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RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS BRASIL 2019 REALIZAÇÃO: PATROCÍNIO: 01. LOGO + DECODIFICADOR RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS BRASIL 2019 ASSESSORIA Marcos Tadeu Lélis COORDENAÇÃO TÉCNICA Priscila Linck (Corecon 8.527) EXECUÇÃO TÉCNICA Alessandra Roehrig Priscila Linck (Corecon 8.527) REVISÃO TEXTUAL Alice Rodrigues (Mtb 12.832) Diego Rosinha (Mtb. 13.096) PRODUÇÃO GRÁFICA Gabriel Dias Relatório setorial: Indústria de calçados do Brasil 2019 Associação Brasileira das Indústrias de Calçados. Novo Hamburgo: Abicalçados, 2019. PRESIDENTE Rosnei Alfredo da Silva CONSELHEIROS Adão Oscar Wolff, Caetano Bianco Neto, Caio Borges Ferreira, Danilo Cristófoli, Ernani Reuter, Haroldo Ferreira, José Carlos Brigagão do Couto, Júnior César Silva, Lioveral Bacher, Marco Antônio Coutinho, Marco Lourenço Müller, Nilson Erineu Spohr, Paulo Roberto Konrath, Paulo Roberto Schefer, Paulo Vicente Bender, Renato Klein, Ricardo Wirth, Sérgio Gracia e Werner Arthur Muller Júnior PRESIDENTE-EXECUTIVO Heitor Klein CONTATO Rua Júlio de Castilhos, 561 - Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130 Fone: +55 51 3594-7011 inteligencia@abicalcados.com.br www.abicalcados.com.br 01. LOGO + DECODIFICADOR RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS BRASIL 2019 RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 4 1. EDITORIAL 2. MUNDO 2.1 Panorama econômico mundial 2.2 Panorama mundial de calçados 2.2.1 Principais países produtores 2.2.2 Principais países consumidores 2.2.3 Principais países exportadores 2.2.4 Principais países importadores 3. BRASIL 3.1 Produção de calçados 3.1.1 Nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) 3.1.2 Segmentação da produção 3.2 Consumo de calçados 3.3 Comércio exterior 3.3.1 Exportação 3.3.2 Importação 3.4 Emprego e estabelecimentos 3.5 Indicadores econômicos 3.5.1 Câmbio 3.5.2 Comportamento do comércio 3.5.3 Indústria de transformação 3.5.4 Inflação nacional 3.5.5 Competitividade nacional 4. OPORTUNIDADES PARA O MERCADO INTERNACIONAL 4.1 Índice de competitividade das exportações de calçados 4.2 Índice de atratividade das exportações brasileiras de calçados 5. MAPA TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA CALÇADISTA 5.1 Mundo 5.1.1 Histórico 5.1.2 Países 5.1.3 Empresas 5.1.4 Grandes áreas de depósito 5.1.5 Patentes mais citadas 5.2 Brasil 5.2.1 Histórico 5.2.2 Países 5.2.3 Empresas 5.2.4 Grandes áreas de depósito 5.2.5 Patentes mais citadas 6. ANÁLISE DE ESPECIALISTA 6.1 O baixo investimento e o reflexo nas expectativas econômicas 7. METODOLOGIA 7.1 Dados de produção 7.2 Projeções estatísticas 7.3 Fontes 7.4 Classificação do sistema harmonizado de designação e codificação de mercadorias 7.5 Definição dos polos calçadistas 5 6 7 7 8 9 11 13 16 17 18 18 23 24 25 30 33 35 35 36 36 37 37 38 39 42 46 47 47 48 50 51 52 53 53 54 55 55 57 58 59 62 63 64 64 65 65 SUMÁRIO RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 5 EDITORIAL O ano de 2018 foi de recuperação leve, mas gradual, no se- gundo semestre. Após anos de retração, tanto no mercado doméstico como no exterior, as mais de 6,6 mil indústrias de calçados brasileiras puderam experimentar algum período de crescimento. Por outro lado, o incremento registrado na se- gunda parte do ano passado não foi suficiente para reverter um primeiro semestre muito ruim, prejudicado tanto por fato- res econômicos, de queda na demanda, como pelas paralisa- ções provocadas pela greve dos caminhoneiros em maio - que fez com que a indústria chegasse a operar com menos de 50% da capacidade instalada por dois meses - e pela Copa do Mundo de futebol, que diminuiu dias úteis do varejo. Nesta quarta edição do Relatório Setorial, produzido pela equipe de Inteligência de Mercado da Abi- calçados cruzando dados oficiais e uma pesquisa realizada direta- mente com empresas do segmen- to - cuja amostra corresponde à mais de 70% da produção de cal- çados no País -, o leitor será deparado com um quadro ainda estagnado, mas promissor, especialmente diante das reformas estruturais prometidas pelo atual Governo. Entre 2015 e 2016, vimos o setor perder posições no mercado interno e externo. Os problemas, como o alto custo de produ- ção, agravados por uma crise econômica que levou os índices de desemprego e inadimplência às alturas, fizeram com que a pro- dução de calçados caísse mais de 8%. Em 2014, a produção foi de 996 milhões de pares, número que, segundo este relatório, foi de 944 milhões no ano passado, relativamente estável ante 2017. Para 2019, a partir da recuperação, especialmente das ex- portações, projeta-se um crescimento entre 1% e 3%, o que, no entanto, não será suficiente para voltar aos patamares pré-crise. A performance negativa de 2018 teve influência do fraco de- sempenho no mercado doméstico, mas, também, teve grande contribuição da queda das exportações. Em 2018, o setor fatu- rou US$ 976 milhões com embarques, 10% menos do que no ano anterior e menos da metade do faturado dez anos antes, quando chegamos à cifra de quase US$ 2 bilhões. Neste quesito, além dos problemas estruturais brasileiros, ti- vemos como ator protagonista o câmbio, que com variações bruscas acabou por prejudicar a formação de preços. Soma-se, ainda, o aumento do protecionismo internacional e as crises em alguns dos nossos principais mercados internacionais. O fato fez com que o Brasil caísse ainda mais no ranking de países expor- tadores, ocupando agora a 11ª posição, atrás de países como a Holanda, que não tem tradição na fabricação de calçados. Os dados negativos, como não po- deria deixar de ser, tiveram impac- to no emprego do setor calçadista. Fechamos 2018 empregando pou- co mais de 270 mil pessoas, com um total de mais de 6 mil postos perdidos ao longo do ano. Contudo, continuamos embarcando calçados para mais de 160 países e, esse fato, aliado às perspectivas de recuperação da capacidade de consumo no mercado nacional e a melhoria da competitividade estrutural, faz com que cresça a expectativa de uma recuperação que pode ser gradual, mas consistente. Espero que o leitor tenha uma experiência positiva ao folhear esta publicação, realizada com a colaboração da maior parte dos associados da Abicalçados e que tem o intuito de auxiliar as empresas na tomada de decisões e estratégias para o ano de 2019. Boa leitura! PARA 2019, A PARTIR DA RECUPERAÇÃO, ESPECIALMENTE DAS EXPORTAÇÕES, PROJETA-SE UM CRESCIMENTO ENTRE 1% E 3% APÓS A TEMPESTADE, SETOR DEVE VOLTAR A CRESCER HEITOR KLEIN Presidente-executivo da Abicalçados RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 6 MUNDO 2 MUNDO RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 7 MUNDO Após uma década da crise financeira internacional, a economia mundial é marcada por um crescimento relativamente estável (3,7% ao ano). Entre os países desenvolvidos, enquanto os países da Zona do Euro e o Reino Unido apresentam desaceleração econômica, em meio às incertezas com o Brexit, os Estados Unidos mantém aquecida a economia e o mercado de trabalho por meio de políticas macroeconômicas de elevação de gastos públicos, elevação da taxa de juros e desvalorização cambial. Entre os países emergentes e em desenvolvimento, a Ásia permanece como a região de maior dinamismo de crescimento, ao passo em que, na média, os países da América Latina e Caribe registraram um pífio crescimento em 2018, sofrendo os impactos da crise de balanço de pagamentos na Argentina, a greve dos caminhoneiros no Brasil e a grave crise econômica e política na Venezuela, além das desvalorizações cambiais em relação ao dólar. Para 2019, é esperado o aumento de 2,2% na região. Quanto ao comércio internacional, marcado pelo aumento das tensões comerciais e alguma valorização nos preços das commodities, as exportações mundiais totalizaram US$ 19,3 trilhões, em 2018. Para 2019, espera-se uma desaceleração nas taxas de crescimento dos embarques, de 10,3% em 2018 para 6,7% em 2019. Exportações totais e crescimentodo PIB mundial Evolução do comércio, consumo e produção mundial de calçados Bilhões de pares A produção mundial de calçados, em pares, apresentou crescimento entre 2016 e 2018, e indica tendência expansionista de 3,3% para 2019. Estima-se que, em 2018, foram produzidos 22,3 bilhões de pares de calçados no mundo, dos quais 58% foram destinados ao mercado externo. No mesmo ano, o consumo interno de calçados, no mundo, totalizou 20,4 bilhões de pares, culminando em uma média mundial de 2,7 pares per capita. Cabe ressaltar que o crescimento do consumo per capita (3,1%), em 2018, foi superior ao cres- cimento populacional (1,1%). Para 2019, projeta-se que a produção mundial de calçados cresça a uma taxa de 3,3%, totalizando 23,1 bilhões de pares, estimulados, principalmente, pelos incrementos do consumo interno dos países. 