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questões estudo dirigido texto Pressupostos Limitadores do Princípio da Autonomia dos Títulos de Crédito

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UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
Curso de Graduação em Direito
Componente Curricular: Direito Cambiário
PROFESSOR: Etiane Barbi Köhler
QUESTÕES PARA ESTUDO DIRIGIDO
Texto objeto de estudo: MOTTIN, André Luís dos Santos. Pressupostos Limitadores do Princípio de Autonomia dos Títulos de Crédito. Juris Plenum, Editora Plenum. Ano XII, n. 70 (jul./ago. 2016). Caxias do Sul, RS, 2016, p. 17-34.
1. Segundo o texto, o que os títulos de crédito consubstanciam?
	O título consubstancia uma declaração unilateral de vontade, com eventual origem em obrigações contratuais ou civis, mas que a partir da sua assinatura, passa a representar obrigações cambiárias autônomas, sub metidas a um regime especial.
2. Qual a principal função/finalidade dos títulos de crédito?
	Permitir a ágil e segura circulação do crédito, por meio de sua fácil negociabilidade e executividade, promovendo a circulação de riquezas e capital, em prol da dinamicidade da economia. Conforme lição de Rosa Junior: "A principal função do título de crédito consiste na sua circulabilidade, permitindo a realização do seu valor mesmo antes de seu vencimento através de operação de desconto, e por isso, o título de crédito nasce para circular e não para ficar imóvel entre as partes primitivas".
3. Para a plena circulabilidade dos títulos de crédito, existe uma disciplina jurídica especial e distintiva a eles aplicável. Segundo Mottin, quais os princípios que fundamentam essa disciplina? Comente cada um deles.
	A cartularidade, a literalidade e a autonomia. O princípio da cartularidade - também nominado de princípio da incorporação - vem 
a significar que o titular do crédito, para exercê-lo, necessita estar na posse do documento: "não existindo direito sem o título". 
	O crédito deve estar materializado na cártula (documento) e esta deve estar na posse do titular, a fim de permitir facilmente a identificação da obrigação e de sua titularidade, favorecendo, consequentemente, a sua circulação.
o princípio da literalidade representa a noção de que somente produzem efeitos jurídicos os atos lançados no próprio título de crédito. O crédito existente é aquele literal mente registrado na cártula, nada mais, nada menos. Outros atos se forem formalizados em documentos apartados - tal como a quitação, ou o aval - não terão eficácia cambiária.
	O princípio da autonomia, que será abordado com mais vagar no tópico subsequente, é considerado o mais relevante do sistema, "a pedra fundamental de todo o regime jurídico cambial", determinando a existência de autonomia em relação a cada uma das obrigações cambiais incorporadas ao título, assegurando ao terceiro portador do título um direito autônomo de crédito.
4. No texto, qual o significado do subprincípio da abstração?
	A "abstração" da obrigação cambial - primeiro, diga-se, em razão da cronologia da emissão e circulação da cártula. Tratada por grande parte da doutrina como "subprincípio da abstração", 11 significa que o título de crédito, quando posto em circulação, desvincula-se da relação que lhe deu origem. Ocorre o desprendimento (abstração) da obrigação cambiária em relação ao negócio que a originou (causa debendi), exsurgindo nova obrigação autônoma, inconfundível com a que lhe deu base.
5. Quais as duas consequências da independência das obrigações cambiais que o autor do texto indica?
	Quando ocorre o desprendimento (abstração) da obrigação cambiária em relação ao negócio que a originou (causa debendi), exsurgindo nova obrigação autônoma, inconfundível com a que lhe deu base. A consequência é que após tal libertação de sua causa originária, esta “não poderá ser alegada futuramente para invalidar as obrigações decorrentes do título". O segundo elemento normativo do princípio da autonomia vem sendo tratado por inúmeros doutrinadores como a "independência" das obrigações cambiais. Aqui, a autonomia não diz respeito ao negócio jurídico originário (do qual a cartula já se abstraiu), mas à autonomia entre as obrigações cambiais incorporadas ao título, que podem ser inúmeras - V.g., um mesmo título pode incorporar as obrigações do emitente, do avalista e de diversos endossantes. Nesse sentido, fala-se que cada uma das assinaturas apostas no título de crédito (do emitente, do avalişta, dos endossantes) cria uma obrigação cambial que é independente das demais.
6. O que autor do texto identifica como a “manifestação processual do princípio da autonomia”? Qual o sentido disso?
	Identifica como o terceiro elemento normativo integrante do princípio da autonomia diz respeito à "inoponibilidade de exceções pessoais aos terceiros de boa-fé". E para ele que convergem todos os elementos anteriores, pois possui caráter essencialmente prático, revelando-se como a "manifestação processual do princípio da autonomia".
7. Comente o que o autor menciona no texto acerca da circulação dos títulos de crédito como pressuposto para a autonomia.
	O autor menciona que como pressuposto fundamental para o reconhecimento da autonomia das obrigações cambiais, destaca-se, em primeiro lugar, a imprescindibilidade da circulação do título de crédito. Como bem pontuado por Fábio Ulhoa Coelho: A abstração, então, somente se verifica se o título circula. Em outros termos, só quando é transferido para terceiros de boa-fé, opera-se o desligamento entre o documento cambial e a relação em que teve origem.
8. Segundo o texto, o que é rigor cambiário e como o mesmo influencia a eficácia cambial de um título de crédito?
	O denominando "rigor cambiário" é fundamental para que os títulos de crédito “inspirem confiança, atendendo com facilidade aos interesses da coletividade"; ademais, tem especial razão de ser em virtude da excepcionalidade das regras disciplinadoras dos títulos de crédito: se, de um lado, o direito cambial confere maiores direitos e garantias ao portador do título em detrimento do devedor, de outro, é de se impor maior rigor formal no exercício dessas prerrogativas.
9. Qual a controvérsia que existe e que o autor do texto traz à discussão, a respeito da configuração da má-fé para fins de se afastar a aplicação da inoponibilidade das exceções?
	As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. A primeira dificuldade está na definição do que seja portador de boa-fé. A esse propósito, a partir da redação da Lei Uniforme de Genebra, que se refere ao portador de má-fé como aquele que tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor", Fran Martins entende que o terceiro de má-fé é somente aquele que age deliberadamente com a finalidade de prejudicar o devedor.
10. A boa-fé subjetiva se presume e a má-fé se prova. De que forma a moderna teoria da distribuição dinâmica da prova, citada pelo autor do texto, afeta essa premissa. 
	A redistribuição é feita caso a caso. É chamada, por isso, de distribuição dinâmica do ônus da prova-embora, como já se viu também ser dinâmica a distribuição feita por convenção das partes. [...] A técnica é consagração do princípio da igualdade e do princípio da adequação. Visa-se ao equilíbrio das partes (art. 70, CPC): 0 ônus da prova deve ficar com aquele que, no caso concreto, tem condições de suportá-lo. O processo deve, ainda, ser adequado às peculiaridades do caso, sempre que a regra geral se revelar com elas incompatível.

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