Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisioterapia Musculoesquelética Sumário Processo de Cicatrização e Reparo Tecidual....................................................................3 Tipos de Cirurgia Ortopédica.................................................................................................11 Osteoartrite...................................................................................................................................22 Reabilitação nas Osteoplastias..............................................................................................31 Auxiliares de Marcha................................................................................................................44 Fraturas da Coluna Cervical...................................................................................................49 Traumas Ortopédicos dos Membros Inferiores.........................................................60 Traumas Ortopédicos dos Membros Superiores........................................................78 Amputações de Membros Inferiores................................................................................97 Ombro e Cintura Escapular..................................................................................................112 Disfunções de Quadril e Joelho..........................................................................................125 Cervicalgia....................................................................................................................................139 Altera o Metabolismo Mediadores Pró-Inflamatórios O processo inflamatório precisa existir, para a sobrevivência, por mais que fármacos sejam utilizados no intuito de diminuir o desconforto como a febre e a dor (entre outros) causada pelo processo inflamatório. Agente Agressor: Vírus, bactéria, ferida, entre outros. Processo Inflamatório: Existe em qualquer situação, como por exemplo: batida, fratura, rompimento... ou eliminar o agente agressor. Processo de Cicatrização e Reparo Tecidual Processo de Cicatrização Qual a Importância de entender o processo de cicatrização? É um processo comum e inevitável a qualquer forma de agressão. Bom entendimento facilita e melhora a conduta a ser tomada. Sequenciar as fases da reabilitação. Adequar a melhor terapia no "tempo" ideal. 1. 2. Classificação 03 Fases do Processo de Cicatrização Inflamatória (ferida aberta). Reparação (fechando - vaso recém formado, não pode mexer). Remodelação (fechado - consolidação óssea/muscular, pode mexer sem esfregar). 1. 2. 3. 1- Fase Inflamatória Lesão Inflamação Qualquer agressão ao organismo gera um processo inflamatório. Reação vascularizada de defesa do organismo contra uma agressão local cujo objetivo é neutralizar, inativar Sépticas: Infecção. Sujeira. Pus. Cheiro Ruim. 1. 2. 3. 4. Assépticas: Sem infecção. Seco. Sem cheiro. Bolha (protege a inflamação). Sem conexão com o meio externo. 1. 2. 3. 4. 5. Primárias: Secundárias: -Macrotraumáticas: Aguda e incapacitante. -Microtraumáticas: Repetições (exemplo: tendinite). -Ligada a lesão primária: Inflamação e hipóxia. Tipos de Lesões Necrosina: Papel de fagocitose. 04 Reação Vascular Vasoconstrição Local: 5 - 10 minutos. Tampão Local. Coagulação Sanguínea: Tecido fibroso (casca). Vasodilatação. Mediadores Químicos (pró-inflamatório) Histamina: Vasodilatação - permeabilidade celular. Leucotaxina: Marginação dos leucócitos. Sinais Cardinais - Sinais Flogísticos O processo inflamatório está diretamente associado aos cinco sinais cardinais. Dor: Devido ao aumento da pressão exercida pelo acúmulo de fluído intersticial e devido mediadores químicos como a bradicinina. Calor: Devido ao aumento do fluxo sanguíneo. Rubor: Vermelho devido a dilatação dos vasos. Tumor: Devido ao acúmulo extravascular de fluído. Perda da Função. Diminuição dos Sinais Inflamatórios: Onde pode ocorrer o problema, pelo excesso de trabalho/esforço na área em que não foi cicatrizado completamente e pode voltar para a fase inicial da inflamação. 1. 2. 3. 4. 5. 2- Reparo Tecidual Fibroplastia: Formação de cicatriz. Diminuição dos Sintomas Inflamatórios: Cicatrização Aeróbica. Formação do Tecido de Granulação: Fibroblastos + colágeno. Matriz Extracelular. Fibrose. 3- Remodelação Duração mais demorada. Realinhamento das fibras cicatriciais. Tecido funcional. Processo: Remodelação Horários e fases do processo de remodelação: Injúria: -Perda de continuidade na membrana basal. -Morte de células epiteliais. 05 24-48h -Neutrófilos nas margens da incisão. -Espessamento epidêmico. -Projeções de células epiteliais com depósitos de membrana basal. 72h -Substância de neutrófilos por mácrofagos. -Invasão do tecido de granulação. 5 dias -Pico da angiogênese. -Restabelecimento da epidemia. 2 sem -Contínuo acúmulo de colágeno. -Reabsorção do edema, infiltrado linfocitário. -Involução dos canais vasculares. 1 mês -Reabsorção completa do infiltrado inflamatório. -Progressiva aquisição de força de estiramento. Reparo Tecidual - Ossos Fratura: "É a perda total ou parcial da continuidade de um osso". Exposta: -Aberta (maioria dos prognósticos são ruins) -Deslocamento dos fragmentos. -Exposição dos fragmentos. -Grandes danos a tecidos adjacentes. Fechadas: -Pouco/nenhum deslocamento dos fragmentos. -Lesão mínima das estruturas adjacentes. Reparo Tecidual - Ossos Tipos de Fratura: Galho-verde. Transversa. Oblíqua. Espiral. Cominutiva. Impactada. Por avulsão. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Consolidação Óssea: -Diversas forças. -Torção, dobramento e compressão. Coágulo 06 Condroblastos Calo Mole Osteoblastos Calo Duro Osteoclastos Osso Remodelado Lei de Wolf - Adaptação do osso a tensão. Pressão e distensão. Piezoeletricidade. Descarga de peso parcial que vai trabalhar na remodelação óssea, será possível em "calo duro", é possível ver no raio x se o osso está com a fratura consolidada. Leva Muito Tempo? -Depende da área, pode levar muito tempo para consolidar (calo duro), caso a área utiliza muita pressão. Consolidação Processo de "cicatrização" da fratura é fenômeno único no organismo que apresenta particularidades importantes, reação inflamatória localizada, acelerada e controlada no tempo que produz a cura de uma fratura não por tecido cicatricial, mas pela produção de tecido ósseo igual ao original. Processo de Consolidação da Fratura Calo Duro: Processo de calcificação, demora em torno de 5 anos para o resultado completo de remodelamento ósseo (em crianças é mais rápido normalmente). No raio X é possível ver a formação do calo e como está evoluindo. É necessário um trabalho multidisciplinar, a conversa é essencial com o médico ortopedista sobre a conduta da cirurgia e as restrições do paciente, será o médico que dirá o momento em que está calo duro. Condições básicas para a consolidação: Vascularização. Estabilidade. Indireta (Secundária): 1. 2. -Biológica. -Ocorre as 4 fases da consolidação. Consolidação perfeita e completa. Leva anos (mais de 6 anos) para chegar a consolidação total. Houve a fratura, por mais que tenha consolidado bem, não será completamente como antes. Evolução Radiológica Visível. 07 Direta (Primária): -Evolução radiológica visível. -Radiografia aspecto evolutivo. -Desaparecimento progressivo da irregularidade da fratura. -Calo Periosteal: Extremidade para centro. -Traço de fratura desaparece. O corpo faz a consolidação sozinho. Mal consolidado = Inviável á operação. Evolução Radiológica Visível. Consolidação Indireta Utilização de haste não é em todos os casos, pela falta de disponibilidade por mais que seja melhor que parafuso. Haste é melhor por não interferir na formação do calo. A placa/parafuso é a mais comum, a consolidação é pior pela falta da formação de calo, na maioria das vezes. Reparo Tecidual - Cartilagem Cartilagem não regenera, se houver lesão não existe nada a ser feito para reparar a cartilagem propriamente dita. Artrose vs Artrite. Fibrilação cartilaginosa Aumento da pressão -Lesão Cartilaginosa. -Desnutrição ou desuso. -Osteofitose. -Condromalácia. Reparo Tecidual - Tendão Tendinite X Tendinopatia. Tendinopatia significa doença do tendão e abrande as paratendinites (inflamações do paratendão, envoltório do tendão) e as tendinoses (degenerações do tendão). Baixo Metabolismo. Não regenera pelo baixo metabolismo. 08 Consome 7,5x menos oxigênio que mm. Requer mais de 100 dias para síntese de colágeno. Tratamento de meses e não semanas. Reparo Tecidual - Músculos Células Lábeis, estáveis e permanentes. As células lábeis são capazes de regenerar na mesma célula do tecido lesionado (exemplo: osso). As células estáveis possuem capacidade de regeneração bem variável de órgão para órgão. O fígado, por exemplo, regenera-se completamente. Músculo Esquelético: O músculo, constituído por células permanentes, praticamente não se regeneram possui um mecanismo de reparação baseado não na proliferação celular, mas em fenômenos adaptativos que incluem a participação de outras células e a alteração de forma destas. Lesões Musculares Lesão capaz de gerar certo grau de ruptura nas fibras musculares, na junção músculo-tendínea, no tendão ou na inserção óssea de uma unidade músculo-tendinosa. Contusão X Distensão. Contusão X Distensão Contusão: Trauma direto resultando em ruptura de fibras e capilares, com sangramento no músculo, seguido por reação inflamatória. Distensão: Trauma indireto gerado por forças de tração ou tensão exageradas que resulta em lesão ou ruptura de fibras musculares. Tipos de Lesão + de 30% de todas as lesões no esporte: Estiramento Muscular. Contusão Muscular. Laceração Muscular. Cãibras. Dor Muscular Tardia. 1. 2. 3. 4. 5. Incidência 35% Futebol. 53% Atletismo. Músculos afetados: IQTs: 37% Adutores: 23% (Futebol). Quadríceps (Retofemoral): 17% Tríceps Sural: 13% 1. 2. 3. 