Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia Sumário Geriatria e Gerontologia......................................................................................................3 Alterações Fisiológicas e Anatômicas do Envelhecimento................................6 Avaliação Geriatrica Ampla.............................................................................................15 Equilíbrio nos Idosos...........................................................................................................21 Patologias Degenerativas e Demenciais ....................................................................28 Treino Proprioceptivo em Idosos.................................................................................33 Atividade Física e Cardiopatias.......................................................................................35 Dor e Incapacidade Funcional........................................................................................42 Geriatria e Gerontologia Ciência que estuda o processo do envelhecimento. É uma ciência médico-social que leva em conta aspectos ambientais e culturais do envelhecer. Esta especialidade não está ligada somente á área da saúde, está aberta a todas as áreas. Um arquiteto pode se especializar na questão da acessibilidade dos idosos nos imóveis. Um advogado, engenheiro, dentista, pedagogo, psicólogo, cientista social. Todos profissionais podem direcionar seu trabalho para as questões ligadas ao envelhecimento. Geriatria Especialidade médica que trata das doenças de idosos e da preservação da vida com saúde. Foca o estudo, prevenção e tratamento das doenças e incapacidades em idades avançadas. 03 Objetivos da Geriatria Manter a saúde em idades avançadas. Manter a funcionalidade. Prevenir doenças. Detectar e tratar precocemente as doenças. Manter o máximo grau de independência do idoso. Prevenção de Doenças nos Idosos Corrigir os hábitos que agridem a saúde (alimentação não balanceada, inatividade física, obesidades, etc...) Adequar o ambiente doméstico, diminuindo assim o risco de acidentes como quedas e suas consequências. Estimular a prática de atividades físicas aeróbicas para aumento de resistência, força e flexibilidade. Equilibrar o estado emocional, ampliando a rede de apoio e suporte ao idoso. Gerontologia Senecência e Senelidade Senecência: Alterações orgânicas, morfológicas e funcionais, que ocorrem em consequência do processo de envelhecimento (normal/natural). Senelidade: Alterações orgânicas determinadas pelas afecções (patologias) que frequentemente comprometem o idoso (anormal, causado por uma doença). Envelhecimento Processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal não patológico, de deteriorização de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte (OPAS - Organização Panamericana de Saúde). Para 2050 - 18%. Em outros países, idosos com mais de 75 tem sido o subgrupo que mais se amplia. Entre 2005 e 2015, a proporção de idosos de 60 anos ou mais, na população do país, passou de 9.8% para 14,3% O nível de ocupação dos idosos, que caiu de 30.2% para 26.3%. O perfil do grupo de idosos que trabalham sofreu mudanças: Diminui a proporção de idosos ocupados que recebiam aposentadoria, de 62.7% para 53.8%, e aumentou a participação de pessoas com 60 a 64 anos entre os idosos ocupados, de 47.6% para 52.3%. Enquanto as proporções de idosos de 60 anos ou mais e de adultos de 30 a 59 anos cresceram de 2005 a 2015 (respectivamente 4,5 e 4,8 pontos percentuais), caíram as proporções de crianças de 0 a 14 anos e de jovens de 15 a 29 anos, demonstrando uma clara tendência de envelhecimento demográfico. Envelhecimento Patológico Envelhecimento Patológico (Senilidade): Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas e doenças, ou seja, alterações orgânicas decorrente de afecções que frequentemente acometem os idosos. Idoso Idoso: Países Desenvolvidos: > 60 anos. Países Subdesenvolvidos: > 65 anos. Expectativa de Vida: 72 anos. Brasil: 8,6% da população. Consomem 15% dos recursos públicos hospitalares. "Problema" de saúde pública: Envelhecimento populacional. Demanda crescente dos serviços de saúde. Alto custo. 1. 2. 3. Aspectos Epidemiológicos e Sociais Em proporções estáticas as mulheres vivem mais que homens. Existe uma melhora em mulheres em se adaptar a percas de seus parceiros, do que em comparação a homens. 04 Início do século XX a expectativa de vida era de 40 anos. Ao final do século XXI, expectativa passa para 100 anos. Brasil: Nos últimos 30 anos, aumento de 50% de idosos. De 7.8 milhões em 1980 para 15.3 milhões em 2004. Em 2000 - 8,6% da população era idosa (IBGE). Para 2025 - 14% (sexto pais do mundo em numero de idosos). 05 Alterações Celulares e Genéticas: DNA deteriora (núcleo celular). Telômeros encurtam desativando os genes importantes para célula sobreviver (cromossomos). Mitocôndrias produtoras de energia libera radicais livres. Membrana citoplasmática sofre enfraquecimento. 1. 2. 3. 4. Características Biofisiológicas do Envelhecimento Normal Alterações Teciduais: Sistema Colágeno: Redução de Colágeno (Resistência). Sistema Elástico: Proteína elastina (elasticidade). Diminuição de Queratinócito: Lubrificação. 1. 2. 3. Alterações Orgânicas e Morfológicas: Estatura: Perda de H2O nas articulações e enfraquecimento ósseo (micro-traumas). Peso: Aumenta a quantidade de gordura principalmente em função da redução do metabolismo e inatividade: Mulheres - hormônios. Composição Corpórea: Redução da hipoderme e acúmulo em determinadas áreas do corpo como quadril, abdômen, tríceps, etc. 1. 2. 3. Alterações Funcionais: Alterações das funções do Sistema Nervoso: O encéfalo reduz o seu tamanho ao longo do tempo associado a perda de sinapse e neurônios. Alterações das Funções do Sistema Endócrino: 1. 2. -Hipófise: Regulação hormonal para as glândulas endócrinas. -Pâncreas: Glândula mista (insulina). -Tireóide e paratireóides. Alterações das Funções do Sistema Muscular e Osteoarticular: Alterações das Funções Cardiovasculares: Alterações das funções pulmonares: Alterações das Funções Renais: Alterações das Funções Digestivas: Distúrbios do Sono: -Glândula Supra-Renal: Hormônio DHEA reparador celular. -Próstata - ovários (estrógeno). -Tendões, ligamentos e cartilagens articulares. -Capacidade aeróbica Reduzida (10% por década em sedentários). -Processo aterosclerótico (cardiovascular) -Aumento dos níveis e área cardíaca (miocárdio). -Problemas na regulação homeostática e na habilidade de adaptação á alteração de temperatura. -Redução alveolar. -Diminuição da elasticidade e complacência pulmonar. -Hiperprostatismo, incontinência, ITU. -Hipotrofia do epitélio do TGI. -Redução do sono noturno (REM) e sonolência diurna. 06 Perda da função da barreira por redução dos lipídios do estrato córneo (aspecto de pele seca, opaca e descamativa). Menores traumas causam equimoses, manchasvermelhasou púrpuras. Manchas senis: hiperpigmentadas, marrons, lisas e achatadas. Composição e Forma do Corpo Estatura: Etiologias: Aumento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio. Aumento do pavilhão auditivo. Aumento do Nariz. -Redução de 1cm por década a partir dos 40 anos. -Redução dos arcos dos pés; -Aumento da curvatura da coluna. -Alteração dos discos intervertebrais; -Não há alterações no tamanho dos ossos longos. Derme Alterações Fisiológicas e Anatômicas do Envelhecimento Pele Atrofia em grau variável, com adelgaçamento difuso, secura e pregueamento (aspecto de papel de seda); Tonalidade ligeiramente amarelada, com perda de elasticidade e do turgor. Epiderme: -Redução da espessura por diminuição do nº de células, podendo ocorrer redução do nº de camadas celulares do estrato espinhoso. -Células da camada basal e espinhosa com alterações do volume e formae por vezes com disposição desordenada. -Redução do ¨turn-over celular¨: aumento no tempo para substituição do estrato córneo e portanto diminuição no tempo de reepitelização. Perda da elasticidade (elastina fica mais fina e/ou ¨porosa¨). Redução da espessura: atrofia. Surgimento de rugas (modificação de gorduras subcutâneas e a perda da elasticidade). Redução de glândulas sudoríparas e sebáceas: pele seca e áspera, mais sujeita a infecções e mais sensível a mudanças de temperatura. Regulação Homeostática da temperatura corporal e habilidade de adaptara diferentes ambientes térmicos deteriora coma idade avançada. Prejuízo de manter a temperatura corporal. Sudorese é também prejudicada no idoso. Aumento da temperatura em resposta a pirôgenios é alterada. Redução do tecido subcutâneo: diminuição de fibroblastos e da vascularização. Consequências: Redução da elasticidade, da resistência e do turgor da pele; enrugamento, pele frouxa e pendente; da sensibilidade; fluxo sanguíneo e termorregulação prejudicada. Pelos 07 Redução geral em todocorpo, exceto: narinas, sobrancelhas e orelhas. Sexo feminino: surgimento de pelos em mento e lábio superior: hiperandrogenismo. Perda da pigmentação dos pelos (¨cabelos brancos¨). Inativação de células do bulbo capilar: queda de pelos, calvície. Os pelos do corpo são os primeiros que diminuem e a seguir os pubianos e axilares. Unhas Tornam-se frágeis com perda de brilho e surgimento de estriações longitudinais e descolamento. Unhas dos pés com alterações de espessura e opacificação e/ou áreas de escurecimento da lâmina são frequentes por anormalidades ortopédicas que se agravam com a idade. O grau de crescimento das unhas diminui progressivamente e se torna igual em ambos os sexos. Temperatura Corporal Alterações Hídricas Redução dos reflexos de sede e fome. Redução da água corporal total. Perda de água intracelular. Importância deste conhecimento na administração de drogas hidro e lipossolúveis. Alterações de Músculos Ossos e Articulações As alterações aparecem mais rapidamente. Todos os músculos do organismo em especial ados troncos e das extremidades se atrofiam com o tempo, o que leva a uma deterioração do tônus muscular e a uma perda da potência, força e agilidade. O peso total dos músculos diminui para a metade entre 30 e70 anos (o envelhecimento muscular é o resultado da atrofiadas fibras musculares e do aumento do tecido gordo no interior dos músculos. As articulações sofrem alterações, os ligamentos calcificam-se, ossificam-se e as articulações tornam-se menores devido a erosão das superfícies articulares. 