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Lei de Alimentos: Conceito e Espécies

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ALIMENTOS 
1. Alimentos. Lei nº 5478/68 / art. 528, CPC 
a. Conceito. 
b. Natureza Jurídica. 
c. Características. 
 
2. Espécies de Alimentos. 
a. Quanto à natureza: naturais e civis. 
b. Quanto à causa jurídica: legais ou legítimos; voluntários e indenizatórios. 
c. Quanto à finalidade: definitivos; provisórios e provisionais. 
d. Quanto ao momento em que são reclamados: pretéritos; atuais e futuros. 
 
3. Quantificação dos alimentos. 
 
4. Princípios: 
a. Da reciprocidade. 
b. Da preferência. 
c. Da complementaridade. 
d. Da mutabilidade. 
e. Da transmissibilidade. 
f. Da alternatividade. 
g. Da divisibilidade. 
h. Da condicionalidade. 
i. Da irrenunciabilidade. 
 
5. Pressupostos da obrigação alimentar. 
No sentido amplo do termo, alimentos compreende além dos alimentos in natura, o vestuário, a educação, 
a habitação, o lazer, a saúde, etc., ou seja, engloba tudo aquilo tido como necessário à vida. 
 
Alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si. Têm 
por finalidade fornecer ao parente, ao cônjuge ou ao companheiro o necessário à sua subsistência. Então, 
os alimentos são uma modalidade de assistência imposta pela Lei. 
 
No Código Civil de 2002 o tema alimentos é tratado sob um único subtítulo (arts. 1.694 a 1.710, CC) que 
tem por principal ponto de partida a necessidade do alimentando informada pelo princípio da 
solidariedade familiar. Embora haja certa controvérsia na doutrina, tem-se entendido que o direito a 
alimentos tem natureza jurídica mista (ou eclética), ou seja, é direito de conteúdo patrimonial e finalidade 
pessoal, cujo foro para a propositura da ação é o do domicílio ou residência do alimentando (art. 100, II, 
CPC). No entanto, ainda que assim considerado, o direito a alimentos é, antes e acima de tudo, um direito 
de personalidade. 
 
São diversas as espécies de alimentos, das quais se destacam: 
1- Quanto à natureza: 
a. Naturais (alimenta naturalia): compreendem, segundo os arts. 1.694, §2º. e 1.704, parágrafo único, CC, 
tudo o que é necessário e indispensável à manutenção da vida: alimentos in natura, vestuário, 
medicamentos... 
b. Civis (alimenta civilia ou côngruos): abrangem as necessidades intelectuais e morais da pessoa, 
destinando-se a manter sua condição social, como o lazer e a educação. 
 
 
 
 
2- Quanto à causa jurídica: 
a. Legítimos ou legais: são os devidos em virtude de uma obrigação legal que pode decorrer do 
parentesco, do casamento ou da união estável (art. 1.694, CC). 
b. Voluntários: decorrem de declaração de vontade inter vivos ou causa mortis. Ex.: constituição de renda; 
de usufruto; de capital vinculado, legado de alimentos –art. 1.920, CC e etc... 
c. Indenizatórios (ou ressarcitórios): decorrem da obrigação imposta ao causador do dano em reparar o 
prejuízo causado por meio do pagamento de indenização (arts. 948, II e 950, CC). 
 
