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O Dever de Prestar Alimentos 
AÇÃO DE ALIMENTOS 
CONCEITO: a concepção de alimentos é bem ampla, onde a palavra não significa somente alimentos propriamente ditos, 
mas também qualquer necessidade básica que o ser humano possui para viver em sociedade. 
Tem-se por alimentos tudo o que é indispensável para o desenvolvimento da pessoa, estando inclusos, além de 
alimentação, vestuário e habitação. 
Características 
Direito pessoal e intransferível: não é possível transferir ou ceder a alguém o direito de receber alimentos, pois os 
alimentos visam preservar a vida do necessitado; 
Irrenunciabilidade: segundo o art. 1.707 do Código Civil, o necessitado pode até não exercer o direito de receber os 
alimentos, porém é vetado que este renuncie ao direito. 
Impossibilidade de restituição: Não existe o direito a repetição de alimentos. Segundo Sílvio de Salvo Venosa: “pagamento 
de alimento é sempre bom e perfeito, ainda que recurso venha modificar decisão anterior” 
Ação de alimentos – aspectos importantes. 
Vejamos o que diz o Código Civil a respeito dos Alimentos: 
Parentes consanguíneos ou não (no caso da adoção), poderão pleitear judicialmente alimentos, uns aos outros. 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para 
viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 
O valor de tais alimentos dependerá das necessidades de quem pede e dos recursos de quem irá pagá-lo, 
cumulativamente. É o que chamamos de “binômio necessidade x possibilidade”. 
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu 
trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu 
sustento. 
A fixação de alimentos provisórios. 
As ações de pensão alimentícia são fundamentadas na Lei 5.478/68 (Lei de Alimentos). Por sua vez, prevê o art. 4º, 
nestes termos: 
"Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o 
credor expressamente declarar que deles não necessita." (Texto Original) 
A peça inaugural acompanhada da prova do vínculo de parentesco (certidão de nascimento, por exemplo), o juiz 
concederá fixará, em caráter liminar, os alimentos provisórios. 
BASE LEGAL: 
A Constituição Federal determina em seu art. 229 que é dever dos pais assistir, criar e educar os filhos menores. 
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo 
a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. 
Os Tribunais Superiores têm aceitado, cada vez menos, pedidos de pensão vitalícia. Geralmente os Juízes fixam pensão 
por tempo determinado, para que essa ex-esposa/esse ex-marido se restabeleça no mercado de trabalho e possa prover 
o próprio sustento, mas isso não significa que não existam casos de pensão vitalícia. Eles são apenas mais raros, pois 
dependem de uma análise profunda do caso em específico. 
A diminuição do poder aquisitivo: Possível a REVISÃO dos alimentos, para que a pensão se adéque aos seus vencimentos? 
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, 
poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo. 
ASPECTOS IMPORTANTES AO REDIGIR A PEÇA 
A fonte legal a ser utilizada é a Lei n° 5.478/1968. 
A competência será o domicílio do alimentando. 
Rito especial (art. 1º da Lei de Alimentos) e requerer prioridade na tramitação, quando se tratar de idoso (art. 71 da Lei n° 
10.741/2003 c/c art. 1.048 do CPC) 
Deverá atender aos requisitos da petição inicial (319 do CPC) e aos requisitos específicos disciplinados pela Lei Especial, 
provando a relação de parentesco, as necessidades do alimentando, e obedecendo ao art. 2º da Lei n° 5.478/1968, bem 
como a Lei n° 11.419/2006. 
 Deverá demonstrar a necessidade e possibilidade ao pedido de alimentos. 
O examinando deverá ainda indicar o recolhimento de custas ou fundamentar pedido de concessão de gratuidade de 
justiça (§ 2º do art. 1º da Lei de Alimentos c/c art. 99 do CPC). 
No pedido, deverá requerer que o juiz, ao despachar a petição inicial, fixe desde logo os alimentos provisórios, na forma 
do art. 4º da Lei de Alimentos, a condenação em alimentos definitivos 
A intimação do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica sob pena de nulidade do feito, visto ser obrigatória a sua 
intimação nos termos do art. 75 e seguintes do Estatuto do Idoso (Lei n° 10.741/2003) c/c art. 279 do CPC. 
Requerer a condenação nas custas e honorários de sucumbência e a produção de provas (art. 319, VI, do CPC) e indicar 
o valor da causa (art. 319, V, do CPC).

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