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Profa. Ma. Vanessa Pereira UNIDADE II Fisioterapia Geriátrica e Gerontológica A capacidade funcional é um dos principais preditores de saúde na população idosa; atualmente saber as atividades que o idoso é capaz de realizar é mais importante que o conhecimento sobre sua doença. A capacidade funcional é a possibilidade de planejar e executar tarefas necessárias para uma vida independente; a aptidão necessária para o idoso realizar atividades que permitam cuidar de si mesmo e participar da vida em comunidade de forma ativa. Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica Fonte: Perracini; Guerra; Pereira (2019, p. 9). Vida juvenil Crescimento e desenvolvimento Vida adulta Manter o mais alto nível de função possível Velhice Manter a independência e prevenir as deficiências C a p a c id a d e f u n c io n a l Reabilitação e garantia de qualidade de vida Limiar da incapacidade Idade O fisioterapeuta que atende idosos tem como objetivo principal resgatar ou melhorar a funcionalidade em tarefas simples como o levantar de uma cadeira, tomar um banho sozinho até tarefas mais avançadas como dirigir, viajar, fazer uma trilha. Não há limites impostos pela idade, o mais importante é promover a realização de sonhos funcionais. Os avanços em saúde têm buscado e conquistado aumento da expectativa de vida da população, porém a fisioterapia tem o desafio de garantir qualidade e valor a esses anos adquiridos (PERRACINI; FLÓ, 2019). Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica FISIOTERAPIA GERONTOLÓGICA MULTIDIMENSÃO ENVELHECIMENTO FUNCIONALIDADE REABILITACÃO Fonte: autoria própria. Idosos que realizam com independência atividades que têm significado e trazem motivação atingem o envelhecimento ativo ou bem-sucedido. A funcionalidade do idoso é determinada pelo seu grau de independência e existe a possibilidade de avaliá-la através de instrumentos específicos. Esses instrumentos podem ser utilizados para a identificação do status funcional atual e como parâmetro para a identificação de diferentes abordagens associadas com o público idoso. Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica Fonte: https://bit.ly/3vvc4go. Acesso em: 2 jun. 2021. Índice de Katz A Escala de Katz avalia o desempenho em atividades da vida diária, seguindo uma hierarquia de complexidade através de cinco tarefas (alimentação, transferência, higiene pessoal, capacidade de se vestir, tomar banho e uma função (controle esfincteriano). (FREITAS, ELIZABETH DE; PY, 2006; PERRACINI; FLÓ, 2019) Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica Fonte: adaptado de: Duarte; Andrade; Lebrão (2007, p. 324). ATIVIDADES Pontos (1 ou 0) INDEPENDÊNCIA (1 ponto) SEM supervisão, orientação ou assistência pessoal DEPENDÊNCIA (0 pontos) COM supervisão, orientação ou assistência pessoal ou cuidado integral Banhar-se Pontos:___ (1 ponto) Banha-se completamente ou necessita de auxílio somente para lavar urna parte do corpo como as costas, genitais ou uma extremidade incapacitada. (0 pontos) Necessita de ajuda para banhar-se em mais de uma parte cio corpo, entrar e sair do chuveiro ou banheira ou requer assistência total no banho. Vestir-se Pontos:___ (1 ponto) Pega as roupas do armário e veste as roupas intimas, externas e cintos. Pode receber ajuda para amarrar os sapatos. (0 pontos) Necessita de ajuda para vestir-se ou necessita ser completamente vestido. Ir ao banheiro Pontos:___ (1 ponto) Dirige-se ao banheiro, entra e sai do mesmo, arruma suas próprias roupas, limpa a área genital sem ajuda. (0 pontos) Necessita de ajuda para Ir ao banheiro, limpar-se ou usa urinol ou comadre. Transferência Pontos:___ (1 ponto) Senta-se/deita-se e levanta- se da cama ou cadeira sem ajuda. Equipamentos mecânicos de ajuda são aceitáveis. (0 pontos) Necessita de ajuda para sentar-se/ deitar-se e levantar-se da cama ou cadeira. Continência Pontos:___ (1 ponto) Tem completo controle sobre suas