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Cicatrização de feridas

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1 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 21/03/2022 
Cicatrização de feridas 
PRA HAVER CICATRIZAÇÃO, PRECISA-SE DE: 
REMIT -> nutrição (precisa estar eutrófico) -> 
oxigenação -> s/ tecidos vistalizados, espaços 
mortos e deficiência técnica 
Cicatrização: reparação tecidual em que substitui o 
tecido lesado por novo tecido, com fases 
sobrepostas e envolvendo mecanismos complexos de 
ações celulares e bioquímicos 
Todas as cicatrizes são permanentes, desde que 
lesem derme 
Único tecido que não tem reparação: neuronal – as 
fibras ficam distorcidas na provável recuperação -> 
não tem + pulso 
Cicatrização: qualquer tecido | epitelização: 
somente tecido epitelial 
FORMAS DE CICATRIZAÇÃO: 
PRIMEIRA INTENÇÃO: 
Ponto a bordo 
SEGUNDA INTENÇÃO: 
Perda de substâncias e não consegue unir as bordas 
TERCEIRA INTENÇÃO: 
Há fechamento 
 
ETAPAS: 
INFLAMATÓRIA: 
INÍCIO: trauma; dura até 3 dias 
CARACTERIZAÇÃO: liberação de substâncias 
vasoconstritoras, pela migração de plaquetas e 
macrófagos | pode haver subst. vasodilatadoras 
(relação com REMIT) 
FORMAÇÃO DE COÁGULO: O coágulo é formado 
por colágeno, plaquetas e trombina, que servem de 
reservatório proteico p/ síntese de citocinas e 
fatores de crescimento, aumentando seus efeitos. 
 Desta forma, a resposta inflamatória se inicia 
com vasodilatação e aumento da permeabilidade 
vascular, promovendo a quimiotaxia (migração de 
neutrófilos para a ferida). 
NEUTRÓFILOS: primeiras células a chegarem à 
ferida, c/maior [ ] 24h após a lesão. São atraídos por 
substâncias quimiotáticas liberadas por plaquetas. 
 Os neutrófilos aderem à parede do endotélio 
mediante ligação com as selectinas (receptores de 
membrana); produzem radicais livres que auxiliam 
na destruição bacteriana e são gradativamente 
substituídos por macrófagos. 
MACRÓFAGOS: migram p/ ferida após 48h – 96h da 
lesão, c/ papel fundamental no término do 
desbridamento iniciado pelos neutrófilos e sua 
maior contribuição é a secreção de citocinas e 
fatores de crescimento, além de contribuírem na 
angiogênese, fibroplasia e síntese de matriz 
extracelular, fundamentais p/ transição para a fase 
proliferativa 
CLÍNICA: apresentação de sinais flogísticos 
PROLIFERATIVA: 
INÍCIO: 4º - 5º dia e se estende até a 2ª semana 
CARACTERIZAÇÃO: deposição de colágeno e 
intensa migração celular | células fibroblásticas e 
endoteliais são as principais céls. 
4 ETAPAS: epitelização, angiogênese, granulação e 
deposição de colágeno 
 
