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Semiologia cabeça e pescoço

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semiologia cabeça e pescoço
CABEÇA
TAMANHO
· Perímetro craniano: macrocefalia e microcefalia 
FORMA 
· Estenose correta com o tempo: cranioestenose 
- Sutura sagital fechada precocemente: escafocefalia = aspecto de navio 
- Sutura coronal fechada precocemente: braquicefalia 
- Lombdoidea fechada precocemente: plagiocefalia posterior 
	- Plagiocefalia anterior: 
	- Trigonocefalia: 
	- Acrocefalia: Cabeça alongada para cima 
OBS: Plagiocefalia pode estar relacionada com a forma de dormir. 
	- Dolicocefalia: aumento do diâmetro antero-posterior. 
POSIÇÃO E MOVIMENTOS 
· Torcicolo: esternocleidomastoideo
· Tiques: contrações repetidas e involuntárias de um determinado grupo muscular. 
· Movimentos coreicos: movimentos involuntários de início abrupto, explosivo, geralmente de curta duração. 
· Tremores: músculos.
· Movimentos sincrônicos da cabeça com as pulsações (insuficiência aórtica).
SUPERFÍCIE E COURO CABELUDO 
· Saliências: tumores, tumefações.
· Depressões: afundamentos
· Pontos dolorosos 
· Rigidez da tábua óssea 
· Fontanela: patente na criança 
- Normotensa: sem alterações evidentes 
- Hipertensa e saliente: aumento da pressão intracraniana (meningite, hidrocefalia)
- Hipotensa e deprimida: desidratação. 
EXAME GERAL DA FACE
· Simetria 
· Expressão fisionômica: mongoloide
· Mímica facial: musculatura facial 
· Pele e fâneros: excesso ou escasso. 
EXAME DOS OLHOS E SUPERCÍLIOS 
· Doenças oculares podem refletir-se em outras estruturas 
· Doenças de outros sistemas podem se manifestar através dos olhos. 
ANAMNESE 
· Idade: 
- RN: glaucoma congênita, oftalmia gonocócica neonatal 
- Infância: estrabismo, neoplasia intraocular 
- Adolescência: vícios de refração
- Adulto: dacriocistite, conjuntivite, uveítes. 
- Idoso: presbiopia (dificuldade de visão para perto)
· Profissão:
· Hábitos alimentares:
olho 
sinais e sintomas 
· Sensação de corpo estranho
· Queimação ou ardência: fumaça, poeira, produtos químicos, erros refratários não corrigidos...
· Prurido: alergia ou vício de refração não corrigido.
· Sensação de olho seco: síndrome de Sjogren, conjuntivite crônica, exposição da conjuntiva por mau posicionamento da pálpebra e quando há dificuldade de a pálpebra se fechar corretamente. 
· Lacrimejamento (epífora): defeito na drenagem
· Dor ocular: não consegue localizar muito bem. Quando é de origem palpebral ele consegue localizar a dor. Causas: dacrioadenite, celulite orbitária, abcesso, periostite, conjuntivite aguda, esclerite, episclerite, corpo estranho corneano, sinusite. 
· Fotofobia: Sensibilidade a luz. Inflamação corneana, enxaqueca, albinismo ocular, medicamentos (cloroquina e acetazolamina)
· Cefaleia: região frontal e se manifesta no fim do dia, vícios de refração não corrigidos, processos inflamatórios, 
· Hemeralopia e nictalopia: 
- Hemeralopia: cegueira diurna 
- Nictalopia: cegueira noturna 
· Xantopsia, iantopsia e cloropsia: enxerga amarelo, enxerga violeta e enxerga verde, respectivamente. 
· Diplopia: visão duplicada. Não ocorre fixação do objeto de interesse na fóvea. Importante perguntar se ocorre em certas posições no olhar ou a determinadas distâncias ou se os dois objetos vistos são horizontais ou verticais. Paciente pode descrever o fato de como a visão fica embaçada, mas somente quando um olho está aberto. 
- Diplopia monocular: cristalino subluxado, Coloboma da íris, deslocamento da retina
- Diplopia binocular: paralisia de um ou mais músculos extraoculares, restrição mecânica e centralização imprópria dos óculos. 
· Escotomas: bolinhas pretas que aparecem no campo visual. Posição, forma, tamanho, intensidade, uniformidade, início e evolução.
- Posição: central, periférico e paracentral 
- Forma: circular, oval, arciforme (glaucoma crônico), anular, cuneiforme, pericecal, hemianóptico.
- Tamanho: sem tanta importância = mostra gravidade da lesão. 
- Intensidade
- Início e evolução: diferenças nas doenças. Ex: escotomas por uso de tabaco é gradual 
· Nistagmo: movimentos repetitivos rítmicos dos olhos. Caracterizado pela frequência (rápido ou lento), pela amplitude (amplo ou estreito), pela direção (horizontal, vertical, rotacional). Causado por distúrbios oculares ou disfunções neurológicas. 
OBS: Acompanha redução da acuidade visual. 
· Dismetria ocular: representa uma série de movimentos conjugados pendulares, de amplitude decrescente, que ocorrem durante a mudança de fixação. 
· Flutter: movimento ocular conjugado, involuntário. 
· Opsoclonus: observado em encefalites. 
OBS: Bobbing ocular = movimentos do olho verticalmente em forma de vai e vem, que aparecem bruscamente em indivíduos comatosos com lesão extensa da ponte, apresentando uma paralisia do olhar. 
