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A LINGUAGEM LITERARIA, FIGURAS DE LINGUAGENS E ATIVIDADES

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Unidade
Inicie a jornada!
Habilidades da BNCC
EM13LP06, EM13LP45, 
EM13LP46, EM13LP48, 
EM13LP52, EM13LGG103
Nesta unidade você
irá estudar:
o conceito de literatura, 
as funções da literatura, a 
periodização da Literatura 
brasileira e portuguesa, 
a natureza da linguagem 
literária, as figuras de 
linguagem e os blogs e vlogs
literários.
A linguagem literária
1
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2
Literatura
O conceito de literatura
Os seres humanos, de modo geral, têm consciência da realidade que os cercam. Essa consciência pode movê-los 
tanto à contemplação como à criação. A criação é resultado do desejo do ser humano de expressar o belo, a partir de 
como ele percebe, sente e apreende o mundo. Essas experiências são transformadas e, por meio da criatividade, podem 
tornar-se manifestações artísticas. Ao processo de produzir beleza por meio da recriação da realidade dá-se o nome de 
“arte” e a sua existência está relacionada ao prazer estético.
A arte é plural e pode usar diferentes linguagens. A dança, o canto, a música, o teatro, o cinema, as artes plásticas 
(pintura, escultura e arquitetura) e a literatura, por exemplo, são manifestações artísticas que utilizam diferentes formas 
de expressão. A pintura faz uso da luz, das cores e das formas; a dança utiliza movimentos corporais; a literatura utiliza 
a palavra e a cerca de variados recursos para obter efeitos especiais de significação. 
No caso específico da literatura, um texto se torna artístico à medida que o escritor busca formas mais incomuns 
de usar e combinar palavras ou confere ao texto vigor comunicativo e expressividade inesperados. A arte literária está 
presente em variadas culturas, mas o seu conceito e o modo de fazer literatura variam de uma cultura para a outra e de 
época para época. 
Ao analisar a imagem de abertura, evidencie como a atividade de escrita se modi� cou com as ferramentas digitais e a internet. 
Comente também que esse contexto tem transformado o processo de edição de obras impressas e digitais.
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3
Unidade 1
A palavra literatura deriva do termo latino littera, que significa “letra”. Por isso a relação dessa manifestação artísti-
ca com a palavra escrita, usada para a expressão criativa e ficcional. No entanto, a palavra “literatura” pode ser usada em 
expressões comuns no meio acadêmico, que significam “produção, conjunto de obras escritas”. Por exemplo: quando se 
diz “literatura médica”, não se está referindo à natureza própria da literatura como expressão artística em que a palavra 
é usada criativamente, mas ao conjunto de obras relacionadas à área médica. 
A literatura pode ser, então, entendida como uma manifestação artística que recria a realidade por meio da palavra, 
motivada pelos fatos da vida que cercam o escritor. Veja a seguir a definição do crítico literário Afrânio Coutinho.
A literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada, através do espírito 
do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma 
corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiên-
cia de realidade de onde proveio. [...] O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são 
mais medidas pelos mesmos padrões das verdades ocorridas. [...] Através das obras literárias, tomamos 
contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as ver-
dades da mesma condição humana.
COUTINHO, Afrânio. Notas de teoria literária. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. p. 9-10.
Funções da literatura 
Da mesma forma que a linguagem tem suas funções, a literatura também as tem. São cinco as suas funções.
Cognitiva
É o mecanismo pelo qual o leitor pode adquirir o conhecimento por meio de informações contidas no texto que lê. Essa 
é uma função muito presente em textos de natureza mais científica, mas, mesmo não sendo sua função primordial, o texto 
literário pode acrescentar informações ao leitor, quando faz literatura de natureza mais histórica ou biográfica, por exemplo. 
Estética
A estética está relacionada às ideias de percepção e sensibilidade; por isso, essa é a função primeira da literatura, 
pois, como manifestação artística, expressa a percepção e a sensibilidade do literato por meio de recursos que potencia-
lizam a palavra, sua matéria-prima. A função estética é percebida pelo leitor quando ele entra em contato com a força 
expressiva da linguagem e com a forma como ela é trabalhada pelo escritor.
Lúdica
Ludismo é característica de algo divertido, como um jogo ou uma brincadeira. A função lúdica está relacionada à 
capacidade de o autor envolver o leitor por meio da brincadeira com a linguagem, dos jogos de palavras, para favorecer 
o entretenimento e o relaxamento. 
Catártica
Em uma obra literária, o artista pode abordar temas problemáticos ou questões existenciais importantes, acessan-
do emoções que o impulsionam a se expressar. O contato do leitor com um livro ou uma peça de teatro pode levá-lo 
a viver experiências liberadoras que provocam a catarse: uma espécie de descarga emocional que gera certo alívio da 
tensão ou da ansiedade psicológica ou moral, mesmo que o leitor saiba que a realidade expressa no texto é ficção.
Social
A obra literária pode ser instrumento de conscientização e engajamento das pessoas para a transformação da so-
ciedade. Os autores retratam a realidade que os cerca e produzem um texto que, além de descrevê-la, critica alguns de 
seus aspectos, podendo recorrer à ironia e ao humor. São temas comuns que podem ser utilizados para configurar essa 
função: gênero, racismo, pobreza, corrupção, política, entre outros. 
A natureza da linguagem literária 
As palavras podem representar apenas uma ideia objetiva, geralmente registrada no dicionário, ou ter seu signifi-
cado ampliado e ganhar novas possibilidades de expressão. São dois os sentidos das palavras:
• denotativo:�ƫŏŃŲŏǿ�ĜÿğĘż�ƣĪƫƸƣŏƸÿ᠒�ƫĪŲƸŏģż�ĜżŰǀŰ�ģż�ģŏĜŏżŲĀƣŏż᠒�Ơÿŧÿǜƣÿ�ǀƫÿģÿ�Ơÿƣÿ�ŏŲłżƣŰÿƣ᠒�ŧŏŲŃǀÿŃĪŰ�ĜżŰǀŰ᠇�
�ŧŃǀŲƫ�ŃįŲĪƣżƫ�ƸĪǢƸǀÿŏƫ᠁�ĜżŰż�ÿƫ�ŲżƸőĜŏÿƫ᠁�ÿƫ�ƣĪƠżƣƸÿŃĪŲƫ᠁�żƫ�ƸĪǢƸżƫ�ĜŏĪŲƸőǿ�Ĝżƫ᠁�ÿƫ�ěŏżŃƣÿǿ�ÿƫ᠁�żƫ�ƣĪŧÿƸŽƣŏżƫ᠁�ÿƫ�
receitas, as bulas, entre outros, empregam preponderantemente a denotação; 
• conotativo:�ƫŏŃŲŏǿ�ĜÿğĘż�ÿŰƠŧÿ᠒�ƫĪŲƸŏģżƫ�ĪǢƸƣÿƠżŧÿŰ�ż�ƫĪŲƸŏģż�ĜżŰǀŰ᠒�Ơÿŧÿǜƣÿ�ǀƫÿģÿ�ģĪ�Űżģż�ĜƣŏÿƸŏǜż᠒�ŧŏŲŃǀÿŃĪŰ�
rica e expressiva. A conotação está presente, também, na linguagem coloquial, na publicidade e em ditos populares.
