteronormative romance (a love-
ly Lucy Boynton). That may just be the calculations of commercial 
moviemaking, or some misguided sense of legacy protection on 
the part of surviving bandmates Brian May, Roger Taylor, and John 
Deacon, all of whose avatars come off uniformly well, if ancillary, 
on screen�
There’s an unfortunate silliness, too, in the script’s training-wheels 
approach to storytelling, as when the band’s label head (a bluste-
ring, ginger-bearded Mike Myers) loudly insists that teenagers in 
cars will never bang their heads to “Bohemian Rhapsody,” or when 
“We Will Rock You” materializes in a single gee-whiz moment, 
seemingly conjured whole from handclaps and studio air.
Much smarter is the use of Queen’s legendary 1985 Live Aid 
performance as a framing device: all four members locked in a 
sort of mesmeric trance on stage, with Malek as Mercury at the 
center — aware that the end was coming for him, but still singing 
the band into immortality with every ecstatic, electric note.
(Fonte: Entertainment Weekly. Acesso em: 26 ago. 2019 
– Adaptado)�
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https://ew.com/movies/2018/11/01/bohemian-rhapsody-review/
De que se trata o texto? Bem, ele faz uma crítica ao 
filme Bohemian Rhapsody, certo? Essa é a função da 
resenha crítica: apresentar uma crítica, um comentá-
rio sobre uma determinada obra de entretenimento, 
como filme, peça de teatro, apresentação de dan-
ça, exposição de arte, livro, apresentação musical 
ou novo álbum de um determinado cantor ou grupo 
de música� Viu como você já conhecia esse gênero, 
mesmo sem, talvez, saber o nome dele?
A razão de ser da resenha crítica é dar dicas, guiar 
o leitor do veículo de comunicação (jornal, revista, 
blog, rádio, canal de televisão etc�) sobre as opções 
de entretenimento existentes� Podemos perceber 
que a resenha crítica também segue uma estrutura: 
desde o título, que já apresenta uma opinião, até o 
desenvolvimento dos parágrafos, o autor do texto 
(resenhista) vai apresentado sua opinião sobre a 
obra de entretenimento�
A resenha crítica é um gênero que nem sempre se-
gue uma sequência fixa de conteúdo ao longo do 
texto, como acontece com o e-mail e a notícia, por 
exemplo� No entanto, é comum sempre apresentar 
os seguintes conteúdos (nem sempre nesta ordem): 
pensando no texto que temos de exemplo, o rese-
nhista apresenta, descreve o filme, fala sobre os tra-
balhos anteriores do diretor do filme ou dos atores, 
comenta a história que o filme conta (neste caso, há 
ainda mais assuntos a tratar, já que o filme é uma 
biografia da megafamosa banda britânica Queen), 
e geralmente termina o texto com um juízo de valor, 
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que vai ser demonstrado com a recomendação sobre 
se o leitor deve ou não assistir ao filme.
Não há como afirmar com total certeza qual é o tipo 
textual predominante em uma resenha crítica, pois 
todos são possíveis: a narração e a descrição servem 
para contar sobre o objeto a ser resenhado e para 
traçar um histórico do autor da obra� Já a dissertação 
e a injunção podem apresentar razões e indicar qual 
atitude o leitor do texto pode (ou deve) tomar� A lin-
guagem utilizada nem sempre é tão objetiva quanto a 
da notícia, pois o resenhista pode apresentar muitas 
informações técnicas referentes ao universo das 
obras do autor resenhado� E isso pode fazer com 
que o leitor tenha que ativar seus conhecimentos 
prévios no momento da leitura�
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Manual de instruções
Um dos gêneros textuais com que mais temos con-
tato em nosso dia a dia, mesmo sem perceber, é o 
manual de instruções� Sempre que compramos um 
novo aparelho eletrônico ou eletrodoméstico, uma 
das primeiras coisas que devemos fazer é ler o ma-
nual de instruções� Embora quase ninguém o faça, 
não é mesmo?
No entanto, o manual de instruções não é exclusivi-
dade de aparelhos elétricos e eletrodomésticos� Sabe 
aquele tutorial de maquiagem que você consulta no 
YouTube ou aquele vídeo que explica como passar 
de fase no jogo de videogame? Tem também aquela 
ajudinha básica que a internet dá quando você quer 
tirar o passaporte, por exemplo� Todos esses textos 
ensinam como fazer algo, ou seja, são manuais que 
dão instruções de como agir, sua função primordial� 
Vamos ler um tutorial sobre como apagar a sua conta 
do Facebook.
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How to delete your Facebook account
1. Download your Facebook data
If you’ve been using Facebook for a while, you might have hundre-
ds of photos and videos saved on its servers, as well as thousan-
ds of posts and comments. Facebook also stores information 
about where you’ve logged in, dates and times you’ve clicked on 
ads, and your account status history.
Before you delete Facebook, save a copy of all this by clicking 
the down arrow in the Facebook title bar, selecting ‘Settings’ and 
clicking ‘Download a copy of your Facebook data’. You won’t be 
able to retrieve this once your account is gone.
