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Rotinas de pessoal 4

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ROTINAS DE PESSOAL
UNIDADE IV
1. FOLHA DE PAGAMENTO
1.1 PROVENTOS E DESCONTOS
- A folha de pagamento é um documento importante para o trabalhador, pois nela constam informações sobre os proventos (o que o funcionário recebe) e os descontos que são realizados sobre sua remuneração.
- As empresas têm a obrigação de elaborar e emitir a folha de pagamento. Para elaborá-la, os profissionais de departamento pessoal/recursos humanos precisam ter conhecimentos específicos. Toda folha de pagamento precisa ter algumas informações como: salário-base; faltas; licenças; todos os proventos e descontos de encargos sociais; forma e data de pagamento. Os descontos são: INSS, IRRF, faltas e atrasos, vale-transporte. Outras despesas como plano de saúde, plano odontológico, vale-refeição e vale-alimentação podem ser descontados em folha também.
· O QUE NÃO PODE SER DESCONTADO EM FOLHA DE PAGAMENTO
- Os descontos dos benefícios em folha de pagamento são previstos por lei. Já descontos que se originarem de materiais usados pelos empregados ou referentes às tarefas desempenhadas pelos funcionários não são permitidos por lei. O artigo 462 da Consolidação das Leis do Trabalho determina que o empregador está proibido de efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, exceto quando resultar de um adiantamento salarial, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
- A lei permite descontos de contribuições previdenciárias, imposto de renda, prestações alimentícias, pagamento de pena criminal pecuniária, pagamento de custas judiciais, dívidas contraídas para aquisição de unidade habitacional e a retenção do saldo salarial por falta de aviso-prévio do empregado que pede demissão (art. 487, § 2º da CLT).
- O art. 462, § 1º da CLT permite que haja desconto no salário se o funcionário causar danos ao patrimônio. Caso o colaborador quebre algo de maneira proposital, como um computador, jogando-o no chão, o valor do bem pode ser descontado do salário. Se apenas houver descuido ou negligência, o desconto tem que ser autorizado pelo funcionário.
- Os descontos na folha de pagamento do empregado não podem ser superiores a 70%, pois o trabalhador deve ter assegurado o recebimento de um mínimo de seu salário. Algumas situações são mais claras, mas alguns descontos podem gerar mais dúvidas do que outros (se podem ser feitos dentro da lei, ou não).
2. RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO
2.1 ESPÉCIES DE RESCISÃO CONTRATUAL
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO SEM JUSTA CAUSA
Quando o empregador deseja encerrar o contrato, o funcionário recebe férias vencidas (com acréscimo de ⅓), férias a vencer (proporcionais), aviso-prévio, 13º salário proporcional e multa de 40% sobre o FGTS. Além disso, o trabalhador pode sacar o valor referente aos depósitos do FGTS e solicitar o seguro-desemprego.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA
Conforme o artigo 482 da CLT, se o empregado tiver conduta inapropriada, cometer graves faltas, for desonesto ou indisciplinado, negligente, abandonar o emprego, agredir colegas ou fornecedores, entre outras condutas inadequadas, o contrato de trabalho será rescindido e o funcionário só terá direito ao saldo de salário e às férias vencidas.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO A PEDIDO DO TRABALHADOR
Ocorre quando o funcionário deseja deixar a função e cargo que ocupa, por livre e espontânea vontade. Ao solicitar a rescisão de seu contrato de trabalho com a empresa, o funcionário não recebe o aviso-prévio, nem pode sacar o valor depositado em conta do FGTS (e não recebe a multa de 40%), ou pedir o seguro-desemprego.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR ATO CULPOSO DO EMPREGADOR
Se algum dos atos culposos previstos no artigo 483 da CLT for cometido pelo empregador, o contrato de trabalho pode ser rescindido. Os atos culposos definidos pelo artigo 483 são:
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.