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Literatura
Distinção entre poesia, poema e prosa 
Os textos literários, normalmente, manifestam-se por meio do poema e da prosa e essas duas estruturas formais 
podem expressar conteúdos poéticos (poesia) ou prosaicos (prosa). Leia o fragmento a seguir, primeiro silenciosamente 
e depois oralmente, para auxiliá-lo na compreensão desses conceitos. 
Canto I
As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valorosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se levanta.
CAMÕES, Luís Vaz de. Os lusíadas. Disponívelem: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000178.pdf. Acesso em: 19 fev. 2021.
O excerto pertence à obra Os lusíadas, de Luís de Camões, poeta do Classicismo português (século XVI). Apresentamos as 
três primeiras estrofes de um longo poema que exalta o povo português, ao contar a viagem de Vasco da Gama à Índia. 
O trecho lido quanto à sua apresentação formal constituiu um poema. Ele se organiza em versos e, por isso, tem um 
ritmo diferente do da fala, percebido pela quebra da sequência natural da frase em nome da sonoridade que caracteriza 
esse tipo de texto. Seus elementos são:
• verso:�Ĝÿģÿ�ǀŰÿ�ģÿƫ�ŧŏŲŊÿƫ�ģż�ƠżĪŰÿ�ᠤŲÿ�żěƣÿ�ĜŏƸÿģÿ�ŊĀ�ᚄᡱᚄᙷᚂ�ǜĪƣƫżƫᠥ᠒
• estrofe: conjunto de versos (Os lusíadas�ī�ǀŰ�ŃƣÿŲģĪ�ƠżĪŰÿ�ĜżŰ�ᙷᡱᙷᙶᙸ�ĪƫƸƣżłĪƫ�ĜżŰ�ᚄ�ǜĪƣƫżƫ�ĪŰ�Ĝÿģÿ�ǀŰÿ�ģĪŧÿƫᠥ᠒
• rima:�ƣĪĜǀƣƫż�ƢǀĪ�ǀƸŏŧŏǭÿ�ÿ�ƫĪŰĪŧŊÿŲğÿ�ƫżŲżƣÿ�ģĪ�Ơÿŧÿǜƣÿƫ�Ųż�ǿ�Ųÿŧ�ģżƫ�ǜĪƣƫżƫ�ᠤƣŏŰÿ�ĪǢƸĪƣŲÿᠥ�żǀ�Ųż�ŏŲƸĪƣŏżƣ�ģżƫ�ǜĪƣᠵ
sos (rima interna). (As estrofes apresentam rimas externas com o seguinte esquema: abababcc, ou seja, o primeiro 
verso rima com o terceiro e o quinto; o segundo rima com o quarto e o sexto; e o sétimo verso rima com o oitavo.);
• métrica: número de sílabas poéticas que o verso apresenta. A divisão de sílabas poéticas segue critérios distintos 
da divisão de sílabas gramaticais. Por exemplo, vogais átonas podem ser reunidas numa única sílaba poética; a 
contagem considera até a última sílaba tônica, conforme pode ser visto nos exemplos a seguir. 
As/ ar/mas/ e os/ Ba/rões/ as/si/na/la/dos
Que/ da O/ci/den/tal/ prai/a/ Lu/si/ta/na
Por/ ma/res/ nun/ca/ de an/tes/ na/ve/ga/dos
Pas/sa/ram/ ain/da a/lém/ da/ Ta/pro/ba/na,
Comente rapidamente o 
contexto das Grandes Nave-
gações para a compreensão 
do excerto apresentado e 
leia-o em voz alta para mar-
car o tom de grandiosidade 
do texto épico. Para melhor 
compreensão dos alunos, 
relacione a situação com 
grandes � lmes baseados 
em epopeias. 
 Lusitano: que nasceu 
em Portugal.
 Taprobana:
atualmente Sri Lanka; 
antigo Ceilão.
 Alexandro: Alexandre 
Magno, rei da Macedônia, 
que conquistou a Grécia, o 
Egito e o Oriente Médio.
 Trajano: imperador 
romano.
 Netuno: deus do mar.
 Marte: deus da guerra.
 Musa antiga: o que 
inspira o poeta, imagem 
para representar a poesia.
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5
Unidade 1
As métricas mais comuns são redondilhas (menor, com cinco sílabas métricas; maior, com sete), 
decassílabos (dez sílabas métricas) e alexandrinos (doze sílabas métricas). Os versos de Os lusíadas são 
todos decassílabos, ou seja, possuem todos eles dez sílabas métricas.
Agora, observe o excerto a seguir, de uma adaptação em prosa da obra Os lusíadas, que, como vimos, 
originalmente, foi escrita em versos. Leia-o silenciosamente e, depois, oralmente. Reflita sobre o que 
diferencia este texto do anterior.
Por mares nunca dantes navegados
A frota portuguesa singrava o Oceano Índico, entre a costa oriental da África e a Ilha de 
Madagascar. O vento brando inchava as velas e uma espuma branca cobria a superfície das 
águas cortadas pelas proas.
Eram quatro naus. A São Gabriel, comandada por Vasco da Gama, que chefiava a esqua-
dra; a São Rafael, sob o comando de Paulo da Gama, irmão de Vasco; a Bérrio, que tinha por 
capitão Nicolau Coelho; e a nau que transportava os alimentos, São Miguel, comandada por 
Gonçalo Nunes.
Levavam cento e setenta homens, entre marujos, escrivães, religiosos e dez degreda-
dos. Partiram da Praia do Restelo, em Lisboa, em 8 de julho de 1497, à procura do caminho 
marítimo para a Índia, o reino das especiarias, como cravo, canela e pimenta, então cobi-
çados em toda a Europa.
Em 22 de novembro, dobraram o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África, fa-
çanha só realizada por Bartolomeu Dias, dez anos antes. Mas agora já haviam ultrapassado 
o último ponto atingido por aquele navegante na costa oriental da África e continuavam a 
trajetória para o norte, por águas jamais singradas por naves europeias.