08 Mesmo conservando sua aparência os ossos sofrem modificações, o processo de reabsorção do cálcio sofre um desequilíbrio e o tecido ósseo se torna mais poroso e frágil por uma desminerilização constante de massa e densidade óssea (este fenômeno ligado a senescência é denominado osteoporose; também responsável pela perda de dentes. O aumento da reabsorção óssea dos maxilares e da mandíbula acentua-se com aqueda dos dentes. Reduz-se a distância entre o queixo e o nariz e os dentes migram para trás, modificando com o tempo a fisionomia do idoso. A redução de altura. Diminuição dos espaços intervertebrais. A acentuação da curva natural da coluna vertebral denominada cifose (equilíbrio para o idoso). Nas mulheres os seios tornam-se pendentes, atrofiam-se e os mamilos ficam umbilicados. Alterações Fisiológicas e Anatômicas do Envelhecimento do SNC -Aumento do tamanho dos ventrículos cerebrais. Aspectos Clínicos Capacidade reparadora do SNC: Alterações anatômicas do SNC: -Neurônios: células altamente diferenciadas e especializadas, estáveis estruturalmente. -SNC não dispõe de capacidade reparadora (neurônios não podem se reproduzir, não se remielinizam-se e os vasos sanguíneos cerebrais apresentam capacidade limitada para recuperação estrutural). -Atrofia cerebral (com redução de 5% à 10% do peso cerebral). -Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros. Atrofia cerebral e redução do volume encefálico. Maior risco de hemorragias subdurais em traumas encefálicos direto ou indiretos. Alterações estruturais do SNC: Alterações Morfofuncionais: Sensibilidade: Alterações bioquímicas: -Depósito de lipofucsina (lipocromo oupigmento dedesgaste). -Placas senis. -Acúmulo de lipofucsina. -Redução de neurônio. -Retração do corpo celular dos grandes neurônios. -Alteram sensibilidade tátil e dolorosa. -Limiar para a dor aumenta e a sensibilidade dolorosa cutânea e visceral diminui. -Perda de sensação vibratória -Redução de níveis de acetilcolina, receptores colinérgicos, ácido gama- aminobutírico; serotonina, catecolaminas, dopaminas...... -Declínio da função sináptica Memória Campo de controvérsia. Aquisição e retenção de novas informações em indivíduos mais de 60 anos, tornam-se mais difíceis? O fluxo de informação é dificultado, principalmente a transferência de novas informações para a memória secundária. Alterações das conexões do hipocampo com as áreas de aprendizagem. Esquecimento senescente benigno X fase inicial de Alzheimer (Alteração patológica ou fisiológica). 09 Quadros demenciais. Delirium. Quadros depressivos. Deficiência de Vitamina (B12, ácido fólico e tiamina). Desatenção. Esquecimento senil benigno ou fisiológico. Alterações Fisiológicas do sono: Alteração da qualidade e quantidade. Maior fragmentação. Latência prolongada. Redução do estágio 4. Redução do sono REM. Sono mais superficial. Diagnóstico Diferencial das Queixas da Memória Ambientais. Depressão. Delirium. Demências. Apnéia do sono. Dorcrônica. DPOC. ICC. Noctúria. Drogas. Distúrbios Dispépticos. Fecaloma. Distúrbios do ritmo circadiano. Causas mais Frequentes de Insônia no Idoso Aspectos Gerais: Nº de células miocárdicas não aumenta após desenvolvimento neonatal. Alterações bioquímicas e anatômicas com o envelhecimento, mas podem ser por doenças ou relacionadas ao estilo devida. Alterações Fisiológicos e Anatômicas do Sistema Cardiovascular Elevada incidência de doenças cardiovasculares. Miocárdio. Depósito intracelular de lipofucsina. Degeneração muscular, com substituição de células miocárdicas por tecido fibroso, que podem ser semelhantes às alterações decorrentes de isquemia. Aumento da resistência vascular periférica pode levar a moderada hipertrofia miocárdica concêntrica, sobretudo de câmara ventricular esquerda. Alterações valvulares Tecido valvar é predominantemente colágeno. Envelhecimento: degenerações, espessamento, calcificações. Alterações da valva aórtica: Aorta: Alterações de artérias coronárias: Alterações funcionais: -Mais frequentes: calcificação; -Menos frequente: acúmulo de lípides, fibrose e degeneração colágena. -Alterações vasculares. -Arteriosclerose. -Aumento de colágeno. -Atrofia, descontinuidade e desorganização das fibras elásticas. -Deposição do cálcio. -Redução de elasticidade, rigidez na parede aórtica. -Arteriosclerose. -Perda de tecido elástico. -Aumento de colágeno. -Depósitos de lípides com espessamento de camada média. -Tortuosidade dos vasos. -Calcificações. -Limitação da performance durante atividades físicas. 10 -Redução do débito cardíaco em repouso e esforço. -Redução do aumento da frequência cardíaca. -Maior risco de hipotensão ortostática. Hipotensão Ortostática Importância em geriatria: Etiologia: -Causa frequente de tonteiras e quedas no idoso. -Prevalência em torno de6% nos idosos saudáveis e de 11% a 33%. -Em pacientes com múltiplas doenças e/ou medicações. -Associação a perda funcional, redução da reabilitação e da qualidade de vida. -Medicamentos (hipotensores, levodopa, fenotiazinas, álcool, sedativos, antidepressivos, vasodilatadores...). -Desidratação. -Anemia. -Desnutrição. -Distúrbios hidroeletrolítico. -Descondicionamentofísico. Alterações Fisiológicos e Anatômicos do Sistema Respiratório Aspectos Gerais: Principais alterações fisiológicas: -Frequente associação a patologias. -Vários fatores associados agravam o processo de envelhecimento: tabagismo, poluição ambiental, exposição ocupacional, doenças pulmonares, diferenças socioeconômicas, constitucionais e raciais. -Redução da elasticidade pulmonar. -Enrijecimento da parede torácica. -Redução da potência motora e muscular. -Redução do peso pulmonar em cerca de 21%. -Estreitamento dos bronquíolos. -Achatamento de sacos alveolares. Alterações estruturais da parede torácica: Alterações estruturais musculares: -Enrijecimento do gradeado costal. -Redução da complacência e distensibilidade pulmonar (pior nos idosos acamados, com alterações posturais e inatividade física); -Hipercifose torácica pode estar associada. -Substituição adiposa do tecido muscular. -Redução da massa e potência muscular (sobretudo no idoso inativo ou imóvel). -Atrofia muscular e redução da força muscular. -Rigidez do gradeado costal determina maior participação do diafragma e musculatura abdominal. -Fatores de risco piora da função respiratória e risco de infecção: imobilidade, desnutrição ou obesidade, doenças pulmonares associadas, doenças cardiovasculares associadas, doenças neuromusculares. Importância de Medidas de Reabilitação: Atividades físicas: Alterações fisiológicas ao exame físico: -Redução da capacidade para atividades físicas: aumento do consumo de oxigênio, redução da capacidade ventilatório, redução do débito cardíaco. -Redução da expansão torácica, levando a aumento do volume residual e da pressão intratorácica. -Aumenta a cifose torácica. -Pode haver redução do murmúrio vesicular. -Crepitações bibasais podem ser fisiológicas. -Aumento de frequência respiratória (taquipnéia) é um grande sinal do idoso. 11 Envelhecimento do sistema digestório: Alterações fisiológicas da cavidade oral: -De maneira geral: redução da motilidade, na secreção e capacidade de absorção. -Felizmente, a reserva destes órgãos é tão grande que as reduções nos parâmetros fisiológicos não costumam resultar em deficiência real da função. -Mucosaoral: Atrófica(tênue), lisa e ressecada, menos elástica e mais suceptível a lesões. -Língua: redução das papilas filiformes, redução do paladar. -Dentes: a perda dos dentes depende, além do envelhecimento, de fatores extrínsecos: hábitos, ocupação, dieta, oclusão dentária e composição dos dentes. Alterações Fisiológicos e Anatômicas do Sistema Digestório Aspectos Clínicos Cavidade Oral Redução da massa muscular: Pode comprometer a mastigação e deglutição. Redução do paladar: pode reduzir a ingestão de alimentos e contribuir para perda de peso e desnutrição. Estomatites. Carcinoma. Disfagia orofaríngea: Etiologias: -Sinais: Regurgitação nasal de alimentos, engasgos frequentes, aspirações. -Sintomas mais severos com líquidos. -Carcinomafaríngeo -Doenças do SNC (Parkinson, demências, AVC, tumores). -Doenças Endócrinas: DM, hipotiredoidismo. -Laringectomia -Medicamentos. -Alterações do esfíncter superior do esôfago. Aspectos Clínicos Alterações do Estômago Discreta a moderada redução do esvaziamento gástrico. Pode haver prejuízo e efeitos de drogas, que permanecem mais tempo nomeio ácido. Redução da secreção de ácido clorídrico (hipo ou acloridria), provavelmente por redução de células parietais. Redução da secreção da pepsina. Aumento de prevalência decolonização peloH. pylori (75%). Alterações do Pâncreas Redução do peso. Proliferação do epitélio ductal e formação de cistos. Redução de secreção de lipase e bicarbonato. Envelhecimento do Pâncreas Endócrino Os níveis séricos de insulina aumentam com a idade, mas a sensibilidade a esta diminui, podendo resultar em testes de tolerância à glicosa anormais. Diminui a degradação da insulina. Redução do nº de receptores da insulina na membrana celular de tecidos alvos. Redução da velocidade deliberação da insulina. Alterações do Intestino Delgado: Alterações do Cólon: -Estudos escassos e controversos. -Redução da altura das vilosidades da mucosa. -Atrofia da mucosa. 