2. Delete your photos and posts
After you delete your Facebook account, it can take up to 90 days 
for all your posts and photos to be removed. If you don’t want your 
information to hang around, get a head start by erasing everything 
yourself first.
Social Book Post Manager is a plugin for Chrome that enables 
you to delete multiple Facebook posts at once. Back up your data 
using the instructions above, then install the plugin, navigate to 
your Facebook Activity Log and choose a specific filter (such as 
‘posts you’re tagged in’).
Then, just click the Social Book Post Manager icon and search for 
a particular text string and/or date range. Posts that match your 
criteria will be highlighted in yellow, and clicking the ‘Delete’ button 
will erase them. Take care – there’s no way to restore them once 
they’re deleted.
3. Delete Facebook for good
Ready to banish Facebook to the annals of your personal his-
tory? Well, once you’ve backed up all your data, visit Facebook’s 
account deletion page (Facebook isn’t keen on letting you do this, 
so it isn’t easily accessible through the settings menu) and select 
“Delete my account’
It can take 90 days for everything to be erased from Facebook’s 
servers, but it will be inaccessible from the moment you click the 
button�
(Fonte: TECHRADAR, 2019. – Adaptado).
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https://www.techradar.com/how-to/how-to-delete-facebook
O que nos chama a atenção em um tutorial como 
esse, logo de início, é que as informações são dis-
postas em etapas (muitas vezes até em tópicos, se 
for um manual escrito)� Elas são organizadas desta 
forma para que o leitor saiba como e quando proce-
der para solucionar o que precisa�
O tipo textual predominante em manuaisde instru-
ções é o injuntivo, pois sua função é dar conselhos, 
ordens, orientar o leitor. Isso só pode ser feito uti-
lizando verbos no modo imperativo. O texto argu-
mentativo também é utilizado, na maioria das vezes, 
para fornecer explicações sobre o motivo de se ado-
tar uma determinada ação em detrimento de outra, 
ou para explicar detalhes sobre o funcionamento 
do objeto, serviço ou procedimento que é alvo das 
instruções�
A linguagem do manual, mais formal ou informal, vai 
depender do que está sendo orientado� Por exemplo, 
é natural que um tutorial sobre como tirar o título 
de eleitor apresente uma linguagem mais formal do 
que um vídeo tutorial sobre qual é a melhor cor de 
esmalte para usar em um casamento�
34
Artigo científico
O último gênero textual que vamos estudar aqui é 
do universo acadêmico: o artigo científico. Trata-se 
do gênero acadêmico mais comum, pois é um texto 
mais curto do que uma dissertação de mestrado ou 
uma tese de doutorado, além de ser constantemente 
publicado sempre que há uma descoberta científi-
ca, ou uma nova contribuição é feita para a área de 
estudo em questão�
A função primordial do artigo científico é divulgar as 
descobertas de uma pesquisa ou partes relevantes 
de uma pesquisa maior em andamento. Os artigos 
são geralmente escritos para serem divulgados em 
revistas científicas especializadas (temos diversas 
revistas científicas no Brasil, nas mais diversas áreas 
do conhecimento) ou para serem apresentados como 
comunicação oral em eventos científicos (congres-
sos, seminários, conferências etc�)� 
O artigo científico é um dos gêneros textuais que 
apresentam uma das estruturas mais fixas: sem-
pre começa com o título, seguido dos nomes dos 
autores e sua filiação (a qual universidade eles es-
tão vinculados)� Na sequência, temos o resumo e 
as palavras-chave� No exemplo abaixo, temos essa 
primeira parte de um artigo� Vamos ler o trecho para 
entender melhor�
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Searching for Explanations: How the Internet Inflates 
Estimates of Internal Knowledge
Matthew Fisher, Mariel K. Goddu, and Frank C. Keil
Yale University
As the Internet has become a nearly ubiquitous resource 
for acquiring knowledge about the world, questions have 
arisen about its potential effects on cognition. Here we 
show that searching the Internet for explanatory knowledge 
creates an illusion whereby people mistake access to infor-
mation for their own personal understanding of the infor-
mation. Evidence from 9 experiments shows that searching 
for information online leads to an increase in self-assessed 
knowledge as people mistakenly think they have more kno-
wledge “in the head,” even seeing their own brains as more 
active as depicted by functional MRI (fMRI) images.