CAMÕES, Luís Vaz de. Os lusíadas. Adaptação de Rubem Braga e Edson Braga. São Paulo: Scipione, 1997. p. 5.
O texto lido, formalmente, é um exemplo de prosa, porque se estrutura por meio de parágrafos, compostos por períodos com o ritmo da lingua-
gem falada. Nesse sentido, é uma expressão diferente do texto anterior. O que os aproxima é o fato de que ambos contam uma história. Quando o 
conteúdo de um texto expressa uma narrativa, dizemos que esse texto está escrito em prosa, porque esse termo está relacionado ao ato de contar. 
Por isso, podemos concluir que, quanto à forma, o primeiro texto é um poema, enquanto o segundo é um exemplo de prosa. Em relação ao conteúdo, 
ambos são exemplos de prosa, porque contam algo, expressando fatos de uma realidade.
Agora atente ao texto seguinte. Leia-o silenciosamente e depois oralmente.
O amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
CAMÕES, Luís Vaz de. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000164.pdf. Acesso em: 28 abr. 2021. 
Depois da leitura do excerto do texto de Camões, você deve ter observado que, formalmente, é um poema, pelas características já conhecidas, 
como o fato de ser organizado em versos. Quanto ao seu conteúdo, ele não narra objetivamente um fato da realidade; ao contrário, revela a intenção de 
sensibilizar o leitor por meio de recursos específicos da linguagem, como a escolha das palavras e um arranjo especial para favorecer a sensibilização 
esperada. Por isso, a estrofe apresentada, por seu conteúdo, é uma expressão de poesia, formalmente apresentada por um poema. Muita gente con-
funde os dois conceitos, mas não se esqueça de que não são sinônimos, já que o poema se refere aos aspectos externos e formais do texto, enquanto a 
poesia se relaciona com o conteúdo e a expressão da emoção. 
Quando a prosa expressa conteúdo poético e se distancia do objetivo de simplesmente contar um fato, temos uma prosa poética. Como afirma o 
professor Fernando Paixão:
[...] No caso da prosa poética, fica evidente que sua característica principal está relacionada com as qualidades da prosa; por 
isso mesmo, apresenta uma tendência voltada para acolher textos maiores – narrativos ou não –, mesmo que procure fixar um olhar 
lírico sobre a realidade. As frases e parágrafos acabam por supor uma dinâmica extensiva para o texto e as imagens evocadas. Em 
geral, a prosa poética costuma recorrer a figuras típicas da poesia, como a aliteração, a metáfora, a elipse, a sonoridade das frases 
etc. Contudo, o emprego desses elementos subordina-se ao ritmo mais alongado do discurso, voltado para ser, ao final das contas, 
uma boa prosa. 
PAIXÃO, Fernando. Poema em prosa: problemática (in)de« nição. Disponível em: 
https://www.academia.org.br/abl/media/Revista%20Brasileira%2075%20-%20PROSA.pdf. Acesso em: 3 abr. 2021.
Capa da adaptação da obra Os lusíadas de Luiz Vaz de 
Camões feita por Rubem Braga.
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6
Literatura
Anotações
Agora você poderá comprovar que a poesia não é exclusiva do poema. 
Leia o trecho a seguir, de uma crônica de Rubem Braga, que apresenta características de prosa poética:
Lembro-me do dia em que fui perto de sua casa apanhar o retrato, que me prometera na véspera. 
Esperei-a junto a uma árvore; chovia uma chuva fina. Lembro-me que tinha uma saia escura e uma blusa 
de cor viva, talvez amarela; que estava sem meias. Os leves pelos de suas pernas lindas queimados pelo 
sol de todo o dia na praia estavam arrepiados de frio. Senti isso mais do que vi, e, entretanto, esta é a 
minha impressão mais forte de sua presença de 14 anos: as pernas nuas naquele dia de chuva, quando 
a grande amendoeira deixava cair na areia grossa pingos muito grandes. Falou muito perto de mim, e 
perguntei se tomara café; seu hálito cheirava a café. Riu, e disse que sim, com broas.Broas quentinhas, 
eu queria uma? Saiu correndo, deu a volta à casa, entrou pelos fundos, voltou depois (tinha dois ou três 
pingos de água na testa) com duas broas ainda quentes na mão. Tirou do seio a fotografia e me entregou.
Dei uma volta pela praia e pelas pedras para ir para casa. Lembro-me do frio vento sul, e do mar 
limpo, da água transparente, em maré baixa. Duas ou três vezes tirei do bolso a fotografia, protegendo-a 
com as mãos para que não se molhasse, e olhei. Não estava, como neste sonho de agora, sentada em 
uma canoa, e não me lembro como estava, mas era na praia e havia uma canoa. “Com sincero afeto…” 
Comi uma broa devagar como uma espécie de unção.
BRAGA, Rubem. Uma lembrança. In: MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. 21. ed. São Paulo: Cultrix, 
1998. p. 545-547. 
A periodização da literatura brasileira e da literatura portuguesa
Para facilitar o estudo da evolução histórica da literatura brasileira e da literatura portuguesa, organizam-se suas 
manifestações em períodos ou estilos de época. Os marcos históricos de início e fim de cada período são publicações 
significativas que sintetizam um conjunto de características que as difere das obras existentes até então. Em geral, a 
literatura acompanha outras expressões artísticas com as quais convive e compartilha características em comum. 
A literatura portuguesa, formalmente, surge durante a Idade Média, quando Portugal se constitui como país. A 
brasileira é estudada a partir do século XVI, com as primeiras produções sobre a terra “recém-descoberta”. Observe a li-
nha do tempo a seguir para compreender a evolução da nossa literatura. Separamos os três primeiros períodos, porque 
eles não ocorreram no Brasil.