3- Quanto à finalidade: 
a. Definitivos ou regulares: são os de caráter permanente estabelecidos em sentença ou em acordo de 
vontades devidamente homologado. 
b. Provisórios: são os fixados liminarmente em ação de alimentos que segue o rito especial fixado no art. 
4º., da Lei n. 5.478/68 (Lei de Alimentos). Exigem prova pré-constituída do parentesco, casamento ou 
união estável art. 531, CPC/2015 
c. Provisionais (ad litem ou alimenta in litem): são fixados em medida cautelar preparatória ou incidental 
de ação de separação, divórcio, nulidade ou anulação do casamento ou alimentos. Destinam-se a manter o 
alimentando enquanto perdurar a lide. Não exige prova pré-constituída do parentesco, mas exige a 
comprovação dos requisitos inerentes a toda medida cautelar, como ocorre nos casos de alimentos 
gravídicos (Lei n. 11.804/08). 
A Lei 5.478/68 que dispõe sobre a Ação de Alimentos, traz em seu texto a expressão de alimentos 
provisórios: 
“Art. 4º Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, 
salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.” 
 “Art. 1.706, CC - Os alimentos provisionais serão fixados pelo juiz, nos termos da lei processual.” 
Desta forma, criou-se uma doutrina acerca da diferenciação entre os alimentos provisórios e os alimentos 
provisionais. 
Os alimentos provisórios são os arbitrados liminarmente pelo juiz, no despacho inicial da ação de 
alimentos, de natureza de tutela antecipada, sendo possível quando houver prova pré-constituída do 
parentesco, casamento ou união estável. E os alimentos provisionais são arbitrados em medida cautelar, 
preparatória ou incidental, de ação de reconhecimento e dissolução de união estável, divórcio, nulidade ou 
anulabilidade de casamento ou de alimentos, dependendo da comprovação dos requisitos inerentes à toda 
medida cautelar: fumus boni juris e o periculum in mora, pela probabilidade do direito substancial 
invocado e o receio de perigo de dano próximo ou iminente. 
Agora, o Novo Código de Processo Civil, traz, em seu artigo 531, somente a expressão de alimentos 
provisórios: 
“O disposto neste Capítulo aplica-se aos alimentos definitivos ou provisórios. 
1
o 
A execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos fixados em sentença ainda não 
transitada em julgado, se processa em autos apartados. 
2
o 
O cumprimento definitivo da obrigação de prestar alimentos será processado nos mesmos autos em que 
tenha sido proferida a sentença.” 
Sendo assim, a partir da vigência do Novo CPC, haverá dois tipos de alimentos: os provisórios e os 
definitivos. 
Lembrando que, os alimentos definitivos são os alimentos fixados em sentença transitada em julgado, ou 
seja, da qual não cabe mais recurso, podendo ser revistos a qualquer tempo, conforme preceitua o artigo 
1.699 do Código Civil: 
“Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os 
recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou 
majoração do encargo.” 
Ademais, o artigo 1.072 do Novo CPC revoga os artigos 16 a 18 da Lei 5.478/68, no que tange à execução, 
trazendo em seus artigos 528 a 533, do cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de 
obrigação de prestar alimentos. 
“Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão 
interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado 
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de 
efetuá-lo.” (...) 
Outrossim, do artigo 911 ao 913, do Novo CPC, também trata da execução de alimentos: 
“Art. 911. Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar, o juiz 
mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da 
execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.” 
Verifica-se aqui, a execução de alimentos fixados em título extrajudicial (escritura pública de divórcio), nos 
termos da Lei 11.441/07. A referida Lei trouxe possibilidade de realização do inventário, dapartilha, da 
separação consensual e do divórcio consensual por via administrativa (cartório). 
Por fim, destaco o artigo 532 do Novo Código de Processo Civil, que traz sobre o abandono material, crime 
tipificado no artigo 244 do Código Penal, em seu Capítulo III, que trata dos crimes contra a assistência 
familiar. 
“Art. 532. Verificada a conduta procrastinatória do executado, o juiz deverá, se for o caso, dar ciência ao 
Ministério Público dos indícios da prática do crime de abandono material.” 
“Art. 244, CP - Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 
(dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos,não 
lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia 
judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou 
ascendente, gravemente enfermo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente 
no País. 
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, 
inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia 
judicialmente acordada, fixada ou majorada.” 
4- Quanto ao momento em que são reclamados: afirma Carlos Roberto Gonçalves (2010, p. 446) que 
essa classificação não se amolda perfeitamente ao direito brasileiro, uma vez que os alimentos futuros 
(alimenta futura) independem de trânsito em julgado da decisão que os concedem, sendo devidos a partir 
da citação ou do acordo. E, na prática, os alimentos pretéritos (alimenta praeterita) têm sido confundidos 
com prestações pretéritas, que são as fixadas em sentença ou no acordo, estando há muito vencidas e não 
cobradas, a ponto de não se poder tê-las mais por indispensáveis à própria sobrevivência do alimentando, 
não significando mais que um crédito como outro qualquer, a ser cobrado pela forma de execução por 
quantia certa, com supedâneo no art. 732 do CPC. 
 
a. Pretéritos (alimenta praeterita): quando o pedido retroage a período anterior ao ajuizamento da ação. 
b. Atuais: quando postulados a partir do ajuizamento da ação. 
c. Futuros (alimenta futura): são os devidos a partir da sentença. 
 
