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Aula 3 - Crescimento e desenvolvimento infantil

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Aula 3 – Crescimento e Desenvolvimento / Caderneta da Criança 
 
Puericultura: acompanhamento da criança durante 
todo o seu crescimento e desenvolvimento (consultas 
de rotina onde a criança é avaliada dentro de um 
contexto integral, independente se ela está doente ou 
não). Avaliação é periódica. 
Grupos etários: 
*Período pré-natal: da concepção ao nascimento 
*Período da infância: do nascimento aos 12 meses 
*Primeira infância: 1 a 6 anos 
*Infância média: de 6 a 11 anos 
*Infância tardia: de 11 a 19 anos 
MS: adolescente – 10 a 19 anos 
ECA: adolescente – 12 a 18 anos 
A criança é importante para o SUS – a pandemia afetou 
o desenvolvimento das crianças. Esse grupo é 
vulnerável e precisa de cuidados especiais. 
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento 
pelos serviços de saúde. 
PNAISC – Politica Nacional de Assistência Integral à 
Saúde da Criança. 
1. Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao 
parto, ao nascimento e ao recém-nascido 
2. Aleitamento materno e alimentação complementar 
saudável 
3. Promoção e acompanhamento do crescimento e do 
desenvolvimento integral 
4. Atenção integral à criança com agravos prevalentes 
na infância e com doenças crônicas 
5. Atenção integral à criança em situação de violências, 
prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz 
6. Atenção à saúde da criança com deficiência ou em 
situações específicas e de vulnerabilidade 
7. Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e 
materno 
 
Caderneta de Saúde da Criança (CSC) 
*Implantada em 2005 pelo MS; 
*Destinada a todos os nascidos em território 
brasileiro; 
*Reune o registro dos mais importantes eventos 
relacionados à saúde infantil (0 a 10 anos); 
*Estratégia privilegiada nas políticas de redução de 
morbimortalidade; 
*Importante instrumento para a organização da 
atenção para acompanhamento integral da criança; 
*Registro das informações sobre o atendimento da 
criança; 
 
*Profissionais compartilham esses dados com a 
família e facilitam a integração das ações sociais; 
*A mãe ou responsável devem ser muito bem 
orientados para: compreender as informações 
contidas na caderneta; guarda-la em boas condições; 
apresenta-la em todos os contatos com profissionais 
de saúde e/ou serviços de saúde. 
Caderneta da criança – 
Passaporte para cidadania 2ª ed. 2020 
*Atualização da caderneta, que passa a ser 
intersetorial. 
*Agrega o contexto da assistência social, educação e 
saúde; 
*Aborda: alimentação saudável; saúde bucal; 
calendário vacinal atualizado; atividades para 
estimulo do desenvolvimento infantil; 
*Os espaços da caderneta podem ser preenchidos por 
profissionais da saúde, assistência social e educação. 
*Cuidados para prevenção de acidentes. 
*Crianças com necessidades especiais; 
*Instruções e dicas para famílias e cuidadores; 
OBS.: existe a caderneta do menino e da menina, que 
foi feita separada devido ao desenvolvimento de 
ambos sexos serem diferentes. 
 
Triagens Neonatais 
(nos primeiros 7 dias de vida) 
*Teste do reflexo vermelho – Teste do olhinho 
Deve ser realizado antes da alta da maternidade, pode 
detectar qualquer alteração que cause obstrução no 
eixo visual, podendo prever alguns graus severos de 
miopia, hipermetropia ou estrabismo. Além disso, 
existem doenças mais sérias na lista como: retinopatia 
da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, 
infecções, traumas do parto e até mesmo cegueira. 
*Teste do coraçãozinho – Triagem de cardiopatia 
congênita crítica – Oximetria de pulso. Realizado na 
maternidade após 24hr de vida. Para realizar o teste, 
são colocados sensores na mão direita e em um dos pés 
do bebê para medir a concentração de oxigênio no 
sangue arterial da criança, ele visa o diagnóstico 
precoce das cardiopatias congênitas graves. Se SpO2 
for maior que 95% o bebe pode ter alta hospitalar, caso 
contrário deve-se realizar o exame novamente em 1 hr, 
caso continue menor que 95% com diferença > ou = a 
3% o bebe deve ser submetido a um ECG, e só pode ter 
alta após diagnóstico. 
Aula 3 – Crescimento e Desenvolvimento / Caderneta da Criança 
 