Literatura portuguesa
 Trovadorismo Humanismo Classicismo
 Séculos XII a XV Século XV Século XVI
Literatura brasileira
 Quinhentismo e Realismo,
 literatura de Barroco Arcadismo Romantismo Naturalismo e Simbolismo Pré-Modernismo Modernismo
 informação Parnasianismo
1500 1601 1768 1836 1881 1893 1902 1922 
 Carta, de “Prosopopeia”, Obras poéticas, Suspiros poéticos Memórias póstumas Missal e broquéis, Os sertões, Semana de
 Pero Vaz de Bento de Cláudio e saudades, de Brás Cubas, de Cruz e Sousa de Euclides Arte Moderna
 de Caminha Teixeira Manuel da Costa de Gonçalves de Machado de Assis da Cunha
de Magalhães O mulato,
de Aluísio Azevedo
Era nacionalEra colonial
Literatura portuguesa
 Trovadorismo Humanismo Classicismo
 Séculos XII a XV Século XV Século XVI
Literatura brasileira
 Quinhentismo e Realismo,
 literatura de Barroco Arcadismo Romantismo Naturalismo e Simbolismo Pré-Modernismo Modernismo
 informação Parnasianismo
 1500 1601 1768 1836 1881 1893 1902 1922 
 Carta, de “Prosopopeia”, Obras poéticas, Suspiros poéticos Memórias póstumas Missal e broquéis, Os sertões, Semana de
 Pero Vaz de Bento de Cláudio e saudades, de Brás Cubas, de Cruz e Sousa de Euclides Arte Moderna
 de Caminha Teixeira Manuel da Costa de Gonçalves de Machado de Assis da Cunha
 de Magalhães O mulato,
 de Aluísio Azevedo
Era nacionalEra colonial
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7
Unidade 1
Figuras de linguagem
As figuras de linguagem são recursos para tornar os textos mais expressivos, a partir da extrapolação do alcance das 
palavras e das construções da língua. Essas figuras contribuem para que a comunicação ocorra de maneira alternativa 
e mais expressiva. Na literatura, haverá uso intenso das figuras de linguagem, que aparecem também na linguagem 
coloquial, na publicidade e em ditos populares. 
O termo “figuras de linguagem” tem sentido amplo e se refere a um conjunto de recursos linguísticos que alguns 
estudiosos dividem em quatro categorias: figuras de palavras (recursos que afetam o sentido da palavra), figuras de 
pensamento (referem-se ao sentido da palavra em contexto), figuras de construção (relacionadas a aspectos de sintaxe 
ou de concordância verbal e nominal: desvios de ordem, omissões ou excessos) e figuras de harmonia (centram-se na 
representação sonora). 
Leia, a seguir, trechos da canção “Faltando um pedaço”, de Djavan.
O amor é um grande laço
Um passo pr´uma armadilha
Um lobo correndo em círculos
Pra alimentar a matilha.
[...]
O amor é como um raio
Galopando em desafio
Abre fendas cobre vales
Revolta as águas dos rios.
FALTANDO um pedaço. Intérprete: Djavan. Compositor: Djavan. EMI-Odeon, 1982. Disponível em: https://www.letras.com/
djavan/45524/. Acesso em: 24 fev. 2021.
Observe que, para conceituar o amor, o compositor não resgata o sentido dicionarizado do termo, porque não é a 
sua intenção tratar do tema com um sentido único para a palavra (sentido denotativo). Ele relaciona esse sentimento 
a um objeto, a uma ação, a um ato instintivo e, depois, a um fenômeno da natureza, porque quer uma expressão de 
sentido conotativo, múltiplo, criativo e figurado. O que será que o eu lírico quer expressar ao afirmar que “O amor é um 
grande laço”, “Um passo pr´uma armadilha”, “Um lobo correndo em círculos”? E mais, o que significa a afirmação “O amor 
é como um raio”?
Troque ideias com os colegas sobre o que vocês compreenderam das expressões destacadas pelas aspas, antes de continuarmos.
Note que, nas duas estrofes, o autor cria relações entre as palavras para esclarecer o conceito de amor. Ao analisar as 
estruturas frasais usadas por ele, você verá que, quando ele diz “O amor é um grande laço”, ele faz uso de uma metáfora, 
que é uma comparação implícita, indireta e subentendida. Sabemos que o amor não é, literalmente, um laço, mas acei-
tamos que é um sentimento que pode possuir alguma característica desse artefato, como a função de amarrar, prender, 
entre outros sentidos. Ao dizer “O amor é como um raio”, opta-se por uma expressão explícita, chamada comparação, 
evidenciada pela palavra “como”.
Além dessas duas figuras de linguagem, existem outras que também são usadas em diferentes situações e gêne-
ros textuais. Leia o quadro a seguir para conhecer algumas delas.
Evidencie a comparação 
implícita que há nas ex-
pressões que conceituam o 
amor: o amor é um grande 
laço, um passo para uma 
armadilha, um lobo corren-
do em círculos, é como um 
raio. Chame a atenção para 
a diferença de sentido na 
última expressão, que apre-
senta a palavra “como”. 
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8
Literatura
Figura de 
linguagem
Conceito Exemplo
Aliteração Repetição de consoantes nas palavras.
“Na messe, que enlourece, estremece a 
quermesse” (Um sonho, Eugênio de Castro) 
Observe a repetição dos fonemas /s/ e /m/.
Anáfora
Repetição da mesma palavra ou grupo de 
palavras no princípio de frases ou versos 
consecutivos.
Se você pensasse melhor,
Se você escutasse mais,
Tudo seria tranquilo,
Tudo estaria em seu lugar.
Antítese
Uso de palavras de sentido oposto na mesma 
frase. 
Iniciou a pesquisa durante o dia e só a concluiu à 
noite.
Antonomásia
Substituição de um nome próprio pela 
característica que o distingue.
O pai da aviação nasceu no Brasil. (referência a 
Santos Dumont)
Assonância Repetição de vogais nas palavras.
“Na messe, que enlourece, estremece a 
quermesse” (Um sonho, Eugênio de Castro) 
Observe a repetição do fonema /e/.
Catacrese
Uso de expressão sem considerar seu sentido 
original, por falta de outra. 
Ninguém embarcou na mentira contada por ele.
Você pode cortar um dente de alho, por favor?
Eufemismo Uso de termo que suaviza uma expressão. 
Vários alpinistas abotoaram o paletó na tentativa 
de escalar aquela montanha.
(Morrer: descansar, dar o último suspiro, entregar a 
alma a Deus, esticar a canela, ir desta para melhor, 
subir no telhado.)
Gradação
Ideias expressas em uma escala ascendente 
ou descendente. 
Os escoteiros arrumaram seus equipamentos, 
repassaram as orientações e começaram a explorar 
o bosque.
Hipérbato Inversão de termos na frase ou no verso.“Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante...” (Hino 
Nacional Brasileiro)
Hipérbole
Expressão exagerada que transmite 
intensidade. 
O diretor da escola teve de ouvir um mar de 
reclamações dos pais. 
Ironia
Trabalha com o sentido contrário, quando se 
diz algo querendo expressar outra ideia.
Que bonito, você está quebrando os brinquedos 
porque quer!
Metonímia
Situações de substituição, de aproximação 
de sentido. Pode compreender relações de 
parte/todo, continente/conteúdo, causa/
efeito, autor/obra, marca/produto, entre 
outras.