2.1 PANORAMA ECONÔMICO MUNDIAL 2.2 PANORAMA MUNDIAL DE CALÇADOS Fonte: WTO; FMI (outubro/2018). (*) Estimativa Abicalçados/FMI EXPORTAÇÕES MUNDIAIS TOTAIS (TRILHÕES DE US$) PIB REAL (%) MUNDO PIB REAL (%) AMÉRICA LATINA E CARIBE 15,8 17,5 19,3 20,6 3,3 3,7 3,7 3,7 -0,6 1,3 1,2 2,2 2016 2017 2018 2019* 2016 2017 2018 2019* 2016 2017 2018 2019* Fonte: WSR (*) Estimativa Abicalçados. Nota: Informações de exportação e importação reportadas, respectivamente, pelo país de origem e destino. A divergência no saldo mundial de exportações e importações se dá em função do valor que é reportado pelos países bem como pela ausência de valores. EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO PRODUÇÃO CONSUMO 11,9 12,5 13,0 13,4 2016 2017 2018* 2019* 10,3 10,6 11,0 11,4 2016 2017 2018* 2019* 20,6 21,5 22,3 23,1 2016 2017 2018* 2019* 19,0 19,6 20,4 21,1 2016 2017 2018* 2019* RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 8 MUNDO PAÍS CHINA ÍNDIA VIETNÃ BRASIL INDONÉSIA NIGÉRIA PAQUISTÃO MÉXICO TAILÂNDIA ITÁLIA OUTROS TOTAL 11.322 2.698 927 912 733 406 251 250 226 191 2.561 20.477 MILHÕES DE PARES Fonte: WSR 2015 11.116 2.797 971 933 771 415 258 253 231 188 2.660 20.592 2016 11.410 2.868 1.255 943 810 429 265 264 238 190 2.808 21.480 2017 VARIAÇÃO 2016-2017 2,6% 2,5% 29,2% 1,1% 5,1% 3,2% 2,8% 4,4% 3,0% 1,3% 5,6% 4,3% china 53,1% índia 13,4% vietnã 5,8% brasil 4,4% indonésia 3,8% 2.2.1 PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES Entre os dez maiores produtores mundiais de calçados, seis estão localizados no continente asiático, conforme dados de 2017. China, Índia e Vietnã, juntos, representaram 72,3% do volume de produção mundial de calçados, em 2017. Em termos de crescimento no período 2016-2017, todos os dez maiores produtores, listados na tabela abaixo, registraram variação positiva na produção de calçados, com destaque para o desempenho do Vietnã (29,2%). Esse desempenho, em parte, é fruto da realocação da produção calçadista chi- nesa, que cresceu 2,6% no período. Por sua vez, o Brasil, quarto maior produtor de calçados do mundo, e principal produtor situado geograficamente fora da região asiática, apresentou 1,1% de expansão produtiva, em 2017, representando 4,4% da produção mundial de calçados. Principais países produtores de calçados em 2017 Participação em pares RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 9 MUNDO PAÍS CHINA ÍNDIA ESTADOS UNIDOS BRASIL JAPÃO INDONÉSIA ALEMANHA NIGÉRIA REINO UNIDO FRANÇA OUTROS TOTAL 3.108 2.590 2.447 821 724 461 451 401 447 415 6.738 18.603 MILHÕES DE PARES Fonte: WSR 2015 3.201 2.688 2.339 830 744 482 438 409 445 402 7.034 19.012 2016 3.291 2.758 2.381 839 755 504 445 422 412 409 7.404 19.620 2017 VARIAÇÃO 2016-2017 2,8% 2,6% 1,8% 1,2% 1,4% 4,6% 1,6% 3,1% -7,3% 1,8% 5,2% 3,2% china 16,8% índia 14,1% Estados Unidos 12,1% brasil 4,3% japão 3,8% Principais países consumidores de calçados em 2017 Participação em pares Os dois maiores produtores mundiais de calçados também são os maiores consumidores de calçados (medidos em pares). No caso da China, a produção nacional é, aproximadamente, 3,5 vezes maior que o consumo doméstico, enquanto na Índia, a produção doméstica é praticamente equivalente ao consumo. O Brasil, por sua vez, é o quarto maior mercado consumidor de calçados do mundo, atrás da China, Índia e dos Estados Unidos. Em 2017, entre os maiores consumidores de calçados do mundo, apenas o Reino Unido apresentou retração (-7,3%) em relação ao ano anterior. Em termos de consumo per capita, ou seja, os pares consumidos ao ano, por habitante, destacam-se os Estados Unidos e os países europeus. Os Estados Unidos possuem o maior consumo per capita de calçados do mundo (7,2 pares), seguido pela Noruega e Hong Kong, ambos com um consumo de 7,1 pares de calçados por habitante, no ano de 2017. No período 2016-2017, vale destacar a relativa estabilidade no consumo de calçados per capita. 2.2.2 PRINCIPAIS PAÍSES CONSUMIDORES RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 10 MUNDO Principais países consumidores per capita de calçados em 2017 Pares por habitante PAÍS ESTADOS UNIDOS NORUEGA HONG KONG REINO UNIDO PAÍSES BAIXOS IRLANDA FRANÇA ÁUSTRIA JAPÃO SUÍÇA BRASIL (31º) MUNDO 7,6 7,0 7,0 6,9 7,2 6,9 6,4 6,2 5,7 5,9 4,0 2,5 PARES POR HABITANTE Fonte: WSR, FMI. Estimativa Abicalçados 2015 7,2 7,1 7,1 6,8 6,6 6,6 6,2 6,2 5,9 5,9 4,0 2,6 2016 7,2 7,1 7,1 6,7 6,6 6,5 6,2 6,2 5,9 5,9 4,0 2,6 2017 VARIAÇÃO 2016-2017 -0,8% -0,7% -0,6% -0,6% -0,3% -0,6% -0,3% -0,9% 0,2% -1,1% 0,4% 2,0% Estados Unidos 7,2 hong kong 7,1 noruega 7,1 Países Baixos 6,6 reino unido 6,7 RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 11 MUNDO PAÍS CHINA VIETNÃ INDONÉSIA ALEMANHA BÉLGICA ITÁLIA REINO UNIDO ÍNDIA PAÍSES BAIXOS ESPANHA BRASIL (11º) OUTROS TOTAL 8.341 617 366 237 239 208 191 177 142 158 124 1.252 12.053 MILHÕES DE PARES Fonte: WSR 2015 8.049 654 387 252 236 206 213 181 146 160 126 1.276 11.886 2016 8.258 926 407 281 249 216 194 185 181 164 127 1.315 12.502 2017 VARIAÇÃO 2016-2017 2,6% 41,7% 5,2% 11,3% 5,4% 4,8% -9,2% 2,2% 23,3% 2,5% 1,2% 3,1% 5,2% china 66,1% alemanha 2,2%bélgica 2,0% vietnã 7,4% indonésia 3,3% Principais países exportadores de calçados em 2017 Participação em pares 2.2.3 PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES Entre os maiores exportadores de calçados, tanto em pares quanto em dólares, a China lidera o ranking. Em 2017, o país exportou 8,3 bilhões de pares, correspondendo a um valor de US$ 45,7 bilhões. A participação do país nas exportações mundiais é de 66,1% quando mensurada em pares, enquanto em termos de valor, essa parcela cai para 36,5%, indicativo dos baixos preços médios praticados pelo país asiático nas exportações, que foi de US$ 5,5 por par, em 2017. RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 12 MUNDO Principais países exportadores de calçados em 2017 Participação em US$ Em termos de dólares, destacam-se as exportações de países europeus, como a Itália, que está posicionada como 6º maior exportador mundial, em volumes, todavia, em termos monetários, foi o 3º maior exportador mundial, no ano de 2017. Isso reforça o posicionamen- to internacional dos calçados italianos, de apresentarem preços médios elevados, de US$ 48,1 por par, naquele ano. Já a posição do Vietnã não se altera em termos de valor e pares. Quanto ao Brasil, no que se refere ao preço médio, o mesmo situa-se abaixo da média mundial, considerando que o posicionamento em dólares é inferior ao posicionamento em volume. Cabe ressaltar que Alemanha, Bélgica, Reino Unido e Países Baixos são países com produção insignificante ou inexistente de calçados, destacando-se como exportadores do produto pelo comportamento de plataforma de reexportação para outros mercados. PAÍS CHINA VIETNÃ ITÁLIA ALEMANHA BÉLGICA INDONÉSIA FRANÇA PAÍSES BAIXOS ESPANHA HONG KONG BRASIL (15°) OUTROS TOTAL 51.096 12.013 9.597 4.868 5.403 4.3863.083 2.992 3.253 3.578 960 23.880 125.106 MILHÕES DE US$ Fonte: UNComtrade 2015 44.886 12.996 9.831 5.586 5.948 4.526 3.308 3.208 2.916 2.765 998 23.448 120.418 2016 45.682 14.660 10.383 7.236 6.572 4.874 3.607 3.366 3.008 2.476 1.090 22.387 125.251 2017 VARIAÇÃO 2016-2017 1,8% 12,8% 5,6% 29,5% 10,5% 7,7% 9,0% 4,9% 3,2% -10,5% 9,2% -4,5% 4,0% china 36,5% alemanha 5,8% bélgica 5,2% itália 8,3% vietnã 11,7% RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 13 MUNDO Principais países importadores de calçados em 2017 Participação em pares Ao identificar os maiores importadores de calçados mundiais (em pares), salienta-se a posição do mercado estadunidense. Com mais de 22% de participação nas importações mundiais do produto, os Estados Unidos apresentam em torno de 16 pontos percentuais de diferença em relação a Alemanha (segunda colocada no ranking), com base nos dados de 2017. As próximas sete posições nesse ranking são de países europeus, destacando-se o crescimento das importações de calçados da Polônia, Bélgica e Países Baixos (respec- tivamente 18,9%; 12,5%; e 10,4%, em 2017). 2.2.4 PRINCIPAIS PAÍSES IMPORTADORES PAÍS ESTADOS UNIDOS ALEMANHA JAPÃO REINO UNIDO FRANÇA ITÁLIA BÉLGICA ESPANHA PAÍSES BAIXOS POLÔNIA BRASIL (54º) OUTROS TOTAL 2.466 654 642 633 500 328 302 283 264 136 33 3.938 10.179 MILHÕES DE PARES Fonte: WSR 2015 2.338 654 665 652 486 336 290 294 259 152 23 4.158 10.306 2016 2.379 689 677 600 498 341 326 300 286 181 24 4.342 10.642 2017 VARIAÇÃO 2016-2017 1,8% 5,4% 1,8% -8,0% 2,4% 1,5% 12,5% 2,1% 10,4% 18,9% 4,2% 4,4% 3,3% Estados Unidos 22,4% alemanha 6,5% frança 4,7% japão 6,4% reino unido 5,6% RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 14 MUNDO Principais países importadores de calçados em 2017 Participação em US$ Em termos de valor, a participação dos Estados Unidos é praticamente a mesma que a observada em termos de volume, o que permite concluir que o preço médio das importações mundiais de calçados é definido no mercado estadunidense. Destaca-se ainda a posição de Hong Kong entre os dez principais importadores de calçados, em dólares, e a sua ausência entre os maiores importadores em ter- mos de pares de calçados, o que implica em um preço médio significativamente elevado para o calçado importado nesta região. Com relação ao Brasil, o país ocupa o 54º lugar no ranking dos importadores de calçados em número de pares e a 42º colocação entre os importadores de calçados em valor, com variação de 4,2% e -1,2%, respectivamente, no ano de 2017, indicando redução no preço médio dos calçados importados pelo País. PAÍS ESTADOS UNIDOS ALEMANHA FRANÇA REINO UNIDO ITÁLIA JAPÃO PAÍSES BAIXOS BÉLGICA HONG KONG ESPANHA BRASIL (42º) OUTROS TOTAL 28.299 9.959 6.973 7.221 5.052 5.160 3.781 3.596 3.945 2.985 481 39.939 117.390 MILHÕES DE US$ Fonte: UNContrade 2015 26.152 10.231 7.218 6.587 5.202 5.161 3.992 3.980 3.237 3.191 344 40.803 116.096 2016 26.245 11.471 7.778 6.711 5.256 5.060 4.523 4.400 3.400 3.238 340 41.533 119.616 2017 VARIAÇÃO 2016-2017 0,4% 12,1% 7,8% 1,9% 1,0% -2,0% 13,3% 10,6% 5,0% 1,5% -1,2% 1,8% 3,0% Estados Unidos 21,9% alemanha 9,6% frança 6,5% itália 4,4% reino unido 5,6% RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 15 MUNDO 106% RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 16 BRASIL 3 BRASIL RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 17 BRASIL Fonte: IBGE/Abicalçados. (*) Estimativa Abicalçados Nota: O IBGE revisou as estatísticas de produção de calçados desde o ano de 2014, com base na nova