Introdução à Astronomia Observacional

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Introdução à 
Astronomia Observacional 
Professores: 
Rodrigo Felipe Raffa 
James Alves de Souza 
Apresentação. 
Civilizações antigas e sua visão do Cosmos 
O mapeamento dos céus e as constelações 
 
 
A esfera celeste e o movimento aparente dos astros 
Introdução à Astronomia Observacional 
Saudações, terráqueo! 
O objetivo deste curso é apresentar a 
Astronomia como fruto da construção 
humana. Embarque comigo nesta 
aventura! Juntos vamos compreender a 
mecânica celeste e dominarmos a 
Astronomia Observacional! 
Vamos lá? 
ASTRONOMIA 
PRIMITIVA 
O universo sempre encantou 
a humanidade, a curiosidade cativou a mente 
humana para criar explicações do mundo ao seu 
redor. É sempre muito difícil descrever a visão do 
Cosmos dos povos mais primitivos devido à falta de 
registros, traduções imprecisas e diferenças culturais. 
O melhor método é através da interpretação 
dos achados antigos, monumentos, 
escritos... 
“O Cosmos é tudo que existiu, 
 existe e existirá.” 
 Carl Sagan 
Cada povo construiu sua própria visão 
de Universo, com explicações características de 
sua cultura. A explicação do desconhecido 
acontecia pelo mito, de maneira que forças além da 
compreensão humana regeriam todo o Cosmos. 
Essa relação colaborou para o desenvolvimento da 
civilização, e das relações de poder que foram 
praticadas até hoje. 
Alguns registros astronômicos antigos datam 
de 3000 anos antes de Cristo (a.C.) e 
especulações sobre a natureza do universo 
fazem do estudo dos astros a ciência mais 
antiga da humanidade. 
 
Nos primórdios, a astronomia era utilizada 
como instrumento para medir o tempo, se 
localizar no espaço (mapa) e para a prática da 
agricultura definindo o melhor tempo para o 
plantio e a colheita. 
Leitura recomendada: MORAIS, Antônio MA. Gravitação & Cosmologia: uma introdução. São Paulo, ed. Livraria da 
Física. 1v. 169p, 2009. 
Astronomia Primitiva 
Figura 1. Simulação parcial do céu no Egito no ano 1 
Projetado através do software Stellarium. 
 
 
 
 
 
Os registros astronômicos encontrados 
sugerem que os chineses já mensuravam o 
tempo com precisão adotando um calendário 
de 365 dias. Além disso, registros de 
meteoros, meteoritos e cometas também foram 
encontrados. 
 
Estudos mostram que os povos antigos como 
os Babilônicos, Assírios, Egípcios e os Maias 
na América possuíam um vasto conhecimento 
astronômico prático. 
Pesquisa sugerida: Faça uma busca pela “Arqueoastronomia”, ciência que estuda os monumentos astronômicos 
de antigas civilizações. 
Astronomia Primitiva 
Figura 2. Calendário construído em uma pedra, datado de 
5300 anos atrás. Este foi encontrado na região da Irlanda. 
Créditos da Imagem: Mytical Ireland Astrônomos da Idade 
da Pedra. 
https://mythicalireland.com/astronomy/ancient-astronomers-of-the-stone-age/
https://mythicalireland.com/astronomy/ancient-astronomers-of-the-stone-age/
 É HORA DA REFLEXÃO! 
 
1) Como a Astronomia colaborou com o desenvolvimento da 
humanidade? 
2) O que é a Arqueoastronomia? 
3) A mitologia foi importante para a explicação dos fenômenos no 
princípio da humanidade. E hoje, como é vista a mitologia? 
4) Qual a vantagem em mapear o céu para elaborar um calendário? 
 
 
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MAPEAMENTO 
DO CÉU 
 
 
 
 
 
Para utilizar o céu como ferramenta, foi necessário 
mensurar o movimento dos corpos celestes. 
Dessa forma os antigos astrônomos ligaram 
pontos no céu para que facilitasse o seu 
mapeamento. 
 
Os pontos brilhantes ligados deram origem às 
constelações. Estas são provenientes da 
criatividade humana e da nossa facilidade em 
reconhecer padrões na natureza. A relação entre 
as estrelas de uma mesma constelação é 
aparente, não necessariamente elas apresentam-
se juntas no mesmo plano. 
Documentário recomendado: SAGAN, CARL. Cosmos: A personal Voyage. Episode 3: Harmony of the 
Worlds. (1980) 
Mapeamento do Céu 
Figura 3. Simulação da constelação de Órion no céu atual 
brasileiro. Imagem projetada com o Software Stellarium. 
 
 
É importantíssimo destacar que 
os padrões observados na natureza foram 
imprescindíveis para sua compreensão. 
Se a natureza se comportasse de maneira 
aleatória seria muito difícil prever ou obter 
qualquer dado experimental. 
Constelações são agrupamentos de estrelas que 
os astrônomos da antiguidade, com muita 
criatividade, imaginavam objetos, pessoas e 
coisas do cotidiano para dividir o céu em 
pequenas partes. 
 