Se o empregador tiver uma conduta que se enquadre nas descritas no artigo, o contrato pode ser rescindido e o trabalhador recebe todas as verbas trabalhistas que teria direito no caso de uma rescisão sem justa causa.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR CULPA RECÍPROCA
Nesse caso, tanto o empregado quanto o empregador podem ter condutas inapropriadas e caracteriza-se justa causa de ambos. Esse tipo de rescisão somente pode ser homologado pela Justiça do Trabalho. Assim, as verbas trabalhistas são pagas pela metade: multa do FGTS, aviso-prévio, 13° salário proporcional e férias proporcionais acrescidas de ⅓.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR MORTE DO EMPREGADOR PESSOA FÍSICA
Se o empregador pessoa física falece, o contrato é finalizado caso a atividade não seja mais exercida pelo funcionário. Assim, os herdeiros do empregador possuem a responsabilidade de pagar o salário, aviso-prévio, férias e 13º proporcionais e multa de 40% do FGTS.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR MORTE DO EMPREGADO
Caso o trabalhador faleça, o contrato de trabalho é automaticamente finalizado e seus herdeiros têm o direito de receber o saldo de salário, férias e 13º proporcionais e saldo do FGTS.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR TÉRMINO DE PRAZO DETERMINADO NO CONTRATO
Nos casos de contrato de trabalho por prazo determinado, quando é decorrido o transcurso do prazo contratual, opera-se, naturalmente, a rescisão contratual. Assim, atingido o prazo previsto no contrato, haverá sua extinção.
Com isso, o empregado tem direito às seguintes parcelas:
· saldo do salário;
· férias integrais e/ou proporcionais;
· 13º salário proporcional; e
· levantamento dos depósitos do FGTS.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO (INICIATIVA DO EMPREGADOR)
Nessa modalidade de rescisão contratual, o empregador decide colocar fim à relação contratual antes do prazo estipulado no contrato. Para tanto, deve pagar uma multa com valor proporcional ao restante do período que deveria ser cumprido.
Nos termos do artigo 479, caput, da CLT, o empregado tem direito a uma indenização no importe de metade da remuneração a que teria direito até o término do contrato.
São devidos, ainda:
· saldo do salário;
· férias vencidas e/ou proporcionais;
· 13º proporcional; e
· saque do FGTS depositado em conta vinculada.
· RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR ACORDO (DISTRATO)
Art. 484-A . O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - por metade: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) o aviso-prévio, se indenizado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Portanto, o funcionário tem direito a receber o saldo do salário, férias e 13º salário proporcionais e metade do aviso-prévio e da indenização sobre o FGTS. Além disso, o trabalhador não pode solicitar o seguro-desemprego e tem o saque do FGTS limitado a 80% do valor.
Outro ponto a ser consideradonuma rescisão é se o funcionário está num período de estabilidade, por exemplo, a fase gestacional. Além disso, nos casos de demissão por justa causa, é importante ter os comprovantes das situações que acarretam esse tipo de rescisão. Assim, serviços jurídicos podem ser contratados para assessorar na verificação cautelosa dos documentos e para evitar futuros processos trabalhistas.
3. VERBAS RESCISÓRIAS
Quando há a rescisão do contrato de trabalho, o funcionário tem o direito, garantido por lei, de receber verbas rescisórias. As verbas rescisórias vão depender de cada modalidade de rescisão. São elas: saldo de salário, horas extras, 13º salário e férias proporcionais (com adicional de ⅓), adicional noturno, férias vencidas (se houver, com adicional de ⅓), valor do FGTS em conta vinculada à empresa (mais multa de 40% sobre o saldo) e salário-família.
· PRAZO PARA PAGAMENTO DE VERBAS RESCISÓRIAS
Antes da reforma trabalhista de 2017, havia dois prazos para pagamento, conforme a modalidade do aviso-prévio. A Lei 13.467/2017 igualou os prazos, estabelecendo que o prazo para pagamento das verbas rescisórias (independente se o aviso-prévio é trabalhado ou indenizado) é de até dez dias após a data de término do contrato (dias corridos, excluindo-se a data de início e término). O artigo 477 da CLT diz que: “Quando o prazo previsto para pagamento cair em dia não útil, o pagamento poderá ser feito no próximo dia útil.”
Outra mudança trazida pela reforma trabalhista é que não há mais a necessidade de homologar a rescisão no sindicato da categoria ou no Ministério do Trabalho, caso os funcionários tenham cumprido mais de um ano de trabalho na empresa. Atualmente, a homologação pode ser feita na própria empresa, com a presença de advogados.
· MULTA RESCISÓRIA
Se a empresa não cumprir os prazos mencionados e efetuar o pagamento das verbas rescisórias após as datas mencionadas anteriormente, o empregador pagará uma multa em favor do empregado no valor equivalente ao seu salário, conforme prevê o § 8º do art. 477 da CLT.
O pagamento do aviso-prévio deve ser realizado nos dez dias após a demissão. O funcionário na empresa possui o direito de receber pelos 30 dias de aviso-prévio, mesmo sem trabalhar. Além desses dias, são acrescentados mais três dias por ano trabalhado, até que seja atingido o limite de 20 anos.