12 -Anormalidades morfológicas das glândulas. -Redução da distensibilidade (redução de colágeno e elastina). Alterações do Reto e Ânus Espessamento e alterações estruturais do tecido colágeno. Redução da força muscular e esfincter anal esterno. Redução da elasticidade e sensibilidade retal. Aspectos Clínicos: -Redução da capacidade de retenção fecal (risco de incontinência fecal) por fatores extrínsecos e intrínsecos. -Intrínsecos: Alterações fisiológicas. -Extrínsecos: Déficit cognitivo, impactação fecal, AVC, neuropatias (diabética, alcoólica...), imobilidade, etc. Alterações Hepáticas Redução do fluxo sanguíneo hepático. Depósitos de lipofucsina. Aspectos Clínicos: Vesícula Biliar: -Alteração da metabolização de drogas. -Alteração do metabolismo de primeira passagem. -A incidência de doença biliar e cálculos aumenta com o avançar da idade. -A sensibilidade da vesícula diminui. Alterações Fisiológicos e Anatômicas do Aparelho Genito-Urinário Alterações Renais: Repercussões Clínicas: -Redução do peso renal(cerca de30%). -Redução do nº de glomérulos. -Espessamento da membrana basal. -Redução da filtração glomerular. -Esclerose dos vasos renais. -Torna o idoso mais suscetível à insuficiência renal aguda caso ocorra qualquer insulto nefrotóxico ou isquêmico. -Redução da excreção de drogas, com necessidades de ajustes posológicos: menores doses e intervalos maiores. -Evitar drogas nefrotóxicas. Alterações Ureterais: Alterações da motilidade. Alterações Vesicais: Aspectos clínicos das alterações vesicais: Aspectos Uretrais: -Aumento do volume residual. -Redução da capacidade de armazenar urina. -Maior risco de infecções urinárias (que aumentam também no sexo masculino). -Risco de incontinência urinária (existem várias etiologias associadas). -No homem: Aumento de próstata eleva riscos de infecção e incontinência. -Homens: Compressão extrínseca pela próstata aumentada. -Mulheres: Atrofia uretral :risco de hematúria microscópica, ITU. Alterações Sexuais: Sexo Masculino Maior tempo para atingir ereção completa. Maior necessidade de estimulação direta do pênis. Retardo da ejaculação. Perda rápida da ereção após a ejaculação. Maior dificuldade em manter a ereção durante a relação. Redução da libido. Redução da frequência sexual. Aspectos Clínicos: -Arterosclerose é principal causa obstrutiva vascular no idoso. 13 -Redução da elasticidade do tecido dos corpos cavernosos. -Neuropatias periféricas: diabetes, alcóolismo... -HAS. -Cirurgias pélvicas: sobretudo cirurgia radical de próstata. -Depressão, déficits cognitivos, distúrbios emocionais, co-morbidades, drogas. Alterações Sexuais: Sexo Feminino Alterações Intestinais: Controvérsias: Interferência na Absorção: Alterações patológicas Interferências na Absorção: Interferência na Distribuição: a inativação de algumas drogas. -Alteração da absorção decorrentes de administração concomitante de medicações. -Ex: Antiácidos - cimetidina ederivados imidazólicos. -Aceleração do trânsito intestinal (reduz absorção). -Lentificação do trânsito intestinal (aumento absorção). -Influências da redução das vilosidades intestinais, com redução da área da superfície da mucosa. -Redução da circulação êntero-hepática (sobretudo nas reduções do débito cardíaco), diminuição de absorção dos medicamentos que precisam do metabolismo de primeira passagem no fígado. -Aterosclerose associada reduz mais ainda o fluxo sanguíneo. -Edema Intestinal. -Doenças Agudas (ex: infecções). -Gastrectomia, enterites, síndromes de má absorção: redução na absorção de ferro, ácido fólico, vitamina B12, corticosteróides, digoxia. -Redução da massa muscular. -Aumento do tecido adiposo. -Reduçãodo líquido corporal. -Redução da albumina sérica. Redução da lubrificação vaginal. Redução da libido. Atrofia vaginal e uretral. Pode haver dor, desconforto e sangramento nas relações. Redução da frequência sexual. Aspectos Clínicos: -Reposição hormonal. -Lubrificação artificial. -Co-morbidades levam a maior limitação da sexualidade. -Aspectos psicológicos, dependência e submissão marital, herança familiar e criação: grandes repercussões na sexualidade feminina. Alterações Fisiológicas Relacionadas á Farmacologia Farmacocinética: Farmacodinâmica: Alterações Fisiológicas: -Absorção, distribuição, metabolismo e excreção das drogas. -Conjunto de alterações sofridas pelas drogas. -Mecanismos implicados na ação das drogas. -Redução da secreção de ácido gástrico (hipocloridria, acloridria). -Redução no esvaziamento gástrico leva ao retardo na absorção e/ou aumento na degradação da droga que pode determinar Interferência no Metabolismo Redução da função hepática (oxidação, metabolismo de primeira passagem). Fase I Metabolismo: Drogas que inibem ou induzem a atividade hepática. Redução da função renal. 14 Interferências na Excreção: -Drogas lipossolúveis: maior reabsorção renal. -Redução da filtração glomerular em 35% à50% (redução do nº de néfrons, redução do fluxo plasmático, redução do peso renal). -Creatinina não é um bom marcador da função renal no idoso. -Redução da massa muscular, que reduz a produção de creatinina. Principais Patologias que interferem na Farmacocinética: Desnutrição. ICC. Insuficiência renal e hepática. Infecções. Uso de múltiplas drogas. Farmacodinâmica Interferências Não tão bem estudada como a Farmacocinética. Maior sensibilidade do SNC à ação de drogas Benzodiazepínicas. Maior sensibilidade a anticoagulantes. Maior sensibilidade a várias drogas decorrentes de: Aumento da hipotensão ortostática, maior disfunção vesical e intestinal, menor controle postural (alteração da barorregulação), dificuldade de termorregulação, aumento da intolerância a glicose, alteração de sensibilidade à ação enzimática, resposta imunitária, particularmente a celular. Devido às alterações fisiológicas, farmacocinéticas e farmacodinâmicas: Redução da janela terapêutica do idoso; Dose terapêutica ≠ Dose tóxica. Avaliação Geriátrica Ampla Nível Populacional: Serve como uma medida precisa em estudos clínicos onde se avalia a capacidade funcional e a qualidade de vida. Identifica populações de risco. Permite um investimento em saúde, qualidade de vida e bem-estar. Serve para planejamento de ações e políticas de saúde. Avaliação Geriátrica Ampla Definição: Método multidimensional de avaliação do idoso. Aborda os aspectos clínico, funcional, psicológico Objetivo: Planejamento do cuidado. Acompanhamento a longo-prazo. AGA ≠ Exame Clinico Padrão: Enfatizar a avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida. Baseia-se em escalas e testes quantitativos. 15 Benefícios e Utilidades da AGA Nível Individual: Complementa o ex. clinico tradicional e melhora a precisão diagnostica. Determina o grau e a extensão da incapacidade. Identifica risco de declínio funcional. Permite avaliação de riscos no estado nutricional. Serve de guia para a escolha de medidas que visam restaurar e preservar a saúde (farmacoterapia, fisioterapia, TO,psicoterapia). Identifica fatores que predispõem a iatrogenia e permite estabelecer medidas para sua prevenção. Serve de orientação para mudanças e adaptações no ambiente em que o paciente vive para preservar sua independência. Estabelece critérios para a indicação de internação hospitalar. Avaliação Geriátrica Ampla Autonomia: Decisão. Cognição. Humor. 1. 2. 3. Independência: Execução. Mobilidade. Comunicação. 1. 2. 3. Cognição: Humor: Mobilidade: Comunicação: -Memória. -Função Executiva. -Linguagem. -Praxia. -Gnosia. -Função Visuoespacial. -Motivação. -Postura/marcha. -Capacidade aeróbica. -Visão. -Audição. -Fala. Incapacidade Cognitiva. Instabilidade. Imobilidade Postural. Incapacidade Comunicativa. Incontinência Urinária. Insuficiência Familiar. Iatrogênia. Os “Is” da Geriatria Déficit cognitivo aumenta o risco deacidentes, não aderência ao tratamento e incapacidade. 16 Avaliação Geriátrica Ampla Equilíbrio e mobilidade. Função cognitiva. Deficiências sensoriais. Condições emocionais/sintomas depressivos. Disponibilidade e adequacão de suporte familiare social. Condições ambientais. Capacidade funcional –AVD. Estado e risco nutricional. Equilíbrio e Mobilidade O envelhecimento altera equilíbrio e mobilidade provocandoinstabilidade postural, alterações da marcha e riscoaumentado de quedas. Instrumento: “Timed up and go test” (levantar e andar 3 metros). ≥20 segundos indica instabilidade postural e alto risco de quedas. 1. 2. Função Cognitiva Por que rastrear déficit cognitivo? Alta Prevalência de Doença de Alzheimer - 10% daqueles com 65 anos ou mais e quase 50% daqueles com 85 anos ou mais. A maioria das pessoas com demência não apresenta queixa de perda de memória. Mini-Exame do Estado Mental. Avalia orientação, fixação, evocação, atenção, cálculo, linguagem, habilidades visuo-espaciais. Testes de funções executivas. Teste do relógio. Fluência verbal. Função Cognitiva Avalia melhor a função visuo-espacial e a função executiva, mas sofre influência de todas as funções cognitivas. Menor influência do grau de alfabetização na realização do teste. Fidedignidade do teste em pacientes com baixo nível de escolaridade. É um teste eminentemente qualitativo e, portanto, não necessita de score. Desenhar os números do relógio, marcando determinada hora (2:40), sem mencionar a necessidade de ponteiros. O teste é considerado completo quando o paciente desenha todos os números do relógio, espacialmente bem distribuídos, e os ponteiros marcando 2:40. Teste do Relógio Teste do Relógio Inabilidade absoluta de representar o relógio. O desenho tem algo a ver com o relógio mas com desorganização visuo- espacial grave. Distribuição visuo-espacial correta com marcação errada da hora. Pequenos erros espaciais com dígitos e hora corretos Relógio perfeito. 