4. Fatores de Risco Desequilíbrio Muscular (Q/I). Peso Corporal (Inadequado). Lesões Prévias. Fadiga (Finais de partidas e temporadas). Falta de Aquecimento (Atletas amadores). Graus de Lesão "Grau de lesão está diretamente relacionado com o número e extensão das fibras lesionadas". Agudas/Crônicas: Grau I. Grau II. Grau III. 1. 2. 3. Extensão da Lesão. Déficit Funcional. Sintomas. 09 Tratamento Imediato: Compressão (pressão/apertar) + gelo. Temperatura muscular local. Diminuindo o metabolismo celular. Reduzindo a necrose muscular. "Limitando danos enzimáticos secundários nas fibras saudáveis". 1. 2. 3. 4. Lesão Muscular (2 a 5 dias - G.L.) Grau I: Grau II: -Baixo número de fibras lesadas. -Edema localizado. -Dor leve durante alongamento e contra resistência. -Sem perda de movimento. -Prognóstico 10 dias. -Edema difuso. -Dor + forte com alongamento e contração. -Limite de A.D.M. Reparo Tecidual - Músculos Gray III: Maior incidência em músculos biarticulares (atuam em duas articulações). Maior risco de lesão durante contração excêntrica (músculo contraindo ao alongar). A junção miotendinosa é a região mais acometida nas lesões da unidade osso- músculo-tendão. -Perda de força para inibição (dor). -G.A.P. (buraco no músculo) discreto ou ausente apenas palpável. -Prognóstico 30 dias. -Lesão total do feixe. -Dor em repouso. -G.A.P. (buraco no músculo) palpável e visível. -Perda de força e função. -Acompanha estalido audível. Tratamento 1 Semana. Diminuir a dor. Controlar processo inflamatório. Manter condição física. Movimentos não dolorosos, como: O alongamento não mostrou nenhum efeito preventivo (antes ou depois da atividade). 1. 2. 3. -Bicicleta Ergométrica. -Transport. -Caminhada na Piscina. 2 - 3 Semanas. Auxiliar reparação tecidual (liberação miofascial, laser, us pulsado). Restaurar flexibilidade. Ganhar força muscular (músculos adjacentes região lesionada indiretamente – aumentar o fluxo sanguíneo). Melhorar controle sensório motor. Manter condição física. Movimentos não dolorosos, como: 1. 2. 3. 4. 5. 10 Liberação Miofascial: Diminuição da Aderência da fascia Reparação do Tecido em cicatrização. ADM. -Bicicleta Ergométrica. -Transport. -Caminhada na Piscina. 1. 2. 3. Rolo de autoliberação/manual 3-4 Semanas. Restaurar flexibilidade. Ganhar força muscular. Melhorar controle sensório motor. Manter condição física. Melhora do automatismo de movimentos relacionados ao esporte. Movimentos, como: 1. 2. 3. 4. 5. -Movimentos lentos e controlados. - Evoluindo (bilateral para unilateral.) 5 Semanas. Ênfase para atividades de retorno ao esporte. 1. Fase Inicial X Fase Avançada Resumo Gelo Imediatamente (Danos Secundários). Mobilização Precoce + Liberação Miofascial (diminuir reparação com fibrose). Fortalecimento Progressivo. Ênfase Fortalecimento Excêntrico. Treino de Potencia Muscular (Pliometria). Tipos de Cirurgia Ortopédica Tipos de Cirurgias Ortopédicas Trauma Amputação. RAFI. RFFE. 1. 2. 3. 11 Ortopedia Osteotomia.1. Articular: Artroscopia. Artrodeses. Artroplastias 1. 2. 3. Amputações Remoção de uma extremidade do corpo mediante a cirurgia ou acidente. Coto: Amputação (membro que foi amputado). Tipos de Amputações Articulares: Membros: Órgãos (patológicas): -Desarticulações. -Transtibial (amputado no meio da tíbia). -Transumeral (amputado no meio do úmero). -Pênis (grande incidência, pela falta de higiene). -Ânus. -Mama. Redução Aberta com Fixação Interna - RAFI Técnica cirurgica que utiliza um campo cirúrgico para implementação de uma osteosíntese (placa com parafuso). Utiliza a consolidação de fraturas por segunda intenção (sem calo ósseo). Osteossínteses Internas Interfragmentares. Parafusos. Fios de Kirschner: Fora da pele, para que seja fácil a remoção, é importante a retirada. 1. 2. 12 Osteossínteses Internas - De Suporte Parafusos. Placas. 1. 2. Hastes (HIM - Haste Intramedular): É comum os pacientes tirarem depois de consolidado. Está dentro do osso. O osso fica fraco após a retirada da haste, é importante não fazer a descarga de peso. Osteossínteses Internas - Tutores Técnica cirúrgica que não utiliza um campo cirúrgico exposto para implementação de um material de osteosíntese. Utilizada muitas vezes para colocação de fixadores externos ou para controle da homeostase em pacientes politraumatizados. Pode ser colocado para acompanhar a ferida; evita o sangramento ou inflamação na região para que não evolua para a necrose. Redução Fechada com Fixação Externa - RFFE Fixadores Externos (Linear, Circular e Ilizarov) Estabilização inicial de fraturas expostas até regressão das lesões de partes moles. 13 Tipos de Fixadores Externos BEHRENS (1989): Dividiu os aparelhos em dois grupos. Circular não dá para ser montado na região (pronto socorro), porque deve ser pensado e exercido com tranquilidade. Em emergência é utilizado o fixador externo linear (dependendo da montagem pode impedir o paciente de andar ) Quando é Utilizado Fixador Externo? Estabilizar inicialmente fraturas, com o mínimo dano adicional, e permitir procedimentos secundários: Curativos. Debridamentos posteriores. Reparo vascular. Transferência de retalhos cutâneos e enxertos (enxerto com pele deve ser monitorado para que não necrose). 1. 2. 3. 4. Como forma de tratamento: Osteomielite (infecção no osso, pode agravar com o passar dos anos). Pseudartrose infectada ou não. Defeitos segmentares (tumores, fraturas). Discrepância e angulações viciosas. Artrodese. 1. 2. 3. 4. 5. Estabilização Temporária Fixador externo definitivo (grandes lesões teciduais, infecções). Fixador híbrido ou síntese mínima ou remontagem do fixador temporário. Fixação interna (retirada do fixador em até 10 dias e fixação). Substituição por gesso em até 4 a 6 semanas (para evitar diástase do foco e iniciar carga). Lesões de Partes Moles Esmagamento. Queimaduras. Escoriações. Perda tecidual, etc. O fixador permanece até a cicatrização das partes moles ou cuidados da cirurgia plástica. Armação não deve obstruir ferida/lesão, pois perde a vantagem do método de permitir acesso à ferida. Substituído por fixador de anéis se o tempo de tratamentofor prolongado. 1. 2. 3. 4. Quanto Tempo? Geralmente uso temporário em fraturas expostas. Prolongado ou Definitivo quando há perdas de partes moles e necessita de curativos ou cirurgia de cobertura de pele. Depende da gravidade do trauma: lesões concomitantes. Defeitos de partes moles. Anatomia da fratura. Futuras cirurgias previstas. Infecções. 1. 2. 3. 4. 5. 14 Fixadores Circulares ILizarov. Fixador externo de Ilizarov foi desenvolvido no Centro Ortopédico de Kurgan, na Rússia, e só chegou ao ocidente em 1991, através de ortopedistas italianos. Este fixador permite que se realize compressão, distração, alongamento, decalagem e transporte ósseo. É o mais complexo dos fixadores, que apresenta as melhores condições de atuação em todas as possibilidades clínicas. Passo a Passo Tricotomia (retirada de pelos) e esterilização da perna. Montando o fixador durante a Cirurgia Estudo de onde os parafusos serão inseridos Testando o posicionamento dos anéis do fixador externo Inserindo o fio na tíbia Ajustando o fio na furadeira para sua inserção na perna Saída do fio. Notar que não houve sangramento no procedimento. 15 Ajustando o fio. Notar, do outro lado, a colocação de uma borracha para uma maior proteção. Pequeno corte com o bisturi para facilitar a penetração do parafuso. Término da Colocação do Fixador Externo (No dia seguinte o paciente já estava apto a caminhar, mesmo com o fixador externo, ajudando assim na sua recuperação) Fratura Exposta + Enxerto de Pele O pé do paciente fica caído, então pode-se colocar um pano para amarrar e dar firmeza. O Ilizarov pode ser utilizado em crianças com anomalia congênita, possui resultado eficaz, mas a longo prazo. O Ilizarov pode ser utilizado em fraturas expostas e em casos de enxerto de pele. Pode contribuir 100% para a recuperação da região. Anomalia Congênita O Ilizarov pode ser utilizado para o crescimento, muitas vezes por vaidade ou em casos de nanismo. O período de uso é longo, demora menos que uma fratura. Alongamento bilateral de tíbia e fíbula com efeito estético ( altura ) Fixadores Lineares Complicações dos Fixadores Infecção no trajeto dos fios (Não cicatriza, pode causar infecção). Soltura (causada pela infecção). A descarga de peso depende do tipo de fixador externo e também da forma de montagem. 16 Montagem instável. Retardo e pseudartrose. Lesões adicionais às partes moles: -Direta: Tendões, artérias, nervos. -Indireta: Rigidez, síndrome compartimental. O acompanhamento com o médico é comum e necessário uma boa frequência. Para a descarga de peso, deve haver uma comprovação de liberação detalhada do médico, para que aconteça o tratamento focado na descarga de peso. Osteotomias Seccionamento cirúrgico de um osso, com o fim de corrigir uma restauração ou deformidade do esqueleto, por consolidação viciosa de fratura, ou por anomalias congênitas ou adquiridas. Parafusos utilizados para corrigir deformidades (muito usado esteticamente). Artroscopias Visualização do interior de uma articulação com o uso de um artroscópio. Técnica minimamente invasiva com auxilio de uma câmera, favorece a recuperação mais rápida, devido a menor exposição ao meio externo. Artrodeses Fixação cirúrgica de uma articulação. Utilizada como uma tentativa de estabilizar um segmento que está em sofrimento. Técnica de sacrifício, para que seja feita uma amputação (desarticulação - a articulação não se move mais por alguma razão). Artroplastias Tratamento cirúrgico de substituição de uma articulação comprometida. 17 Tratamento Definitivo: Imobilizações definitivas. Reabilitação: Através de uma deformidade, como pé torto congênito. Tipos de Próteses Tratamento Ortopédico Imobilização: Gesso. Tala. Enfaixamento. 1. 2. 