Especificadamente, as constelações que ficam no 
caminho aparente do Sol no Céu são conhecidas, 
na cultura ocidental, como Constelações do 
Zodíaco abrigando 13 constelações. 
Assista no YouTube: ABC da Astronomia – Constelações 
https://www.youtube.com/watch?v=jD9wwYaxTgU 
Constelações 
Figura 4. Constelações do Zodíaco. Apesar de serem 13 
constelações, o zodíaco não incorpora a constelação do serpentário 
(Ofiúco). O grande círculo representa o movimento aparente do Sol 
(Sun) e é chamado de Eclíptica (Ecliptic). O círculo menor 
representa a órbita da Terra (Earth’s Orbit). São apresentadas as 
posições da Terra em relação ao Sol nos meses de Janeiro 
(January), Maio (May) e Setembro (September). 
Fonte: Figura adaptada de The Map and the Territory. Disponível 
em: https://sggraphic.wordpress.com/thursday/art-design-in-
context/323-2/. Acesso em: 28 jul. 2021. 
https://sggraphic.wordpress.com/thursday/art-design-in-context/323-2/
https://sggraphic.wordpress.com/thursday/art-design-in-context/323-2/
https://sggraphic.wordpress.com/thursday/art-design-in-context/323-2/
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https://sggraphic.wordpress.com/thursday/art-design-in-context/323-2/
https://sggraphic.wordpress.com/thursday/art-design-in-context/323-2/
 É HORA DA REFLEXÃO! 
 
1) Segundo a cultura ocidental, quantas constelações estão 
catalogadas? 
2) Hoje em dia pode ser muito difícil reconhecer alguma das 
constelações celestes. Quais os motivos que impedem tal 
reconhecimento? 
3) Todas as constelações são visíveis em qualquer ponto da 
superfície terrestre? 
 
 
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ESFERA 
CELESTE 
 
 
 
 
 
Os gregos introduziram o conceito de esfera 
celeste acreditando que estávamos envolvidos 
por uma esfera repleta de estrelas. Isso porque 
vendo da Terra, as estrelas parecem estar no 
mesmo plano. 
 
Aliado a esse conceito estão as coordenadas 
geográficas, que auxiliaram na subdivisão da 
esfera celeste. Dessa forma, a astronomia pôde 
se desenvolver rapidamente na Grécia Antiga. 
Leitura recomendada: A Esfera Celeste 
http://astro.if.ufrgs.br/esf.htm 
Esfera Celeste 
Figura 5. Ilustração da esfera celeste incluindo os pontos 
cardeais e o movimento aparente do Sol. 
Fonte: Freepik Premium. 
 
 
 
 
 
A esfera celeste, vista da Terra e ao longo do 
tempo, parece mover-se. Também é possível 
verificar que ela aparenta dar uma volta completa 
sobre si mesma ao longo do dia. 
Leitura recomendada: A Esfera Celeste 
http://astro.if.ufrgs.br/esf.htm 
Esfera Celeste 
Figura 6. Esfera Celeste. Créditos da Imagem: 
https://astronomie.skyrmock.com/3011573069-Zenith-&-Nadir.html 
https://astronomie.skyrmock.com/3011573069-Zenith-&-Nadir.html
https://astronomie.skyrmock.com/3011573069-Zenith-&-Nadir.html
https://astronomie.skyrmock.com/3011573069-Zenith-&-Nadir.html
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https://astronomie.skyrmock.com/3011573069-Zenith-&-Nadir.html
https://astronomie.skyrmock.com/3011573069-Zenith-&-Nadir.html
https://astronomie.skyrmock.com/3011573069-Zenith-&-Nadir.htmlÉ ISSO AÍ TERRÁQUEO, É HORA DA REFLEXÃO! 
 
1) Como se define horizonte, equador celeste, zênite, polos celestes e 
meridiano local? 
2) Em que plano da esfera celeste se localizam os pontos cardeais? 
3) O que são os pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste? 
4) Nós vemos o Sol, a Lua e as estrelas nascerem diariamente no leste 
e se porem no oeste. Isso é um movimento real ou aparente? Por quê? 
5) O que são estrelas circumpolares? Uma estrela que é circumpolar 
em Porto Alegre é circumpolar em qualquer parte do mundo? Por quê? 
 
 
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CRÉDITOS 
Produção 
Autores 
Colaboração 
Rodrigo Felipe Raffa 
 
James Alves de Souza 
 
 
Rodrigo Felipe Raffa 
 
Izabela Fernanda de 
Almeida 
 
James Alves de Souza 
Clube de Astronomia 
Centauri de Itapetininga 
 
Departamento de Física, 
Química e Matemática – 
UFSCar Sorocaba 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ASTRONAUTA: As figuras do astronauta foram obtidas da conta Freepik Premium da 
produtora do curso, Izabela Almeida. 
 
CARDOSO, Walmir. ABC da astronomia. Apresentação e conteúdo: Walmir Cardoso, 
Direção: Alexandre Fischgold, Roteiro: Cleston Teixeira e Walmir Cardoso, Produção 
executiva: David Dominowski et al. São Paulo (SP): TV Cultura. 
 
DE FREITAS MOURÃO, Ronaldo Rogério. Livro de ouro do universo. Ediouro 
Publicações, 2000. 
 
MORAIS, Antônio MA. Gravitação & Cosmologia: uma introdução. São Paulo, ed. Livraria 
da Física. 1v. 169P, 2009. 
 
OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia e 
astrofísica. São Paulo: Editora Livraria da Física, v. 780, 2004. 
 
SAGAN, Carl. Cosmos. Edicions Universitat Barcelona, 2006. 
 
 
 
O material Introdução à Astronomia Observacional – Apresentação de Rodrigo Felipe Raffa e James Alves de Souza está 
licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. 
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