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Quimica inorganica

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EXPERIMENTO ALTERNATIVO PARA A SINTETIZAÇÃO
DE KClO3 E GLICOSE EXPLOSIVA
Reação de Dismutação para se obter Clorato de Potássio e reação
de KClO3+glicose
Relatório de aula prática apresentado ao
Instituto Federal de São Paulo, Campus
Capivari, como parte dos requisitos para
aprovação na disciplina Química Geral II.
Discentes: Davyd Gustavo Mochi Dias
Isabela Meirelles Bergamasco
Docentes: João B. de Medeiros
Thalita Arthur
Capivari - SP
2018
SUMÁRIO
1 OBJETIVO 3
2 REFERENCIAL TEÓRICO 4
2.1 Propriedades dos Cloratos de Potássio 4
2.2 Estrutura da Glicose 4
2.3 Correlação entre Sal Light e Água Sanitária 5
2.4 Combustão da Glicose 5
2.5 Liberação de energia 6
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 7
3.1 Reagentes e materiais 7
3.2 Métodos 7
3.2.1 Busca por soluções caseiras 7
3.2.1.1 Busca por soluções práticas 7
3.2.2 Reação de dismutação e troca de íons 7
3.2.2.1 Reação de dismutação e troca de íons eficiente 8
3.2.3 Filtragem e secagem da amostra 9
3.2.3.1 Reconstituição de filtração a vácuo 9
3.2.4 Métodos de comprovação de Clorato de Potássio 10
3.2.5 Reação de combustão 11
3.2.5.1 Reação de combustão efetiva 11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 12
4.1 Obtenção de clorato de potássio 12
4.1.1 Obtenção de clorato de potássio efetivo 12
4.2 Rendimento da sintetização de clorato de potássio 13
4.2.1 Rendimento da sintetização efetiva 13
4.3 Análise de combustão 15
4.4 Resíduos resilientes 15
5 CONCLUSÃO 16
REFERÊNCIAS 17
2
1 OBJETIVO
Primeiramente o objetivo era de realizar um experimento de combustão
entre a glicose com o Clorato de Potássio, para ocorrer pequenas explosões,
mas como não se há acesso ao reagente (KClO3), o então objetivo passa-se a
ser a obtenção de Clorato de Potássio a partir da dismutação deste com
materiais caseiros e plausíveis de serem encontrados no dia a dia. Para então,
posteriormente demonstrar o que acontece quando se faz reagir uma
quantidade de glicose com Clorato de Potássio em uma reação de combustão.
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Propriedades dos cloratos de potássio
Cloreto de Potássio:Sal inorgânico, considerado o mais inofensivo dos
reagentes a base de cloreto de potássio (KCl), uma substância sem riscos ou
perigos com regentes ou temperaturas, é estável e faz parte da reação de
dismutação neste experimento.
Clorato de Potássio: Sal inorgânico, ainda possível de ser controlado
tem suas estabilidades em cheque quando ultrapassa temperaturas muito
elevadas, podendo chegar a explosões não tão intensas quanto o perclorato,
mas que trariam perigo o suficiente para o ser humano. Por ser uma substância
muito volátil, ela foi o ingrediente chave em épocas antigas, nas antigas armas
de fogo, que atualmente são abastecidas e contempladas com o uso do
perclorato de potássio; nos dias atuais esse clorato de potássio é utilizado na
fabricação de fogos de artifício, pois em sua composição há o elemento
potássio que quando aquecido gera uma luz colorida, em tons rosados e
lilases.
Perclorato de Potássio: Sal inorgânico, o mais forte da família dos
cloratos de potássio, (KClO4), tem altos riscos de grande perigo quando entra
em contato com materiais combustíveis e agentes redutores, o tornando uma
substância química extremamente instável e explosiva, por isso que esta
substância não é recomendável no uso de experimentos que comprovam essa
interação na parte explosiva do perclorato de potássio (KClO4 + C6H12H6).