3. O tratamento moderno das fraturas, com ênfase no aspecto funcional, não se resume a abordagem cirúrgica da fratura. Este tratamento utiliza a imobilização do osso por meio de suportes especiais que permitem um retorno imediato a função e ao movimento. Definição "Manter um membro, ou apenas um segmento de um membro, imóvel, em repouso, e em posição correta." Finalidades Tratamento de Emergência: Imobilizações provisórias - impede que a fratura piore e passe de uma fechada para uma futura aberta, usado com jornal, madeira... Imobilizações Provisórias Podem ser aplicadas no momento do traumatismo. Reduzem a dor do paciente. Reduzem a lesão nervosa e vascular, evitando compressão de vasos e nervoso entre os fragmentos e evitando estiramento pelo aumento da angulação do local de fratura. Reduzem o risco de conversão inadvertida de uma fratura fechada e uma fratura exposta. Facilitam o transporte do paciente e a realização de radiografias. Podem ser Divididas em: Tipóia. Apoio. Colar. Prancha. Tração. Tratamento Ortopédico - Imobilização Tipóia: Usada para imobilização de descanso de membro superior. Colar: Usado para imobilização da coluna cervical. Apoio: Imobilização de apoio e estabilização para o membro acometido. Tração: Diminui a dor do traumatizado durante o transporte. Definitivas Não Gessadas Enfaixamento Clavicular: Em oito. Destina-se á imobilização da região clavicular, ao mesmo tempo em que mantém uma posição favorável do ombro nas fraturas de clávicula. 18 Enfaixamento em MJ: Destina-se á imobilização da articulação escápulo- umeral. Enfaixamento Compressivo "de Jones": Destina-se á imobilização de um região articular, segmento de um membro e após intervenções cirúrgicas. Esparadragem e Férola Metálica: Destinam-se á imobilização de artelhos. Definitivas Gessadas Imobilizar uma fratura já reduzida. Imobilizar segmento corpóreo com traumatismo, mesmo sem fratura. Imobilizar segmento osteoarticular com processo infeccioso. Imobilizar mantendo correção de deformidades. Imobilizar uma região operada. Goteiras (ou Calhas) Gessadas: Devem recobrir 3/4 da circunferência do membro. Aparelhos Gessados: Devem recobrir a totalidade da circunferência do membro. Antebraquiopalmar: Destina-se á imobilização do terço distal do antebraço e do punho, indicada nas contusões e torções do punho. 1. 2. 3. Goteiras Gessadas Antebraquiopalmar em Garrafa: Destina-se á imobilização do terço distal do antebraço e o punho, indicada nas fraturas de metacarpos, nas contusões e torções do punho. Inguinomaleolar: Destina-se á imobilização provisória do membro inferior; indicada nas luxações do joelho e da patela (após redução), nas fraturas da patela, nas entorses de joelho e nas contusões da perna, joelho e coxa. 19 Axilopalmar: Destina-se á imobilização de todo o cotovelo ante braço e punho, em fraturas do antebraço, cotovelo e úmero distal. "Pinça de Confeiteiro": Destina-se á imobilização do braço por ação da goteira e, ao mesmo tempo, através da tração exercida no braço pelo peso do gesso. Indicada nas fraturas do terço médio do úmero. Suropodálica: Destina-se á imobilização do pé, do tornozelo e do terço distal da perna. Aplicada em fraturas dos ossos do pé e do tornozelo; nas distensões e contusões do tornozelo. Inguinopodálica: Destina-se á imobilização provisória do membro inferior; indicada nas fraturas dos ossos da perna e patela. Aparelhos Gessadas Minerva: Destina-se á imobilização da coluna cervical e coluna dorsal alta. Colete Gessado: Destina-se á imobilização da coluna dorsal baixa e lombar. Antebraquiopalmar: Destina-se á imobilização em posição funcional da articulação do punho e ossos do carpo. 20 Toracobraquial: Destina-se á imobilização da cintura escapular e úmero, em fraturas de úmero proximal e luxaão gleno-umeral posterior. Axilopalmar: Destina-se á imobilização do cotovelo e ossos do antebraço, em fraturas de úmero distal, ossos do antebraço e punho. Antebraquiomanual "para escafóide": Destina-se á imobilização do punho juntamente com a primeira falange do polegar, com o intuito de não permitir mobilidade nos casos de fratura de escafóide. Antebraquiopalmar em Garrafa: Destina-se á imobilização em posição funcional da articulação dos ossos do carpo emetacarpos. Pelvipodálico: Destina-se á imobilização da articulação coxo- femoral e fêmur, em fraturas de fêmur em crianças e alguns patologias como Doença Displástica do Quadril. Gesso para Pé Torto Congênito: Destina-se á correção de deformidades e imobilização pós-operatória. 21 Complicações Úlcera decorrente de saliências internas no aparelho gessado. Efeitos térmicos do gesso. Tromboflebite e posição em equino. Infecção secundária, incluindo gangrena gasosa. Necrose muscular isquêmica decorrente de síndrome compartimental. Reações alérgicas ao gesso. Doença do Gesso Se caracteriza pela atrofia dos tecidos moles, osteoporose grave, afinamento da cartilagem articular, rigidez articular grave e causalgia. Associação: idade, obesidade, trauma. Classificação: Primária X Secundária -Membros inferiores (geram comorbidade, o paciente não consegue andar pela dor) -Segmentos vertebrais. Osteoartrite Perda progressiva e lenta da cartilagem articular e alterações reacionais no osso subcondral e margens articulares, ocorrendo neoformação óssea (osteófitos). Osteoartrite 22 Definição (American College of Rheumatology (ACR):“Grupo heterogêneo (individuais e particulares) de condições que causam sinais e sintomas articulares, os quais são associados a defeitos da integridade da cartilagem articular, em adição a mudanças no osso subcondral da margem articular.” Osteoartrose é a doença reumática mais comum, atingindo aproximadamente 30% dos idosos. Quando os joelhos são atingidos, o que ocorre em 10% dos idosos, a capacidade para subir escadas, levantar de cadeiras, ficar em pé confortavelmente e mesmo andar ficam prejudicadas, resultando em redução da aptidão física, aumento de comorbidades cardiovasculares e de depressão. Características Não há sintomas sistêmicos. Locais mais acometidos: Epidemiologia Forma mais comum de comprometimento articular. Causa mais frequente de artroplastia do quadril e joelho. Atinge 28% da população>60 anos. Fatores de Risco Obesidade. Excesso de esforço articular. Lesões periarticulares. Alguns riscos ocupacionais (trabalho, atletas...) Componentes genéticos. Na osteoartrite (artrose) articulação passa a ficar mais larga e dolorida pela presença dos osteófitos. O paciente passa a se mover menos pela dor constante. A estratégia farmacológica é de diminuir o processo inflamatório causado pela osteoartrite e não permitir uma evolução rapida. 23 Osteoartrite Artrite Reumatoide Degradação da cartilagem aparecimento de novas"fibrilações“ penetração da hialuronidase Interleucina-1 / fator de necrose tumoral alfa (TNF) Normal Artrite Reumatoide: Processo inflamatório ao redor da articulação; sistêmica. Destruição da cartilagem articular, causada pela osteoartrite. Osteoartrite é um processo longo de agressão, por isso acomete pessoas com mais de 60 anos. Microtraumatismos constantes nas áreas de fibrilação cartilagem Erosão da cartilagem Aumento da fagocitose migração condrocitária Alguns condrócitos degeneram liberando enzimas proteolíticas e colagenolíticas Substância fundamental elasticidade da cartilagem Perda da sua conformação natural grave limitação 24 Degeneração Articular – Diminuição de condrócitos. Desgaste Natural. Inflamação. Busca de Estabilidade. Fatores Genéticos. Anatômicos. Biomecânicos. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Primária ou idiopática - senil (7ª década) Manter a articulação o mais reto possível para que não evolua para um joelho valgo, por exemplo. Secundária (4ª/5ª década) Resulta de danos articulares ou extra- articulares. Alterações do desenvolvimento. Traumas. Deformidades. Doenças. inflamatórias / infecciosas. Neuropático. Obesidade. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Diagnóstico Sinais e sintomas. Achados radiológicos. Queixas comuns: Dor. Rigidez e crepitação. Aumento do volume articular. Deformidades: Osteofitose, angulares. Limitações funcionais. 1. 2. 3. 4. 5. Quadro Clínico Sinais Inflamatórios: Idade > 50 anos. Rigidez matinal < ½ hora. Crepitação ao movimento ativo. Sensibilidade óssea. Expansão óssea. Ausência de calor local à palpação. Hipotrofia e Encurtamento Muscular. ↓ ADM e rigidez articular 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Rigidez Matinal: Dificuldade para mover, diminui a lubrificação durante a noite; aquecer com banho ou exercício. Ausência de Calor Local à Palpação: Existe, mas não é significativo. Manifestações clínicas A osteoartrose sintomática progride em um padrão que inclui: Dor Articular (deve ser manter ativo mesmo com a dor - existirá picos em que a dor será pior, mas é importante se mover quando a dor forte passar - ficar imóvel piora). Perda de Força. Incapacidade para Marcha. Redução da Aptidão Física. 1. 2. 3. 4. Dor Progressiva, piora com movimentos, sustentação de peso, alivia com repouso (quadros iniciais). Diagnóstico Radiológico Quem realiza o diagnóstico radiológico que realiza o laudo, especialidade médica. Diminuição da Interlinha (espaço entre a articulação, não existe uma definição exata da articulação). Articular Esclerose Óssea Subcondral. Osteofitose (presente na articulação e ao decorrer do desgaste). Cistos Subcondrais. 25 Heberden (nódulos): Interfalangiana Distal (ponta do dedo). Bouchard (nódulos): Interfalangiana Proximal (meio do dedo). Sem espaço articular, cartilagem consumida/irregular. Deformidade completa que o dedo desvia e passa a ser lateral. Heberden X Bouchard Gonartrose: Osteoartrite no joelho. Pode ocorrer nos dois lados. Pode ocorrer o varo na maioria dos casos em que não ocorre um tratamento adequado. Pode evoluir para uma deformidade/atrofia. Com a prótese coloca-se um pouco no lugar (não totalmente), caso o joelho seja varo. Osteoartrite (bico de papagaio) na coluna, possui tratamento conservador. Joelhos 26 Classificação de OA no Joelhos Grau I: Inicial. Grau II: Fase inicial. Grau III: Moderado. Grau IV: Grave. O médico radiologista fará o diagnostico do grau. Quadril - Coxartrose Deformidades Quadril: Padrão em flexão, adução e rotação externa. Identificar o joelho ruim e o saudável, é suficiente para uma primeira avaliação e eventualmente o tratamento. O joelho com a osteoartrite pode apresentar a diminuição do espaço articular, esclerose, osteocito e joelho deformado. 