· ATRASO E MULTA NO PAGAMENTO
Conforme já mencionamos, caso haja descumprimento do prazo, uma multa pelo atraso de valor correspondente a um salário deve ser paga ao empregado. Para ser calculada, a multa não leva em consideração a remuneração do trabalhador (quaisquer outros vencimentos além do salário).
Essa multa só não será devida em caso de término de contrato devido à falência. Além disso, a multa do art. 477 da CLT também não será paga se o atraso no pagamento ocorreu por culpa do empregado.
Se o trabalhador procurar a Justiça do Trabalho alegando que não recebeu as suas verbas rescisórias, o empregador deverá pagá-las em primeira audiência, sob pena de multa de mais 50% sobre o valor das verbas salariais, segundo o art. 467 da CLT.
4. OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS
A rotina do departamento pessoal/recursos humanos é cheia de atividades, como cálculo de remuneração, fechamento de folha de pagamento, emissão de recibos/holerites. Os empregadores devem recolher obrigações trabalhistas da folha de pagamento. Algumas delas são mensais, outras ocorrem em períodos específicos e outras são recolhidas uma vez por ano. Essas obrigações são utilizadas com propósitos diversos: aposentadoria, seguro-desemprego, afastamentos, férias, etc.
4.1 OBRIGAÇÕES: PRINCIPAL E ACESSÓRIA
As obrigações principais se referem aos tributos. Já as acessórias dizem respeito a documentos, declarações, demonstrativos e outros que o empregador precisa manter organizados e atualizados, como:
· dados pessoais do trabalhador (nome, endereço, filiação, CPF, RG, nº do PIS, título de eleitor, estado civil etc.);
· anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) sobre quaisquer alterações em cargos, funções, salários;
· guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP); e
· apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
· OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS MENSAIS
A- FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS)
O depósito do FGTS deve ser feito todo dia 7 de cada mês. O valor a ser depositado corresponde a 8% da remuneração bruta do trabalhador, no mês anterior. Se o pagamento atrasar, multas proporcionais são geradas.
B- INSS
O INSS costuma ser pago até o dia 20 de cada mês. A base de cálculo é o salário do mês anterior, porém é variável, pois depende da faixa salarial. É importante consultar o site oficial do INSS, onde os valores e alíquotas são sempre atualizados.
C- IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (IRRF)
É recolhido pelo empregador e descontado em folha do funcionário. É pago até o dia 20 de cada mês. A alíquota varia, dependendo da remuneração bruta. É importante consultar regularmente os valores atualizados no site da Receita Federal.
D- ENVIO DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
As obrigações trabalhistas e previdenciárias, depois de recolhidas, são compiladas em informações enviadas para os órgãos competentes. É importante ressaltar que não são descontadas em folha de pagamento, pois o empregador é o responsável por elas.
E- CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS (CAGED)
O CAGED precisa ser enviado todos os meses, até o dia 7, ao Ministério do Trabalho e Emprego. É uma lista atualizada com o registro de todos os funcionários registrados, contratados ou dispensados no mês anterior.
F- GFIP, SEFIP E GPS
GFIP é o acrônimo para Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social. Ela fornece informações sobre os trabalhadores à Previdência Social. Atualmente, a GFIP é enviada ao governo por meio da SEFIP, que é um aplicativo digital encontrado no site da Caixa Econômica Federal. O empregador precisa transmitir à Previdência Social os arquivos referentes ao recolhimento de FGTS e às demais informações previdenciárias, também no dia 7 de cada mês. Já a Guia de Previdência Social (GPS) deve ser paga e enviada ao órgão até o dia 10.
5. LEGISLAÇÃO SOCIAL
Cassar (2017) afirma que a legislação social diz respeito aos princípios e normas que abrangem as relações de emprego. As leis asseguram direitos e benefícios sociais para os funcionários de empresas que exercem trabalho subordinado. Não abordam as relações de trabalho dos servidores públicos e nem de funcionários autônomos.
5.1 DIREITOS E BENEFÍCIOS SOCIAIS
· AVISO PRÉVIO
O funcionário que for demitido sem justa causa ou que pede demissão tem direito ao aviso-prévio. São 30 dias remunerados, os quais o empregador decide se o funcionário cumprirá ou não, e que servem para que a empresa e o colaborador possam se organizar com as tarefas. O funcionário, cumprindo ou não o aviso-prévio, tem direito a receber o valor de um mês de salário.