2.2 Estrutura da glicose
A glicose (C6H12O6) é um dos mais conhecidos monossacarídeos da
família das aldoses, possui sua estrutura com a cadeia de carbono linear
(pode-se obter também da forma cíclica) e simples, como mostra sua estrutura
na figura 1; é muito reativo quando está em contato com substâncias que são
instáveis em altas temperaturas e necessitam de um combustível para se
exporem em suas propriedades organolépticas explosivas. Por isso que
4
quando deseja-se obter reações eficientes para o uso de fogos de artifício, por
exemplo, a glicose em conjunto à cloratos formam a combinação perfeita.
Figura 1: Fórmula estrutural da glicose
Fonte:https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=
2ahUKEwiAnMbPuKfdAhVBso8KHbisDdIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fbrasilescola.uol.com.br
%2Fquimica%2Fglicose.htm&psig=AOvVaw1TE8x-lv-q0wqy74iazxE0&ust=1536359781157328
Acesso em: 05/12/2018.
2.3 Correlação entre sal light e água sanitária
O Sal Light é um sal hipossódico, que contém 50% menos sódio, ou
seja, um sal iodado, que contém cerca de 25% á 50% de Cloreto de Potássio.
O Cloreto de Potássio tem em sua propriedade a capacidade de reter menos
água do que o normal, por isso que sua consumação é de bom uso,
recomendado para casos de inchaço ou endemias, que necessitam da
capacidade de reter menos líquidos no organismo.
A Água Sanitária é uma solução basicamente composta por Hipoclorito
de Sódio, com uma proporção de “cloro ativo” em cerca de 2% a 2,5%. Pelo
cloro ser uma das substâncias mais reativas ações de desinfecção e oxidação
(oxigênio nascente) nas ações de branqueamento. Entretanto, devido a sua
extrema reatividade, o uso e o manuseio do gás cloro exigem cuidados
rigorosos e operadores qualificados.
2.4 Combustão da glicose
A combustão consiste na reação química entre dois ou mais reagentes
(combustíveis e comburentes), no caso a glicose e o Clorato de Potássio,
respectivamente, com grande liberação de energia na forma de calor. Assim,
5
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiAnMbPuKfdAhVBso8KHbisDdIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fbrasilescola.uol.com.br%2Fquimica%2Fglicose.htm&psig=AOvVaw1TE8x-lv-q0wqy74iazxE0&ust=1536359781157328
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiAnMbPuKfdAhVBso8KHbisDdIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fbrasilescola.uol.com.br%2Fquimica%2Fglicose.htm&psig=AOvVaw1TE8x-lv-q0wqy74iazxE0&ust=1536359781157328
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiAnMbPuKfdAhVBso8KHbisDdIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fbrasilescola.uol.com.br%2Fquimica%2Fglicose.htm&psig=AOvVaw1TE8x-lv-q0wqy74iazxE0&ust=1536359781157328
todas as reações de combustão são extremamente exotérmicas (mesmo que
necessitem de uma fonte de ignição para ocorrerem).
A reação de combustão da glicose, neste caso, pode-se ser realizada de
duas maneiras, a primeira com a ebulição do KClO3, e a introdução de uma
goma de glicose junto a este, e a segunda, com a mistura, antes mesmo de
adicionar qualquer fonte de calor, de KClO3 com C6H12O6.
Portante após seu contato em conjunto com fogo, a velocidade da
reação ocorre muito mais rápido e intensamente, tanto pela concentração de
reagentes, quanto pela facilidade das moléculas de açúcar estarem bem mais
distribuídas e menos englobadas.
Reação de Combustão entre Glicose e Clorato de Potássio:
C6H12O6(s) + 4KClO3(s) → 6CO2(g) + 6H2O(g) + 4KCl(s)
2.5 Liberação de energia
Todas as reações químicas liberam ou absorvem energia do ambiente de
alguma forma. A liberação de energia destas reações, são obtidas todas em
forma de calor, ou seja, por reações endotérmicas ou exotérmicas. Deste modo
pode-se observar que a reação de dismutação, com elevadas temperaturas
que o fazem dismutar os íons, necessita da absorção de calor para que sua
dismutação ocorra, portanto caracteriza-se uma reação endotérmica, enquanto
a reação de combustão da glicose com o Clorato de Potássio, caracteriza-se
reação exotérmica, ou seja, liberam calor em forma de energia suficiente para
que visivelmente sejam percebidas ou sentidas.