· Diminuição e perda de visão: questão psicológica pode induzir a exageros e o paciente afirmar que perdeu a visão, enquanto só houve diminuição. Ou o contrário. Avaliação mais objetiva. Esclarecer o tempo do sintoma, se foi lento ou súbito. 
exame físico 
· Inspeção e palpação 
· Globo ocular e cavidade orbitária: separação entre as duas cavidades orbitárias. 
- Hipertelorismo: afastamento das cavidades. Várias doenças genéticas. 
- Hipoplasia orbitária bilateral e simétrica: disostoses craniofaciais, como síndrome de Crouzon. 
- Tamanho do globo ocular: microftalmia – síndrome da rubéola congênita 
- Crepitação: passagem de ar de algum seio da face para o tecido subcutâneo. 
- Espessamento: periostite sifilítica. 
· Exolftalmia: protrusão do globo ocular = medida com régua. Hipertireoidismo, neoplasia, anormalidade vascular ou processo inflamatório. 
 Exoftalmia por cisto sebáceo a direita. 
· Aparelho lacrimal: inspeção pode detectar aumento do volume da glândula lacrimal, tendo como causas principais dacrioadenites e as neoplasias. Para ver se tem pede-se para o paciente olhar para baixo e para dentro. Na palpação, avaliam-se a consistência, a profundidade, a sensibilidade das glândulas lacrimais. 
- Epífora: causado pelo excesso de lágrimas ou por obstrução (atresia, eversão, presença de corpo estranho, e às vezes pelos próprios cílios) das vias de excreção. 
- Na inspeção: tumefação, vermelhidão = dacriocistite aguda. 
- Se tem secreção mucopurulenta = conduto nasolacrimal obstruído. 
OBS: RN = sondagem como diagnóstico e tratamento.
	- Glaucoma congênito: epífora (estimulação do nervo trigêmeo). 
· Pálpebras: proteção contra a luz e traumatismos 
- Inspeção: investigam-se a cor, textura, posição e os movimentos das pálpebras = aparecimento de edema. 
- Poliose (cílios brancos), madarose (perda dos cílios), triquíase (cílios para dentro)
OBS: Blefarite = hiperemia, escamas e úlceras. 
	- Lagoftalmia: não consegue cobrir o globo ocular, aparece na paralisia facial, na exoftalmia e nas retrações cicatriciais. 
	- Inspeção: colobomas palpebrais, xantelasma (Melasma no olho), vitiligo, melanose e lesões de herpes-zóster. 
	- Blefaroptose: congênita e adquirida (síndrome da paralisia do nervo oculomotor)
Blefaroptose 
OBS: blefaroptose = pode fazer parte da miastenia gravis, a blefaroptose vai piorando no transcurso do dia, mas melhora com injeção de prostigmina. 
· Conjuntiva e esclera: esclera (cor normal é branco-porcelana) pode mudar de cor em casos de melanose e icterícia. 
MELANOSE
- Pinguécula: pequena área elevada de cor amarelada = degeneração do tecido elástico. 
OBS: Não confundir com pterígio 
	- Quemose (edema de conjuntiva), enfisema com crepitação e hemorragia subconjuntival. 
- Congestão de conjuntiva bulbar: superficial e profunda = fenilefrina 10% clareiam conjuntiva em poucos segundos. 
- Exame de conjuntiva inferior: anemias, cor rosa-vivo, cor rosa-pálido ou fica quase branca. 
· Córnea: tamanho (megalocórnea – glaucoma congênito e microcórnea – rubéola). 
- Leucoma: opacificação corneada 
- Pannus corneano: irregularidades epiteliais provocadas por corpo estranho e neovascularização = comum no tracoma.
OBS: Corante azul (colírio de fluoresceína) = usado para ver defeitos epiteliais. 
OBS: Anestésico local para melhorar a fotofobia e blefarospasmo (contração involuntária)e conseguir examinar.
Lesões intracranianas que comprometem o nervo trigêmeo frequentemente diminuem a sensibilidade corneana. 
· Pupila: sinequia posterior (processo inflamatório) 
- Pupila miótica: uso de certos medicamentos como pilocarpina e a heroína. 
- Midríase: pode ocorrer em contusões oculares e em algumas doenças cerebrais. 
· Cristalino: 
- Pode estar deslocado (luxado) como na síndrome de Marfan e nos traumatismos oculares
Cristalino luxado na câmara anterior 
acuidade visual 
· Permite esclarecer se a perda de visão é procedente ou não 
· Testada em cada um dos olhos separadamente, oclui o olho que não está sendo examinado. 
· Tabela de snellen (aquela típica dos oftalmologistas). 
· O melhor é 20/20: significa que o paciente consegue enxergar a 20 pés o que uma pessoa normal enxerga a 20 pés. 
· Quando o paciente afasta a leitura, deve-se suspeitar de presbiopia. 
· Indica função da fóvea. 
· Paciente analfabeto = usar animais 
diminuição e perda de visão 
· Amaurose: perda de visão que ocorre em ambos os olhos, 
- Unilateral: podendo ser súbita ou gradual = várias causas como obstrução da veia central da retina.
- Bilateral: neuropatia óptica, amaurose urêmica, traumatismo craniano, histeria, enxaqueca oftálmica. 
