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CLÍNICA MÉDICA PNEUMOLOGIA TUBERCULOSE · Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) · Infecção: · Contato: bacilífero x susceptível doença “urbana” · Primoinfecção: primeiro contato; geralmente na infância · Até 3 semanas: proliferação/disseminação de bacilos · 3-8 semanas: imunidade celular granuloma caseoso · Nódulo de Ghon: granuloma calcificado; visível ao RX tórax 90% vira infecção latente (não é doença) · 10% adoece TB primária · TB pós-primária: anos depois (reativação ou reinfecção) · Doença: · Pulmonar (80-85%), extrapulmonar · TB pulmonar: · Primária: mais comum = criança (1º contato) Pneumonia “arrastada”, não responsiva a ATB Adenopatia hilar unilateral, paubacilífera (transmite poucos bacilos) Complicação: TB miliar (“sepse”) micronódulos difusos bilaterais no RX < 2 anos, imunodeprimidos, não vacinados (BCG) · Pós-primária: mais comum = adultos 15-40 anos (reativação ou reinfecção) Bacilífera, infiltrado/cavitação no RX lobo superior: apical (1) e posterior (2) lobo inferior: superior (6) Complicação: bola fúngica (Aspergillus) · Diagnóstico: 2 de 3 critérios = tto autorizado Clínica: tosse ≥ 3 semanas, febre, perda ponderal RX tórax Escarro: teste rápido = escolha (2h/avalia resistência à Rifampicina) Baciloscopia (BAAR) = pelo menos 2 amostras Cultura = casos duvidosos, resistência · Crianças < 10 anos: lavado gástrico, sistema de pontuação (clínica, RX, contato c/ TB, prova tuberculínica, estado nutricional) ≥ 40 pontos (pode tratar entre 30-35) · TB pleural: Forma + comum em HIV+: GANGLIONAR · Extra-pulmonar mais comum no Brasil · Características do líquido: exsudato, glicose baixa, PMN linfomonocitário (linfócitos e monócitos) Sem eosinófilos e células mesoteliais ADA > 40 UI muito sugestivo · Diagnóstico: biópsia pleural PO Baciloscopia (sensibilidade < 5%), cultura (< 40%) · TB meníngea: · Crianças não vacinadas, imunodeprimidos · Características: forma mais sequelante de TB Subaguda, acomete pares cranianos · LCR: ↑ proteínas, glicose baixa, PMN linfomonocitário · Diagnóstico: baciloscopia (15%) não precisa confirmar o dg para começar a tratar Cultura (50-80%) · Tratamento: · Fármacos: Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol COXCIP-4 · TDO: tratamento diretamente observado agente comunitário de saúde · Esquemas: · Básico: RIPE 6 meses (2 meses RIPE + 4 meses RI) < 10 anos: não prescrever Etambutol neurite óptica · Meningite/osteoarticular: RIPE 12 meses (2 RIPE + 10 RI) + corticoide 1-3 meses (reduzir sequelas) · Falência/multirresistência (R+I): CLEPT 18 meses Capreomicina + Levofloxacina + E + P + Terizidona · Acompanhamento: baciloscopia mensal (ideal) ou 2/2 meses (2º, 4º e 6º mês de tto) · Critérios de falência: BAAR (+) ao final do tto BAAR (+2/+3) até o 4º mês BAAR que volta a ser (+) e se mantém por 2 meses · Efeitos adversos: intolerância gástrica, hepatotoxicidade (R/I/P) R gripe, alergia (NIA – nefrite intersticial aguda, asma), suor laranja I neuropatia periférica (depleta vit B6/piridoxina) P hiperuricemia – pode precipitar gota E neurite óptica Levofloxacino lesão aórtica, ruptura tendínea · Intolerância: R/I são substituídas por Levofloxacino Se tirar R: 12 meses de tto Se tirar P: 9 meses de tto · Situações especiais: · Lesão hepática (RIP) suspender por até 30 dias: icterícia, TGO/TGP > 3x + sintomas, TGO/TGP > 5x Melhora: reintroduzir: RE + I + P (intervalo: 3-7 dias) Não melhorou/história de cirrose: CEL (capreomicina, E e levo) 12 meses · Gestante: RIPE + reposição de Piridoxina (50mg/dia) · HIV+: RIPE + TARV (depois de 2 semanas) · Controle: · Tratamento dos bacilíferos deixa de transmitir após 15 dias de tratamento · Vacinação com BCG: impede o surgimento das formas graves (miliar, meníngea) · Avaliação dos contactantes: · Anamnese + exame físico · Sintomáticos: investigar adoecimento (RX + escarro) · Assintomáticos: investigar infecção latente (PPD = prova tuberculínica) · Prova tuberculínica (PPD): avalia existência de infecção Injeta antígenos na derme Interpretação e conduta = medir enduração da lesão < 5mm: não reator sem infecção Repetir em 8 sem (viragem = ↑ 10mm) ≥ 5mm: reator infecção Tratar infecção latente Obs.: BCG não influencia na análise da prova tuberculínica · Tratamento da infecção latente: ↓ risco de TB doença Escolha = Isoniazida 270 doses (9-12 meses) Alternativa = < 10 ou > 50 anos, intolerância à I Rifampicina 120 doses (4-6 meses) Obs.: situações especiais profissional da saúde: viragem (↑ PPD ≥ 10mm em 1 ano) RN contactante de bacilífero: não vacinar com BCG ao nascer I ou R 3 meses + PPD depois PPD ≥ 5mm: não vacinar + I 3m ou R 1m PPD < 5mm: BCG + suspender I/R MICOSES PULMONARES · PARACOCCIDIOIDOMICOSE: · Paracoccidioides braziliensis · Forma aguda: < 30 anos; febre, adenomegalia, hepatoesplenomegalia monolike · Forma crônica: > 30 anos; sintomas respiratórios arrastados/infiltrado pulmonar (asa de morcego) Lesão cutâneo-mucosa · Diagnóstico: escarro/raspado/biópsia “roda de leme” · Tratamento: Itraconazol, Bactrim Anfotericina B (formas graves) Obs.: atividades agrícolas (“TB rural”) · HISTOPLASMOSE: · Histoplasma capsulatum · Forma aguda: síndrome gripal · Forma crônica: DPOC, pneumopatas Sintomas respiratórios arrastados/infiltrado pulmonar parece TB · Diagnóstico: cultura/biópsia/sorologia · Tratamento: Itraconazol, Voriconazol Anfotericina B (graves) Obs.: cavernas, galinheiro INFECTOLOGIAPNEUMONIAS · PAC (pneumonia adquirida na comunidade): · Fisiopatologia: microaspiração, inalação, hematogênica, extensão direta (foco pleural) · Etiologia geral: Pneumococo agente típico (possui parede de peptideoglicanos que cora pelo Gram e responde bem a ATB) Micoplasma agente atípico (não possui parede de peptídeoglicanos e não responde bem a beta-lactâmicos; usa-se macrolídeo) Vírus agente atípico Chlamydia pneumoniae agente atípico Haemophilus agente típico Legionella agente atípico – pacientes internados · S. pneumoniae: · Típico diplococo GRAM + · Agente mais comum · Diagnóstico: antígeno urinário · Pode causar: derrame pleural, pneumonia redonda “pseudotumoral” · Mycoplasma pneumoniae: · Atípico não possui parede celular peptideoglicana · SÍNDROME GRIPAL + miringite bolhosa/anemia hemolítica/↑ IgM, Stevens-Johnson, Raynaud, Guillain-Barré · Tratamento: macrolídeo · Vírus influenza: · Clínica: febre + tosse seca/dor