6
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 Reagentes e materiais
Reagentes: Água Sanitária (2% a 2,5%) pois utilizará deste Hipoclorito
de Sódio (NaClO);Cloro Concentrado (8%) para extrair o Hipoclorito de Sódio
(NaClO); Salde cozinha Light (Cloreto de Potássio); Cloreto de Potássio (KCl);
Água; Clorato de potássio (KClO3(s)); Bala de Goma de açúcar (contendo
sacarose C12H22O11(s)).
Materiais: Béquer 1000 mL; Bico de Bunsen; Balão de Erlenmeyer;
Bastão de vidro; Placa de Petri; Capela; Tripé; Tela de amianto; Kitassato;
Suporte Universal; Funil de Büchner; Bomba de vácuo; Almofariz; Papel filtro;
Termômetro; Garra; Dessecador; Balança Analítica; Tubo de ensaio; Baqueta
(para empurrar a bala se necessário) e Espátula.
3.2 Métodos
3.2.1 Busca por soluções caseiras
Procura-se soluções para a obtenção de clorato de potássio, com isso
descobrir uma forma fácil e rápida de ser feito. Através do Sal de cozinha light
para obter o cloreto de potássio e a Água Sanitária pois nela há Hipoclorito de
sódio, eles se fundem formando o produto desejado.
3.2.1.1 Busca por soluções práticas
Procura-se soluções para obtenção de clorato de potássio, diante da
inexatidão da primeira tentativa. A concentração foi dada como principal fator
do erro, então busca-se novas metodologias com maior índice dos reagentes,
encontra-se Cloro Concentrado/ cloro piscina (8% de Hipoclorito de sódio
(NaClO)) e Cloreto de Potássio P.A. (KCl); da mesma forma eles se fundem
formando o produto desejado.
3.2.2 Reação de dismutação e troca de íons
Monta-se o sistema de aquecimento dentro do exaustor, com o mesmo
desligado. Adiciona-se 500ml de Água Sanitária (com 2% a 2,5% de Hipoclorito
7
de sódio (NaClO)) no béquer de 1L, aquecê-lo, com a ajuda do tripé e da tela
de aquecimento, no bico de bunsen, para que esta entre em ebulição e se
precipite. Após esse efeito resfria-se a solução em alguns graus no exaustor
ligado. Enquanto é refrigerado, dissolve-se o Sal de cozinha light (com 25% de
Cloreto de Potássio (KCl) em água dentro de um Balão de Erlenmeyer, até que
se forme um corpo de fundo. Já refrigerado, mistura-se as substâncias, e
deixa-se descansar por 24 horas, enfim, inicia-se a dismutação completa para
a obtenção de clorato de potássio, que será realmente contemplada após a
filtragem da amostra.
3.2.2.1 Reação de dismutação e troca de íons eficiente
Monta-se o sistema de aquecimento dentro do exaustor, com o mesmo
desligado. Adiciona-se 500ml de Cloro Concentrado (8% de Hipoclorito de
sódio (NaClO)) no béquer de 1L, aquecê-lo, com a ajuda do tripé e da tela de
aquecimento, no bico de bunsen, para que esta entre em ebulição e se
precipite. Após esse efeito resfria-se a solução, de 200ml que foi precipitado,
em alguns graus no exaustor ligado. Enquanto é refrigerado, dissolve-se 72g
de Cloreto de Potássio (KCl) em 200ml de água, segundo seu gráfico de
solubilidade (LeMay e Brown, 13ªed. 2017, 571), dentro de um Balão de
Erlenmeyer, até que se forme um corpo de fundo. Já refrigerado, mistura-se as
substâncias, e deixa-se descansar por 24 horas, enfim, inicia-se a dismutação
completa para a obtenção de clorato de potássio, que será realmente
contemplada após a filtragem da amostra.
Gráfico 1: Solubilidade de KCl em água em função da temperatura.
Fonte: Livro Química: A Ciência Central (LeMay e Brown, 13ªed. 2017, 571).