- Perda gradual: vícios de refração, afecções corneanas, afecções úvea, glaucoma, afecções do vítreo, afecções da retina. 
visão de cores 
· Cones: cores 
· Visão de baixa iluminação: bastonetes 
· Tábuas pseudoidoisocromáticas 
exame neuroftalmológico 
· Pupila: uso de uma lâmpada de fenda = luz e acomodação podem alterar a pupila. 
· Miose: fisiológica em idosos e durante o sono. 
· TRAUMA: 
- Midríase unilateral: hematoma extradural 
- Midríase bilateral: coma grave
- Maior midríase: lado lesado
- Miose bilateral: hemorragia parenquimatosa progressiva
- Rigidez pupilar: morte
· Visão de um ponto próximo: pupila contrai (acomodação-convergência). 
 
exames complementares 
Biomicroscopia
- Exame do globo ocular por meio de lâmpada de fenda.
- Detecta alterações não perceptíveis a olho nu.
Oftalmoscopia
- Grande valor diagnóstico nas doenças sistêmicas que apresentam alterações no fundo do olho.
- Pupila deve ser dilatada para examinar a periferia da retina.
- Fundo de olho normal é visto como um reflexo vermelho, denominado clarão pupilar.
- Principais achados: hemorragias, exsudatos, focos de coriorretinite, edema de papila, atrofia de papila, neurite óptica, melanoma de coroide e descolamento de retina.
Normal; retinopatia hipertensiva; retinopatia diabética
Tonometria
- Mede a pressão intraocular.
- Importante para diagnóstico de glaucoma.
Neurorradiologia
- RX: lesões ósseas ou de alta densidade.
- TC: lesões ósseas.
- RM: partes moles.
doença dos olhos 
· Blefaroptose: queda da pálpebra superior pode ser congênita ou adquirida 
- Apresenta incidência familiar, sendo na maioria dos casos, bilateral. Sua causa mais comum é o desenvolvimento incompleto do músculo elevador da pálpebra. 
- Adquirida: traumática, miogênica (miastenia gravis – teste de Tensilon) ou neurológica (paralisia do nervo oculomotor associado a oftalmoplegia). 
Blefaroptose a direita por lesão no nervo oculomotor em decorrência de uma hipertensão intracraniana. 
· Epicanto: consistem em uma dobra da pele que começa na pálpebra superior e projeta-se medialmente. Síndrome de Down e caucasianos. Associado a blefaroptose 
· Estrabismo: “vesgo” = desalinhamento ocular. Pode ser convergente, divergente ou vertical (para cima ou para baixo)
- Hipotropia 
- Hipertropia
Esotropia congênita precoce
Tipo de estrabismo convergente que pode aparecer após o nascimento ou nos seis primeiros meses de vida. A maioria tem fixação cruzada usa o olho direito para olhar para a esquerda e o contrário é verdadeiro. 
entrópio e ectrópio
· Entrópio ou pálpebra virada para dentro, pode ser congênito, espasmódico ou cicatricial.
· Complica-se com triquíase: desvio dos cílios para o córnea, causando irritação capaz de produzir até ulceração corneana. 
 
· Ectrópio: quando a borda palpebral está evertida (para dentro)
· Exposição conjuntival: queratinização e hipertrofia, provocam círculo vicioso. 
· A eversão do ponto lacrimal gera incapacidade de coletar lágrima = epífora = provoca eczematização (conjunto de lesões cutâneas) da pele. 
- Senil, cicatricial, espasmódico e paralítico. 
lagoftalmia
· É um defeito de fechamento das pálpebras, cujas bordas não se encontram. 
- Cicatricial ou paralítico (paralisia facial periférica)
· Pode haver complicações corneanas graves, mesmo com ação protetora do fenômeno de Bell.
calázio 
· Mais comum 
· Inflamação granulomatosa crônica da glândula meibomiana, de causa desconhecida 
· Edema na pálpebra inferior ou superior sem edema.
blefarite 
· Podem apresentar-se sob duas formas: infecciosa (ulcerativa) e a seborreica (não ulcerativa) 
- Infecciosa: estafilococos
- Seborreica: associada a dermatite seborreica de couro cabeludo, da sobrancelha e da pele atrás da orelha. 
- Escamas entre os cílios + prurido + hiperemia + sensação de peso + crostas amareladas 
hordéolo 
· Infecção estafilocócica das glândulas palpebrais = caracterizada por dor, hiperemia e edema. 
· Abcesso = tem pus dentro da glândula afetada. 
Hordéolo interno 
xantelasma 
· Placas amareladas (lipídios) no canto interno do olho 
· Manifestação de hipercolesterolemia
conjuntivite
· Inflamação da conjuntiva, caracterizando-se por dilatação vascular, infiltração celular e exsudato.
· De causa bacteriana, viral, fúngica ou alérgica. 
A forma aguda tem como etiologia o Staphylococcus epidermidis, o Staphylococcus aureus, o Haemophilus e o Streptococcus sp
Crônica: clamídia 
! Síndrome de Steven-Jonhson!
glaucoma 
· Neuropatia óptica isquêmica progressiva que cursa com perda do campo visual, alteração fundoscópica e pressão intraocular elevada, comprometendo a visão.
pterígio 
· Afecção que compromete a córnea, porém seu ponto de partida é conjuntival. 
dacriocistite 
· Inflamação do saco lacrimal que pode ser aguda ou crônica 
· Secreção mucopurulenta 
dacrioadenite 
· Inflamação da glândula lacrimal 
· Viral, bacteriana e fúngica 
Ametropias ou vícios de refração
· Defeitos ópticos que não permitem que os raios de luz paralelos caiam exatamente na retina.