classificação Prodlist/2016. MILHÕES DE PARES 932,6 -0,6% 1,1% 0,1% 1,1% 3,4% 942,8 944,0 976,1 954,4 3, 4% (O TI M IS TA ) 1, 1% (P ES SI M IS TA ) 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2019* 2016 2017 2018 2019* 2019* BILHÕES DE R$ PARES R$ 21,0 21,9 21,4 22,6 22,0 5, 3% (O TI M IS TA ) 2, 9% (P ES SI M IS TA ) 2016 2017 2018 2019* 1,3% 4,6% -2,3% 2,9% 5,3% Em 2018, a produção de calçados no Brasil ficou relativamente estável em relação ao ano anterior, com expansão de apenas 0,1%, alcançando 944 milhões de pares. Dinâmica esta, após ter registrado crescimento de 1,1%, em 2017. Diferentemente de 2017, a es- tabilidade da produção, em 2018, deu-se em resposta ao mercado interno, ao passo em que as exportações retraíram-se 10,8%, em volume. Os crescimentos da produção em 2017 e 2018, por serem pouco representativos, foram insuficientes para recuperar as retra- ções de 2014 a 2016, que acumularam queda de 9,4%. De tal modo, o setor ainda não voltou aos patamares anteriores a 2014, quando a produção alcançava cerca de 1 bilhão de pares. No que tange à produção em Reais, no ano de 2018, houve uma retração de 2,3%, em relação a 2017, atingindo R$ 21,4 bilhões, reflexo, também, da deflação nos preços dos calçados ao consumidor, e da dificuldade de repasse de custos. Quanto às perspectivas para 2019, projeta-se um crescimento entre 3,4%, na banda otimista, e 1,1%, na banda pessimista, em termos de pares, em relação ao ano anterior. Em termos de valor, em Reais, por outro lado, a projeção situa-se em uma banda de 5,3%, otimista, a 2,9%, na margem pessimista. De tal modo, pode-se concluir que é esperada uma valorização dos calçados em termos de preço médio. 3.1 PRODUÇÃO DE CALÇADOS Variação anual da produção de calçados RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 18 BRASIL Ao analisar a produção de forma regional, o maior volume produtivo de calçados concentra-se na região Nordeste, que representou, em 2018, 54,1% da produção nacional, mesmo com a queda de 1,6 pontos percentuais entre 2016 e 2018. Destacam-se ainda, as regiões Sul e Sudeste por sua importância na produção nacional de calçados - ambas com parcela superior a 22% em 2018 - e por terem sido as duas únicas regiões do País a registrarem crescimento na produção de calçados, em 2018. Quanto às Unidades da Federação, o Ceará, o Rio Grande do Sul e a Paraíba figuram entre os três maiores estados produtores de calça- dos, em quantidade de pares, com parcelas de mercado de 27,4%, 20,1% e 15,8%, respectivamente, com base em dados de 2018. Cabe ressaltar que, em 2017, o Rio Grande do Sul passou a ser o segundo maior estado produtor de calçados, em detrimento da Paraíba, que não retomou seu posicionamento ao longo de 2018. No ano de 2018, os estados de Minas Gerais e Ceará apresentaram os melhores desempenhos em relação à indústria nacional. Segmentação da produção brasileira de calçados por Grandes Regiões Participação em pares 3.1.2 SEGMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO O nível de utilização da capacidade instalada torna-se um indicador importante, na medida em que reflete, em parte, a rentabilidade do capital das empresas do setor. Diante disso, em 2017 e 2018, observa-se uma recuperação de um ponto percentual neste indicador, alcançando 76,0%. No entanto, ao se comparar com a utilização da capacidade instalada de 2014 (78,5%), ainda tem-se um cenário de baixa utilização do parque fabril do setor de calçados. 3.1.1 NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA (NUCI) 2016 72,1% 2017 75,0% 2018 76,0% Fonte: Abicalçados REGIÃO CENTRO OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL BRASIL VARIAÇÃO 2017-2018 -2,7% -0,3% -28,4% 1,1% 0,6% 0,1% Fonte: Abicalçados NORDESTE 2016 2017 2018 0,1% 0,2% 0,1% 55,7% 54,4% 54,1% 21,1% 21,9% 22,1% 22,2% 22,6% 22,8% SUDESTE 2016 2017 2018 NORTE 2016 2017 2018 CENTRO-OESTE SUL 2016 2017 2018 0,9% 0,9% 0,9% 2016 2017 2018 RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 19 BRASIL Segmentação da produção brasileira de calçados por Unidades da Federação em 2018 Milhões de pares Entende-se por polo calçadista as regiões onde há grande concentração de empresas produtoras, em locais próximos. Estados como Bahia e Pernambucopossuem produção significativa de calçados, no entanto, há uma dispersão geográfica elevada dessa produção. Por isso, não são identificados polos, mas sim, a produção do estado como um todo. Para a seleção dos polos, que são objeto de in- teresse, foram considerados três critérios: (1) a contribuição da região à produção nacional; (2) a contribuição da produção do estado para a produção da região; e (3) a dispersão da produção no interior do estado. A estimativa da produção de calçados de cada polo foi desenvolvida a partir dos microdados de produção por cidade, fornecidos pelo IBGE, agregados em polos. Buscou-se determinar uma relação entre produção e geração de emprego, de modo a extrapolar os dados de produção de 2016, do IBGE, através do emprego na indústria calçadista em 2017 e 2018. Com isso, foi necessário observar a variação da produção com relação ao emprego entre os estados e entre os polos calçadistas. Nesse sentido, ao detalhar a concentração da produção dos estados em termos de polos produtivos, constata-se que, no estado do Ceará, os quatro principais polos detiveram 83,6% da produção estadual, em 2018. Dentre esses polos, Sobral foi responsável por mais de 60% da produção (156,5 milhões de pares). Além disso, esse polo também é o maior produtor nacional de pares de calçados. O se- gundo maior produtor do Brasil é o polo de Campina Grande, situado na Paraíba, com produção estimada em 144,4 milhões de pares. Na região Sul do País, os estados de Santa Catarina e, em especial, o Rio Grande do Sul são importantes produtores de calçados. Neste último, distingue-se o polo do Vale do Rio dos Sinos (41,6% da produção do Estado, 79 milhões de pares). UF 24,8% 19,8% 20,2% 13,7% 6,9% 5,4% 4,6% 1,4% 1,0% 0,9% 1,3% 2016 26,1% 20,0% 17,4% 14,4% 7,1% 5,6% 4,6% 1,5% 1,1% 0,9% 1,3% 2017 27,4% 20,1% 15,8% 15,3% 6,4% 5,7% 4,4% 1,6% 1,1% 0,9% 1,3% PARTICIPAÇÃO 2018 Fonte: Abicalçados 259,0 189,9 OUTROS BRASIL 12,2 944,0 CE 149,0 PB 41,9 PE 8,8 SE 144,6 MG 53,5 BA 60,2 SP 10,2 PR 14,7 SC RS CEARÁ RIO GRANDE DO SUL PARAÍBA MINAS GERAIS SÃO PAULO BAHIA PERNAMBUCO SANTA CATARINA PARANÁ SERGIPE OUTROS RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 20 BRASIL Com relação ao material predominante utilizado na produção de calçados do Brasil, o destaque é o plástico/borracha, cuja participação, em 2018, foi de 49,0%, mesmo após a retração de 6,2% na produção de calçados deste material, naquele ano. Concomitantemente, esse material perdeu participação em relação ao ano anterior, ao passo que os materiais laminado sintético e têxtil aumentaram seu market share para 28,8% e 3,5%, respectivamente. Concentração dos Principais Polos Calçadistas na produção de calçados das Unidades da Federação do Brasil em 2018 Participação em pares UF 2016 2017 2018 Fonte: IBGE/Abicalçados. (*) Bahia e Pernambuco são estados com a produção descentralizada geograficamente, não consistindo na formação de polos calçadistas. CEARÁ POLO DE SOBRAL POLO DE JUAZEIRO DO NORTE POLO DE HORIZONTE POLO DE FORTALEZA OUTROS PARAÍBA POLO DE CAMPINA GRANDE POLO DE JOÃO PESSOA OUTROS MINAS GERAIS POLO DE NOVA SERRANA OUTROS SÃO PAULO POLO DE BIRIGUI POLO DE FRANCA POLO DE JAÚ OUTROS SANTA CATARINA POLO DE SÃO JOÃO BATISTA OUTROS RIO GRANDE DO SUL POLO DO VALE DO RIO DOS SINOS POLO DO VALE DO PARANHANA/ENCOSTA DA SERRA OUTROS 64,0% 15,9% 6,0% 3,2% 10,8% 95,4% 4,4% 0,1% 52,4% 47,6% 47,4% 31,1% 12,0% 9,4% 75,4% 24,6% 41,7% 24,8% 33,4% 63,8% 14,9% 6,1% 3,2% 12,0% 96,7% 3,2% 0,1% 52,9% 47,1% 46,4% 31,2% 13,6% 8,8% 78,2% 21,8% 41,2% 24,2% 34,7% 60,4% 14,1% 6,0% 3,1% 16,3% 96,9% 3,0% 0,1% 50,9% 49,1% 47,2% 30,2% 13,6% 9,0% 77,4% 22,6% 41,6% 24,0% 34,4% CE PB MG SP SC RS 49,0% PLÁSTICO/BORRACHA 28,8% LAMINADO SINTÉTICO 17,7% COURO 3,5% TÊXTIL 1,0% OUTROS MATERIAL PREDOMINANTE 18,6% 49,3% 28,3% 3,2% 0,7% 2016 18,1% 52,3% 25,6% 3,1% 0,9% 2017 Fonte: IBGE/Abicalçados Nota: A classificação dos materiais não está diretamente relacionada à classificação por NCM. A base de segmentação parte da Prodlist da PIA-produto/IBGE. COURO PLÁSTICO/BORRACHA LAMINADO SINTÉTICO TÊXTIL OUTROS RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 21 BRASIL PRODUÇÃO IDENTIFICADA DE CALÇADOS NO BRASIL POR GÊNERO EM 2018 Participação em pares A classificação da produção de calçados conforme o gênero pode ser identificada ou não identificada. Esse último grupo é composto, basicamente, por calçados unissex, ortopédicos, de segurança, entre outros tipos especificados como “não identificados”, como alguns chinelos. Com base nos dados de 2018, essa categoria de calçados respondeu por 36,1%. Entre os calçados classificáveis por gênero, os calçados femininos correspondem por 62,8% dos volumes produzidos, os masculinos por 25,6% e os infantis por 11,6%. Em 2018, a gradual redução da participação dos calçados femininos foi absorvida, principalmente, pelos calçados masculinos. Produção de calçados no Brasil por Material Predominante em 2018 Participação em pares 49,0% PLÁSTICO/BORRACHA 28,8% LAMINADO SINTÉTICO 17,7% COURO 3,5% TÊXTIL 1,0% OUTROS MATERIAL PREDOMINANTE 18,6% 49,3% 28,3% 3,2% 0,7% 2016 18,1% 52,3% 25,6% 3,1% 0,9% 2017 Fonte: IBGE/Abicalçados Nota: A classificação dos materiais não está diretamente relacionada à classificação por NCM. A base de segmentação parte da Prodlist da PIA-produto/IBGE. COURO PLÁSTICO/BORRACHA LAMINADO SINTÉTICO TÊXTIL OUTROS 63,9% IDENTIFICADO 36,1% NÃO IDENTIFICADO (UNISSEX, ORTOPÉDICO, SEGURANÇA) 62,8% FEMININO 25,6% MASCULINO 11,6% INFANTIL GÊNERO 63,9% 24,7% 11,6% 2016 63,2% 25,3% 11,5% 2017 Fonte: IBGE/Abicalçados FEMININO MASCULINO INFANTIL RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 22 BRASIL Fonte: Abicalçados Fonte: Euromonitor/Abicalçados 86,2% LOJAS FÍSICAS 12,6% E-COMMERCE 0,1% COMPRAS EM CASA 1,2% VENDA DIRETA 13,8% 2016 8,0% 2017 9,2% 2018 8,9% 72,4% LOJAS ESPECIALIZADAS 13,0% VAREJISTAS MISTOS 0,8% LOJAS NÃO ESPECIALIZADAS LOJAS VIRTUAIS OU SEM LOJA FÍSICA Segmentação da produção brasileira de calçados por tipo de uso em 2018 Participação em pares A classificação dos dados de produção calçadista por tipo de uso tem como base a Prodlist/IBGE, somada à pesquisa de produção elaborada pela Abicalçados. No ano de 2018, como tipicamente, a produção nacional foi composta, principalmente, por chinelos, que representaram 46,8% dos pares de calçados produzidos no Brasil. Salienta-se, adicionalmente, o ganho de participação dos calçados esportivos, entre 2016 e 2018, que passou de 6,8% para 7,3%, respectivamente, em um contexto social de valorização do estilo de vida saudável e da prática esportiva aliada, além da incorporação como forma de estilo. 