17 Instruções: “Agora o(a) Sr.(a) vai me falar nomes de animais, o máximo de nomes possíveis. Pode ser qualquer tipo de animal (bicho). Fale o mais rápido que puder. Pode começar (Marque um minuto). Pontuação de acordo com a escolaridade: Analfabetos: 12 palavras. 1-4 anos: 13palavras. 5-8 anos: 14palavras. 9-11 anos: 16 palavras. >11 anos: 18 palavras. 1. 2. 3. 4. 5. Teste de Fluência Verbal Mini Exame- Estado Mental (MEEM) Orientação no Tempo: Orientação no Espaço: Memória Imediata: Atenção e Cálculo: ( )Ano ( ) Semestre ( ) Mês ( ) Dia do mêsS ( ) Dia da Semana. ( ) Estado ( ) Cidade ( ) Bairro ( ) Local (nome, função) ( ) Andar. -Repita as palavras: (um segundo para dizer cada uma, depois pergunte ao idoso todas as três). ( ) Caneca ( ) Tijolo ( ) Tapete. -O Sr. Faz cálculos? ( ) Sim ( ) Não. -Se “sim” faca cinco contas de subtrações de “7” seriadas. ( ) 100-7 ( ) 93-7 ( ) 86-7 ( ) Se “não” peça para soletrar a palavra “MUNDO” de trás para frente.( ) O ( ) D ( ) N ( ) U ( ) M. Memória de Evocação: Repita as três palavras que disse há pouco ( ) Caneca ( ) Tijolo ( ) Tapete. ( ) 79-7 () 72-7. Teste de Fluência Verbal Linguagem: Mostre um relógio de pulso e pergunte: O que e isto? Repita com uma caneta ( ) Relógio ( ) Caneta. Repita o Seguinte: Realize uma tarefa em três estágios: Leia e faça o que esta escrito no papel: Escreva uma frase: Copiar os pentágonos: Pontuação pela Escolaridade: •Analfabetos: 20 pontos. •1-4 anos: 25 pontos. •5-8 anos: 26 pontos. •9-11 anos: 28 pontos. •≥12 anos: 29 pontos. -( ) “Nem aqui, nem ali, nem lá". -( ) “Pegue este papel com sua mão direita..., ( ) ...Com as duas mãos dobre-o ao chão.( ) ...Em seguida ponha-o ao chão". -( ) Feche os olhos (Mostrar a folha com o comando) -( ) Dar uma folha em branco (Verso). -( ) Mostrar a folhacom os pentágonos que se cruzam. 1. 2. 3. 4. 5. Deficiências Sensoriais 50% dos idosos tem deficiência auditiva/visual que comprometem sua capacidade para AVD e aumentam o risco de declínio funcional. 18 A perda auditiva é comum entre idosos O déficit auditivo provoca depressão e isolamento. A principio, devemos sempre descartar cerume, encaminhar para audiometria se necessário Teste do Sussurro: Avalia a compreensão de sons de baixa intensidade e alta frequência. O examinador em pé, fora do alcance do campo visual do paciente (60cm). 3letras/números, enquanto massageia a orelha contralateral. O teste positivo, caso o paciente não consiga repetir corretamente o conjunto de letras/palavras. HHIE - Percepção do prejuízo Auditivo (Wieselberg) - O sr(a) escuta bem? ( ) Sim ( )Não. 1. 2. 3. 4. Avaliação Auditiva Os idosos tem alto risco de apresentar depressão. Manifesta-se de forma atípica, o que dificulta o seu reconhecimento. Importante pesquisar depressão em todos os idosos. Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (GDS) completa e/ou abreviada. Condições Emocionais/Sintomas Depressivos Avaliação Visual Catarata, Glaucoma, Degeneração Macular aumentam com a idade. Perguntar sobre dificuldades no dia-a- dia, dirigir, assistir a TV/ler. Se necessário, usar instrumentos para avaliação. Pedir para ler uma revista ou jornal. Quadro de Snellen. Escala de Depressão Geriatrica (abreviada deYesavage) Os idosos tem alto risco de apresentar depressão. Manifesta-se de forma atípica, o que dificulta o seu reconhecimento. Importante pesquisar depressão em todos os idosos. Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (GDS) completa e/ou abreviada. Capacidade Funcional Capacidade do idoso para executar atividades que lhe permitem cuidar de si próprio e viver independente em seu meio. Medida através de instrumentos de avaliação para executar as Atividades da Vida Diária (AVD) e Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD). 19 AVD – englobam todas as tarefas que uma pessoa precisa realizar para o auto-cuidado. Escalas que avaliam AVDs: Índice de Barthel. Índice de Katz. Outras. AIVD: Compreendem a habilidade do idoso para administrar o ambiente onde vive. 1. 2. 3. Escore. 9 – Totalmente Dependente. 21 a 25 – Dependência Leve. 10 a 15 – Dependência Grave. 16 a 20 – Dependência Moderada. 26 a 27 –Independência. Estado e Risco Nutricional Atividades Básicas da Vida Diária (AVD) Banho: Não recebe ajuda ou somente recebe ajuda para uma parte do corpo. Vestir-se: Pega as roupas e se veste sem qualquer ajuda, exceto para amarrar os sapatos. Higiene Pessoal: Vai e usa o banheiro, veste-se e retorna sem qq ajuda (andador ou bengala). Transferência: Consegue deitar na cama, sentar na cadeira e levantar-se sem ajuda (andador ou bengala) Continência: Controla completamente urina e fezes. Alimentação: Come sem ajuda (exceto para cortar carne e passar manteiga no pão). 2:Dependência total / 4: dependência parcial / 6 independência. 1. 2. 3. 4. 5. 6. "Atividades Instrumentais da Vida Diária" (AIVD) Escala de Lawton Avaliação nos idosos deve ser feita em 2 grupos: Idosos de 60-69 anos apresentam perfil epidemiológico semelhante aos adultos jovens com alta prevalência de sobre peso. Idosos de 70 anos e mais apresentam perfil nutricional diferenciado com alta prevalência de baixo peso. 1. 2. A avaliação e feita pelos seguintes itens: Análise dos fatores de risco. Antropometria. Mini avaliação nutricional. Avaliação laboratorial. 1. 2. 3. 4. Antropometria: Representa as medidas das dimensões corporais usadas para avaliação do estado nutricional. Não há consenso do uso no idoso. As medidas avaliadas são: Peso e altura. Índice de Massa Corporal (IMC=peso(Kg)/altura(m)2. Circunferência abdominal – cintura. Circunferência do braço. Pregas cutâneas. Altura do joelho - estimar altura dos idosos acamados (calcanhar até a patela). Outros. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Avaliar-se o Idoso Sente-se satisfeito e pode contar com familiares para ajudar a resolver seus problemas. Participa da vida familiar e oferece seu apoio quando os outros membros tem problemas. Apresenta conflitos com as gerações que compõem a família; tem suas opiniões acatadas e respeitadas pelos membros que compõem o núcleo familiar. Aceita e respeita as opiniões dos demais membros da família. Participada vida comunitária e da sociedade em que vive. Tem amigos e pode contar com eles. Apóia seus amigos quando eles tem problemas. Escore. 9 – Totalmente Dependente. 21 a 25 – Dependência Leve. 10 a 15 – Dependência Grave. 16 a 20 – Dependência Moderada. 26 a 27 –Independência. Estado e Risco Nutricional Avaliação nos idosos deve ser feita em 2 grupos: Idosos de 60-69 anos apresentam perfil epidemiológico semelhante aos adultos jovens com alta prevalência de sobre peso. Idosos de 70 anos e mais apresentam perfil nutricional diferenciado com alta prevalência de baixo peso. 1. 2. 20 Apgar da Família Condições Ambientais Ambiente inadequados contribuem para a diminuição da capacidade funcional do idoso. Avaliar a possibilidade de introduzir modificações físicas que possam tornar a casa mais convenientes as suas limitações, para garantir o Máximo de independência possível. Queda é um evento não intencional, que tem como resultado a mudança de posição inesperada do indivíduo para um nível inferior em relação à sua posição inicial, por exemplo sobre o mobiliário ou no chão. Este evento não é consequência de um fator intrínseco determinante (AVE, síncope, ataque epilético) ou força externa extrema (Kellog Foundation International apud Tinetti et al, 1997). Uma em cada três pessoas acima de 65 anos de idade e quase uma em cada duas pessoas acima de 80 anos, sofrem algum tipo de queda pelo menos uma vez por ano. Em asilos, este número aumenta em 66%, mas somente 5% resultam em quedas graves. Alta mortalidade. Restrição de mobilidade. Incapacidade funcional. Isolamento social. Insegurança e medo. 1. 2. 3. 4. 5. Equilíbrio nos Idosos “O equilíbrio é definido como a capacidade de manter o centro de massa projetado dentro dos limites da base de apoio, denominado limite de estabilidade". Avaliação Geriátrica Ampla 21 Estático: à Refere-se ao equilíbrio e à postura do corpo, quando o corpo não está em movimento Dinâmico: Refere-se ao equilíbrio e à postura do corpo em resposta aos movimentos corporais. Tipos de Equilíbrio É uma habilidade cognitivo-motora complexa, resultante da integração de múltiplos processos sensório- percepto- motores, que tem o objetivo de estabilizar o centro de massa durante os movimentos. Interação dos Sistemas: Balance Comprometimento Sistema Nervoso Central: Visual. Vestibular. Somato - sensorial (Equilíbrio Balance). 1. 2. 3. Envelhecimento Definição Quedas A saúde e qualidade de vida dos idosos. Hospitalização necessária em cerca de 5% dos casos. Tempo médio de internação: 12 dias. Lesões graves em 10 - 20%. Fraturas em 5 - 10%. Restrição das atividades: 40%. 6ª causa de morte em idosos. Abrangência do Problema Medo de cair. 40% a 73% dos idosos que caíram recentemente. 