· Diminui a acuidade visual, podem causar cefaleia, tonturas, sonolência e hiperemia conjuntival.
Emetropia: olho normal.
Hipermetropia: foco se forma depois da retina; dificuldade para enxergar de perto.
· Miopia: foco se forma antes da retina; dificuldade para enxergar de longe.
· Astigmatismo: diferentes curvaturas corneanas nos diversos meridianos.
· Presbiopia: perda da elasticidade da cápsula do cristalino.
Orelhas 
SINAIS E SINTOMAS 
· Hipoacusia e anacusia (disacusia): principal queixa relacionada com a audição = Perda parcial ou total de audição. 
- Lateralidade (uni ou bilateral)
- Início (insidioso, rapidamente progressivo ou abrupto)
- Intensidade, se parcial (hipoacusia) ou total (anacusia)
- Duração 
- Como se dá ao longo do dia
- Pré ou pós início da linguagem oral 
- Sintomas associados (zumbido, tontura, plenitude aural e acometimento de outros pares cranianos, com o nervo facial). 
· Tontura e vertigem: parecem a mesma coisa para os pacientes, mas faz-se a diferenciação 
- Tempo 
- Recorrente ou autolimitada
- Periodicidade 
- Características da tontura 
- Sintomas associados 
-Fatores desencadeantes (movimentos ou posição da cabeça, esforço físico, alimentação, estresse). 
Vertigem: sensação ilusória de que tudo está girando, principal tipo de tontura que o paciente fala.
· Zumbido: som na ausência de estímulo sonoro externo. Pode ser a primeira manifestação clínica de um paciente com perda auditiva. 
- Localização (unilateral, bilateral ou na cabeça)
- Características (apito, chiado, grave, agudo, pulsação).
- Tempo de evolução 
- Modo de início 
- Fatores de melhora ou piora (ingestão de alimento como chocolate, alimentos condimentados, uso de cafeína). 
- Grau de incômodo (leve, moderado, intenso) = escala de 0 a 10
- Sintomas associados- Doenças sistêmicas 
- Tabagismo, etilismo, consumo excessivo de doces 
- Medicamentos (AAS, antidepressivo, anti-inflamatório e aminoglicosídeos).
- Tratamentos realizados 
exame físico 
· Inspeção, palpação, ausculta e teste de função vestibular. 
· Otoscópio 
INSPEÇÃO DAS ORELHAS EXTERNA E MÉDIA
· Observar forma, tamanho e cor do pavilhão auricular = detectar malformações, como agenesia de pavilhão auricular.
· Meato acústico externo: edema, secreções, descamações, sangue ou cerume, corpo estranho, escoriações ou alterações na estrutura (estreitamento ou abaulamento)
· Membrana timpânica: arredondada, coloração perlácea. 
· Triangulo luminoso de Politzer 
ALTERAÇÕES MAIS FREQUENTES DA MEMBRANA TIMPÂNICA 
Otite média aguda. Observa-se membrana timpânica íntegra e abaulada.
Membrana timpânica com perfuração central.
Membrana timpânica íntegra com áreas de esclerose.
PALPAÇÃO DA ORELHA EXTERNA 
· Avalia tumorações e identifica de linfonodos, cistos, abcessos ou hematomas. 
· Indispensável para identificar áreas de flutuação quando houver suspeita de abcesso.
· Orifícios, malformações dos arcos branquiais (como Coloboma auricular)
 Coloboma auricular 
AUSCULTA 
· Deve ser feita nas regiões retroauricular, periauricular e cervical em pacientes com zumbido pulsátil. 
· Investiga a possibilidade de aneurisma, fístula ou malformações arteriovenosas. 
TESTE DE WEBER
· Diapasão colocado na linha média do crânio do paciente, na testam glabela ou incisivos centrais superior e inferiores. 
· Paciente informa se escutou o som na linha média, na orelha esquerda ou direita. 
TESTE DE RINNE
· Permite comparar a audição por vias óssea e aérea.
· O diapasão é colocado na apófise da mastoide do paciente até o desaparecimento da percepção sonora; em seguida é colocado na região anterior ao trago, sem tocá-lo. 
· Audição normal: via respiratória mais sensível à percepção sonora. 
TESTE ESTÁTICO DA FUNÇÃO VESTIBULAR (teste de romberg) 
· Avalia a conexão cerebelo e tronco encefálico 
· Normal: permanece na posição inicial 
· Queda para a frente e para trás durante o teste = comprometimento do SNC
· Oscilações ou queda paras as laterais = alteração no sistema vestibular 
TESTES DINÂMICOS DA FUNÇÃO VESTIBULAR 
· Testes de marcha, teste de Fukuda e pesquisa de nistagmo espontâneo, nistagmo de posição (manobra de Dix-Hallpike)
Teste de Fukuda: pede para o paciente ficar marchando parado com os braços para frente. 
testes complementares 
audiometria 
· Tonal: determinar os limiares auditivos por vias respiratórias, fone de ouvido em cabine acústica, estímulo atinge a cóclea. 
· Vocal: avalia o limiar e o índice percentual de reconhecimento da fala. 
impedanciometria 
· 
exames de imagem 
· TC de ossos temporais: lesões de orelha externa, média e interna 
· RM de ossos temporais 
doenças da orelha 
· Cerume: substância normalmente presente no meato acústico externo limpar, lubrificar e proteger (atividade bactericida) = glândulas apócrinas. Excesso = hipoacusia e desconforto. 