de garganta + mialgia/cefaleia/artralgia · Síndrome respiratória aguda grave (SRAG) síndrome gripal + dispneia ou desconforto respiratório/SatO2 < 95% + piora da doença de base · Diagnóstico: swab nasofaríngeo + PCR · Tratamento: Oseltamivir/Zanamivir para SRAG ou alto risco (< 2 ou ≥ 60 anos, imunodeprimido/comorbidades exceto HAS, indígena, IMC ≥ 40, gestante/puérpera até 2 semanas) · H. influenza: · Típico cocobacilo GRAM – · Bacteriano mais comum na DPOC · Klebsiella: · Típico bacilo GRAM – · Quadro grave em etilistas e diabéticos · Pode causar: PNM do lobo pesado · Legionella: · Atípico bacilo GRAM – · Quadro típico grave + sinal de Faget (dissociação pulso temperatura – febril sem taquicardia) + diarreia, dor abdominal + ↓ Na + ↑ transaminases · Diagnóstico: antígeno urinário · Tratamento: macrolídeo · S. aureus: · Típico coco GRAM + em cachos · Quadro grave em usuários de drogas IV, fibrose cística, bronquiectasias · Pode causar: pneumatocele complicação: piopneumotórax Derrame pleural PNM necrosante (< 2cm) ou abcesso (> 2cm) · Pseudomonas: · Típico bacilo GRAM - · Quadro grave em fibrose cística, bronquiectasia, DPOC, neutropênicos, corticoide · Quando procurar a etiologia: refratários, graves/UTI · Como procurar: escarro (exame direto e cultura), hemocultura, antígeno urinário (pneumococo, legionella), testes moleculares · Quadro clínico: · “Pneumonia típica”: febre alta, tosse, dispneia, dor torácica, crepitações, ↑ frêmito TV e broncofonia RX = broncopneumonia x lobar + comum = pneumococo · “Pneumonia atípica”: febre baixa, tosse seca, exame respiratório pobre RX = intersticial + comum = micoplasma · Diagnóstico: clínica + imagem RX tórax PA + perfil USG tórax sensibilidade e especificidade > RX TC tórax + sensível que USG · Prognóstico: procalcitonina (fala a favor de agente bacteriano) e PCR ↑ indica pior prognóstico · Local de tratamento: CURB-65 (ambulatorial ou hospitalar) e IDSA/ATS (indica UTI) · CURB-65: VARIÁVEL PONTOS C Confusão mental 1 U Ureia ≥ 43 (50) mg/dl 1 R FR ≥ 30 irpm 1 B PAS < 90 ou PAD ≤ 60 1 65 ≥ 65 anos 1 · 0-1: ambulatório · 2: considerar internação · ≥ 3: internação · 4-5: UTI · IDSA/ATS: 1 maior ou 3 menores = UTI · Critérios maiores: necessidade de ventilação mecânica Choque séptico · Critérios menores: CURB TAX < 36 Relação P/F ≤ 250 Multilobar Leucócitos < 4000 Plaquetas < 100.000 · Tratamento: · Hígido em tratamento ambulatorial: β-lactâmico (amoxicilina ± clavulanato 7 dias) Macrolídeo (azitromicina 3-5 dias ou claritromicina 7 dias) Doxiciclina (consenso BR não cita) · Comorbidades/ATB prévio/grave: β-lactâmico + macrolídeo · Alergia a β-lactâmico e macrolídeo: quinolona respiratória (moxifloxacino/levofloxacino) Complicações: tendinite, neuropatia, alt. psíquicas, aneurisma aorta · Internação (enfermaria ou UTI): β-lactâmico cefalosporina 3ª geração (ceftriaxone) ou ampicilina + sulbactam + macrolídeo/quinolona respiratória · PAC por anaeróbios: · FR: dentes em mau estado + macroaspiração (etilista, ↓ consciência, distúrbios deglutição) · Parte superior do lobo inferior ou parte posterior do lobo superior lado direito · Evolução lenta, polimicrobiana · Conduta: clindamicina ou amoxicilina + clavulanato Falta de dentição não é FR! · Cirurgia: sem melhora em 7-10 dias ou abcesso > 6-8cm · Complicações:Critérios EXSUDATO: Relação proteína pleural/sérica > 0,5 Relação DHL líquido pleural/sérico > 0,6 DHL pleural > 2/3 do limite superior no soro · Derrame pleural: · Toracocentese segura (mesmo com USG) perfil com altura líquido > 5cm Decúbito lateral com altura > 1cm · Análise do líquido: derrame parapneumônico líquido não purulento Simples: exsudato, pH e glicose normais Complicado: exsudato, bacteriologia positiva pH < 7,2, glicose < 40-60 mg/dL LDH > 1000 Empiema pus · Conduta: derrame simples manter ATB Derrame complicado/empiema manter ATB + drenagem Se não melhorar: reavaliar ATB e drenagem tPA ± DNase ± novo dreno pleuroscopia + lise de aderências · Pneumonia hospitalar: · Nosocomial ou adquirida no hospital: ≥ 48hs de internação · Associada a ventilação mecânica: > 48-72hs de ventilação mecânica · Diagnóstico: · Infiltrado pulmonar: novo ou progressivo · + 2 sinais de infecção: TAX < 36 ou > 38, leucócitos < 4.000 ou > 12.000, secreção purulenta, ↓ oxigenação · Agentes: Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus MRSA, germes MDR · Tratamento: 7 dias · Sem risco de GRAM negativo MDR ou MRSA/baixa mortalidade: Cefepime ou Piperacilina + Tazobactam ou Imi/Meropenem · Risco para GRAM negativo MDR: ↑↑ bacilos GRAM – nas amostras ou fibrose cística ou bronquiectasias Adicionar aminoglicosídeo ou Cipro/Levofloxacino ou Aztreonam · Risco para MRSA: > 20% de MRSA na unidade ou prevalência de MRSA na unidade é desconhecida Adicionar Vancomicina ou Linezolida · Risco de > mortalidade: choque séptico ou ventilação mecânica ou ATB IV nos últimos 90 dias Escolher 1 de cada grupo acima HIV · Vírus da imunodeficiência humana retrovírus: RNA fita simples· HIV 1: Brasil/pandemia · HIV 2: África · Composição: RNA, enzimas replicativas, envelope · Patogênese: · Principal alvo: linfócito T CD4 · AIDS: infecções e neoplasias oportunistas · Transcriptase reversa: RNA DNA · Integrase: “costura” o DNA viral na nossa célula · Protease: monta as partículas virais · ↑ carga viral: ↓ contagem de CD4 · Ativação imune: inflamação crônica envelhecimento precoce: aterosclerose, neoplasias · História natural: · Fase aguda: mononucleose-like (70%) Melhor exame para detecção carga viral (positiva com 10 dias) Soroconversão média de 30 dias Obs.: SET-POINT viral momento em que a carga viral atinge um platô (equilíbrio) com o CD4 ↑ set-point = mais rápida a evolução para doença (AIDS) · Fase assintomática (latência clínica): eventualmente linfadenopatia generalizada persistente 2 ou + cadeias extrainguinais > 3 meses ↓ CD4 = 50/ano Duração: cerca de 10 anos · Fase sintomática: AIDS se inicia quando o CD4 atinge 200 · AIDS: · Definição: infecção pelo HIV + CD4 < 200 células/mm3 e/ou: fungos cândida em esôfago/VA, PCP, Histoplasmose disseminada TB extrapulmonar Vírus CMV (exceto fígado, baço, linfonodo) JC (LEMP) Neoplasia CA cervical invasivo Kaposi (HHV8) Linfoma não-Hodgkin Parasitas neurotoxoplasmose, Chagas agudo · Diagnóstico: · ≤ 18 meses: vírus carga viral (HIV-RNA) - x2 (para confirmação) · > 18 meses: anticorpo imunoensaio (IE) ou teste rápido (TR) Tradicional: 2 IEs confirmação: HIV-RNA (vírus) Situações especiais: 2 TRs · IE ou TR (-): amostra não reagente · IE ou TR (-), mas suspeito: repetir em 30 dias · Testes discordantes: Western Blot ou Imunoblot · Tratamento: terapia antirretroviral · Conceitos gerais: TARV não é emergência exceções: estupro, acidente ocupacional Se iniciou a terapia, não para mais Mínimo: 3 drogas · Indicação: toda pessoa vivendo com HIV zerar transmissão sexual (i=i) · Objetivo: carga viral indetectável após 6 meses de tratamento · Drogas: · Inibidores de transcriptase reversa: Tenofovir (TDF)/Lamivudina (3TC)/Efavirenz (EFV)/Zidovudina (AZT) · Inibidores de integrase: Dolutegravir (DTG)/Raltegravir (RAL) mais indicado para gestantes · Inibidor de protease: Atazanavir/Ritonavir (ATV/r) · Esquemas de INÍCIO de TARV: · População geral: 3TC + TDF + DTG (Lamivudina/Tenofovir/Dolutegravir) TDF: nefrotoxicidade, osteoporose DTG: cefaleia · Tuberculose: 3TC + TDF + EFV EFV: efeitos neuropsiquiátricos, rash trata com anti-histamínicos · Grávida: 3TC + TDF + RAL · Profilaxia pós-exposição (PEP): · Avaliar acidente: tempo até 72h (ideal = 2hs) Material infectante sangue, fluido genital, líquidos (seroso, LCR, etc.) Acidentes de risco percutâneos, mucosos, pele não íntegra · Avaliar fonte e exposto (TR): exposto (+) ou fonte (-) não fazer profilaxia Exposto (-) e fonte (+) profilaxia 28 dias · Esquema: = ao da população geral (3TC + TDF + DTG) Intolerância ao DTG 3TC + TDF + Atazanavir · Profilaxia pré-exposição (PREP): · Indicações: HSH (homens homossexuais), transexuais, profissionais do sexo, casais sorodiscordantes · Esquema: TDF + Entricitabina (FTC) · Modo de uso: 1 comprimido/dia · Manifestações da síndrome da imunodeficiência adquirida: · Doenças comuns x oportunistas · Pneumocistose (PCP): Pneumocystis jirovecii CD4 < 200, candidíase DD: Tuberculose qualquer CD4 Lesão apical Ambos: iniciar RIPE e TARV 2 sem depois Clínica: tosse seca e dispneia arrastadas, ausculta normal Laboratório: gasometria (hipoxemia/alcalose respiratória), LDH > 500 RX: infiltrado bilateral, pneumatoceles Sem adenopatia hilar ou derrame pleural Dg: escarro (prata metenamina/Grocott) Tto: SMX + TMP 21 dias (graves: IV/leves: VO) PaO2 ≤ 70: corticoide Profilaxia 1ª: SMX/TMP CD4 < 200 ou cândida oral ou febre > 2 semanas · Manifestações neurológicas: · Meningite: neurocriptococose · Agente: Cryptococcus neoformans · Clínica: subaguda, febre, cefaleia, raros sinais meníngeos e paralisia do 6º par · Diagnóstico: punção lombar (LCR) achados gerais: ↑ pressão liquórica ↑ células (mononucelar) ↑ proteínas e ↓ glicose Específicos: tinta nanquim Cultura Antígeno criptocócico · Tratamento: Anfotericina B Punção de alívio pressão > 25 cmH2O Retirar 20-30 ml diariamente · Encefalite – lesão focal: neurotoxoplasmose, linfoma primário do SNC, LEMP · Neurotoxoplasmose: Toxoplasma gondii Clínica: sinal focal (hemiparesia), convulsão, cefaleia Dg: clínica + imagem TC crânio: lesões hipodensas (gânglios basais) Edema perilesional Realce de contraste em anel Tto: Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico Profilaxia 1ª: SMX + TMP CD4 < 100 + IgG (+) para toxoplasmose · Linfoma primário do SNC: clínica semelhante à toxo, mas não melhora após 14 dias de tto Dg: CD4 < 50, PCR (+) para EBV no LCR RM com lesão única Biópsia Tto: radioterapia paliativa · Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP): vírus JC Clínica: múltiplos “AVCs” ao longo do tempo Dg: RM hiperintensidade em T2 Tto: TARV · Encefalite – lesão difusa: complexo demencial daAIDS · Encefalopatia pelo HIV · Clínica (tríade): cognitiva (demência) + comportamental + motora · Tratamento: TARV ENDOCARDITE INFECCIOSA · Definição: infecção do endotélio cardíaco · Fisiopatologia: · Clássico: bacteremia + lesão cardíaca prévia = endocardite Obs.: S. aureus não precisa de lesão prévia usuários de droga EV, paciente com dispositivo invasivo · Classificação: · Aguda: clínica muito toxêmico Agente S. aureus · Subaguda: clínica quadro arrastado Agente Streptococcus viridans (presente na cavidade oral) · Etiologia: · Válvulas nativas: S. aureus agudo: usuário de droga EV Vegetações grandes Embolizam S. viridans subagudo Após manipulação dentária Enterococcus subagudo Após manipulação do trato genitourinário Streptococcus bovis (Gallolyticus) subagudo Se cultura +, pedir colonoscopia! Grupo Hacek subagudo · Localização: mitral, aórtica, mitro-aórtica, válvulas à direita Obs.: usuários de drogas IV TRICÚSPIDE risco de ir para o pulmão – pneumonia necrotizante · Diagnóstico: · PO: patologia · Mais usado: critérios de Duke diagnóstico definitivo: 2 maiores ou 1 maior + 3 menores ou 5 menores · Critérios maiores: hemocultura microrganismos típicos em 2 amostras Hemocultura ou sorologia (+) para Coxiella Evidência de lesão endocárdica ECO: vegetação Abcesso Deiscência de prótese Nova regurgitação valvar · Critérios menores: febre Predisposição ou usuários de droga IV Fenômenos vasculares embolia arterial Infartos pulmonares sépticos Aneurismas micóticos (não tem relação com fungo) Hemorragias conjuntivais Manchas de Janeway (petéquias roxas na pele – dedos) Fenômenos imunológicos glomerulonefrite Nódulos de Osler Manchas de Roth Fator reumatoide + Evidências microbiológicos (diferentes do critério maior) · ECO & diagnóstico: ECO transesofágico (ETE) primeiro se EI prévia, prótese, obesidade, ventilação mecânica, deformidade torácica ETE depois do ETT (transtorácico) se ETT inicial negativo/inadequado, mas alta suspeita: bacteremia por S. aureus, muitos critérios menores ETT inicial positivo: risco de complicações como abcesso paravalvar, regurgitação valvar importante · Tratamento empírico: · Clínico: válvula nativa ATB 4-6 semanas Subagudo: aguardar culturas Agudo: VANCOMICINA ± CEFAZOLINA OXACILINA + GENTAMICINA ± AMPICILINA Agudo + usuário droga IV: VANCOMICINA ± PIPE/TAZO Válvula artificial ATB ≥ 6 semanas > 1 ano (tardia): igual à nativa < 1 ano (principalmente até 60 dias): S. aureus, S. epidermidis, GRAM (-) VANCOMICINA + GENTAMICINA (2 sem) + RIFAMPICINA após 3º dia · Cirúrgico: IC com disfunção valvular Extensão paravalvar com abcesso Vegetações móveis > 10-20mm Agente resistente, fungo Sem melhora depois de 5/7-10 dias Prótese valvar instável · Profilaxia: apenas para pacientes de alto risco válvulas artificiais EI prévia Doenças