8
3.2.3 Filtragem e secagem da amostra
Essa mesma amostra, já descansada, é levada para o sistema de
filtragem sob pressão reduzida; que consiste em uma bomba de vácuo
conectada a um kitassato, com um funil de Büchner e um papel filtro,
sustentando esse sistema utiliza-se uma garra acoplada a um suporte
universal. Depois da filtragem, pesa-se, identificasse e leva-se para o
dessecador por aproximadamente 15 dias. A secagem consiste na
desidratação de um analito, pelo uso do dessecador composto por sílica, que
absorve da substância sua parte líquida. Ao final desse período, observa-se
uma solução completamente sólida.
Figura 2: Filtração a vácuo de solução de KClO3.
Fonte: própria autoria.
3.2.3.1 Reconstituição de filtração a vácuo
A reconstituição da filtração é feita com o mesmo processo, e o sistema de
filtragem igual ao anterior. A grande diferença fica por conta da dessecagem,
na etapa antecedente a amostra ficou cerca de 15 dias (360 horas) no
dessecador, já a nova mistura 24 horas. Esse novo procedimento é adotado
para controlar possível contaminação. Então, obteve-se um Clorato de Potássio
muito mais puro, comparado ao primeiro.
Figuras 3 e 4: Reconstituição de filtração a vácuo de KClO3.
Fonte: própria autoria.
9
3.2.4 Métodos de comprovação de Clorato de Potássio
Após a amostra secada e descansada, realiza-se um pequeno
procedimento para que verifique-se o que é o nosso produto formado.
Consiste em fazer o teste de chama, que é um importante método de
identificação, principalmente de cátions metálicos, utilizado na análise química.
Para fim de identificar a cor da chama, faça-se esse seguinte procedimento,
segundo a orientação dos docentes: Mergulhar um fio de platina em um frasco
com HCl concentrado, em seguida misturá-lo com o nosso produto, e por último
levá-lo até um bico de bunsen e analisar a coloração da chama após o contato
com o fio de platina. Esse procedimento foi feito nos dois produtos gerados.
Figura 5: Teste de chama do produto 1. Figura 6: Teste de chama do produto 1.
Fonte: própria autoria. Fonte: própria autoria
Figura 7: Teste de chama do produto 2. Figura 8: Teste de chama do produto 2.
Fonte: própria autoria. Fonte: própria autoria.
10
Observe-se que nas figuras 7 e 8 a coloração da chama é lilás, enquanto a
amostra do primeiro produto (representado pelas figuras 5 e 6) nota-se que a
chama é amarelada devido a outros sais ali presente como impureza.
3.2.5 Reação de combustão
Prepara-se um sistema de aquecimento do clorato de potássio, que consiste
em, comportar com o auxílio de uma garra e um tripé o tubo de ensaio
inclinando-o aproximadamente 45° graus sobre um bico de Bunsen, com 3
colheres pequenas do produto. Nessa tentativa de decomposição contesta-se
que a impureza do produto desejado é muito elevada, com isso a
decomposição não se efetiva.
3.2.5.1 Reação de combustão efetiva
Novamente encontra-se a mesma barreira diante do procedimento realizado
anteriormente a esse, procura-se soluções para que se realize a combustão.
Encontra-se uma nova forma que consiste em misturar-se em uma proporção
de 5 colheres do produto, para 3 de açúcar em um almofariz, em seguida
coloque-se fogo em um pedaço de madeira longo (palito de churrasco), leva-se
até a mistura, faça-se círculos dentro do almofariz de forma que o açúcar e o
clorato tenham contato com o fogo, nisso ocorre uma combustão que consome
a mistura, produzindo uma chama lilás, que dessa maneira se contesta que o
produto formado é clorato de potássio, mesmo que em parte.
11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Obtenção de clorato de potássio
Diante da reação de Dismutação, já foi possível se observar uma
quantidade muito abaixo do esperado de precipitação, cerca de 50 ml, que
quando trocado, proporcionalmente, os íons com 4,8g de KCl, observa-se que
cerca de 7g de solução se forma, ou seja, há mais solução do que soluto,
portanto, entende-se que a maior parte desta solução contém impurezas
provenientes dos sais dismutados, que ainda se encontram presentes na
solução. Algo que significativamente atrapalha na obtenção de Clorato de
Potássio, fazendo com que esse primeiro experimento não se torne eficiente o
suficiente para suprir o requerido.