· Corpo estranho: provoca hipoacusia e zumbidos = insetos pode ocorrer infecção.
· Otite externa difusa: podendo atingir pavilhão auricular e a membrana timpânica. Fatores desencadeantes: Sudorese excessiva, ausência de cerume, meato acústico externo, PH alcalino, doenças cutâneas (eczema, seborreia e psoríase), uso de próteses auditivas, otorreia por causa de otite média crônica. Pessoa sente prurido, perda auditiva tipo condutiva e plenitude auricular por edema e estenose do meato acústico externo (por causa do acúmulo de secreções). 
- Meato é eritematoso e edemaciado.
- Otorreia purulenta, bolhas, falsas membranas e lesões crostosas. Em estados avançados febre e linfonodomegalia (pré e pós auricular + cervical anterior). 
- Bacs mais comuns: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus aureus. 
· Otite externa necrosante: começa no meato acústico externo e se estende a base do crânio. Normalmente em pessoas imunodeprimidas. Pseudmonas aeruginosa. Comum otalgia e se irradia para as regiões frontotemporais e parietais, com piora à noite. Otorreia fétida e purulenta. Pode acontecer paralisia facial periférica por causa do comprometimento do forame estilomastóideo. 
- Nervos acometidos: VII, X e XI
· Otomicose: otite externa fúngica, crônica ou aguda, fungos do próprio meato acústico externo. Causas comuns: perda do cerume protetor, uso de gotas otológicas por muito tempo (altera PH e alteram equilíbrio da flora), infecção bacteriana, condições climáticas (calor e umidade). Aspergillus e Candida albicans. Sensação de plenitude auricular (ouvido tampado) e zumbido + prurido + otorreia.
· Pericondrite e condricte auricular: processos inflamatórios do pericôndrio e da cartilagem auricular. Causas: infecções, traumas e processos cirúrgicos. Edema e hiperemia. Pode causar necrose. Pseudomonas auruginosa e Staphylococcus aureus. Causada pelo piercing. 
Pericondrite da orelha esquerda, observando edema e hiperemia. 
· Herpes-zóster: vesículas surgem gradualmente e podem coalescer e formar crostas, ocorrendo com mais frequência na concha e na parede superior do meato acústico externo. 
· Otite média aguda: alergia antecedente ou infecção que resulta em congestão com edema de mucosa do trato respiratório (rinofaringe, tuba auditiva e orelha média). 
-Fatores de risco: história de otite média aguda na família, pai tabagistas, curta duração do aleitamento, atopia, frequentar creches e berçários. 
- Começa com IVAS e as crianças ficam sem se alimentar, com febre e irritabilidade. 
- Patognomônico: abaulamento da membrana timpânica.
- Membrana timpânica com perda de transparência ou presença de líquido na orelha média. 
- Vírus (influenza) e bactérias. 
· Otite média com efusão: pode ser qualquer fluido dentro da orelha média e sem sinais de infecção. Aguda, subaguda e crônica. Bolhas de secreção. 
· Otite média crônica: processo inflamatório da orelha média por mais de 3 meses. 
Pode ser classificada em:
-- Não colesteatomatosa
Simples
Supurativa
-- Colesteatomatosa
Congênita
Adquirida primária
Adquirida secundária.
Coleastoma primário 
· Otosclerose: hipoacusia originada da anquilose da platina do estribo e/ou envelhecimento da cápsula ótica. Frequência: 15-25 anos em pessoas brancas. Sinal de Schwartz. Perda auditiva condutiva, principalmente em tons graves. Pode ser feito TC em casos de perda auditiva neurossensorial, principalmente quando há história familiar de otoscletose. 
· Mastoidite coalescente: envolve a mastoide com lise das septações ósseas. Hiperemia, calor e rubor da região retroauricular podendo evoluir para casos de secreção purulenta, com formação de abcesso. 
· Perda auditiva induzida pelo ruído: alteração coclear irreversível devido à exposição a níveis sonoros elevados. Irreversível, bilateral, simétrica ou relativamente simétrica, não sendo evolutiva, após cessação definitiva da exposição ao ruído. 
OBS: Presbiacusia = diminuição auditiva por alterações degenerativas relacionadas ao envelhecimento. Começa a partir dos 55 anos.
· Síndrome de Ménière: vertigem de origem periférica caracterizada pela tétrade sintomática: vertigem episódica, perda auditiva progressiva, zumbido e plenitude aural.
· Vertigem postural paroxística e benigna: crises vertiginosas desencadeadas por movimentos vruscos da cabeça + nistagmo posicional paroxístico. Diagnóstico pela manobra de Dix-Hallpike. Vertigem cessa espontaneamente. Não há sintomas auditivos. 
· Neurite vestibular: herpes-vírus simples tipo 1 + comprometimento do ramo superior do nervo vestibular. Paciente tem vertigem aparecimento súbito associado a náuseas, vômito e sudorese fria. Crise de dias a semanas. Não há queixas auditivas. 