27 Tratamento Pode ocorrer entre os discos e os ossos vertebrais. Coluna - Osteoartrite Coluna com a maior incidência de osteoartrite é a lombar (L2, L3, L4 e L5) e a cervical (mais baixas C5, C6 e C7). O tratamento da osteoartrose é de ordem multidisciplinar e visa a melhora funcional, mecânica e clínica. Objetivos: Melhorar sintomas e a função articular. Medidas gerais: Perda de peso. Evitar posturas viciosas. Exercícios específicos. Fisioterapia. Uso de tutores e/ou palmilhas. Visão Geral: 1. 2. 3. 4. 5. -Clínico (medicamentoso). -Redução da sobrecarga e peso corporal. -Atividade física. -Melhora na qualidade de vida. -Fisioterapia. -Cirúrgico. O tratamento não é uma cura! Não existe cura para a osteoartrite! Melhora os cuidados profilático para prevenir ou desacelerar o processo degenerativo. O tratamento é dirigido a cada paciente individualmente. Possui o intuito de: Minimizar a dor. Manter/melhorar ADM. Limitar a incapacidade. As decisões terapêuticas dependem 1. 2. 3. 28 O tratamento convencional parece estar baseado fundamentalmente nos programas educativos, esclarecimentos sobre a doença, que está relacionada com a incapacidade funcional, modificações de estilo de vida, reabilitação, uso adequado de calçados e atividade física. O tratamento pode ser, dividido em: Conservador. Cirúrgico. da intensidade da dor e do grau de incapacidade física dos pacientes. 1. 2. Temperatura. Redução do peso corporal. Facilitação de movimentos Melhor funcionalidade. Resistência da água-socialização. Conservador O sucesso na reabilitação depende principalmente do grau de comprometimento e das expectativas do paciente, a combinação de aplicação de calor, hidroterapia,ultrassom e crioterapia deve ser em situação ajustada para cada paciente. Calçados Deve-se dar preferência para aqueles calçados com sistema de amortecedor afim de reduzir o impacto nas articulações afetadas dos membros inferiores. Exercício Físico A prática da atividade física* oferece estímulos às estruturas biomecânicas ativas e as respostas a esses estímulos são alterações e adaptações das estruturas do tecido conjuntivo. 30 min por dia. Combinação de exercícios de alongamento e fortalecimento associados a terapia manual na coluna lombar, joelho, quadril e tornozelo, mostraram melhores resultados que somente exercícios. Hidroterapia Joelheira O uso de joelheira está liberado para o paciente com osteoartrite. Auxilia na compressão e distribuição na articulação inteira. Existem artigos que comprovam a utilização. 137 joelhos com OA. Função: Stair Climb, Timed Up and Go e caminhada de 8m. Dor: EVA Testes randomizados com e sem joelheira. Resultado: Melhora com joelheira - EVA. Conclusão: Melhora de dor e função. Limitação Funcional Movimento Articular Dor Limitação Antálgica Depósito aleatório do colágeno na ausência do movimento. GLAD O programa GLA: D® (Good Life with Arthritis: Denmark) é um programa de educação e exercícios desenvolvido para pessoas com sintomas de osteoartrite (OA) de quadril ou joelho. 29 As diretrizes clínicas nacionais e internacionais atuais recomendam a educação do paciente, exercícios e perda de peso como tratamento de primeira linha para a osteoartrite. Melhora: Dor (reduz uso de analgésicos). Função física. Atividade física. Qualidade de vida. Como inclui exercícios estruturados e supervisionados e orientações sobre atividade física, tem potencial não apenas para melhorar os sintomas de OA, mas também para afetar positivamente outras doenças crônicas e melhorar a saúde geral e bem-estar. 1. 2. 3. 4. O Programa Aquecimento –10 min bike. Estabilidade do Core: Exercícios que se concentram na estabilidade do CORE / coluna, pois isso afeta a capacidade de estabilizar e controlar as articulações do quadril e do joelho. Alinhamento dos Membros Inferiores. Força dos Membros Inferiores: Exercícios que se concentram no fortalecimento dos músculos do quadril e joelho. Exercícios Funcionais: Exercícios que preparam o corpo para as atividades diárias. Exercício de caminhada, relaxamento e alongamento: Para finalizar o dia de tratamento. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Programa - Características 2-3 Séries. 10-15 Repetições. Descanso correspondente a uma série entre cada série e exercício. Cada exercício pode ser progredido através de quatro níveis diferentes. Os exercícios são realizados bilateralmente Alguns dos exercícios devem ser realizados em frente de um espelho para obter um feedback visual. É importante que as articulações do quadril, joelho e tornozelo estejam devidamente alinhadas. Duração: Pelo menos 6 semanas (12 sessões de treinamento) supervisionado por um fisioterapeuta. Acompanha um diário de exercícios (até 8 semanas). 30 Esta experiência começou com uma visita de 10 ortopedistas brasileiros à Inglaterra sob os auspícios da SBOT. A prótese de baixa fricção desenvolvida por Charnley ganhou espaço em todo o mundo. Ele desenvolveu a ideia de que com uma cabeça grande, a pressão por unidade de superfície seria menor e que isso tenderia a diminuir o desgaste. Entretanto, considerou que era maisimportante reduzir o torque friccional e permitir que o componente acetabular tivesse uma parede mais grossa. O maior desafio era a soltura dos componentes, e não mais, o desgaste. Problemas ao longo dos anos: a fixação do trocânter, falha da haste femoral e protrusão acetabular; soltura dos componentes cimentados com reabsorção óssea. Após, iniciou-se a utilização dos componentes não cimentados tanto no fêmur quanto no acetábulo, na tentativa de suprir o uso do cimento. Ganharam força o uso de press fit, superfície porosa, cobertura de hidroxiapatita e outros. Smith-Petersen (1923) - Estudo próteses cobertas vidro, baquelite e resinas. Philipes Wiles (1938) - Conceito da primeira ATQ. Bobyn e Galant - Conceito artroplastias Cimentadas. Reabilitação nas Osteoplastias 31 História e Evolução da Artroplastia do Quadril John Charneley (1960) - Artroplastias cimentadas. Press fit - Osteointegração (osso/implante - forma biológica). História Primeira ATQ no Brasil foi realizada por Plinio Souza Dias no Hospital do Servidor Publico de São Paulo em 1969 usando uma prótese de McKee – Farrar. Na mesma época, na Santa Casa de São Paulo a equipe do Prof. Orlando Pinto de Souza usava a prótese de Ring e no Rio e Janeiro o Prof. Nova Monteiro iniciou o uso da prótese de Charnley. Indicações Osteoartrose. Necrose Asséptica. Limitação GDE. de ADM. Cirurgias anteriores falhas. Deformidades ou instabilidades. Ft. de colo de fêmur. Artrite reumatóide. Espondilite Anquilosante. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 32 Prótese Total: Indicações. Fraturas de colo de fêmur. Necroses assépticas. Processos degenerativos. Artrites. Pacientes mais ativos. Pacientes mais jovens. Maior instabilidade. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. *Maior tempo de vida util. Tipos de Prótese Parcial: Cabeça sem acetábulo, apenas fêmur. Total: Fêmur e acetábulo. Prótese Parcial: Indicações. Fraturas de colo de fêmur. Pacientes mais idosos. Menor grau de atividade. Menor instabilidade. 1. 2. 3. 4. *Menor tempo de vida útil. Revisões - Primárias Prótese Primária: Primeira prótese realizada; pode pisar caso seja uma prótese primária. As próteses não são testadas previamente, se houver algum problemas, gerará consequências/ efeitos no paciente. Em revisões pode ocorrer a troca da prótese e ao trocar pode acontecer a quebra do osso, porque o osso acaba sendo fixado a prótese e uma vez que ela é retirada, pode quebrar e/ou ficar extremamente fraco. O paciente pode ter prótese no quadril e no joelho, o processo de reabilitação é mais difícil. (Na imagem ao lado, houve a quebra da prótese durante a revisão). 33 Maior vida util. Pós operatório tranquilo. O paciente pode utilizar bengala e muleta. O paciente pode sair do hospital andando e pode realizar a descarga de peso. Melhor reabilitação. Difícil revisão, pela possível quebra óssea ou a fraqueza óssea causada pela prótese. Utilização de cimento para fixação dos componentes acetabular e femoral. Componentes Cimentadas Fixação Cimentadas. Não Cimentadas. Híbridas. 1. 2. 3. Menor vida util. Reabilitação mais demorada. O paciente fica restrito em subir e descer. Pode soltar a protese. A longo prazo é melhor. Fácil revisão, por não enfraquecer ou quebrar o osso em que a prótese foi colocada. Sem a utilização de cimento para fixação dos componentes acetabular e femoral. Não Cimentadas Soltura do acetábulo cimentado mais rápida. Utilização de cimento para fixação apenas do componente femoral. Metade cimentada e metade não cimentada. Híbridas Via de Acesso Cirúrgico Anterior. Lateral. Póstero-lateral. 34 As próteses são feitas de aço cirúrgico, antigamente enferrujava. Metal+ Metal = Solta fragmento (pode envenenar o paciente). Normalmente é feito de cerâmica. Lateral Incisão no meio das fibras médias do Glúteo médio. Menos feita. Postero-lateral Feita para pessoas mais novas (atletas). Consiste na remoção da superfície da cabeça do fêmur e substituição por um recobrimento femoral metálico (cimentado ou não), que irá se articular com um componente acetabular também metálico (cimentado ou não). As próteses metal-metal de recapeamento (resurfacing), são relativamente novas e receberam aprovação para comercialização nos EUA a partir de 2006 com monitoramento pós-comercialização em estudos controlados multicêntricos. No Brasil, a prótese conseguiu Registro na ANVISA para sua comercializaçãoem dezembro de 2004, sem nenhum monitoramento. Resurface/Resurfacing Via de acesso mais utilizada. Não causa nenhum problema na marcha. 