eliminações (urinar e evacuar). (0 pontos) É parcial ou totalmente incontinente do intestino ou bexiga Alimentação Pontos:___ (1 ponto) Leva a comida do prato a boca sem ajuda. Preparação da com ida pode ser feita por outra pessoa. (0 pontos) Necessita de ajuda parcial ou total com a alimentação ou requer alimentação parenteral. Total de Pontos :___ 6 = Independente 4 = Dependência moderada Brazilian OARS Multidimensional Functional Assessment Questionnaire (BOMFAQ) Esse instrumento avalia a dificuldade referida em 15 atividades da vida diária, constituídas de oito atividades físicas mais simples (deitar e levantar da cama, comer, pentear o cabelo, andar no plano, tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro em tempo e cortar unhas dos pés) e sete atividades instrumentais da vida diária mais complexas (subir um lance de escada, medicar-se na hora, andar perto de casa, fazer compras, preparar refeições, sair de condução e fazer limpeza de casa) (PERRACINI; FLÓ, 2019). Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica Fonte: adaptado de: Perracini; Guerra; Pereira (2019, p. 21). Gostaria de perguntar sobre algumas atividades e tarefas do seu dia a dia. O(A) senhor(a) consegue fazer as atividades a seguir sem necessidade de auxílio, precisa de ajuda ou não consegue fazer essas atividades de forma alguma? Atividade Sem dificuldade Dificuldade Não sabe Não respondeu Pouca Muita Deitar/levantar da cama Comer Pentear cabelo Andar no plano Tomar banho Vestir-se Ir ao banheiro em tempo Subir um lance de escada Medicar-se na hora Andar perto de casa Fazer compras Medida de Independência Funcional ( MIF) A Medida de Independência Funcional surgiu na década de 1980 com objetivo de formar um grande banco de dados de informações de avaliações e evoluções de pacientes em processo de reabilitação. Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica A MIF é composta de 18 itens, com escore total variando entre 18 e 126 pontos e possibilita quantificar a necessidade de ajuda de terceiros que o idoso precisa para realizar determinada atividade da vida diária. As atividades avaliadas incluem atividades de autocuidado, controle dos esfíncteres, locomoção, mobilidade/ transferência e cognição social, em que cada atividade avaliada apresenta uma pontuação que varia entre 1 - que significa totalmente dependente - a 7 - totalmente independente (RIBEIRO et al., 2018). Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica Mobilidade e transferências I. Leito, cadeira, cadeira de rodas J. Sanitário K. Banheira, chuveiro Locomoção L. Marcha/cadeira de rodas M. Escadas Comunicação N. Compreensão O. Expressão Fonte: adaptado de: Perracini; Guerra; Pereira (2019, p. 214). Escala de Lawton e Brody Em 1969, Lawton e Brody elaboraram uma escala com nove itens para avaliar atividades instrumentais da vida diária (uso de telefone, fazer compras, preparar refeição, fazer faxina, lavar roupa, usar meios de transporte, manusear medicações e manusear dinheiro). Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica Fonte: adaptado de: Freitas e Miranda (2011, p. 1381). 1. O(A) Sr.(a) consegue usar o telefone? Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 2. O(A) Sr.(a) consegue ir a locais distantes, usando algum transporte, sem necessidade de planejamentos especiais? Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 3. O(A) Sr.(a) consegue fazer compras? Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 4. O(A) Sr.(a) consegue preparar suas próprias refeições? Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 5. O(A) Sr.(a) consegue arrumar a casa? Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 6. O(A) Sr.(a) consegue fazer os trabalhos manuais domésticos, como pequenos reparos? Semajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 7. O(A) Sr.(a) consegue lavar e passar sua roupa? Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 8. O(A) Sr.