Vale lembrar que obrigação alimentar e direito a alimentos não se confundem. Assim, entre pais e filhos 
não existe propriamente uma obrigação alimentar, mas sim, um dever de sustento e mútua assistência 
(art. 229, CF); diferente da obrigação alimentar que decorre das relações de parentesco. Portanto, não se 
deve, realmente, confundir a obrigação de prestar alimentos, com certos deveres familiares [...]. A 
obrigação de prestar alimentos stricto sensu tem pressupostos diversos, é recíproca e depende das 
possibilidades do devedor, somente sendo exigível se o credor potencial estiver necessitado. Conforme 
ensina Yussef Cahali (2009, p. 338): 
 
1- O dever de sustento tem sua causa no poder familiar, pelo qual os pais têm o dever de sustentar, criar 
e educar os filhos enquanto menores e na obrigação alimentar os pais não são mais obrigados a sustentar 
os filhos, a obrigação decorre do parentesco; 
2- O dever de sustento é unilateral, apenas os pais devem aos filhos enquanto perdurar a menoridade ou 
a incapacidade; enquanto a obrigação alimentar é recíproca; 
3- A obrigação alimentar é proporcional às necessidades do alimentando e aos recursos do alimentante. O 
dever de sustento é incondicional. 
4- O dever de sustento se extingue com a maioridade[5] enquanto que a obrigação alimentar perdura 
enquanto durar a sua necessidade. 
5- A obrigação alimentar constitui-se por uma obrigação de dar; enquanto o dever de sustento em uma 
obrigação de fazer. 
 
OBRIGAÇÃO ALIMENTAR 
 
A obrigação alimentar decorre de relações de parentesco e tem por características ser um direito: 
personalíssimo; 
incessível (art. 1.707, CC - quanto aos alimentos vincendos); 
impenhorável (art. 1.707, CC); 
incompensável (art. 1.707, CC); 
imprescritível (art. 206, §2º, CC); 
irrepetível (provisionais e definitivos); 
irrenunciável (art. 1.707, CC); 
transmissível (art. 1.700, CC); 
recíproco (art. 1.696, CC); 
intransacionável (art. 841, CC) e 
mutável (variabilidade das prestações - art. 1.699, CC e art. 15, Lei de Alimentos). 
 
A obrigação alimentar é divisível (não há, em regra, solidariedade - a exceção fica por conta do art. 12 do 
Estatuto do Idoso), devendo-se observar a ordem de preferência para o seu pagamento prevista no art. 
1.697, CC (rol taxativo) e a possibilidade de complementaridade estabelecida pelo art. 1.698, CC (novidade 
do CC/02). Por fim, destaque-se que os alimentos podem ser pagos em moeda ou em espécie, cabendo a 
faculdade de escolha ao devedor (art. 1.701, CC). 
 
São pressupostos da obrigação alimentar: vínculo jurídico familiar (art. 1.694, CC); necessidade do 
alimentando (independente da causa que lhe deu origem; art. 1.695, CC); possibilidade de fornecer os 
alimentos (art. 1.695, CC); proporcionalidade da prestação (art. 1.694, §1º., CC). 
http://sgc.estacio.br/cienciasjuridicas/Direito/DIREITOCIVILV/semanadeaula_14/Lists/Plano%20de%20aula/EditForm.aspx?ID=1&Source=http://sgc.estacio.br/cienciasjuridicas/Direito/DIREITOCIVILV/semanadeaula_14/default.aspx#_ftn5
A fixação dos alimentos depende do binômio: necessidade e possibilidade. A regra é vaga e representa 
apenas um standard jurídico. Assim, abre ao juiz extenso campo de ação, capaz de possibilitar o 
enquadramento dos mais variados casos individuais, não havendo possibilidade de fixar um único 
parâmetro para a fixação da pensão como pretendem alguns julgados. O quantum, portanto, é mutável 
(art. 1.699, CC) e passível de correção monetária (art. 1.710, CC). 
 
Diante das disposições constitucionais sobre família, Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald (2009, 
p. 585) concluem que a fixação de alimentos deve obediência a uma perspectiva solidária (CF, art. 3º.), 
norteada pela cooperação, pela isonomia e pela justiça social como modos de consubstanciar a 
imprescindível dignidade humana (CF, art. 1º., III). [...]. Ou seja, a obrigação alimentar é, sem dúvida, 
expressão da solidariedade social e familiar (enraizada em sentimentos humanitários) constitucionalmente 
impostas como diretriz a nossa ordem pública. 
 