35 Reabilitação Diretrizes: Orientações ao paciente e aos cuidadores. Retorno gradativo a marcha normal. Treinamento muscular. Manutenção e ganho de mobilidade articular. 1. 2. 3. 4. Orientações: Descarga de peso. Sentar/dormir. Vestir-se. Tomar banho. 1. 2. 3. 4. Reabilitação - Cirurgia Pré-Operatório (orientações). Pós-Operatório Imediato. Pós-Operatório Tardio. Ambulatorial. Orientações: Deve ser feito uma série de adaptações na residência e a forma como o paciente se locomove/age. É feito uma propaganda desse tipo de prótese, principalmente para atletas. Sempre colocar o paciente na cadeira de rodas para ir ao banheiro, corre o risco de escorregar. 36 Restrições Não flexionar quadril / tronco acima 90°. Não aduzir quadril além - linha média. Não realizar rotações extrema (externa/interna). Não cruzar perna com prótese. Movimentos a Evitar Vestuário Preferência roupas confortáveis - abertura lateral. Calçar - posição ereta com pernas esticadas. Uso puxador - meias / calçadeiras com cabo longo. Sexualidade Retorno após 4 a 6 semanas (cirurgiões). Em média de 3 a 6 meses. Dirigir Veículos Retomar após 8 semanas (garantia na dúvida). Reabilitação Precoce Após ATQ Menor Tempo Internação. Custo Geral mais Baixo. Sem Evidência - aumento número reações adversas. 1 e 2° dia PO: 3 ao 6° dia PO: 6° dia a 6° semana: -Exercício isométrico e respiratório. -Sedestação no leito. -Exercício ativo / treino de marcha com andadores. -Alta hospitalar, aptos a deixar a cama e caminhar com andadores. -Exercício de reforço muscular gradual. Descarga de Peso Varia do tipo de prótese usada. Uso enxerto. Necessidade osteotomia. 37 Ocorrência fratura intra-operatória. Qualidade óssea – paciente. Cimentação Sem Cimento:1. -A carga total pode ser precoce. -Evitando escadas, inicialmente. -Atenção a claudicação. 2. Cimentadas: -A segurança para liberação de carga total é maior. Cimentadas: Características: Andador, inicialmente. Mãos na altura dos trocanteres. Maior força sobre os braços. Andador-perna acometida- perna não acometida. Corrigir o trendelenbur. 1. -1 Semana = Parcial (2 muletas). -2 Semana = Parcial (1 muleta). -3 Semana = Carga total. 2.Não Cimentadas: -0-6 Semanas = Parcial (2 muletas). -6 – 8 Semana = Parcial (1 muleta). -8 Semanas em diante = Carga Total. 1. 2. 3. 4. 5. Treino de Marcha Passada diminuída para pessoas com a prótese, no início. Precauções Existe uma série de restrições. Houve uma luxação, e quando ocorre é necessário uma cirurgia para ser colocado no lugar novamente. (ocorre um rompimento de capsula articular - existe uma série de lesões). 38 Para sentar deve ser colocado almofada para cadeiras que são baixas. Ao usar o banheiro é necessário sentar inclinado. Ao deitar não deve cruzar a perna, o triangulo deve ser colocado no meio da perna. Deve levantar com a perna reta e sentar também. Reabilitação Manutenção e Ganho de Amplitude de Movimento: Treinamento Muscular: -Mobilização ativa e passiva. -Flexão máxima de 90° e adução somente até a linha média. -Fortalecimento de Quadríceps. -Fortalecimento de Abdutores. Trendelenburg A via de acesso lateral na cirurgia, causa o enfraquecimento muscular do glúteo médio, e pode causar o Trendelenburg. Ocorre quando o paciente que possui o glúteo médio fraco, passa a desabar a pelve e claudicar ao andar. O glúteo médio é um estabilizador fundamental. O fortalecimento do glúteo impede o desabamento da pelve e a compensação na perna oposta. Balança de Pawels (Gangorra) Apoio unipodal esquerdo. Braço de resistência é 3x maior que o de potência. 39 Frequentemente extra-articular. Espasmo ou retração de ilíaco, adutores ou tensor de fáscia lata; tendinopatias. Dores no Pós-Operatório Precauções: Revisões. Utilização de enxerto: Não pode fazer descarga de peso, o paciente estica a perna, mas não pisa. Osteotomias no Trocanter. Luxações: O paciente já teve e pode ter. 1. 2. 3. 4. Reabilitação Esquerda: Prótese Cimentada (sombra branca). Direita: Prótese Não Cimentada (parafuso em cima da prótese). Esquerda: Prótese Não Cimentada (parafuso em cima). Complicações Luxação. Inflamação. Material da síntese quebrado (o paciente pode quebrar sozinho) Prótese Hibrida Mecanismos Envolvidos: Estase Venosa. Hipercoagulabilidade. Dano à parede vascular. No primeiro sinal de trombose, tudo deve parar e ir ao pronto socorro). 1. 2. 3. 4. TVP - Trombose Indicações: Dor. Osteoartrose. Fraturas. Artrite Reumatóide. 1. 2. 3. 4. Artroplastia Total de Joelho Tipos: Unicompartimental - Medial, lateral ou patelar. Bicompartimental. Tricompartimental. 1. 2. 3. Exercícios Respiratórios. Exercícios Isométricos. Bota Compressiva. Eletroestimulação. Exercícios Metabólicos. Posicionamento. 40 No Pré-operatório o paciente deverá ser orientado. Com Prótese Sem Prótese É retirado toda a cartilagem e colocado a prótese, ao meio possui um polietileno para que não tenha atrito metal com metal e causar desconforto. Pós-operatório precoce e objetivo. Existe menos restrições para prótese de joelho, pacientes bem diferentes em comparação ao quadril. Pós Operatório Imediato Crioterapia Primeiros 6 dias. 2,6 vezes menos o uso de opióides. Objetivos Treino de Marcha Uso de dispositivos auxiliares (medidas antropométricas e postura funcional devem ser consideradas). 41 Trabalho Proprioceptivo: Sequência de procedimentos com o objetivo de restaurar a função ou alterar as experiências de percepção através de um novo programa neuro-motor. Força e Amplitude de Movimento Mobilização passiva + Ganho de ADM A imagem apresenta uma paciente que teve o habito de colocar almofada em baixo do joelho, nas três primeiras semanas pós o operatório, resultou no enrijecimento da articulação, em que não é possível fazer uma extensão completa. Removida a Sutura – Movimentação Ativa Cicatriz - 42º dia de pós operatório 42 Artroplastia de Ressecção Umeral. Indicação de salvação e última opção de tratamento nos casos: Infecção Crônica. Pós-osteossíntese com perda óssea. Após artroplastias infectadas do ombro. 1. 2. 3. Artroplastia de Ombro Prótese Anatômica Parcial ou Hemiartroplastia: Substituição da cabeça umeral. Total: Substituição do componente umeral + glenoidal. Prótese Cimentada. 1985, Paul Grammont. Substituição da Prótese Anatômica do Ombro. “Biomecanicamente, a ausência de forças compressivas seguida de uma profundidade rasa do soquete seriam os principais parâmetros associados a instabilidade.” Prótese Reversa Anatômica X Reversa Prótese Cimentada. Prótese Não Cimentada. Indicações Dor persistente no ombro e perda de função. Patologias: Osteoartrite. Artrite reumatóide. Artropatia do MR. Osteonecrose. Fraturas da cabeça do úmero. 1. 2. 3. 4. 5. 43 RE ativa com redondo menor intacto: 15º. ADM total/normal NÃO É ESPERADA. Elevação: Normalmente os pacientes recuperam mais de 105º. ADM e Expectativas Funcionais Fase I: Pós operatório imediato (até 6ª semana) Manter a integridade da articulação substituída Imobilização 3- 4 semanas. Programa de Reabilitação Fase II: ADM ativa e início fortalecimento (6-12ª sem) Restaurar a estabilidade dinâmica do ombro. Fase III: Fortalecimento moderado (12+ sem) Avançar o fortalecimento e aumentar a independência funcional. Fase IV: Programa domiciliar (4º mês) Demonstrar ADM ativa sem dor funcional Independência para um programa de fortalecimento. ADM de ombro PO final: Elevação: 80-120º. RE: até 30°. 1. 2. Aumentar o Equilíbrio 44 Auxiliares de Marcha Bengala. Andador. Muleta. Cadeira de rodas. Quais são os Auxiliares de Marcha? Força. Resistência. Equilíbrio. Função mental. Local onde ele se movimenta. As características das doenças afetando o membro inferior ou superior frequentemente determinam qual o melhor dispositivo.1. 2. 3. 4. 5. Indicações Diminuir Descarga de Peso Sem Descarga de Peso (Carga parcial 10,30,50% do peso) Marcha Proprioceptiva Aumenta a base de apoio Prescrição Equilíbrio. Dor. Fadiga. Fraqueza. Instabilidade articular. Eliminação da carga do peso sobre um membro (parcial ou completo). Analisar: 1. 2. 3. 4. 5. 6. A prescrição de um auxiliar de marcha adequado requer o conhecimento do suporte de peso prescrito ao paciente ou ser permitido pela condição da lesão Descarga de Peso Total: Não há restrições (100% do peso corporal). Sem Descarga de Peso: Nenhum peso é suportado no membro envolvido. Descarga Parcial de Peso: O paciente pode suportar apenas uma parte do peso corporal nas extremidades inferiores. (20% a 70%). Toque de Marcha: Somente os dedos dos pés da extremidade afetada entram em contato com o chão. Descarga de Peso Conforme Tolerado: O suporte de peso é limitado pela tolerância do paciente. Bengalas Funções: Aumentar a base de sustentação (BS). Melhorar equilíbrio. Indicadas quando não há restrições de sustentação do peso. 1. 2. 3. Usada no lado oposto ao membro afetado - padrão recíproco da marcha normal. 45 15 cm da borda lateral dos pés. Trocânter maior. Ângulo do cotovelo (20-30 graus flexão). Permite movimentos de cotovelo durante as fases da marcha. Propicia mecanismo de absorção de choques. Padrão de marcha Bengalas (para que o paciente oscile menos o quadril durante a marcha). Mensuração das Bengalas Flexão do cotovelo - 30%. Para Utilização da Bengala A bengala deve ser utilizada, ao caminhar, como um elemento de equilíbrio e não como apoio. Utilizar sempre a bengala na posição reta (vertical) e na lateral oposta a sua lesão. Bengalas Quadrípedes Padrão de Marcha - Bengalas A bengala substituirá a descarga de peso completa. Ao descer e subir a escada, pode utilizar o corrimão para auxilio, e a bengala dos dois lados. Muletas Apoio e propulsão, e não somente para equilíbrio. 