4.1.1 Obtenção de clorato de potássio efetivo
A partir da reação de Dismutação, foi possível observar as diferentes
mudanças comportamentais na temperatura com relação ao tempo, com isso,
para que se tornasse algo mais visível, foi feito um gráfico de linha, que
demonstra a Curva de Aquecimento, enquanto dismuta o 3NaClO em NaClO₃.
Gráfico 2: Curva de Aquecimento do Cloro Ativo enquanto dismutado.
Fonte: própria autoria.
Após a dismutação, realizou-se, então, a troca de íons do Cloreto de
Potássio com o Clorato de Sódio, para formar Cloreto de Sódio e Clorato de
Potássio.
12
Diante a essesmétodos, obtém-se, uma quantidade significativamente
maior que o primeiro experimento, de Clorato de Potássio, cerca de 64g de
solução, que para além de se obter uma maior quantidade, observa-se-o muito
mais cristalizado, com uma chama muito mais lilás e se tornou mais
comburente do que anteriormente.
4.2 Rendimento da sintetização de clorato de potássio
A sintetização de Clorato de Potássio foi feita a partir de duas partes, a
reação de dismutação:
3NaClO → 2NaCl + NaClO₃
e a reação de troca de íons:
KCl + NaClO3 → NaCl + KClO₃
Obteve-se então uma quantidade de Clorato de Potássio, 7g. Deste
entende-se que a maior parte é impurezas ou resíduos resilientes de outras
etapas, devido a isso não consegue-se calcular o rendimento da solução.
Figura 9: Produção não eficiente de KClO3, com a utilização de água sanitária e sal light.
Fonte: própria autoria.
4.2.1 Rendimento da sintetização efetiva
A sintetização de Clorato de Potássio foi feita a partir de duas partes, só
que desta vez foram se utilizados reagentes e concentrações eficientemente
mais potentes, a reação de dismutação:
3NaClO → 2NaCl + NaClO₃
e a reação de troca de íons:
KCl + NaClO3 → NaCl + KClO₃
Obteve-se então uma significativa quantidade de Clorato de Potássio
cristalizado, 64g de KClO3.
13
Figura 10: Síntese de KClO3 eficiente, com a utilização de cloro ativo e cloreto de potássio puro.
Fonte: própria autoria.
E a partir destas reações, é possível se calcular o rendimento de Clorato de
Potássio obtido:
KCl + NaClO3 → NaCl + KClO₃
1 mol 1mol 1mol 1mol
x x
72g de KCl (Cloreto de Potássio) para 200 ml de solução
64g de KClO3 (Clorato de Potássio) para 200ml de solução
M (KCl) = 74g/mol
M (KClO3) = 122g/mol
n = m/M n= número de mol
m= massa
M= massa molar
n (KCl) = 72g/ 74g/mol = 0,97mol
n (KClO3) = 64g/ 122g/mol = 0,52mol
100% - 0,97mol
x - 0,52mol
0,97mol.x = 0,52mol. 100%
x ≅ 54%
14
4.3 Análise de combustão
Analisa-se a combustão dos 2 produtos, no primeiro nota-se que mesmo
ocorrendo a queima ela é muito inferior ao do segundo produto, pois a
impureza dela impede com que o clorato de potássio e a glicose se reagem
entre si, desta maneira a combustão consome uma pequena parte do produto e
do açúcar, já no outro produto, a glicose e o clorato de potássio é quase que
todo consumido pelo fogo. Lembra-se que os dois produtos estavam na mesma
proporção, 5 de clorato de potássio, para 3 de açúcar .
QR Code: Link para assistir o vídeo da combustão do Clorato de potássio com a glicose, experimento 2.
Fonte: própria autoria.