20% a 46% dos que não caíram. Percepção realista da perda funcional. Piora o desempenho motor. Diminuição da mobilidade. Baixa satisfação com a vida. Humor deprimido. Consequências das Quedas 22 Confusão mental. Distúrbio de atenção: dificuldade em dupla tarefa. Riscos ambientais Doença de Parkinson, parkinsonismo, acidente vascular encefálico, artrite, neuropatias, demência. Fraqueza muscular de MMII. Distúrbio de equilíbrio e da Marcha. Déficit visual/ auditivo. Hipotensão Postural. Medicações psicotrópicas. Queixa de tontura. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Fatores de Risco e Causais As quedas são mais freqüentes fora de casa (ruas, degraus e guias). 26% das quedas em casa foram por tropeços em degraus. Tropeçar em obstáculo (35%), degraus e guias (25%) e escorregões (17%). Idosos que caem em casa tem níveis de atividade menor do que os que caem na rua. Circunstâncias e Contexto das Quedas Número de Fatoresde Risco (não modificável). Fatores de Risco para Quedas Número de Fatores de Risco (potencialmente modificáveis) Idade avançada (80 anos e mais). Sexo feminino. Déficit cognitivo. Doença de Parkinson, osteoatrite de quadril e joelhos, Depressão, AVE. Limitações visuais (não compensáveis). Distúrbio de marcha ou equilíbrio com mau prognóstico de reabilitação. Fatores de Risco (não modificáveis) Perda de equilíbrio. Imobilidade e Fraqueza muscular AVDs (atividade de vida diária). Polifarmácia. Riscos ambientais. Limitação visual. Fatores de Risco (modificáveis) Fatores de Risco Idosos na comunidade: Fatores ambientais. Idosos institucionalizados: Fatores intrínsecos (mais frágeis). 23 Avaliação Geriátrica - Gerontológica Abrangente: Avaliação médica. Medicamentos. Acuidade visual. Capacidade Funcional. Cognição (Mini-Exame do Estado Mental). Saúde Mental (Escala de Depressão Geriátrica). Equilíbrio. Riscos Ambientais. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Prevenção de Quedas Protocolo de Quedas Reabilitação do Equilíbrio Circunstâncias da Queda: Tropeço Escorregamento Obstáculo súbito Atenção diminuída no momento Síncope / Escurecimento de visão Falseamento de joelhos Fraqueza Dor Tontura ou vertigem Outro 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Testes Funcionais Timed Up & Go Test. Escala de Equilíbrio de Berg - Berg Functional Balance Scale. POMA – Performance-Oreinted Assessement of Mobility. Functional Reach. Dynamic Gait Index. Escala de Equilíbrio de Berg Histórico: Definição: -Criada em 1989 por Katherine Berg. -Aplicado em 183 idosos, 70 desses indivíduos foram vítimas de acidente vascular cerebral. -É um instrumento validado, de avaliação funcional do equilíbrio estático e dinâmico. -Compreende em uma escala de 14 tarefas, com cinco hipóteses de avaliação. -Especificamente de 0-4 para cada tarefa: Zero - é incapaz de realizar a tarefa e 4 - realiza a tarefa independente. O escore total varia de 0- 56 pontos. Indicações Aplicações Exemplo: Sentado para em pé. Instruções: Por favor, fique de pé. Tente não usar suas mãos como suporte. -0= ( ) Necessidade de moderada ou máxima assistência para permanecer em pé. 24 -1 ( ) Necessidade de ajuda mínima para ficar em pé ou estabilizar. -2 ( ) Capaz de permanecer em pé usando as mão após várias tentativas. -3 ( ) Capaz de permanecer em pé independentemente usando as mãos. -4 ( ) Capaz de permanecer em pé sem o auxílio das mãos e estabilizar de maneira independente. Interpretação da Analise 0 - 36 PONTOS: Indica 100 % de risco de queda. 37 - 44 PONTOS: Locomoção segura, mas com recomendação de assistência ou com auxiliares de marcha. 45 - 56 PONTOS: Não existem riscos de queda, e que o visado goza de uma locomoção segura. Escala de Mobilidade e Equilíbrio de Tinetti Definição: Índice que detecta alterações na locomoção, diagnostica e quantifica a gravidade do comprometimento e prediz o risco de quedas (FREITAS et al., 2002; CHONG, 1995). O principal objetivo de Tinetti et al. (1986) era a realização de um protocolo de treino para detecção de risco de quedas em indivíduos idosos. Composições Escala de Marcha: Possui 07 itens - início da marcha, comprimento e altura dos passos, simetria dos passos, continuidade dos passos, direção, tronco e distância dos tornozelos. Interpretação da Análise 0 - 19 Pontos: Elevado risco de queda. 19 - 24 Pontos: Moderado risco de queda. 24 - 28 Pontos: Baixo risco de queda. Functional Reach 20-40 anos: H=42,5cm -M=37,1cm. 41-69 anos: H=37,8cm - M=35,1cm. 70-87 anos: H=33,5 cm - M=26,7 cm. DYNAMIC GAIT INDEX POMA - Performance Oriented Assement of Mobility. Examina a habilidade do sujeito em tarefas de equilíbrio e no andar. COOK (2003), a pontuação máxima é de 28 pontos. Um valor abaixo de 19 pontos é considerado com alto risco de quedas. A pontuação entre 19 e 24, significa que o paciente sofre um risco moderado. 25 Atividades Física -> Melhora do Equilíbrio -> Melhor Qualidade de vida. Objetivos Fisioterapêuticos Plano de Tratamento: Exercícios para o equilíbrio – variáveis: -Material disponível. -Espaço físico. -Medo/insegurança do paciente. -Grau do déficit de equilíbrio. -Insegurança do próprio terapeuta. -Evoluir sempre do mais fácil para o mais difícil. -Não realizar exercícios muito difíceis, pois podem provocar frustrações ao paciente. -Tipo de solo: estável/instável. -Base de sustentação: aumentado/reduzido. -Movimentação: estática/dinâmica. -Sistemas sensoriais: presentes. -Transferência de peso: degrau, espuma, step. Exercícios para Melhorar Distribuições de Peso e Alinhamento Corporal Para melhorar o alinhamento postural, pode-se colocar um adesivo na roupa do paciente, e solicitar que este alinhe com um adesivo grudado paralelamente no espelho. Para melhorar a distribuição de peso, pode-se utilizar também duas balanças, com um pé apoiado em cada uma delas. O paciente deve manter a descarga igual sobre elas, observando pela seta e pesos no marcador. Processo de tomada de decisão clínica: Intervenções em Reabilitação. Exercício para controle muscular dinâmico do músculo quadríceps / transferência da sedestação para a bipedetação. -mãos apoiadas na cadeira, elevar o glúteo. -anteriorizar o centro de massa para se erguer. -levantar e sentar, primeiro com apoio, depois sem apoio. -erguer totalmente o corpo. Recursos. Step. Exercício para reeducação do equilíbrio em apoio unipodal. Exercícios para incrementar a estabilização da postura estática e dinâmica. Treino de equilíbrio em superfícies instáveis. Pode-se associar a movimentos cefálicos. Olhos abertos e olhos fechados. Treino de Marcha: Direção circular. Oito. Z. Ré. Lados. 1. 2. 3. 4. 5. 26 Variabilidade do TreinamentoEstratégias Reativas do Equilíbrio Estratégia de Tornozelo. Estratégia de Quadril. Estratégia de Tronco. Estratégia do Passo. Estimular estratégias reativas do equilíbrio (quadril e tornozelo). Exercício para melhorar o controle de flexão de extensão de tronco. 1. 2. 3. 4. -(SHUMWAY-COOK, WOOLLACOTT, 1995). Prática de Exercícios Para o treino de marcha, utilizar diversos obstáculos, direções (frente, atrás, lado), utilizar movimentos rotacionais, aceleração, desaceleração, mudança repentina de direção, mudança de direção com rotação, jogar objetos ao alto durante a marcha, falar nomes de animais, entre outras variáveis. Evidência Mais Forte: Treino de equilíbrio (AGS, 2001). Recomendações Atuais: Duração mínima de 10 semanas Treino de equilíbrio por longos períodos de tempo para caidores recorrentes. 1. 2. Prática de Exercícios Prática de Exercícios. Dispositivos de Auxílio. Modificação Ambiental. Programas Educativos. Outras: 1. 2. 3. 4. -Melhora da visão funcional. -Calçados (melhora da estabilidade, principalmente com solados rijos). Fatores de Risco 27 Focadas em grupos de risco. Fatores comportamentais e ambientais. Benefícios apenas em abordagens multifatoriais. Não há evidências quanto à sua utilização isolada. Bengala (cabo de guarda-chuva): pegada da mão não anatômica. Sobrecarga articular em punho. Prescrição de Bengala: 20 graus (cotovelo) - facilita a propulsão. Bengala (3 e 4 pontos): Mais instável em rampas ou terrenos em desníveis, pois não mantém os 4 pontos fixos ao chão. Diminuição da velocidade da marcha nos terrenos com desníveis. Andador Articulado: Não é indicado para idosos com grande instabilidade postural. Andador Fixo: Proporciona melhor estabilidade lateral. Andador com Rodas. Recursos: Freio, cestas. As ações voltadas para diminuir o risco de quedas necessitam de uma abordagem multidimensional, que só é possível por meio da ação integrada e especializada de uma equipe. -Não há evidências quanto a sua utilização isolada. 1. 2. 3. 4. 5. Avaliação quanto a necessidade do uso de dispositivos de auxílio à marcha Patologias Degenerativas e Demenciais A Demência é uma combinação de diversos sintomas que são associados com as capacidades de diminuição do cérebro e de suas funções. Pode haver uma diminuição no pensamento, na memória,na cognição, nas habilidades de língua, na compreensão e no julgamento. Demência Mas geralmente a demência começacom esquecimento. 28 A maioria dos tipos de demência é irreversível, ou seja, as alterações no cérebro que estão provocando a demência não podem ser interrompidas ou desfeitas. Causa da Demência Os sintomas da demência são dificuldade em muitas áreas da função mental, como: Linguagem. Memória. Percepção. Comportamento emocional ou personalidade. Capacidades cognitivas. 1. 2. 3. 4. 