*Teste da orelhinha – Triagem auditiva neonatal (TAN). 
Deve ser realizada na maternidade entre 24 e 48 hrs 
depois no nascimento e no máximo, durante o 1º mês 
de vida. Importante para detectar se o recém-nascido 
tem problemas de audição. 
*Teste do pezinho – Triagem biológica. Idealmente 
realizado entre o 3º e 5º dia de vida. O objetivo do 
exame é detectar, de maneira mais efetiva, doenças 
genéticas e metabólicas que podem desencadear a 
deficiência intelectual comprometendo a saúde da 
criança. Identifica 6 principais doenças: fenilcetonúria, 
hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia 
falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência 
de biotinidase. 
 
1ª Consulta (primeira semana de vida) 
*Deve ser, preferencialmente, no domicilio 
permitindo que sejam verificadas questões sociais e 
condições de vida em que o bebe a mãe vivem, além 
de avaliar o relacionamento da mãe com o bebê no 
momento da mamada (toque, olhar e conversa) 
O que é avaliado? 
*Perimetro cefálico 
*Peso 
*Comprimento 
*Aleitamento/Alimentação 
*Sinais de alerta (coto umbilical/ icterícia / diarreia e 
vômitos/ dificuldade de respirar/ febre / hipotermia/ 
convulsões ou movimentos anormais/ ausculta 
cardíaca alterada ou cianose) 
*Vacinas (Hepatite B e BCG) 
*Desenvolvimento e laços de afeto 
OBS.: A criança merece cuidado especial em caso de 
extrema pobreza, residir em área de risco, ter 
deficiência, ter nascido com menos de 2,5Kg, ter 
nascido com menos de 37 semanas, ter sofrido asfixia 
grave, ter apresentado Apgar menor que 7 no 5ºmin, 
ou por ser filho de mãe adolescente, usuária de drogas, 
com depressão entre outros. 
 
Periodicidade das consultas do bebê (mínimo) 
*1ª semana 
*1º mês 
*2º mês *4º mês *6º mês 
*9º mês *12º mês *18º mês 
*24º mês e 36º mês 
 
Crescimento: aumento físico do corpo que pode ser 
medido em centímetros ou gramas. 
Desenvolvimento: aumento da capacidade da criança 
na realização de funções cada vez mais complexas. 
Fatores que interferem no crescimento e 
desenvolvimento 
INTRÍNSECOS: 
*Herança genética 
*Herança recebida do pai e da mãe 
 
EXTRÍNSECOS: 
*Fatores ambientais 
*Fatores socioeconômicos 
*Afeto 
*Nutrição: deve ter a qualidade, quantidade, 
frequência e consistência especifica para idade. Até os 
6 meses: ALEITAMENTO MATERNO 
*Infecções: podem causar perda de apetite e retardo 
no crescimento. Atenção para as IMUNIZAÇÕES. 
*Higiene: alimentos, criança e ambiente. 
 
