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Processos Biopatológicos - Exercício: 1 – Quais as classificações dos processos biopatólogicos na linha do tempo? R = A Fase Humoral (Idade Antiga - final da Idade Média): O mecanismo da origem das doenças era explicado, nessa fase, pelo desequilíbrio de humores. Os humores eram considerados os líquidos do corpo, em particular, a água, o sangue e a linfa. Os deuses tinham o poder de controlar esse desequilíbrio, bem como de restituir a normalidade do organismo. Essa visão mítica de doença foi criada principalmente pela civilização antiga grega. A Fase Orgânica (séc. XV - XVI): Nessa época, há o predomínio da observação dos orgãos do corpo, feita principalmente às custas das atividades de necrópsia (estudo do cadáver) ou de autópsia (estudo de si mesmo). A Fase Tecidual (séc. XVI-XVIII): A Fase Tecidual enfatiza a estrutura e a organização dos tecidos. É nesse período que se iniciam os primeiros estudos sobre as alterações morfológicas teciduais e suas relações com os desequilíbrios funcionais. A Fase Celular (séc.XIX): Com o predomínio da visão morfológica, somada à aplicação do microscópio óptico às pesquisas médicas, segue-se a Fase Celular, período considerado "inicial à Patologia Moderna". A preocupação com o estudo da célula, principalmente de suas alterações morfológicas e funcionais, é determinante na busca da origem de todo processo mórbido. A Fase Ultracelular (séc. XX): A Fase Ultracelular é a fase atual do pensamento conceitual sobre Patologia, envolvendo conceitos sobre biologia molecular e sobre as organelas celulares. Os avanços bioquímicos e a microscopia eletrônica facilitam o desenvolvimento dessa linha de estudo. 2 – Qual a importância do microscópio para o diagnóstico patológico? R = O exame microscópico do tecido pode ser necessário para distinguir doença invasiva de colonização de superfície—a distinção não é facilmente alcançada por métodos de cultura. A realização da análise microscópica é parte fundamental do estudo anatomo-patológico ou citológico. Na rotina da microscopia usamos as colorações de h&e (hematoxilina e eosina) ou Papanicolau para visualizarmos, com o uso de microscópio óptico, padrões de tecidos, estruturas do organismo ou células. Podemos, com isto, definir processos patológicos (inflamatórios; neoplásicos, etc.) ou constatar a normalidade dos tecidos ou células em estudo. Podemos também, identificar micro-organismos que podem ser causa de doenças nestes tecidos. Na microscopia podemos fazer uso, além das colorações de rotina, das chamadas "colorações especiais" (giemsa; pas; tricromico de masson; ziehl-nielssen; grocot) que nos ajudam a identificar com mais especificidade, estruturas microscópicas. A microscopia é a parte final do processo de diagnóstico quando então o patologista faz a integração de todas as informações pertinentes ao caso em questão (informações clínicas; de imagem; da Macroscopia) e chega a sua conclusão diagnóstica. 3 – O estudo da patologia é dividido entre o agente etiológico, a patogenia, a anatomia patológica, a histopatologia e a fisiopatologia. Conceitue, explique e dê exemplos de cada um deles. R = Agente Etiológico: O agente etiológico, também chamado de patógeno, é o organismo responsável por provocar a doença, ou seja, é o que desencadeia os sinais e sintomas típicos de um determinado problema de saúde. Patogenia: Patogenia é um ramo da patologia que se dedica a analisar a origem de um estado morboso. A sua finalidade é estudar os acontecimentos que se desencadeiam a partir da ação de um fator etiológico e que chegam até à manifestação da doença. Anatomia Patológica: A Anatomia Patológica é um dos ramos da Patologia, que estuda as alterações orgânicas (morfológicas), causadas pelas doenças (lesões) e, consequentemente, permitindo importante auxílio ao diagnóstico do paciente. Histopatologia: A histopatologia é a análise microscópica de tecidos que são removidos de pacientes quando é realizada uma biópsia. As grandes vantagens desta técnica são simplicidade, rapidez, baixo custo e possibilidade de execução em qualquer laboratório. Fisiopatologia: Fisiopatologia é uma convergência de patologia com fisiologia. A fisiopatologia também pode significar as alterações funcionais associadas ou resultantes de doenças ou lesões. Outra definição é as mudanças funcionais que acompanham uma determinada doença. 