5. Sintomas da Demência A maioria das causas da demência não pode ser prevenida. Podemos reduzir o risco de demência vascular, por exemplo, pode ser prevenida por seguir uma dieta com pouca gordura e fazer exercícios regularmente. Prevenção O objetivo do tratamento é controlar os sintomas da demência. O tratamento depende da doença que esteja causando a demência. Algumas pessoas necessitam ser internadas por um curto período. Tratamentos da Demência A Demência pode ser de 100 tipos diferentes. Algumas delas são: Alzheimer. Demência vascular. A Demência com corpos de Lewy (Alzheimer e Parkinson) A demência Frontotemporal. Entre outras. Tipos de Demência Alzheimer É a mais comum. É causada por uma degeneração das células cerebrais. Acontece geralmente nos idosos com mais de 65 anos, quecom o passar do tempo leva-os a dependência total de seus cuidadores. Um dos sintomas muito comum é a falta de memória. Existem 3 categorias de deficiência mental: Retardo mental. Delírio. Demência. 1. 2. 3. Definição de Termos 29 É quando há uns problemas no fluxo sanguíneo ao cérebro. E assim o cérebro não recebe o oxigénio adequado. Demência Vascular É quando pequenas estruturas anormais começam a se formar no cérebro e prejudicam a capacidade cognitiva. Alzheimer + Parkinson. A Demência com corpos de Lewy Esta demência ocorrer quando os lóbulos frontais e temporais, duas porções do cérebro, começam encolher. Isto pode ocorrer nos indivíduos acima dos 65 anos de idade. É muito mais raro do que outros tipos de demência. A Demência Frontotemporal O idoso deve adaptar-se a nova realidade física aproveitando-se do processo de reabilitação e habilitação. Para tal deve-se trabalhar com os cuidadores, familiares, amigos e equipe de saúde. Desta forma objetiva-se maior desempenho funcional com o indivíduo idoso. O Idoso e as Patologias Demenciais Incapacidade de desenvolvimento. Tem algum grau de deficiência mental por toda a vida. Podendo desenvolver delírio ou demência. Retardo Mental Alteração tanto na função intelectual, quanto no nível de consciência. Paciente pode ficar perplexo, desorientado, temeroso, esquecido, ou tudo isso. Geralmente está menos alerta que o normal, sonolento, entorpecido, porém muitos podem demonstrar desconfiança, agitação ou ficarem hiperalertas. Geralmente ocorre na presença de uma demência concomitante. Detecção precoce é fundamental para avaliação médica e tratamento, desta forma restabelecendo a consciência e a função intelectual. Desta maneira tenta-se evitar deficiências funcionais secundárias aos episódios de delírio, bem como possíveis casos de demência. Delírio Alzheimer Conceito: Não é sinônimo de demência. È uma das causas das demências. Termo deve ser usado quando a avaliação clínica minuciosa afastar todas as outras causas de demências. 1. 30 Diagnóstico definitivo somente com biopsia, ou autopsia cerebral. Etiologia e patogênese desconhecida. mais ou menos dobra a cada cinco anos. Deficiência em alguns ou em todos os aspectos do funcionamento intelectual em pessoas que são completamente alertas. A deterioração da função intelectual pode ser revertida, caso a doença que a cause seja contida, tratada agressivamente. A demência geralmente gera déficit cognitivo que afeta a memória e a orientação de pelo menos um dos seguintes fatores: pensamento abstrato, julgamento e solução de problemas, linguagem e personalidade. Demência Apesar de atualmente não haver cura, alguns medicamentos podem desacelerar o processo de deterioração cognitiva em alguns pacientes. É a causa mais comum de demência na terceira idade. A doença usualmente se torna clinicamente aparente como um comprometimento insidioso das funções intelectuais, com alterações no humor e no comportamento. Mais tarde, desorientação progressiva, perda da memória e afasia indicam uma severa disfunção cortical, e eventualmente, em cinco a dez anos, o paciente se torna profundamente incapacitado, mudo e imóvel. Os pacientes raramente se tornam sintomáticos antes dos 50 anos de idade, porém a incidência da doença aumenta com a idade, e a prevalência Alzheimer Epidemiologia Embora seja uma doença mundial, a sua distribuição tem sido mais bem estudada nos países ocidentais. A prevalência está intimamente relacionada com a idade: Antes dos 65 anos = 1-2% Após os 85 anos = 30 – 50% As mulheres são afetadas 2x mais que os homens. Ao exame macroscópio do cérebro mostra um grau variável de atrofia cortical com alargamento dos sulcos cerebrais que é mais pronunciado nos lobos frontais, temporais e parietais. 1. 2. 3. Na evolução da DA, os neurônios são perdidos e ocorre a gliose. Os giros se estreitam, os sulcos se alargam, e a trofia cortical torna-se evidente. Perda de aproximadamente 200 gramas em um intervalo de 3-8 anos. Atrofia bilateral e simétrica / maior objetivo pelo córtex frontal e hipocampal. Patologia Normal Patologia 31 Na fase inicial os sintomas mais importantes são: Perda de memória, confusão e desorientação. Ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança. Alteração da personalidade e do senso crítico. Dificuldades com as atividades da vida diária como alimentar-se e banhar-se. Alguma dificuldade com ações mais complexas como cozinhar, fazer compras, dirigir, telefonar. Teoricamente essa fase dura de 2 a 4 anos. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 8.Perda progressiva de peso. 9.Infecções urinárias e respiratórias freqüentes. 10.Término da comunicação. Manifestações Clínicas Na fase intermediária os sintomas da fase inicial se agravam e também pode ocorrer: Dificuldade em reconhecer familiares e amigos. Perder-se em ambientes conhecidos. Alucinações, perda de peso, incontinência urinária. Dificuldades com a fala e a comunicação. Movimentos e fala repetitiva. Distúrbios do sono. Problemas com ações rotineiras. Dependência progressiva. Início de dificuldades motoras. Pode durar de 3 a 5 anos. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Na fase final: Dependência total. Imobilidade crescente. Incontinência urinária e fecal. Tendência em assumir a posição fetal. Mutismo Restrito a poltrona ou ao leito. Presença de úlceras por pressão (escaras). 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Na fase Terminal: Agravamento dos sintomas da fase final. Incontinência dupla. Restrito ao leito. Posição fetal. Mutismo. Úlceras por pressão. Alimentação enteral. Infecções de repetição. Morte. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Até o momento não existe um tratamento curativo para a DA. Algumas medicações específicas: Estabilizadoras: podem retardar a progressão da doença Comportamentais: podem ajudar a minimizar a freqüência e a gravidade dos distúrbios de humor e comportamento. 1. 2. Tratamento Conceito: A Doença de Parkinson pode ser considerada uma doença crônica progressiva no sistema nervoso. Caracterizado por rigidez, bradicinesia e tremor ao repouso. Parkinson caracteriza-se por sinais próprios que distinguem de outros idosos , sendo destacadas dificuldades de controle postural, propriocepção alterada. Instabilidade postural é um dos sinais mais marcantes. Na doença existem alterações no tônus muscular (rigidez), preparações posturais centrais e reações periféricas posturais. 1. Doença de Parkinson 32 Alterações posturais geram descarga de peso nos artelhos, promovendo uma alteração no centro de gravidade. Ocorrem alterações na base de suporte. Adaptações na orientação postural corporal durante as atividades de vida diária. As dificuldades posturais no parkinsoniano podem levar ao maior risco de quedas.Constipação. Déficit respiratório. Stress / depressão. Sem expressão facial. Disfunção cardiopulmonar (hipotensão ortostática, arritmias cardíacas). Reclusão social. Parkinson A doença de Parkinson afeta cerca de 1 em cada 250 indivíduos com mais de 40 anos e cerca de um em cada 100 indivíduos com mais de 65 anos. Etiologia: Idiopática (Doença de Parkinson). Quadro clínico: Tremor ao repouso. Rigidez. Bradicinesia e acinesia. Alteração na marcha, passos curtos e cambaleantes / inclina o corpo para frente de modo a perseguir o centro de gravidade / marcha festinada. Alteração Postural: Ligeira flexão em todas as articulações, levando a uma postura “simiesca” = joelhos, quadris em ligeira flexão; ombros arqueados e cabeça anteriorizada. Instabilidade Postural: Tendência em “tombar” para a frente / são incapazes de realizar movimentos compensatórios. Distúrbios de equilíbrio. Dificuldade nas habilidades finas (barbear, vestir, comer,...). Disartria e Disfagia. Sialorréia. 1. 2. Doença de Parkinson Degeneração dos neurônios dopaminérgicos no núcleo da base. Ao exame macroscópio, observamos uma perda significativa da pigmentação na substância negra. Fisiopatologia Uso de fármacos para repor a dopamina. = uso da Levodopa. Dieta com baixo valor protéico – aprox. 15% de ptn (dieta rica em ptn pode bloquear a ação da L-dopa). Elevar a ingestão de água e fibras para combater a constipação. Cirúrgico: Palidotomia e Talamotomia. Tratamento Cognição. Integridade Sensorial. Presença de Quadro Álgico. Função Visual. Manutenção da ADM. Avaliação Postural. Instabilidade Postural. Resistência Cardiorrrespiratória. Marcha. Implementação imediata. Envolvimento dos familiares. No parkinsoniano a maior parte das alterações posturais surgem graças a: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. -Alterações SNC, núcleos da base. -Alterações nas contrações musculares estáticas e dinâmicas. -Falha nos mecanismos de controle neurológicos. Fisioterapia, Analisar A propriocepção pode ser definida como o input neural proveniente das terminações nervosas denominadas de mecanorreceptores (receptores sensoriais para a propriocepção) localizados na pele, tendões, músculos, cápsulas articulares e ligamentos, cuja informação deriva para o SNC , que a recebe e utiliza para localizar os membros no espaço, para determinar a amplitude e a velocidade do movimento. preponderância nas atividades fisícas e programas de exercícios para idosos. 