46,8% CHINELO 41,4% CASUAL + SOCIAL 7,7% ESPORTIVO 3,3% ORTOPÉDICO 0,8% SEGURANÇA TIPO DE USO 47,4% 42,1% 6,8% 3,0% 0,7% 2016 46,8% 41,9% 7,3% 3,3% 0,7% 2017 Fonte: IBGE/Abicalçados CHINELO CASUAL + SOCIAL ESPORTIVO ORTOPÉDICO SEGURANÇA A produção brasileira de calçados no formato Private Label - calçados produzidos por um fabricante para comercialização sob a marca de outra empresa - corresponde a cerca de 9,0% da produção nacional de calçados, em pares. Cabe destacar que, esta produção de calçados em formato private label pode ter sido direcionado ao mercado doméstico ou às exportações. Analisan- do a dinâmica dos últimos três anos, nota-se que, em 2017, a proporção elevou-se em 1,2 ponto percentual, possivelmente estimulada pelas exportações, em resposta à significativa desvalorização cambial naquele ano, uma vez que a terceirização produtiva destinada aos gestores de marcas nacionais tende a ser mais estável. Sabe-se que, as exportações de calçados nes- se formato são mais sensíveis às movimentações cambiais, na medida em buscam mercados cuja taxa cambial é favorável para a formação de preço no período.Já em 2018, observou-se uma leve redução da produção em formato private label, reflexo da valorização cambial e retração das exportações brasileiras de calçados, alcançando uma estimativa de 84 milhões de pares, no total da produção de calçados. Participação de Private Label na produção brasileira de calçados Participação em pares RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 23 BRASIL Fonte: Abicalçados Fonte: Euromonitor/Abicalçados 86,2% LOJAS FÍSICAS 12,6% E-COMMERCE 0,1% COMPRAS EM CASA 1,2% VENDA DIRETA 13,8% 2016 8,0% 2017 9,2% 2018 8,9% 72,4% LOJAS ESPECIALIZADAS 13,0% VAREJISTAS MISTOS 0,8% LOJAS NÃO ESPECIALIZADAS LOJAS VIRTUAIS OU SEM LOJA FÍSICA O consumo aparente de calçados, no Brasil, mantém uma trajetória de crescimento estável, a taxas singelas, desde 2016. Em 2018, o cres- cimento do consumo aparente de calçados, em pares, atingiu 857,1 milhões de pares, com 2,1% de crescimento em relação a 2017. Ainda assim, as movimentações foram insuficientes para que o consumo retornasse ao patamar de 2014. Vale lembrar que o consumo aparente é dado pela produção, somadas às importações e descontadas as exportações do produto. Em 2018, a dinâmica do consumo interno - desconsiderando as importações -, ainda que com baixo crescimento, sustentou a produção de calçados, na medida em que o escoamento da produção, em pares, para o exterior sofreu retração de 10,8%. Ademais, o crescimento do consumo aparente (2,1%), superior ao crescimento da produção (0,1%), reflete o aumento de calçados importados consumidos no Brasil, cujo crescimento foi de 11,8%. Para 2019, projeta-se que o consumo cresça em uma margem de 2,3%, otimista, e 0,4%, pessimista, em termos de número de pares. No que concerne aos canais de distribuição do varejo de calçados no Brasil, as lojas físicas detém 86,2% do mercado, ao passo que as lojas virtuais (e demais transações em ponto físico) ficam a parcela restante, de 13,8%, conforme dados de 2018. Entre os canais físicos, o destaque são as lojas especializadas em calçados, moda e bens de consumo, com 72,4% do varejo total de calça- dos, enquanto no segundo grupo, destaca-se o e-commerce (12,6%). Adicionalmente, cabe ressaltar que este canal on-line apre- sentou a maior expansão nos últimos anos. Em 2010, a participação do e-commerce no varejo de calçados era de apenas 1,2%. Consumo aparente de calçados no Brasil Milhões de pares 3.2 CONSUMO DE CALÇADOS Fonte: Abicalçados 2019* 2016 829,8 2017 839,5 2018 857,1 877,1 860,7 1,0% 1,2% 2,1% VARIAÇÃO ANUAL Fonte: Abicalçados 2016 2017 2018 829,8 839,5 857,1 2,3% (OTIMISTA) 0,4% (PESSIMISTA) Canais de distribuição de vendas de calçados no Brasil em 2018 Participação em valor RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 24 BRASIL O coeficiente de exportação estabelece o percentual da produção calçadista nacional que é comercializada com o mercado internacional. Já o coeficiente de importações estabelece o percentual da oferta local de calçados (produção nacional, descontados os pares enviados ao exterior, mais as importações) oriunda de outros países. Assim, entre 2016-2018, nota-se uma redução no coeficiente de exportações dos calçados brasileiros para 12,0%. No que tange ao coeficiente de importações, no período já delimitado, registrou-se uma elevação para 3,1%. Ao se desagregar esses dois coeficientes por material predominante, destacam-se os calçados têxteis. Esse tipo de calçado apresenta os maiores coeficientes de exportações e importações nos três anos caracterizados. Coeficiente de exportação de calçados no Brasil Participação em pares Coeficiente de importação de calçados no Brasil Participação em pares Balança comercial de calçados no Brasil Milhões US$ Fonte: Secex 2016 998,0 343,7 654,3 750,5 2017 2018 1090,5 340,0 976,1 347,6 EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO SALDO 628,6 A balança comercial brasileira de calçados (em US$) apresentou ampliação no superávit em 2017 e retração em 2018. Esse último resultado decorre da combinação de um aumento no valor das importações para, US$ 347,6 milhões, e uma redução no valor exportado para, US$ 976,1 milhões. 3.3 COMÉRCIO EXTERIOR Fonte: Abicalçados 11,8% 10,2% 12,9% 13,3% 11,8% 39,8% 39,4% 31,5% 6,7% 3,7% 4,1% 9,7% TOTAL SEGMENTAÇÃO 2016 2017 2018 2016 2017 COURO TÊXTIL OUTROSSINTÉTICO/PLÁSTICO/BORRACHA 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 13,5% PRODUÇÃO COEFICIENTE DE EXPORTAÇÃO PRODUÇÃO COEFICIENTE DE EXPORTAÇÃO 13,5% 12,0% 1,8% 2,3% 0,9% 0,8% 0,9% 40,2%42,2% 38,7% 29,1% 20,6%26,2% 2,0% TOTAL SEGMENTAÇÃO 2016 2017 2018 2016 2017 COURO TÊXTIL OUTROSSINTÉTICO/PLÁSTICO/BORRACHA 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2,8%2,7% 3,1% Fonte: Abicalçados 11,8% 10,2% 12,9% 13,3% 11,8% 39,8% 39,4% 31,5% 6,7% 3,7% 4,1% 9,7% TOTAL SEGMENTAÇÃO 2016 2017 2018 2016 2017 COURO TÊXTIL OUTROSSINTÉTICO/PLÁSTICO/BORRACHA 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 13,5% PRODUÇÃO COEFICIENTE DE EXPORTAÇÃO PRODUÇÃO COEFICIENTE DE EXPORTAÇÃO 13,5% 12,0% 1,8% 2,3% 0,9% 0,8% 0,9% 40,2%42,2% 38,7% 29,1% 20,6%26,2% 2,0% TOTAL SEGMENTAÇÃO 2016 2017 2018 2016 2017 COURO TÊXTIL OUTROSSINTÉTICO/PLÁSTICO/BORRACHA 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2,8%2,7% 3,1% RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 25 BRASIL Fonte: Secex (*)Estimativa Abicalçados MILHÕES DE PARES MILHÕES DE US$ PARES US$ 125,6 127,1 113,5 127,9 121,1 12 ,7 % (O TI M IS TA ) 6, 7% (P ES SI M IS TA ) 2016 2017 2018 2019* 2016 2017 2018 2019* 3,9% 9,3% -10,5% 4,3% 9,9% 998,0 1.090,5 976,1 1.072,7 1.018,1 9, 9% (O TI M IS TA ) 4, 3% (P ES SI M IS TA ) 2016 2017 2018 2019* 1,2% 1,2% -10,8% 6,7% 12,7% 2016 2017 2018 2019* No ano de 2018, o valor das exportações brasileiras de calçados recuaram 10,5% em relação ao ano anterior e totalizaram US$ 976,1 milhões. Concomitantemente, houve uma redução de 10,8% nos pares de calçados exportados, totalizando 113,5 milhões de pares, no mesmo ano. A acentuada retração das exportações do setor passa, principalmente, pelo cenário internacional protecionista e instável, observado ao longo de 2018 que, além da elevação de barreiras comerciais, teve os reflexos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, gerando instabilidade na esfera internacional e mantendo as moedas domésticas dos mercados emergentes desvalo- rizadas ante o dólar, encarecendo as importações – o que refletiu negativamente nas exportações brasileiras de muitos de calçados, especialmente as que tem a América Latina como destino. Muito além, a problemática centrou-se na volatilidade do câmbio, uma vez que dificultou a formação de preços e fechamento de contratos de câmbio na exportação, dado a dificuldade observada de expecta- tivas cambiais claras. Quanto às perspectivas para 2019, projeta-se um crescimento entre 4,3%, em um cenário pessimista, e 9,9%, no contexto otimistas em termos de dólares. Em termos de pares, é esperado crescimento nas exportações entre 6,7% (pessimista) e 12,7% (otimista). Cabe ressaltar que, tais crescimentos estão estruturados sobre uma base deprimida no ano de 2018, o que deve de- sencadear taxas positivas ao longo de 2019. Ademais, ainda que as exportações de calçados alcancem proporções próximas à margem otimista, o crescimento não será suficiente para