4 – Os agentes etiológicos são classificados pela sua localização. Determine e dê exemplos de cada um deles (intrínseco e extrínseco). R = Intrínseco: São aqueles que partem do próprio organismo, sem precisar de um agente externo, como: Modificações no genoma, na hereditariedade e na embriogênese; Erros metabólicos inatos; Disfunções imunológicas (autoimunidade; hipersensibilidades; imunossupressão); Distúrbios circulatórios; Disendocrinias; Distúrbios nervosos e psíquicos; Envelhecimento; Extrínseco: São agentes externos, agressões que “vem de fora”, sendo classificados em: • Físicos: Temperatura; eletricidade; radiações; sons e ultrassons; magnetismo, gravidade e pressão. • Químicos:1 – Exógenos: Inorgânicos (Ácidos, bases, metais pesados) ou Orgânicos (Toxinas, venenos, organo-sintéticos); 2 - Endógenos: Hormônios, catabólitos, enzimas, anticorpos, etc... • Infecciosos: 1 – Acelulares: Prions (<5 nm); viroides (<5 nm); virus (20-200 nm); 2 – Unicelulares: Células procarióticas (200-2000 nm): clamídias, micoplasmas, rickettsias, bactérias, Células eucarióticas (>2000 nm): fungos, protozoários; 3 – Multicelulares: Helmintos, Artrópodes; 5 – Conceitue e explique: a) Lesões da matriz extracelular; R = A matriz extracelular (MEC) faz parte do interstício presente no estroma em todos os órgãos e tecidos do corpo, sendo caracterizada por uma rica e complexa rede dinâmica de macromoléculas, que modulam a proliferação, a diferenciação, a forma, a função, a polaridade, a adesão, a motilidade e a migração celulares, durante os desenvolvimentos embrionário, fetal e no período pós-natal, assim como o reparo e a manutenção da estrutura e da organização dos diversos tecidos corporais, ou seja, dos tecidos conjuntivos em si (conjuntivo propriamente dito, adiposo, cartilaginoso, ósseo, sanguíneo, hematopoético), e os dos órgãos constituintes dos vários sistemas do organismo: tegumentar, respiratório, circulatório, digestório, genitourinário, endócrino, nervoso, locomotor e imunológico. O estudo histológico clássico dos componentes da matriz extracelular pode ser realizado por inúmeros métodos de coloração ou impregnação, dentre os quais indicamos alguns, que, no conjunto, permitem avaliar de modo ótimo, os diversos grupos de componentes da matriz extracelular depositados nos tecidos normais, como controle, e nos com alterações histopatológicas. b) Isquemia; R = Isquemia é a falta de fornecimento sanguíneo para um tecido orgânico devido a obstrução causada por um trombo, seja ele formado por placas gordurosas ou por coágulos sanguíneos. Como o sangue, através das hemácias (glóbulos vermelhos), leva o oxigênio às células, a isquemia resulta em falta de glicose e de oxigenação nas células (hipóxia). O local mal oxigenado tende a ficar roxo e se não for tratado com urgência pode causar a morte. c) Atrofia; R = Redução dos tecidos, órgãos ou de todo o corpo devida à morte e reabsorção celular, redução da proliferação celular, diminuição do volume das células, isquemia, desnutrição, redução das funções ou alterações hormonais. d) Hemorragia; R = Hemorragia é a perda súbita de sangue, originada pelo rompimento de um ou mais vasos sanguíneos. Ela pode ter as seguintes classificações: Externa Quando a hemorragia está na superfície e pode ser visível. Interna Quando não pode ser visível, como por exemplo, no abdome ou tórax, podendo exteriorizar-se pelos orifícios naturais do organismo (boca, nariz, ouvido etc.). Tipos e causas Arterial O sangueestá jorrando de uma artéria. O sangramento é vermelho vivo, em jatos, pulsando em sincronia com as batidas do coração. A perda de sangue é rápida e abundante. Venosa O sangue está saindo de uma veia. O sangramento é uniforme e de cor escura. Capilar O sangue está escoando de uma rede de capilares. A cor é vermelha, normalmente menos viva que o sangue arterial e o fluxo são lentos. e) Embolia; R = Embolia ou embolismo é o evento no qual um corpo estranho anormalmente presente na corrente sanguínea viaja pelo organismo e acaba ficando impactado em uma artéria, geralmente de pequeno calibre, provocando obstrução da passagem de sangue e consequente isquemia dos tecidos nutridos pelo vaso obstruído. f) Edema. R = Edema é o nome médico dado ao inchaço causado pelo acúmulo de líquidos entre os diversos tecidos e cavidades que compõem o corpo humano. Um edema pode acontecer por diversos motivos, que vão desde o enfraquecimento da parede dos vasos sanguíneos, fazendo com que certos líquidos escapem dos vasos por meio de um processo de osmose, a até mesmo serem o resultado direto de um consumo excessivo de alimentos com sódio, causando uma retenção de líquido.
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