Beberei um Porto enquanto leio Eça de Queirós.
Não uso gilete para me barbear.
Onomatopeia
Imitação da voz ou do som emitido pelos 
seres ou produzidos por objetos. 
À medida que subiam, escutava-se o croooc das 
pequenas pedras que se rompiam.
Paradoxo Ideias aparentemente contraditórias. 
No campo aberto, fazia um frio que queimava 
mais que o fogo.
Perífrase
Substituição de um nome por uma 
expressão que identifica um ser, a partir de 
características de conhecimento público. 
A lagoa fica próxima à Cidade Maravilhosa.
Personificação
Atribui-se uma característica humana a um 
ser não humano.
O vento ruge muito forte nesta região. 
Pleonasmo Repetição desnecessária. A série é baseada em fatos reais.
Sinestesia
Fusão de dois ou mais sentidos para criar 
uma sensação inédita.
Ele tinha uma visão amarga da vida.
Anotações
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9
Unidade 1
1. Identifique as afirmações com V de verdadeiras ou F de falsas. Em se-
guida, reescreva as falsas para que se tornem verdadeiras.
a) ( V ) A noção de belo pode ser representada por uma série de 
conceitos, de acordo com a noção de cultura de cada um. 
b) ( F ) A função catártica da literatura tem a ver com o conceito de 
belo. 
A função catártica da literatura tem a ver com a descarga emocional.
c) ( V ) A função lúdica da literatura está relacionada ao deleite e à 
diversão. 
d) ( F�ᠥ�£żģĪᠵƫĪ�ÿǿ� ƣŰÿƣ�ƢǀĪ�Ƹǀģż�ÿƢǀŏŧż�ƢǀĪ�ƫĪ�ĪƫĜƣĪǜĪ�ī�ŧŏƸĪƣÿƸǀƣÿ᠇�
A literatura é uma manifestação artística que recria a realidade por 
2. ENEM
Texto I
Chão de esmeraldas
Me sinto pisando
Um chão de esmeraldas
Quando levo meu coração
À Mangueira
Sob uma chuva de rosas
Meu sangue jorra das veias
E tinge um tapete
Pra ela sambar
É a realeza dos bambas
Que quer se mostrar
Soberba, garbosa
Minha escola é um cata-vento a girar
É verde, é rosa
Oh, abre alas pra Mangueira passar
BUARQUE, C.; CARVALHO, H. B. Chico Buarque de Mangueira. Marola 
Edições Musicais Ltda. BMG. 1997. Disponível em: 
www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010.
Texto II
Quando a escola de samba entra na Marquês de Sapucaí, 
a plateia delira, o coração dos componentes bate mais forte e 
o que vale é a emoção. Mas, para que esse verdadeiro espetá-
culo entre em cena, por trás da cortina de fumaça dos fogos de 
artifício, existe um verdadeiro batalhão de alegria: são costu-
reiras, aderecistas, diretores de ala e de harmonia, pesquisa-
dor de enredo e uma infinidade de profissionais que garantem 
que tudo esteja perfeito na hora do desfile.
AMORIM, M.; MACEDO, G. O espetáculo dos bastidores. 
Revista de Carnaval 2010: Mangueira. Rio de Janeiro: 
Estação Primeira de Mangueira, 2010.
meio da palavra, usada de modo criativo e artístico.
Faça em sala
Blog e vlog literários 
O blog é um espaço virtual que funciona como suporte para a divulgação de diferentes gêneros textuais. É literário quando objetiva expor exclu-
sivamente textos literários e sobre literatura, como as resenhas. Na sua origem, o blog caracterizava-se por um caráter mais pessoal, já superado pela 
prática profissional, técnica e acadêmico-científica, por também abarcar áreas muito especializadas, reveladoras de notório saber. Ainda que os blogs
privilegiem o texto escrito, os blogueiros usam recursos complementares, como imagens, áudios e vídeos. 
O vlog é uma versão de blog cujo conteúdo é gravado em vídeos. Os de natureza literária abordam temas relacionados à literatura e ao estímulo 
à leitura. Os vlogueiros produzem seus vídeos e os apresentam em plataformas específicas, em espaços individuais chamados canais. Além disso, 
contam com outros espaços de divulgação nas redes sociais.
Já falamos sobre a diferença entre blog e vlog, mas uma tendência atual é usar a estrutura do blog para publicar somente fotos. Nesse caso, o espaço 
virtual passa a se chamar flog. Os vlogs se manifestam exclusivamente por meio de vídeos; os flogs, por fotos. No entanto, os blogs podem conciliar todas 
essas linguagens no mesmo espaço. O contrário não é possível. 
Faça em sala: 3 e 4 | Faça em casa: 7 a 12
Vlog
literário
Relatam-se 
fatos cotidianos 
relacionados 
à leitura e à 
literatura.
Postagens 
frequentes 
com conteúdos 
gravados em 
vídeos curtos.
Blog
literário
Publicação 
frequente de 
conteúdos com 
textos verbais e 
não verbais.
Estrutura 
simples e pré-
-formatada. 
Exige habilidade 
de escrita.
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10
Literatura
Ambos os textos exaltam o brilho, a beleza, a tradição e o compromis-
so dos dirigentes e de todos os componentes com a escola de samba 
Estação Primeira de Mangueira. Uma das diferenças que se estabelece 
entre os textos é que
a) o artigo jornalístico cumpre a função de transmitir emoções e 
sensações, mais do que a letra de música.
b) a letra de música privilegia a função social de comunicar a seu 
público a crítica em relação ao samba e aos sambistas.
c) a linguagem poética, no Texto 1, valoriza imagens metafóricas e a 
própria escola, enquanto a linguagem, no Texto 2, cumpre a função 
de informar e envolver o leitor.
d) ao associar esmeraldas e rosas às cores da escola, o Texto 1 acende a 
rivalidade entre escolas de samba, enquanto o Texto 2 é neutro.
e) o Texto 1 sugere a riqueza material da Mangueira, enquanto o Texto 
2 destaca o trabalho na escola de samba. Resposta C.
3. Identifique as figuras de linguagem percebidas nas expressões popula-
res a seguir.
a) Quem vê cara, não vê coração. ________________________________
b) Ele é esperto feito uma raposa. _______________________________
c) Estava mais morto que vivo. __________________________________
d) Como escritor, ele é um ótimo cozinheiro. ______________________
e) Meu pai já não está entre nós. ________________________________
f) Já chorei um rio de lágrimas. _________________________________
4. ENEM
Blog é concebido como um espaço onde o blogueiro é livre 
para expressar e discutir o que quiser na atividade da sua es-
crita, com a escolha de imagens e sons que compõem o todo 
do texto veiculado pela internet, por meio dos posts. Assim, 
essa ferramenta deixa de ter como única função a exposição 
de vida e/ou rotina de alguém – como em um diário pessoal 
–, função para qual serviu inicialmente e que o popularizou, 
permitindo também que seja um espaço para a discussão de 
ideias, trocas e divulgação de informações.