46 Funções: Aumentar equilíbrio. Aumentam a BS. Melhoram estabilidade lateral. Alívio completo ou parcial da sustentação do peso sobre um membro inferior. MMSS transferem peso corporal para o solo (devem ser fortalecidos). Tipicamente usadas bilateralmente. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Muleta Axilar Madeira ou alumínio. Permite regulagem de altura. Vantagens: Desvantagens: -Melhoram equilíbrio e estabilidade lateral. -Propiciam deambulação funcional sem descarga de peso. -Facilmente ajustáveis e baratas. -Podem ser usadas para subir escadas. -Difícil manejo em pequenas áreas e multidão. -Tendência do paciente de inclinação sobre a barra axilar (lesões nervosas e vasculares na axila). Barra Axilar: Não deve ficar pendurado. Mensuração 3 cm abaixo da axila (~ 2 dedos). 5 cm lateralmente. 15 cm anteriormente ao pé. Ombros relaxados Pegador = 20-30º flexão cotovelo. O cotovelo deve ficar em flexão. O paciente deve ficar relaxado, nem rígido e nem pendurado. Muleta Canadense Alumínio. Permite regulagem de altura e posição da braçadeira. Vantagens: Desvantagens: -Permite uso das mãos sem que as muletas se soltem. -Funcionais e facilmente ajustadas. -Mais estéticas. -Melhor adaptadas a pacientes com OJTP. -Menor apoio lateral (desequilíbrio). -Preço (mais cara). -Braçadeiras podem ser de difícil remoção. 47 Marcha: Impossibilidade de descarregar o peso em um dos membros inferiores. .Ambas as muletas devem ser levadas à frente. Em seguida, o membro afetado. O peso do corpo deve ser descarregado sobre as muletas. Por último o membro não afetado irá à frente. Possui como vantagem a eliminação de descarga de peso sobre o membro afetado, porém é necessário que o paciente tenha um bom equilíbrio. Marcha de três pontos: 1. 2. 3. 4. Descarga de Peso Sem descarga de peso. Marcha rápida. Necessita força nos braços e bom equilíbrio. 1. 2. 3. Andadores Alumínio. Reguláveis (20-30 graus flexão). Diversos tamanhos. Modificações do padrão básico (dobrável, recíprocos, com rodas). Funções: Melhorar equilíbrio. Alívio da sustentação do peso, completa ou parcialmente sobre MMII. Propiciam ampla BS. Melhoram estabilidade anterior e lateral. Vantagens: Desvantagens: 1. 2. 3. 4. -Fornecem 4 pontos de contato no solo (ampla BS). -Elevado nível de estabilidade (segurança). -Incômodos, inadequados em áreas pequenas, dificuldade com escadas. Semi-Andador Objetivos: Maximização da mobilidade independente eficiente (movimenta-se Cadeiras de Rodas 48 Prevenção/minimização de deformidades ou lesão (usuário estar posicionado e protegido de lesões cutâneas, contraturas, deformidades articulares ou de lesões de MMII). Maximização da função independente (proporcionar posicionamento estável e movimentos de MMSS e cabeça aperfeiçoados). Projeção de uma imagem corporal saudável, viva e atraente. Minimização de custo a curto e longo prazo do equipamento. facilmente com um baixo gasto de energia e mínima assistência). Estabilizados com colar cervical. Dor aumenta suspeita de lesão. Traumas associados: "Pacientes após o trauma com suspeita da C.V. é identificar as condições de ameaça a vida e tratadas imediatamente". -Lesão Cervical: Lacerações e fraturas de face. -Lesão Torácica: Costelas e pulmões. -Lesão Lombar: Lesão intra-abdominal. Fraturas da Coluna Cervical Fraturas da Coluna Cervical Acidentes automobilísticos. Quedas. Acidentes de mergulho. 49 Fraturas da Coluna Vertebral. Possibilidade de Lesão Neurológica. Variando de acordo com sexo e idade. Jovens e homens mais acometidos (trauma grave). Devido a osteoporose as mulheres apresentam taxas mais altas de lesões de acordo com a idade. A lesão da coluna vertebral (C.V.) é que apresenta não só os piores resultados mas também alta taxa de incapacitação (MacKenzie et al, 1988). Os cuidados e intervenções devem ser orientados por uma avaliação radiológica e clínica precisa e lógica. A maioria dos pacientes com lesão da C.V. não requer cirurgia (Gertzbein, 1992). Duas Preocupações Importantes Avaliação e proteção das condições neurológicas. Avaliação e manutenção da integridade mecânica (Hu, 2008). Coluna Cervical Superior Fratura de C1 (Fratura de Jefferson). Fratura explosiva do atlas acometendo arcos anteriores e posteriores. 1 a 3% fx coluna cervical. Mecanismo de Lesão: Compressão axial, queda de cabeça em águas rasas. Tratamento Rigidez Matinal: Dificuldade para mover, diminui a lubrificação durante a noite; aquecer com banho ou exercício. Ausência de Calor Local à Palpação: Existe, mas não é significativo. 50 Fratura sem ou com deslocamento inferior a 2mm. O buraco ao meio do colar cervical, é para facilitar a Traqueostomia. Redução através de tração esquelética com halo. Lesões associadas do ligamento transverso 4 ou mais semanas de tração com halo, seguido de estabilização com uso de colete com halo. Cirurgia: Raramente realizada em fratura isolada de C1. Indicação: Não obtenção ou manutenção da redução com a órtese. Instabilidade do segmento C1-2. Impossibilidade de redução incruenta da fratura. 1. 2. 3. Artrodese Posterior – desde occipúcio até C2. Amarração de fios. Enxerto autógeno. Placa + parafusos. Fratura do Enforcado – C2 Fraturas dos pedículos ou parte intrarticular de C2. Separação do corpo de seus elementos posteriores. Tipo I: Mínimo deslocamento do foco. Tipo II: Angulação de 10º com deslocamento de 3 mm. Tipo III: Angulação e deslocamentos severos, com luxação facetária C2-3. Mecanismo de Lesão Extensão forçada de um pescoço já estendido (mais comum). Outras: Hiperflexão. Compressão durante extensão. 1. 2. 51 Mecanismo de Lesão: Mecanismo exato ainda é desconhecido. Provavelmente por combinação de flexão de flexão, rotação e/ou extensão. Tipo I: Colar cervical rígido s/ halo (HOPPENFELD, 2001), com halo (SCHATZKER,2002). De 8 a 12 semanas. Tipo II: Redução com distração axial e colete com halo por 12 semanas. Tipo III: Placa de estabilização anterior e fusão C2-3. Em 11% das do tipo III há lesão neurológica permanente. Em 31% dos casos há associação de outras fraturascervicais. -Deslocamento > 6mm tração esquelética. Fratura do Odontóide Fratura horizontal. Oblíqua e anterior. Oblíqua posterior. 1. 2. 3. Tratamento Tipo I: colar cervical macio. Tipo II: (sem deslocamento), colete com halo. Tipo III: redução com tração com halo e depois colete com halo. Artrodese Posterior: Risco de pseudoartrose fts tipo II, indicado amarração com arame de C1-2 seguida de artrodese. Fisioterapia Sustentação de Peso: Primeiro dia até 8° Semana. Após imobilização pode sentar. Marcha com auxilio, conforme tolerado. Sob tração: Repouso no leito até que seja atingida a estabilidade. 1. 2. 3. ADM Não movimentar até total consolidação (8 a 16 semanas). Exercícios suaves para MMSS (evitar amplitudes acima da cabeça). Movimentação livre de MMII. 52 Força Muscular para MMSS com carga leve, desde que a medula esteja imobilizada. Isometria para abdominais, glúteos, quadríceps e tnz. Força Muscular Mobilidade no leito – latero lateral (rolar), auxilio para sedestação. Transferência (cuidado hipotensão). Higiene pessoal – com auxilio. Deambular – auxilio para estabilidade e equilíbrio. Funcional Exercícios leves para ADM cervical. Isometria cervical. Evoluir com exercícios de MMSS. Estabilização cervical. 8° a 12° Semana Coluna Cervical Inferior Mecanismos de distração por flexão ou compressão cervical. Maioria tratadas com imobilização com halo. Deslocamento da faceta ou lesões ligamentares, indica-se descompressão anterior e enxerto ósseo (crista ilíaca) e fixação com placa. Classificação das fraturas da coluna cervical baixa (classificação AO): Fraturas por compressão (A), fraturas por distração (B) e fraturas por rotação (C). Estudo retrospectivo que revisou prontuários de 1990-2000. 75 pacientes tratados com halo-vest, média idade 76ª, 40 homens e 35 mulheres. Complicações: 55% relacionados aos pinos, soltura ou infecção. 23% pneumonia. 8% óbito por complicações respiratórias. Queixas de dificuldade para deglutição (maioria). 11% sonda gástrica. 5% sangramento gastrointestinal. Complications of Cervical Halo- Vest Orthoses in Elderly Patients 53 50:1 milhão (lesões neurológicas). Sexo masc. / 15 a 29 anos. Causas: acidentes automobilísticos, queda de altura, lesões no esporte e violência urbana. T11, L1 e L5 são + acometidos. Obs: Fx em T1 a T10 = Estáveis. Coluna Tóracolombar Modelo Biomecânico Tricolunar: Coluna anterior (ligamento longitudinal anterior e ½ anterior do corpo). Coluna média ( ½ posterior do corpo e ligamento longitudinal posterior). Coluna posterior (PE, PT, pedículos, articulação zigapofisária e ligamento). Classificação de Denis (1984) Força Muscular para MMSS com carga leve, desde que a medula esteja imobilizada. Isometria para abdominais, glúteos, quadríceps e tnz. Fratura do Neymar 54 Menores: Fx PE, PT, facetas. Maiores: fx compressão, explosivas, lesões por flexão/distração e fratura/luxação. Classificação em Lesões Maiores e Menores Flexão ou inclinação com perda da altura da coluna anterior. Perda de ½ da altura = lesão lig posteriores (supra, inter, amarelo), cápsula zigapofisária (Instabilidade). Flexocompressão 50% das fx. Mecanismo das FX Compressão Carga axial em queda de altura. Coluna anterior e média. Retropulsão óssea para canal. Neurológico em 47%. Mecanismo das FX Explosiva Lesão do cinto de segurança. Combina flexão + distração posterior. Lesão óssea, ou ligamentar, ou ambas. Pode haver colapso das colunas anterior e média. Envolvimento tricolunar. Mecanismo das FX Flexão/Distração 55 Tipo A Forças de compressão. Tipo B Forças de distração. -A1: Somente o corpo = compressão ou flexão axial. -A2: Divisão do corpo nos planos sagital e coronal, e os elementos posteriores não são envolvidos. -A3: Retropropulsão do osso para dentro do canal. -B1: Distração posterior e/ou + lesão discal ou ligamento. -B2: No osso. Alta energia. Mais complicada/perigosa pelo risco neurológico. Combina força de rotação, distração, compressão e cisalhamento. Envolvimento tricolunar. Muito instáveis. 