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Fichamento Expresso - Reivindicação dos direitos da mulher - Política I

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WOLLSTONECRAFT, Mary. Reivindicação dos direitos da mulher
Gil Andrade Gontijo NUSP 9837292
Fichamento expresso: Cap. II
Primeira parte - O questionamento da inocência feminina (§§1-4)
Na primeira parte, a autora questiona o lugar de “inocência” em que são postas as
mulheres, descrevendo este lugar como pré-requisito para sua proteção pelo homem.
Segunda parte - A inocência infantil (§§5-8)
Nesta parte, a autora admite a presença da inocência para as crianças, pois, segundo ela, a
razão delas ainda está em formação. Contudo, é questionada a suposta inferioridade da
mulher, retirando-as da mesma categoria que as crianças.
Quarta parte - A educação como formação da razão (§§9-11)
A educação é posta como o caminho para a aprendizagem do raciocinar e pensar, o que
inevitavelmente a levará ao caminho da virtude. A opinião de Rousseau era de que a
virtude é derivada do exercício da razão pelos homens, opinião esta que é estendida às
mulheres pela autora. A privação da educação às mulheres é denunciada e deve ser
interrompida a partir da renúncia ao poder arbitrário da beleza.
Quinta parte - Dos escritores que artificializam as mulheres (§§12-13)
O poder arbitrário e a artificialidade das mulheres são frutos da contribuição de autores
como Rousseau, o qual tem seu argumento contestado em relação ao argumento de que o
homem alcança a perfeição da mente na ocasião da maturidade do corpo.
Sexta parte - A desordem na educação feminina (§§14-17)
A autora denuncia o desordenamento na educação dada às mulheres, em contraste com a
educação masculina, dominada pelo método. Os conhecimentos viriam somente pela
observação da vida real, os quais seriam mais volúveis. É feita uma comparação com
homens militares, os quais adquirem somente superficialmente algum conhecimento.
Sétima parte - Aprofundamento da comparação com os militares (§§18-21)
Ainda focada na comparação com militares, é destacada a dedicação especial à galanteria e
a aquisição de um conhecimento da vida antes de qualquer experiência reflexiva. Isto
levaria à suscetibilidade aos preconceitos e à subordinação cega. O fortalecimento da
mente feminina teria como consequência o fim das características já citadas.
Oitava parte - Crítica à incoerência de Rousseau (§§22-26)
A autora expressa sua admiração e também suas críticas em relação a Rousseau,
destacando suas incoerências quando compara a abordagem que ele faz à “disciplina
espartana” à descrição dos ares da personagem. Há dois cenários contrastantes: a
consideração das mulheres enquanto seres morais ou sua completa subjugação. Critica o
pensamento de Rousseau quanto à priorização da obediência nas mulheres e refuta dizendo
que o fim de seus esforços deveria ser a obtenção da virtude consciente.
Nona parte - Atingir a virtude, mas em menor grau (§§27-31)
Fica claro a crítica à diferença entre as naturezas das virtudes masculinas e femininas,
contudo, é admitido um maior grau para os homens.
Décima parte - Dar o cetro ao entendimento, sem extirpar o amor (§§32-34)
A autora admite a importância do amor mas repudia a ideia de não priorizar a razão.
Coloca a juventude como tempo do amor e também de preparação para os tempos futuros
em que a razão reinará.
Décima primeira parte - A repressão por preconceitos (§§35-41)
O poder de agradar é posto como complemento exterior das virtudes da mulher. O Dr.
Gregory e Rousseau, são criticados pelo seu encorajamento ao gosto pela moda e à
dissimulação. É questionada a abdicação de virtudes para agradar os homens, e estimulado
o fortalecimento do corpo e da mente, a fim de evitar a dependência em relação ao marido.
Décima segunda parte - O amor transitando para a amizade (§§42-47)
O amor é descrito como transitório e a amizade como o vínculo mais sagrado da sociedade.
Assim, a febre do amor pode ser substituída pela calma ternura da amizade, naqueles com
intelecto suficiente, o que é descrito como o curso da natureza. Os casais não deveriam se
amar com paixão indefinidamente, pois isso absorveria os pensamentos, os quais devem
ser empregados de outra forma. Um matrimônio infeliz seria mais vantajoso, se
acompanhado de uma mente feminina aberta.
Décima terceira parte - A escolha (§§48-53)
A busca do conhecimento deve elevar a mente para além das emoções, submetendo-as à
necessidade. A autora argumenta que grandes paixões só são fiéis ao sentimento e as
duradouras sempre apresentavam um aspecto melancólico, e critica Rousseau e Dr.
Gregory que utilizam dessa visão. O cultivo do entendimento, em contrapartida, olharia
não somente para o momento presente e evitaria a abdicação futura, por consequência de
um marido rude, da virtude. A educação permitiria à mulher viver sozinha dignamente.
Décima quarta parte - Das múltiplas faces das qualidades (§§54-56)
As qualidades de delicadeza, paciência e tolerância são, ao mesmo tempo, amáveis e
sinônimos de fraqueza quando associados a um comportamento submisso. Tais qualidades
acabam por virar requisitos essenciais para a subserviência feminina, pois sua
recomendação acaba por impedir o aperfeiçoamento da índole, trocando sólidas virtudes
por ganhos pontuais.
Décima quinta parte - A suspensão das mulheres (§§57-58)
As mulheres não se encaixariam na categoria dos brutos, com seu instinto infalível, nem na
categoria dos homens, que possuem acesso à razão. É levantada a hipótese de que as
poucas mulheres que se emanciparam do controle masculino possuem, na verdade,
espíritos masculinos.
Décima sexta parte - A prova definitiva (§§59-65)
Se as mulheres são inferiores, os homens acentuaram essa condição. Só será possível ver a
que posição as mulheres pertencem deixando espaço para que desenvolvam suas virtudes,
pois se forem igualmente racionais, se tornarão amigas, e caso contrário, se tornarão
escravas. A razão atribuiria à mulher seu lugar na sociedade, sem espaço para o uso de
artifícios para equilibrar ou inverter a balança.
Décima sétima parte - Finalização e resumo (§§66-71)
A autora agradece ao “Ser” a força mental concedida a ela e reforça que o amor ao homem
não significa submissão a ele. Reforça ainda que as mulheres são dotadas de graças
artificiais em troca da possibilidade de inspirar respeito. Critica a inferioridade em
capacidades dos reis traçando um paralelo de suas relações com os homens da massa
comum com a relação do homem e da mulher, baseadas na força bruta. Reforça a ideia de
romper com ambas as relações subjugantes.
Bibliografia
Wollstonecraft, Mary. Reivindicação dos direitos da mulher. São Paulo: Boitempo, 2016.
Introdução, cap. 1 e 2.

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