recuperar o montante das perdas observadas em 2018. Exportações brasileiras de calçados 3.3.1 EXPORTAÇÃO Variação anual das exportações de calçados Quanto às exportações de calçados por destinos, destaca-se que, historicamente, os Estados Unidos posicionam-se como principal país de destino dos calçados brasileiros, em termos monetários, respondendo por 17,1% dos embarques brasileiros do setor, apesar da retração de 12,2%, em dólares, sofrida em 2018. Ademais, entre março e setembro daquele ano, os Estados Unidos deixaram de ser o principal destino dos calçados brasileiros, passando a primeira colocaçãoà Argentina. RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 26 BRASIL PAÍS ESTADOS UNIDOS ARGENTINA FRANÇA PARAGUAI BOLÍVIA PERU COLÔMBIA CHILE EQUADOR REINO UNIDO OUTROS TOTAL 221,3 111,6 56,0 47,4 45,5 34,3 42,3 33,3 12,8 30,5 362,7 997,9 MILHÕES DE US$ Fonte: Secex 2016 189,9 147,0 58,5 74,6 64,4 39,5 38,4 36,5 26,0 24,5 391,1 1.090,5 2017 166,8 139,4 57,0 53,7 43,4 38,9 36,9 36,8 34,0 23,7 345,5 976,1 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 -12,2% -5,2% -2,5% -28,0% -32,7% -1,6% -3,8% 0,8% 30,9% -3,3% -11,7% -10,5% Estados Unidos 17,1% argentina 14,3% frança 5,8% paraguai 5,5% bolívia 4,4% Principais destinos das exportações de calçados em 2018 Participação em US$ Entre os principais destinos, os únicos que registraram variação positiva, em dólares, no ano de 2018, foram o Chile (0,8%) e o Equa- dor (30,9%). Cabe destacar que o Equador possui como moeda doméstica o dólar americano, de modo que não sofreu a desvalori- zação das moedas observadas nos demais países latino-americanos, bem como a evasão de divisas internacionais. Não obstante, é importante ressaltar que, principalmente nos destinos da América Latina, as quedas em termos de valor foram maiores que as quedas em termos de volume, indícios de que, dada a desvalorização cambial nos países, assim como no Brasil, possibilitou a concessão de descontos, mantendo a rentabilidade, em dólar, no Brasil e, deste modo, viabilizando a importação nos mercados. RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 27 BRASIL Principais destinos das exportações de calçados em 2018 Participação em pares Em termos de pares de calçados, o Paraguai é o destino mais relevante das exportações brasileiras do setor, respondendo por 12,0% dos volumes, em 2018. Nota-se que mercados de maior renda, como Estados Unidos e França, tendem a ser mais significativos em valor do que em volumes, por importarem calçados de maior preço médio. Os maiores estados exportadores de calçados, em valor (US$), são: (1) Rio Grande do Sul, (2) Ceará, (3) São Paulo, (4) Paraíba e (5) Bahia. Todavia, em pares, tem-se a seguinte distribuição: (1) Ceará, (2) Rio Grande do Sul, (3) Paraíba, (4) Minas Gerais e (5) São Paulo. Depreende-se disso que o preço médio dos calçados exportados pelo Rio Grande do Sul e por São Paulo é maior que a média nacio- nal. Ao analisar o período 2017-2018, todos os estados registram decréscimo nas suas vendas externas de calçados, tanto em valor quanto em número de pares, exceto Minas Gerais, que registrou variação positiva nas exportações de pares de calçados (10,5%). PAÍS PARAGUAI ARGENTINA ESTADOS UNIDOS COLÔMBIA FRANÇA BOLÍVIA PERU EQUADOR CUBA AUSTRÁLIA OUTROS TOTAL 14,5 9,5 13,2 9,3 8,9 6,3 4,8 1,2 2,5 3,7 51,6 125,6 MILHÕES DE PARES Fonte: Secex 2016 14,3 11,6 11,3 7,4 6,9 9,2 5,0 2,1 2,6 4,4 52,2 127,1 2017 13,6 11,8 10,8 7,5 7,3 5,6 4,9 2,9 2,7 2,6 43,7 113,5 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 -4,9% 1,9% -5,0% 0,9% 5,7% -38,8% -1,7% 35,5% 4,3% -40,7% -16,3% -10,8% Estados Unidos 9,5% argentina 10,4% frança 6,5% paraguai 12,0% colômbia 6,6% RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 28 BRASIL Exportações de calçados por Unidade da Federação em 2018 Participação em US$ Exportações de calçados por Unidade da Federação em 2018 Participação em pares OUTROS BRASIL 9,8% 100% UF 435,7 269,7 107,7 66,4 44,7 73,7 997,9 2016 451,7 288,9 113,5 74,6 45,6 116,1 1.090,5 2017 428,2 248,8 103,7 59,9 39,6 95,9 976,1 -5,2% -13,9% -8,6% -19,7% -13,2% -17,4% -10,5% MILHÕES DE US$ 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 rio grande do sul 43,9% ceará 25,5% são paulo 10,6% paraíba 6,1% bahia 4,1% Fonte: Secex RIO GRANDE DO SUL CEARÁ SÃO PAULO PARAÍBA BAHIA OUTROS TOTAL UF 47,7 28,7 23,5 5,7 9,0 11,0 125,6 2016 50,0 28,1 21,9 7,9 7,4 11,9 127,1 2017 40,9 27,2 18,2 8,7 7,1 11,4 113,5 -18,0% -3,4% -17,1% 10,5% -4,1% -4,1% -10,8% MILHÕES DE PARES 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 rio grande do sul 24,0% ceará 36,1% são paulo 6,2% paraíba 16,0% minas gerais 7,7% Fonte: Secex CEARÁ RIO GRANDE DO SUL PARAÍBA MINAS GERAIS SÃO PAULO OUTROS TOTAL OUTROS BRASIL 10,0% 100% A análise das exportações brasileiras de calçados por material predominante indica uma retração nas vendas externas de calçados de todos os materiais com origem do Brasil, no período 2017-2018, exceto nos “Injetados” (5,5%) e “Outros Materiais” (37,2%). Por outro lado, os prin- cipais calçados exportados pelo Brasil são os “Sintéticos” e os de “Couro”, com participação respectiva de 46,0% e 40,4% nas exportações, em 2018. Em número de pares, apenas aqueles de “Outros Materiais” apresentaram variação positiva (22,6%) nas vendas externas de calçados, no mesmo ano. Ressalta-se que o segmento sintético teve o maior peso de influência negativa sobre o resultado das exportações brasileiras de calçados, dada a elevada representatividade deste (76%) em volume, principalmente composto por chinelos de plástico/borracha, que retraíram-se em 14,4% em 2018. RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 29 BRASIL Exportações de calçados por segmento Exportações de calçados por material predominante Milhões de US$ Exportações de calçados por material predominante Milhões de pares MATERIAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL 1,5 411,6 175,9 235,7 471,6 107,6 5,6 997,9 Fonte: Secex 2016 1,6 503,3 198,2 305,2 445,2 134,6 5,8 1.090,5 2017 1,7 449,1 162,6 286,6 394,5 122,9 7,9 976,1 2018 0,2% 46,0% 16,7% 29,4% 40,4% 12,6% 0,8% 100,0% PARTICIPAÇÃO EM 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 5,5% -10,8% -17,9% -6,1% -11,4% -8,7% 37,2% -10,5% MATERIAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL 0,3 92,7 66,5 26,2 20,4 11,8 0,4 125,6 Fonte: Secex 2016 0,3 97,6 66,8 30,8 17,4 11,5 0,3 127,1 2017 0,3 86,3 57,2 29,1 16,2 10,4 0,4 113,5 2018 0,2% 76,0% 50,4% 25,6% 14,2% 9,1% 0,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -5,7% -11,6% -14,4% -5,7% -7,1% -9,9% 22,6% -10,8% ESPORTIVO VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 27,1 2.065,5 Fonte: Secex 2016 43,5 2.753,1 2017 43,0 2.773,8 2018 4,4% 2,4% VARIAÇÃO 2017-2018 -1,3% 0,8% CHINELOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 175,9 66.517,8 2016 198,2 66.798,0 2017 162,6 57.194,4 2018 16,7% 50,4% VARIAÇÃO 2017-2018 -17,9% -14,4% OUTROS CALÇADOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 794,9 56.988,2 2016 848,8 57.587,3 2017 770,6 53.501,9 2018 78,9% 47,2% VARIAÇÃO 2017-2018 -9,2% -7,1% PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 MATERIAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL 1,5 411,6 175,9 235,7 471,6 107,6 5,6 997,9 Fonte: Secex 2016 1,6 503,3 198,2 305,2 445,2 134,6 5,8 1.090,5 2017 1,7 449,1 162,6 286,6 394,5 122,9 7,9 976,1 2018 0,2% 46,0% 16,7% 29,4% 40,4% 12,6% 0,8% 100,0% PARTICIPAÇÃO EM 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 5,5% -10,8% -17,9% -6,1% -11,4% -8,7% 37,2% -10,5% MATERIAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL 0,3 92,7 66,5 26,2 20,4 11,8 0,4 125,6 Fonte: Secex 2016 0,3 97,6 66,8 30,8 17,4 11,5 0,3 127,1 2017 0,3 86,3 57,2 29,1 16,2 10,4 0,4 113,5 2018 0,2% 76,0% 50,4% 25,6% 14,2% 9,1% 0,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -5,7% -11,6% -14,4% -5,7% -7,1% -9,9% 22,6% -10,8% ESPORTIVO VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 27,1 2.065,5 Fonte: Secex 2016 43,5 2.753,1 2017 43,0 2.773,8 2018 4,4% 2,4% VARIAÇÃO 2017-2018 -1,3% 0,8% CHINELOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 175,9 66.517,8 2016 198,2 66.798,0 2017 162,6 57.194,4 201816,7% 50,4% VARIAÇÃO 2017-2018 -17,9% -14,4% OUTROS CALÇADOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 794,9 56.988,2 2016 848,8 57.587,3 2017 770,6 53.501,9 2018 78,9% 47,2% VARIAÇÃO 2017-2018 -9,2% -7,1% PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 MATERIAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL 1,5 411,6 175,9 235,7 471,6 107,6 5,6 997,9 Fonte: Secex 2016 1,6 503,3 198,2 305,2 445,2 134,6 5,8 1.090,5 2017 1,7 449,1 162,6 286,6 394,5 122,9 7,9 976,1 2018 0,2% 46,0% 16,7% 29,4% 40,4% 12,6% 0,8% 100,0% PARTICIPAÇÃO EM 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 5,5% -10,8% -17,9% -6,1% -11,4% -8,7% 37,2% -10,5% MATERIAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL 0,3 92,7 66,5 26,2 20,4 11,8 0,4 125,6 Fonte: Secex 2016 0,3 97,6 66,8 30,8 17,4 11,5 0,3 127,1 2017 0,3 86,3 57,2 29,1 16,2 10,4 0,4 113,5 2018 0,2% 76,0% 50,4% 25,6% 14,2% 9,1% 0,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -5,7% -11,6% -14,4% -5,7% -7,1% -9,9% 22,6% -10,8% ESPORTIVO VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 27,1 2.065,5 Fonte: Secex 2016 43,5 2.753,1 2017 43,0 2.773,8 2018 4,4% 2,4% VARIAÇÃO 2017-2018 -1,3% 0,8% CHINELOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 175,9 66.517,8 2016 198,2 66.798,0 2017 162,6 57.194,4 2018 16,7% 50,4% VARIAÇÃO 2017-2018 -17,9% -14,4% OUTROS CALÇADOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) 794,9 56.988,2 2016 848,8 57.587,3 2017 770,6 53.501,9 