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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR NP1 DISCIPLINA: CLÍNICA II ALUNA: BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO | MAT.: 20.2.000269 01. No caso clínico apresentado, foi relatado que o paciente Felizardo é diabético descompensado. Além disso, ele possui doença periodontal ativa. Sabe-se que a diabetes é um fator de risco verdadeiro da doença periodontal. Explique o que é fator de risco verdadeiro e como o Diabetes Mellitus influencia na periodontite. Os fatores de risco verdadeiros da doença periodontal são aqueles capazes de modificar a susceptibilidade do hospedeiro para a doença periodontal e seu fenótipo clínico, como extensão, gravidade, progressão e resposta à terapia. Os dois fatores de risco verdadeiros da doença periodontal são o diabetes mellitus e o tabagismo, ou seja, esses fatores são capazes de agravar a periodontite do paciente. Quando o paciente se encontra com um diabetes descompensado, os seus níveis sistêmicos e locais de mediadores inflamatórios (citocinas pró-inflamatórias, como IL-1β, IL-6 e TNF-α) estão aumentados no organismo, ocorre uma diminuição na produção de colágeno e um aumento da atividade colagenolítica pelos fibroblastos da gengiva e do ligamento periodontal, as funções dos neutrófilos são prejudicadas, ocorre o aumento da produção e acúmulo dos produtos finais a glicação avançada (provocam o aumento do estresse oxidativo, da inflamação e do dano tecidual) e o reparo tecidual é prejudicado. Todos esses pontos interferem diretamente e negativamente na doença periodontal do paciente. 02. O paciente Felizardo apresentou uma doença periodontal ativa, com números elevados no seu PSR (todos os sextantes apresentaram código 4, o que indica a presença de bolsas periodontais profundas), além de grande perda óssea alveolar. De acordo com esses dados, faz-se necessário a inclusão de um periograma no plano de cuidado do paciente? Em que casos se deve incluir o periograma? Como o paciente Felizardo apresentou um alto índice de sangramento gengival (79%) e apenas código 4* no seu PSR, será necessária a realização de um periograma para mensurar de forma mais precisa as profundidades de sondagem e fazer o correto acompanhamento de sua doença periodontal. Deve-se fazer o periograma nos casos de pacientes que apresentem códigos 3 e 4 após uma semana da instrução de higiene oral apenas nos sextantes que não apresentarem melhora nos códigos do PSR, ou seja, os sextantes que continuarem apresentando códigos 3 ou 4. Também é necessário realizar o periograma naqueles sextantes que apresentam código *. Na reavaliação da fase II (subgengival), o periograma também deve ser realizado, cerca de 35 a 45 dias após a raspagem subgengival dos pacientes.
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