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É muito comum que o funcionário não cumpra o aviso-prévio, salvo alguns casos nos quais é preciso treinar o novo colaborador que exercerá a função, sendo que apenas receberá o valor devido. Se o colaborador cumprir o aviso-prévio, ele pode terminar a jornada de trabalho 2 horas mais cedo ou encerrar o aviso-prévio com sete dias de antecedência, sem qualquer prejuízo financeiro. O trabalhador também recebe três dias adicionais para cada ano que ficou na empresa.
· ABONO SALARIAL
O trabalhador que recebe até dois salários mínimos tem direito ao abono salarial, que é o saque do PIS/PASEP. Para que o trabalhador tenha o direito de receber esse benefício, precisa ter um registro de pelo menos 30 dias em carteira no ano anterior ao do pagamento. Além disso, deve possuir cadastro no sistema do PIS (funcionários da iniciativa privada) ou do PASEP (funcionários públicos) durante 5 anos, no mínimo. Se a documentação estiver em dia, o funcionário recebe o valorde um salário mínimo anualmente, no mês de seu aniversário, podendo sacar o PIS com seu Cartão Cidadão, na Caixa Econômica Federal ou casa lotérica. O benefício do PASEP pode ser retirado no Banco do Brasil.
· REPOUSO SEMANAL REMUNERADO
Qualquer trabalhador com carteira assinada tem direito a uma folga remunerada na semana, que costuma ser o domingo. Não há uma regra, e a folga pode ser tirada em qualquer dia da semana, desde que seja um período de 24 horas a cada sete dias. O funcionário não pode trabalhar mais de uma semana sem tirar sua folga, de acordo com a lei. Os feriados são considerados folgas remuneradas.
· VALE-TRANSPORTE 
Os trabalhadores com carteira assinada, inclusive os temporários, têm direito ao vale-transporte. Porém, ao optar por esse benefício, é descontado 6% do salário bruto em folha de pagamento.
É obrigação da empresa oferecer o vale-transporte ao trabalhador que se desloca de sua casa para o trabalho utilizando transporte coletivo. O benefício pode ser cortado caso o funcionário não o utilize para esse fim ou repasse para outra pessoa.
· SALÁRIO-FAMÍLIA
É um benefício que o empregado (inclusive o doméstico) pode receber. Consiste num valor a mais mensalmente, dependendo do seu salário. Esse benefício possui alguns requisitos: ter filhos com menos de 14 anos (ou filhos inválidos de qualquer idade) e receber um salário de até R$ 1.212,64. Caso os dois pais preencham os requisitos, apenas um tem direito ao salário-família.
Esse benefício deve ser solicitado pelo funcionário ao empregador. No caso de trabalhador temporário, este deve procurar o sindicato ao qual esteja vinculado. Se o trabalhador estiver recebendo outros benefícios da previdência (como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez), o salário-família deve ser solicitado pelo INSS.
· AUXÍLIO-DOENÇA
Os trabalhadores com carteira assinada ou que pagam contribuição mesmo sendo autônomos, ou seja, aqueles que contribuem para o INSS, têm direito ao auxílio-doença em caso de acidente ou doença grave que os obrigue a se afastarem de suas atividades. O auxílio é do valor do salário do trabalhador. Se o trabalhador for autônomo ou doméstico, o valor será correspondente à contribuição ao INSS.
O trabalhador tem direito a esse auxílio se tiver contribuído com o INSS nos últimos 12 meses anteriores e ter ficado, no mínimo, 15 dias afastado do trabalho. Caso o afastamento seja devido a alguma doença prevista em lei, como câncer ou tuberculose, ou devido a um acidente no trabalho, não há a necessidade de comprovar esse tempo de contribuição. É preciso fazer uma perícia no INSS para obter o benefício.
· SEGURO-DESEMPREGO
Se o trabalhador foi demitido sem justa causa, tem direito a receber o seguro-desemprego por um período de três a cinco meses. Assim, é necessário comprovar que não está trabalhando, nem recebe outro benefício da Previdência Social – com exceção de pensão por morte ou auxílio-acidente, e que não tem MEI ou uma empresa aberta.
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O trabalhador precisa comprovar, na primeira solicitação, que trabalhou por, pelo menos, 12 meses nos últimos 18 meses. No segundo pedido, deve comprovar que trabalhou por, pelo menos, 9 meses nos últimos 12 meses. Nas próximas solicitações, deve ter trabalhado nos 6 meses anteriores à dispensa.

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