Keywords: transactive memory, explanation, knowledge
(Fonte: AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION� – Adaptado)�
Conforme podemos observar, o resumo (abstract) do 
artigo apresenta uma breve descrição do seu conte-
údo: qual o tema, qual o objetivo, qual a metodologia 
usada na pesquisa e qual o principal resultado que 
os autores alcançaram� Por questão de espaço, não 
colocamos aqui o artigo na integra, mas você pode 
consultá-lo acessando o link� Assim, você vai perce-
ber que tudo é descrito resumidamente no abstract, 
mas é apresentado em detalhes ao longo do artigo� 
Após o resumo, o artigo contém uma introdução, na 
qual apresenta o tema, o problema de pesquisa que 
tentou responder – aqui, é comum apresentar dados 
para situar o leitor no contexto da pesquisa� A intro-
dução pode apresentar, ainda, uma fundamentação 
teórica, isto é, definições e contribuições de outros 
36
https://www.apa.org/pubs/journals/releases/xge-0000070.pdf
autores que pesquisam o mesmo tema ou temas 
correlatos� Alguns artigos podem apresentar essa 
fundamentação teórica em uma seção separada da 
introdução�
Na sequência, especialmente em artigos da área de 
exatas e da saúde, em que são apresentados muitos 
estudos de caso e experimentos, há uma seção que 
apresenta os métodos, os resultados e a discussão 
dos resultados da pesquisa. O artigo termina com 
uma discussão geral (comumente chamada de “con-
siderações finais”) sobre a pesquisa e com as refe-
rências das obras citadas ao longo do texto�
No que diz respeito aos tipos textuais mais comuns 
em um artigo científico, a narração, a descrição e a 
dissertação são as mais recorrentes� A linguagem, 
como você já deve imaginar, é formal, e há uma aten-
ção especial quanto ao uso da terceira pessoa do plu-
ral ou da voz impessoal� As citações são recorrentes, 
para não haver plágio, e os autores se preocupam 
também em preservar a identidade das pessoas en-
trevistadas ou que participaram do estudo, quando 
é o caso�
SAIBA MAIS
Saiba mais de gêneros textuais, visitando o por-
tal Writing Commons, site que reúne diversas in-
formações e dicas de escrita� Na seção de gêne-
ros, há diversos textos sobre o estudo de gêneros 
textuais, bem como dicas sobre como melhorar 
a escrita�
37
https://writingcommons.org/chapters/academic-writing/understanding-writing-genres
Com os textos aqui apresentados, pudemos conhecer 
um pouco mais sobre os gêneros textuais da língua 
inglesa com que temos mais contato em nosso dia 
a dia: e-mail, notícia, resenha crítica, manual de ins-
truções e artigo científico. É claro que, dependendo 
da sua vivência, você pode ter contato com vários 
outros gêneros, mas o objetivo aqui foi apresentar 
as características dos gêneros mais recorrentes�
38
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim deste módulo dedicado ao estu-
do dos gêneros textuais� Estudamos que nós, seres 
humanos, adaptamos nossa fala (e escrita) às mais 
diversas situações de comunicação, sempre guiados 
pelo objetivo que temos ao nos comunicarmos com 
nossos pares� Por isso, criamos e recriamos diferen-
tes estruturas para nossos momentos de interação, 
estruturas diferentes que consistem em gêneros 
textuais�
Estudamos ainda que, mesmo sem ter um conheci-
mento mais formal da língua, sabemos reconhecer 
e construir diversos textos (orais ou escritos) dos 
mais variados gêneros� Estamos sempre expostos 
a uma infinidade de textos, sobretudo com a internet 
possibilitando a troca de informações instantânea e 
globalmente� Por isso, tentamos apresentar aqui os 
principais gêneros textuais com que temos contato 
na língua inglesa e abordamos um pouco das suas 
características�
Fica aqui, então, a proposta para que você aprofunde 
ainda mais os seus conhecimentos sobre os gêneros 
textuais: quais são os outros gêneros que você mais 
produz ou lê/ouve? Com que nós estudamos aqui, 
você está apto a reconhecer a estrutura e as prin-
cipais características desses gêneros? Give it a try!
39
SÍNTESE
Língua Inglesa: 
Gramática do Texto
O ESTUDO DA LÍNGUA POR MEIO DOS 
GÊNEROS TEXTUAIS
• O que são gêneros textuais?
• Gêneros textuais: guiados pelas funções e objetivos das 
situações de comunicação.
• Gêneros textuais: resultado das nossas práticas 
comunicativas. 
• Competência metagenérica: capacidade de conhecer os 
diversos gêneros textuais, suas características e funções.
• Gêneros orais: telefonema, sermão, aula, reunião, 
conversas, bate-papo.
• Gêneros escritos: romance, bilhete, receita culinária, 
história em quadrinhos, bula, cardápio, leis e decretos etc.
• Tipos textuais: modelos para todos os nossos textos (orais 
e escritos).
• Tipos textuais mais comuns: narração, descrição, 
dissertação, injunção.
• Os gêneros com que temos mais contato na língua 
inglesa: e-mail, notícias, resenha crítica, manual de 
instruções, artigo científico.
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TRAVAGLIA, L. C. Tipelementos e a construção de 
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L. L.; BASTOS, N. M. O. B.; MARQUESI, S. C. (Orgs.). 
Língua Portuguesa: pesquisa e ensino� São Paulo: 
EDUC, 2007. p. 97-117.
	INTRODUÇÃO
	GÊNEROS TEXTUAIS: UMA ABORDAGEM DE ESTUDO DA LÍNGUA
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