cardíacas congênitas (DCC): - Cianóticas não reparadas - DCC reparadas c/ material protético ou dispositivos, 6m após cirurgia - DCC c/ defeitos residuais no local, ou próximo do local, ou do material protético que vai realizar procedimento de alto risco dentários (ex.: manipulação gengival ou da região periapical dos dentes ou perfuração da mucosa · Conduta: AMOXICILINA 2g 30-60 min antes do procedimento Se alergia CLINDAMICINA 600mg (VO, IM ou IV) Azitromicina/Claritromicina 500mg Cefalexina 2g MENINGITE · Definição: infecção meníngea e do espaço subaracnoide · Fisiopatologia: aquisição e colonização oro-nasofaríngea + invasão da corrente sanguínea · Etiologia: bacterioscopia diplococo GRAM (-): meningoco Diplococo GRAM (+): pneumococo Bacilo GRAM (-): Haemophilus Bacilo GRAM (+): Listeria Principal agente = vírus Principal agente bacteriano = meningococo Neonatos Streptococcus agalactiae (tipo B), E. coli, Listeria 4 semanas a 2-3 meses anteriores + meningococo, pneumococo, haemophilus 3 meses a 55 anos meningococo, pneumococo, haemophilus > 55-60 anos, gestantes, imunodeprimidos anteriores + Listeria Pós neurocirurgia, infecção de shuntsS. aureus, S. epidermidis, Pseudomonas, Listeria · Quadro clínico: febre, cefaleia, vômito, fotofobia ↓ nível de consciência Rigidez de nuca cuidado com lactentes (pouco comum) Sinais de Kernig e Brudzinski Convulsão pode ser febril, meningoencefalite ou abcesso Petéquias pensar em meningococo · Complicações: meningococo meningite Meningite + meningococcemia Meningococcemia + grave Destruição hemorrágica das adrenais: Sd. de Waterhouse-Friderichsen Choque refratário, dor abdominal Pneumococo abcesso: + comum em crianças Cefaleia/febre permanece, mas LCR normal Solicitar neuroimagem Maioria deve ser abordada Se anaeróbio/Listeria: associar METRONIDAZOL/AMPICILINA · Diagnóstico: punção liquórica (L3-L4 ou L4-L5) CI se celulite no local da punção TC antes da punção se convulsão, papiledema, déficit focal, imunodeprimidos, ↓ grave nível de consciência Repunção: sem melhora após 48/72hs Pneumocócica 24-36hs Análise LCR: ↑ polimorfonucleares + ↓ glicose bacteriana ↑ polimorfonucleares + glicose NORMAL caxumba, começo da bacteriana ↑ linfomononucleares + ↓ glicose BK ou fúngica (Criptococo: nanquim +) ↑ linfomononucleares + glicose NORMAL enterovírus (coxsackie e echovírus) Grave/lesão temporal: herpes aciclovir Leptospirose, BK · Tratamento: Neonatos CEFOTAXIMA + AMPICILINA 4 semanas a 2-3 meses CEFTRIAXONE + AMPICILINA 3 meses a 55 anos CEFTRIAXONE > 55-60 anos, gestantes, imunodeprimidos CEFTRIAXONE + AMPICILINA Pós neurocirurgia, infecção de shunts CEFEPIME + VANCOMICINA + AMPICILINA Obs.: lembrar que a doença é de notificação compulsória · Profilaxia: meningococo e haemophilus Meningocócica: RIFAMPICINA 600mg 12/12hs por 2 dias Todos os contatos próximos domiciliares, escola (mesma sala), creche, orfanatos Profissionais de saúde procedimentos invasivos sem EPI Caso índice em tratamento com penicilina Precaução de gotícula por 24hs Vacinação de bloqueio só em surtos ou epidemias Haemophilus: RIFAMPICINA 600mg 1x/dia por 4 dias Contatos domiciliares se houver criança < 4 anos além do caso índice não vacinada Escola/creche ≥ 2 casos em até 60 dias Precaução de gotícula por 24hs PARASITOSE INTESTINAL · Protozoários: Entamoeba histolytica, Giardia lamblia · Helmintos: nematelminto Ascaris, ancilostomídeo, Estrongiloides, Trichuris, Enterobius Platelminto Schistosoma, Taenia · Protozoários: · Características: unicelulares, não causam eosinofilia, maioria assintomática (tratar!) · Transmissão fecal-oral · Ciclo evolutivo: ingestão cisto Intestino trofozoíta Fezes cisto · Diagnóstico: EPF para pesquisa de cistos · Tratamento: derivado imidazólico (METRO/SEC/TI) NITAZOXANIDA (Annita) poliparasitário · Amebíase: habitat = cólon, capacidade de invasão Formas clínicas intestinal: diarreia aguda (disenteria) e crônica, ameboma (“tumor”) Extra-intestinal: abcesso hepático amebiano dor QSD, febre, sinal de Torres- homem (dor à percussão no gradil costal direito) Diagnóstico: imagem, sorologia (ELISA) Não drenar obs.: Entamoeba coli/Iodamoeba butschlii/Endolimax nana NÃO tratar! (amebas comensais) · Giardíase: habitat = delgado, capacidade de “atapetar” e inflamar Clínica diarreia alta não invasiva, má absorção/atrofia de vilosidades Tratamento: “-nidazol”, alternativa = ALBENDAZOL · Helmintos: · Característica: visíveis, causam eosinofilia, maioria assintomática (tratar) · Transmissão fecal-oral/pele/carne mal passada · Ciclo evolutivo: ingestão ovo Helmintos com ciclo pulmonar: - Strongyloides stercoralis - Ancylostoma duodenale - Necator americanus - Toxocara canis - Ascaris lumbricoides Larva Intestino verme Fezes ovo · Diagnóstico: EPF para pesquisa de ovo · Tratamento: nematelminto “-bendazol” (ME/TIA/AL) Platelminto PRAZIQUANTEL · Ascaridíase (Ascaris lumbricoides): habitat = delgado Larva faz ciclo pulmonar Sd. de Loeffler: tosse seca, infiltrado pulmonar migratório, eosinofilia Clínica: Sd. Loeffler, cólica biliar, pancreatite, suboclusão intestinal Tratamento: “-bendazol”, Levamisol, Pamoato de pirantel Suboclusão intestinal: suporte (SNG + hidratação) Piperazina + óleo mineral Após eliminação: “-bendazol” · Toxocaríase (Toxocara canis): “áscaris do cachorro” – larva migrans visceral Cachorro = hospedeiro definitivo Criança = hospedeiro acidental Clínica: Loeffler, hepatomegalia, febre, eosinofilia intensa Diagnóstico: sorologia (ELISA) Tratamento: ALBENDAZOL ± corticoide · Ancilostomíase (Ancylostoma duodenale/Necator americanus): · Habitat: delgado · Larva filarioide (infectante), larva rabditoide (imatura) · Transmissão cutânea, ciclo pulmonar · Clínica: lesão cutânea, Sd. Loeffler, anemia ferropriva ·Diagnóstico: EPF para achar ovos · Tratamento: “-bendazol” · Estrongiloidíase (Strongyloides stercoralis): habitat = delgado Fêmea partenogênica (não depende do macho para reprodução) Elimina larva nas fezes penetra na pele ciclo pulmonar Obs.: imunossuprimidos larva amadurece no intestino (filarioide) autoinfestação (risco de sepse) Clínica: lesão cutânea, Sd. Loeffler, autoinfestação Dg: EPF Baermann-Moraes para achar larva Tto: IVERMECTINA, Cambenzazol, Tiabendazol · Enterobíase (Enterobius vermiculares): prurido anal noturno/corrimento vaginal infância oxiúros Dg: fita gomada (Graham) Tto: “-bendazol”, PIRVÍNIO, Pirantel · Tricuríase/tricocefalíase (Trichuris trichiura): prolapso retal · Platelminto: · Esquistossomose (Schistosoma mansoni): · Parasita dos vasos mesentéricos · Ciclo evolutivo: ovo (água) miracídio (caramujo) cercária pele vasos mesentéricos · Histórica epidemiológica: banho em lagoa/rio · Destino dos ovos: lúmen retal, parede do reto, retorna ao sistema portal · Quadro clínico: dermatite cercariana (coceira do nadador) Febre de KATAYAMA febre, hepatoesplenomegalia, adenomegalia, eosinofilia Forma crônica formação de granulomas, hipertensão porta, hipert. pulmonar, forma neurológica · Diagnóstico: sorologia (esquistossomose aguda) EPF para ver o ovo (só após 40 dias) ovo espiculado · Tratamento: Praziquantel, Oxaminiquine · Teníase (Taenia solium/Taenia saginata): · Ingestão de carne mal cozida (larva = cisticerco) porco (solium), boi (saginata) · Quadro clínico: intestinal inespecífico · Diagnóstico: EPF (tamisação) · Tratamento: Praziquantel, Mebendazol, Albendazol · Neurocisticercose (larva da Taenia solium): · Ingestão do ovo · Quadro clínico: convulsão, HIC, etc. · Diagnóstico: sorologia, LCR, imagem (cistos ou calcificações esparsas) · Tratamento: Praziquantel ou Albendazol + Corticoide (antes do antiparasitário) SÍNDROMES FEBRIS · ARBOVIROSES: · Dengue: · Agente etiológico: Flavivírus · Sorotipos: DEN 1/2/3/4 (o 5 não existe no Brasil) resposta imune duradoura para cada sorotipo Obs.: infecção sequencial formas graves · Vetor: Aedes aegypti · PI: 3-15 dias · Clínica: amplo espectro · Quadro suspeito de dengue febre (até 7 dias) + ≥ 2 entre: mialgia intensa (“febre quebra ossos), dor retrorbitária, artralgia, exantema (2º-4º dia), petéquias, vômitos, leucopenia Obs.: maioria apresenta melhora da febre entre o 3º e o 4º dia · Dengue com sinais de alarme: suspeita de dengue + ≥ 1 sinal de alarme Sepse viral tempestade citocínica Extravasamento plasmático ↑ hematócrito (hemoconcentração) Lipotímia (hipotensão postural) Ascite, derrame pleural/pericárdico Disfunção orgânica leve dor abdominal contínua/à palpação Vômitos persistentes Hepatomegalia > 2cm Letargia (irritabilidade) Plaquetopenia sangramento de mucosas · Dengue grave: suspeita de dengue + ≥ 1 sinal de gravidade Extravasamento plasmático grave (choque) ↓ PA/PA convergente (S – D < 20) Pulso fino e rápido TEC > 2seg, extremidades frias Disfunção orgânica grave encefalite, miocardite, hepatite Sangramento grave hemorragia digestiva/SNC · Diagnóstico: viremia (até o 5º dia) isolamento viral, antígeno NS1 (melhor até o 3º dia) Após soroconversão (a partir do 6º dia) sorologia: ELISA IgM · Quando solicitar: epidemia grupos C e D Sem epidemia todos · Prova do laço: objetivo avaliar risco de agravamento Técnica calcular a média da PA (PAS + PAD /2) e insuflar o manguito neste valor Deixar insuflado por 3 min na criança e 5 min no adulto Desenhar quadrado com lado de 2,5cm Positiva: ≥ 10 petéquias crianças ≥ 20 petéquias adulto · Tratamento: · Sintomáticos: não prescrever AINE/AAS · Suporte: A B C D Sem sinais de alarme Sangramento pele (laço +) Alarme Grave Ambulatorial Observação Enfermaria Terapia intensiva HO: 60ml/kg/dia Salina + líquido (1/3 + 2/3) Até 48hs afebril = grupo A Fazer hemograma 20 ml/kg IV em 2h até 3x 20 ml/kg IV em 20 min Até 3x Reavaliar: 48hs ou alarme Ht OK: grupo A Ht ↑: grupo C Melhora: 25 ml/kg em 6hs S/ melhora: grupo D Melhorou: grupo C S/ melhora: nora/albumina · Chikungunya: · Agente etiológico: Alphavirus FASE CLÍNICA CONDUTA AGUDA (3-10 dias) “febre dos que se torcem” Febre + quadro articular Poliartrite simétrica distal Dg: 1ª semana = sorologia + PCR Repouso + analgesia Refratários: opioide Não fazem AINE/AAS SUBAGUDA (até 3 meses) Retorno dos sintomas articulares Associar: AINE/corticoide CRÔNICA (> 3 meses) Deformidade articular > 45 anos, mulher, artropatia prévia Hidroxicloroquina/Metotrexato Obs.: não recomendar repouso articular na doença crônica fisioterapia · Principal complicação: evolução para cronicidade Diagnóstico diferencial DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA FEBRE Alta > 38⁰C Alta > 38⁰C Ausente ou baixa Até 38⁰C RASH Menos frequente (2-4º dia) Menos frequente (2-4º dia) Mais frequente (1-2º dia) “DICA” Mialgia e dor retrorbitária Dor/inflamação articular Hiperemia conjuntival Rash pruriginoso PROVA Mais letal (choque) Fase crônica ≈ artrite reumatoide Sd. Guillain-Barré Transmissão sexual e vertical · Febre amarela: · Agente etiológico: Flavivírus vírus RNA · Ciclo silvestre: vetor/reservatório mosquito Haemagogus Hospedeiro macaco (epizootias) Hospedeiro acidental homem · Ciclo urbano: vetor Aedes aegypti Hospedeiro homem Ausente no Brasil desde 1942 · PI: 3-6 dias · Clínica: leve (90%) febre + “dicas” Sinal de Faget dissociação pulso-temperatura (febre sem taquicardia) Também presente na febre tifoide Ecoturismo nos últimos diasGrave (10%) lesão fígado + rim hepatite viral necrosante Tríade = icterícia (↑ BD/ transaminases: AST/TGO > ALT) + hematêmese + oligúria Letalidade = 50% · Diagnóstico: até 5º dia isolamento viral ≥ 6º dia ELISA IgM · Tratamento: suporte · LEPTOSPIROSE: · Agente etiológico: Leptospira interrogans (espiroqueta) bactéria · Reservatório: ratos, camundongos rim · Transmissão: contato prolongado em enchente/esgoto com urina do rato contaminado · Clínica: vasculite infecciosa Leve (anictérica) febre + sufusão conjuntival + dor nas panturrilhas Ictero-hemorrágica (Doença de Weil) tríade = hemorragia alveolar + LRA (↓ K) + icterícia rubínica (↑ BD/FA/GGT) Síndrome pulmão-rim · Diagnóstico: inespecífico ↑ CPK, ↓ plaquetas Específico microaglutinação (PO) · Tratamento: iniciar o mais precoce possível (pode iniciar a qualquer momento) Formas graves Penicilina G cristalina Ceftriaxone (alterativa) Hemodiálise Formas leves Doxiciclina · MALÁRIA: · Agente etiológico: protozoário - Plasmodium vivax (+ comum), falciparum (+ grave) febre terçã malariae (+ raro) febre quartã · Vetor: Anopheles darlingi · Ciclo evolutivo: 2 etapas hepática e eritrocitária Principal alvo = hemácia Forma hipnozoíta = P. vivax · Clínica: febre (crises) + anemia hemolítica (icterícia com ↑BI) Dica região norte (bacia amazônica) · Diagnóstico: gota espessa (exame de escolha) Teste rápido regiões não endêmicas · Tratamento: P. vivax CLOROQUINA + PRIMAQUINA (mata hipnozoíta) Primaquina é CI na gestação (iniciar após o parto) P. falciparum (quadros não