2018 78,9% 47,2% VARIAÇÃO 2017-2018 -9,2% -7,1% PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 O segmento mais importante nas vendas externas de calçados brasileiros, em dólares, é o grupo de “Outros Calçados”, que engloba calça- dos casuais e sociais, com 78,9% de market-share, em 2018, seguido por “Chinelos” (16,7%) e calçados “Esportivos” (4,4%). Já em termos de pares de calçados, os “Chinelos”, como já indicado anteriormente, são os mais relevantes, com participação de 50,4%, seguido por “Outros Calçados” (47,2%) e “Esportivos” (2,4%). A dinâmica de maior participação dos chinelos de plástico/borracha em termos de pares do que em valor corrobora o princípio de preço médio baixo. Quanto à performance do período 2017-2018, apenas as exportações dos calçados esportivos, mensuradas em quantidade de pares, apresentou variação positiva (0,8%). RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 30 BRASIL PAÍS VIETNÃ INDONÉSIA CHINA ITÁLIA ÍNDIA CAMBOJA TAILÂNDIA PARAGUAI BANGLADESH ESPANHA OUTROS TOTAL 190,1 73,2 35,9 16,5 5,1 3,0 5,8 1,5 1,5 1,7 9,5 343,7 MILHÕES DE US$ Fonte: Secex 2016 187,4 65,7 31,2 19,4 8,6 6,8 3,5 3,1 2,0 1,1 11,1 340,0 2017 192,5 65,4 36,1 23,4 6,6 6,4 3,1 3,0 2,8 1,3 7,1 347,6 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 2,7% -0,5% 15,7% 20,4% -23,8% -5,4% -12,2% -4,5% 40,9% 12,4% -35,9% 2,2% china 10,4% itália 6,7% índia 1,9% vietnã 55,4% indonésia 18,8% Origem das importações brasileiras de calçados em 2018 Participação em US$ Em 2018, as importações brasileiras de calçados cresceram 2,2%, em valor, e 11,8%, em pares. O Vietnã é o principal país de origem das compras externas de calçados, tanto em termos de valor quanto em termos de pares, com participação respectiva de 55,4% e 45,7%, em 2018. Indonésia e China se alternam entre a segunda e a terceira colocação, a depender do critério adotado, se em valor ou em quantidade de pares. Essa análise permite concluir que os calçados chineses apresentam preço médio inferior aos calçados oriundos da Indonésia. Isso pode ser explicado pelo tipo de calçado na pauta importadora brasileira do Vietnã e da Indonésia, na qual prevalecem os calçados esportivos, o que eleva o preço médio dos produtos provenientes desses países. 3.3.2 IMPORTAÇÃO RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 31 BRASIL Origem das importações brasileiras de calçados em 2018 Participação em pares PAÍS VIETNÃ CHINA INDONÉSIA PARAGUAI CAMBOJA ÍNDIA BANGLADESH ITÁLIA TAILÂNDIA TAIWAN OUTROS TOTAL 10,40 5,82 4,06 0,34 0,20 0,35 0,09 0,13 0,33 0,22 0,8 22,7 MILHÕES DE PARES Fonte: Secex 2016 10,87 5,60 4,03 0,59 0,46 0,63 0,25 0,14 0,20 0,36 0,7 23,8 2017 12,16 7,41 4,15 0,52 0,51 0,46 0,38 0,20 0,15 0,08 0,6 26,6 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 11,8% 32,3% 2,9% -11,2% 9,7% -26,4% 49,9% 40,4% -26,4% -77,8% -10,4% 11,8% china 27,9% paraguai 2,0% camboja 1,9% vietnã 45,7% indonésia 15,6% A análise das importações brasileiras de calçados em valor, e por material predominante, indicam crescimento nos calçados de “Outros Materiais” (36,2%) e aqueles com material “Têxtil” (7,4%), em 2018. Os calçados têxteis representam 65,2% nas importações brasileiras de calçados, em dólares, e 53,5%, em termos de pares. Ressalta-se que os calçados têxteis incorporam o segmento esportivo, para o qual a indústria brasileira ainda é nascente. RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 32 BRASIL MATERIAL 1,0 65,0 2,3 62,7 60,0 214,4 3,3 343,7 Fonte: Secex 2016 1,2 56,6 1,6 55,0 67,9 210,8 3,4 340,0 2017 1,0 55,0 1,9 53,1 60,5 226,5 4,7 347,6 2018 0,3% 15,8% 0,5% 15,3% 17,4% 65,2% 1,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -22,0% -2,9% 14,7% -3,4% -10,9% 7,4% 36,2% 2,2% MATERIAL 0,17 5,37 0,85 4,52 2,84 11,93 2,44 22,75 Fonte: Secex 2016 0,29 4,85 0,67 4,18 3,56 12,90 2,19 23,79 2017 0,18 5,84 1,26 4,58 3,07 14,24 3,27 26,60 2018 0,7% 21,9% 4,7% 17,2% 11,5% 53,5% 12,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -37,1% 20,5% 89,0% 9,5% -13,8% 10,4% 49,0% 11,8% ESPORTIVO 120,3 4.658,7 Fonte: Secex 2016 101,9 4.659,7 2017 156,2 8.171,6 2018 44,9% 30,7% VARIAÇÃO 2017-2018 53,2% 75,4% CHINELOS 2,3 849,0 2016 1,6 667,5 2017 1,9 1.261,3 2018 0,5% 4,7% VARIAÇÃO 2017-2018 14,7% 89,0% 221,1 17.240,3 2016 236,4 18.465,2 2017 189,5 17.167,0 2018 54,5% 64,5% VARIAÇÃO 2017-2018 -19,8% -7,0% INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) OUTROS CALÇADOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 MATERIAL 1,0 65,0 2,3 62,7 60,0 214,4 3,3 343,7 Fonte: Secex 2016 1,2 56,6 1,6 55,0 67,9 210,8 3,4 340,0 2017 1,0 55,0 1,9 53,1 60,5 226,5 4,7 347,6 2018 0,3% 15,8% 0,5% 15,3% 17,4% 65,2% 1,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -22,0% -2,9% 14,7% -3,4% -10,9% 7,4% 36,2% 2,2% MATERIAL 0,17 5,37 0,85 4,52 2,84 11,93 2,44 22,75 Fonte: Secex 2016 0,29 4,85 0,67 4,18 3,56 12,90 2,19 23,79 2017 0,18 5,84 1,26 4,58 3,07 14,24 3,27 26,60 2018 0,7% 21,9% 4,7% 17,2% 11,5% 53,5% 12,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -37,1% 20,5% 89,0% 9,5% -13,8% 10,4% 49,0% 11,8% ESPORTIVO 120,3 4.658,7 Fonte: Secex 2016 101,9 4.659,7 2017 156,2 8.171,6 2018 44,9% 30,7% VARIAÇÃO 2017-2018 53,2% 75,4% CHINELOS 2,3 849,0 2016 1,6 667,5 2017 1,9 1.261,3 2018 0,5% 4,7% VARIAÇÃO 2017-2018 14,7% 89,0% 221,1 17.240,3 2016 236,4 18.465,2 2017 189,5 17.167,0 2018 54,5% 64,5% VARIAÇÃO 2017-2018 -19,8% -7,0% INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) OUTROS CALÇADOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃOEM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 MATERIAL 1,0 65,0 2,3 62,7 60,0 214,4 3,3 343,7 Fonte: Secex 2016 1,2 56,6 1,6 55,0 67,9 210,8 3,4 340,0 2017 1,0 55,0 1,9 53,1 60,5 226,5 4,7 347,6 2018 0,3% 15,8% 0,5% 15,3% 17,4% 65,2% 1,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -22,0% -2,9% 14,7% -3,4% -10,9% 7,4% 36,2% 2,2% MATERIAL 0,17 5,37 0,85 4,52 2,84 11,93 2,44 22,75 Fonte: Secex 2016 0,29 4,85 0,67 4,18 3,56 12,90 2,19 23,79 2017 0,18 5,84 1,26 4,58 3,07 14,24 3,27 26,60 2018 0,7% 21,9% 4,7% 17,2% 11,5% 53,5% 12,3% 100,0% VARIAÇÃO 2017-2018 -37,1% 20,5% 89,0% 9,5% -13,8% 10,4% 49,0% 11,8% ESPORTIVO 120,3 4.658,7 Fonte: Secex 2016 101,9 4.659,7 2017 156,2 8.171,6 2018 44,9% 30,7% VARIAÇÃO 2017-2018 53,2% 75,4% CHINELOS 2,3 849,0 2016 1,6 667,5 2017 1,9 1.261,3 2018 0,5% 4,7% VARIAÇÃO 2017-2018 14,7% 89,0% 221,1 17.240,3 2016 236,4 18.465,2 2017 189,5 17.167,0 2018 54,5% 64,5% VARIAÇÃO 2017-2018 -19,8% -7,0% INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL INJETADO SINTÉTICO CHINELOS OUTROS COURO TÊXTIL OUTROS MATERIAIS TOTAL VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) OUTROS CALÇADOS VALOR (MILHÕES DE US$) PARES (MIL UNIDADES) PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 PARTICIPAÇÃO EM 2018 Importações de calçados por material predominante Milhões de US$ Importações de calçados por material predominante Milhões de pares Importações de calçados por segmento Na análise das importações brasileiras de calçados por segmento, destacam-se os expressivos crescimentos dos calçados esportivos, 53,2% e 75,4%, em dólares e pares, respectivamente; e dos chinelos, 14,7% e 89%, em dólares e pares, respectivamente. Os “Outros cal- çados”, que englobam calçados casuais e sociais, foram os únicos que apresentaram retração, em 2018, apesar de representarem 54,5% e 64,5% das importações brasileiras de calçados, em termos de dólares e pares, nesta ordem. RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 33 BRASIL Em 2018, a indústria calçadista registrou o fechamento de 5,5 mil postos de trabalho, isto, após a eliminação de 8,4 mil postos de tra- balhos em 2017. Tal dinâmica gera preocupações quanto à fragilidade do mercado de trabalho brasileiro, ainda mais no contexto de frágil recuperação da economia. Assim, o setor calçadista totalizou 271,1 mil empregos formais, em 2018, e, conforme último da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), 6,6 mil empresas fabricantes de calçados no Brasil, em 2017. Dados de concentração de empresas e do emprego no setor calçadista sinalizam, quanto à faixa de emprego, que a maior parte das empresas (51,0%) têm até quatro empregados. Enquanto isso, em termos de emprego, 32,1% dos postos de trabalho é encontrado em empresas com mais de mil funcionários. 