Alimentos entre cônjuges e companheiros 
 
Dos efeitos patrimoniais e pessoais do casamento decorre o dever de assistência (espiritual e material) 
mútua. Findo o casamento ou a união estável, esse dever converte-se em obrigação alimentar recíproca, 
cuja fixação do quantum deverá observar as características do caso concreto. 
 
No entanto, a obrigação alimentar pode ser afastada quando se tratar de separação culposa. Nestes casos, 
determina o art. 1.704, CC, que o cônjuge declarado culpado, em regra, perde o direito a alimentos, exceto 
aqueles necessários à própria subsistência, quando não houver parentes em condições de prestá-lo, nem 
possuir aptidão para o trabalho. 
 
A declaração de nulidade ou anulação do casamento faz extinguir a obrigação alimentar, uma vez que 
reconhecido que não houve formação de vínculo válido, não há que se falar em alimentos decorrentes de 
vínculo. O dever de mútua assistência imposto pelo casamento cessa com o trânsito em julgado da ação, 
mas os alimentos pagos no curso da ação não são repetíveis. No entanto, reconhecida a putatividade do 
casamento para um ou ambos os cônjuges, os alimentos poderão ser fixados para aquele considerado de 
boa-fé. 
 
Quanto ao divórcio, há certa controvérsia na doutrina sobre a possibilidade de se pleitear alimentos após a 
sua efetivação. Parte da doutrina (como Sérgio Grischkow Pereira e Paulo Lôbo) inclinam-se em afirmar a 
possibilidade, quando inexistente renúncia do direito e demonstrada superveniente necessidade. 
 
Todas as regras sobre alimentos aplicáveis ao casamento estendem-se à união estável. 
 
Alimentos decorrentes de parentesco 
 
Os alimentos decorrentes de parentesco são a expressão do princípio constitucional da solidariedade 
familiar, sendo dever considerado recíproco (art. 1.696, CC). Os alimentos são devidos entre os parentes 
em linha reta (sem limitação) e entre os colaterais até segundo grau. De qualquer forma, os mais próximos 
preferem os mais distantes no momento de determinação do dever. Destas relações, destaca-se que: 
 
1- Os alimentos devidos pelos pais (independente da origem do vínculo) aos filhos menores não se 
extinguem automaticamente com o mero advento da maioridade. 
2- A miserabilidadedos pais não é causa de exclusão do dever de sustento dos filhos menores ou 
incapazes. 
3- A destituição ou suspensão do poder familiar não extingue o dever de sustento. 
4- A emancipação voluntária também não extingue o dever de sustento. 
5- Os filhos maiores[15] podem ser credores de alimentos quando: incapazes; quando ainda em formação 
escolar; quando encontram-se em situação de indigência não proposital; quando necessita de 
medicamentos, não descartadas outras hipóteses aferíveis no caso concreto. 
6- Em virtude da reciprocidade, ascendentes idosos ou incapazes também têm direito de pleitear 
alimentos de seus descendentes (art. 12, Estatuto do Idoso). 
7- O nascituro pode ser beneficiado por alimentos pleiteados por sua mãe no curso da gestação. Tratam-
se dos alimentos gravídicos estabelecidos pela Lei n. 11.804/08. 
8- Não havendo parentes em linha reta de primeiro grau aptos a prestar alimentos, admite-se a cobrança 
nos graus subsequentes, sendo a mais comum conhecida como obrigação alimentar avoenga, cujo dever é 
subsidiário ou complementar. 
9- Havendo guarda, os alimentos podem ser prestados pelos pais, pelo guardião ou por ambos. 
10-O tutelado pode pleitear alimentos do tutor ou de parentes próximos, podendo cobrá-los de seus pais, 
mesmo que tenham perdido o poder familiar, não sendo esta última a melhor alternativa (art. 1.740, CC). 
11-Os alimentos entre irmãos (unilaterais ou bilaterais) são admitidos, desde que subsidiariamente. 
12-Parentes por afinidade, por falta de expressa previsão legal, não tem direito a alimentos. 
 
Conclui-se que, independente da origem, os alimentos devem ser considerados direitos de personalidade e 
decorrência natural do princípio da solidariedade familiar e da proteção da dignidade humana, sendo estes 
os maiores critérios a serem observados em sua fixação. 
 
http://sgc.estacio.br/cienciasjuridicas/Direito/DIREITOCIVILV/semanadeaula_14/Lists/Plano%20de%20aula/EditForm.aspx?ID=1&Source=http://sgc.estacio.br/cienciasjuridicas/Direito/DIREITOCIVILV/semanadeaula_14/default.aspx#_ftn15

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