graves) ARTEMETER + LUMEFANTRINA Grave (qualquer espécie) ARTESUNATO + CLINDAMICINA SÍNDROMES FEBRIS ICTÉRICAS Diagnóstico diferencial FA LEPTOSPIROSE MALÁRIA “DICAS” Faget Ecoturismo Sufusão conjuntival Enchente Febre em crises Região amazônica HEMOGRAMA Leucopenia Leucocitose Anemia ↑ BILIRRUBINA DIRETA INDIRETA BIOQUÍMICA ↑ AST/ALT ↑ FA/GGT ↑ LDH · CALAZAR (LEISHMANIOSE VISCERAL): · “Febre negra” · Agente etiológico: Leishmania chagasi · Vetor: Lutzomyia longipalpis · Reservatório: cães (urbanização) · Clínica: baixa patogenicidade maioria não adoece ↓ resposta celular febre arrastada, hepatoesplenomegalia, pancitopenia ↑ resposta humoral ↑ globulina policlonal · Mais comum em crianças · Diagnóstico: parasitológico (formas amastigotas) aspirado de MO (S = 70%) – PREFERENCIAL Punção esplênica (S = 95%) – risco de sangramento Sorológico teste rápido, IFI (imunofluorescência indireta – PO), rK39 Áreas não endêmicas Reação de Montenegro negativa (↓ resposta celular) · Tratamento: GLUCANTINE (antimonial pentavalente) escolha; alarga o intervalo QT Anfotericina B lipossomal alternativa Indicações: gestante, grave, insuficiências, imunodeprimidos, < 1 e > 50 anos, intolerantes NEUROLOGIA AVE · Bases neurológicas: · Sistema motor: são necessários 2 neurônios, no mínimo, para realizar um movimento voluntário · Sistema piramidal: 1º neurônio motor · Medula espinhal: 1º e 2º neurônios motores · Sistema extrapiramidal: automatismos de movimento · Cerebelo: ajustes finos do movimento coordena o movimento · Sistema piramidal: · Cápsula interna: por onde passam todos os 1os neurônios motores de cada lado do cérebro · Tronco encefálico: mesencéfalo ponte bulbo onde neurônios se cruzam · Síndrome piramidal: paresia/plegia espástica 2º neurônio estimula “permanentemente” o músculo pela falta do 1º motor para comandar o movimento hiperreflexia Sinal de Babinski extensão do hálux com a estimulação cutâneo plantar Obs.: se córtex ou tronco (AVE) sintoma contralateral se medula sintoma ipsilateral · Síndrome de lesão do 2º neurônio motor: · Paresia/plegia flácida · Atrofia muscular · Miofasciculações · Hiporreflexia ou arreflexia · Sistema sensitivo: · Necessita de, no mínimo, 3 neurônios · O neurônio sensitivo cruza na medula e chega no córtex já cruzado · Córtex: · Frontal: área de Broca linguagem (fala) córtex motor comanda o lado oposto neurônio motor da perna é mais medial · Parietal: córtex sensitivo sente lado oposto neurônio sensitivo da perna é mais medial · Temporal: área de Wernicke linguagem (compreensão) · occipital: córtex visualÁreas de linguagem: presente em apenas 1 hemisfério, o dominante. Na maioria da população, trata-se o hemisfério esquerdo. · Tronco: pares cranianos diplopia, disfagia, vertigem · Cerebelo: coordenação ataxia · Vascularização: · Circulação anterior (carotídea): a carótida comum se bifurca em carótidas interna e externa. A carótida interna adentra o crânio para participar da irrigação do parênquima encefálico · Circulação posterior (vértebro-basilar): da subclávia saem 2 artérias vertebrais (1 de cada lado), sobem pelas vértebras, adentram no crânio pelo forame magno e se unem para formar a artéria basilar, de onde saem ramos que perfundem a base do crânio tronco e cerebelo · As 2 circulações se unem no polígono de Willis · Cerebral anterior: região medial/anterior · Cerebral média: lateral · Ramos perfurantes: aa. lenticulo-estriadas irrigam cápsula interna · Cerebral posterior: posterior · AVE: déficit neurológico focal súbito · > 24hs: AVE < 24hs (transitório) e sem infarto na imagem: AIT geralmente se resolve em cerca de 15 minutos · Etiologia: isquêmico (80%) hemorrágico (20%) · TC de crânio sem contraste: escolha para diferenciar os tipos de AVE afastar hemorragia! · AVEi: sem alterações iniciais lesão hipodensa 24-72hs · AVEh: lesão hiperdensa (branca) desde o início · RNM: · Melhor técnica: RM por difusão (DWI) · Principal vantagem: precocidade · AVE isquêmico: · Síndromes isquêmicas: depende do local da lesão · A. Cerebral Média: síndrome piramidal (motora) contralateral pode poupar perna Alteração sensitiva contralateral pode poupar perna Afasia motora (Broca) hemisfério esquerdo Afasia sensitiva (Wernicke) hemisfério esquerdo · A. Cerebral Anterior: pega perna motor + sensitivo perna contralateral · A. Cerebral Posterior: déficit visual · AA. Lenticulo-estriadas (AVE lacunar): ramos perfurantes para cápsula interna Hemiplegia contralateral pura · AVE de tronco: alteração sensitiva ou motora do lado OPOSTO SÍNDROME CRUZADA alteração de nervo craniano IPSILATERAL Sd. de Webermesencéfalo – 3º par Sd. de Wallenberg bulbo – 5º par · Tratamento: agudo ↓ déficit crônico ↓ recorrência · Tratamento agudo: primeiros 3 dias Estabilização clínica controlar glicemia, temperatura (evitar hipert.) e sódio HAS permissiva: ↓ PA se > 220 x 120 ou > 185 x 110 se for trombolisar terapia antitrombótica trombólise: rtPA (Alteplase) 0,9 mg/kg (máx. 90mg) ∆t = até 4,5hs Sem AVE/TCE nos últimos 3 meses Sem AVEh prévio Obs.: paciente foi dormir hígido e acordou com déficit ou há imprecisão no tempo RNM (trombólise se DWI + e FLAIR -) AAS (prevenção precoce) e heparina profilática (TVP) se fez trombólise: aguardar 24hs Endovascular: trombectomia mecânica até 24hs; oclusão de grande artéria · Tratamento crônico: prevenção secundária atero-trombótico (AT), cardio-embólico (CE) ECG, ECO e duplex-scan (carótidas e vertebrais) AT: antiagr. plaquetária, controle de FR, endarterectomia se obstrução ≥ 70% CE: anticoag. plena (se extenso: aguardar 14 dias) · AVE hemorrágico: · Hemorragia subaracnóidea (HSA): déficit focal se complicar sangramento permeia estruturas · Causas: ruptura de aneurisma sacular · Manifestações: cefaleia súbita (“pior da vida”) + ↓ nível consciência + rigidez de nuca (após 12-24hs) Escala de Hunt-Hess grau 1: lúcido, leve cefaleia grau 2: cefaleia + rigidez grau 3: sonolento grau 4: torpor, déficit focal grau 5: coma · Diagnóstico: TC crânio sem contraste se TC normal punção lombar (LCR) – xantocromia Escala de Fisher grau 1: sem sangue grau 2: lâmina de sangue fina (<1mm) grau 3: lâmina > 1mm grau 4: hemorragia intracerebral/ventricular · Após diagnóstico: exame vascular angioTC, angioRM · Complicações: ressangramento 1º-7º dia; prevenção = intervenção precoce vasoespasmo 3º-14º dia (acompanha com doppler transcraniano) tratamento: indução