3.4 EMPREGO E ESTABELECIMENTOS RIO GRANDE DO SUL CEARÁ SÃO PAULO MINAS GERAIS BAHIA PARAÍBA SANTA CATARINA OUTROS 34,0% 4,0% 31,4% 16,2% 1,7% 1,4% 3,7% 7,7% EMPREGOS ESTABELECIMENTOS ESTADO 271 MIL 2018 6,6 MIL 2017 Fonte: RAIS/CAGED/MTE Fonte: RAIS/CAGED/MTE CONCENTRAÇÃO DO EMPREGO CONCENTRAÇÃO DAS EMPRESAS 2018 2017 32,4% 20,4% 12,7% 11,2% 10,3% 5,4% 2,4% 5,1% ATÉ 4 DE 5 A 9 DE 10 A 19 DE 20 A 49 DE 50 A 99 DE 100 A 249 DE 250 A 499 DE 500 A 999 1.000 OU MAIS 51,0% 14,9% 12,3% 11,7% 4,6% 3,2% 1,2% 0,6% 0,5% FAIXA DE EMPREGO 5,1% 2,8% 4,8% 10,7% 9,3% 13,9% 10,2% 11,2% 32,1% RIO GRANDE DO SUL CEARÁ SÃO PAULO MINAS GERAIS BAHIA PARAÍBA SANTA CATARINA OUTROS 34,0% 4,0% 31,4% 16,2% 1,7% 1,4% 3,7% 7,7% EMPREGOS ESTABELECIMENTOS ESTADO 271 MIL 2018 6,6 MIL 2017 Fonte: RAIS/CAGED/MTE Fonte: RAIS/CAGED/MTE CONCENTRAÇÃO DO EMPREGO CONCENTRAÇÃO DAS EMPRESAS 2018 2017 32,4% 20,4% 12,7% 11,2% 10,3% 5,4% 2,4% 5,1% ATÉ 4 DE 5 A 9 DE 10 A 19 DE 20 A 49 DE 50 A 99 DE 100 A 249 DE 250 A 499 DE 500 A 999 1.000 OU MAIS 51,0% 14,9% 12,3% 11,7% 4,6% 3,2% 1,2% 0,6% 0,5% FAIXA DE EMPREGO 5,1% 2,8% 4,8% 10,7% 9,3% 13,9% 10,2% 11,2% 32,1% RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 34 BRASIL MIL POSTOS DE TRABALHO ESTADO RIO GRANDE DO SUL CEARÁ SÃO PAULO MINAS GERAIS BAHIA PARAÍBA SANTA CATARINA OUTROS TOTAL 95,5 53,4 39,7 31,2 28,1 15,0 6,6 15,5 285,0 Fonte: RAIS/MTE (*) Projeção Abicalçados 2016 92,0 52,2 38,3 30,7 27,9 14,2 6,7 14,7 276,6 2017 87,9 55,4 34,3 30,4 27,8 14,7 6,6 14,0 271,1 2018 VARIAÇÃO 2017-2018 -4,4% 6,1% -10,4% -1,0% -0,3% 3,6% -2,1% -4,8% -2,0% ESTADO RIO GRANDE DO SUL SÃO PAULO MINAS GERAIS CEARÁ SANTA CATARINA BAHIA PARAÍBA OUTROS TOTAL 2.720 2.403 1.225 306 278 110 104 607 7.753 Fonte: RAIS/MTE Nota: Goiás 157 empresas e Paraná 124 empresas, em 2017. (*) Projeção Abicalçados 2015 2.461 2.225 1.131 295 240 121 96 546 7.115 2016 2.234 2.064 1.062 262 243 114 89 503 6.571 2017 2018*VARIAÇÃO 2016-2017 -9,2% -7,2% -6,1% -11,2% 1,3% -5,8% -7,3% -7,9% -7,6% 273,5 266,2 0, 9% (O TI M IS TA ) -1 ,8 % (P ES SIM IST A) 2019* 6.439 2018* Emprego na indústria calçadista por Unidade da Federação Estabelecimentos de fabricação de calçados por Unidade da Federação A análise do emprego por Unidades da Federação indicam que os únicos estados a registrarem variação positiva na geração de novos postos de trabalho, dentre os principais estados do ramo calçadista em 2018, foram Ceará e Paraíba, com crescimento de 6,1% e 3,6%, respectivamente. Em nível nacional, as estimativas de variação na quantidade de postos de trabalho na indústria calçadista, para 2019, oscilam entre -1,8% (pessimista) e 0,9% (otimista), o que representa um intervalo de confiança para o estoque de emprego no setor entre 266,2 mil (pessimista) e 273,5 mil trabalhadores (otimista). Quanto ao número de estabelecimentos registrados como fabricantes de calçados, por Unidade da Federação, verifica-se que Santa Ca- tarina foi o único estado a registrar variação positiva em 2017 (1,3%) - último dado disponível, entre os principais estados produtores de calçados. As quedas mais expressivas ocorreram no Ceará (-11,2%) e no Rio Grande do Sul (-9,2%). Estima-se que, em 2018, o número de empresas ativas no segmento tenha passado para 6,4 mil. RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 35 BRASIL ECONOMIA BRASILEIRA PIB NOMINAL EM DÓLAR (TRILHÕES DE US$) (PREÇOS CORRENTES) PIB NOMINAL EM REAIS (TRILHÕES DE R$) (PREÇOS CORRENTES) PIB REAL EM REAIS (TRILHÕES DE R$) (PREÇOS CONSTANTES) PIB (%) (CRESCIMENTO EM MOEDA NACIONAL) 1,79 6,26 1,15 -3,3 Fonte: IBGE, IMF. (*) Projeção Focus/BCB (15/03/2019); FMI. Fonte: BCB - Nota: Câmbio médio trimestral, comercial, compra. (*) Projeção Focus/BCB (15/03/2019). 2016 2,06 6,55 1,16 1,1 2017 1,91 6,83 1,18 1,1 1,93 7,38 1,21 2,01 2018 2019* 3.91 2016T1 2016T2 2016T3 2016T4 2017T1 2017T2 2017T3 2017T4 2018T1 2018T2 2018T3 2018T4 2019* 2020* 3.51 3.25 3.29 3.14 3.21 3.16 3.25 3.24 3.61 3.96 3.81 3.70 3.75 1,8% 2016T1 2016T2 2016T3 2016T4 2017T1 2017T2 2017T3 2017T4 2018T1 2018T2 2018T3 2018T4 -10,2% -7,5% 1,4% -4,6% 2,2% -1,6% 2,8% -0,2% 11,2% 9,8% -3,7% 3.5 INDICADORES ECONÔMICOS 3.5.1 CÂMBIO Taxa de Câmbio R$/US$ O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil a preços correntes (não descontadas as variações dos preços) atingiu um patamar de R$ 6,83 trilhões, em 2018, o que significou um crescimento de 1,1% em termos reais (descontadas as alterações nos preços, busca indicar mudanças nas quantidades). Apesar de pífio, esse é o segundo ano consecutivo de crescimento no PIB brasileiro, após dois anos de retração na atividade econômica (2015 e 2016). As previsões para 2019 indicam um crescimento de 2,0%, as quais estãosujeitas a revisões, a depender das mu- danças no cenário político e econômico interno e externo. A taxa de câmbio (R$/US$) apresentou um comportamento de elevação (desvalorização) ao longo de 2018, com o pico alcançado no terceiro trimestre de 2018 (R$/US$ 3,96), diante das incertezas no cenário internacional e nacional, que marcaram aquele período. Para 2019 e 2020, as estimativas do Banco Central para a taxa de câmbio, ao final do ano, são de R$/US$ 3,70 e R$/US$ 3,75, respectivamente. Variação da taxa de câmbio trimestre/trimestre anterior ECONOMIA BRASILEIRA PIB NOMINAL EM DÓLAR (TRILHÕES DE US$) (PREÇOS CORRENTES) PIB NOMINAL EM REAIS (TRILHÕES DE R$) (PREÇOS CORRENTES) PIB REAL EM REAIS (TRILHÕES DE R$) (PREÇOS CONSTANTES) PIB (%) (CRESCIMENTO EM MOEDA NACIONAL) 1,79 6,26 1,15 -3,3 Fonte: IBGE, IMF. (*) Projeção Focus/BCB (15/03/2019); FMI. Fonte: BCB - Nota: Câmbio médio trimestral, comercial, compra. (*) Projeção Focus/BCB (15/03/2019). 2016 2,06 6,55 1,16 1,1 2017 1,91 6,83 1,18 1,1 1,93 7,38 1,21 2,01 2018 2019* 3.91 2016T1 2016T2 2016T3 2016T4 2017T1 2017T2 2017T3 2017T4 2018T1 2018T2 2018T3 2018T4 2019* 2020* 3.51 3.25 3.29 3.14 3.21 3.16 3.25 3.24 3.61 3.96 3.81 3.70 3.75 1,8% 2016T1 2016T2 2016T3 2016T4 2017T1 2017T2 2017T3 2017T4 2018T1 2018T2 2018T3 2018T4 -10,2% -7,5% 1,4% -4,6% 2,2% -1,6% 2,8% -0,2% 11,2% 9,8% -3,7% RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 36 BRASIL A indústria de transformação, no Brasil, apresentou aumento no nível de utilização da capacidade instalada em 2018, assim como no seg- mento calçadista, e a confiança na indústria acompanhou esse movimento. Com relação à performance da produção física na indústria de transformação, em 2016 houve desempenho negativo de 6,0%, seguido por dois anos de variação positiva, respectivamente 2,2% (2017) e 1,1% (2018). Para 2019 é esperada taxa de crescimento de 2,8% no indicador. 3.5.2 COMPORTAMENTO DO COMÉRCIO 3.5.3 INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO O volume de vendas no varejo do setor de tecidos, vestuário e calçados acompanhou a tendência do volume de vendas em geral no Brasil em 2016 e 2017. No entanto, em 2018 houve um descolamento das vendas do setor, que retraíram 1,5%, ao passo em que o varejo total, em volume, cresceu 2,3%. O mesmo é válido para a receita nominal, que no mesmo período registrou variação negativa de 0,1% no setor de tecidos, vestuário e calçados, e expansão de 4,8% no varejo geral. Esse desempenho foi acompanhado por uma suave melhora na confiança do comércio e do consumidor em 2018. VOLUME DE VENDAS NO VAREJO VOLUME DE VENDAS - SETORIAL TECIDOS, VESTUÁRIO E CALÇADOS (DESSAZONALIZADO) (% ACUMULADO DO ANO) VOLUME DE VENDAS - GERAL (DESSAZONALIZADO) (% ACUMULADO DO ANO) -10,9 -6,2 Fonte: IBGE 2016 7,6 2,1 2017 -1,5 2,3 2018 RECEITA DE VENDAS NO VAREJO RECEITA NOMINAL - SETORIAL TECIDOS, VESTUÁRIO E CALÇADOS (DESSAZONALIZADO) (% ACUMULADO DO ANO) VOLUME DE VENDAS - GERAL (DESSAZONALIZADO) (% ACUMULADO DO ANO) -6,2 4,5 Fonte: IBGE 2016 10,3 2,3 2017 -0,1 4,8 2018 ÍNDICES DE CONFIANÇA CONFIANÇA DO COMÉRCIO NÚMERO ÍNDICE - COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (DESSAZONALIZADO) (PONTOS) CONFIANÇA DO CONSUMIDOR NÚMERO ÍNDICE (DESSAZONALIZADO) (PONTOS) 74,6 73,2 Fonte: IBRE/FGV 2016 87,3 83,5 2017 94,4 87,7 2018 INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO NUCI NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA (DESSAZONALIZADO) (MÉDIA) (%) CONFIANÇA DA INDÚSTRIA NÚMERO ÍNDICE (DESSAZONALIZADO) (MÉDIA) (PONTOS) PRODUÇÃO FÍSICA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) 73,9 82,1 -6,0 Fonte: IBRE/FGV e IBGE (*) previsão BCB/Focus (08/03/2019) 2016 74,4 92,5 2,2 2017 75,9 98,6 1,1 2018 - - 2,8 2019* VOLUME DE VENDAS NO VAREJO VOLUME DE VENDAS - SETORIAL TECIDOS, VESTUÁRIO E CALÇADOS (DESSAZONALIZADO) (% ACUMULADO DO ANO) VOLUME DE VENDAS - GERAL (DESSAZONALIZADO) (% ACUMULADO DO ANO) -10,9 -6,2 Fonte: IBGE 2016 7,6 2,1 2017 -1,5 2,3 2018 RECEITA DE VENDAS NO VAREJO RECEITA NOMINAL - SETORIAL TECIDOS, VESTUÁRIO E CALÇADOS (DESSAZONALIZADO) (% ACUMULADO DO ANO) VOLUME DE VENDAS - GERAL (DESSAZONALIZADO) (% ACUMULADO DO ANO) -6,2 4,5 Fonte: IBGE 2016 10,3 2,3 2017 -0,1 4,8 2018 ÍNDICES DE CONFIANÇA CONFIANÇA DO COMÉRCIO NÚMERO ÍNDICE - COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (DESSAZONALIZADO) (PONTOS) CONFIANÇA DO CONSUMIDOR NÚMERO ÍNDICE (DESSAZONALIZADO) (PONTOS) 74,6 73,2 Fonte: IBRE/FGV 2016 87,3 83,5 2017 94,4 87,7 2018 INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO NUCI NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA (DESSAZONALIZADO) (MÉDIA) (%) CONFIANÇA DA INDÚSTRIA NÚMERO ÍNDICE (DESSAZONALIZADO) (MÉDIA) (PONTOS) PRODUÇÃO FÍSICA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) 73,9 82,1 -6,0 Fonte: IBRE/FGV e IBGE (*) previsão BCB/Focus (08/03/2019) 2016 74,4 92,5 2,2 2017 75,9 98,6 1,1 2018 - - 2,8 2019* RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 37 BRASIL A taxa de inflação ao consumidor (IPCA), no Brasil, foi de 3,8%, em 2018, e há relativa estabilidade projetada para 2019. Já a inflação específica aos calçados e acessórios registrou deflação em 2018 (-0,9%), corroborando a dificuldade da elevação dos custos produtivos ao consumidor, ao passo em que a inflação ao produtor, no setor de preparação de couros, fabricação de artefatos de couro e artigos para viagem e calçados, expandiu-se em 2,7% no mesmo ano, sem considerar a elevação dos preços administrados (energia elétrica, combustível etc.), cuja expansão foi de 6,2%, e também impactam de forma direta nos custos industriais. 