4.4 Resíduos resilientes
Após a combustão, obtém-se a glicose e o clorato de potássio carbonizados
com a análise anterior, descartando-se os mesmos em um lixo comum no
laboratório, pois não há neles quantidades e propriedades necessárias para a
contaminação do solo. O mesmo procedimento refere-se às duas operações
que se realizam neste presente documento.
Figura 11: Resíduos da combustão da combustão 1. Figura 12: Resíduos da combustão 2.
Fonte: própria autoria. Fonte: própria autoria..
15
5 CONCLUSÃO
Conclui-se que a forma de obtenção de Clorato de Potássio mais
eficiente, seja a mais prática de se obter em laboratórios e reagentes mais
puros e concentrados, ao contrário do que era esperado com os reagentes
caseiro. Mas sem deixar de atender as expectativas, consegue-se obter uma
quantia significativa de Clorato de Potássio, onde sua comprovação em forma
de combustão com a glicose, atingindo o objetivo inicial, ocorra da maneira
mais eficaz possível.
Contudo, esses experimentos contribuem para demonstração de
autonomia, capacidade e criatividade, colocando algo, notoriamente complexo
de se obter, como resultado de processos simples e palpáveis, destacando a
perseverança e o reconhecimento da possibilidade de se aprender a partir de
faltas e em um ambiente de constante desafio, sem deixar com que erros se
tornem fins e a busca pelo acessível continue, até seu sucesso profissional.
16
REFERÊNCIAS
LABSYNTH, Produtos para Laboratórios Ltda. FICHA DE INFORMAÇÕES DE
SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS: CLORETO DE POTÁSSIO . Av.
Dr. Ulysses Guimarães, 3.857 – Vila Mary – Diadema - SP, 15/04/2009. 1/3 p.
Disponível
em:<https://www.fca.unicamp.br/portal/images/Documentos/FISPQs/FISPQ-%2
0Cloreto%20de%20Potassio.pdf>. Acesso em: 4 dez. 2018.
SILVA, Ronaldo da Luz. Clorato de Potássio em reação violenta com doce.
14 DE JUNHO DE 2011. Disponível
em:<https://quimicaensinada.blogspot.com/2011/06/potassium-chlorate-and-gu
mmy-bear.html>. Acesso em: 4 dez. 2018.
ROTH. Ficha de Dados de Segurança: Clorato de potássio ≥ 99,7%,
cristalino. 07.10.2016. 1/13 p. Disponível
em:<https://www.carlroth.com/downloads/sdb/pt/7/SDB_7959_PT_PT.pdf>.
Acesso em: 4 dez. 2018.
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas."Glicose"; Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/glicose.htm>. Acesso em 04 de
dezembro de 2018.
ULATE, Beatriz Lourenço Venegas . Qual a diferença entre sal comum e sal
light?. Folha de Londrina, AGO. 23, 2013. Disponível
em:<https://www.bonde.com.br/saude/tire-suas-duvidas/qual-a-diferenca-entre-
sal-comum-e-sal-light--287127.html>. Acesso em: 4 dez. 2018.
COMPANHIA ELETROQUÍMICA JARAGUÁ. PERCLORATO DE POTÁSSIO
.Praça Dom José Gaspar, 134 - Cj. 162 - CEP: 01047-010 - São Paulo / SP,
02/07/2009. 1/5 p. Disponível
em:<https://docs.google.com/document/d/13gRkrpHwh3b6zbC9iC7Jd4ve8goTc
ptqfflAzxLmVTk/edit>. Acesso em: 4 dez. 2018.
COMO fazer clorato de potássio usando água sanitária. Produção de
Química Importada. 14 de jan de 2017. Acadêmico (8:05). Disponível
em:<https://www.youtube.com/watch?v=QapX8pgq39E>. Acesso em: 4 dez.
2018
MAICON, Química. Pirotutoriais. Experimentos: Clorato de Potássio. 29
ago. 2012. Disponível em:
<http://pirotutoriais-experimentos.blogspot.com/2012/08/experimentos.html?m
1> Acesso em: 2018.
17
http://pirotutoriais-experimentos.blogspot.com/2012/08/experimentos.html?m=1
http://pirotutoriais-experimentos.blogspot.com/2012/08/experimentos.html?m=1

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