A produção dos blogs requer uma relação de troca, que aca-
ba unindo pessoas em torno de um ponto de interesse comum. 
A força dos blogs está em possibilitar que qualquer pessoa, sem 
nenhum conhecimento técnico, publique suas ideias e opiniões 
na webe que milhões de outras pessoas publiquem comentários 
sobre o que foi escrito, criando um grande debate aberto a todos.
LOPES, B. O. A linguagem dos blogs e as redes sociais. Disponível em: 
www.fateczl.edu.br. Acesso em: 29 abr. 2013 (adaptado).
De acordo com o texto, o blog ultrapassou sua função inicial e vem se 
destacando como
a) estratégia para estimular relações de amizade.
b) espaço para exposição de opiniões e circulação de ideias.
c) gênero discursivo substituto dos tradicionais diários pessoais.
d) ferramenta para aperfeiçoamento da comunicação virtual escrita.
e) recurso para incentivar a ajuda mútua e a divulgação da rotina diária. 
Metonímia.
Comparação.
Antítese.
Ironia.
Eufemismo.
Hipérbole.
Resposta B.
1.ENEM
Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). 
Os cem melhores poemas brasileiros do século. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
A memória é um importante recurso do patrimônio cultural de uma 
nação. Ela está presente nas lembranças do passado e no acervo cultu-
ral de um povo. Ao tratar o fazer poético como uma das maneiras de se 
guardar o que se quer, o texto
a) ressalta a importância dos estudos históricos para a construção da 
memória social de um povo.
b) valoriza as lembranças individuais em detrimento das narrativas 
populares ou coletivas.
c) reforça a capacidade da literatura em promover a subjetividade e os 
valores humanos.
d) destaca a importância de reservar o texto literário àqueles que 
possuem maior repertório cultural.
e) revela a superioridade da escrita poética como forma ideal de 
preservação da memória cultural. Resposta C.
Faça em casa
3. Ao corrigir a questão, chame a atenção para os seguintes aspectos: a) “cara” e “coração” substituem “exterior” e “interior”, respectivamente; b) a palavra 
“feito” equivale a “como”; c) as palavras “morto” e “vivo” se opõem; d) a ironia está no fato de evidenciar que a pessoa é boa em outro aspecto que não o 
de sua atividade. No caso do exemplo, para expressar que a pessoa não é um bom escritor; e) “já não está entre nós” signi� ca que o pai morreu; f) “rio de 
lágrimas” é uma expressão de exagero para dizer que “chorou muito”.
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11
Unidade 1
FUVEST
Leia o texto para as questões 2 a 4, a seguir.
Os textos literários são obras de discurso, a que falta a ime-
diata referencialidade da linguagem corrente; poéticos, abolem, 
“destroem” o mundo circundante, cotidiano, graças à função ir-
realizante da imaginação que os constrói. E prendem-nos na teia 
de sua linguagem, a que devem o poder de apelo estético que nos 
enleia; seduz‐nos o mundo outro, irreal, neles configurado [...]. No 
entanto, da adesão a esse “mundo de papel”, quando retornamos 
ao real, nossa experiência, ampliada e renovada pela experiência 
da obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri‐lo, sen-
tindo‐o e pensando‐o de maneira diferente e nova. A ilusão, a 
mentira, o fingimento da ficção, aclara o real ao desligar‐se dele, 
transfigurando‐o; e aclara‐o já pelo insight que em nós provocou.
Benedito Nunes, “Ética e leitura”, de Crivo de papel.
O que eu precisava era ler um romance fantástico, um 
romance besta, em que os homens e as mulheres fossem 
criações absurdas, não andassem magoando‐se, traindo‐se. 
Histórias fáceis, sem almas complicadas. Infelizmente essas 
leituras já não me comovem.
Graciliano Ramos, Angústia.
Romance desagradável, abafado, ambiente sujo, povoado 
de ratos, cheio de podridões, de lixo. Nenhuma concessão ao 
gosto do público. Solilóquio doido, enervante.
Graciliano Ramos, Memórias do cárcere, em nota a respeito 
de seu livro Angústia.
 Enlear: confundir.
2. O argumento de Benedito Nunes, em torno da natureza artística da lite-
ratura, leva a considerar que a obra só assume função transformadora se
a) estabelece um contraponto entre a fantasia e o mundo.
b) utiliza a linguagem para informar sobre o mundo.
c) ŏŲƫƸŏŃÿ�Ųż�ŧĪŏƸżƣ�ǀŰÿ�ÿƸŏƸǀģĪ�ƣĪǵŧĪǢŏǜÿ�ģŏÿŲƸĪ�ģż�ŰǀŲģż᠇
d) oferece ao leitor uma compensação anestesiante do mundo.
e) conduz o leitor a ignorar o mundo real. Resposta C.
3. ®Ī�ż�ģŏƫĜǀƣƫż� ŧŏƸĪƣĀƣŏż� ᡆÿĜŧÿƣÿ�ż� ƣĪÿŧ�ÿż�ģĪƫŧŏŃÿƣᠶƫĪ�ģĪŧĪ᠁� ƸƣÿŲƫłŏŃǀƣÿŲģżᠶżᡇ᠁�
ƠżģĪᠶƫĪ�ģŏǭĪƣ�ƢǀĪ�hǀőƫ�ģÿ�®ŏŧǜÿ᠁�ż�ŲÿƣƣÿģżƣᠵƠƣżƸÿŃżŲŏƫƸÿ�ģĪ�Angústia, já não 
ƫĪ�ĜżŰżǜĪ�ĜżŰ�ÿ�ŧĪŏƸǀƣÿ�ģĪ�ᡆŊŏƫƸŽƣŏÿƫ�łĀĜĪŏƫ᠁�ƫĪŰ�ÿŧŰÿƫ�ĜżŰƠŧŏĜÿģÿƫᡇ�ƠżƣƢǀĪ
a) ƣĪšĪŏƸÿ᠁�ĜżŰż�šżƣŲÿŧŏƫƸÿ᠁�ÿ�ĪƫĜƣŏƸÿ�ģĪ�ǿ� ĜğĘż᠇
b) ƠƣĪłĪƣĪ�ÿŧŏĪŲÿƣᠶƫĪ�ĜżŰ�ŲÿƣƣÿƸŏǜÿƫ�īƠŏĜÿƫ᠇
c) é indiferente às histórias de fundo sentimental.
d) está engajado na militância política.
e) se afunda na negatividade própria do fracassado. Resposta E.