3.5.4 INFLAÇÃO NACIONAL 3.5.5 COMPETITIVIDADE NACIONAL Alguns indicadores são determinantes para a competitividade de um país, tais como: número de dias para abertura de uma empresa, horas despendidas para o pagamento de impostos e tempo e custo para exportar. Ao analisar esses indicadores para o Brasil em comparação com a média dos países latino-americanos, para o ano de 2018, apenas no tempo para exportar o Brasil tem melhor, desempenho. Para 2019, espera-se que o Brasil melhore apenas no primeiro critério (número de dias para abertura de uma empresa), tornando o país mais ágil em relação à média dos países da América Latina e Caribe. No demais indicadores, não são esperadas mudan- ças importantes no País, ao passo que, para a região estima-se uma melhoria no primeiro e no segundo indicador, ou seja, no número de dias para abertura de uma empresa e nas horas gastas com o pagamento de impostos. INFLAÇÃO NACIONAL INFLAÇÃO AO CONSUMIDOR - GERAL IPCA (DESSAZONALIZADO) (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) INFLAÇÃO AO CONSUMIDOR - SETORIAL IPCA (CALÇADOS E ACESSÓRIOS – BOLSAS) (DESSAZONALIZADO) (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) INFLAÇÃO AO PRODUTOR - GERAL IPP (INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO) (DESSAZONALIZADO) (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) INFLAÇÃO AO PRODUTOR - SETORIAL IPP (PREPARAÇÃO DE COUROS E FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE COURO, ARTIGOS PARA VIAGEM E CALÇADOS) (DESSAZONALIZADO) (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) 6,3 5,0 0,8 -5,4 Fonte: IBGE (*) previsão BCB/Focus (15/03/2019) 2016 3,0 4,0 3,9 0,1 2017 3,8 -0,9 9,1 2,7 2018 3,9 - - - 2019* INDICADORES BRASIL AMÉRICA LATINA E CARIBE (MÉDIA DOS PAÍSES) NÚMERO DE DIAS PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA HORAS GASTAS COM O PAGAMENTO DE IMPOSTOS TEMPO PARA EXPORTAR: CONFORMIDADE COM A FRONTEIRA (HORAS) CUSTO PARA EXPORTAR: CONFORMIDADE COM A FRONTEIRA (US$) 82,5 1.958,0 49,0 862,0 Fonte: World Bank 2018 20,5 1.958,0 49,0 862,0 2019 31,7 332,3 61,7 527,1 2018 28,5 330,0 61,9 529,9 2019 INFLAÇÃO NACIONAL INFLAÇÃO AO CONSUMIDOR - GERAL IPCA (DESSAZONALIZADO) (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) INFLAÇÃO AO CONSUMIDOR - SETORIAL IPCA (CALÇADOS E ACESSÓRIOS – BOLSAS) (DESSAZONALIZADO) (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%)INFLAÇÃO AO PRODUTOR - GERAL IPP (INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO) (DESSAZONALIZADO) (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) INFLAÇÃO AO PRODUTOR - SETORIAL IPP (PREPARAÇÃO DE COUROS E FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE COURO, ARTIGOS PARA VIAGEM E CALÇADOS) (DESSAZONALIZADO) (ACUMULADO DO ANO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR) (%) 6,3 5,0 0,8 -5,4 Fonte: IBGE (*) previsão BCB/Focus (15/03/2019) 2016 3,0 4,0 3,9 0,1 2017 3,8 -0,9 9,1 2,7 2018 3,9 - - - 2019* INDICADORES BRASIL AMÉRICA LATINA E CARIBE (MÉDIA DOS PAÍSES) NÚMERO DE DIAS PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA HORAS GASTAS COM O PAGAMENTO DE IMPOSTOS TEMPO PARA EXPORTAR: CONFORMIDADE COM A FRONTEIRA (HORAS) CUSTO PARA EXPORTAR: CONFORMIDADE COM A FRONTEIRA (US$) 82,5 1.958,0 49,0 862,0 Fonte: World Bank 2018 20,5 1.958,0 49,0 862,0 2019 31,7 332,3 61,7 527,1 2018 28,5 330,0 61,9 529,9 2019 RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 38 OPORTUNIDADES PARA O MERCADO INTERNACIONAL4 4 OPORTUNIDADES PARA O MERCADO INTERNACIONAL RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 39 OPORTUNIDADES Define um ranking de países a partir da competitividade no comércio internacional. A mensuração aplicada varia de 0 a 100 e possui uma periodicidade anual dos dados. O resultado considera a análise de 188 países. Os subíndices para avaliação são: tamanho de mercado, saldo comercial, dinamismo, desconcentração de mercado, market-share e especialização – Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR), preço médio e quantidade de mercados. Esses dados acabam por definir um único índice agregado para cada país. Com isso, é possível observar o desempenho competitivo, em termos de posição, de cada país. Subíndices: Tamanho de Mercado: representa as exportações mundiais de calçados do país em valor (US$). Saldo Comercial: representa o saldo comercial de calçados do país, ou seja, a diferença entre o total das exportações e importações de calçados em valor (US$). Dinamismo: representa a média entre os indicadores da taxa de crescimento das exportações de calçados e a variação das exportações de calçados do país (US$). Desconcentração de Mercado: composto pela concentração das exportações de calçados do país nos três principais destinos, sobre o total exportado por ele. Market-Share e Especialização (IVCR): representa a média entre o número índice da participação dos calçados na pauta exportadora do país (market-share) e o IVCR, que é a relação entre a participação do setor nas exportações do país frente à mundial. Preço Médio: representa a média entre os indicadores de preço médio (US$/Kg) das exportações de calçados do país e sua taxa de crescimento. Quantidade de Mercados: representa o número de mercados para os quais o país exportou. Conforme o ranking de 2017, os cinco países mais competitivos no setor calçadista são: Vietnã (1º lugar), China (2º lugar), Itália (3º lugar), Alemanha (4º lugar) e Indonésia (5º lugar). Entre 2013 e 2017, houve o avanço de duas posições pelo Vietnã e a perda de duas coloca- ções pela Itália, enquanto a China, apesar de ter perdido posições em 2015 e 2016, voltou ao segundo lugar em 2017. A Alemanha, por sua vez, ganhou três posições e a Indonésia perdeu uma colocação. Já o Brasil, que estava no 11º lugar em 2013 e 2014, caiu para o 13º lugar em 2015 e 2016, e recuperou uma colocação no último ano observado, assumindo a 12ª posição. 4.1 ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS Posição dos países no ranking do índice de competitividade das exportações de Calçados 2017 ITÁLIA CHINA VIETNÃ INDONÉSIA ALEMANHA BRASIL 2013 2014 2015 2016 Fonte: Abicalçados VIETNÃ ITÁLIA ALEMANHA INDONÉSIA CHINA BRASIL 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 7º 11º 8º 11º 13º 13º 12º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 6º 1º 2º 3º 4º 5º5º RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 40 OPORTUNIDADES VIETNÃ Ao analisar os itens que compõem a competitividade de cada país isoladamente, o Vietnã apresentou melhora na sua colocação em todos os critérios analisados, exceto em “Market-Share e Especialização”, no qual o país já estava em primeiro lugar. O avanço mais no- tável do país foi realizado em “Desconcentração”, critério no qual o país passou da sexagésima sexta colocação para a décima segunda entre 2013 e 2017. Desse modo, o Vietnã saiu da terceira colocação para assumir o primeiro lugar no ranking geral da competitividade do setor de calçados. CHINA A China manteve a primeira colocação nos critérios: “Tamanho”, “Saldo Comercial” e “Mercados”, permaneceu no segundo lugar em “Market-Share e Especialização” e apresentou avanço no critério “Desconcentração” (duas posições). Porém, perdeu muitas posições em “Dinamismo”, e passou a ocupar o 128º lugar, em 2017. A combinação entre o desempenho dos diferentes critérios resultou na manutenção do segundo lugar no ranking geral da competitividade. Posição dos subíndices de competitividade das exportações de calçados no ranking mundial Posição dos subíndices de competitividade das exportações de calçados no ranking mundial Fonte: Abicalçados Tamanho 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 Saldo Comercial Dinamismo 128º 2º 2º 2º 2º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 6º 6º 4º Desconcentração Market-ShareEspecialização Mercados Final Fonte: Abicalçados Tamanho 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 Saldo Comercial Dinamismo 3º 3º 3º 2º 1º 1º 1º 1º 5º 66º 12º 19º 18º 2º Desconcentração Market-ShareEspecialização Mercados Final RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 41 OPORTUNIDADES Posição dos subíndices de competitividade das exportações de calçados no ranking mundial Posição dos subíndices de competitividade das exportações de calçados no ranking mundial ITÁLIA A Itália, que era a primeira colocada no ranking geral da competitividade de 2013, passou para o terceiro lugar em 2017, dado o recuo do país em todos os critérios analisados. A perda mais notável foi em “Dinamismo”, no qual a Itália passou da sétima posição para o centésimo trigésimo lugar. BRASIL Por sua vez, o Brasil perdeu uma colocação no período 2013-2017 e assumiu a décima segunda colocação. O país apresentou ganhos de posições em “Dinamismo” (do 131º para o 14º lugar) e “Tamanho” (do 14º para o 13º lugar), manteve o oitavo lugar em “Saldo Co- mercial”, mas perdeu colocações nos demais critérios, a citar, uma posição em “Desconcentração” e em “Mercados” e oito posições em “Market-Share e Especialização”. Fonte: Abicalçados Tamanho 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 Saldo Comercial Dinamismo 130º 2º 1º 3º3º 2º 3º 3º 3º 1º 7º 7º Desconcentração Market-ShareEspecialização Mercados Final 4º 5º Fonte: Abicalçados Tamanho 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 20 13 20 17 Saldo Comercial Dinamismo 14º 131º 14º 13º 24º 11º 8º 8º 6º Desconcentração Market-ShareEspecialização Mercados Final 32º 12º 11º 12º 5º RELATÓRIO SETORIAL INDÚSTRIA DE CALÇADOS | BRASIL 2019 42 OPORTUNIDADES Define um ranking de países com as melhores oportunidades de negócios para o mercado brasileiro de calçados. A mensuração aplicada va- ria de 0 até 100 pontos e possui uma periodicidade anual. O resultado abrange 188 países avaliados e os subíndices analisados são: Tamanho Brasil, Dinamismo Brasil, Relevância para o Brasil e Mundo, Tamanho Mundo, Dinamismo Mundo e Preço Médio. Esses subíndices acabam por definir um único índice agregado para cada país, denominado de Índice de Atratividade das Exportações Brasileiras de Calçados. Subíndices: Tamanho Brasil: representa o valor (US$) das importações de calçados de origem brasileira na pauta de importações de outro país. Dinamismo Brasil: representa a média entre os números índices da variação
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