(a) consegue tomar seus remédios na dose certa e no horário correto? Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 9. O(A) Sr.(a) consegue cuidar de suas finanças? Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue 3 2 1 A fisioterapia contribui para a melhora da capacidade funcional e consequentemente para a mudança da população idosa, tornando-a mais ativa e saudável. Cada atividade a ser recuperada deve ser analisada, identificando quais são as habilidades necessárias para ela acontecer e, a partir dessa análise, buscar a superação de limites e o sucesso no resultado final. Capacidade funcional do idoso e avaliação fisioterapêutica Diagnóstico Tanto o processo como o resultado final da avaliação da informação obtida no exame, quando o fisioterapeuta organiza em grupos, síndromes ou categorias para auxiliar a determinar as estratégias de intervenção mais apropriadas. Prognóstico Determinação do nível de melhora ideal que pode ser alcançado por meio da intervenção e a qualidade de tempo necessária para alcançar esse nível. Intervenção Interação proposital e hábil do fisioterapeuta com o paciente/ cliente e, se apropriado, com outros indivíduos envolvidos no cuidado do paciente/cliente utilizando diversos métodos e técnicas de fisioterapia para produzir mudanças na condição que são consistentes com o diagnóstico. Resultados Resultado do tratamento do paciente/cliente, que inclui o remediar da imitação funcional e da disfunção,otimizar a satisfação do paciente/cliente e prevenção primária ou secundária. Exame O processo de obtenção da história, realizar revisão dos sistemas relevantes e selecionar e administrar testes e medidas específicas para obter informação. Avaliação O processo dinâmico no qual o fisioterapeuta realiza julgamentos clínicos baseados na informação coletada durante o exame.Fonte: adaptado de: Shumway- Cook; Woollacott (2010, p. 139). Capacidade funcional é a capacidade do indivíduo de realizar atividades físicas e mentais necessárias para a manutenção de suas atividades básicas e instrumentais da vida diária; é considerada um dos importantes marcadores do envelhecimento bem-sucedido e da qualidade de vida dos idosos. Escolha um exemplo de atividade básica da vida diária, cite o nome do instrumento que pode avaliá-la, analise a atividade pelo olhar da fisioterapia e cite uma abordagem terapêutica para tornar o idoso independente nessa atividade. Interatividade Um exemplo de atividade básica da vida diária é promover a capacidade de tomar banho sozinho. O instrumento utilizado para avaliar essa atividade é o índice de Katz. Devemos pensar no que é necessário para essa atividade, ficar em pé em apoio bipodal e unipodal, com olhos abertos e fechados, ter boa mobilidade de quadril e tronco para lavar os membros inferiores e boa mobilidade da cintura escapular para lavar o rosto e cabelo. O fisioterapeuta pode usar como estratégia o treino de equilíbrio do idoso com atividades de diminuição da base de sustentação e olhos fechados. Resposta Problema de Saúde Pública. A queda pode ser definida como um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior a posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil e de etiologia multifatorial (PERRACINI; FLÓ, 2019; SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2008). Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/pescador-barco-de-pesca-barco-pesca-2739115 A queda é considerada a sétima causa de morte acidental em idosos de 75 anos ou mais (PEREIRA; MAIA; SILVA, 2013). Em relação ao local das quedas, o mais comum é o próprio domicílio, seguido da via pública e os mecanismos são quedas da própria altura, escorregão, tropeço ou passo em falso (GAWRYSZEWSKI, 2010). A idade avançada está associada às quedas, pois quanto maior a idade maiores as alterações físicas, funcionais e doenças que afetam o equilíbrio. O sexo feminino apresenta maior chance de sofrer quedas (GAWRYSZEWSKI, 2010). Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Queda Perturbação do equilíbrio Falência na compensação da perturbação Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais O equilíbrio pode ser definido como a capacidade de manter o centro de gravidade projetado sobre a base de sustentação em situações estáticas, semiestáticas ou dinâmicas (KLEINER; SCHLITTLER; SÁNCHEZ ARIAS, 2001; PEREIRA; MAIA; SILVA, 2013). Fonte: autoria própria. Sistemas do equilíbrio postural Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: autoria própria. Processa- mento central (Sistema Nervoso Central) Sistema efetor (músculos, articulações e ligamentos- estratégias antecipatórias e reativas de equilíbrio) Sistemas sensoriais (visual, vestibular e somatossen- sorial) Estratégias de recuperação do equilíbrio - tornozelo, quadril e passo. Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: Shumway-Cook; Woollacott (2010, p.139). Fatores de riscos associados às quedas em idosos Intrínsecos: Alterações do envelhecimento; Patologias específicas; Efeito medicamentoso. Extrínsecos Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais As consequências mais comuns são: Hospitalização; Traumatismo de cabeça; Fratura do quadril, incluindo a fratura de fêmur; Diminuição da capacidade funcional; Medo de cair; Institucionalização; Morte (GAWRYSZEWSKI, 2010; PENA et al., 2019). Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/holzfigur-pedras-luta-de-vida-980784 Avaliação funcional do equilíbrio e do risco de quedas: Anamnese: voltada à história e aos motivos que levaram o idoso a cair; Número de quedas no último ano; Local; Horário; Apresentou algum desconforto antes de cair; Ingeriu alguma bebida alcóolica antes de cair; Mecanismo; Consequências da queda. Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Avaliação funcional do equilíbrio e do risco de quedas: Escala de Equilíbrio de Berg. Máximo de pontuação 56 pontos. Fácil aplicabilidade. Seleciona pacientes aptos à reabilitação. Prediz quedas. Verifica a resposta do paciente ao tratamento. Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: Miyamoto; Lombardi Junior; Berg; Ramos; Natour (2004, p. 1419-1421). Avaliação funcional do equilíbrio e do risco de quedas: Índice de Marcha Dinâmico. Avalia e documenta a capacidade do indivíduo em modificar o andar. 8 tarefas que envolvem a marcha em diversos contextos. Cada tarefa varia de 0 a 3. Pontuação máxima do teste: 24 pontos. Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: Castro; Perracini; Ganança (2006, p. 822-823). Avaliação funcional do equilíbrio e do risco de quedas Timed up and Go Test O time up and go test quantifica em segundos a mobilidade funcional e o risco de quedas de uma forma rápida. Idosos que realizam o teste em até 10 segundos são considerados saudáveis; entre 11 e 20 segundos é o tempo esperado para idosos frágeis ou com alguma incapacidade e, acima de 20 segundos, sugere-se prejuízo da mobilidade e a necessidade de investigação mais minuciosa do equilíbrio e da mobilidade. O risco de quedas associa-se a esse teste quando o idoso realiza o trajeto em mais de 13,5 segundos (ALEXANDRE et al., 2012; CABRAL, 2011; PERRACINI; FLÓ, 2019; SHUMWAY- COOK, ANNE, WOOLACOTT, 2010). Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Avaliação funcional do equilíbrio e do risco de quedas: Teste de Organização Sensorial. Nesse teste o idoso deverá manter o equilíbrio em pé por 30 segundos. 6 condições sensoriais diferentes. Pés juntos e as mãos posicionadas próximas ao quadril. (MACEDO; GAZZOLA; RICCI, 2015); (SHUMWAY-COOK;ANNE; WOOLACOTT, 2010). Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: Shumway-Cook; Woollacott (2010, p. 277). Prevenção de quedas: atuação da equipe interdisciplinar Medicina. Nutrição. Psicologia. Correção de riscos ambientais. Fisioterapia. Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Prevenção de quedas: fisioterapia Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: Resende; Rassi; Viana (2008, p. 60). Fonte: Mantello; Moriguti; Rodrigues Junior; Ferrioli (2008, p. 175 e 176). Exercício 4 Exercício 5 Exercício 6 Exercício 7 Exercício 8 Exercício 9 Exercício 10 Exercício 11 Exercício 14Exercício 13Exercício 12 Prevenção de quedas: fisioterapia Equilíbrio, quedas e adaptações ambientais Fonte: https://bit.ly/3uBXEts. Acesso em: 2 jun. 2021. Fonte: https://bit.ly/3oZoA5k. Acesso em: 2 jun. 2021. As quedas são eventos comuns experimentados por todos durante a vida, porém na população idosa apresentam uma importância maior devido às consequências que trazem como fratura de fêmur, limitação funcional, síndrome pós-quedas e isolamento social. Quando o idoso apresenta risco ou histórico de quedas faz-se necessária a aplicação de escalas funcionais que avaliem a interferência das quedas nas atividades do indivíduo e o risco de um novo evento. Cite o nome e descreva uma das avaliações utilizadas pelo fisioterapeuta para avaliação de risco de quedas ou equilíbrio. Interatividade A escala de equilíbrio de Berg avalia o equilíbrio em 14 tarefas funcionais como levantar e sentar numa cadeira, diminuir a base de sustentação, realizar um giro de 369 graus e manter os olhos fechados. Esta escala avalia o equilíbrio nas tarefas avaliadas e o risco de quedas. Resposta Cuidado paliativo, segundo a Organização Mundial da Saúde, é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio de sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Cuidados paliativos Fonte: https://pixabay.co m/pt/photos/cuida dos-paliativos- cuidados-1821429 Princípios de cuidados paliativos: Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis. O fisioterapeuta apresenta um arsenal de estratégias para promover analgesia como as terapias manuais, eletroestimulação, acupuntura, crioterapia, termoterapia e hidroterapia; portanto, é um dos membros da equipe que tem a possibilidade de promover alívio de sofrimento e melhora da qualidade de vida de idosos sob esses cuidados. Cuidados paliativos Fonte: https://pixabay.com/pt/phot os/cuidados-paliativos- lado-a-lado-1793998 Princípios de cuidados paliativos: Afirmar a vida e considerar a morte como um processo natural. Não acelerar e nem adiar a morte. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente. Cuidados paliativos Fonte: https://pixabay.com/pt/ photos/cuidados- paliativos-monge-e- paciente-1794912 Princípios de cuidados paliativos: Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao idoso viver tão ativamente quanto possível até a morte. Esse é um princípio que o fisioterapeuta tem muito a contribuir: hoje a capacidade funcional tornou-se mais importante do que a doença em si; se o idoso está bem funcionalmente ele pode realizar tudo o que quiser como dirigir, viajar, manter a sua autonomia preservada. Cuidados paliativos Princípios de cuidados paliativos: Oferecer um sistema de suporte para a família durante a doença e no momento do luto. Abordagem em equipe interdisciplinar. O trabalho em equipe interdisciplinar é essencial em gerontologia, especialmente em cuidados paliativos, pois existe uma necessidade de diferentes olhares para aquele idoso no sentido de reduzir ao máximo os seus diferentes sofrimentos. Trabalhar em equipe é sempre um desafio, pois escancaramos nossa atuação profissional e colocamos a prova nossas vaidades, mas por outro lado, como é rico e gratificante entender que o seu paciente tem todas as suas necessidades sanadas e que temos um limite como profissionais. Cuidados paliativos Princípios de cuidados paliativos: Melhorar a qualidade de vida. Vale sempre lembrar que aquele idoso é um ser biográfico, que tem uma história de vida, que deve ser respeitado em relação às suas decisões e desejos. Devem ser iniciados o mais precocemente possível junto a outras medidas de prolongamento da vida. Quanto antes forem iniciados melhor, pois teremos a possibilidade de avaliar e entender as necessidades e decisões do idoso. Cuidados paliativos Princípios