NARIZ E SEIOS PARANASAIS 
sinais e sintomas 
· Obstrução nasal: uni ou bilateral, início insidioso, rapidamente progressivo ou abrupto; fatore desencadeante ou de melhora e piora, manifestações clínicas associadas e medicamentos 
· Rinorreia: uni ou bilateral, viscosidade (hialina, espessa ou purulenta), periodicidade(persistente ou ocasional); fatores desencadeantes (perfumes, fumaça, poluição atmosférica), sintomas associados como tosse e cefaleia estão presentes. Em crianças com rinorreia unilateral fétida deve-se sempre pesquisar corpo estranho. 
· Alteração de olfato:
- Anosmia 
- Hiposmia 
- Hiperosmia 
- Disosmia: parosmia (estímulo ambiental) e fantosmia (alucinação olfatória). 
· Epistaxe: sangramento nasal. Uni ou bilateral, fatores associados ao início (trauma, infecções de vias respiratórias superiores e rinite), comorbidades (HA e coagulopatias – facilitadora do sangramento), medicamentos utilizados (anticoagulante e AAS), tabagismo e alcoolismo 
EXAME CLÍNICO 
· Inspeção: fáceis com característica de respirador bucal, pirâmide nasal, sinais de processo infeccioso (edema, hiperemia e abaulamento). 
 Saudação alérgica 
· Rinoscopia anterior: lanterna ilumina + rinoscópio. Consegue ver concha nasal médica e concha nasal inferior, assoalho nasal e septo nasal
· Rinoscopia posterior: linha abaixada com auxílio do abaixador de língua + introduz-se o espelho de laringe pequeno (aquecido) em direção á orofaringe. Avalia o septo nasal, as coanas, a parede da rinofaringe, adenoides (tonsilas faríngeas) e tuba auditiva bilateralmente.
· Oroscopia: durante a oroscopia no paciente com obstrução nasal, observar o palato e avaliar características da mordida. Palato atrésico (ogival)
exames complementares 
· Endoscopia nasal: do vestíbulo até a rinofaringe. Meato inferior e/ou meato médio, avaliar posição e deformidades do septo nasal. Coloração das conchas nasais e suas dimensões, tecido adenoideano, outras lesões e tumores. 
 Secreção purulenta em meato médio 
· Rinometria: avalia de forma objetiva a função nasal. 
· Rinomanometria 
· Exames de imagem: RX perfil em cavum = ver hiperplasia de adenoide (realizado na criança sem infecção). Somente necessário apenas nos pacientes em que se suspeita de complicações. O QUE SE PEDE É TC DE SEIOS DA FACE. 
RX NÃO É USADO PARA VISUALIZAR SEIOS DA FACE PARA AVALIAR PACIENTES COM SUSPEITA DE RINOSSINUSITE AGUDA = DIAGNÓSTICO CLÍNICO = SECREÇÃO PURULENTA DO MEATO MÉDIO = SINAL PATOGNOMÔNICO 
Com alteração
· Exame de secreções: swab em movimentos circulares e leves. As bactérias detectadas no swab nasal (vestíbulo e cavidade nasal) em geral não correspondem àquelas encontradas nos seios paranasais 
· Biopsia: quando se suspeita de discinesia ciliar ou quando se encontra no exame físico lesão expansiva e/ou tumoral. Confirmação anatomopatológica. 
doenças 
· Rinites: inflamação da mucosa do nariz
- Sintomas: obstrução nasal, rinorreia, espirros, prurido e hiposmia 
- Infecciosas: viral, bacteriana, fúngica. 
- Alérgica, não alérgicas: medicamentos, hormonais, idiopática, neurogênica, eosinofilia não alérgica, atrófica, refluxo gastroesofágico. 
· Rinite alérgica 
- Inflamação da mucosa mediada por IgE, após a exposição a alergênicos. 
- Prurido não só no nariz
- Rinorreia hialina (normalmente)
- Anosmia, hiposmia e perda do paladar em casos intensos. 
- Fáceis: face alongada, narinas estreitas, boca entreaberta e mandíbula retraída. 
- Intermitente: sintomas presentes por menos de 4 dias/semanas ou menos 4 semanas/ano.
- Perene: sintomas por mais de 4 dias por semanas e mais de 4 semanas por ano. 
- Moderada/grave: um desses itens – distúrbios do sono; impacto em atividades diárias, lazer ou esporte; impacto na escola ou no trabalho.
- Leve: nenhum dos itens acima. 
· Rinossinusite aguda: duração inferior a 12 semanas e com resolução completa dos sintomas 
- Com 2 ou mais desses sintomas: obstrução nasal; secreção nasal/rinorreia anterior e posterior. 
- Também podem ocorrer odinofagia, disfonia, tosse, pressão e plenitude auricular, astenia, mal-estar e febre. 
- Sinais de alerta: não resposta ao antibiótico em 72h, edema e/ou eritema palpebral, alterações visuais, cefaleia intensa. 
· Rinossinusite crônica: duração > 12 semanas e não resolve os sintomas completamente. 
- Sinais e sintomas: obstrução nasal; rinorreia posterior/anterior, geralmente mucopurulenta, pressão ou dor facial ou cefaleia 
- Pede TC de seios paranasais 
· Hiperplasia adenoideana: aumento das tonsilas faríngeas + obstrução nasal. 
- Crianças com roncos noturnos, sono agitado, pausas respiratórias e costumam dormir com a boca aberta. 
- Fáceis com característica do respirador bucal.
· Epistaxe: hemorragia dentro da cavidade nasal. 
- Acontece mais antes do 10 anos ou entre 45-65 anos. 