33 Envelhecimento. Composição Corporal. Aumento de peso. Redução do teor de água corporal. Diminuição da massa muscular. Aumento da gordura corporal. Diminuição de massa óssea. Composição Corporal O objetivo do treino proprioceptivo é encurtar o tempo de resposta entre o estímulo neural e a resposta motora. Os exercícios do treino propriocetivo devem incluir sequências de movimentos repetidos, executados de forma lenta e repentina, realizada em várias superfícies de apoio, com e sem informação visual, com duplo apoio a unipodal, exercícios pliométricos, isocinéticos, treino de equilíbrio específico e apropriado ao grupo. Treino Proprioceptivo Treino Proprioceptivo em Idosos - Impacto na Composição Corporal Um dos aspetos mais importantes no envelhecimento humano é determinar a variabilidade dos componentes da composição corporal, pois as modificações na composição corporal têm grande impacto no estado de saúde na capacidade funcional, bem como na qualidade de vida dos idosos. Os efeitos do exercício físico na saúde incluem a redução dos riscos dos principais problemas de saúde, a melhoria da função cardiorespiratória, força muscular, resistência, flexibilidade e da composição corporal. Propriocepção O treino propriocetivo tem sido uma vertente do exercício físico que tem vindo a ganhar cada vez mais Posição estática bipodal em cima de disco proprioceptivo, tentar apoio unipodal. Mini trampolim com a ajuda do fisioterapeuta, marcha sobre o trampolim, flexão dos joelhos, elevação dos joelhos e realização de exercícios sem apoios. Andar sobre várias pirâmides de espuma com apoio. Programa de Treino Proprioceptivo 18 Exercícios em cada etapa, sendo que na 2ª e 3ª etapas, aos exercícios iniciais (1ª etapa) podemos integrar elementos de maior complexidade e dificuldade (apoio unipodal, restrição visual, etc). Formação de circuitos com várias estações, com exercícios diferentes nas várias sessões, com a duração de 2 a 3 minutos em cada exercício. Todos os exercícios serão realizados descalços, de forma a maximizar o potencial proprioceptivo dos idosos. Exercícios na 1ª etapa Rolar com os pés em cima de cilindros de espuma. Exercícios no Bosu com elásticos, com auxílio do investigador. Pisar bolas com várias textura se rola- las debaixo da planta do pé. 34 Exercícios na 2ª etapa Exercícios na 3ª etapa Posição estática bipodal em cima de disco proprioceptivo, apoio unipodal e dar pontapés no ar Posição estática bipodal em cima de almofada proprioceptiva, flexão de ambos os joelhos Posição estática bipodal em cima de almofada proprioceptiva, chegar com a ponta dos dedos das mãos aos pés Andar sobre várias pirâmides de espuma sem apoios. Para o sangue circular pelo corpo, é necessário que uma bomba (coração) realize uma forca (pressão) para empurrar o sangue no interior das artérias. ventrículo de ejetar e/ou de se encher de sangue nas pressões de enchimento fisiológicas. Pressão Arterial 35 Atividade Física e Cardiopatias Doenças cardíacas alteram a estruturado miocárdio, e limitam a capacidade física para realização de esforço físico. Fadiga de musculatura respiratória e periférica. AUMENTO do esforço muscular. Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma determinada resistência (pressão). Quanto mais estreita é a artéria, maior é a resistência á passagem do sangue. Insuficiência Cardíaca: Síndrome clínica na qual um desordem estrutural ou funcional do coração leva à diminuição da capacidade do Doenças Cardiovasculares Falhando o ventrículo esquerdo, o território que congestiona é o pulmonar. O que se sente? Início precoce do metabolismo anaeróbio. Redução no conteúdo de enzimas aeróbias na musculatura esquelética. 70% dos indivíduos param o exercício por fadiga periférica.Com a piora surge a ortopnéia, a falta de ar quando deitado. É a dispnéia paroxística noturna. Falhando o ventrículo direito surge o edema, ou o inchume, principalmente das pernas e do fígado, além de outros órgãos. Dispneia (falta de ar). Tosse. Fraqueza (astenia). Edema (inchaço, ou aumento do volume dos membros). Dor abdominal. Palpitação. Tonturas. Os sintomas não são exclusivos desta doença. Uma pessoa pode ter o mesmo grau de inchaço que outra, a primeira ter insuficiência cardíaca e a segunda ter varizes. Possíveis sintomas de Insuficiência Cardíaca Dispneia (Respiração dificultosa). Taquicardia (Aceleração do coração). Palidez. Estase jugular (Dilatação das veias jugulares no pescoço). Hepatomegalia (Aumento do fígado). Edema. Sintomas 36 Débito cardíaco diminuído = intolerância ao exercício. Menor perfusão muscular durante o exercício. Exercício Físico e Insuficiência Cardíaca As finalidades do tratamento são prolongar a vida do paciente e melhorar a sua qualidade de vida. Tratamento não farmacológico: Optimização do nível de atividade física. Fisioterapia. Utilização de Oxigênio. Medidas nutricionais. Tratamento farmacológico. Procedimentos cirúrgicos. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Tratamento Maior consumo máximo de oxigênio. Menor consumo de oxigênio em cargas submáximas de trabalho. Aumento da tolerância ao exercício. Aumento das enzimas que participam do processo oxidativo. Aumento da difa-voxigênio. Aumento do débito cardíaco máximo. Aumento do limiar anaeróbio. Redução da dispnéia. Menor ativação neuro –humoral (simpática). Efeito Crônico do Exercício Físico Dinâmico na Insuficiência Cardíaca Resposta inflamatória crônica iniciada por algum tipo de lesão do endotélio. Prevençãodeve começar na infância. Sintomas: -Dilatação dos vasos sanguíneos; Dor no peito ( tipo facadas); Profundas dores de cabeça; Dores nos braços e pernas. Aterosclerose http://pt.wikipedia.org/wiki/Dispneia http://pt.wikipedia.org/wiki/Tosse http://pt.wikipedia.org/wiki/Fraqueza http://pt.wikipedia.org/wiki/Edema http://pt.wikipedia.org/wiki/Variz http://pt.wikipedia.org/wiki/Dispneia http://pt.wikipedia.org/wiki/Taquicardia http://pt.wikipedia.org/wiki/Palidez http://pt.wikipedia.org/wiki/Estase_jugular http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesco%C3%A7o http://pt.wikipedia.org/wiki/Hepatomegalia http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado http://pt.wikipedia.org/wiki/Edema http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_de_vida http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio 37 Colesterol Retirar as placas de gordura que estão presas nas paredes das artérias e curar as lesões que ficam no local. Cirurgia; Cateterismo; Angioplastia a laser; Medicamentos; Atividade física. Fisioterapia. Prolapso de Valva Mitral (PVM): É a anormalidade cardíaca valvar mais frequente, que ocorre predominantemente em jovens do sexo feminino. A valva apresenta superfície irregular e são redundantes, sofrendo abaulamento (prolapso) para o interior do átrio, durante sístole ventricular. Lesões Orovalvares: Estenose Mitral: O orifício da valva mitral é reduzido e o fluxo sanguíneo do átrio para o ventrículo esquerdo é feito através de um gradiente anormal de pressão. Estenose Aórtica: O DC normal é mantido devido a hipertrofia ventricular esquerda. Insuficiência Mitral: Nesse tipo de lesão o orifício da valva mitral encontra-se regurgitante. Insuficiência Aórtica: O DC é mantido devido á dilatação do VE. 1. 2. 3. 4. Tratamento Separado em DUAS subfrações: LDL e HDL. LDL: Colesterol ruim. HDL: Colesterol bom. -lipoproteína de BAIXA densidade. -Carregador primário do colesterol -lipoproteína de ALTA densidade. -Remove colesterol do organismo. O papel do colesterol e das lipoproteínas na Aterosclerose Aumento da LDL: Esse é o fator principal para a doença. O LDL (lipoproteína de baixa densidade) se eleva pela ingestão elevada de gorduras altamente saturadas (principalmente vinda de animais) na dieta diária, por obesidade e inatividade física. Prevenção pelas proteínas HDL: Acredita-se que as HDL (lipop.alta densidade- "flutuam" passando livremente pela luz do vaso)são capazes de absorver cristais de colesterol que começam a ser depositados nas paredes das artérias. Quando a pessoa apresenta uma elevada concentração de HDL em proporção a LDL, as chances de desenvolver aterosclerose são muito reduzídas. Exercício: Esforço fisiológico que evidência (detecta) as anormalidades cardiovasculares. Objetivo: Submeter o indivíduo ao esforço. Resposta: Clínica, hemodinâmica, eletrocardiográfica e metabólica. Prevenção e Reabilitação - Testes de Esforço http://pt.wikipedia.org/wiki/LDL http://pt.wikipedia.org/wiki/HDL 38 Breve Histórico Dor torácica Cansaço, fadiga e dispnéia. Incapacidade de aumento da FC e PA. Queda da FC: Isquemia do coração. PA < que pré esforço: pior prognóstico e > mortalidade. Sintomas BOUSFIELD, 1918 – primeiros registros de alterações elétricas do coração por meio de testes de esforço. BRUCE, 1956 – começou evolução dos testes Novos protocolos. Utilização de eletrodos. 1. 2. Testes - Identificações Isquemia miocárdica. Avaliação de capacidade funcional. Diagnóstico e prognóstico de doenças. Prescrição de exercícios. Observar resultados de intervenções terapêuticas. Testes - Ergométrico Esteira. Cicloergômetro. Testes - Ergoespirométrico Acrescenta ao teste convencional dados de função pulmonar e de trocas respiratórias. Testes - Protocolo Sempre específicos para a população testada. + Intensos: fisicamente ativos BRUCE. + Intensos: limitações etárias/funcionais NAUGHTON e BALKE. 1. 