de hipertensão (antigo 3Hs – hipertensão, hipervolemia e hemodiluição) hidrocefalia coágulo: bloqueia drenagem liquórica tratamento: derivação ventricular (externa ou peritoneal) hiponatremia hipovolemia: síndrome perdedora de sal normovolemia: SIADH · Tratamento: intervenção precoce até 3º dia (ou só após 14º dia): clipagem cirúrgica/endovascular controle da PA PAS < 160 mmHg neuroproteção NIMODIPINA 60mg 4/4hs 14-21 dias · Hemorragia intraparenquimatosa: começa com déficit focal sangramento no meio do parênquima · Causas: HAS (microaneurisma de Charcot-Bouchard), angiopatia amiloide (idoso, Alzheimer) · Manifestações: hipertensão intracraniana (cefaleia + ↓ nível consciência) déficit neurológico focal súbito · Diagnóstico: TC crânio sem contraste Putame hemiplegia contralateral (≈ AVEi de cápsula) · Tratamento: suporte (hipertensão intracraniana) PAS 140 mmHg, mantendo PPC 50-70 mmHg cirurgia hematoma cerebelar > 3cm CEFALEIAS · Cefaleias crônicas: · Primárias: do tipo tensão ou TENSIONAL + comum da prática MIGRÂNEA (enxaqueca) + comum nas provas Em SALVASTRIGEMINOAUTONÔMICAS HEMICRANIANA PAROXÍSTICA · Secundárias: HIC benigna · Diagnóstico: anamnese Neuroimagem (TC/RNM) se sinais de alarme: início após 50-55 anos início súbito, intenso HSA progressiva frequência, intensidade, refratariedade mudança de característica, alterações neurológicas sinais de infecção, neoplasia ou HIV+ recorrentes em crianças < 6 anos RNM · TENSIONAL: · Epidemiologia: mulheres · Dor: opressiva, bilateral ± ou fotofobia ou fonofobia ou náusea leve · Intensidade: leve a moderada não interfere na atividade diária · Duração: horas a dias · Fator desencadeante: stress · Tratamento: agudo analgésicos, AINE profilático se crônica (≥ 15/mês por > 3 meses) AMITRIPTILINA 10mg ao deitar · MIGRÂNEA sem aura (enxaqueca comum):AURA: complexo de sintomas neurológicos que ocorre habitualmente antes da cefaleia, mas pode começar depois que a fase de cefaleia teve início, ou continuar durante essa fase · Epidemiologia: HF, mulheres, 25-45 anos · Dor: pulsátil, unilateral, foto e fonofobia náuseas e/ou vômitos piora com movimento · Intensidade: moderada a grave interfere em atividades diárias · Duração: < 6hs (4-72hs) · Desencadeantes: pesquisar · Tratamento: crise aguda analgésico/TRIPTANO/Metoclopramida profilaxia PROPRANOLOL, Amitriptilina, Topiramato ou Valproato, Flunarizina · MIGRÂNEA com aura (enxaqueca clássica): · Manifestações + clássicas: visuais (90%), sensoriais com parestesias · Prova: hemiplégica familiar hemiplegia precede a migrânea Tronco cerebral ou basilar (Bickerstaff) diplopia, disartria, vertigem, hipoacusia · Tratamento: crise aguda analgésico/TRIPTANO/ Metoclopramida profilaxia PROPRANOLOL, Amitriptilina, Topiramato ou Valproato, Flunarizina · CEFALEIA EM SALVAS: · Epidemiologia: homens (3:1) · Dor: pulsátil + opressiva, desencadeada por álcool, histamina e nitroglicerina unilateral, fronto orbitária · Sintomas associados: lacrimejamento, edema orbitário, miose, ptose palpebral, congestão nasal · Intensidade: muito grave dor que acorda o paciente a noite · Duração: 15-180 minutos até 8x/dia e desaparece por semanas · Tratamento: crise aguda OXIGÊNIO (máscara 100% 12l/min) + suma/zolmitriptano profilaxia VERAPAMIL, Valproato, Lítio, Prednisona · HEMICRANIA PAROXÍSTICA CRÔNICA: · Epidemiologia: mulheres · Dor: unilateral, fronto orbitária · Intensidade: muitograve dor que acorda o paciente a noite · Duração: 2-30 minutos > 5x/dia (1-40/dia) · Sintomas associados: lacrimejamento, edema orbitário, miose, ptose palpebral, congestão nasal · Tratamento: crise aguda pouco descrito profilaxia INDOMETACINA 75-225mg/dia resposta muito eficaz · HIC benigna (pseudotumor): · Epidemiologia: mulher, 20-40 anos, tabagista, obesa · Diagnóstico: ↓ acuidade visual, papiledema, neuroimagem normal Raquimanometria > 20-25 mmHg LCR normal · Tratamento: maioria some em 6 meses persistente ACETOZOLAMIDA punção lombar de alívio, DVP CRISE/CONVULSÃO FEBRIL · Generalidades: HF positiva Idade: 6 meses até 5 anos Mais comum em meninos (1,6:1) Sem precipitantes ↑ risco de recorrer se: < 1 ano, < 24hs de febre, febre 38-39⁰ ↑ risco de epilepsia se: atraso no neurodesenvolvimento · EEG normal entre as crises · Conduta: está convulsionando Diazepam e DEPOIS avalia e trata a febre não está convulsionando avaliar causa da febre e tratar punção lombar < 6 meses crise complexa/atípica: crise tipo focal, duração prolongada (> 15 minutos), recorrente em até 24hs, pós-ictal com Todd ou sonolência prolongada EPILEPSIAS · Definições: epilepsia ≥ 2 crises não provocadas em intervalo > 24hs 1 crise não provocada com chance alta de recorrência Síndrome epiléptica crise epiléptica sinais e/ou sintomas provocados por descarga neuronal, síncrona e excessiva no cérebro · Investigação: anamnese, EEG, neuroimagem (RNM) · Classificação (ILAE 2017): · Focal: limitada a 1 hemisfério sem perturbação da consciência sem discognição/perceptiva/parcial simples com perturbação da consciência com discognição/disperceptiva/parcial complexa início motor ou não motor (sensorial) · Focal para tônico-clônica bilateral: 1 foco que migra para o outro lado e atinge outro hemisfério · Generalizada: ambos hemisférios não motora ausências: típica, atípica, mioclônica início: 3-12 anos (pico 5-8 anos) desencadeante: hiperventilação, privação do sono dg: EEG com ponta onda de 3Hz tto: ETOSSUXIMIDA, Valproato, Lamotrigina não usar Carbamazepina, Gabapentina, Vigabatrina motora atônica, mioclônica (mantém consciência), tônico-clônicas · Tratamento: · Quando iniciar: a partir da 2ª crise ou da 1ª crise com lesão cerebral · Como iniciar: monoterapia em dose baixa (↑ progressivo) · Quando parar: mais de 2 anos (1-5 anos) sem crise · Qual usar: depende da crise · Focal: Carbamazepina, Lamotrigina, Valproato · Generalizada: Valproato, Lamotrigina · Não usar Valproato em gestantes causa espinha bífida · Tabagistas: cuidado com Bupropiona · Síndromes epilépticas: · Síndrome de West: · Início 4-7 meses de vida · Espasmo infantil + retardo no desenvolvimento mental · EEG típico: HIPSARRITMIA bilateral e caótico Ondas lentas, alta voltagem, multifocais · Tratamento: ACTH, Vigabatrina · Pode evoluir para Síndrome de Lennox-Gastaut pré-escolares qualquer crise + retardo desenvolvimento mental EEG: espícula-onda 1-2,5Hz · Epilepsia benigna da infância “Rolândica”/com