Tendências gerais de crescimento 
O peso ao nascer é o indicador que melhor retrata a 
fase fetal. Se menor que 2.500g pode ser decorrente 
de prematuridade e/ou déficit no crescimento intra-
uterino. 
*Recém-nascido: perda de 10% do peso nos primeiros 
dias de nascimento, com recuperação do peso até o 
10º dia. 
*O recém-nascido pesa em média 3.175g a 3.400g e 
mede 48 a 53 cm. 
Do nascimento aos 6 meses 
*ganho semanal de 140 a 200g 
*o peso do nascimento dobra ao fim do 4-7 meses 
*Altura: ganho mensal de 2,5cm 
De 6 meses a 12 meses 
*ganho de peso diminui 85-140g 
*o peso triplica ao fim do primeiro ano de vida 
*altura ganho mensal de 1,25cm 
*a altura do nascimento aumenta em 
aproximadamente 50% ao fim do primeiro ano de 
vida. 
Aula 3 – Crescimento e Desenvolvimento / Caderneta da Criança 
 
Tipos de crescimento: 
Geral ou somático: curva em S deitado, maturação 
dos órgãos. 
Neural: crescimento rápido do sistema nervoso, nos 
dois primeiros anos de vida. 
Genital: latência até o inicio da puberdade; dai pra 
frente ocorre um crescimento rápido. 
Linfóide: desenvolvimento máximo até 8 a 10 anos, 
depois ocorre involução (imunidade adquirida: 
gânglios linfáticos, baço, fígado, timo e tecido linfoide 
intestinal) 
 
Antropometria 
*Menor 2 anos: balança pediátrica e antropômetrohorizontal. 
*Maior 2 anos: balança plataforma e antropômetro 
vertical. 
Perímetro cefálico (PC) 
*Ao nascer: 33 a 35,5 cm 
*Primeiros 6 meses: 1,5 por mês 
*Segundo semestre: 0,5 cm por mês 
*Aumento no segundo ano: 2,5 cm 
Perímetro Torácico 
*Ao nascer: 30,5 a 33 cm 
*No final do 1º ano: aprox.. igual ao cefálico 
*Continua crescendo e ultrapassa o PC ainda na 
primeira infância. 
 
Desenvolvimento – Importante: 
* criança deve atravessar cada estágio segundo uma 
sequencia regular, ou seja, os estádios de 
desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Se a 
criança não for estimulada ou motivada no devido 
momento, ela não conseguirá superar o atraso no seu 
desenvolvimento. Logo, o desenvolvimento se dá à 
medida que a criança vai crescendo e se 
desenvolvendo de acordo com os meios onde vive e os 
estímulos dele recebidos. 
A caderneta da criança determina marcos que devem 
ser alcançados em cada fase da vida além de orientar 
como estimular e identificar se a criança atingiu aquele 
marco. Ex: no primeiro mês de vida um dos marcos é 
 
“reage ao som” a orientação é a seguinte “ fique atrás 
da criança e bata palmas ou balance um chocalho cerca 
de 30 cm de cada orelha e observe se ela reage o 
estimulo sonoro com movimentos nos olhos ou 
mudança da expressão facial”. 
Esses marcos permitem que os pais/responsáveis 
consigam identificar o desenvolvimento infantil além 
de estimula-lo. 
 
Idade corrigida só para pré-termo (RNPT IG corrigida) 
 40 semanas – IG do nascimento = tempo que faltou 
pata IG ir a termo. 
Ex: 40 sem – 28 sem = 12 sem 
12 semanas = 3 meses 
Depois de calcular a diferença deve-se subtrair da 
idade cronológica. 
Ex: criança com 6 meses 
6 meses (cronológica) – 3 meses (correção) = 3 meses 
de idade gestacional corrigida 
 
Suplementação de VIT A 
*6 meses a 4 anos e 11 meses 
Suplementação de Ferro 
*Prevenção de anemia 
*o Crianças prematuras ou com baixo peso ao nascer 
o ferro deve ser iniciado aos 30 dias de vida; 
o Crianças a termo, mas com fatores de risco devem 
iniciar a suplementação aos 3 meses de vida 
Palivizumabe (imunização passiva contra VSR) 
*Indicado para pré-termos com IG inferior a 28 
semanas ou crianças < de 2 anos com doença pulmonar 
crônica, doença cardíaca com repercussão 
hemodinâmica demonstrada.

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