de cuidados paliativos: O fisioterapeuta na equipe de cuidados paliativos. O fisioterapeuta tem um lindo papel na equipe de cuidados paliativos, pois nos aproximamos do idoso de forma intensa com o nosso toque terapêutico que é uma linda forma de comunicação não verbal. Cuidados paliativos Fonte: acervo pessoal. Idosa, 98 anos, doença de Alzheimer, adora jogar bola e passear no parque Ibirapuera, gosta muito de músicas do Roberto Carlos e marchinhas de Carnaval. Elabore um programa de cuidados paliativos, respeitando a definição e princípios. Interatividade Inicialmente, realizaria uma avaliação da dor, da funcionalidade, do equilíbrio e marcha da idosa para entender seu status funcional e suas queixas. Depois, iniciaria atividades ao ar livre no parque, como caminhada, treino de equilíbrio e marcha, incluindo a música e a dança durante a terapia. Resposta Envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). O envelhecimento ativo significa a participação ativa do idoso perante a sua vida, seja nas decisões, na busca por colocações profissionais, ao aprender uma nova língua ou um instrumento musical, ir a eventos sociais, namorar, fazer esportes radicais, ter experiências novas e estar fisicamente ativo. Envelhecimento ativo Fonte: https://bit.ly/2ThmKAP. Acesso em: 2 jun. 2021. Fatores determinantes do envelhecimento ativo: A prática de atividade física, seja de forma regular, no formato de exercícios, realização de fisioterapia ou nos momentos de lazer (pescar, jardinagem, surfar, andar de bicicleta, jogar futebol, nadar). Ter acesso a uma dieta balanceada. Controle do tabagismo e etilismo que podem trazem repercussões negativas à saúde. Ausência de incapacidades que limitam o idoso a realizar as suas atividades com independência. Ter resiliências, ou seja, ter emoções positivas diante de perdas ou dificuldades impostas pela vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). Envelhecimento ativo Programas e políticas podem ser implementados nos diferentes municípios para promover o envelhecimento: Ambiente de trabalho com acessibilidade; Vias públicas iluminadas, sem barreiras arquitetônicas; Programas públicos de exercício e reabilitação; Programa de educação básica ou continuada voltada para idosos - programa de acesso a tecnologias assistivas visual (óculos ou lentes), auditiva (prótese auditiva) e locomotora (bengala e andadores); Oportunidades de negócios independentemente da idade; Políticas de apoio a cuidadores, especialmente os não formais, muitas vezes familiares (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). Envelhecimento ativo Aptidão cardiorrespiratória A aptidão cardiorrespiratória é a capacidade de captação e utilização do oxigênio possibilitando a sustentação e o trabalho muscular prolongado, especialmente em atividades aeróbicas como: caminhar, fazer hidroginástica, pedalar, nadar e dançar (NASCIMENTO DA SILVA, MARIA DE LOURDES DO; MARUCCI; ROEDIGER, MANOELA DE ALMEIDA, 2016). Envelhecimento ativo Fonte:autoria própria. Força muscular Os idosos apresentam excelentes ganhos de força muscular independentemente da idade ou modalidade de atenção que estão inseridos, seja com equipamentos de musculação, com exercícios em cadeia cinética fechada, como sentar e levantar da cadeira de forma seriada, fazendo uso de pesos livres ou resistências elásticas. Envelhecimento ativo Capacidade funcional A atividade física tem um impacto importante na capacidade funcional. Idosos praticantes de exercícios apresentam um melhor desempenho funcional quando comparados a idosos sedentários (NASCIMENTO DA SILVA, MARIA DE LOURDES DO; MARUCCI; ROEDIGER, MANOELA DE ALMEIDA, 2016). Envelhecimento ativo Atendimento em grupo terapêutico Quando trabalhamos com grupos terapêuticos na gerontologia, é necessário ter uma visão global do idoso. Os grupos devem ser desenvolvidos de forma específica, com um número pequeno de idosos, e devemos estar atentos a pequenas alterações que