descargas centrotemporais: · HF positiva, + comum em meninos (2/3-13/14 anos – pico: 7 a 10 anos) · Fisiopatologia: alteração cortical REVERSÍVEL, desaparece com a maturação · Diagnóstico: crises focais, no sono ou ao despertar EEG: ondas agudas CENTROTEMPORAIS · Tratamento: só 25% recorrem tratar somente depois da 2ª crise evitar Carbamazepina e Lamotrigina · Epilepsia mioclônica juvenil (Síndrome de Janz): · Idade: 13-20 anos · Fator desencadeante: privação de sono · Clássico: crises mioclônicas principalmente ao despertar · EEG: ponta onda de 4-6Hz · Tratamento: VALPROATO, LAMOTRIGINA Evitar Carbamazepina, Fenitoína · Epilepsia do lobo temporal: · Síndrome epilética + comum no adulto · Crises focais disperceptivas · Causa: esclerose hipocampal (esclerose mesial temporal) · Diagnóstico: RNM e EEG · Tratamento: CARBAMAZEPINA, cirurgia (boa resposta) · Estado de mal epiléptico (Status Epilepticus): · Definição: ≥ 5 minutos de crise ou ≥ 2 crises sem recuperação da consciência entre elas · Tipos: convulsivo não convulsivo · Conduta: lembrar do ABC (via aérea, respiração, circulação) Diazepam IV/retal ou Midazolam IM/IV até 2x Refratário: Fenitoína IV/VO 20mg/kg a 50mg/min até 2x (2ª com metade da dose) Opções = Valproato/Levetiracetam IV Refratário: Fenobarbital 20mg/kg até 2x (2ª com metade da dose) Refratário: Tiopental/Midazolam/Propofol SD. DE GUILLAIN-BARRÉ · Polirradiculoneuropatia aguda acometimento simétrico · Doença desmielinizante, autoimune, das raízes e nervos periféricos · História de infecção em 75% dos pacientes Campylobacter jejuni · Quadro clínico: fraqueza, flacidez, arreflexia, simetria, ascendente disautonomias (arritmia, hipotensão), dor lombar sensibilidade e esfíncteres geralmente preservados paralisia de par craniano insuficiência respiratória (15-30%) atenção com a CV – pressão inspiratória ausência de atrofia muscular significativa · Diagnóstico: dissociação proteinocitológica no PCR · Tratamento: plasmaférese ou imunoglobulina não fazer corticoide ESCLEROSE MÚLTIPLA · Autoimune, mulher 20-40 anos · Desmielinizante inflamatória do SNC (contra substância branca) · Quadro clínico: · Neurite óptica, Sd. do 1º neurônio motor (fraqueza com hiperreflexia e espasticidade), sintomas sensitivos · Sinais medulares, cerebelares, de tronco · Incontinência urinária, neuralgia do trigêmeo · Sintomas de Uhthoff (piora com calor), Lhermitte (“choque” na região dorsal) · Padrão de evolução: 1ª lesão focal sugestiva de EM = Sd. clínica isolada 85% = forma surto-remissão 15% = forma progressiva · Diagnóstico: clínica LCR bandas oligoclonais de IgG/↑ IgG RNM múltiplas placas desmielinizantes · Tratamento: · Surto: corticoide, plasmaférese · Manutenção: Interferon, Glatirâmer, Fingolimod, etc. · Forma progressiva: Ocrelizumab, Metotrexato, Ciclofosfamida ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA · Doença degenerativa do 1º e 2º neurônios motores · Homem idoso1º neurônio: Hiperreflexia Babinski Espasticidade 2º neurônio: Atrofia Miofasciculações Câimbras · Quadro clínico: fraqueza + · Não tem alteração sensitiva · Diagnóstico:clínica + exclusão · Tratamento: Riluzol, Edavarone Suporte (fisioterapia, fonoaudiologia, etc.) DOENÇA DE PARKINSON · Doença degenerativa (substância negra mesencefálica) · Idosos · Conceitos: · Substância negra estriado córtex pré-motor · Acetilcolina: inibe o córtex pré-motor · Dopamina: inibe a acetilcolina · Fisiopatologia: ↓ dopamina ↑ acetilcolina = estriado ATIVADO córtex motor INIBIDO = ↓ atividade motora · Quadro clínico: síndrome hipocinética e hipertônica tremor em repouso (assimétrico) bradicinesia rigidez em roda dentada (plástica) instabilidade postural marcha parkinsoniana pequenos passos, corpo inclinado p/ frente, tremor de extremidades (“contando moedas”) outros: anosmia, distúrbios do humor e do sono, psicose, hipersalivação, alteração cognitiva · Tratamento: · Levodopa: melhor medicamento, não modifica a história natural da doença, “vida-útil” limitada · Agonistas dopaminérgicos: Pramipexol, Ropinerol Terapia inicial (pacientes + jovens) · IMAO-B: Selegilina, Rasagilina, Safinamida Aparente neuroproteção · Inibidores da COMT: Tolcapone, Entacapone, Opicapone Indicação flutuação motora com o uso da Levodopa · Amantadina: tratamento das discinesias (efeito colateral da Levodopa) Promove piora cognitiva, confusão mental cuidado em idosos · Anticolinérgicos: Triexfenidil, Benztropina, Biperideno Indicado para tremor DEMÊNCIA · Perda das funções cognitivas: memória (amnésia anterógrada) reconhecimento capacidade de executar tarefas, fazer julgamento linguagem (afasia), comportamento · Causas: · Potencialmente reversíveis: metabólica rim, fígado, tireoide, B12, cálcio infecciosa VDRL, HIV estrutural hematoma subdural crônico, tumor · Irreversíveis: Alzheimer, vascular, Lewy, frontotemporais · Avaliação da cognição: · Mini exame do estado mental (MEEM): > 19 pontos analfabetos > 23 pontos 1-3 anos de escolaridade > 24 pontos 4-7 anos de escolaridade > 28 pontos > 7 anos de escolaridade · DOENÇA DE ALZHEIMER: · Causa mais comum de demência Degeneração neuronal: ↓ acetilcolina e atrofia cortical · Fisiopatologia: interstício placas amiloides Intracelular proteína TAU · FR: idade avançada, HF, genético (apoE ε4), estilo de vida, Sd. Down · Quadro clínico: síndrome demencial inicia com perda de memória exame físico neurológico normal no início · Diagnóstico: clínico + exclusão imagem atrofia cortical (hipocampo), hidrocefalia compensatória, hipoperfusão · Tratamento: anticolinesterásicos centrais (leves a moderados) Donepezila, Rivastigmina, Galantamina antagonista receptor do Glutamato (avançados) Memantina · DEMÊNCIA VASCULAR: · Progressão em degraus · Exame neurológico anormal · HIDROCEFALIA NORMOBÁRICA (DE PRESSÃO NORMAL): · Demência + ataxia de marcha + incontinência urinária · Tratamento: derivação ventrículo-peritoneal · DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL: · Alteração de comportamento e/ou de linguagem ± parkinsonismo · DEMÊNCIA POR CORPÚSCULOS DE LEWY: · Demência flutuante + parkinsonismo + alucinação visual · Tratamento: Rivastigmina CARDIOLOGIA TAQUIARRITMIAS · Nó sinusal: comanda a FR por ser o mais rápido · Nó atrioventricular: “atrasa” a atividade elétrica entre os A e os V para que eles não se contraiam juntos · FC: ECG
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