- O tempo e clima com baixa umidade do ar ou muito frios aumentam a chance, assim como em locais de alta taxa de poluição atmosférica. - Na região anterior da área de kiesselbach.
· Doenças granulomatosas: 
- Doenças inflamatórias crônicas específicas
- Características histopatológicas principal é a formação de granulomas. 
- Sinais e sintomas: obstrução nasal, formação de crostas, cacosmia e rinorreia mucossanguinolenta. 
- Exame físico: perfuração de septo + hiperemia + irregularidade
- Origem: infecciosa, etiologia desconhecida, autoimune ou trauma. 
· Neoplasias nasais e nasossinusais: 
- Sinais e sintomas: obstrução nasal unilateral, rinorreia purulenta, epistaxe e cacosmia. 
- Deve-se investigar: assimetria faciais, proptose, massa nasal, massa facial ou cervical, trismo, ulcerações e lesões intraorais 
- Videonasofibroscopia e TC. 
boca e faringe
· Crianças menores de 2 anos: mais casos de faringotonsilites virais. 
· Mononucleose: entre 20 a 30 anos 
· Profissionais com mais contato com criança ou pessoas que fiquem em locais confinados ou não ventilados, convívio com tabagistas, frequentar, escolas e/ou berçários cada vez mais cedo = faringotonsilite mais frequente. 
sinais e sintomas
· Dor de garganta: encontrada em quase todas as enfermidades da faringe. Dor reflexa nos ouvidos. Pode ocorrer neuralgia do glossofaríngeo, associada à dor periauricular.
· Dispneia: Sintoma pouco comum nas doenças da faringe. 
- Hiperplasia exagerada das amígdalas = desencadeia uma hipertrofia da adenoide = síndrome de apneia do sono. 
- Cistos da face faríngea da epiglote 
- Neoplasias avançadas da orofaringe
· Disfagia: decorrente dos processos inflamatórios, neoplásicos e paralíticos do véu palatino e dos músculos constritores da faringe. 
· Tosse: A hiperplasia amigdaliana pode desencadear tosse reflexa. 
· Halitose: tonsilas podem depositar alimento e outras coisas = massa caseosa que formam pequenos pontos brancos ou branco-amarelados = fétidas. 
exame físico 
· Abaixador da língua + pedir para o paciente manter a língua dentro da boca + pedir para fazer “AAA”
· Analisa orofaringe, tonsila palatina (amigdala), arco palatoglosso e palatofaríngeo.
· Classificação de Brodsky 
· Nasofaringe: rinoscopia posterior 
· Laringofaringe: espelho de Garcia, voltado para a região a ser examinada. Avalia base da língua e tonsilas linguais depois valécula, pregas glossoepiglóticas e seios piriformes.
· Mallampati III e IV, queda e forma da epligote = videoendoscopia.
· Língua: 
1. Língua saburrosa:
2. Língua seca: 
3. Língua lisa: 
4. Língua pilosa: 
5. Língua geográfica: 
6. Língua fissurada: 
7. Língua crenada 
8. Língua macroglossia 
9. Desvio da língua da linha mediana
10. Glossite
exames complementares 
· Exame de imagem: RX de cavum indicado para diagnóstico de hiperplasia de tonsila faríngea ou adenoides. TC e RM indicada para investigação diagnóstica das neoplasias. 
· Exame endoscópico: videoendoscopia 
· Exames laboratoriais: teste rápido para detecção de antígeno do estreptococo e diferenciar uma tonsilite bacteriana de uma viral. 
· Biopsia: biopsia da glândula salivar menor = diagnóstico de Síndrome de Sjõgren. Diagnóstico de neoplasias. 
doenças da boca e faringe 
· AFTAS: ulcerações superficiais, dolorosas, únicas ou múltiplas, localizadas na mucosa não queratinizada. São pequenas, redondas ou ovais, com o halo hiperemiado, dentro branca ou amarela. 
- Estomatite aftoide: aftas de forma frequente = lesões ulceradas solitárias ou múltiplas por período igual ou superior a 1 ano, em intervalos de 15 a 30 dias.Mucosa labial, bucal, lingual, palato mole e faringe. 
· Faringotonsilite: infecções que se desenvolvem na mucosa faríngea e no anel linfático de Waldeyer. 
- VIRAL: Os pacientes apresentam febre, exsudato na faringe e tonsilas, mialgia, coriza e obstrução nasal. 
· Faringotonsilite estreptocócica: Streptococus Pyogenes beta hemolítico = início súbito, dor de garganta, febre acima de 38°, cefaleia, náuseas e vômitos. Crianças pode ocorrer dor abdominal. 
- Hiperemia de faringe, edema de mucosa, exsudato nas tonsilas, linfonodos cervicais dolorosos à palpação + ausência de sinais de infecção viral (tosse e coriza).
- Probabilidade de faringotonsilite segundo o critério de Centor modificado. 
OBS: complicações = febre reumática (mais rara), glomerulonefrite aguda, síndrome do choque tóxico. 
· Mononucleose infecciosa ou mononucleose-like: 
· Síndrome PFAPA: crianças menores de 5 anos, mais do sexo masculino. 
- Febre elevada (>39°C) + faringite + estomatite aftosa + linfadenite cervical 
- Caráter recorrente. 
· Neoplasia de faringe: 
- Nasofaringe: queixa mais frequente é linfadenopatia cervical, geralmente indolor + perda auditiva unilateral condutiva + epistaxe e obstrução nasal (mais tardiamente). 