4. Para Graciliano Ramos, Angústia não faz concessão ao gosto do público 
na medida em que compõe uma atmosfera
a) dramática, ao representar as tensões de seu tempo.
b) grotesca, ao eliminar a expressão individual.
c) satírica, ao reduzir os eventos ao plano do riso.
d) ingênua, ao simular o equilíbrio entre sujeito e mundo.
e) alegórica, ao exaltar as imagens de sujeira. Resposta A.
5. ENEM
Canção amiga
Eu preparo uma canção,
em que minha mãe se reconheça
todas as mães se reconheçam
e que fale como dois olhos.
[...]
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.
ANDRADE, C. D. Canção amiga. In: ANDRADE, C. D. Novos poemas. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1948. (Fragmento)
A linguagem do fragmento apresentado foi empregada pelo autor com 
o objetivo principal de
a) transmitir informações, fazer referência a acontecimentos 
observados no mundo exterior.
b) envolver, persuadir o interlocutor, nesse caso, o leitor, em um forte 
apelo à sua sensibilidade.
c) ƣĪÿŧğÿƣ�żƫ�ƫĪŲƸŏŰĪŲƸżƫ�ģż�Īǀ�ŧőƣŏĜż᠁�ƫǀÿƫ�ƫĪŲƫÿğƛĪƫ᠁�ƣĪǵŧĪǢƛĪƫ�Ī�
opiniões frente ao mundo real.
d) destacar o processo de construção desse poema, ao falar sobre o 
papel da própria linguagem e do poeta.
e) ŰÿŲƸĪƣ�Īǿ� ĜŏĪŲƸĪ�ż�ĜżŲƸÿƸż�ĜżŰǀŲŏĜÿƸŏǜż�ĪŲƸƣĪ�ż�ĪŰŏƫƫżƣ�ģÿ�
mensagem, de um lado, e o receptor, de outro. Resposta D.
6. UFPE
O olhar também precisa aprender a enxergar
Há uma historinha adorável, contada por Eduardo Galeno, 
escritor uruguaio, que diz que um pai, morador lá do interior 
do país, levou seu filho até a beira do mar. O mesmo nunca 
tinha visto aquela massa de água infinita. Os dois pararam so-
bre um morro. O menino, segurando a mão do pai, disse: “Pai, 
me ajuda a olhar”. Pode parecer uma história de fantasia, mas 
deve ser a exata verdade, representando a sensação de falta-
rem não só palavras, mas também capacidade para entender 
o que é que estava se passando ali.
Agora imagine o que se passa quando qualquer um de 
nós passa diante de uma obra de arte visual: como olhar 
para aquilo e construir seu sentido na nossa percepção? Só 
com auxílio mesmo. Não quer dizer que a gente não se emo-
cione apenas por ser exposto a um clássico absoluto, um 
Picasso, um Niemeyer, um Caravaggio. Quer dizer apenas 
que a gente pode ver melhor se entende melhor a lógica da 
criação.
(Luís Augusto Fischer. Folha de S.Paulo)
Esse pequeno texto pode ser aplicado a nossas experiências diante da 
Arte. Em relação à Literatura, a arte feita com as palavras, cabe a se-
guinte consideração:
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12
Literatura
a) as criações literárias são eminentemente metafóricas; ou seja, a 
metáfora somente ocorre em textos literários.
b) a Literatura prima por manter as palavras em seus sentidos básicos, 
denotativos, como se diz.
c) as obras literárias têm um sentido explícito cuja autêntica 
percepção envolve sobretudo o conhecimento da língua.
d) os romances, por exemplo, exercem, como função primeira, a 
capacidade de nos informar sobre os fatos históricos de nosso meio.
e) toda produção literária são criações artísticas e somente podem ser 
percebidas em seu sentido estético e fantasioso. Resposta E.
7. ENEM
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/E
n
e
m
, 
2
0
11
.
O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à 
teoriaevolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o 
contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode oca-
sionar:
a) o surgimento de um homem dependente de um novo modelo 
tecnológico.
b) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem 
sua realidade.
c) a problemática social de grande exclusão digital a partir da 
interferência da máquina.
d) ÿ�ŏŲǜĪŲğĘż�ģĪ�ĪƢǀŏƠÿŰĪŲƸżƫ�ƢǀĪ�ģŏǿ� ĜǀŧƸÿŰ�ż�ƸƣÿěÿŧŊż�ģż�ŊżŰĪŰ᠁�
em sua esfera social.
e) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de 
ferramentas como lança, máquina e computador. Resposta A.
8. FAMERP
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/F
a
m
e
rp
, 
2
0
1
8
.
(Quino. Toda Mafalda, 2012. Adaptado.)
O autor inseriu no balão do último quadrinho uma fala que exemplifica 
o conceito de metonímia (figura de linguagem baseada numa relação 
de proximidade). Essa fala é:
a) Bem!... Vai ver que em vez de mente meu pai quis dizer cabeça.
b) ®Ī�ī�ÿƫƫŏŰ᠁�Ơżƣ�ƢǀĪ�ǜżĜį�ǿ� Ĝÿ�łżƣÿ�ģż�ÿƣ᠁�ģĪ�ǜĪǭ�ĪŰ�ƢǀÿŲģż᠈
c) FŏŧŏƠĪ᠇᠇᠇�ßżĜį�ÿĜŊÿ᠁�ĪŲƸĘż᠁�ƢǀĪ�ż�ŰĪǀ�Ơÿŏ�ŰĪŲƸĪ᠈
d) Olhei pelo buraco do seu ouvido e não vi nada...
e) Pra você, com esse topete que parece uma antena, é fácil! 
9. ENEM
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0
4
.
Nessa tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas 
figuras de linguagem para
a) condenar a prática de exercícios físicos.
b) valorizar aspectos da vida moderna.
c) desestimular o uso das bicicletas.
d) caracterizar o diálogo entre gerações.
e) criticar a falta de perspectiva do pai. Resposta E.
10. ENEM
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/E
n
e
m
, 
2
0
1
4
.