2. Contraindicações Arritmias instáveis – 48h. Hipertensão grave Miocardite ou pericardite. Limitações físicas ou emocionais. FC máx alcançada. Dor no peito. Platô na PAS. Arritmias graves. Palidez Vertigem. Pedido do paciente. Interrupção do Teste Características ou situações patológicas que tenham correlação positiva com doença arterial coronariana (DAC). Quais são os fatores de risco mais importantes? Obesidade. Sedentarismo. Histórico familiar. Obesidade abdominal. Tabagismo. 1. 2. 3. 4. 5. O que é um FATOR DE RISCO? Circunferência de Cintura: Relacionada com as doenças mias fortemente do que adiposidade total. Interação com perfil lipídico adverso. Uma das características da Síndrome Metabólica. Índice de fácil obtenção e baixo custo. Pode ser alterada com mudança do estilo de vida e atividade física regular. -Homens >102cm -Mulheres >88cm Indicadores Antropométricos 39 Razão Cintura Quadril – RCQ Ao ingressarem em um programa dereabilitação cardíaca, os pacientes portadores de cardiopatia isquêmica podem esperar melhora: Angina. Melhorada capacidade funcional. Melhor controle de diversos fatores de risco para doença cardiovascular. O exercício tende a reduzirem 20% a mortalidade por todas as causas e em 26% a mortalidade cardíaca. Benefícios da Atividade Física Correlacionada comum perfil lipídico adverso, inatividade física e risco de mortalidade. A distribuição de gordura corporal, mais do que a gordura corporal total é associada a riscos de saúde (BROCHU et al. 2000), principalmente do coração (HO, et al. 2001; FOUCAN et al. 2002). Índice de massa corporal – IMC (Kg/m²). Indicadores Antropométricos Bouchard,(2003) Entre mulheres americanas, aquelas com valor de IMC acima de 29 Kg/m2 apresentavam risco de desenvolver doença arterial cononariana (DAC) aumentado em3,3 vezes, quando comparadas com mulheres que apresentavam IMC menor que 21 Kg/m2. 1993 – Associação Americana do Coração. “Inatividade física é FATOR DE RISCO para o desenvolvimento de doença arterial coronariana” Estudo clássico – PAFFENBARGER, 1986. Atividade Moderada: 29%. Vigorosa: 46%. Risco de DCV. 1. 2. Eficiência: Tamanho: - Redução na carga de trabalho. -Melhora da contratilidade do músculo cardíaco. -Aumento da capacidade fibrinolítica (dissolução de coágulos). -Aumento do volume do ventrículo esquerdo. -Aumento da capacidade de ejeção sanguínea. Efeitos da Atividade Física sobre o Coração 40 Morte Súbita – Prevalência -Obesidade-Mulher acima de 50 anos. -Responder “SIM” para uma das questões listadas no PAR-Q. Morte Súbita em Exercícios é Rara na População em geral. Morte Instantânea mais Rara ainda (< de 1. “73% por cardiopatias agudas/crônicas, em indivíduos com alto FR”. Morte em Programas Supervisionados (Cardiopatas) 167 programas nos EUA. 51.303 pacientes; 2.361.916 hr exercício. 21 paradas cardíacas (3 mortes). 8 infartos não fatais. 1 parada cardíaca / 1.119.96 horas- paciente. 1 infarto / 2.939.90 horas-paciente. 1 morte / 7.839.72 horas-paciente. Morte Súbita & Esportes Vigorosos 5 vezes maior. 56 vezes maior. Morte -> 0. Horas/Participação -> 292.254. -Entre praticantes freqüentes. -Nos praticantes esporádicos. Quando a Avaliação Médica é Necessária? Antes de se engajar em atividade física Vigorosa, quando: Tabagista. Possui doença cardiovascular. Tem dois ou mais fatores de risco para doença cardiovascular: -Pressão arterial elevada. -Colesterol elevado. -Histórico familiar de doença cardiovascular. -Diabetes mellitus. -Homem acima de 40 anos Teste de Esforço? "ACSM recomenda um teste de esforço supervisionado por médico para pessoas acima de 50 anos que querem começar um programa de treinamento vigoroso. Entretanto, se a recomendação geral para uma pessoa idosa for simplesmente andar ou participar em programas de treinamento de força, o teste não é provavelmente necessário." Prescrição do Exercício Aeróbio Intensidades de esforço, baseados na FC e teste ergoespirométrico. Adaptações ao Treinamento Aeróbico Frequência Cardíaca: FC repouso e em exercício submáximo. Pressão Arterial: PA repouso e em exercíciosubmáximo. Consumo de Oxigênio: Débito Cardíaco. Nos pacientes portadores de cardiopatia, o treinamento aumenta em 10% a 30%oVO2máx. Função Ventricular: Mesmo débito cardíaco, <FC; >VS. Metabolismo: Lipídeos glicogênio muscular. 41 Prescrição do Exercício Resistido A American Heart Association (2000),recomenda o exercício com pesos para indivíduos portadores de comprometimentos cardiocirculatórios, já que uma menor frequência cardíaca durante a atividade, comparada ao exercício aeróbio de intensidade moderada a alta. Não ultrapassar 50-60% da força de contração voluntária máxima. Iniciar com pesos baixos e com série única de 10 a 15 rep. até fadiga moderada utilizando de 8a 10 exercícios e PSE de 11 a 13 de Borg (ACSM, 2006). Cargas submáximas e rep. Submáximas (Haslam et al,1988; Farinatti, 2000; Assis, 2000). Evitar séries sucessivas para um mesmo exercício ou grupamento muscular (D’avilaet al, 2001). Aplicar intervalos de recuperação longos (2min.) em programas com mais de 2 séries por exercício (D’avila et al, 2001; Polito, 2004). Evitar a manobra de valsalva. Adaptações ao Treinamento de Força O American College of Sports Medicine (2000), sugere que é menos provável que o exercício estático provoque episódios de angina de peito em pacientes com doença arterial coronariana do que exercícios dinâmicos, isto possivelmente como resultado de um fluxo coronariano aumentado durante a diástole. O processo de envelhecimento na maioria das vezes, caracterizase pela alta incidência de doenças crônicas e degenerativas que, resultam em dependência. Muitos desses quadros são acompanhados por dor crônica e pode interferir de modo acentuado na qualidade de vida dos idosos. No âmbito das afecções do aparelho locomotor, a dor é o sintoma mais frequente e uma das principais causas de procura por assistência médica. Além da alta prevalência, pode estar presente nas doenças que causam maior impacto negativo na produtividade dos indivíduos acometidos variando em intensidade conforme sua evolução. Destacando-se as doenças que mais frequentemente causam dor crônica no sistema musculoesquelético, incapacidade funcional e fragilidade isto é, a perda das habilidades físicas e mentais necessárias para a realização de suas atividades básicas e instrumentais da vida diária: Também está associada a uma variedade de condições como: sobrecarga mecânica, alterações bioquímicas da cartilagem e membrana sinovial e fatores genéticos. Dentre elas a OA de quadril e joelho são as mais incapacitantes uma vez que essas articulações recebem todo peso corporal. principais elementos. A influência da dor osteoarticular crônica na capacidade funcional do idoso Dor e Incapacidade Funcional 42 Osteoartrite É uma afecção dolorosa que ocorre por insuficiência da cartilagem articular, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição dos seus Tratamento Os tratamentos clínicos utilizados para o alívio dos sintomas álgicos na osteoartrose formam um arsenal composto por: fármacos e a utilização de ácido hialurônico via intra-articular. Nas intervenções não farmacológicas, podem ser citados: a educação dos pacientes e familiares, a reabilitação e os exercícios, a redução dos fatores mecânicos sobre a articulação e as terapias complementares, foi observado que o uso do TENS foi efetivo para a redução da dor e melhora da funcionalidade. Artrite Reumatoide É uma doença inflamatória articular de evolução crônica, caracterizada por eventos dolorosos e deformidades físicas. A doença evolui com graus variáveis de incapacidade funcional e está associada a taxas de morbidade e mortalidade aumentadas em Tratamento Indivíduos osteoporóticos, quando submetidos a programas de atividade física, apresentaram melhora na sensação de dor e diminuição significativa no uso de analgésicos, com consequente aumento na mobilidade e na capacidade funcional, além de ganho de massa óssea. comparação à população normal. 43 Os tratamentos clínicos utilizados para o alívio dos sintomas álgicos e composto por: fármacos e intervenções não farmacológicas, como a educação dos pacientes e familiares, reabilitação e os exercícios , foi observado que a hidroterapia foi benéfica para a qualidade de vida e para a dor dos pacientes tratados. Polimialgia Reumática É uma doença reumatológica que afeta geralmente os idosos. A etiologia da doença mantém-se desconhecida, Caracteriza-se como uma doença com risco de incapacidade, acompanhada de diversas comorbidades. Tratamento O tratamento consiste em fármacos glicocorticóides e a hidroterapia parece estar bastante indicada para esses pacientes uma vez que está relacionada com a melhora da qualidade de vida. Estudos mostraram que a hidroterapia é terapia eficaz para o tratamento da fibromialgia e oferece benefícios significativos quando comparada à atividade em solo, levando à diminuição da sintomatologia dolorosa. Osteoporose É uma doença esquelética sistêmica caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração microarquitetural do teci- do ósseo, com consequente aumento da fragilidade e suscetibilidade à fratura. Tratamento A dor crônica acomete, em todo o mundo, cerca de 100 milhões de indivíduos e está relacionada às articulações e ao sistema musculoesquelético e gera o declínio da funcionalidade do idoso. Esse entendimento é importante para o planejamento de políticas públicas e implementação de programas que visem principalmente a prevenção e o controle das doenças crônicas osteoarticulares, promovendo maior funcionalidade e qualidade de vida para essa população. Conclusão
Compartilhar