- Orofaringe: assintomáticos nos estágios iniciais. Dor que não melhora com analgésicos + linfonodo cervical aumentado.
- Hipofaringe: disfagia + odinofagia + pigarro + halitose + linfonodomegalia + alteração de voz + dor referida na orelha. 
Linfoma de tonsila palatina = assimetria das tonsilas 
laringe 
Sintomas vocais que aparecem no pós-operatório de cirurgia cardíaca e de tireoide levantam a possibilidade de secção do nervo laríngeo recorrente.
Problemas de rouquidão associados a crianças = distúrbios vocais funcionais e as mal formações congênitas. 
Adulto: laringites crônicas e doenças neoplásicas.
sinais e sintomas
· Rouquidão: mudança do timbre da voz e da intensidade da voz. 
- Disfonia psicogênica 
- Doenças neurológicas 
- Paralisia de pregas vocais
- Períodos de abuso vocal 
-Sintomas associados: otalgia reflexa, odinofagia, tosse e desconforto respiratório. 
· Estridor: turbilhonamento do ar quando há qualquer tipo de restrição nas vias respiratórias superiores. 
- Tipo Inspiratório ou expiratório 
- Laringomalacia (causa de mal formação) ou após IOT ou internação em UTI 
- Sem febre: corpo estranho 
- Com febre: laringite aguda 
- Melhora e piora: laringomalacia = piora nos esforços físicos, choro e mamadas
- Sinais de gravidade: taquipneia com retração do tórax, retração de fúrcula e costal; apneia; uso da musculatura acessória, cianose, bradicardia com hipoxia e hipercarpnia 
exame físico 
· Lesões neurológicas = avaliação dos pares cranianos. 
· Estridor: a intensidade não permite avaliar se é leve, moderado ou grave, tem que ver se tem sinais respiratórios associados. 
- Um grave pode não gerar estridor, mas ter sintomas de desconforto respiratório. 
· Laringoscopia indireta: crianças e adultos não colaboradores não fazem = indica endoscopia das vias respiratórias. 
exames complementares
· Nasolaringoscopia flexível: endoscópio flexível, de pequeno diâmetro, pelas fossas nasais = avaliação de sistema respiratório e digestório alto. 
- Bom para muitos diagnóstico, mas não chega depois das pregas vocais. 
- Em muitos casos consegue-se diagnóstico de estridor na infância com nasolaringoscopia flexível.
· Endoscopia rígida da laringe ou telescopia: tem definição melhor para ver mucosa de revestimento das pregas vocais. 
- Segura a língua do paciente= impede a fonação espontânea. 
- Estroboscopia: permite identificar o ritmo de vibração das pregas vocais em câmera lenta. 
A: pregas vocais em abdução 
B: pregas vocais em adução
· Biopsia da laringe: retira fragmentos para estudo de forma mais precisa. 
OBS: Videolaringoestroboscopia evidenciando lesão cística em prega vocal direita.
doenças da laringe
· Anomalias congênitas da laringe: laringomalacia (colabamento de estruturas supraglóticas durante a inspiração) = principal causa de estridor na inspiração em crianças.
- Piora com agitação da criança, choro
- Melhora quando está em repouso e faz hiperextensão cervical. 
- Varia com o grau de obstrução 
· Lesões fonotraumáticas 
- Nódulos de pregas vocais: espessamento das bordas livres das pregas vocais. Mais em mulheres adultas e crianças do sexo masculino. Disfonia (voz áspera e soprosa)
- Pólipo de pregas vocais: processo inflamatório, unilateralmente, relacionado com trauma e abuso vocal. Lesão cuja massa é maior que a base, com aspecto gelatinoso ou edematoso. 
	- Edema de reinke: processo inflamatório crônico que acomete a camada superficial da lâmina própria de ambas as pregas vocais (assimétrica). Relacionado diretamente com tabagismo. Disfonia + rouquidão + desconforto respiratório. 
· Papilomatose laríngea recorrente: tumor benigno mais frequente da laringe. Lesão exofítica, verrucosa, pedunculares ou nodulares com superfície irregular. Etiologia viral = papilomavírus humano com mais frequência os subtipos 6 e 11, considerados de baixo risco por desenvolverem lesões benignas. 
- Laringoscopia + histopatológico 
- Disfonia + obstrução da via respiratória e dificuldade respiratória (por mais que seja benigno pode levar a insuficiência respiratória).
· Laringites agudas: 
- Laringite catarral aguda: mais comum das laringites agudas. Surge após resfriado comum. Começa com sensação de constrição e dor ao nível da laringe + tosse seca que vira produtiva. Etiologia bacteriana mais frequente.
 
- Laringotraqueíte ou laringotraqueobronquite ou crupe viral: parainfluenza tipo 1 e 2, rinovírus e enterovírus, sincicial respiratório. Tosse do tipo cachorro (edema supraglótico) + estridor laríngeo (inspiratório na maioria das vezes). RX = estreitamento da traqueia subglótica = sinal da torre de igreja (não é patognomônico porque pode ser encontrado em crianças saudáveis).
 Sinal do dedo polegar = edema supraglótico. 
· Câncer de laringe: pacientes masculinos em torno de 50 a 60 anos. Maioria dos casos relacionados ao consumo de bebidas alcóolicas e tabaco. Fazer exame de inspeção e palpação do pescoço para identificar assimetrias e linfadenomegalias. 
 Carcinoma espinocelular.

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