2 
2 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 21/03/2022 
PARTE FINAL: formação do tecido de granulação. 
Os fibroblastos dos tecidos vizinhos migram p/ 
ferida, mas precisam ser ativados p/ sair de seu 
estado de quiescência. 
 O fator de crescimento mais importante na 
proliferação e ativação dos fibroblastos é o PDGF. 
Em seguida é liberado o TGF-β, que estimula os 
fibroblastos a produzirem colágeno tipo I e a 
transformarem-se em miofibroblastos, que 
promovem a contração da ferida. 
CLÍNICA: cicatriz c/ aspecto avermelhado 
REMODELAÇÃO/ MATURAÇÃO 
DURAÇÃO: indeterminada 
CARACTERIZAÇÃO: Reorganização da deposição 
do colágeno 
Colágeno produzido inicialmente é + fino que o 
colágeno presente na pele normal, e tem orientação 
paralela à pele. 
Com o tempo, o colágeno inicial (colágeno tipo III) é 
reabsorvido e um colágeno + espesso é produzido e 
organizado ao longo das linhas de tensão estas 
mudanças se refletem em aumento da força tênsil 
da ferida. 
A reorganização da nova matriz é um processo 
importante da cicatrização. Fibroblastos e 
leucócitos secretam colagenases que promovem a 
lise da matriz antiga. A cicatrização tem sucesso 
quando há equilíbrio entre a síntese da nova matriz 
e a lise da matriz antiga, havendo sucesso quando a 
deposição é maior. 
Mesmo após 1 ano a ferida apresentará um colágeno 
menos organizado do que o da pele sã, e a força 
tênsil jamais retornará a 100%, atingindo em torno 
de 80% após 3 meses 
Fase + importante clinicamente! 
FATORES LOCAIS E SISTÊMICOS 
LOCAIS: 
Dimensão e profundidade da lesão: quanto maior, 
+ difícil de cicatrizar, principalmente se tiver perda 
de substâncias 
Grau de contaminação: quanto + contaminado, + 
difícil de cicatrizar 
Presença de coleções líquidas (hematoma, 
equimoses, edemas): avaliar se não há infecção 
oportunista 
Necrose tecidual e infecção local 
Suprimento vascular deficiente: facilita edema -> 
infecção | baixa oxigenação -> prejuízo na 
cicatrização 
Técnica cirúrgica utilizada, material de sutura tipos 
de curativos etc 
Tração ou pressão mecânica sobre a cicatriz: local 
de tração deve-se imobilizar, pois se ficar mexendo, 
a sutura abre (ex. cotovelo) 
SISTÊMICOS: 
Faixa etária: extremos – idoso e RN 
Raça: cicatrizes hipertróficas e queloides + comuns 
nos negros 
Estado nutricional: s/ fonte de proteína -> s/ 
cicatrização 
Presença de doenças crônicas: obesidade, DM etc 
Uso de medicamentos: anticoagulantes, 
corticoterapia prolongada etc -> pode haver retardo 
cicatricial 
 Cirurgia limpa não se usa antibiótico, mas na mão 
sim, pois possui probabilidade infecciosa 
PÓS-OPERATÓRIO: não se passa AIE ou AINE 
(retardam cicatrização) |utiliza analgésicos 
CICATRIZ HIPERTRÓFICA: linhas da incisão inicial 
respeitada, com organização adequada de colágeno 
CICATRIZ C/ QUELOIDE: linhas de incisão 
irregulares, com exarcebação de colágeno 
 
3 
3 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 21/03/2022 
 
ÚLCERA DE MARTORELL– pcte s/ varizes, com 
tibial posterior ou anterior ocluído, c/ HAS 
descompensada e muita dor -> pensar nessa úlcera 
 Definição: ulceração dolorosa, 
histopatologicamente caracterizada como 
isquêmica, localizada nas extremidades distais dos 
membros inferiores de pacientes portadores de 
hipertensão arterial sistêmica 
 
ENXERTO 
Procedimento cirúrgico que envolve a remoção da 
pele de uma área do corpo e o ato de movê-la ou 
transplantá-la para uma área diferente do corpo. 
DE ESPESSURA PARCIAL: envolve formação do 
epitélio | envolve a remoção da camada superior da 
pele – a epiderme – bem como uma parte da camada 
mais profunda da pele, chamada derme. 
Essas camadas são retiradas do local doador, que é 
a área onde a pele saudável está localizada 
geralmente são colhidos na parte frontal ou externa 
da coxa, abdômen, nádegas ou costas. 
USO: e cobrir grandes áreas | estes enxertos tendem 
a ser frágeis e tipicamente têm uma aparência 
brilhante ou lisa | eles também podem aparecer 
mais pálidos do que a pele adjacente 
DE ESPESSURA TOTAL: retalhos c/ toda a derme; 
c/ tecido gorduroso e tudo | envolve a remoção de 
toda a epiderme e derme do local doador. 
Geralmente são retirados do abdômen, virilha, 
antebraço ou área acima da clavícula | tendem a ser 
pedaços menores de pele, já que a área doadora de 
onde é colhida é geralmente unida e fechada em 
uma incisão reta com pontos ou grampos. 
USO: para pequenas feridas em partes altamente 
visíveis do corpo, como a face. 
Autoenxerto: derivado da pessoa 
Aloenxerto: de cadáver ou outra pessoa 
Xenoenxerto: de animais (temporários; até que 
recupere pele e tenha tecido sintético) 
Sintéticos: construídos por engenharia de líquidos

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