75%, com lesão neurológica completa. Mecanismo da Fratura/Luxação Classificação AO (1994) Consolidação: 8 a 16 semanas. Reabilitação: 3 a 6 semanas. Sabe-se que consolidou pelo exame de imagem, que parte do radiologista. É necessário o acompanhamento. Órtese, gesso e colete. Compartilhamento de carga. Limitação de movimento. Gesso pélve-podálico (L4–sacro). Consolidação secundária - Indicação. fx estável s/ neurológico. fx compressão (4 a 6 sem/dor). fx explosiva (controverso). fx flexão/distração (lesões combinadas). 1. 2. 3. 4. Tratamento Conservador Órtese ou Colete de Jewett Mantém hiperextensão e limita a flexão. Tipo C Forças de torção. -B3:Distração anterior, pela hiperextensão. -Lesões anteriores e posteriores com rotação combinam com tipo A ou B. Tratamento Cirúrgico Artrodese posterior (parafuso e gancho). Fx explosiva de L4. Parafuso pedicular e fusão espinhal posterior. 56 Enxerto estrutural anterior e fixação por placa. Corpectomia anterior, enxerto estrutural com ou sem instrumentação e fusão posterior com instrumentação Indicações Fx Compressão: Instrumentação + artrodese posterior. Fx Explosiva: Distração posterior + artrodese + ligamentotaxia (tração tensiona ligamentos, força redução). Lesão por flexão/distração + ligamentos: Compressão posterior com instrumentação + artrodese. Fratura/luxação: O tipo de estabilização + artrodese depende do mecanismo de lesão. Tratamento Imediato Na 1ª semana. Estabilização com órtese. Fase inflamatória do estágio de consolidação. Meias e botas compressão pneumática (TVP). Sustentação de peso e sedestação conforme tolerado pelo paciente, com 1. 2. 3. 4. Após Intervenção Cirúrgica deve ser Avaliado no Paciente Exame Físico Complexo: Exame Neurológico: Difícil naqueles portadores de lesões múltiplas ou inconscientes , deve-se avaliar. Sensibilidade. Função motora. Reflexos. -Tipo de fratura. -Tamanho da lesão. -Região acometida. -Hematoma. -Dor. -Sistemas respiratório e cardíaco. 1. 2. 3. Cuidados Pós-operatórios Pacientes com Lesão Cervical: Será determinado pelo exame da estabilização intra-operatória. Osso de má qualidade e com fios utiliza-se o halo craniano. Fixação sólida é obtida com a colocação de placa posterior na faceta utiliza-se um colar firme. Pacientes com Lesão Toracolombares: Rotineiramente colocados em órtese externa (varia desde órteses toracolombosacral e coletes de hipertensão). A função dessas órteses e manter a fixação interna estável e de limitar seu movimento. Suporte em Hiperextensão: Lesões torácicas inferiores e toracolombares. ADM: joelho, tornozelo e MMSS. Isometria abdominal, glúteos e quadríceps. Isotônico tornozelo. Evitar flexão, rotação e DV. auxílio. 57 Colete tipo cadeira de braço: Lesões lombares. Mobilização: Após a estabilização cirúrgica pacientes são mobilizados logo que possível. Nas primeiras 24 horas o paciente tem permissão para sentar com apoio posterior e observando-se o dreno. Neurologicamente normal, começar a caminhar. Colete é estimulado sempre que o paciente for realizar atividades de sedestação e em média é utilizado por 12 semanas. Eletrofototermoterapia Crioterapia: Magnetoterapia: Laser: Corrente Interferencial Vetorial: -Cuidado com pontos e fixação externas. -Tempo de aplicação. -Consolidação de fratura e controle da dor. -Cicatrização e analgesia. -Analgesia. Cuidados Pós Operatórios Lesão em Chicote Lesão em Chicote é a lesão mais comum associado a acidentes automobilísticos afetando até 83% dos pacientes envolvidos em colisões, e é uma causa comum de incapacidade crônica. Mecanismo de Lesão Aceleração-desaceleração de energia transferido ao pescoço. Lesões ósseas. Tecido mole (pode levar a uma variedade de manifestações clínicas - Desordens Associadas à Sindrome do Chicote - DASC). 1. 2. 0 - Sem queixa de dor, sem sinais físicos. 1 - Queixa de dor com rigidez e sensibilidade, sem sinais físicos.2 - Queixa de dor no pescoço com sinais músculoesqueléticos(diminuição de ADM pontos dolorosos à palpação). Quebec Whiplash Classification 58 Vida Normal. Não Imobilizar. Programa de exercícios para aumentar mobilidade. Fisioterapia multimodal (avaliação específica individual). Manipulação/mobilização. Exercícios. Podem ser tardios 24/48hs depois do trauma. Cervicalgia. Cervicobraquialgia. Dores de cabeça (occipital). Dor lombar (Alguns estudos encontraram dor lombar em até 57% de colisões com impacto traseiro e 71% de impacto lateral.) Dor na mandíbula (ATM). Tontura. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Sintomas Dor no ombro. Parestesia ou formigamento (braços, mãos, pernas ou pés). Dor facial. Fadiga. Confusão. Falta de concentração. Irritabilidade. Dificuldade em dormir. Esquecimento. Problemas visuais. Transtornos de humor. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Outros Sintomas Tratamento - Agudo Orientações posturais. Tratamento - Crônico Manutenção de mobilidade. Manutenção de Mobilidade: Sustentar a posição por 3-6 segundos. Realizar 10 repetições. 3 - Queixa de dor no pescoço e sinais neurológicos, como déficites sensoriais/motores ou anormalidades nos reflexos miotendíneos. 4 - Queixa de dor no pescoço com fratura ou luxação. Para uma lesão em chicote aguda, um colar cervical macio (O uso do colar cervical de espuma dá resultados piores do que de nenhum tratamento, mas ainda é amplamente prescrito) é menos eficaz do que a atividade normal, manipulações de Maitland. 59 Ativação da musculatura profunda. Sustentar a posição por 10 segundos. Realizar 10 repetições. Isometria. 10-20% da força máxima. Se possui síndrome do cinto de segurança, é necessário o exame de imagem para saber se existe lesão estrutural. Síndrome do Cinto de Segurança Traumas Ortopédicos dos Membros Inferiores Pode ter a nomenclatura de "bacia". A paciente foi grampeado (se tem grampo é porque a ferida está aberta). Anatomia X Raio X 60 Fraturas da Pelve Fratura de Grande Energia (trauma grande). Raramente é a única. Grande associação com lesões de grandes vasos e nervos. Paciente evolui de forma lenta. Alto índice de mortalidade (não pela fratura, mas pelo trauma). A fratura é uma sombra, a tomografia computorizada é o ideal para visualizar a lesão. É dividido em fraturas pequenas e grandes. Os pacientes com fraturas pequenas, o prognóstico é teoricamente melhor. (A, B) Imagens de radiografia e tomografia computadorizada de uma mulher de 50 anos que sofreu um impacto direto por um objeto pesado e apresentou compressão lateral, luxação femoral, fratura pélvica tipo III combinada com luxação da direita articulação sacroilíaca e fratura de straddle. Lesões associadas incluíram luxação posterior da articulação do quadril direito e fratura bilateral da diáfise do fêmur. (C) Para tratar a lesão, a fixação temporal da região púbica da sínfise foi realizada usando uma miniplaca de 2,7 mm, e uma fixação de placa pélvica recon de 3,5 mm foi então realizada bilateralmente. O anel pélvico posterior foi estabilizado pela inserção percutânea de um parafuso canulado de 7,0 mm. (D) Após 1 ano, a união óssea anatômica foi alcançada e o escore funcional foi “bom. Classificação Fratura por Avulsão ou Arrancamento. Fratura isolada do Anel Pélvico. Luxação Isolada. Lesões simultâneas. 61 Não tira a osteosíntese (normalmente tira do tornozelo e cotovelo). Fratura Isolada do Anel Pélvico Fratura do Ilíaco. Força direta na asa do Ilíaco. Dor na Abdução do quadril. Tratamento é feito com fixação e repouso. Raio X de uma criança pela falta de calcificação óssea e formação do fêmur, mas com a pelve fraturada. O atropelamento de uma criança acaba levando a mesma para de baixo do carro, ao invés de jogar como ocorre em adultos, o carro acaba passando por cima da criança na maioria das vezes. O cirurgião faz o trabalho mais anatômico. Acetábulo distante do outro, ílio fraturado, pelve fraturada. Pelve fraturada - sínfise púbica com fragmento solto, paciente grávida com 8 meses que foi atropelada. Foi realizado uma cesárea. Grande energia de compressão. Parede posterior. Teto. Parede anterior (contato direto). Fratura sempre vem associada a outras lesões: Pelve. Fêmur. Órgãos maciços. Lesão Vascular. Tratamento de alta complexidade. Necessário uma equipe altamente treinada. 1. 2. 3. 4. Classificação 62 Após o parto, foi decido não mexer na pelve fraturada porque não estava prejudicando a sua função. Linhas presentes no raio x=Corrente. É chamado de gaze azul que é aparente no raio x, possui linhas/fios, gaze cirúrgica que é contada para que não seja esquecida dentro do paciente. Fratura de Acetábulo Tem formato esférico. Formado por 3 ossos (ilíaco, púbico e ísquio). Fraturas raras (normalmente ocorre em trabalhadores braçais). (Linha de cima) Fraturas Elementares: Rebordo anterior, coluna anterior, rebordo posterior, coluna posterior e transversa. (Linha de baixo) Fraturas Associadas: Coluna posterior com rebordo posterior, transversa com rebordo posterior, em "T", anterior com hemitransversa posterior e dupla coluna (acetábulo flutuante). Tratamento Conservador: Cirúrgico: -Utilizado na maioria dos casos. -Repouso total. -Placa de reconstrução. -Parafusos de compressão Esses pacientes não pisam, utilizam cadeiras de rodas. Existem quatro principais faturas: Fratura de Colo do Fêmur. Fratura Transtrocantéria. Fratura Subtrocantérica. Fratura da Diáfise de Fêmur. Fratura Supracondiliana. 1. 2. 3. 4. 5. 63 Fêmur Acomete muito idosos, quebra antes de cair. Estrutura com anatomia complexa: O fêmur possui um fluxo sanguíneo através de vasos e veias que irrigam a estrutura anatômica, se quebrar irá romper o fluxo sanguíneo que existe e pode necrosar. Fraturas de Fêmur Traumas de alta ou baixa energia. Alto índice de mortalidade. Incapacidade funcional. Redução da qualidade de vida. -Trauma de alta energia: Homem jovem. -Trauma de baixa energia: Mulher jovem. -Não impede crianças e nem mulheres jovens de terem traumas de alta energia. Fratura de Colo do Fêmur 53% das fraturas do quadril. Mais comum. Sexo Feminino. Idosos. Enfraquecimento da Cortical. Trabeculado Ósseo. 