podem evoluir e promover a piora da saúde do idoso (PERRACINI; FLÓ, 2019). O fisioterapeuta trabalha com atividades terapêuticas e educativas, especialmente em grupo. A prática de atividade física recomendada ao idoso é de acumular pelo menos 30 minutos diários de atividades moderadas todos os dias da semana. Envelhecimento ativo Fonte: https://bit.ly/34qcyse. Acesso em: 2 jun. 2021. Atendimento em grupo terapêutico O ambiente de grupo proporciona um importante reforço social para a adesão; nessas atividades o idoso aumenta o vínculo com seus companheiros, pois trocam ideias, dificuldades e alegrias - um estimula ao outro (BALADY, GARY J., BERRA, KATHY A., GOLDING, LAWRENCE A., GORDON, NEIL F., MAHLER, DONALD A., MEYERS, JONATHAN N., SHELDAHL, 2003). Envelhecimento ativo Fonte: https://bit.ly/3p980Qr. Acesso em: 2 jun. 2021. Atendimento em grupo terapêutico É importante que esses grupos terapêuticos possam acontecer em diferentes modalidades de atenção à saúde do idoso, como nas instituições de longa permanência para idosos, nos centros dia, nos centros de convivência, clínicas e no ambiente hospitalar. O importante é sempre manter o idoso ativo e participativo de atividades com pessoas da mesma faixa etária para que possa haver troca de experiências, aumento do vínculo e motivação. Envelhecimento ativo Fonte: https://bit.ly/3fCEDmF. Acesso em: 2 jun. 2021. Convido vocês a participarem do chat após a aula! Convite para participação do chat ALEXANDRE, T. S. et al. Accuracy of Timed Up and Go Test for screening risk of falls among community-dwelling elderly. Brazilian Journal of Physical Therapy, v. 16, n. 5, p. 381-388, 2012. BALADY, G. J. et al. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. CABRAL, A. L. L. Tradução e validação do teste Timed Up and Go e sua correlação com diferentes alturas da cadeira. 2011. Dissertação (Mestrado em Gerontologia) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2011. CASTRO, S. M.; PERRACINI, M. R.; GANANÇA, F. F. Dynamic Gait Index: Brazilian version. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 72, n. 6, p. 817-825, 2006. FREITAS, E. V.; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. GAWRYSZEWSKI, V. P. The importance of falls on the same level among the elderly in São Paulo state. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 56, n. 2, p. 162-167, 2010. Referências KLEINER, A. F. R.; SCHLITTLER, D. X. D. C.; SÁNCHEZ ARIAS, M. D. R. O papel dos sistemas visual, vestibular, somatossensorial e auditivo para o controle postural. Revista Neurociências, v. 19, n. 2, p. 349-357, 2001. MACEDO, C.; GAZZOLA, J. M.; RICCI, N. A. Influence of sensory information on static balance in older patients with vestibular disorder. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 81, n. 1, p. 50-57, 2015. PENA, S. B. et al. Medo de cair e o risco de queda: revisão sistemática e metanálise. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 32, n. 4, p. 456-463, 2019. PEREIRA, V. V.; MAIA, R. A.; SILVA, S. M. C. A. The functional assessment Berg Balance Scale is better capable of estimating fall risk in the elderly than the posturographic balance stability system. Arquivos de Neuropsiquiatria, São Paulo, v. 71, n. 1, p. 5-10, 2013. PERRACINI, M.; FLÓ, C. Funcionalidade e envelhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Referências RIBEIRO, D. K. M. N. et al. O emprego da Medida de Independência Funcional em idosos. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 38, n. 4, p. e66496, 2018. SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. 3. ed. Barueri: Manole, 2010. SBGG. Quedas em idosos: prevenção. 2008. Disponível em: https://bit.ly/3c4vqBe. Acesso em: 2 jun. 2021. SILVA, M. L.; MARUCCI, M. F. N.; ROEDIGER, M. A. Tratado de nutrição em gerontologia. Barueri: Manole, 2016. WHO. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. Referências ATÉ A PRÓXIMA
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