Os meios de comunicação podem contribuir para a resolução de pro-
blemas sociais, entre os quais o da violência sexual infantil. Nesse sen-
tido, a propaganda usa a metáfora do pesadelo para
a) informar crianças vítimas de violência sexual sobre os perigos dessa 
prática, contribuindo para erradicá-la.
b) denunciar ocorrências de abuso sexual contra meninas, com o 
objetivo de colocar criminosos na cadeia.
c) dar a devida dimensão do que é abuso sexual para uma criança, 
enfatizando a importância da denúncia.
d) destacar que a violência sexual infantil predomina durante a noite, 
o que requer maior cuidado dos responsáveis nesse período.
e) chamar a atenção para o fato de o abuso infantil ocorrer durante o 
sono, sendo confundido por algumas crianças com um pesadelo. 
Resposta A.
Resposta C.
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13
Unidade 1
11. UNICAMP
Entre todas as palavras do momento, a mais flamejante
talvez seja desigualdade. E nem é uma boa palavra, incomoda. 
Começa com des. Des de desalento, des de desespero, des de 
desesperança. Des, definitivamente, não é um bom prefixo.
Desigualdade. A palavra do ano, talvez da década, não im-
porta em que dicionário. Doravante ouviremos falar muito nela.
De-si-gual-da-de. Há quem não veja nem soletre, mas está 
escrita no destino de todos os busões da cidade, sentido centro/
subúrbio, na linha reta de um trem. Solano Trindade, no sinal 
fechado, fez seu primeiro rap, “tem gente com fome, tem gente 
com fome, tem gente com fome”, somente com esses subs-
tantivos. Você ainda não conhece o Solano? Corra, dá tempo. 
Dá tempo para você entender que vivemos essa desigualdade. 
Pegue um busão da Avenida Paulista para a Cidade Tiradentes, 
passe o vale-transporte na catraca e simbora – mais de 30 qui-
lômetros. O patrão jardinesco vive 23 anos a mais, em média, 
do que um humaníssimo habitante da Cidade Tiradentes, por 
todas as razões sociais que a gente bem conhece.
Evitei as estatísticas nessa crônica. Podia matar de deses-
perança os leitores, os números rendem manchete, mas ca-
recem de rostos humanos. Pega a visão, imprensa, só há uma 
possibilidade de fazer a grande cobertura: mire-se na desi-
gualdade, talvez não haja mais jeito de achar que os pontos 
da bolsa de valores signifiquem a ideia de fazer um país.
(Adaptado de Xico Sá, A vidinha sururu da desigualdade 
brasileira. Em El País, 28/10/2019. Disponível em https://brasil.
elpais.com/brasil/2019/10/28/opinion/1572287747_637859.
html?fbclid=IwAR1VPA7qDYs1Q0Ilcdy6UGAJTwBO_
snMDUAw4yZpZ3zyA1ExQx_XB9Kq2qU. Acessado em 25/05/2020.)
 Flamejante: que chama a atenção (sentido figurado).
 Manchete: título, em letras grandes, que se dá a uma matéria de jornal ou 
revista.
A crônica instiga o leitor a ficar atento à desigualdade na cidade de São 
Paulo. Assinale a alternativa que identifica corretamente os recursos 
expressivos (estilísticos e literários) de que se vale o autor.
a) A desigualdade está escrita nas linhas de trens e ressoa nos versos 
de Solano Trindade: onomatopeia.
b) No destino dos transportes coletivos no sentido centro/subúrbio é 
possível viver a desigualdade: eufemismo.
c) A desigualdade se mostra na expectativa de vida dos moradores de 
bairros bem situados e periferias: alusão.
d) Na cobertura da imprensa, números da desigualdade perdem para 
pontos da bolsa de valores: ambiguidade. Resposta A.
12. Unicamp
Entre os versos de Gilberto Gil transcritos a seguir, podemos identificar 
uma relação paradoxal em:
a) ᡆ®żǀ�ǜŏƣÿŰǀŲģż�ǜŏƣÿģż�᠓�ƠĪŧż�ŰǀŲģż�ģż�ƫĪƣƸĘż᠇ᡇ
b) ᡆhżǀǜż�ÿ�ŧǀƸÿ�ƣĪƠĪƸŏģÿ�᠓�ģÿ�ǜŏģÿ�Ơƣÿ�ŲĘż�ŰżƣƣĪƣ᠇ᡇ
c) ᡆ'Ī�ģŏÿ᠁�'ŏÿģżƣŏŰ᠁�᠓�ģĪ�ŲżŏƸĪ᠁�ĪƫƸƣĪŧÿ�ƫĪŰ�ǿ�Ű᠇ᡇ
d) ᡆ¼żģÿ�ƫÿǀģÿģĪ�ī�ƠƣĪƫĪŲğÿ�᠓�ģÿ�ÿǀƫįŲĜŏÿ�ģĪ�ÿŧŃǀīŰ᠇ᡇ� Resposta C.
 ŊĪŃÿŰżƫ�ÿż�łŏŲÿŧ�ģÿ�ÃŲŏģÿģĪ�ᙷ᠇��ěƫĪƣǜĪ᠁�ĜżŰ�ÿƸĪŲğĘż᠁�ż�ĪƫƢǀĪŰÿ�ƢǀĪ�ƫŏŲƸĪƸŏǭÿ�żƫ�ƠƣŏŲĜŏƠÿŏƫ�ÿƫƠĪĜƸżƫ�ģżƫ�ĜżŲƸĪǁģżƫ�ƸƣÿěÿŧŊÿģżƫ᠇�/Ű�ƫĪŃǀŏģÿ᠁�
responda às questões propostas.
Junte os pontos
Depois de analisar o esquema, responda:
1. Cite qual(is) da(s) função(ões) da literatura está(ão) estritamente rela-
cionada(s) à expressão da sensibilidade e da percepção do autor.
A função que está estritamente relacionada à expressão da sensibilidade
do autor é a função estética. Entretanto, as funções lúdica e catártica 
também servem a esse propósito. 
2. De que forma os blogs e vlogs�ģŏǜǀŧŃÿŰ�ÿ�ŧŏƸĪƣÿƸǀƣÿ�ÿƸǀÿŧŰĪŲƸĪ᠈
Os blogs e os vlogs divulgam a literatura, estimulando a leitura por meio
de comentários, resenhas escritas e vídeos com a experiência de 
leitura dos vlogueiros. 
Literatura
Manifestação: poesia, 
prosa, poema.
Funções: cognitiva, estética, 
lúdica, catártica, social.
Divulgação: blogs e 
vlogs literários.
Conceito: manifestação 
artística que recria a realidade 
por meio da palavra.
Natureza da linguagem: 
predominantemente 
conotativa.
Algumas figuras de linguagem: metáfora, 
metonímia, comparação, aliteração, anáfora, 
antítese, assonância, eufemismo, entre outras.
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