3 – 5% pacientes jovens. Idosos e crianças podem ter essa fratura por maus tratos. Mais comum em mulheres idosas pela osteoporose, com a queda hormonal, a densidade óssea diminui drasticamente, expondo o osso a fraturas. Acomete menos homens, pela osteoporose não ser comum. Mecanismo de Lesão: Golpe direto ao nível do grande trocanter. Mecanismo torcional por rotação lateral da coxa. Trocanter Maior Acetábulo. ETAPA 1: Limitar a carga no segmento em recuperação. ETAPA 2: Tolerar a sustentação do peso. ETAPA 3: Foco na força, resistência e movimentos funcionais. -Não pisar no inicio. -Exercícios Isométricos. -Treinar o equilíbrio. -Reeducação da Marcha. -Evitar o auxiliar de marcha, se precisar sem problemas. -Eliminar qualquer problema de ADM flexibilidade e mobilidade. Estágio I e II: Fraturas mais leves e teoricamente melhores. Estágio III e IV: Desvio piores e mais intensos, o estágio IV é necessário uma prótese. 64 Fraturas do Colo do Fêmur História do trauma. Dor local. Limitação Funcional. Encurtamento e RE do membro acometido. Exames de imagem. Diagnóstico Membro encurtado, perna rodada mais alta. Sem desvio de fratura, consolida melhor. Alta energia Baixa energia Classificação Garden: APQ/ATQ. Fixação in-situ. -Parafusos de Compressão. -DHS. Tratamento Reabilitação Reabilitação Hospitalar Fraturas do Colo do Fêmur: Processo de cicatrização total dura de 6 a 8 semanas. 65 Pacientes sem intercorrência ficam, aproximadamente, de 3 a 5 dias internados. Analgesia (analgesia medicamentosa). Crioterapia. Eletroanalgesia. Exercícios isométricos para quadríceps e glúteo (inicia o exercício no leito, sentado e depois andar - com auxiliar). Exercícios ativos de pernas e pés. Se passar por uma cirurgia e estiver com prótese, pode sair andando. 1. 2. 3. Reabilitação AmbulatorialDeambulação vai depender do estado geral do paciente e a fixação utilizada. Segundo tolerado pelo paciente com dispositivo auxiliar. 3 pontos ou andador. Mobilização. 1. 2. -Deve ser realizada de forma ativa. Reabilitação Ambulatorial (1-3 semanas) Fortalecimentos isométricos: Fortalecimento isotônicos: -Glúteo médio. -Adutores. -Quadríceps. -Isquiostibiais. -Tríceps Sural. Reabilitação Ambulatorial (4-6 semanas) Treino de marcha com carga aumentada. Fortalecimento isotônicos: Glúteo Médio. Adutor. Quadríceps. Isquiostibiais. Tríceps Sural. 1. 2. 3. 4. 5. Reabilitação Ambulatorial (7 semanas) Treino de marcha com carga total. Treinos Funcionais: Subir e descer escadas. Pegar peso. Mudança de direção. 1. 2. 3. Complicações Necrose da Cabeça do Fêmur. Pseudoartrose. Artrose. Necrose da Cabeca do Fêmur A cabeça pode acabar eclodindo pelo rompimento da circulação uma vez que ocorre a fratura. Paciente com dificuldade na marcha. Muita dor. Pseudoartrose Não consolida. Sem cirurgia. Artrose que acontece posteriormente. Pseudoartrose Não consolida. Sem cirurgia. Artrose que se acontece posteriormente. 66 Tipo IV: Existe fratura completa com deslocamento do colo cirúrgico. Tipo V: Caracteriza por fratura completa com deslocamento do colo anatômico, associado com deslocamento do trocanter menor. Muito grave e com diversos deslocamento. 35% das fraturas do terço proximal do Fêmur. Idosas, acima de 70 anos (3:1). Jovens. Área mais esponjosa com boa irrigação. Tem o quadro de encurtamento do membro com rotação lateral. -Baixa energia. -Alta energia com fraturas cominutivas. Fratura Transtrocantérica Tipo I: Trata-se de um traço simples e sem desvio. Tipo II: Há pequeno desvio e o pequeno trocanter pode estar fraturado. Tipo III: Ocorre fratura completa com deslocamento, mantendo o apoio do fragmento proximal, ou pode ter uma fratura com deslocamento do grande trocanter. Classificação de Tronzo Tratamento Depende do trauma (normalmente atropelamento). Cirúrgico: Restaurar o ângulo do colo: -DHS (estáveis). -PFN (instáveis). -125º. Haste: Difícil de tirar, se colocar será para sempre. DHS vs. PFN DHS: Pacientes Jovens. PFN: Osteoporose e fraturas oblíquas. Diferenciação dita em artigos científicos. 67 Processo de consolidação dura de 12 a 15 semanas. Fase hospitalar entre 3 e 5 dias. Deambulação com cuidado no grau da lesão. Analgesia. Mobilização: -Conforme o tolerado pelo paciente. -Andador. -Precisa perguntar para o cirurgião sobre a ADM e marcha. -Crioterapia. -Eletroanalgesia. -Ativa-assistida de quadril. -Exercícios isométricos para quadríceps. -Exercícios ativos para perna e tornozelo Reabilitação Hospitalar Fratura abaixo do trocanter menor. Área que mais recebe carga em todo o corpo humano. Tem dois picos de idade predominante: Clinicamente o principal sintoma é a dor no quadril, com encurtamento e rotação lateral. -Jovens, alta energia. -Idosos, com baixa energia (osteoporose). Fratura Subtrocantérica Classificação Não existe uma classificação específica. AO Mobilização ativa para flexo extensão. Isometria para glúteos. Treino de transferências e marcha. -Evitar as rotações. -Segundo o tolerado pelo paciente. Reabilitação Lesão grave. Trauma de alta energia. Adultos jovens, homens. Tem como principal clínica dor e o encurtamento do membro. Alto índice de associação a lesões ligamentares do joelho. Fratura Diafisária do Fêmur Winquist: Tipo I: Traço simples. Tipo II: Cominução até 50% da circunferência da diáfise. Classificação Tipo III: Cominução de 50 a 100%. Tipo IV: Cominução total sem contato das duas extremidades. Placa ou Hastes: Fixação Externa. Tração. -Primeira escolha. -Rápida. -Lesão de pele. 68 Tratamento Reabilitação Nos casos de tração apenas a mobilização de tornozelo é possível. Nas demais fixações deve-se estimular a deambulação e as mobilizações. Isometria de glúteos Fratura Supracondiliana Corresponde cerca de 7% da fraturas femorais. Jovens: Alta energia. -Multifragmentada com comprometimento de partes moles e articulares. Idosos: Queda com joelho flexionado. A peculiaridade do tratamento é a manutenção do valgo presente no fêmur. Presença de deslocamento posterior do fragmento. -Traço helicoidal, sem muitas lesões de partes moles. -Periprotéticas. Classificação AO. Tipo A: Não atinge a cartilagem. Tipo B: Cartilagem afetada e ligamento. Tipo C: Ruins, lesão em toda a estrutura; prejudica a ADM - em raio x não dá pra identificar o que é. Tratamento Tração Esquelética. Fixação Externa. Haste Intramedular Retrograda – Tipo A. Placas Especiais (LISS) – Tipo B e C. -Co-morbidades aumentadas. -Auxilia na analgesia. -Fratura articular e lesão de pele. -Quando o fragmento é mínimo. -Quando existe vários fragmentos. Articulação do Joelho. Proximal apresenta um platô. Inclinação A-P. Platô Medial Maior. Anatomia Ligamentar e meniscal -Platô Lateral (Convexo). -Platô Medial (Côncavo). -10 – 15°. -Maior Compressão Axial. 69 Reabilitação Isometria de quadríceps não pode ser feita inicialmente. Movimentação ativa de quadril e pé. Marcha com toque de marcha. Tíbia Dentre os ossos longos é o que mais se fratura. Fratura fechada. Todos os pacientes que fraturam, possuem uma boa recuperação e estilo de vida após a lesão. Preferência pelo sexo Masculino. Acidentes automobilístico (20 – 30 anos). Principais Fraturas são: Fratura de Planalto / Platô Tibial. Fratura da Diáfise da Tíbia (mais comum e menos pior em termos de recuperação - bom prognóstico). Fratura do Pilão Tibial. Fratura de Planalto Tibial Tratamento complexo. Preferência pelo platô lateral. 1 – 8 % das fraturas. -Fratura articular. -Devido a anatomia, (platô medial é mais denso). Forças em valgo. Pode acontecer por afundamento. Varo + compressão axial. Compressões Coronais. 20% lesão ligamentar associada. Schatzker. Tipo I: Cisalhamento do platô lateral. Tipo II: Cisalhamento e depressão do platô lateral. Tipo III: Depressão isolada do platô lateral. Tipo IV: Cisalhamento do platô medial. Tipo V: Bicondilares, sem dissociação entre diáfise e metáfise. Tipo VI: Bicondilares, com dissociação entre diáfise e metáfise. 70 Dor. Limitação da ADM. Edema. Hemartrose com gotículas de gordura (sangue com gordura). Pode ser confundido com lesões ligamentares. Quadro Clínico Mecanismo do Trauma Classificação Conservador: Fixação Externa. Placa Angulada. Pode ser montado para estabilizar a lesão, caso o cirurgião decida. -Tração Esquelética. -Aparelho Gessado. -Depende do tipo de lesão. -Enxertia Autógena. -Fixação com manutenção do valgo. -Depende do grau de lesão. Tratamento 71 Muitas vezes associado com a fx de Fíbula. Das apresentadas é a que melhor se consolida. Tem alto número de casos. Dor. Limitação da ADM. Edema. Hemartrose com gotículas de gordura (sangue com gordura). Pode ser confundido com lesões ligamentares. Quadro Clínico Fratura Diafisária da Tíbia Torce o tornozelo e fratura a tíbia, pelo pouco aporte sanguíneo. Costuma ficar torno. Trauma Direto. Traço Transverso ou Cominutivo. Focos desviados. Pode haver exposição. Trauma Indireto. Traço Oblíquo ou Espiróide. Poucos desvios. Sem exposição. -Alta energia, FAF. -Torções e queda da própria altura. Mecanismos de Lesão I: Ferida <1 cm, de contaminação, cominuição e danos dos tecidos moles mínimos. II: Ferida de 1 - 10 cm, danos moderados aos tecidos moles, lesão periosteal mínima e possível contaminação do ferimento. III: Ferida > 10 cm , com danos graves aos tecidos moles e contaminação substancial, cobertura torna-se difícil. Classificação Fraturas Fechadas. Fraturas Expostas. -AO. -Gustilo-Anderson Depende do grau da lesão. Lesões fechadas e sem desvio Tto Conservador. Lesão graves Cirúrgico. Tratamento Consolidação Conservador – 15 a 20 semanas. RFFE – 15 a 17 semanas. 72 HIM – 14 a 16 semanas. Mobilização ativa de todo o MMII. Descarga de peso segundo tolerado quando feito a RAFI ou RFFE. Toque de marcha
Compartilhar